Buscar

Politicas de Saúde do Brasil (em slides)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL
Amanda Lorena Ferreira Pantoja
Andréa Dias Alves
Andrei Cardoso Vieira
Bárbara Luíza Duarte Sales
Bruna Cardoso Ranieri
INTRODUÇÃO
Desde a Antiguidade, havia preocupação sobre medidas governamentais com relação ao controle sanitário;
1946 – Criação da Organização Mundial de Saúde (OMS): fundamentar, metodificar, intervenções na saúde;
 Século XIX, com a criação da Medicina Social: as medidas para promover a saúde e combater a doença deveriam ser tanto sociais como médicas (Rosen,1980). 
Século XX (anos 70): Aprofundou a análise das relações entre a saúde e a estrutura das sociedades;
Crise do setor saúde de vários países sendo necessário a organização de sistemas, planejamento e a formulação de políticas de saúde.
NO BRASIL
1977: Primeiras investigações acadêmicas nesse campo, reflexões de Políticas de Saúde (Mello);
Estabelecidas Conferências Nacionais de Saúde;
1968-1973: Crise do autoritarismo e da dívida sanitária herdada do “milagre brasileiro”, o Estado passou a implementar programas especiais e campanhas;
Criação do Sistema Nacional de Saúde (CNS,1975);
Discutiu-se sobre Política Nacional de Saúde (CNS, 1977).
ASPECTOS CONCEITUAIS
Política: 
Poder (natureza, estrutura, relações, distribuição e lutas)
Diretrizes (planos e programas) e as intervenções planificadas. 
Concepções adjacentes às definições de Políticas de Saúde:
Um conjunto de princípios, propósitos, diretrizes e decisões de caráter geral (Brasil, 1999) voltados para questão de saúde;
Uma proposta de distribuição do poder no setor (Testa, 1992);
As formas de intervenção do Estado sobre a organização social das práticas de saúde e sobre os problemas de saúde da população ( Teixeira & Paim, 1994).
Relacionar os fatores político-institucionais e fatos históricos para perceber essa evolução em saúde pública.
República Velha
de 1889 a 1930
REPÚBLICA VELHA
Predomínio das doenças transmissíveis:
Febre amarela;
Varíola;
Tuberculose;
Sífilis;
Endemias rurais.
CENÁRIO POLÍTICO E ECONÔMICO
Instalação do Capitalismo no Brasil → Excedente econômico → Primeiras indústrias → Investimento estrangeiro
Precárias condições de trabalho e de vida das populações urbanas → surgimento dos movimentos operários que resultaram em embriões de legislação trabalhista e previdenciária.
MOVIMENTOS OPERÁRIOS CONTRA AS PRECÁRIAS CONDIÇÕES DE TRABALHO
Era Vargas
de 1930 a 1964
ORGANIZAÇÃO DO SETOR SAÚDE
Acesso da população: medicina liberal e hospitais filantrópicos;
Ideologia liberal: o Estado deveria atuar somente naquilo que o indivíduo sozinho ou a iniciativa privada não pudesse fazê-lo.
Ameaças do interesse agrário-exportador → Intervenção do Estado → organização do serviço de saúde pública e campanhas sanitárias;
Os serviços definidos pela necessidade econômica.
LEI ELOY CHAVES (1923)
Organização das CAP’s (Caixas de Aposentadorias e Pensões);
1923: CAP dos ferroviários;
1926: Portuários e Marítimos.
Marco inicial da Previdência Social no Brasil.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
Predomínio das doenças da pobreza e aparecimento das doenças da modernidade;
Início da transição demográfica: envelhecimento da população.
FRACIONAMENTO DA ASSISTÊNCIA
Medicina liberal;
Hospital beneficente ou filantrópico;
Hospital lucrativo (empresas médicas).
Autoritarismo
de 1964 a 1984
AUTORITARISMO
1964 - Golpe Militar
Regime autoritário (21 anos)
tripé: capital nacional, Estado e capital multinacional.
Modelo econômico: concentrou renda, reforçou migrações e acelerou a urbanização sem os investimentos necessários.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO
Condições de saúde críticas: aumento da mortalidade infantil, tuberculose, malária, doença de Chagas, acidentes de trabalho, etc.
- Acidentes de trabalho em concomitância com morbidades modernas e da pobreza. Algumas melhoras ocorrem apenas nas doenças imunopreveníveis.
- Predomínio das doenças da modernidade e presença ainda das DIP (Doença Infecciosa Parasitária)
REGIME AUTORITÁRIO
Capitalização da medicina: privilegiou o setor privado
1966: unificação dos IAP e criação do INPS
1973: FUNRURAL (extensão da med. previdenciária aos trabalhadores rurais)
1974: criado MPAS que implantou o PPA (atendimento de emergência à qualquer indivíduo, segurado ou não)
REGIME AUTORITÁRIO
1975: V Conferência Nacional de Saúde - Crise do setor saúde: insuficiência, descoordenação, má distribuição e ineficácia dos serviços.
1975: Sistema Nacional de Saúde (Lei 6229/75) x Oposição pelos empresários da saúde
Intervenção política nos programas: materno –infantil, de imunização, PIASS, PRONAN, etc
REGIME AUTORITÁRIO
1975: Lei 6259/75 – implantação do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica
1976: Lei 6360/76 - “regime” de Vigilância Sanitária 
1977: Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS)
1979: Primeiro Simpósio de Política Nacional de Saúde – Cebes propôs criação de um Sistema Único de Saúde para o Brasil. Abrasco participou da elaboração dos textos básicos da VIII conferência Nacional de Saúde.
DIRETRIZES DO PROGRAMA NÃO IMPLANTADO
Sistema Nacional de Saúde (Lei 6229/75) 
Reforço a atenção primária
Participação da comunidade
Regionalização e hierarquização de serviços
Sistema de referência e contra-referência
Integração das ações preventivas e curativas
Nova República
de 1979 a 1988
SITUAÇÃO DE SAÚDE
 Redução da mortalidade infantil e das doenças imunopreveníveis
Manutenção das doenças do aparelho circulatório e neoplasias como principais causas de morte
Aumento das mortes por violência, AIDS e DENGUE
8ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE
Identificar os problemas do sistema de saúde, medidas para as soluções e os princípios e diretrizes da Reforma Sanitária:
Conceito ampliado de saúde
Saúde como direito de todos e dever do Estado
Criação do SUS
Participação popular (controle social)
Constituição e ampliação do orçamento social
PROCESSO CONSTITUINTE
Transformação das AIS nos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS)
SUDS – “estratégia-ponte” para instalação do SUS
Incorporação dos princípios e diretrizes do movimento sanitário no capítulo da Seguridade Social da Constituição de 1988.
Pós Constituinte
de 1989 a 2002
PÓS CONSTITUINTE
Constituição Cidadã
instabilidade econômica com hiperinflação e crise fiscal do Estado
Reforma Sanitária encontrava sérios obstáculos para a sua implementação
PÓS CONSTITUINTE
Lei Orgânica de Saúde (Lei8080/90);
Todos os prestadores de serviço estão subordinados a essa Lei, não se trata apenas dos integrantes do SUS;
 Complementação com a Lei 8142/90 que regula a participação da comunidade no SUS.
PÓS CONSTITUINTE
Constituição permitia a incorporação de um terço da população brasileira ao sistema de saúde;
Governo Collor, reduziu em quase metade os recursos para a saúde;
“Caos do SUS”.
PÓS CONSTITUINTE
Itamar Franco;
IX Conferencia Nacional de Saúde 
denunciou o não cumprimento da legislação sanitária;
Norma Operacional Básica 01/93;
tratava os municípios como meros prestadores de serviços.
PÓS CONSTITUINTE
No final do século XX ocorreu uma extensão de cobertura de serviços de saúde para a população brasileira;
A Norma Operacional Básica de Assistência a Saúde (NOB-96);
Gestão plena da atenção básica e gestão plena do sistema municipal.
PÓS CONSTITUINTE
Criação da agencia de vigilância sanitária (ANVISA);
Adoção do Cartão SUS em alguns municípios;
O Brasil passou a ocupar posição de destaque, sobretudo durante a 54ª Assembleia Municipal da Saúde em 2001.
Perspectivas das Políticas de Saúde
PERSPECTIVAS DAS POLÍTICAS DE SAÚDE
O SUS:
“ é o conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, as administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público”
							
(Lei 8080/90 Art. 4º)
PERSPECTIVAS DAS POLÍTICAS DE SAÚDE
Organizar as ações e os serviços de saúde no Brasil de acordo com princípios,
diretrizes e dispositivos estabelecidos pela Constituição da República e Lei Orgânica da Saúde;
Não é um meio de financiamento;
Não é um serviço de saúde destinado aos pobres e “indigentes”;
É um sistema ainda em construção;
A humanização do cuidado constitui um dos maiores valores e desafios para o sistema de saúde brasileiro e o SUS;
PERSPECTIVAS DAS POLÍTICAS DE SAÚDE
Hipóteses explicativas a serem consideradas na formulação de políticas de saúde para os próximos anos:
1. Aumentos constantes nos custos da assistência à saúde associado aos recursos limitados.
2. Baixo impacto das ações de saúde.
3. Há mais ações de cuidado à saúde, porém, uma parte é inefetiva ou associada a efeitos danosos.
PERSPECTIVAS DAS POLÍTICAS DE SAÚDE
4. O acesso e os benefícios gerados pelo programas de saúde não são equânimes.
5. As desigualdades sociais perpetuam as desigualdades em saúde e impedem que ocorram melhorias nos níveis globais de saúde.
6. O quadro epidemiológico no Brasil caracteriza-se pela mistura de “doenças da pobreza” com as “doenças da modernidade”
7. Superposição dos riscos.
Considerações Finais
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As políticas de saúde do Brasil vieram se formando ao longo do tempo, passando por importantes transformações, tendo sua gênese mediante um sanitarismo campanhista e chegando nos tempos atuais com a formação do Sistema Único de Saúde. Apesar de diversos avanços, ainda há a necessidade de novos projetos políticos que consolidem as bases econômica, organizacionais e financeiras para se resolver os diversos problemas encontrados na saúde do país, ou seja, mesmo tendo um longo histórico de transformações e conquistas, as políticas de saúde brasileiras, ainda se encontram em constante processo de mudança.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA FILHO, Naomar de; ROUQUAYROL, Maria Zelia. Epidemiologia e saúde. Medsi, 1999.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando