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prevenção e conscientização do HIV/HAIDS na atenção primária

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Prevenção e conscientização do HIV/AIDS na assistência básica de saúde no Brasil
Ábila Dutra -Graduanda em Medicina – Faculdade Redentor, Rua Natividade, 520 – Itaperuna/RJ, (27) 99842-9338, abila.dutra@gmail.com
Alessandra YutaniKuroiwa- Graduada em Farmácia – Faculdade Assis Gurgacz; Pós-graduada em Educação Especial: Atendimento às Necessidades Especiais - Univale; Pós-graduada em Educação Especial: Área da Surdez/Libras - Univale; Pós-graduada em Didática e Metodologia do Ensino Superior - Univale; Graduanda em Medicina – Faculdade Redentor, Rua Luiz Ferreira Tirado, 435 – Itaperuna/RJ,(45)9916-0640, ale_kuroiwa@hotmail.com
André Barbosa -Graduando em Medicina – Faculdade Redentor, Avenida Presidente Dutra, 1650 – Itaperuna/RJ, (35) 87028507, andreluizaraujo76@hotmail.com
AndressaUviña-Graduanda em Medicina – Faculdade Redentor, Rua Sérgio Dias Pecly, 20 – Itaperuna/RJ, (11) 99641-4806, uvina94@hotmail.com
FabricioSacomam- Graduando em Medicina – Faculdade Redentor, Rua Deputado Carlos Filho, 302 – Itaperuna/RJ, (22) 99788-4609, fabriciosacomam@hotmail.com
Guilherme Felipe Dutra Silva- Graduando em Medicina – Faculdade Redentor, Rua Luiz Ferreira Tirado, 535 – Itaperuna/RJ, (43) 9954-0490, guilherme_dutras@hotmail.com
Lavínia Tavares-Graduanda em Medicina – Faculdade Redentor, Rua Luiz Ferreira Tirado, 383 – Itaperuna/RJ,(33) 8843-0489, lavinia-tavares@hotmail.com
Cileny Carla Saroba Vieira Thomé - Graduada em Ecologia - Universidade Estadual Paulista; Mestre em Biologia de Água Doce e Pesca Interior – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; Professora de Projeto Integrador e Metodologia – Faculdade Redentor; Presidente da Comissão Permanente de Avaliação
RESUMO
INTRODUÇÃO: o HIV é um retrovírus silencioso responsável pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), suas principais fontes de contágio são pelo ato sexual e transfusão de sangue. OBJETIVO: discutir a transmissão e prevenção do vírus da AIDS e abordar sobre informações epidemiológicas e a ação do vírus em indivíduos infectados. METODOLOGIA: foi desenvolvido a partir de revisão bibliográfica de publicações com palavras chaves como “HIV”, “AIDS”, “Atenção Básica”, entre outros, na qual foi pesquisado em livros e sites nos meses entre fevereiro e maio. DESENVOLVIMENTO:a prevenção do HIV/AIDS necessita além de ações práticas e mecânicas, contudo deve haver a conscientização da população sobre a prevenção e os riscos da doença. A Atenção Básica é a porta de entrada para tratar as questões de saúde. Por intermédio desta, é possível ter uma visão mais ampla da problemática do HIV/AIDS e reconhecer o nó critico para haver a prevenção ou diagnóstico, tratamento e apoio aos indivíduos, atendo-se as especificidades destes e da doença. CONCLUSÃO: a prevenção é de enorme importância no setor da saúde, portanto, é indispensável que se tenha atenção constante visando defender os interesses de toda sociedade.
Palavras-chave: AIDS/HIV; Atenção Básica; Prevenção do HIV/AIDS.
1. INTRODUÇÃO
Esse trabalho é uma iniciativa da Faculdade Redentor com os acadêmicos de Medicina visando a abordagem de temas da área da saúde relacionados com o seguinte trinômio: o avanço científico, a Medicina e a sociedade contemporânea. Nesse contexto, a relevância desse estudo encontra-se no fato de que com o surgimento da AIDS no território brasileiro, em 1983, evidenciaram a morte de 205 mil pessoas e além dos 506 mil casos registrados no país. No mundo, somente no ano de 2007, foram 2,7 milhões de novas infecções e 2 milhões de mortes, a maior parte em países de baixa e média renda demonstrando, na prática, o perigo da manutenção dessa virose na atualidade (BERTOLOZZI& GRECO, 1996).
Dessa maneira, sobre o ponto de vista do contexto histórico-social da doença, no começo do século XX, os que habitavam a selva africana costumavam se "embrear" pela densa mata em busca da carne dos macacos. Dessa maneira, o SIV - um vírus que atacava o sistema imunológico desses animais - quando em contato com o organismo humano, originava o HIV, responsável pela Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) (SLAFF&BRUBAKER, 1987). 
Inicialmente, o reconhecimento da doença e sua transmissão pelo ato sexual eram completamente desconhecidos além do fato de que alguns especialistas identificaram como uma espécie de câncer que acometia somente homossexuais. No ano de 1960, as várias guerras de independência no continente africano fizeram com que alguns infectados se refugiassem na Europa, fato que sustentou a hipótese de que os primeiros casos de AIDS foram encontrados no Haiti em 1978(SLAFF&BRUBAKER, 1987).
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) faz parte de um grupo de doenças causadas por retrovírus, este pertence à família Retroviridae e para multiplicar-se necessita da enzima transcriptase reversa. Esta enzima tem a função de transcrever o Rna para formar uma cópia de Dna e dessa forma conseguindo adentrar no organismo da pessoa provocando uma infecção de longo ou curto prazo (BRASIL, 2009).
As principais formas de transmissão do HIV são através de relações sexuais não protegidas, transfusões de sangue, ao utilizar seringas que já foram utilizadas ao injetar drogas e até mesmo de mãe para filho durante a gestação e também na fase de amamentação. A prevenção pode ser feita de algumas formas como fazer a promoção do uso de preservativos, utilizar seringas descartáveis, incentivar as pessoas a fazerem testes para que assim não transmitam a seus companheiros (BRASIL ,2015).
O presente artigo objetiva discutir as diversas formas de transmissão e prevenção do vírus da imunodeficiência humana, mostrar informações sobre o agente etiológico e como este age no organismo das pessoas infectadas.
2. METODOLOGIA
A presente pesquisa foi realizada a partir de uma revisão de literatura, buscando informações acerca das possíveis interpretações dadas pelos diferentes autores e atores da saúde, adotando como termos de busca as seguintes palavras-chave: “AIDS”, “HIV”, “Assistência Básica de Saúde”, “Prevenção da AIDS”, “Conscientização da AIDS” e “HIV/AIDS”. Foram analisados artigos e livros, no período de Fevereiro a Maio, nos quais procurou-se meios de prevenir e conscientizar a comunidade quanto a doença da AIDS e do vírus HIV.Foram selecionados os textos completos apresentados na SciELOpor ser possível ter um acesso integral aos artigos, além de considerá-la fonte da qual muitos pesquisadores e estudiosos fazem uso. 
3. HIV/AIDS
Em 1981, a AIDS, também conhecida como síndrome da imunodeficiência adquirida, tornou-se um marco da história da humanidade. A epidemia dessa infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e da AIDS é um fenômeno instável, dinâmico e global, na qual sua ocorrência depende de determinantes como o comportamento coletivo e individual (BRITO, 2000).
De acordo com Castro (2011), o HIV é um retrovírus, da família Retroviridae e subfamília Lentiviridae, caracterizada por produzir uma infecção crônica e danos progressivos ao sistema imunológico. E segundo Silva (2008), o HIV pertencem ao grupo de retrovírus não-oncogênicos e citopáticos, que necessitam da enzima transcriptase reversa para multiplicar-se.Essa enzima realiza a transcrição do RNA viral à uma cópia do DNA, podendo assim, integrar-se ao genoma humano.
Esse vírus pode permanecer de forma silenciosa no organismo, possuindo um período de incubação prolongado antes do aparecimento dos sintomas, da infecção das células sanguíneas, do sistema nervoso e da inibição do sistema imune, o que torna o corpo vulnerável a outras patologias conhecidas como oportunistas (BRASIL, 2012; CECILIO et al.).
Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era quase uma sentença de morte, mas na atual conjuntura, ela pode ser considerada uma doença de perfil crônico para a qual não há cura, mas há tratamento, na qual uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com ovírus por váriosanos 
sem apresentar nenhum sintoma ou sinal, na qual essa fase é denominada assintomática (BRASIL, 2012; HOSSNE,2008).
A infecção humana pelo HIV leva à síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS – AcquiredImmuneDeficiencySyndrome), que se caracteriza por um conjunto de sinais e sintomas, caracterizando uma enfermidade complexa, pelo fato do sistema imunológico começar a ser atacado (BRASIL, 2012). 
A infecção aguda é a primeira fase, na qual a incubação do HIV ocorre, podendo variar de três a seis semanas. Além disso, o organismo demora para produzir anticorpos anti-HIV de 30 a 60 dias após a infecção. Os principais sintomas são muito semelhantes aos da gripe, como mal-estar e febre sendo esse o motivo pelo qual a maioria dos casos se passa despercebido (BRASIL, 2015).
Já a segunda fase, é aquela marcada por uma forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus, porém, não enfraquecendo o organismo do paciente o suficiente para permitir novas doenças, pois o vírus amadurece e morre de maneira equilibrada. Dessa forma, esse período pode durar por anos, sendo chamado de assintomático (BRASIL, 2015; FERNANDES et. al., 2012).
Porém, devido aos freqüentes ataques, as células de defesa começam a funcionar com uma menor eficiência até serem destruídas, fazendo com que o organismo fique cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase inicial sintomática se caracteriza pela alteração da alta redução de glóbulos brancos do sistema imunológico, na qual podem ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue, sendo que em adultos saudáveis, a variação é de 800 a 1200 unidades. Os principais sintomas são diarréia constante, febre, emagrecimento, crescimento dos gânglios linfáticos, erupções na pele e suores noturnos (BRASIL, 2015).
A imunidade baixa faz com que haja uma maior possibilidade de aparecer doenças oportunistas, da qual se aproveitam da fraqueza do organismo. Com isso, o estágio mais avançado da doença, a AIDS, é atingido. O indivíduo que chega a essa fase pode sofrer de tuberculose, toxoplasmose, hepatites virais, perda de memória, dificuldades de coordenação motora, pneumonia e alguns tipos de neoplasias, como o Sarcoma de Kaposi, câncer do colo do útero e o linfoma não Hodgkin (BRASIL, 2015; ZAMBONI, 2002).
A qualidade de vida (QV) é um complexo que pode sofrer interferência de diversos fatores. E de acordo com Ferreira et. al.(2012), idade jovem, sexo masculino, escolaridade, estado civil casado, boa renda mensal, trabalhar, alto nível de linfócitos CD4+ e ausência de medicamentos retrovirais são fatores que apresentam relação positiva com qualidade de vida de pacientes com AIDS. 
Além disso, a QV dos indivíduos acompanha as inovações farmacológicas, prolongando a vida e a manutenção de seu bem-estar. Em um estudo realizado também por Ferreira et. al.(2012), foi verificado em 205 pacientes HIV/AIDS, uma a média etária de 40,59 ± 11,81 anos; a contagem de linfócitos CD4+ foi de 397,97 ± 232,84mm3 e 5,23 ± 3,94 anos de diagnóstico do HIV.
O HIV age no interior das células responsáveis pela defesa do corpo humano do sistema imunológico, na qual ao entrar em determinada célula, em sua grande maioria linfócitos CD4+, o HIV integra-se o seu código genético ao da célula hospedeira, possibilitando com que o vírus faça cópias de si mesmo. Com isso, as células do sistema imunológico da pessoa infectada pelo HumanImmunodeficiencyVirus começam a funcionar com menos eficiência, deixando-a sujeita ao aparecimento de vários tipos de doenças e infecções (BELLINI & COSTA, 2006).
Diferentemente do que se pensa possuir o vírus do HIV não significa ser aidético, significa que no sangue da pessoa foram encontrados anticorpos contra essa virose. Assim, há pessoas que vivem anos sem desenvolver a doença embora sejam soropositivas. Isso ocorre porque o vírus permanece em estado de latência no organismo humano, mas isso não significa que o vírus não seja transmitido em relações sexuais (BELLINI & COSTA, 2006; DISCACCIATI & VILAÇA, 2001).
A AIDS é transmitida de diversas maneiras. Como o vírus está presente no esperma, nas secreções vaginais, no leite materno e no sangue, todas as formas de contato com essas substâncias podem gerar um contágio, da qual estão inteiramente ligadas ao contato direto com o sexo sem proteção, seja oral, vaginal ou anal com ou entre portadores do vírus.A transmissão de mãe infectada para o filho é conhecida como transmissão vertical, podendo ocorrer durante o parto através do contato sanguíneo ou pela amamentação (BRASIL, 2015).
Além disso, há o contágio através do uso conjunto de seringas contaminadas, transfusão de sangue de doadores contaminados, compartilhamento de instrumentos não esterilizados que furam ou cortam e, também, por acidentes de trabalho, principalmente entre profissionais da saúde, em pronto atendimentos ou resgate (BRASIL, 2015).
Em um estudo realizado por Thiengoet. al.(2005), foi observado que os adolescentes desconhecem as informações básicas em relação as formas de contágio e prevenção do HIV. Nesse sentido, o autor afirmou que os jovens incorporam informações, tanto ligadas as formas de contágio quanto as de prevenção em saúde, na qual as formas de contágio destacadas são relação sexual, transfusão de sangue e uso de drogas injetáveis.
4. MEDIDAS PREVENTIVAS
Trabalhar pela prevenção do HIV/AIDS requer um empenho árduo que não envolve apenas ações práticas e mecânicas. Isso faz com que seja preciso haver uma construção ideológica sobre o problema, para que esse não seja visto de maneira superficial, ocasionando, na maioria das vezes, um quadro de negligência (SILVA, 2009).
A partir disso, é necessário informar a população das formas de se prevenir. Esse trabalho deve alcançar desde o acompanhamento e distribuição de preservativos até os cuidados com os pacientes já infectados, trabalhando para que façam uso de seringas descartáveis e que tenham acesso aos produtos disponibilizados, gratuitamente, pelo Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2008).
Ademais, por trás dessa expectativa, há uma falta de informação e comprometimento intrínsecas à população. Por isso, é importante reconhecer e combater uma série de fatores que funcionam como barreiras para que a prevenção não se concretize (SLAFF & BRUBAKER, 1987).
Além disso, cada vez tem sido mais frequente o uso do conceito de atenção básica como referência aos serviços municipais. Todavia, o fato é que as pessoas não visualizam o potencial resolutivo da atenção básica, a qual tem capacidade de solucionar mais de 80% dos problemas de saúde (GIL, 2006).
A atenção básica hoje, após décadas de luta e empenho em criar um sistema de saúde descentralizado, passou a servir como porta de entrada para o início dos atendimentos. A partir de então, é realizado um mapeamento populacional, por intermédio dos agentes de saúde, o qual tem por objetivo reconhecer o perfil de determinadas populações. Com isso, é possível ter uma visão mais ampla do problema e reconhecer o nó crítico desse e atendê-lo levando em conta suas peculiaridades (BRASIL, 2008).
	Dia 1° de dezembro é considerado o dia mundial da luta contra a AIDS, sendo assim, anualmente, é feito ao nível de atenção básica, uma sequência de palestras e propagandas em todo mundo, a qual tem por objetivo conscientizar a população sobre os riscos de contração da doença e chamar para o debate pessoas que habitualmente não se sentem ameaçadas pela AIDS. No Brasil, são distribuídas grandes quantidades de preservativos gratuitamente, além de panfletos informativos, auxiliando também na quebra do preconceito, intrínseco a doença, devido à falta de conhecimento (NASCIMENTO, 1997). 
5. PROGRAMAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE
Desde a institucionalização do SUS em 1988 e sua real aderência à Constituição brasileira em 1990, a saúde, bem previsto por lei (Leis Orgânicas da Saúde: 8.080 e 8.142), passou a ser um direito de todos e dever do Estado. Dessa forma, houve uma descentralização da saúde pública, essa passou a dividir responsabilidades, destinadas agora, aos três níveis de governo (Federal, Estadual e Municipal). Com isso,programas que envolvem o processo de conscientização e prevenção advêm desse conjunto cooperativo entre os poderes (BERTOLOZZI& GRECO, 1996).
Ademais, em 1985 foi fundada a primeira Organização Não Governamental com enfoque em HIV/AIDS no país e criaram-se os Programas Estaduais de DST/AIDS em dez estados. Passou-se, portanto, a veicular campanhas sobre as várias formas de prevenção da doença, por intermédio do Ministério da Saúde, recomendando o uso de preservativos; seringas, agulhas e outros instrumentos esterilizados e individuais; controle da qualidade do sangue e hemoderivados e, finalmente, campanhas de informação à comunidade. Como exemplo supracitado há o Grupo de Apoio à Prevenção da AIDS (GAPA) (VILLARINHOet. al., 2013). 
Ainda no âmbito das políticas públicas de atenção básica, segundo Villarinhoet. al. (2013), na luta e controle à epidemia da AIDS, o Ministério da Saúde criou em 1986, o Programa Nacional de DST e AIDS, que em 2003 foi considerado referência mundial por diversas agências internacionais. O sucesso do Programa, reconhecido mundialmente, dá-se não só pela oferta universal e gratuita dos antirretrovirais, mas também por ser um programa que divide as responsabilidades entre ministérios e permite um contato permanente e efetivo com a comunidade científica e, majoritariamente, com os movimentos sociais.
Atualmente, após alguns períodos de total negligência da doença devido à escassez de grandes informações a respeito dessa, iniciou-se um processo relativo a ampliação de recursos destinados a esse fim. Em 2009, 644 serviços foram implantadosnos municípios que recebem recursos, bem como em outros que, por seu perfil epidemiológico, capacidade de gestão e/ou localização estratégica de referência, tem-se esse objetivo como necessidade (BRASIL, 2009).
Além do mais, temos um outro serviço criado recentemente à todos os níveis de atenção à saúde, inclusive ao da atenção básica, que são as Unidades Dispensadoras de Medicamentos Antirretrovirais (UDM), as quais além de realizarem a distribuição dos medicamentos de controle da doença, também desenvolvem ações de acompanhamento defarmacoterapia (estudo que envolve a apresentação dos efeitos dos medicamentos no organismo enfermo e o conhecimento das fórmulas farmacêuticas), que tem como objetivo manter o portador do vírus informado a respeito do uso dos medicamentos, visando um aumento na adesão à terapia antirretroviral (ARV)(BRASIL, 2004).
Tabela 1:Unidades Dispensadoras de Medicamentos segundo o Tipo de Serviço - 2003
Fonte: Diagnóstico das Unidades Dispensadoras, DOGES/SGP/MS (2004)
Ademais, é plausível citar a importância do Agente Comunitário de Saúde (ACS) no controle e efetivação dos programas de prevenção. São um dos corresponsáveis pela propagação de informações e, a partir das Unidades Básicas de Saúde ou pelos PSF’s, permitem interligar as realidades da população com as necessidades e metas dos programas (AGUIAR, 2015).
Equidade implica no atendimento de necessidades diferenciadas da população, como por exemplo, de vínculos, de tecnologia, de condições de vida na forma de construir autonomia para viver. A diversidade de necessidades humanas e as possibilidades que temos para compreendê-las, na perspectiva da integralidade, são relevadas no percurso de quem busca o Sistema Único de Saúde, que deve ser pensado como garantia de universalidade de acesso (PALÁCIOet al.,2012).
Levando em consideração a lógica supracitada, dentre todas as políticas de saúde, a Política Nacional de AIDS é a que mais alcança os princípios previstos na constituição do SUS, pois abrange o atendimento aos vários níveis de atenção em saúde (GOMES& PINHEIRO, 2005).
Contudo, ao contrário do que se espera, a Política Nacional de AIDS, ao nível de atenção básica, não alcança a efetividade que lhe deve. Os programas geralmente são mal geridos, muitas vezes por falta de preparo. Isso funciona como uma barreira, ao passo que intensifica a proliferação de estigmas a respeito da doença, reduzindo, dessa forma, a adesão dos doentes às diversas campanhas de controle e manutenção da doença (PALÁCIOet. al., 2012).
O sexo continua sendo um tabu milenar, mesmo com os avanças pós-modernos, e infelizmente está intrínseco à sociedade contemporânea. Dessa forma, criou-se a partir da década de 90, após o surto da doença ao nível mundial, impasses referentes a determinados grupos alvos, fato que levou as pessoas a relacionarem a doença unicamente aos homossexuais (BELLINI& COSTA, 2006). 
Não obstante, nos últimos dez anos houve a criação de ações de combate do HIV/AIDS na terceira idade, devido ao notável crescimento da longevidade no país. Pesquisas realizadas no estado do Rio Grande do Sul, em centros de repouso/casas para idosos, comprovou que muitos ainda ligam a doença a essa grande falácia construída ao longo das décadas. A falta de informação é generalizada e, grande parte da população que, de certa forma foi negligenciada por muitos anos e que ainda é sexualmente ativa, diz não utilizar nenhuma forma de preservativos, contribuindo, dessa forma, para a assombrosa marca de 45% da população brasileira que não faz uso de preservativos (LAZZAROTTOet. al., 2008).
6. CONCLUSÃO
		Com o presente trabalho, foi possível observar que a AIDS a doença é de enorme agravante perante a sociedade, em detrimento da sua transmissão e dos danos acarretados aos portadores do vírus HIV. Por isso a prevenção e a conscientização do HIV/AIDS na Assistência Básica de Saúde são de suma importância, pois parcelas significativas do corpo social ainda não possuem conhecimento sobre o assunto.
		Dessa forma, o projeto de premeditação deve ter como princípio atingir todas as faixas de escolaridade e idade, realizando um trabalho no setor de atenção básica, reunindo e orientando os moradores com o princípio de desenvolver atividades e programas, apoiando a sociedade em suas distinções. Mediante os fatos expostos, os órgãos de saúde necessitam ainda de uma atenção constante e de esforços para defender os interesses de toda a comunidade, sem privilegiar o ponto de vista de um ou alguns grupos específicos, proporcionando um programa de saúde integrada e democrática.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BELLINI, M.; COSTA, P. C. F. Ciências e seu ensino: o que dizem os cientistas e os livros didáticos sobre o HIV/AIDS?.Ciência& Educação. Bauru, v. 12, n. 3, p. 261-274, 2006.
BRASIL: Ministério da Saúde. Dados e pesquisas. Brasília: Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, 2009. 
BRASIL: Ministério da Saúde. Diagnóstico das unidades dispensadoras de medicamentos antirretrovirais.Brasília:Programa Nacional de DST e AIDS,2004.
BRASIL, Ministério da Saúde. Formas de contágio. Brasília: Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, 2015.
BRASIL: Ministério da Saúde. Manual de prevenção das DST/HIV/AIDS em comunidades populares. 1 ed. Brasília: Secretaria de Vigilância em Saúde, 2008. 
BRASIL, Ministério da Saúde. Recomendações para a prática de atividades físicas para pessoas vivendo com HIV e AIDS. Brasília: Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais, 2012.
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