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UFRGS - Org. Exp. I (QUI02223) - Slides das aulas teóricas profa. Sônia

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09 L�minas Sublima�ao Corantes 2016 02.pdf
Química Orgânica Experimental I 
QUI02 223 
 
 
 
 SUBLIMAÇÃO 
SÍNTESE DE CORANTES 
 
 
Semestre 2016/02 
Profa. Sônia M. B. Nachtigall 
 
 ETAPAS DA AULA: 
• Purificação de ácido benzóico, por sublimação. Caracterização do 
contaminante benzaldeído por via úmida. 
• Síntese de um corante azóico. 
 
 
 A pressão de vapor de um líquido aumenta com a temperatura. Quando 
essa pressão de vapor se iguala à pressão externa (normalmente pressão 
atmosférica, 760 mmHg), o líquido atinge seu ponto de ebulição. 
 Os sólidos também apresentam pressão de vapor, a qual também aumenta 
com a temperatura. A maioria dos sólidos funde antes que sua pressão de 
vapor se iguale à pressão atmosférica. 
 Porém, a pressão de vapor de alguns sólidos iguala a pressão externa 
antes da fusão. Esses sólidos passam à fase vapor sem passar pela fase 
líquida no processo chamado de sublimação. 
 Como o vapor formado pode ser solidificado novamente, o ciclo pode ser 
usado como um método de purificação. A purificação só é eficiente se as 
impurezas tiverem pressões de vapor muito menores que o material a ser 
sublimado. 
1ª Parte: SUBLIMAÇÃO 
 
 
 A sublimação é um processo pouco comum à pressão atmosférica. Em geral, são 
substâncias pouco polares e simétricas, com pressões de vapor relativamente 
altas: iodo, naftaleno, gelo seco. 
 Teoricamente todos os sólidos podem sublimar, basta que sejam submetidos ao 
conjunto de T e P adequados. Geralmente se reduz a pressão (vácuo) para que a 
sublimação ocorra em temperatura mais baixa, prevenindo a decomposição das 
substâncias. 
 Vantagens da técnica de purificação por sublimação: 
 Não requer o uso de solventes; 
 Permite remover impurezas que estão ocluídas na estrutura do material; 
 É um método mais rápido que a recristalização. 
 Desvantagem: 
 Não é adequada quando as impurezas também sublimam. 
 
 
 
Aparelho de sublimação com dedo frio. A água fria percorre um circuito no interior do aparelho. 1) 
Entrada de água para resfriamento, 2) Saída da água para resfriamento, 3) Entrada de vácuo do gás, 4) 
Câmara de sublimação, 5) Composto sublimado, 6) Material a sublimar, 7) Aquecimento externo 
SISTEMAS 
UTILIZADOS 
PARA SUBLIMAÇÃO 
1g 
PURIFICAÇÃO DE ÁCIDO BENZÓICO CONTAMINADO 
COM BENZALDEÍDO E CARVÃO ATIVADO 
 Fazer testes por via úmida para identificar a presença do aldeído no 
ácido benzóico impuro. 
 Teste da 2,4-dinitrofenilhidrazina – positivo para aldeídos e cetonas. 
 
 
 
 
 
 
 
Obs.: Fazer este teste também para o ácido benzóico purificado, para 
verificar que não está mais contaminado. 
 
C
O
+ O2N
NO2
NHNH2
H2SO4
etanol
O2N
NO2
NHN = C + H2O 
Precipitado amarelo 
C OH
O
C
O
H
ac. benzóico benzaldeído
 
 Realizar o teste de Tollens para aldeídos. 
 
 
 
 
 
 Realizar o teste de Fehling para aldeídos. 
 
 
 
 
 
 
 
Espelho de prata ou 
pptado. preto 
R
3 NH3
O-NH4
+
 +
O
C 2 Ag(s) 2 Ag(NH3)2OH
H
 H2O ++
O
C
R
+ 
CH3CHO + 2 Cu
COO-
CH OH
CHO H
COO-
2
+ 5 OH
-
CH3COO
-
+ Cu2O +
COO-
CH OH
CHO H
COO-
2 + 3 H2O
Solução azul Precipitado 
cor de telha 
 
 Teste da fucsina para aldeídos. 
 
 
 
 
 
 
 
H3N
+
C
2
HO3S
NHSO2H
Cl- + 2 H2O
Reagente de Schiff (incolor)
H2N C H
2
+
NH S
O
O
C
OH
Cl-
solução de cor violeta-purpúrea
R
RCHO 
 
 Oxidação com KMnO4 para aldeídos. 
 
 
 
 
 
 
 
R C
O
H
KMnO4
R C
O
OH
(sol. violeta) 
Observa-se o descoramento da solução e a formação de um 
precipitado marrom de MnO2. 
2ª Parte: Preparação de um corante azóico (Pág. 45) 
 
 
• Estrutura geral dos corantes azóicos: Ar – N = N – Ar’ 
• Corante: substância colorida que possui afinidade com o substrato, 
geralmente aplicado na forma de uma solução aquosa. 
• Pigmento: substância colorida sem afinidade com o substrato, geralmente 
insolúvel. 
• Para serem empregados como corantes de tecidos e alimentos os corantes 
devem possuir grupos polares ácidos ou básicos que permitem sua fixação. 
• Muitos corantes azóicos são empregados como indicadores ácido-base, 
pois sua cor varia com o pH do meio. 
 
 Preparação dos corantes azóicos 
 
 a) Reação de diazotação 
Amina aromática + ácido nitroso: sal de diazônio 
 
Obs.: ácido nitroso é obtido pela reação entre nitrito de sódio e HCl. 
 
 
 
 b) Acoplamento sal de diazônio + aromático: 
corante azóico 
 
 
 
 
 
NaNO2 + HCl HNO2 + NaCl
NH2
+ HNO2
HCl
N N
+
Cl-
sal de diazônio
X
X
N = N
corante azóico
 
H O N O + H
+
H 2O
+
nitrosonium
ion
R NH 2
N O+
+
R N
H
H
N O
+
N-nitrosoammonium
ion
R N
H
H
N O
+
+ H 2O R N
H
N O + H 3O
+
N-nitrosamine
R N
H
N O
tautomerization
R N N OH
a diazenol
R N N OH + H
+ R N N O
H
H
R N N O
H
H
R N N + H 2O
+
a diazonium
ion
N OO
H
H
+
N OO
H
H
+
+
+
N O
+
Mecanismo de 
formação do sal de 
diazônio 
 
NaNO2 + HCl  H-O-N=O + NaCl 
 
Vermelho de metila (composto azo) – 
Indicador ácido/base 
NH2
COOH
ac. antranílico
+
NaNO2
HCl
N N
+
Cl-
sal de diazônio
COOH
N(CH3)2
vermelho de metila
NN N
CH3
CH3
COOH
NN N
CH3
CH3
COO-
H
+
zwitterion 
• Béquer  Ac. antranílico + HCl + NaNO2 (0 – 5
oC): formação do sal de diazônio 
• Testar presença de HNO2 com papel de amido-iodeto: 
2HNO2 + 2HCl + 2KI  2NO + 2KCl + I2 + 2H2O 
O excesso de ác. nitroso oxida o I- a I2; 
o iodo formado complexa com o amido, produzindo cor azul 
• Adicionar N,N-dimetilanilina + acetato de sódio + água gelada  precipitação do corante 
Vermelho de metila – Indicador ácido/base 
CORANTE LARANJA II 
NNHO3S
HO
corante laranja II
Erlenmeyer  Ac. sulfanílico (+CaCO3) + HCl + NaNO2 (0 – 5
oC): sal de diazônio 
 Testar presença de HNO2 com papel de amido-iodeto: 
2HNO2 + 2HCl + 2KI  2NO + 2KCl + I2 + 2H2O 
o iodo formado complexa com o amido, produzindo cor azul 
Béquer  β-naftol + NaOH  adicionar ao erlenmeyer  precipitação do corante 
INDICADOR ÁCIDO/BASE ALARANJADO DE METILA 
NN N
CH3
CH3
HO3S
alaranjado de metila
Forma básica do alaranjado de metila (amarela): 
S
O
O
N N NO
CH3
CH3Acima de pH=4,4 
Abaixo de pH=3,2 
 (heliantina) 
H
+
CH3
CH3
O NNN
O
O
S
Forma ácida do alaranjado de metila (vermelha ): 
S
O
O
N N NO
CH3
CH3
H
+
Erlenmeyer  Ac. sulfanílico (+CaCO3) + HCl + NaNO2 (0 – 5
oC): sal de diazônio 
 Testar presença de HNO2 com papel de amido-iodeto: 
2HNO2 + 2HCl + 2KI  2NO + 2KCl + I2 + 2H2O
o iodo formado complexa com o amido, produzindo cor azul 
Béquer  N,N-dimetilanilina + ác. acético glacial  precipitação do corante heliantina 
CORANTE PARA-RED 
Erlenmeyer  Ac. sufúrico + H2O + anilina + NaNO2 (0 – 5
oC): sal de diazônio 
 Testar presença de HNO2 com papel de amido-iodeto: 
2HNO2 + 2HCl + 2KI  2NO + 2KCl + I2 + 2H2O 
o iodo formado complexa com o amido, produzindo cor azul 
Béquer  β-naftol + NaOH  adicionar ao erlenmeyer, acidificar com H2SO4  
precipitação do corante 
 
CORANTE AMARELO SUDAN 
Erlenmeyer  Anilina + H2SO4 + NaNO2 (0 – 5
oC): sal de diazônio 
 Testar presença de HNO2 com papel de amido-iodeto: 
2HNO2 + 2HCl + 2KI  2NO + 2KCl + I2 + 2H2O 
o iodo formado complexa com o amido, produzindo cor azul 
Béquer  β-naftol + NaOH  adicionar ao erlenmeyer  precipitação do corante 
 Após a preparação dos corantes TODOS os grupos 
devem fazer o teste de cor em função do pH (ácido 
ou básico) e o tingimento da lã. Observar que um pH 
muito básico pode produzir a hidrólise da proteína 
da lã. 
 
 Guardar o material no armário para determinação 
de rendimento na próxima aula. 
 Corantes azo são tóxicos e podem causar mutações genéticas. 
 Anilina: altamente tóxica, possível carcinogênico e mutagênico. Facilmente absorvida pela pele. 
 N,N-dimetilanilina: altamente tóxica, pode ser fatal se inalada ou absorvida pela pele. Pode causar 
sérios danos aos olhos. Pode agir como carcinogênico. Perigo de efeitos cumulativos. Irritante para a 
pele e o trato respiratório. Utilizar na capela. 
 Fenol: venenoso por ingestão, inalação ou por contato com a pele, podendo causar a morte. É facilmente 
absorvido pela pele. Muito tóxico por inalação. 
 Nitrito de sódio (NaNO2
): tóxico por inalação. Irritante severo para os olhos, trato respiratório e pele. 
Pode ser carcinogênico por exposição crônica. 
 1-Naftol e 2-Naftol: nocivos se inalados, e por contato com a pele. Irritantes para os olhos, pele e 
trato respiratório. 
 HCl concentrado: extremamente corrosivo. Inalação do seu vapor pode causar sérios danos. A ingestão 
pode ser fatal. O líquido pode causar sérios danos à pele e olhos. 
Algumas informações de segurança: 
01 L�minas Solubilidade e Parti�ao 2016 02.pdf
SOLUBILIDADE DE COMPOSTOS 
ORGÂNICOS 
 
 
 
Química Orgânica Experimental I – QUI02 223 
Profa. Sônia Nachtigall 
Semestre 2016/02 
 
Solubilidade de compostos orgânicos 
 A solubilidade dos compostos orgânicos nos diferentes solventes 
depende das forças de atração intermoleculares e das forças de 
atração entre o solvente e as moléculas. 
 Através das temperaturas de ebulição é possível avaliar as forças de 
atração intermoleculares. 
 
CH3 CH2 CH2CH3
PE: - 1 
o
C
CH3 C
O
CH3
PE: 56 
o
C
CH3CH2O CH3
PE: 10,8 
o
C
CH3 CH2 CH2OH
PE: 97,4 
o
C
CH3 CH2 C
O
PE: 141 
o
C
OH
Compostos orgânicos 
 Compostos iônicos: as forças que mantém os íons unidos são muito 
fortes. Dissolver esses compostos significa separar os íons. Só 
ocorre a dissolução se houverem interações muito fortes entre esses 
íons e o solvente (solvatação). Ex.: NaCl em água 
 
 
 
 
 
 Isso também vale para os compostos orgânicos iônicos, como por exemplo 
o acetato de sódio (CH3COO
- Na+), que é muito solúvel em água. 
 
“POLAR DISSOLVE POLAR” 
Iônicos 
Moleculares 
 Compostos orgânicos moleculares: as forças que mantém as moléculas 
unidas são mais fracas que as forças iônicas (Forças de Van der Waals). 
 Forças de London nos compostos apolares; 
 Interações dipolo-dipolo nos compostos polares. 
 Quando o composto tem átomos de H ligados a oxigênio ou nitrogênio 
as interações dipolo-dipolo são chamadas de ligações de hidrogênio, e 
são cerca de 5x mais fortes que as interações dipolo-dipolo comuns. 
 
SEMELHANTE DISSOLVE SEMELHANTE 
Algumas considerações sobre a solubilidade de 
compostos orgânicos 
 Todos os hidrocarbonetos são apolares, por isso se dissolvem bem 
em solventes apolares e não se misturam com solventes polares. 
 Exemplo de solvente polar: água 
 Exemplos de solventes apolares: hexano, CCl4, éter etílico 
 A presença de grupos polares nas moléculas diminui a solubilidade 
em solventes apolares e aumenta a solubilidade em solventes 
polares. 
 Os grupos polares geralmente contém átomos de oxigênio ou nitrogênio. 
 Os halogênios não aumentam muito a polaridade dos compostos. 
 
Algumas considerações sobre a solubilidade de 
compostos orgânicos 
 Um aumento no número de átomos de carbono em uma mesma 
família de compostos diminui sua polaridade e sua solubilidade em 
água. 
 Um aumento no número de ramificações, para o mesmo número de 
átomos de C, aumenta a solubilidade, pois diminui as forças 
intermoleculares. 
 Quando os compostos orgânicos reagem com ácidos ou bases, 
formam-se íons e sua solubilidade em água aumenta. 
 Ramificações na cadeia aumentam a solubilidade em comparação 
com os isômeros de cadeia linear. Exemplo: 
 
 CH3CH2CH2CH2OH: 8,3g/100 mL CH3 C OH: solubilidade infinita
CH3
CH3
(em água) 
Considerações sobre a polaridade dos solventes 
A polaridade dos solventes é, geralmente, associada à sua constante dielétrica. 
A constante dielétrica de um meio é definida como a razão entre o trabalho 
necessário para separar cargas opostas dispostas a uma determinada distância 
no vácuo e o trabalho necessário para separar as mesmas cargas quando 
imersas nesse meio. Quanto maior a constante dielétrica de um solvente, menor 
a força necessária para separar duas cargas imersas no mesmo. 
Água  momento de dipolo = 1,85D. 
Porém, a água é um solvente muito mais 
eficiente para sólidos iônicos do que outros 
solventes com momento dipolar semelhante 
(acetona: 2,80D; etanol: 1,69D). A razão desse 
comportamento é a sua capacidade de 
formação de ligações de H, que mantém os 
dipolos moleculares em um arranjo 
tridimensional ordenado, resultando uma 
elevada constante dielétrica. 
Constante dielétrica de alguns solventes 
Alcanos ( Éter de petróleo, hexano) (1,8) 
CCl4* (2,2) 
Tolueno (2,4) 
Éter Dietílico (4,3) 
CHCl3* (4,8) 
Acetato de Etila (6,0) 
CH2Cl2 (8,9) 
Acetona (20,7) 
Etanol (25) 
Metanol (32,7) 
Ácido fórmico (59) 
Água (80) 
* Solventes suspeitos de serem 
carcinogênicos 
Classificação em grupos de solubilidade 
Objetivo da aula: 
 Classificar compostos orgânicos em grupos de solubilidade, 
baseado na solubilidade diferencial em: 
a) Água: solvente polar; 
b) Éter etílico: solvente “apolar” (baixa polaridade); 
c) Soluções aquosas diluídas (5%) de NaHCO3, NaOH e HCl: testam a 
reatividade dos compostos com bases e ácido, formando sais que são 
solúveis no meio aquoso. Ex.: 
 
 
d) H2SO4 concentrado: reage com compostos oxigenados, nitrogenados e 
insaturados ativos, formando espécies iônicas que se solubilizam. 
OH + NaOHaq O
-
Na
+
 + H2O
insolúvel em
 água
solúvel em
 água
OCH3 +
insolúvel em
 água
solúvel em
 água
H2SO4 OCH3
H
+
+ HSO4
-
Limite arbitrário de 
solubilidade: 
3g/100mL 
Quem é solúvel em
água? 
 Moléculas pequenas de álcoois, ésteres, aldeídos, cetonas, ácidos 
carboxílicos, éteres, amidas, nitrilas e aminas. Um grupo polar faz a 
solubilidade em água de compostos com até 4 ou 5 átomos de 
carbono. Exemplo: 
 CH3CH2OCH2CH3: 6,9g/100mL a 20
oC 
 CH3CH2OCH2CH2CH3: 1,0g/100mL 
 Observe que todos compostos acima formam ligações de hidrogênio com a água. 
 Moléculas com mais de um grupo polar: podem ter maior número de 
átomos de carbono na cadeia, e ainda assim serem solúveis em água. 
Exemplo: glicose (C6H12O6). 
 
 
Solubilidade de compostos orgânicos em éter etílico 
Somente são testados em éter os compostos SOLÚVEIS em água (os 
compostos insolúveis em água provavelmente são solúveis em éter etílico). 
 
 Os compostos SOLÚVEIS em água serão SOLÚVEIS em éter se forem 
pequenas (4 ou 5 carbonos) e tiverem UM grupo funcional, pois apresentam 
um equilíbrio entre a fração polar e a apolar – GRUPOS S1, SA ou SB. 
 Um teste com papel tornassol permite distinguir os compostos neutros dos 
ácidos e básicos nesta família. 
 
 
 
 
 
 Os compostos SOLÚVEIS em água serão INSOLÚVEIS em éter se forem 
muito polares, tais como os sais orgânicos ou compostos polifuncionais – 
Grupo S2. 
 
S1: não altera a cor do papel tornassol (álcoois, aldeídos, cetonas,com até 4 ou 5 C) 
SA: muda o papel tornassol azul para vermelho (pH < 4,5) (ácidos com até 5 C) 
SB: muda o papel tornassol vermelho para azul (pH > 8.3) (aminas com até 5C) 
S2: sais de ácidos, sais de aminas, aminoácidos, carboidratos. 
Solubilidade em base diluída (NaOH ou NaHCO3 5%) 
 Compostos com caráter ácido reagem com bases (NaOH ou NaHCO3). 
 Se o ácido for forte, vai reagir tanto com solução de NaOH (base forte) 
quanto de NaHCO3 (base fraca). Porém, se for um ácido fraco, reagirá 
somente com a solução de NaOH. Isso permite classificá-los em dois grupos: 
 A1 (ácidos orgânicos fortes): ácidos carboxílicos com seis carbonos ou mais, 
fenóis com grupos atratores de elétrons em posição orto ou para. 
 
 
 A2 (ácidos orgânicos fracos): fenóis, enóis, oximas, amidas, sulfonamidas, 
tiofenóis com seis carbonos ou mais. 1,3-dicetonas, nitrocompostos com 
hidrogênios em posição . 
Os compostos INSOLÚVEIS em água são testados com bases e ácido diluídos, 
podendo formar sais, que ficam solúveis no meio aquoso. 
CH3 CH2 C
O
OH + NaHCO3 CH3 CH2 C
O
O Na
+
+ H2O + CO2
OH + NaOH +O Na
+ H2O
Solubilidade em ácido diluído (HCl 5%) 
 Compostos com caráter básico reagem com ácido diluído  grupo B. 
 B (compostos básicos): aminas alifáticas com 6 carbonos ou mais, anilinas, alguns éteres. 
CH3 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2NH2
Solubilidade em água: 1,2g/100mL
+ HCl CH3 CH2 CH2 CH2 CH2 CH2NH3
+
 Cl
-
Solubilidade em ácido sulfúrico concentrado 
 Compostos que não se dissolvem nas soluções diluídas básicas e ácida e 
contém N ou S são classificadas no grupo MN. 
 Compostos que não se dissolvem nas soluções diluídas básicas e ácida e não 
contém N ou S são testados com H2SO4 concentrado. Se contiverem átomos 
de oxigênio ou insaturações irão reagir com o ácido, formando íons solúveis  
grupo N. 
 MN – Miscelânea de compostos contendo nitrogênio ou enxofre, com mais de cinco 
carbonos. 
 N – álcoois, aldeídos, cetonas e ésteres monofuncionais com mais de cinco e menos 
de nove carbonos. Éteres, epóxidos, alcenos, alcinos, alguns compostos aromáticos 
com grupos doadores de elétrons. 
 
 Compostos que não se dissolverem em nenhum desses meios pertencerão ao 
grupo dos compostos inertes - grupo I. 
 I – Hidrocarbonetos, haletos de alquila e de arila, compostos 
aromáticos sem grupos ativadores. 
 
 
Classificação em grupos de solubilidade 
H2O 
Éter 
etilico 
NaOH 
5% 
NaHCO3 
5% 
HCl 5% 
H2SO4 
conc. 
Possui N 
ou S 
Grupo de 
solubilidade 
Sol Sol - - - - - S1, SA ou SB 
Sol Insol - - - - - S2 
Insol - Sol Sol - - - A1 
Insol - Sol Insol - - - A2 
Insol - Insol - Sol - - B 
Insol - Insol - Insol - sim MN 
Insol - Insol - Insol Sol não N 
Insol - Insol - Insol Insol não I 
2o. Experimento: 
 
DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE 
PARTIÇÃO 
Coeficiente de partição 
 Quando uma substância é agitada em um sistema que contém dois 
solventes imiscíveis, ela se distribui entre as duas fases, de acordo 
com sua afinidade com cada uma delas. 
 
 Coeficiente de partição (K): É a razão entre as concentrações nas 
duas fases após o sistema atingir o equilíbrio. 
 
K = C2/C1 
 
onde C2 = concentração no solvente 2 
 C1 = concentração no solvente 1 
 
 O coeficiente de partição é constante para uma mesma condição de 
análise (mesmos solventes, mesma temperatura, equilíbrio). 
 
 
Extração x Coeficiente de partição 
 O coeficiente de partição é muito importante nos processos de 
extração – quanto maior o coeficiente de partição no solvente 
extrator, maior a eficiência. 
 A eficiência de um processo de extração depende, também, da 
quantidade de solvente utilizada no processo e do número de vezes 
que o processo é repetido. 
 É preferível usar muitas vezes pequenas porções de solvente a usar 
uma só vez grande quantidade de solvente. 
Coeficiente de partição 
 Exemplo: Considere 100 mL de uma solução aquosa que contém 5g 
de um certo soluto. O coeficiente de partição desse soluto no 
sistema éter etílico/água é igual a 10. 
 
Kéter/água = 10 
 
 A) Determine a massa do soluto a ser extraída usando 150mL de 
éter, em uma etapa. 
 Resposta: 4,69g 
 
 B) Determine a massa do soluto a ser extraída usando 3 x 50 mL 
de éter. 
 Resposta: 4,98g 
 1o. caso: 150 mL de éter, um só procedimento 
 
 
 Considerando x a fração que se dissolve no éter etílico: 
K = 
Céter
Cágua
10 = 
x
150
5 - x 
100
 x = 4,69g (em éter)
5 - x = 0,31g (em água)
Conclusão: são extraídos 4,69g do soluto
 2o. caso: 150 mL de éter, em 3 x 50 mL 
 Considerando x a fração dissolvida na fase orgânica: 
Conclusão: são extraídos 4,98g do soluto. 
K = 
Céter
Cágua
10 = 
x
50
5 - x 
100
1a. extração
x = 4,17g (em éter)
 0,83g (em água)
2a. extração K = 
Céter
Cágua
10 = 
x
50
0,83 - x 
100
x = 0,69g (em éter)
 0,14g (em água)
3a. extração K = 
Céter
Cágua
10 = 
x
50
0,14 - x 
100
x = 0,12g (em éter)
 0,02g (em água)
Água: 0,02g
Éter etílico: 4,17g + 0,69g + 0,12g = 4,98g
Experimento de hoje: Determinação do coeficiente de partição do 
ácido salicílico em álcool amílico e água 
 Solventes utilizados: água e álcool amílico (pentanol). 
 Procedimento: 
 Dissolver bem 0,5g de ácido salicílico (ácido o-hidroxibenzóico) em um 
sistema contendo 50mL de água destilada e 50mL de álcool amílico. 
 Passar a mistura para um funil de separação, esperar a separação das 
fases e recolher separadamente. 
 Titular 2 alíquotas de 10mL da fração aquosa com solução 0,002M de 
NaOH. 
 Titular 2 alíquotas de 10mL da fração orgânica com solução 0,02M de 
NaOH. 
 Calcular o coeficiente de partição. 
02 L�minas Extra�ao cont�nua e descont�nua 2016 02.pdf
 
Química Orgânica Experimental I – QUI02 223 
 
 
AULA DE EXTRAÇÃO
Profa. Sônia Nachtigall 
Semestre 2016/02 
EXTRAÇÃO 
 Processo de separação de compostos que consiste em transferir uma 
substância da fase na qual se encontra para outra fase líquida. 
 Para uma extração eficiente, o coeficiente de partição deve ser favorável. 
 Os dois meios devem ser imiscíveis, sendo que as fases são separadas por 
filtração ou utilizando um funil de separação. 
 Muitos produtos naturais estão presentes nos tecidos vivos, os quais contém 
alto teor de água. Esses produtos podem ser extraídos utilizando solventes 
imiscíveis com a água, como éter etílico, hexano, éter de petróleo, 
diclorometano, etc. 
EXTRAÇÃO 
 Ao utilizar a pera ou funil de separação, o solvente mais denso fica embaixo, 
podendo ser tanto a fase aquosa quanto a orgânica. 
 Às vezes pode ocorrer a formação de emulsão, principalmente quando as 
densidades dos dois solventes for muito próxima. 
 Para minimar o risco de formar emulsões, deve-se fazer a agitação com cuidado. 
 Após a formação da emulsão, para desfazê-la, pode-se: 
 deixar o sistema em repouso, 
 agitar a interface com cuidado, 
 girar lentamente o balão, 
 adicionar um sal solúvel na água para aumentar sua força iônica, 
 adicionar um pouco de solvente na interface. 
EXTRAÇÃO 
 Cuidados: 
 Nunca jogar fora qualquer fase recolhida do funil de separação antes de 
se assegurar sobre onde se encontra a substância desejada. 
 Para determinar se uma camada é a aquosa, adicionar alguma gotas de 
água e observar onde irão se localizar. 
 É muito comum utilizar água para “lavar” impurezas solúveis em água 
presentes em misturas reacionais orgânicas, tais como resíduos ácidos, 
básicos e sais. Isso também é um tipo de extração. 
 Quando se utiliza a pera de decantação ou a filtração se diz que a extração é 
DESCONTÍNUA ou EM BATELADA. 
 Esses processos podem ser repetidos para aumentar a eficiência, sendo que 
os extratos orgânicos são depois combinados, opcionalmente secos com 
dessecantes (Na2SO4, MgSO4, CaCl2, CaSO4, K2CO3) e o solvente é evaporado. 
EXTRAÇÃO CONTÍNUA 
 Processo onde o solvente passa repetidas vezes pelo meio, após evaporação e 
condensação. 
 
 São utilizados processos de extração contínua quando: 
 O coeficiente de partição solvente orgânico/água é baixo, 
 A concentração do soluto é baixa, 
 O solvente é muito caro. 
 
 Em uma extração contínua o rendimento é maior para uma mesma quantidade 
de solvente, devido às repetidas etapas de extração, sendo um método mais 
prático e econômico. 
 
 Aparelho extrator de Soxhlet: 
• O material sólido é colocado em um cartucho 
poroso. 
•O solvente é colocado no balão (2/3 do volume), com 
adição de pedras de ebulição. 
•O conjunto é aquecido até que se realizem ciclos 
suficientes de evaporação/condensação. 
•A seguir, o solvente é removido. 
 Extrações contínuas de sistemas líquido-líquido utilizam 
extratores com funcionamento similar ao extrator 
Soxhlet. Exemplos: 
 
Esquema de um evaporador rotatório 
sucção 
aquec. 
condensação 
frasco 
coletor 
Balão com a amostra 
 (rotatório) 
• A remoção do solvente é feita utilizando um evaporador rotatório 
1o. Experimento: 
 
EXTRAÇÃO CONTÍNUA DE ÓLEO VEGETAL 
 Óleos são geralmente encontrados em frutas e sementes e são extraídos de 
maneiras diversas: 
 Prensagem a frio (produto de melhor qualidade) 
 Prensagem a quente (melhor rendimento) 
 Extração por solventes 
 Procedimento: 
 Colocar as sementes ( ~10g), trituradas, em um cartucho de papel e tapar 
com algodão. 
 Preencher 2/3 do balão com hexano, adicionar pedaços de porcelana. 
 Deixar em refluxo durante aproximadamente 1,5h. 
 Remover o solvente em evaporador rotatório e determinar o teor de óleo 
por pesagem. 
 
 
Teor de óleo em alguns grãos 
 amendoim: 45 – 50%; 
 girassol: 35 – 45%; 
 soja: 18 – 20%; 
 colza (canola – “canadian oil low acid”): 15 – 25%; 
 linhaça: 20%; 
 mamona: 7 – 44% (dependendo da espécie). É o óleo de rícino. 
 
2o. Experimento: 
 
EXTRAÇÃO DA CAFEÍNA POR PROCESSO EM BATELADA 
 O que é a cafeína? 
 A cafeína é um alcalóide - composto natural que contém nitrogênio e por isso 
tem propriedades de bases orgânicas. Está, presente no café, folhas da 
erva-mate, sementes de guaraná, etc. É um dos estimulantes mais antigos 
conhecidos, além de ter propriedades diuréticas. É solúvel em água quente. 
 
 A cafeína pode constituir até 5% das folhas de chás. Na erva-mate o teor 
varia entre 0,8 e 2,0%. 
 Taninos são compostos fenólicos presentes nas plantas e que se encontram 
associados à cafeína, precisando ser removidos. 
cafeína 
Embora a cafeína seja solúvel em água, ela é muito mais solúvel em diclorometano e 
clorofórmio. 
TANINO: a) Fração condensada; b) Fração hidrolisável 
 a) b) 
PROCEDIMENTO: 
 Colocar 10g de folhas de mate, 4g de carbonato de cálcio e 100 mL de 
água em um béquer e deixar em ebulição durante 10 minutos. Agitar 
ocasionalmente com um bastão de vidro. 
 
 
 
 
 Filtrar a suspensão através de uma camada de Celite em um funil de 
Buchner, usando trompa d’água. 
 Extrair o filtrado em funil de separação com três porções de 20 mL 
de diclorometano (cuidado para não formar emulsão). 
 Juntar as frações orgânicas e secar com sulfato de sódio anidro. 
 Evaporar o solvente no evaporador rotatório e pesar o resíduo para 
cálculo de rendimento. 
 Para o armazenamento dissolver a cafeína em um pouco de 
diclorometano. 
Funil 
de 
Buchner 
OH
+ CaCO3 Ca
2+
2
2
O-
+ H2O + CO2
CELITE 
 Celite é marca registrada de um material usado para 
filtração, constituído por terra diatomácea. 
 Terra diatomácea: 
 rocha sedimentar à base de sílica (SiO2), com estrutura 
altamente porosa 
 provém da fossilização de certos tipos de algas em sedimentos 
marinhos ou lacustres 
 muito utilizada em filtração de partículas finas que costumam 
atravessar o papel filtro comum. 
03 L�minas Cromatografia 2016 02.pdf
CROMATOGRAFIA 
QUI02 223 
Profa. Sônia M. B. Nachtigall 
Semestre 2016/02 
O que é cromatografia? 
 Conjunto de técnicas utilizadas para separar componentes de 
misturas, baseadas na diferença de afinidade desses 
componentes em relação a duas fases imiscíveis: 
 fase estacionária ou adsorvente; 
 fase móvel ou eluente. 
 
 Por cromatografia é possível separar, purificar, analisar e até 
mesmo quantificar componentes de uma mistura, através da 
comparação com padrões. 
 
História da cromatografia 
 
 
 
•O termo cromatografia foi usado pela primeira vez em 1906 
por um botânico russo (Mikhail Tswett) ao descrever suas 
experiências na separação dos componentes coloridos de 
extratos de folhas. 
 
•Tswett encheu uma coluna de vidro com carbonato de cálcio 
(fase estacionária), colocou o extrato de folhas na parte 
superior e começou a passar éter de petróleo (fase móvel) 
através desse material. Esse procedimento levou à separação 
dos componentes do extrato em faixas coloridas.
Aplicações da cromatografia 
 
 
 
A grande variedade de combinações de fases móveis e 
estacionárias torna a técnica muito versátil e com inúmeras 
aplicações: 
• Separação e purificação de substâncias utilizadas na preparação de 
medicamentos; 
•Acompanhamento de reações orgânicas; 
• Determinação do nível de álcool na corrente sangüínea; 
• Determinação da presença de sangue ou drogas em amostras retiradas 
da cena de crimes; 
• Determinação do nível de poluição de água e ar. 
Cromatografia em papel 
 Utiliza como fase estacionária uma tira de papel filtro de qualidade 
especial – papel cromatográfico. 
 A amostra é aplicada na borda inferior da tira de papel, a qual é 
colocada em contato com o eluente escolhido, permitindo que o 
mesmo suba pela superfície do papel, carregando os componentes 
da mistura. 
 É um método muito utilizado para separar substâncias polares, tais 
como os açúcares e os aminoácidos. 
 Desvantagem: permite cromatografar somente pequenas 
quantidades de mistura de cada vez. 
Experimento 1 (pag. 18): separar pigmentos de canetas hidrocor, 
utilizando etanol. 
Cromatografia em camada delgada (CCD) 
 Utiliza como fase estacionária uma placa de vidro, de 
alumínio ou de plástico, recoberta com uma camada de um 
adsorvente. 
 Os adsorventes mais empregados são a sílicagel, alumina, 
terra diatomácea e celulose. 
 As placas podem ser preparadas no laboratório ou 
adquiridas prontas. 
 Para a preparação das placas em laboratório, é feita uma 
suspensão do adsorvente em um solvente (~10g/20mL), e 
essa suspensão é depositada homogeneamente sobre a 
placa. 
 A fase estacionária deve ser ativada por aquecimento. 
Escala analítica (2,5 x 10cm) 
Escala preparativa (20 x 20cm) 
Cromatografia em camada delgada (CCD) 
 Procedimento: 
 A amostra é colocada a cerca de 1cm da base da placa, com a ajuda de um 
capilar, e a seguir inserida em uma cuba cromatográfica saturada com o solvente. 
 O solvente deve subir na placa até próximo do seu final, quando essa é 
removida da cuba. 
 
 Eluente: 
 Escolhido de modo experimental. 
 Os adsorventes são, geralmente, polares. Assim, se o eluente for pouco 
polar, talvez não consiga mover as substâncias do ponto de partida; 
porém, se for muito polar, talvez todas as substâncias andem junto com a 
frente de solvente e não sejam separadas. 
 Misturas de solventes podem ser mais eficientes. 
 Testar os solventes começando pelo de menor polaridade e aumentando a 
polaridade gradualmente. 
 
 
Preparação de capilar para CCD 
Poder de eluição dos solventes1 
Alcanos ( Éter de petróleo, hexano) 
CCl4
2 
Tolueno 
CH2Cl2 
CHCl3
2 
Éter Dietílico 
Acetato de Etila 
Acetona 
Etanol 
Metanol 
Água 
Ácido acético 
 
1O poder de eluição depende 
não só da polaridade 
2Solventes suspeitos de 
serem carcinogênicos 
1Shriner et al. The systematic identification of organic compounds Wiley, 8a. Ed., 2004 
Fator de retenção (Rf) (Rate of flow): 
 
Distância percorrida pela amostra/ distância percorrida pelo solvente 
 
•Substâncias muito solúveis no eluente terão Rf próximo a 1. 
•Substâncias pouco solúveis no eluente terão Rf próximo a zero. 
 
O VALOR DE Rf É REPRODUTÍVEL NAS MESMAS CONDIÇÕES EXPERIMENTAIS 
 
Cromatografia em camada delgada 
APLICAÇÕES: 
• Para verificar se duas substâncias são idênticas. 
• Para determinar o número de componentes de uma mistura. 
• Para determinar o solvente adequado para uma separação em coluna 
cromatográfica. 
• Para monitorar a separação em uma coluna cromatográfica. 
• Para verificar a eficiência de uma purificação. 
• Para monitorar o progresso de uma reação. 
VANTAGEM: 
• Pouca quantidade de material (~10-7g pode ser suficiente). 
DESVANTAGEM: 
• Não serve para materiais voláteis. 
Cromatografia em camada delgada (CCD) 
 
 Se os compostos presentes forem incolores, deve-se utilizar algum 
método de “revelação”: 
 
 Luz ultravioleta – uso de sílica com indicador fluorescente; 
 Câmara de iodo; 
 Processos destrutivos: oxidação ou outras reações. 
 
 
Experimento 2. Preparação de lâminas para CCD 
Suspensão de 
silicagel em 
etanol 
(10g/20mL) 
1ª. Etapa: Limpar as lâminas com acetona 
Experimento 3. Separação de uma mistura de corantes por CCD 
Mistura amarelo de alizarina + violeta cristal 
• Preparar duas placas de cromatografia com as seguintes amostras: 
• 1 gota sol. amarelo de alizarina 
• 1 gota sol. violeta cristal 
• 1 gota sol. mistura de ambos 
• Preparar duas cubas cromatográficas, uma contendo etanol e a outra contendo 
outro eluente (água, água+etanol, acetona, isopropanol, etc.) 
• Deixar eluir, retirar as placas das cubas, evaporar o solvente e determinar os 
Rf. 
Experimento 4. Separação de uma mistura de benzofenona e -naftol 
(incolores) 
• Como os componentes da mistura são incolores, deve-se utilizar uma placa com 
sílica contendo indicador fluorescente. 
• Aplicar: 
• 1 gota sol. benzofenona 
• 1 gota sol. -naftol 
• 1 gota sol. mistura de ambos 
• Preparar 1 cuba cromatográfica, contendo uma mistura hexano/acetato de etila 
90/10 (95/5, 85/15). 
• Deixar eluir, retirar as placas das cubas, evaporar o solvente e analisar usando 
lâmpada UV e, depois, câmara de iodo. 
Experimento 5. Separação de uma mistura de corantes desconhecidos 
• Cada grupo receberá uma mistura de corantes (A, B, C, ...) 
• Preparar duas placas cromatográficas. Em cada uma delas aplicar 1 
gota da solução de corante(s) desconhecida e 2 gotas de soluções-
padrão de outros corantes (azobenzeno, p-dimetil-aminoazobenzeno, 
vermelho sudan e/ou vermelho de metila). 
• Deixar eluir as duas placas utilizando tolueno como eluente. 
• Por comparação, deduzir qual o corante (ou os corantes) presente(s) na 
amostra desconhecida. 
CROMATOGRAFIA EM COLUNA 
Coluna cromatográfica 
 As colunas têm entre 10 e 90 cm 
de comprimento e de 1 a 5 cm de 
diâmetro. 
 A massa de adsorvente é cerca de 
25 a 30x maior que a massa da 
amostra. 
 Fases estacionárias: alumina (óxido 
de alumínio), sílica gel, silicato de 
magnésio, MgO, MgCO3, CaCO3 
previamente ativados por 
aquecimento. 
Cromatografia em coluna 
 A técnica é utilizada geralmente em escala preparativa. 
 A amostra está na forma de uma solução concentrada em solvente de baixa 
polaridade, ou está seca. 
 O processo é iniciado passando primeiro solvente de baixa polaridade, que 
fazem a eluição dos compostos menos polares. 
 À medida que os componentes menos polares vão sendo eluídos, a polaridade 
do solvente é gradativamente aumentada, de modo a favorecer a eluição dos 
componentes mais polares. 
 Se os compostos forem coloridos ou absorverem no UV, a visualização é 
simplificada. Se forem incolores, o processo é acompanhado por CCD 
(cromatografia em camada delgada) utilizando reveladores. 
 Os componentes são recolhidos separadamente à medida que eluem. 
MONTAGEM DA COLUNA 
 Inicialmente, colocar um pequeno chumaço de algodão na parte inferior da 
coluna. 
 A coluna pode ser montada usando métodos úmidos ou secos.
 Método 1 (silicagel): Preparar uma suspensão adsorvente + eluente (proporção: 
~1:10) e colocar para dentro da coluna limpa, usando funil, com a torneira 
parcialmente aberta, até que todo adsorvente esteja dentro da coluna, de 
preferência sem interrupção. 
 Ir recolhendo o eluente puro sem permitir que o nível de líquido fique abaixo do 
nível de adsorvente. Quando terminar a introdução, a torneira deve ser 
fechada, deixando o menor volume de eluente possível acima da linha do 
adsorvente. 
 
 Método 2 (alumina): Colocar eluente na coluna (3mL/g adsorvente) e 
introduzir o adsorvente seco de modo homogêneo e constante, com a 
torneira parcialmente aberta. Durante a introdução do adsorvente, ir 
batendo suavemente na coluna para compactar bem e evitar a formação de 
vazios e canais. Escoar o eluente até ficar um volume mínimo sobre o 
adsorvente. 
 
 Método 3: Introduzir o adsorvente seco, de forma contínua, diretamente 
sobre o chumaço de algodão. Durante a colocação da fase estacionária deve-
se bater levemente na coluna (com a mão ou uma borracha) para que o 
empacotamento seja mais eficiente. No final, pode-se adicionar eluente até 
o ponto de umedecer todo adsorvente e restar um volume mínimo de eluente 
sobre o mesmo. Ou então, colocar a amostra diretamente sobre o 
adsorvente, dispersa em pequena quantidade do adsorvente. 
 Colocar a amostra na superfície do adsorvente, com o auxílio de uma pipeta 
de Pasteur, cuidando para não danificar essa superfície. 
 Deixar o líquido penetrar no adsorvente e adicionar um pouco de solvente, 
com uma pipeta de Pasteur, lavando as paredes da coluna. As frações 
seguintes de solvente adicionadas devem ser pequenas, até que se confirme 
que todo material tenha penetrado na coluna. A partir daí pode-se colocar 
um volume maior de solvente. 
 Recolher pequenas frações do eluído em frascos. Depois de identificados os 
componentes, juntar as frações idênticas. 
 Se for necessário, aumentar gradativamente a polaridade do eluente. 
 Cromatografia flash: utiliza pressão no topo da coluna para acelerar o 
processo. 
ELUIÇÃO 
Experimento 7 (pag. 20): Separação de uma mistura de corantes 
por cromatografia em coluna 
• Prepare uma coluna, tapando a extremidade inferior com algodão e 
preeenchendo com: 
• Silicagel seca, adicionando etanol para molhar. 
• (ou) Suspensão de silicagel em etanol. 
• Colocar algumas gotas da solução de corantes amarelo de alizarina + 
violeta cristal, na superfície, e eluir com etanol. 
• Recolher todo amarelo de alizarina. 
• Na sequência, o violeta cristal pode ser eluído mais rapidamente com 
ácido acético. 
CROMATOGRAFIA GASOSA (GC) 
 Técnica instrumental. Equipamento: cromatógrafo a gás. 
 É uma das técnicas instrumentais mais úteis na separação e 
análise de compostos orgânicos que possam ser vaporizados sem 
se decompor. 
 Fase móvel: gasosa. 
 Fase estacionária: líquida. 
 O princípio envolvido na separação das substâncias é a diferença 
nas pressões de vapor dos componentes das misturas. 
 A amostra é injetada no cromatógrafo, vaporizada por 
aquecimento e introduzida em uma corrente de gás (gás 
carreador) que a conduz através de uma coluna preenchida com 
partículas revestidas por um líquido adsorvente. A substância 
com < PE elui primeiro. 
 A coluna é mantida com a temperatura controlada. 
 À medida que atravessa a coluna, a amostra é submetida a muitos 
processos de partição entre as fases gasosa e líquida, levando à 
separação dos componentes. 
 
Cromatograma 
 Cromatógrafo gasoso: 
 
 
 Colunas: geralmente de cobre ou aço, com 3 ou 6mm de diâmetro 
e 15 – 30m de comprimento. 
 Fase estacionária: geralmente um líquido, uma cera ou um 
sólido de baixo ponto de fusão. Deve ter baixa pressão de 
vapor. 
 A fase líquida geralmente reveste um material de suporte. 
 
 Gás: geralmente é usado hélio, argônio ou nitrogênio. 
 
 Desvantagem da técnica: os analitos devem ser voláteis. 
CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA 
(CLAE ou HPLC) 
 É um tipo de cromatografia instrumental em que se utiliza uma 
coluna com adsorvente finamente dividido (5 a 20 mm) e muito 
empacotado, que melhora o processo de separação. 
 O solvente é bombeado através da coluna , para permitir uma 
velocidade de eluição adequada. 
 Como altas pressões são utilizadas, a técnica também é conhecida 
como cromatografia líquida de altas pressões. 
CROMATOGRAFIA DE PERMEAÇÃO EM GEL (GPC, SEC) 
 Também conhecida como cromatografia por exclusão de tamanho. 
 Fase estacionária: polímero reticulado contendo poros de 
diferentes tamanhos. 
 As moléculas são separadas de acordo com seu tamanho. Moléculas 
pequenas penetram nos poros mais facilmente, por isso as moléculas 
grandes são eluídas primeiro. 
 O valor da massa molecular média é 
calculado a partir das curvas, usando 
moléculas de massa conhecida como 
referência. 
04 L�minas Destila�ao Joao.pdf
Destilação 
QUI02 223 Química Orgânica 
Experimental I 
Introdução 
• Destilação – Método de separação de 
misturas: 
– Em geral – Líquido/Líquido, Líquido/Sólido 
• Baseia-se : 
– Na diferença de pontos de ebulição entre os 
componentes da mistura 
• Variação da pressão de vapor com a 
temperatura 
Teoria da destilação 
• Lei de Raoult 
• Pressão de vapor parcial (PA) de um componente A 
• Fração molar (XA) de um componente A 
 
Teoria 
• Equilíbrio vapor/líquido 
• Mistura entre componentes A e B: 
pa = xa P
o
a 
 pb = xb P
o
b 
 
 xa e xb: frações de A e B na fase líquida 
 Poa = Pvapor de A 
 Pob = = Pvapor de B 
 
 pb = (1 - xa ) P
o
b 
 
• Pressão total do sistema: 
 
 P = pa + pb = xa P
o
a + (1 - xa ) P
o
b 
 
Lei de Raoult 
Teoria 
• Equilíbrio vapor/líquido 
• Na fase vapor 
 
 
• Sendo ya e yb as frações de A e B na fase gasosa: 
 
 
• Considerando a lei de Raoult: 
 
Lei de Dalton 
Teoria 
• Diagrama – Composição X Temperatura 
 
 
 
Lei de Dalton 
P = xa P
o
a + (1 - xa ) P
o
b 
 
Teoria 
• Soluções ideais obedecem à lei de Raoult : 
 pa = xa P
o
a 
 pb = xb P
o
b 
 
∆Hmistura = 0 
∆Vmistura = 0 
 
• Exemplos de soluções Ideais 
– C2H5Cl e C2H5Br 
– n–hexano e n–heptano 
– CCl4 e SiCl4 
 
 
Teoria 
• Azeótropos 
 
• Azeótropo de Mínimo 
Técnicas 
• Destilação Simples: 
– Geralmente misturas sólido/líquido, ou 
líquido/líquido que apresentem pontos de 
ebulição muito diferentes. 
• Aparato em laboratório: vidro 
• Aparato em indústria: ferro, aço, cobre, 
vidro... 
 
 
Técnicas 
• Destilação Simples 
Técnicas 
• Destilação fracionada: 
– Utilizada quando os pontos de ebulição diferem 
ligeiramente 
– Vasta aplicação na indústria: petroquímica, gases 
industriais, bebidas, etc. 
– Emprega colunas de retificação 
– Uso de refluxo 
 
 
 
 
 
Técnicas 
• Destilação Fracionada 
 
 
 
 
 
http://www.yenka.com/ 
Técnicas 
• Destilação Fracionada 
 
 
 
 
 
www.wisegeek.com 
Técnicas 
•
Destilação a Vácuo 
 
– Útil para compostos de elevado ponto de ebulição 
– Substâncias que se decompõem antes de 
atingirem a temperatura de ebulição 
– Aplicação em indústria e laboratório 
– Alto custo 
Técnicas 
• Destilação a Vácuo 
 
www.sigmaaldrich.com chemengineering.wikispaces.com 
Técnicas 
• Purificação de água por destilação 
blueshift.nu 
Prática de hoje: 
• Experimento 11 - Destilação de vinho: 
 Objetivo: Destilação de álcool de uma 
amostra de vinho e determinação do teor 
alcoólico por diferentes métodos. 
 
 
• Ponto de ebulição da água :100°C 
• Ponto de ebulição do álcool 78,4°C 
Experimental 
• Destilação fracionada (coluna de Vigreaux) – 
Aquecer, em manta elétrica, 250 mL de vinho 
tinto em balão de 500 mL com pedras de 
ebulição. 
 Coletar em proveta 4 frações sucessivas de 25 
mL de destilado, anotando para cada fração a 
temperatura inicial e final de coleta 
Experimental 
• Determinação do teor alcoólico através do 
índice de refração. 
Determinar o índice de refração das 4 frações 
de destilado, com um refratômetro de Abbe. 
Corrigir o valor do índice de refração* com a 
temperatura, sabendo que o mesmo diminui 
com a temperatura. Fator de correção: 
 
* n medido a 200C 
REFRATÔMETRO DE ABBE 
• Utiliza luz branca com uma correção que corresponde à linha D do sódio. 
• Necessita de pequena quantidade de amostra. 
Experimental 
• Determinação do teor alcoólico através do 
índice de refração. 
Relacionar o índice de refração determinado 
com o teor de álcool presente, utilizando uma 
curva de calibração “Índice de refração x 
Concentração” 
Determinar, também, o índice de refração do 
vinho original. 
Experimental 
• Determinação do teor alcoólico através da 
densidade 
Determinar a densidade da mistura das 4 frações 
com um densímetro(g/mL) e um aerômetro de 
Baumé (usar curva de calibração) 
 Converter densidade em teor alcoólico 
Determinar o teor alcoólico do vinho original 
comparando com valor informado. 
Experimental 
• Determinação do teor alcoólico através do 
efeito salting out. 
 Adicionar 10 g de K2CO3 à 20 mL do destilado 
unificado em Erlenmeyer de 125 mL. Agitar 
para dissolver o sal e adicionar mais K2CO3 
caso não separe em duas fases. 
Separar as fases em funil de separação e 
medir o volume de álcool obtido. 
Comparar os métodos. 
05 L�minas S�ntese de �steres Joao.pdf
Síntese e destilação de ésteres 
QUI02 223 Química Orgânica 
Experimental I 
Ésteres 
• Fórmula Geral: R− CO − O − R1 
Onde: R e R1 são radicais orgânicos 
Líquidos incolores, líquidos viscosos e ceras 
 
• Aplicações: 
Essências (flavorizantes) –derivadas de ácidos 
e álcoois de cadeia curta. 
– etanoato de etila –maçã verde. 
– metanoato de etila –groselha. 
– acetato de pentila – pêra. 
Óleos e gorduras – Óleos comestíveis, limpeza 
e higiene. 
Ceras – ácido + álcool de cadeia longa. 
Ésteres 
 
Ésteres 
Síntese de ésteres 
• Reação de esterificação de Fischer 
 
 
 
 
Reação em equilíbrio 
Reatividade: Álcoois 10 > 20 > 30 
 
Síntese de ésteres 
• Catálise ácida 
Síntese de ésteres 
• Síntese em Laboratório: 
• Ácidos Carboxílicos + Álcoois + H2SO4 → Aquec. 
• Reações lentas, reversíveis e , em geral, rendimento 
baixo 
 
http://www.rsc.org 
Dean Stark 
Síntese de ésteres 
• Processo Industrial: 
 
0,2 mols 
álcool 
2 mL H2SO4 conc 0,22 mols 
Ác. acético 
• Síntese de ésteres do ácido acético 
1 mol de Ác. acético → 60,04g 
0,22 mols de Ác. acético → Xg 
Volume: X(g)/d(g/ml) 
 Idem para o álcool (0,20 mols) 
 
 
Prática de Hoje 
Pedras de 
ebulição 
Aquecer 
45 min 
CONDENSADOR 
DE ALLIHN 
Lavar 2x com 20 mL 
de água gelada 
Lavar com solução de 
carbonato de sódio 10% 
Colocar sulfato de 
magnésio anidro 
1
2
3
4
5 6
7
8
9
1 10
2
3
4
5 6
7
8
9
11
Agitação de 5 
a 10 min 
MgSO4 + H2O  
MgSO4.n H2O 
Na2CO3 + 2 H
+  2 Na+ + 
H2O + CO2
 
 Efeito salting-out 
Prática de Hoje 
•Purificação 
Filtrar para balão de 
destilação 
Procurar na literatura 
a temp. de ebulição do 
éster formado 
Desprezar a cabeça de 
destilação 
Pesar o frasco escuro 
Destilação fracionada 
Prática de Hoje 
•Purificação 
Prática de Hoje 
• Caracterização 
Testes de via úmida : para álcoois (teste de 
Lucas e Bordwell) e para ésteres (teste 2 do 
hidroxamato férrico). 
 Determinar o Peb do éster utilizando o 
método do capilar. Determinar, também, seu 
índice de refração e fazer seu espectro no 
infravermelho. 
• Determinação da temperatura de ebulição 
pelo método do capilar 
Prática de Hoje 
Prática de Hoje 
• Teste de Lucas :caracterização de álcoois 
solúveis em água 
 
 
• Utilizado para identificar e classificar álcoois 
em primários, secundários ou terciários. 
• Reação deve ser conduzida na capela! 
Prática de Hoje 
• Teste de Lucas: 
 
 
 
 
• (a) Solução límpida – álcool primário (ou não é 
álcool). 
• (b) Turvação em 5 minutos – álcool secundário. 
• (c) Separação imediata em duas camadas – álcool 
terciário. 
Prática de Hoje 
• Teste de Bordwell (oxidação de álcoois 
primários ou secundários) 
 
 
Prática de Hoje 
• Teste de Bordwell (oxidação de álcoois 
primários ou secundários) 
 
 
Teste de Bordwell 
 Bafômetro 
Prática de Hoje 
• Teste do hidroxamato férrico :identifica 
haletos de ácido, anidridos, ésteres e amidas. 
Prática de Hoje 
• Teste do hidroxamato férrico 
• Procedimento 1 (amostras solúveis em água): amostra + 
hidroxilamina a 1% + NaOH até pH 6,5-7,0. 
• Aquecer à ebulição em bico de Bunsen 
• Após resfriamento, adicionar solução de FeCl3 a 1%. 
Cor vinho → Éster 
Prática de Hoje 
• Teste do hidroxamato férrico 
• Procedimento 2 (amostras insolúveis em água): amostra + 
cloridrato de hidroxilamina + NaOH. 
• Aquecer até a ebulição. Após resfriamento, adicionar HCl . 
• Solução turva: acrescentar etanol a 95%. Adicionar solução de 
FeCl3 a 5% e observar mudança de coloração. 
• Teste positivo: coloração magenta, vinho ou vermelha. 
Estiramento 
CH 
alifático 
Estiramento 
C=O 
Estiramento 
C-O 
CH3C OCH2CH2CH2CH3
O
1743 
2963 
2938 
1244 
Prática de Hoje 
06 L�minas Arraste a vapor 2016 02.pdf
Química Orgânica Experimental I 
QUI02 223 
 
 
 
EXTRAÇÃO POR ARRASTE A VAPOR 
 
e 
 
EXTRAÇÃO ÁCIDO/BASE 
 
2016/02 
Profa. Sônia M. B. Nachtigall 
Destilação por arraste a vapor 
 
 
 Método de isolamento e purificação de substâncias líquidas IMISCÍVEIS. 
 
 Observação: As técnicas de destilação simples, fracionada e a vácuo são 
utilizadas em misturas completamente miscíveis. 
 
 Um mistura de líquidos imiscíveis entra em ebulição em uma temperatura mais 
baixa do que qualquer um dos
componentes individuais. 
 
 Aplicação: purificação de substâncias que se decompõem em temperaturas 
elevadas ou que tenham ponto de ebulição muito alto. 
 
 Quando a ÁGUA é o líquido utilizado, a temperatura de ebulição é inferior a 
100oC. Os vapores se misturam e co-destilam. Após a condensação, os líquidos se 
separam, permitindo o isolamento. 
 
 A destilação por arraste a vapor é muito utilizada no isolamento de óleos 
essenciais de plantas. 
O que são óleos essenciais? 
 
 
 São líquidos voláteis produzidos pelas plantas, responsáveis por seus aromas. 
Exemplos: eucalipto, citronela, alecrim, cravo da india, menta, limão, laranja, 
canela, etc. 
 Os óleos essenciais têm função protetora nas plantas, afastando certos tipos de 
insetos, mas também auxiliam na polinização, atraindo pássaros e outros insetos. 
 Apresentam diferentes funções orgânicas nas suas estruturas (álcoois, ésteres, 
aldeídos, cetonas, fenóis, etc.), mas diferem das gorduras porque não são ésteres 
de ácidos de cadeias longas. Por isso não podem ser utilizados para produzir 
sabões. 
 Os óleos essenciais tem baixa solubilidade em água, mas são solúveis em solventes 
orgânicos. 
 Muitos óleos essenciais são utilizados pela indústria farmacêutica (estimulantes, 
antiespasmódicos, anti-inflamatórios, calmantes, analgésicos, etc.), pela indústria 
de cosméticos (perfumes, essências, óleos para pele e cabelos, cremes) e pela 
indústria alimentícia (flavorizantes, aromatizantes). 
 
Destilação por arraste a vapor 
 
 
•Princípio da técnica: 
 
A pressão de vapor total de uma mistura de líquidos imiscíveis é 
igual à soma da pressão parcial de cada um dos líquidos. 
 
 Nota: na destilação de dois líquidos miscíveis, a pressão de vapor total é 
igual à soma das pressões parciais multiplicadas pela fração molar de cada 
componente no sistema – a composição do vapor também depende da 
composição do sistema. 
 
Líquidos imiscíveis: PTOTAL = PA + PB 
 
Líquidos miscíveis: PTOTAL = PAxA + PBxB 
 
 
Para líquidos imiscíveis, a composição do vapor é constante até o 
consumo total de um dos componentes. 
QUESTÃO: Uma mistura de 1-octanol e água destila a 99,4 oC. Sabendo 
que a pressão de vapor da água nessa temperatura é de 744 mmHg, 
determine a composição do destilado. 
 
 
 A pressão de vapor do 1- octanol a 99,4 oC deve ser 760 – 744 = 16 mmHg. 
 
 
 
 Massa molecular da água: 18g/mol; massa molecular do 1-octanol: 130g/mol. 
 
 
 
 
 
Que massa de água deve ser co-destilada com o 1-octanol para produzir 1 g do 
álcool? 
 Para destilar 1g de 1-octanol são necessários 6,43g de água. 
Destilação por arraste a vapor 
 
 
 PROCESSO INDUSTRIAL 
Hidrodestilação: co-destilação com a 
água 
 
 
Arraste a vapor 
Co-destilação 
1a. ETAPA 
EXTRAÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DO CRAVO-DA-ÍNDIA 
 
 
 O principal componente do óleo essencial de cravo é o eugenol, que é 
utilizado na síntese da vanilina (aroma de baunilha), como analgésico 
dentário e como antisséptico. 
 Outro componente presente no óleo de cravo, em menores proporções é o 
acetileugenol. 
 
O
O
H
eugenol
HO
O
C
O
H
vanilina
O
O
C
O
acetileugenol
CH3
PROCEDIMENTO: 
 
 
• Montar o sistema para hidrodestilação utilizando 10g de cravo da índia 
triturados e 150mL de água, em balão de 500 mL, e destilar até a obtenção 
de cerca de 120mL de destilado. Adicionar continuamente água durante a 
destilação, para evitar que seque. 
•O destilado contém, basicamente, eugenol e acetileugenol. 
 
2a. Parte: EXTRAÇÃO ÁCIDO-BASE 
Extrair a suspensão aquosa de óleo de cravo com três porções de 10 mL 
de diclorometano. 
Continuar os procedimentos seguindo o diagrama do polígrafo. 
 
 
 
Extração com diclorometano 
 4 x 10 mL 
Óleo de cravo em CH2Cl2 
4 x 10mL NaOH 10% 
Acetileugenol em CH2Cl2 Eugenolato de sódio em 
solução aquosa 
Acidificar com HCl conc. 
a) Secar com Na2SO4 
b) Filtrar (funil simples com algodão) 
c) Evaporar o solvente 
Acetileugenol 
Eugenol em água 
Eugenol em CH2Cl2 Fase aquosa 
Descartar 
Eugenol 
a) Secar com Na2SO4 
b) Filtrar (funil simples com algodão) 
c) Evaporar o solvente 
ANÁLISES POR VIA ÚMIDA 
 
 
 Teste de insaturação ativa: 
 Adição de bromo (na capela) 
 
 
 
 
 
 
 Adição de KMnO4 
R'''
R''R
R'
Br
Br R''
R'''
R'
R
R R'
Br
Br
R'
Br
R
Br
ou
Br
2 
/ CCl
4
(avermelhado)
 (incolores)
ou
•Ao final, destilar os solventes do eugenol e do acetileugenol no 
evaporador rotatório. 
•Testar os produtos por via úmida e analisar por FTIR. 
ANÁLISES POR VIA ÚMIDA 
 
 
 Testes para hidroxila fenólica: 
 Complexação com cloreto férrico anidro 
 
 
 
 Teste de Millon 
 
 
 
 Teste da ftaleína 
3 ArOH + 3 + FeCl3 Fe(OAr)3 + 3 
NN
H
+ Cl-
 
complexo
colorido
OH
+ Hg
2+ H2O
O
Hg
+
H
O
OH
+ Hg
O
OHg
2+
 O
C
C
O
O
+
OH
2
ZnCl2
calor
OH OH
C
O
C
O
anidrido
 ftálico
fenol
fenolftaleína 
 
4000 3600 3200 2800 2400 2000 1600 1200 800
0
10
20
30
40
50
60
Acetileugenol
T
ra
ns
m
itâ
nc
ia
, %
Número de onda, cm-1
1765
3483
3076
3000 1000
ESPECTROSCOPIA NO INFRAVERMELHO 
 
 Eugenol 
CROMATOGRAFIA GASOSA 
CROMATOGRAFIA EM CAMADA 
DELGADA: 
Eluir a mistura e cada um dos 
componentes com hexano. 
 
07 L�minas Recristaliza�ao 2016 02.pdf
CRISTALIZAÇÃO/ 
RECRISTALIZAÇÃO 
QUI02 223 – QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL I 
2016/02 
 
Profa. Sônia Nachtigall 
OBJETIVOS DA AULA 
 Síntese do AAS (ácido acetilsalicílico) 
 
 Purificação do AAS por cristalização/recristalização 
 
 Análise de pureza de AAS comercial 
 
 Preparação de derivado de - fenil-etilamina racêmica 
 
Na próxima aula: 
Determinação do rendimento e da temperatura de fusão do 
AAS sintetizado. 
PREPARAÇÃO E PURIFICAÇÃO DO 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO 
COOH
OH
O
O O
H2SO4
COOH
O
O
CH3COOH+ +
 Ácido 
salicílico 
Anidrido 
acético 
Ácido 
acetilsalicílico 
Ácido 
acético 
PREPARAÇÃO E PURIFICAÇÃO DO 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO 
PROCEDIMENTO: 
 
5g ácido salicílico 
10 mL anidrido acético 
2 gotas H2SO4 conc. 
Aquecimento em banho-maria 
durante 45 minutos 
Condensador de 
Friederichs 
(condensador de 
refluxo) 
PREPARAÇÃO E PURIFICAÇÃO DO 
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO 
 Após o término da reação, testar a presença de ácido salicílico não 
reagido (teste para fenóis): 
Gotas da amostra + 2mL de água + gotas sol. aq. FeCl3 
Formação de cor: presença de fenol. Nesse caso, deixar reagir por 
mais algum tempo. 
 Se o teste deu negativo para fenol, transferir o material para um 
béquer (ainda quente), resfriar em banho de gelo, adicionar 100mL
de água gelada (medir com proveta), filtrar em funil de Büchner, 
lavando bem com água gelada. 
RECRISTALIZAÇÃO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO 
 A recristalização é um método de purificação de sólidos, que 
consiste na sua dissolução à quente no menor volume possível de um 
solvente apropriado, seguida de resfriamento lento da solução, de 
modo a produzir novamente cristais, que são separados por 
filtração. 
 
 Para isso, a substância a ser recristalizada deve ser muito solúvel a 
quente nesse solvente e pouco solúvel a frio. 
 
 Após a dissolução sob aquecimento, a solução é filtrada a quente, 
permitindo que as impurezas insolúveis sejam retidas no papel-
filtro. 
 
 Após o resfriamento e a cristalização, o material é filtrado a frio, 
permitindo que as impurezas solúveis continuem em solução. 
 
ETAPAS DA RECRISTALIZAÇÃO 
 
Escolha do solvente: 
 Bom solvente a quente e mau solvente a frio. 
 Inerte com relação ao soluto. 
Dissolução: 
 Dissolver o material no menor volume de solvente, a quente, 
formando uma solução saturada. 
 Cuidado para não colocar excesso de solvente quando houverem 
impurezas insolúveis. 
Filtração a quente: 
 Permite a remoção de impurezas sólidas que não se dissolveram. 
Pode ser feita usando um papel filtro pregueado. 
 Se a solução se apresentar colorida, pode-se adicionar um pouco de 
carvão ativado antes da filtração para remover a cor. 
 
 
PAPEL DE FILTRO PREGUEADO 
 
Inicialmente o papel de filtro é dobrado ao meio e depois em 
quatro. A seguir a última dobra é aberta, deixando a marca b-d. Os 
lados a-b e b-c são dobrados sobre b-d produzindo as dobras b-e 
e b-f quando o papel é aberto (Figura a). Continuando a dobradura, 
dobrar a-b sobre a-f e a-b sobre a-e, produzindo a-i e a-j. Dobrar 
b-c sobre a-f e b-c sobre a-e, produzindo a-h e a-g. Finalmente 
fazer uma dobra entre cada um dos oito segmentos na direção oposta 
à primeira série de dobras, ou seja, para fora e não para dentro. Ao 
ser aberto o cone pregueado estará pronto. 
 
ETAPAS DA RECRISTALIZAÇÃO 
Cristalização: 
 Resfriar a solução lentamente, para que se formem 
cristais grandes e puros. 
 Se a cristalização não acontecer, ela pode ser induzida 
pela adição de alguns cristais puros do composto ou 
raspando as paredes do frasco com um bastão de vidro, 
ou ainda imergindo o frasco em um banho de gelo e água. 
Filtração a frio: 
 Feita com funil de Büchner, permite separar os cristais 
do composto das impurezas solúveis. Os cristais devem 
ser lavados com solvente frio. 
Secagem dos cristais: 
 A secagem é feita ao ar, em estufa ou em dessecador. 
Composto impuro 
Impurezas insolúveis Filtrado 
Cristais contendo 
solvente 
Filtrado 
(água mãe) 
Verificação da pureza Cristais puros 
1. Escolha do solvente 
2. Dissolução 
3. Filtração a quente 
4. Cristalização 
5. Filtração 
6. Secagem 
Etapas da cristalização 
RECRISTALIZAÇÃO DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO 
 A recristalização será feita utilizando etanol. 
 Dissolver o AAS sintetizado no menor volume de etanol possível, a 
quente. Para isso, aquecer ~10mL de etanol em um béquer e 
adicionar ao AAS, com aquecimento, começando com 5 mL. Agitar 
para dissolver e adicionar mais etanol, se necessário. 
 Filtrar em funil aquecido, com papel pregueado, recolhendo sobre 
água aquecida (80mL água destilada a 50 oC). 
 Resfriar lentamente. Depois de cristalizado, filtrar em funil de 
Buchner e guardar até a aula seguinte para determinação de 
rendimento e temperatura de fusão. 
 
 
Testes complementares 
 Testar novamente o AAS recristalizado para verificar a 
ocorrência de hidrólise durante a purificação. 
 
 
 Testar amostras comerciais de AAS quanto à presença de 
produto de hidrólise (fenol). 
 
 
Última etapa da aula: 
 
Preparação de diastereoisômeros a partir da 
 alfa-fenil-etilamina 
+C
H
CH3
NH2
*
mistura racêmica
(+)-ác. tartárico
 (2R,3R) 
H
COOH
COOH
H
OH
HO
C
H
CH3
NH3
+
(tartarato)
-
C
H
CH3
NH3
+
(tartarato)-
-Fenil-etilamina
Procedimento para a obtenção dos 
diastereoisômeros 
 
 Pesar 6g de ácido tartárico em um papel filtro e transferir 
para Erlenmeyer de 500mL. 
 
 Adicionar 84mL de metanol (proveta). 
 
 Aquecer em chapa com agitação, na capela, até dissolução 
(não aquecer demais). 
 
 Retirar do fogo, adicionar lentamente 5mL de -
feniletilamina utilizando pipeta graduada. 
 
 Tampar o erlenmeyer, identificar e armazenar para uso 
posterior. 
08 L�minas Resolu�ao 2016 02.pdf
SEPARAÇÃO ENANTIOMÉRICA 
QUI 02 223 – 2016/02 
Profa. Sônia M. B. Nachtigall 
Objetivos da aula 
 Determinação do rendimento e temperatura de fusão do AAS; 
 Separação e purificação dos enantiômeros da α–fenil-etil-amina; 
 Análise dos enantiômeros no polarímetro; 
 Realização de testes via úmida para aminas. 
Separação enantiomérica 
 PASTEUR: Foi o primeiro a separar um par de enantiômeros com 
sucesso – serendipity (ou, em outras palavras, “como a 
oportunidade favorece a mente preparada”). 
 O ácido tartárico é um composto com dois átomos de C quirais 
cujos sais (tartaratos) precipitam durante a produção do vinho. 
 Pasteur conseguiu separar, com o auxílio de uma lupa, dois cristais 
diferentes formados pelo sal de sódio e amônio do ácido tartárico 
racêmico produzido em laboratório. 
 Verificou, ainda, que um deles desviava o plano da luz polarizada 
para a direita e o outro para a esquerda. 
Separação enantiomérica (Resolução) 
 O método mais utilizado para separar uma mistura de enantiômeros consiste 
em convertê-los em um par de diastereoisômeros, com propriedades físicas 
diferentes, através da reação com outra substância quiral. Depois da 
separação, os diastereoisômeros são reconvertidos aos enantiômeros 
originais. 
 A substância quiral que vai reagir com o par de enantiômeros é chamada de 
auxiliar quiral. 
 Reação mais utilizada: reação ácido-base, por ser rápida e quantitativa. 
 Auxiliares quirais básicos mais comuns: aminas. 
 Auxiliares quirais ácidos mais comuns: ácidos carboxílicos ou sulfônicos. 
 Exemplo: um ácido racêmico pode ser resolvido com o uso de uma amina 
quiral. 
 
Separação enantiomérica da 
- feniletilamina 
+C
H
CH3
NH2
*
mistura racêmica
(+)-ác. tartárico
 (2R,3R) 
H
COOH
COOH
H
OH
HO
C
H
CH3
NH3
+
(tartarato)
-
C
H
CH3
NH3
+
(tartarato)-
S-RR 
R-RR 
prismas 
Separação enantiomérica da 
- feniletilamina 
 Um dos sais (isômero (S)-amina) é menos solúvel no metanol e cristaliza primeiro –
cristalização fracionada. Os cristais são filtrados, lavados com metanol e 
reservados. 
 O outro sal (isômero (R) – amina) permanece dissolvido no metanol, que deve ser 
evaporado no rotavapor. Os cristais resultantes são dissolvidos em água e 
tratados com solução de NaOH para regenerar a amina – verificar pH. 
 A amina é extraída em funil de separação com 3 porções de éter etílico. Obs.: a 
fração orgânica constitui a fase superior no funil. 
 A solução orgânica total é lavada com NaCl saturado (para remoção de água 
associada ao éter) e seca com MgSO4. O éter é retirado
no evaporador rotatório. 
 O rendimento da amina é calculado e a mesma é analisada no polarímetro – (R)-α-
feniletilamina. 
Separação enantiomérica da 
- feniletilamina 
 Os cristais da (S)-α-feniletilamina que foram reservados são tratados 
seguindo o mesmo procedimento: 
 
 Dissolução em água 
 Reação com NaOH aquoso 
 Extração com 3 porções de éter etílico 
 Lavagem com solução aquosa saturada de NaCl 
 Secagem com dessecante 
 Remoção do solvente no evaporador rotatório 
 Cálculo do rendimento 
 Determinação da pureza óptica 
Determinação da pureza óptica 
 Rotação específica: ângulo de rotação do plano da luz polarizada 
produzido por uma solução 1g/mL de uma amostra, quando o percurso 
óptico na solução é de 1 dm. 
 
 
 
 
 
 
 
 POLARÍMETRO 
Excesso enantiomérico = 
rotação específica determinada
rotação específica do enantiômero puro
x 100
[ ] 
t 
= 
Rotação observada 
Comprimento da célula (dm) x concentração (g/mL) 
Funcionamento do polarímetro 
 A rotação observada (OROT) mede o número de graus e a direção do 
desvio de uma amostra qualquer colocada no percurso óptico do 
polarímetro. 
 A rotação específica (SROT) dá o número de graus e a direção do desvio 
considerando uma concentração de 1g/mL e um percurso óptico de 1 dm, 
em certa temperatura específica, solvente e comprimento de onda. 
 Usualmente emprega-se a linha D do sódio, na temperatura de 25oC. 
Determinação da pureza óptica 
 Para a determinação da rotação específica pode-se usar a amostra pura, 
sem solvente. Nesse caso considera-se sua concentração igual à 
densidade, expressa em g/100 mL. 
 No caso de se proceder a uma diluição, a concentração deve ser exata 
(geralmente 1g/100mL). 
 Os valores de rotação específica dos enantiômeros puros são tabelados 
e dependem do solvente utilizado. 
Observações: No nosso equipamento a concentração 1g/100mL é 
expressa como c = 1. 
O percurso óptico é expresso como 10 (1cm,10mm). 
 
Análises por via úmida 
Teste de Rimini (aminas primárias alifáticas) 
 Teste utilizado na determinação de anfetamina na urina. 
 Dissolver a amostra em acetona e adicionar nitroprussiato de sódio. 
 As aminas primárias alifáticas se adicionam à acetona e, posteriormente, 
reagem com nitroprussiato de sódio, formando compostos de cor 
vermelha a violeta (pode demorar um pouco a aparecer). 
 
Teste de Rimini: aminas primárias 
Teste de Simon: aminas secundárias 
Teste de Feigl-Ohkuma: aminas terciárias 
Teste de Simon (aminas secundárias alifáticas) 
 Dissolver a amina em solução de acetaldeído, adicionar nitroprussiato de 
sódio. 
 A amina secundária reage com acetaldeído, formando uma enamina, a qual 
reage com nitroprussiato de sódio, formando produtos de cor azul. 
 
KA Kovar, M Laudszun (1989). Chemistry and Reaction Mechanism of Rapid Tests for Drugs of Abuse and Precursor Chemicals, 
SCITEC/1, United Nations, Vienna. 
Teste de Feigl-Ohkuma (aminas terciárias alifáticas ou 
aromáticas) 
 
 O reagente de Feigl-Ohkuma é preparado aquecendo-se ácido 
cítrico em anidrido acético. 
 Adição de 3 gotas da amina a 1mL do reagente e aquecimento: 
produto de cor vermelha. 
 Testar o reagente trietilamina para visualizar um resultado 
positivo. 
 Esse teste também é muito utilizado para testar drogas 
presentes na urina, tais como dimetil-anfetamina. 
PROTOCOLOS DE REAGENTES 
Metanol: líquido volátil e inflamável (PE = 65 oC), a ingestão pode ser fatal ou causar 
cegueira, afetando fígado e rins. Pode causar irritação da pele e do trato respiratório. 
Nitroprussiato de sódio: sal inorgânico, que se decompõe acima de 160oC. Na decomposição 
libera gases perigosos. Evitar contato com a pele. 
Ácido cítrico: sólido orgânico, com PF = 155 oC, muito solúvel em água. Usado em alimentos, 
em pequenas quantidades não é tóxico. Quando aquecido, pode gerar produtos tóxicos. 
Irritante. 
Anidrido acético: Líquido inflamável (PE = 140oC), nocivo por ingestão, pode provocar 
queimaduras na pele e lesões oculares graves, tóxicos por inalação. 
Nitrito de sódio: sal inorgânico, com PF = 280oC. Evitar contato com a pele. É tóxico por 
ingestão e favorece a combustão de materiais inflamáveis. 
Beta-naftol: sólido com PF = 122oC, nocivo por inalação e ingestão, irritante leve para a 
pele, mas pode provocar irritação ocular grave. Muito tóxico para organismos 
aquáticos.

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