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Tabela - História das Políticas de Saúde no Brasil

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EVOLUÇÃO HISTÓRICA DAS POLÍTICAS DE SAÚDE NO BRASIL 
 
Acadêmica: Maria Cecilia Gonçalves Martins 
 
Período Dados econômicos e 
sociais 
Situação de saúde Políticas de assistência Modelo assistencial 
1ª República 
(1889 a 1930) 
Economia agroexportadora. 
Predomínio das oligarquias 
Cafeeiras, da política dos 
governadores, do 
clientelismo e coronelismo. 
 
Economia dependente dos 
lucros do café. 
 
Tentativa de controle dos 
preços pelo Governo no 
Convênio de Taubaté, pelo 
qual decidiu-se a compra do 
estoque excedente pelo 
Estado. 
Contração de empréstimo 
de 15 milhões de libras para 
esse feito. 
 
Crescimento industrial com 
consequente surgimento de 
Movimentos Operários. 
 
A crescente intervenção 
médica nos espaços 
urbanos foi recebida com 
desconfiança e medo pela 
população. 
 
 
 
Epidemias de febre 
amarela, peste bubônica, 
tuberculose e varíola 
assolavam o país. 
 
Inicio de medidas 
sanitaristas e de higiene 
por Oswaldo Cruz. 
 
Revolta da Vacina em 
contraposição à campanha 
de vacinação obrigatória. 
 
Classes dominantes 
utilizavam a assistência 
médica privada e os pobres 
dependiam da ação de 
curandeiros, ou de 
instituições filantrópicas, 
como hospitais mantidos 
por Igrejas. 
 
1923 surge a Previdência 
Social no Brasil, responsável 
pelos serviços de saúde para 
empregados de empresas 
especificas. 
 
Diretoria Geral de Saúde 
Pública (DGSP). 
 
Reformas das competências 
da DGSP. 
 
Caixas de aposentadoria e 
Pensão (LeI Eloy Chaves). 
 
Incipiente Assistência à 
saúde pela previdência 
social. 
 
Dicotomia entre saúde 
pública e previdência social 
 
Modelo Campanhista, 
pautado nas intervenções 
na coletividade e nos 
espaços sociais conforme os 
fatores de risco de 
epidemias. 
 
Esse modelo expandiu o 
paradigma microbiológico 
da doença para as 
populações, constituindo-se 
como um saber 
epidemiológico e sanitário, 
visando à organização e à 
higienização dos espaços 
humanos. 
Era Vargas 
(1930 a 1945) 
 
Modernização da 
economia, porém com 
manutenção da estrutura 
Predominância de Doença 
de Chagas, 
esquistossomose, 
Campanhas de saúde pública 
contra febre amarela e 
tuberculose. 
Modelo Previdenciário-
Privatista, conhecido por 
seu aspecto 
 agrária. 
 
Surgimento de novos 
atores sociais, como o 
trabalhador urbano, o 
operário, e, dessa forma, 
novas demandas sociais 
se colocavam como 
desafio ao Estado. 
 
 
Instituição de direitos do 
trabalhador 
 
 
Vargas inaugurou uma 
nova era de 
modernização da 
produção nacional e da 
racionalização do 
funcionamento do 
Estado, aproximando-se 
cada vez mais das classes 
trabalhadoras urbanas 
com seus discursos a 
favor dos direitos desta 
categoria 
 
 
 
 
 
ancilostomíase, malária, 
tuberculose, sífilis e 
deficiências nutricionais. 
 
Nesta época, uniformizou-
se a estrutura dos 
departamentos estaduais de 
saúde do pais e 
houve um relativo avanço 
da atenção à saúde para o 
interior, com a 
multiplicação dos serviços 
de saúde. 
 
Na reforma Capanema, as 
conferências nacionais de 
saúde e de educação eram 
marcos de debate e 
participação dos novos 
profissionais no 
âmbito do ministério. Em 
pauta nas conferências, o 
tema do alcance ou 
cobertura populacional das 
políticas sanitárias 
retomava as antigas 
preocupações com a 
superação do atraso e da 
pobreza no interior do país. 
 
 
Institucionalização da saúde 
pelo Ministério da Educação 
e Saúde Pública. O projeto 
de saúde pública varguista 
foi uma criação do ministério 
Gustavo Capanema, à frente 
do MESP (Ministério de 
Educação e Saúde Pública) 
desde julho de 1934. 
 
Em 1942 é criado o Serviço 
Especial de Saúde 
Pública - SESP, com atuação 
voltada para as áreas não 
cobertas pelos serviços 
tradicionais 
 
Previdência social e saúde 
ocupacional 
institucionalizada pelo 
Ministério do Trabalho, 
Indústria e Comércio. 
 
Criou-se os Institutos de 
Aposentadoria e Pensão 
(IAP) que estendem a 
previdência social à maior 
parte dos trabalhadores 
urbanos 
hospitalocêntrico, uma vez 
que, a partir da década de 
1940, a rede hospitalar 
passou a receber um 
volume crescente de 
investimentos. 
 
Concepção mecanicista do 
processo saúde-doença 
 
Reducionismo da 
causalidade aos fatores 
biológicos e pelo foco da 
atenção sobre a doença e 
do que ao indivíduo. 
 
Tal paradigma que 
organizou o ensino e o 
trabalho médico foi um dos 
responsáveis pela 
fragmentação e 
hierarquização do processo 
de trabalho em saúde e 
pela proliferação das 
especialidades médicas. 
Período de 
democratização 
(1945 a 1964) 
 
 
 
Programa de substituição 
de importações. 
 
Urbanização maciça. 
 
Chegada do capital 
Cenário de doenças 
crônicas degenerativas, 
acidentes de trabalho e de 
trânsito. 
 
Aumento do investimento 
Criação do Ministério da 
Saúde. 
 
Unificação dos direitos de 
previdência social dos 
trabalhadores urbanos. 
Modelo Médico 
Assistencial Privatista, 
pautado na 
mercantilização da saúde e 
da fragmentação no 
atendimento. Nesse sentido, 
internacional. 
 
Crescimento da indústria 
automobilística e de bens 
de consumo não duráveis. 
 
na assistência médica 
hospitalar em detrimento 
da atenção primária, pois 
aquele era compatível com 
o crescente 
desenvolvimento da 
indústria de equipamentos 
médicos e da indústria 
farmacêutica 
 
Surgimento de empresas de 
saúde. 
 
Aumento da assistência 
hospitalar. 
o setor privado nacional 
era o maior prestador de 
serviços de assistência 
médica; e o setor privado 
internacional como o 
mais significativo produtor 
de insumos, em especial 
equipamentos médicos e 
medicamentos 
 
Ditadura 
Militar (1964 a 
1980) 
 
 
Plano de Ação Econômica 
do Governo (PAEG), 
responsável por reformas 
fiscais, tributárias e 
financeiras 
 
Milagre econômico (1968-
1973) 
 
Obras Faraônicas como a 
Ponte Rio-Niterói, a 
Rodovia Transamazônica 
 
Investimentos destinados 
a Medicina Curativa, 
ignorando a atenção 
básica 
 
Censura à imprensa. 
Restrição dos direitos 
individuais 
 
Endurecimento do 
Regime com o Ato 
Institucional 5 
 
Aumento da inflação e da 
dívida externa com o 
Doenças infecciosas e 
parasitárias predominando 
no Nordeste, 
Norte e Centro Oeste. 
 
Crise da previdência social. 
 
O primeiro efeito do golpe 
militar sobre o Ministério 
da Saúde foi a redução das 
verbas destinadas 
à saúde pública. 
 
A política econômica e o 
forte arrocho salarial 
operaram intensa 
concentração de renda que 
resultou no 
empobrecimento da 
população. E esta situação 
se refletiu no crescimento 
da mortalidade e da 
morbidade. É quando 
ocorrem as epidemias de 
poliomielite e de meningite, 
sendo que as notícias sobre 
esta última foram 
censuradas nos meios de 
Em 1978 foi criado o 
SINPAS - 
Sistema Nacional de 
Previdência e Assistência 
Social 
 
Instituto de Aposentadorias e 
pensões (IAP) unificados no 
Instituto Nacional de 
Previdência Social (INPS), 
privatização da assistência 
médica e capitalização do 
setor da saúde. 
 
 
Centralização do sistema de 
saúde, fragmentação 
institucional, beneficiando o 
setor privado. 
Modelo Médico 
Assistencial Privatista em 
declínio, visto que os 
usuários e profissionais de 
saúde pública insatisfeitos 
com o sistema de saúde 
brasileiro iniciaram um 
movimento que lutou pela 
atenção à saúde como um 
direito de todos e um dever 
do Estado. 
 
Tentativas de promoção de 
Mudanças com a Reforma 
Sanitária a partir da 
década de 1970 
Choque do Petróleo em 
1973 
 
 
 
 
comunicação. 
 
Década de 1980 
a 1990 
 
 
 
 
Fim da recessão, 
reconhecimento da dívida 
social e planos de 
estabilização econômica 
 
Início da “NovaRepública” 
(1985) 
 
Saúde incluída na agenda 
Política 
 
8ª Conferência Nacional 
de Saúde 
 
Ampliação do Movimento 
de Reforma Sanitária 
 
Assembleia Nacional 
Constituinte 
 
Nova Constituição (1988) 
 
 
 
 
 
Redução da mortalidade 
infantil e de doenças 
passiveis de vacinação. 
 
Prevalência de Doenças 
cardiovasculares e câncer. 
 
Aumento das mortes 
relacionadas a AIDS 
 
Epidemia de dengue 
 
Conferência de Alma-Ata, 
na Rússia, em 1976, 
determinando que todos os 
países do mundo deveriam 
ter o foco na atenção 
primária à saúde. 
 
Para atender a esta 
delimitação feita pela 
Conferência de Alma Ata, 
foi criado, no ano de 1981, 
o CONASP (Conselho 
Consultivo de 
Administração da Saúde 
Previdenciária) com a 
função de propor ao 
governo federal um plano 
para melhorar a assistência 
à saúde com os escassos 
recursos financeiros 
Em 1981 foi criado o 
CONASP que propunha 
melhorar a qualidade da 
assistência fazendo 
modificações no 
modelo privatizante (de 
compra de serviços médicos) 
tais como a descentralização 
e a utilização prioritária dos 
serviços públicos federais, 
estaduais e municipais na 
cobertura assistencial da 
clientela. 
 
Surge o Programa de Ações 
Integradas de Saúde (AIS) 
 
 
VIII Conferência Nacional 
de Saúde, no ano de 1986, 
que delimitou a criação de 
um sistema único de saúde 
para o Brasil. 
 
Sistemas Unificados e 
Descentralizados de Saúde 
(1987) 
 
Criação do SUS, baseado no 
princípio da universalidade, 
pelo qual o SUS deve 
garantir o atendimento de 
Reforma Sanitária 
Brasileira e culminou na 
instituição do SUS por 
meio da Constituição de 
1988 e posteriormente 
regulamentado pelas Leis 
8.080/90 e 8.142/90, 
chamadas Leis Orgânicas 
da Saúde. 
disponíveis para o setor de 
saúde no país 
toda a população brasileira; 
no princípio da 
integralidade, pelo qual a 
assistência é entendida como 
um conjunto articulado e 
contínuo das ações e serviços 
preventivos e curativos, 
individuais e coletivos; e no 
princípio da equidade, pelo 
qual esse atendimento deve 
ser garantido de forma 
igualitária, porém, 
contemplando a 
multiplicidade e a 
desigualdade das condições 
sócio sanitárias da 
população. 
 
Descentralização do sistema 
de saúde . 
 
 
De 1990 até os 
dias atuais 
 
Ajuste macroeconômico 
(Plano Real; 1994) 
 
Estabilidade econômica, 
recuperação dos níveis de 
renda, movimento cíclico 
(altos e baixos), 
persistência das 
desigualdades, 
continuidade da política 
monetarista 
 
Presidente Fernando 
Collor de Mello eleito e 
submetido a 
impeachment 
Doenças cardiovasculares 
são a principal causa de 
morte, seguidas por outras 
causas e câncer. 
 
Redução da mortalidade 
infantil. 
 
Estabilização da 
prevalência de AIDS 
 
Aumento de casos de 
dengue, leishmaniose e 
malária. 
 
Epidemias de cólera e 
Criação do Programa de 
Saúde da Família (1994) 
 
Tratamento gratuito de HIV 
pelo SUS 
 
10ª e 11ª Conferencias 
Nacionais de Saúde 
 
Regulamentação dos Planos 
de saúde Privados 
 
Criação da Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária 
 
Criada a Agência Nacional 
Modelo Multicausal 
 
Compreensão dos 
Determinantes Sociais de 
Saúde no padrão de 
saúde/doença 
 
Modelos alternativos de 
Saúde da Família 
 
Estratégias de saúde da 
Família 
 
Modelo de Vigilância 
Sanitária, pautado no 
planejamento das ações 
 
Restante do mandato 
presidencial exercido por 
Itamar Franco 
 
Governos de Fernando 
Henrique 
Cardoso (1995-1998 e 
1999-2002) 
 
Governos de Luiz Inácio 
Lula daSilva 
(2003-06 e 2007-10) 
dengue. 
 
Redução na prevalência de 
Hanseníase e doenças 
preveníveis com vacinação. 
 
Atenção à saúde do idoso, à 
criança e ao adolescente 
 
Atenção à saúde do adulto: 
a portadores de doenças 
específicas, como 
hipertensão arterial, 
diabetes, hanseníase, 
DST/Aids, entre outras; e 
também relativas a 
questões de gênero – saúde 
da mulher e, mais 
recentemente, saúde do 
homem. 
 
O SUS, como 
parte da Reforma Sanitária 
é um processo que estará 
sempre em 
aperfeiçoamento e 
adaptação. 
de Saúde Suplementar para 
regulamentar e 
supervisionar os planos de 
saúde 
privados (2000) 
 
Criada a lei dos 
medicamentos genéricos 
 
 Lei Arouca institui a saúde 
do indígena como parte do 
SUS 
 
Criado o Serviço de 
Atendimento Móvel de 
Urgência - SAMU 
(2003) 
 
 Estabelecido o Pacto pela 
Saúde (Pacto de Defesa do 
SUS, Pacto de Gestão, Pacto 
pela Vida; 2006) 
 
Política Nacional de Atenção 
Básica (2006) 
 
Política Nacional de 
Promoção da Saúde (2006) 
 
12ª e 13ª Conferências 
Nacionais de Saúde 
 
Comissão Nacional sobre 
Determinantes Sociais da 
Saúde e 
Política Nacional de Saúde 
Bucal (Brasil Sorridente; 
2006) 
interssetoriais de 
promoção, prevenção e 
recuperação da saúde. 
 
Valorização da Atenção 
Básica de Saúde. 
 
 
 
Unidades de Pronto-
Atendimento (UPA 24h) 
criadas em 
municípios com populações 
>100·000 (2008) 
 
Criação dos Núcleos de 
Apoio à Saúde da Família 
(NASF) junto 
ao PSF (2008)

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