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1 ANA´LISE NUME´RICA POR DIFERENC¸AS FINITAS DA EQUAC¸A˜O DE CONDUC¸A˜O DE CALOR BIDIMENSIONAL EM PAREDES PLANAS Bruno Ferreira Couto brunofcouto1@gmail.com Johnathan Batista dos Santos johnathan.batista.23@gmail.com Prof. Dr. Felipe Mariano 2 Universidade Federal de Goia´s Escola de Engenharia Ele´trica, Mecaˆnica e de Computac¸a˜o - EMC Bacharelado em Engenharia Mecaˆnica Disciplina: Transfereˆncia de Calor 1 Prof. Dr. Felipe Pamplona Mariano Goiaˆnia, 16 de julho de 2016 Fonte: Times New Roman tamanho 11pt Equac¸o˜es digitadas com o aux´ılio do software MATHTYPE® Gra´ficos e isotermas criadas via MATLAB®, em formato vetorizado .eps Alterac¸o˜es gra´ficas de matiz/saturac¸a˜o, curvas e to- nalidade realizadas via ADOBE PHOTOSHOP® Agradecimentos: Prof. Dr. Sigeo Kitatani - EMC/UFG ; Matheus Gama Editorado via TEXstudio no sistema LATEX. Capa: isotermas geradas computacionalmente para uma parede plana, bidimensional, com tem- peraturas definidas no topo e na base e nulas nas laterais (Cortesia: Matheus Gama - Dog&Tag). Lista de S´ımbolos α Difusividade te´rmica ∆m Incremento diferencial em m ∆t Incremento diferencial de tempo ∆x Incremento diferencial em x ∆y Incremento diferencial em y ρ Densidade C Calor espec´ıfico k Condutividade te´rmica L Comprimento total m, i I´ndices nume´ricos em x n, j I´ndices nume´ricos em y T Temperatura t Tempo T∞ Temperatura longe da superf´ıcie Tv, T0 Temperatura na superf´ıcie ou pro´xima dela 4 Lista de Figuras 1. Exemplo de modelagem matema´tica [1]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2. Representac¸a˜o de uma malha nodal [2]. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 3. Representac¸a˜o de isoterma [2] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 4. Representac¸a˜o de uma malha nodal [2] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9 5. Exemplo de simulac¸o˜es nume´ricas com diferenc¸as finitas . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 6. Representac¸a˜o da malha nodal adotada [1] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 7. Condic¸oes geome´tricas [2] . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 8. Isotermas obtidas (em °C) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 9. Isotermas para passos de tempo menores (em °C) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 10. Tempo para a entrada em regime permanente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 11. Isotermas geradas da simulac¸a˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 12. Tempo de resfriamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Lista de Tabelas 1. Propriedades do n´ıquel (T=300K) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 2. Paraˆmetros da simulac¸a˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3. Resultados da simulac¸a˜o nume´rica e anal´ıtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 4. Condic¸o˜es de contorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 5. Paraˆmetros das condic¸o˜es de contorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17 6. Resultados da simulac¸a˜o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 5 Suma´rio 1. Introduc¸a˜o 7 1.1. Me´todos nume´ricos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2. O Me´todo das Diferenc¸as Finitas 7 2.1. Modelagem matema´tica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 2.2. Formulac¸a˜o por diferenc¸as finitas das equac¸o˜es diferenciais . . . . . . . . . . . . . . . . 8 2.3. Condic¸o˜es de contorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.4. Formulac¸a˜o nume´rica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 2.5. Considerac¸o˜es gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 3. Problema´tica 12 3.1. Primeiro problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 3.1.1. Abordagem anal´ıtica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 3.1.2. Abordagem nume´rica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14 3.2. Segundo problema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 4. Considerac¸o˜es Finais 19 Apeˆndices 21 A. Algoritmo do me´todo anal´ıtico 21 B. Algoritmo do me´todo nume´rico 22 C. Algoritmo do me´todo nume´rico do segundo problema 24 I´ndice Remissivo 25 6 1. Introduc¸a˜o Os problemas de conduc¸a˜o de calor sa˜o regidos por uma equac¸a˜o diferencial que, atrave´s de um balanc¸o de energia tridimensional em um elemento do volume de controle, relaciona a temperatura em cada ponto do volume de controle T (x, y, z), com a gerac¸a˜o de energia e a energia acumulada dentro dele mesmo. Todos os problemas de conduc¸a˜o de calor resolvidos analiticamente, em maior ou menor grau, se resumem na resoluc¸a˜o da equac¸a˜o diferencial atrave´s de determinadas hipo´teses simplificadoras (como conduc¸a˜o unidimensional ou bidimensional, gerac¸a˜o de energia nula, condutividade constante) e condic¸o˜es de contorno espec´ıficas; o resultado sa˜o func¸o˜es da temperatura para cada ponto do volume de controle. Contudo, na maioria dos problemas pra´ticos de conduc¸a˜o de calor, geometrias complicadas, condic¸o˜es de contorno complexas e propriedades intr´ınsecas varia´veis esta˜o envolvidas, dificultando uma soluc¸a˜o anal´ıtica. Nesse caso, me´todos nume´ricos sa˜o as ferramentas mais simples e precisas de resoluc¸a˜o do problema. Quando se trata de ana´lises por me´todos nume´ricos, softwares de matema´tica alge´brica como o Matlab1 sa˜o extremamente u´teis. Atrave´s dele, um algoritmo e´ escrito de forma a abarcar o problema a ser resolvido e suas condic¸o˜es de contorno e, de maneira iterativa, os ca´lculos sa˜o repetidos milho˜es de vezes ate´ se atingir a precisa˜o desejada; ale´m disso, gra´ficos do problema podem ser gerados de maneira simples, na mesma interface do software. 1.1. Me´todos nume´ricos Me´todos nume´ricos consistem na substituic¸a˜o da equac¸a˜o diferencial da conduc¸a˜o de calor por um conjunto de n equac¸o˜es alge´bricas para temperaturas desconhecidas, em n pontos escolhidos estrate- gicamente no meio. A soluc¸a˜o simultaˆnea dessas equac¸o˜es resulta nos valores da temperatura nesses pontos discretos Existem va´rios me´todos nume´ricos diferentes que podem ser empregados em problemas de trans- fereˆncia de calor; dentre eles destacam-se o me´todo dos elementos finitos, o me´todo dos elementos de contorno, o me´todo do balanc¸o de energia e o me´todo das diferenc¸as finitas. Este u´ltimo, que da´ t´ıtulo ao trabalho, se baseia no ja´ familiar balanc¸o de energia para volumes de controle e, dessa forma, fornece um melhor entendimento dos problemas f´ısicos. Vale ressaltar que cada me´todo nume´rico possui suas vantagens e desvantagens, cabendo ao enge- nheiro se aprofundar no tema e concluir qual sera´ o me´todo mais vantajoso [1]. 2. O Me´todo das Diferenc¸as Finitas Como ja´ citado, cada me´todo possui suas vantagens e desvantagens. As considerac¸o˜es que se seguem sa˜o sobre as peculiaridades do me´todo das diferenc¸as finitas. 2.1. Modelagem matema´tica Quando se trata da ana´lise matema´tica de algum problema f´ısico, e´ necessa´rio uma modelagem, isto e´, uma expressa˜o matema´tica que o represente na forma de nu´meros. Isso implica que, quanto melhor for a modelagem, melhor sera´ a representac¸a˜o e o entendimento do fenoˆmeno f´ısico envolvido. Assim, quanto mais simplificada for a modelagem, mais fa´cil sera´ a resoluc¸a˜o matema´tica; contudo, alguma precisa˜o sera´ sacrificada naana´lise do problema f´ısico. De fato, existe uma tendeˆncia acentuada nos engenheiros de querer sempre simplificar de mais os problemas para soluc¸o˜es anal´ıticas, como a considerac¸a˜o da condutividade te´rmica constante (que na realidade na˜o e´) e a condic¸a˜o de contorno 1Matlab e´ um software registrado, de uso comercial. 7 da radiac¸a˜o que quase sempre e´ ignorada. Essa tendeˆncia introduz erros que, conforme seja o projeto, tornam inadmiss´ıvel sua execuc¸a˜o via me´todos anal´ıticos. Com isso, a ana´lise por me´todos nume´ricos se torna quase uma obrigac¸a˜o. Um exemplo de modelagem matema´tica e´ dado na figura (1), onde um corpo oval e´ modelado analiti- camente como uma esfera, e numericamente como um ovo. Note que a precisa˜o sera´ maior na ana´lise nume´rica devido a geometria mais fiel. Alguns problemas podem ser resolvidos analiti- camente, pore´m a modelagem matema´tica pode se tornar ta˜o complexa que o esforc¸o se mostra invia´vel. Solucionar esses problemas podem envol- ver equac¸o˜es diferenciais parciais, func¸o˜es de Bes- sel e de Legendre, onde o n´ıvel de dificuldade foge a` graduac¸a˜o. Nesse cena´rio, a ana´lise nume´rica se mostra extremamente convidativa. Vale ressaltar que os benef´ıcios do me´todo nume´rico na˜o excluem, de maneira alguma, a soluc¸a˜o anal´ıtica do problema. A noc¸a˜o e o bom senso com relac¸a˜o aos fenoˆmenos f´ısicos sa˜o adquiridos justa- mente da ana´lise dos problemas, de modo que o nume´rico e o anal´ıtico caminham juntos, e de ma˜os dadas. A crenc¸a de que o me´todo nume´rico in- validou o me´todo anal´ıtico e´ como acreditar que as calculadoras tornaram desnecessa´rio que as pessoas aprendam aritme´tica na escola. Figura 1: Exemplo de modelagem matema´tica [1]. 2.2. Formulac¸a˜o por diferenc¸as finitas das equac¸o˜es diferenciais Do ca´lculo diferencial e´ tido que a derivada primeira de uma func¸a˜o f(x), e´ dada como df(x) dx = lim ∆x→0 ∆f ∆x = lim ∆x→0 f(x+ ∆x)− f(x) ∆x , (1) que e´ a inclinac¸a˜o da linha tangente a` curva no ponto x. Se o limite quando ∆x tende a 0 na˜o for tomado, a seguinte aproximac¸a˜o para a derivada pode ser adotada df(x) dx ∣∣∣∣ x = f(x+ ∆x)− f(x) ∆x . (2) De modo semelhante a` equac¸a˜o(1) e a` equac¸a˜o(2), a derivada segunda de f(x), aproximada, pode ser representada por d2f(x) dx2 ∣∣∣∣ x = f(x+ ∆x)− 2f(x) + f(x−∆x) ∆x2 . (3) As expresso˜es apresentadas nas equac¸o˜es (2) e (3) sa˜o, respectivamente, as representac¸o˜es das deri- vadas primeira e segunda em diferenc¸as finitas da func¸a˜o f(x). 8 Seja a equac¸a˜o da conduc¸a˜o de calor para o caso bidimensional dada por ρC ∂T ∂t = k ( ∂2T ∂x2 + ∂2T ∂y2 ) , (4) onde a difusividade, α, e´ dada por α = k ρC ⇒ ∂T ∂t = α ( ∂2T ∂x2 + ∂2T ∂y2 ) . (5) A equac¸a˜o(5) e´ tambe´m conhecida como equac¸a˜o da conduc¸a˜o bidimensional em regime transiente. Considerando, agora, uma parede plana de altura y = n∆y e largura x = m∆x, onde m e n sa˜o subdiviso˜es de mesmo tamanho. Cada ponto de coordenada (m,n) e´ um no´ ou ponto nodal; o conjunto de pontos nodais formam a malha de pontos onde a func¸a˜o sera´ calculada. Figura 2: Representac¸a˜o de uma malha nodal [2]. Note, pela figura(2), que o comprimento total da parede sera´ Ly = n∆y e Lx = m∆x. A maneira como a malha e´ dividida esta´ a cargo do enge- nheiro. Obviamente, quanto mais no´s tiver a ma- lha, mais preciso sera´ a ana´lise; pore´m, sera´ exigido maior esforc¸o computacional para a realizac¸a˜o dos ca´lculos. Geometricamente, a malha deve represen- tar da maneira mais fiel poss´ıvel o objeto real; caso contra´rio, recorrera´ em algum erro de modelagem, discutido na sec¸a˜o (2.1). Geometrias esfe´ricas ou cil´ındricas sa˜o mais facilmente modeladas em co- ordenadas esfe´ricas e cil´ındricas, respectivamente. A modelagem para tais casos foge ao escopo desse trabalho. As derivadas de primeira e segunda ordem, em func¸a˜o da malha nodal, ficara˜o como ∂T ∂t ∣∣∣∣ m,n = α ∆x2 (Tm+∆x,n − 2Tm,n + Tm−∆x,n) + ...+ α ∆y2 (Tm,n+∆y − 2Tm,n + Tm,n−∆y) (6) Figura 3: Representac¸a˜o de isoterma [2] Figura 4: Representac¸a˜o de uma malha nodal [2] 9 2.3. Condic¸o˜es de contorno As relac¸o˜es apresentadas sa˜o para a obtenc¸a˜o da expressa˜o da temperatura para os no´s internos da malha. Essas relac¸o˜es, pore´m, na˜o sa˜o va´lidas paras os pontos do per´ımetro da malha; elas exigem a presenc¸a de no´s de ambos os lados do no´ em ana´lise e, na fronteira, em pelo menos um dos lados, na˜o havera´ no´ adjacente [1]. Sendo assim, e´ necessa´ria a adoc¸a˜o de certos paraˆmetros f´ısicos nas fronteiras para que a modela- gem matema´tica possa fazer sentido: esses paraˆmetros sa˜o conhecidos como condic¸o˜es de contorno. Algumas condic¸o˜es de contorno mais recorrentes sa˜o: 1 Temperatura especificada: condic¸a˜o mais simples, estipula que cada lado da fronteira da malha estara´ fixamente a uma dada temperatura; 2 Fluxo de calor especificado: considerando a transfereˆncia de calor ocorrendo para dentro da malha (fluxo positivo), sem gerac¸a˜o interna de energia q˙0A+ kA ( T1 − T0 ∆x ) = 0 (7) 3 Contorno isolado (fluxo de calor nulo): considerando algum lado da fronteira como adiaba´tico kA ( T1 − T0 ∆x ) = 0 (8) 4 Convecc¸a˜o: ocorrendo convecc¸a˜o nas fronteiras hA (T∞ − T0) + kA ( T1 − T0 ∆x ) = 0 (9) 5 Radiac¸a˜o: ocorrendo trocas por radiac¸a˜o nas fronteiras εσA ( Tv 4 − T 4∞ ) + kA ( T1 − T0 ∆x ) = 0 (10) 6 Convecc¸a˜o e radiac¸a˜o combinados: ocorrendo trocas por radiac¸a˜o e convecc¸a˜o nas fronteiras hA (T∞ − T0) + εσA ( Tv 4 − T 4∞ ) + kA ( T1 − T0 ∆x ) = 0 (11) 2.4. Formulac¸a˜o nume´rica A formulac¸a˜o nume´rica consiste, essencialmente, em se declarar varia´veis (vetores) dentro de algum lac¸o de repetic¸a˜o, de modo a reproduzir a equac¸a˜o(6). Observe o lac¸o de repetic¸a˜o utilizado para se calcular o tempo total para a entrada em regime permanente. 10 1 L=1; %comprimento 2 W=1; %altura 3 a=23/1000000; %difusividade termica 4 5 nx=20; %numero de intervalos em x 6 ny=20; %numero de intervalos em y 7 cont=1; 8 dx=L/nx; 9 dy=W/ny; 10 11 for h=3600:900:28800 12 tf=h; %tempo final 13 dt=0.25*(dxˆ2)/a; %intervalo de tempo 14 nt=tf/dt; %numero de passos no tempo 15 x=[0:dx:L]; 16 y=[0:dy:W]; 17 T1=0; %Temperatura no contorno 18 T2=1; %Temperatura no contorno 19 20 for n=1:nt 21 T0=T; 22 for i=2:nx 23 for j=2:ny 24 T(i,j) = T0(i,j)+dt*a*((T0(i+1,j)-2*T0(i,j)+T0(i-1,j))/(dxˆ2)+(T0(i,j+1)- 25 2*T0(i,j)+T0(i,j-1))/(dyˆ2)); 26 end 27 end 28 end As condic¸o˜es de contorno e inicial devem ser especificadas previamente, de modo a preencher as res- pectivas posic¸o˜es dentro do vetor. Nesse caso, a condic¸a˜o de contorno e´ a de temperatura especificada nas laterais da chapa e temperatura me´dia nas quinas. 1 %condicao inicial 2 T=ones(nx+1,ny+1)*T1; 3 %condicoes de contorno nas quinas 4 T(1,1)=(T1+T1)/2; 5 T(nx+1,1)=(T1+T1)/2; 6 T(1,ny+1)=(T1+T2)/2; 7 T(nx+1,ny+1)=(T1+T2)/2; 8 %condicoes de contorno 9 for i=2:nx 10 T(i,1)=T1; %parede inferior 11 T(i,ny+1)=T2; %parede superior 12 end 13 for j=2:ny 14 T(1,j)=T1; %lateral esquerda 15 T(nx+1,j)=T1; %lateral direita 16 end No caso do me´todo das diferenc¸as finitas, o crite´rio de estabilidade (ou convergeˆncia) e´ que ∆t ≤ 1 2 ∆x2 α . (12) Assim, para que o me´todo convirja e´ necessa´rio que o passo de tempo, ∆t, seja menor que metade da raza˜o entre o quadrado do passo da malha e a difusividade te´rmica do material. 11 2.5. Considerac¸o˜es gerais A formulac¸a˜o de diferenc¸as finitas resulta em N equac¸o˜es alge´bricas, com N temperaturas nodais desconhecidas que precisam ser resolvidas simultanemante. Em termosde me´todos nume´ricos compu- tacionais, ha´ duas abordagens comuns: a abordagem direta e a abordagem iterativa. A abordagem direta consiste em um nu´mero fixo e bem definido de passos que resultam na soluc¸a˜o da forma sis- tema´tica. A abordagem iterativa consiste numa estimativa inicial, que e´ refinada a cada iterac¸a˜o ate´ que determinado crite´rio de convergeˆncia ou grau de precisa˜o seja atingido. Me´todos diretos envolvem grande esforc¸o computacional (muita memo´ria) e sa˜o indicados para sistemas com menos equac¸o˜es; me´todos iterativos sa˜o mais leves computacionalmente, pore´m sa˜o mais suscet´ıveis a erros de convergeˆncia [1]. (a) Radiac¸a˜o (b) Superf´ıcie sendo aquecida (c) Circuito eletroˆnico (d) Superf´ıcie em aquecimento Figura 5: Exemplo de simulac¸o˜es nume´ricas com diferenc¸as finitas 3. Problema´tica 3.1. Primeiro problema A ana´lise nume´rica e´ modelada para uma parede plana, bidimensional, de dimenso˜es (1 × 1)m2, com condutividade te´rmica constante e gerac¸a˜o de calor nula. O material adotado sera´ o Nı´quel e suas propriedades sa˜o dadas na tabela(1). Note que as propriedades sa˜o constantes e referentes a temperatura de 300K. A distribuic¸a˜o nodal na malha esta´ de acordo com a figura(6) e como ja´ explanado nas sec¸o˜es (2.1) e (2.2). As condic¸o˜es de contorno sa˜o de temperatura especificada nas paredes inferior e laterais, como 12 T2 = 1C, e na parede superior como T1 = 0C. A expressa˜o nume´rica utilizada e´ a equivalente da equac¸a˜o(6), adaptada para o Matlab. Tabela 1: Propriedades do n´ıquel (T=300K) ρ(kg/m3) C(J/kg.K) k(W/m.K) α.10−6(m2/s) 8900 444 90.7 23.0 Figura 6: Representac¸a˜o da malha nodal adotada [1] 3.1.1. Abordagem anal´ıtica A abordagem anal´ıtica parte do pressuposto da bi- dimensionalidade da geometria em questa˜o, onde 3 lados esta˜o a uma mesma temperatura, fixa, e o quarto lado esta´ a uma temperatura, tambe´m fixa, diferente daquelas presentes nos lados ad- jacentes, figura(7).O me´todo e´ proveniente da soluc¸a˜o anal´ıtica da equac¸a˜o diferencial (5), pela te´cnica de separac¸a˜o de varia´veis. O resultado e´ a equac¸a˜o(13), que e´ uma se´rie convergente para quaisquer x e y. Note que a equac¸a˜o (13) fornece o fluxo de calor; a temperatura no ponto deve ser cal- culada atrave´s da substituic¸a˜o pela equac¸a˜o (14). Figura 7: Condic¸oes geome´tricas [2] θ(x, y) = 2 pi ∞∑ n=1 (−1)n+1 + 1 n sin (npix L ) sinh (npiyL ) sinh ( npiW L ) , (13) 13 θ ≡ T − T1 T2 − T1 . (14) O algoritmo para o ca´lculo anal´ıtico e´ dado a seguir. Sobre as varia´veis, i e´ o ı´ndice de um vetor s(i) que armazena proviso´riamente o resultado da conta, a cada iterac¸a˜o; somatorio soma os valores de s(i). Teta e´ o fluxo te´rmico, e para se encontrar a temperatura no ponto de interesesse, T , usa-se a equac¸a˜o (14). 1 W=1; %Largura 2 L=1; %Altura 3 n=2000; 4 T2=1; 5 T1=0; 6 x=0.25; 7 y=0.25; 8 i=1; 9 S=0; 10 somatorio=0; 11 while i<=21 12 13 s(i)=((((-1)ˆ(i+1))+1)/i)*sin(i*pi*x/L)*(sinh(i*pi*y/L)/sinh(i*pi*W/L)); 14 somatorio=somatorio+s(i); 15 i=i+1; 16 end 17 teta=(2/pi)*somatorio; 18 T=((T2-T1)*teta)+T1; No apeˆndice (A) e´ apresentado o algoritmo completo usado para o me´todo anal´ıtico. O nu´mero n de iterac¸o˜es no somato´rio e´ relativo apenas a convergeˆncia do me´todo, na˜o interferindo na consisteˆncia do resultado, uma vez atingida a convergeˆncia. 3.1.2. Abordagem nume´rica A abordagem nume´rica e´ baseada na equac¸a˜o (6). Os paraˆmetros da simulac¸a˜o nume´rica sa˜o mostrados tabela (2). Repare que foram adotados espac¸amentos de 0.05m tanto em x quanto em y, o que implica em um passo de tempo de ∆t igual a 21.17s. A figura (8) mostra as isotermas obtidas da simulac¸a˜o. Na figura(10) e´ poss´ıvel ver as curvas da temperatura em func¸a˜o do tempo nos pontos x = (L/4) = 0, 25m, y = (W/4) = 0, 25m e x = (L/2) = 0, 5m, y = (W/4) = 0, 5m; e´ percept´ıvel o tempo gasto ate´ que o processo de conduc¸a˜o de calor entre em regime permanente. No apeˆndice (B) e´ apresentado o algoritmo completo usado nesse caso. E´ perfeitamente n´ıtido, atrave´s da ana´lise das isotermas, Tabela 2: Paraˆmetros da simulac¸a˜o ∆x(m) ∆y(m) ∆t(s) α(m2/s) Nx Ny 0.05 0.05 21.17 23.10−6 20 20 que o fluxo de calor tende da maior temperatura (acima) em direc¸a˜o a`s menores temperaturas (faces laterais e inferior). Devido a` caracter´ıstica da bidimensionalidade e da geometria do problema, todas as isotermas sa˜o sime´tricas em relac¸a˜o ao centro da figura, verticalmente. 14 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 Figura 8: Isotermas obtidas (em °C) Para passos de tempo menores, ∆t, as isotermas sa˜o multiplicadas e e´ poss´ıvel notar uma falha de modelagem nas quinas inferiores da parede, conforme a figura(9) mostra. Isso e´ uma consequeˆncia das condic¸o˜es de contorno adotadas para essas regio˜es, e e´ evidenciado porque o passo de tempo menor aumenta a resoluc¸a˜o do gra´fico. Com relac¸a˜o ao tempo para a entrada em regime permanente, de aproximadamente cinco horas para x = y = 0.25m, e de cinco horas e trinta minutos para x = y = 0.5m, e´ um tempo condizente e coerente com as dimenso˜es da parede (relativamente grandes) e a difusividade do material adotado. Tambe´m e´ poss´ıvel perceber que a diferenc¸a de tempo para a entrada em regime permanente, nos dois pontos de interesse, ocorre porque o ponto central (0.5/0.5(m)) esta´ mais pro´ximo da fonte de calor, acima da placa; isso faz com que esse ponto entre em regime mais tardiamente do que o ponto inferior (0.25/0.25(m)), mais abaixo na placa. 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 (a) Passo=0.0001s 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 (b) Passo=0.001s Figura 9: Isotermas para passos de tempo menores (em °C) 15 1 2 3 4 5 6 7 8 0.17 0.18 0.19 0.2 0.21 0.22 0.23 0.24 0.25 TEMPO (H) TE M PE R AT UR A (°C ) (a) x=y=0.25m 1 2 3 4 5 6 7 8 0.03 0.035 0.04 0.045 0.05 0.055 0.06 0.065 0.07 0.075 TE M PE R AT UR A (°C ) TEMPO (H) (b) x=y=0.5m Figura 10: Tempo para a entrada em regime permanente Os resultados obtidos da simulac¸a˜o anal´ıtica e da simulac¸a˜o nume´rica culminaram nos dados apre- sentados na tabela(3). Repare que o me´todo anal´ıtico na˜o e´ capaz de estimar o tempo para a entrada em regime permanente do processo de troca de calor. Tabela 3: Resultados da simulac¸a˜o nume´rica e anal´ıtica Resultados anal´ıticos No´ T (C) Tempo para a entrada em regime x = y = 0.25m 0.06797 ** x = y = 0.5m 0.02500 ** Resultados nume´ricos No´ T (C) Tempo para a entrada em regime x = y = 0.25m 0.0681 5h x = y = 0.5m 0.2499 5h30min 3.2. Segundo problema O segundo problema consiste na mesma geometria e material do problema anterior, pore´m agora com condic¸o˜es de contorno espec´ıficas em cada lado. Nesse caso, e´ necessa´rio encontrar o tempo para que a chapa, a uma temperatura inicial de 300◦C, chegue aos 30◦C em seu ponto central. As condic¸o˜es de contorno e seus respectivos paraˆmetros sa˜o apresentados nas tabelas (4) e (5). O fluxo imposto tem o sentido de dentro para fora da placa. As propriedades intr´ınsecas do material sa˜o as mesmas apresentadas na tabela (1). Tabela 4: Condic¸o˜es de contorno Parede esquerda Parede direita Parede superior Parede inferior convecc¸a˜o ’C’ fluxo imposto ’Q’ temperatura constante ’T1’ parede adiaba´tica ’q0’16 Tabela 5: Paraˆmetros das condic¸o˜es de contorno Q(W ) q0 h(W/m2K) T∞(C) T1(C) 10 ** 100 5°C 0°C O algoritmo e´ apresentado abaixo. Estruturalmente, a maior diferenc¸a entre este algoritmo e o algoritmo nume´rico do primeiro problema e´ a alterac¸a˜o das condic¸o˜es de contorno, juntamente com a questa˜o de se parar a simulac¸a˜o para o tempo em que a temperatura de 30◦C for atingida no meio da chapa. As demais diferenc¸as esta˜o relacionadas com comandos gra´ficos para melhor apresentar os resultados. O algoritmo completo e´ dado no apeˆndice (C). 1 while erro>=2 2 tf=k; %tempo final 3 dt=0.25*(dxˆ2)/a; %intervalo de tempo 4 nt=tf/dt; %numero de passos no tempo 5 x=[0:dx:L]; 6 y=[0:dy:W]; 7 Ti=300; %Temperatura inicial 8 T1=0; %Temperatura no contorno 9 q1=0; %Fluxo na parede inferior 10 q2=-10; %Fluxo na lateral direita 11 %condicao inicial 12 T=ones(nx+2,ny+2)*Ti; 13 for n=1:nt %Laco do tempo 14 T0=T; 15 %condicoes de contorno 16 for i=1:nx+2 17 T(i,1) = T0(i,ny)+2*dy/dx*q1/k; %parede inferior (q0 condicao de contorno adiabatica) 18 end 19 for i=2:nx+1 20 T(i,ny+1)=T1 21 end 22 for j=2:ny+1 23 %lateral esquerda (condicao de contorno de conveccao com h =100 e tinf= 5) 24 T(1,j) = T0(3,j)-(2*dx*h/k)*(T0(2,j)-Tinf); 25 %lateral direita (Q fluxo de calor imposto igual a 10 W saindo da chapa) 26 T(nx+2,j)= T0(nx,j)+2*dy/dx*q2/k; 27 end 28 %Resolucao da equacao de calor no interior da chapa 29 for i=2:nx+1 30 for j=2:ny 31 T(i,j) = T0(i,j)+dt*a*((T0(i+1,j)-2*T0(i,j)+T0(i-1,j))/(dxˆ2)+(T0(i,j+1)- 32 2*T0(i,j)+T0(i,j-1))/(dyˆ2)); 33 end 34 end 35 for i=1:nx+2 36 for j=1:ny+2 37 TTT(j,i) = T(i,j); 38 end 39 end 40 end 41 tempo(cont)=k/3600; 42 temp(cont)=TTT(11,11); 43 erro=temp(cont)-tmp final; 44 cont=cont+1; 45 k = k+900; 46 end 17 A figura (11) apresenta as isotermas obtidas da simulac¸a˜o. A figura (12) apresenta o gra´fico da evoluc¸a˜o da temperatura no ponto central da chapa em func¸a˜o do tempo. Vale ressaltar que o algoritmo demora, em me´dia, dois minutos para ser compilado, dependendo do compu- tador utilizado. largura da chapa de niquel a ltu ra d a ch ap a de n iq ue l 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1 5 10 15 20 25 30 Figura 11: Isotermas geradas da simulac¸a˜o 2 2.5 3 3.5 4 30 40 50 60 70 80 90 100 110 Tempo (h) Te m pe ra tu ra (º C) Figura 12: Tempo de resfriamento O resultado da simulac¸a˜o e´ apresentado na tabela (6). Observe que o processo de transfereˆncia de calor leva, aproximadamente, treˆs horas e quarenta e cinco minutos para atingir a temperatura de 18 30◦C, implicando em um erro de aproximadamente 1.4◦C. Tabela 6: Resultados da simulac¸a˜o Posic¸a˜o (m) Temperatura(°C) Tempo decorrido Erro absoluto (°C) x=y=0.5 31.39 3h45min 1.390 4. Considerac¸o˜es Finais No primeiro problema e´ poss´ıvel perceber nitidamente a proximidade entre o resultado anal´ıtico e o resultado nume´rico. Isso corrobora a tese apresentada ainda na introduc¸a˜o, de que os procedimentos anal´ıticos e nume´ricos sa˜o complementares e, por assim ser, devem sempre caminhar juntos.E´ tambe´m nota´vel a consequeˆncia da condic¸a˜o de contorno adotada nas ”quinas”da chapa, que causou uma certa deformidade nas isotermas, como mostrado na figura (9). Essa e´ uma limitac¸a˜o da modelagem bidi- mensional, que na˜o e´ capaz de representar consistentemente um ponto (unidimensional por natureza); o que implica que os resultados da simulac¸a˜o nume´rica na regia˜o das quinas na˜o devem ser tomados como totalmente confia´veis. Na˜o ha´ crite´rios fixos para a adoc¸a˜o de condic¸o˜es de contorno nessas regio˜es espec´ıficas, o que torna a sua implementac¸a˜o algo totalmente emp´ırico e a cargo do engenheiro em questa˜o. Sobre as caracter´ısticas desse problema, ainda com um esforc¸o computacional muito maior que o primeiro, na˜o e´ poss´ıvel atingir exatamente a temperatura especificada no final da simulac¸a˜o; mesmo com a malha nodal bem refinada. Vale ressaltar, tambe´m, que o erro calculado diminuiria caso o passo de tempo fosse refinado. No que tange a criac¸a˜o da malha nodal, e´ necessa´rio que o usua´rio fornec¸a uma quantidade de diviso˜es par; o que implica numa quantidade de pontos nodais ı´mpar. Dessa forma, a malha sera´ sempre coincidente com o centroide da geometria. Caso contra´rio, sera´ necessa´rio um algoritmo para interpolar o ponto central da malha, uma vez que ele estara´ rodeado por no´s, e na˜o estara´ em uma posic¸a˜o determinada pela simulac¸a˜o. Ale´m disso, este me´todo traz consigo alguns problemas para nu´meros de pontos pequenos na malha (deve ser maior que seis, por exemplo), dado que a soluc¸a˜o via ca´lculo de me´dia na˜o traria grandes ganhos; a dificuldade para se programar esta func¸a˜o na˜o se justifica, visto que e´ plenamente poss´ıvel que, dada as restric¸o˜es quanto ao nu´mero de intervalos (par e mu´ltiplo de quatro) o programa calcule de modo satisfato´rio as temperaturas desejadas. O crite´rio de estabilidade deve sempre receber atenc¸a˜o especial. Ele e´ determinante na adoc¸a˜o do passo de tempo do lac¸o de repetic¸a˜o da simulac¸a˜o. Caso o seu valor na˜o esteja de acordo com as caracter´ısticas da modelagem, o me´todo ou divergira´ ou entregara´ um resultado completamente inconsistente; nesse caso, o engenheiro sera´ v´ıtima do famigerado erro de convergeˆncia nume´rica. A qualidade dos resultados nume´ricos, tanto gra´ficos quanto anal´ıticos, depende do nu´mero de iterac¸o˜es adotado; portanto, quanto mais potente for o computador utilizado, mais ra´pido o resultado sera´ retornado. Esse trabalho na˜o se fez com o aux´ılio de computadores potentes, o que na˜o traz resultados precisos ale´m da quarta casa decimal. Entretanto, pela simplicidade dos problemas em pauta, o resultado e´ suficientemente bom. Do ponto de vista do aprendizado, esse trabalho vem agregar a noc¸a˜o da necessidade de uma modelagem matema´tica coerente com o problema real, e a ideia da complementariedade da abordagem anal´ıtica do problema. E´ tambe´m necessa´rio o domı´nio dos softwares alge´bricos e nume´ricos como ferramentas extremamente u´teis na resoluc¸a˜o desses problemas. 19 Refereˆncias [1] Yunus A. C¸engel. Transfereˆncia de Calor e Massa uma Abordagem Pra´tica, 4 Ed. Mc Graw Hill, Porto Alegre, 2012. [2] Frank P. Incropera. Fundamentals of Heat Transfer, 7th. John Wiley and Sons, Hoboken - NJ, 1976. 20 Apeˆndices A. Algoritmo do me´todo anal´ıtico 1 clear all 2 clc 3 4 %PARA A POSICAO EM UM QUARTO DA CHAPA: X=Y=0.25m 5 W=1; %Largura 6 L=1; %Altura 7 n=2000; 8 T2=1; 9 T1=0; 10 x=0.25; 11 y=0.25; 12 i=1; 13 S=0; 14 somatorio=0; 15 while i<=21 16 17 s(i)=((((-1)ˆ(i+1))+1)/i)*sin(i*pi*x/L)*(sinh(i*pi*y/L)/sinh(i*pi*W/L)); 18 somatorio=somatorio+s(i); 19 i=i+1; 20 end 21 teta=(2/pi)*somatorio; 22 T=((T2-T1)*teta)+T1; 23 fprintf('A temperatura para x=y=0.25m e: %f\n\n',T); 24 25 %PARA A POSICAO NO MEIO DA CHAPA: X=Y=0.5m 26 x2=0.5; 27 y2=0.5; 28 i=1; 29 S=0; 30 somatorio=0; 31 teta=0; 32 T=0; 33 while i<=21 34 35 s(i)=((((-1)ˆ(i+1))+1)/i)*sin((i*pi*x2)/L)*(sinh((i*pi*y2)/L)/sinh((i*pi*W)/L)); 36 somatorio=somatorio+s(i); 37 i=i+1; 38 end 39 40 teta=(2/pi)*somatorio; 41 T=((T2-T1))*teta+T1; 42 fprintf('A temperatura para x=y=0.5m e: %f\n\n',T); 21 B. Algoritmo do me´todo nume´rico 1 clear all 2 clc 3 4 % QUESTAO 1 - JOHNATHAN BATISTA DOS SANTOS E BRUNO FERREIRA COUTO 5 L=1; %comprimento 6 W=1; %altura 7 a=23/10ˆ6; %difusividade termica 8 9 disp('Digite o numero de divisoes para a largura da chapa'); 10 nx=input('');%numero de intervalos em x 11 disp('Digite o numero de divisoes para a altura da chapa'); 12 ny=input('');%numero de intervalos em y 13 14cont=1; 15 dx=L/nx; 16 dy=W/ny; 17 18 if mod(nx,4)==1 ; 19 fprintf('O numero digitado para x nao e multiplo de 4.'); 20 elseif mod(ny,4)==1; 21 fprintf ('O numero digitado para y nao e multiplo de 4') 22 elseif nx~=ny; 23 fprintf('Numero de divisoes em x diferente do numero de divisoes em y.'); 24 else 25 for h=3600:900:28800 26 %para as condicoes de contorno impostas esse e um tempo suficiente 27 %para se estabelecer o regime permanente (8 horas) 28 tf=h; %tempo final 29 dt=0.25*(dxˆ2)/a; %intervalo de tempo 30 nt=tf/dt; %numero de passos no tempo 31 32 x=[0:dx:L]; 33 y=[0:dy:W]; 34 %Temperatura no contorno (parede lateral esquerda e direita e parede inferior) 35 T1=0; 36 %Temperatura no contorno (parede superior) 37 T2=1; 38 39 %condicao inicial 40 T=ones(nx+1,ny+1)*T1; 41 42 %condicoes de contorno nas quinas 43 T(1,1)=(T1+T1)/2; 44 T(nx+1,1)=(T1+T1)/2; 45 T(1,ny+1)=(T1+T2)/2; 46 T(nx+1,ny+1)=(T1+T2)/2; 47 %condicoes de contorno 48 for i=2:nx 49 T(i,1)=T1; %parede inferior 50 T(i,ny+1)=T2; %parede superior 51 end 52 53 for j=2:ny 54 T(1,j)=T1; %lateral esquerda 55 T(nx+1,j)=T1; %lateral direita 56 end 57 22 58 for n=1:nt 59 T0=T; 60 for i=2:nx 61 for j=2:ny 62 T(i,j) = T0(i,j)+dt*a*((T0(i+1,j)-2*T0(i,j)+T0(i-1,j))/(dxˆ2)+(T0(i,j+1)-2*T0(i,j)+T0(i,j-1))/(dyˆ2)); 63 end 64 end 65 %grafico dinamico(opcional) 66 %figure(4) 67 %contour(x,y,T',T1:0.05:5) 68 %pause(0.5) 69 end 70 71 t meio(cont)=T((nx/2)+1,((ny/2))+1);%temperatura no meio da chapa x=y=0,5 metros 72 t um quarto(cont)=T((nx/4)+1,(ny/4)+1);%temperatura no ponto x=y=0,25 metros 73 %construcao do vetor "tempo" para construcao da figura 1 e 2 74 tmp(cont)=h/3600; 75 cont=cont+1; 76 end 77 fprintf('A temperatura no meio da chapa (x=y=0,5m) e: %f \n', t meio(cont-1)); 78 fprintf('A temperatura no ponto (x=y=0,25m) e: %f \n', t um quarto(cont-1)); 79 80 figure(1); 81 plot(tmp,t meio); 82 title('Temperatura no meio da chapa (x=y=0,5 metros)'); 83 xlabel('tempo expresso em horas (h)'); 84 ylabel('Temperatura em graus celsius (C)'); 85 86 figure(2); 87 plot(tmp,t um quarto); 88 title('Temperatura do ponto: x=y=0,25 metros'); 89 xlabel('tempo expresso em horas (h)'); 90 ylabel('Temperatura em graus celsius (C)'); 91 92 figure(3); 93 contour(x,y,T',min(min(T)):0.01:max(max(T))); 94 title('Isotermas'); 95 xlabel('Largura da chapa'); 96 ylabel('Altura da chapa'); 97 end 23 C. Algoritmo do me´todo nume´rico do segundo problema 1 clear all 2 clc 3 4 %QUESTAO 02 - JOHNATHAN E BRUNO COUTO 5 6 L=1; %comprimento 7 W=1; %altura 8 a=23/(10ˆ6); %difusividade termica 9 k=90.7; %condutividade termica do niquel 10 Tinf=5; %temperatura do meio fluido 11 h=100; %coeficiente convectivo 12 nx=21 %Numero de pontos em relacao a x 13 ny=21 %Numero de pontos em relacao a y 14 dx=L/(nx-1); 15 dy=W/(ny-1); 16 cont=1; 17 tmp final=30; 18 erro=100; 19 k=7200; 20 21 while erro>=2 22 tf=k; %tempo final 23 dt=0.25*(dxˆ2)/a; %intervalo de tempo 24 nt=tf/dt; %numero de passos no tempo 25 26 x=[0:dx:L]; 27 y=[0:dy:W]; 28 29 Ti=300; %Temperatura inicial 30 T1=0; %Temperatura no contorno 31 q1=0; %Fluxo na parede inferior 32 q2=-10; %Fluxo na lateral direita 33 %condicao inicial 34 T=ones(nx+2,ny+2)*Ti; 35 36 for n=1:nt %Laco de tempo 37 T0=T; 38 %condicoes de contorno 39 for i=1:nx+2 40 T(i,1)=T0(i,ny)+2*dy/dx*q1/k; %parede inferior (q0 condicaoo de contorno adiabatica) 41 end 42 for i=2:nx+1 43 T(i,ny+1)=T1 44 end 45 for j=2:ny+1 46 %lateral esquerda (condicao de contorno de conveccao com h =100 e tinf= 5) 47 T(1,j)=T0(3,j)-(2*dx*h/k)*(T0(2,j)-Tinf); 48 %lateral direita (Q fluxo de calor imposto igual a 10 W saindo da chapa) 49 T(nx+2,j)= T0(nx,j)+2*dy/dx*q2/k; 50 end 51 52 %Resolucao da equacao de calor no interior da chapa 53 for i=2:nx+1 54 for j=2:ny 55 T(i,j) = T0(i,j)+dt*a*((T0(i+1,j)-2*T0(i,j)+T0(i-1,j))/(dxˆ2)+(T0(i,j+1)- 56 2*T0(i,j)+T0(i,j-1))/(dyˆ2)); 57 end 24 58 end 59 60 for i=1:nx+2 61 for j=1:ny+2 62 TTT(j,i) = T(i,j); 63 end 64 end 65 %grafico dinamico (opcional) 66 %Tmin=min(min(TTT)); 67 %Tmax=max(max(TTT)); 68 %figure(1) 69 %contour(x,y,TTT(2:nx+1,2:ny+1),Tmin:2:Tmax) 70 %pause(0.2) 71 end 72 tempo(cont)=k/3600;% tempo contado em horas 73 temp(cont)=TTT(((nx-1)/2)+1,((ny-1)/2)+1);%temperatura no meio da placa 74 erro=temp(cont)-tmp final; %erro em relacao a temperatura de 30 graus pedida 75 cont=cont+1; 76 k = k+900; 77 end 78 erro=erro 79 80 tempo para chegar a proximo de 30=tempo(cont-1); 81 temperatura final=temp(cont-1); 82 numero it=cont-1; 83 84 j=tempo(cont-1); 85 hr=((numero it*900)+3600)/3600; 86 d=j-hr; 87 88 minutos=d*60; 89 fprintf('Temperatura final no centro da placa: %f.\n',temperatura final) 90 fprintf('quantidade de horas apara alcancar a temperatura desejada: %f .\n',hr); 91 fprintf('quantidade de minutos: %f.\n',minutos); 92 fprintf('Erro em relacao a temperatura de 30 graus pedida: %f.\n',erro); 93 94 Tmin=min(min(TTT)); 95 Tmax=max(max(TTT)); 96 97 figure(1) 98 contour(x,y,TTT(2:nx+1,2:ny+1),Tmin:0.01:Tmax) 99 pause(0.2) 100 title('Distribuicao final de temperatura'); 101 xlabel('largura da chapa de niquel'); 102 ylabel('altura da chapa de niquel'); 103 104 figure(2) 105 plot(tempo,temp) 106 title('Evolucao da temperatura no meio da chapa de niquel'); 107 xlabel('Tempo (horas)'); 108 ylabel('Temperatura (C)'); 25 I´ndice Remissivo Algoritmo, 10, 14, 17 Condic¸o˜es de contorno, 10 Crite´rio de convergeˆncia/estabilidade, 11 Derivada primeira segunda, 8 Diferenc¸as finitas, 7 Equac¸a˜o da conduc¸a˜o, 9 Isotermas, 18 Me´todo anal´ıtico, 13 Me´todos nume´ricos, 7 Malha nodal, 9 Modelagem, 7 26 Introdução Métodos numéricos O Método das Diferenças Finitas Modelagem matemática Formulação por diferenças finitas das equações diferenciais Condições de contorno Formulação numérica Considerações gerais Problemática Primeiro problema Abordagem analítica Abordagem numérica Segundo problema Considerações Finais Apêndices Algoritmo do método analítico Algoritmo do método numérico Algoritmo do método numérico do segundo problema Índice Remissivo
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