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MEDIAÇÃO DE CONFLITOS RESUMO

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1.6.2 FORMAS DE COMPOSIÇÃO DOS CONFLITOS
a) Critério de composição voluntária – se estabelece por mútuo acordo das partes. Quando surge o conflito, as partes discutem entre si e o resolvem da melhor maneira possível, através do exercício da autonomia de sua vontade. É a forma mais antiga de composição de conflitos que existe e está baseada tão-somente na vontade das partes (autotutela). A autotutela possibilita o exercício de coerção por particular, em defesa de seus interesses. Ocorre quando o próprio sujeito busca afirmar, unilateralmente, seu interesse, impondo-o à parte contestante e à própria comunidade que o cerca. Atualmente, o exercício da autotutela encurtou-se, em consequência do fortalecimento do Estado, autor das principais modalidades de coerção.
b) Critério autoritário – cabe ao chefe do grupo o poder de compor os conflitos de interesses que ocorrem entre os indivíduos que se encontram sob a sua autoridade. Normalmente a autoridade lança mão do seu foro íntimo, do próprio senso de Justiça, do que lhe guia a consciência, para desempenhar a tarefa de compor conflitos. Forma antiga de composição de conflitos nas sociedades antigas. Atualmente o critério autoritário é ainda utilizado no meio familiar, quando há conflitos de interesses que surgem entre os seus membros, o chefe da família busca soluções tiradas da sua vontade (seu foro íntimo), nas relações laborais. Os dois critérios, contudo, são imperfeitos e insuficientes para resolver os conflitos de interesses que ocorrem nas sociedades complexas. Por isso, surge um terceiro critério de composição.
c) Critério de composição jurídica – o critério é previamente elaborado e enunciado, sendo aplicável a todos os casos que ocorrem a partir de então. A composição jurídica surge a partir do momento em que o Estado traz para si o monopólio de dizer o direito (tutela jurisdicional), que agora não é mais fruto da vontade das partes envolvidas ou da vontade de uma autoridade, mas fruto da vontade da lei. Tem como características a anterioridade, a publicidade e a universalidade das normas aplicadas ao caso.
1.7 FORMAS DE RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS
A conciliação constitui negócio jurídico por meio do qual se extingue um conflito entre as partes. Tem natureza contratual e pode ser judicial ou extrajudicial.
A RENÚNCIA configura meio de solução de conflitos coletivos, à medida que efetiva a pacificação do litígio. É ato unilateral e implica alguém abrir mão de um direito, dotado de certeza jurídica que lhe pertença.
A heterocomposição acontece quando o conflito se soluciona por meio da intervenção de agente exterior à relação conflituosa original. As partes submetem a terceiro seu conflito, em busca de solução, a ser por ele resolvido. Na heterocomposição, não há exercício de coerção pelos sujeitos participantes. Distingue-se das formas anteriores pelo fato de a decisão ser proferida por um terceiro, enquanto na autodefesa (autotutela) e na autocomposição há resultado alcançado pelas próprias partes.
Segundo lição de NASCIMENTO (1990, p.09), são técnicas heterocompositivas: mediação; arbitragem; jurisdição.
A MEDIAÇÃO é técnica de composição de conflitos, caracterizada pela participação de terceiro, cuja função é ouvir as partes.
A ARBITRAGEM é forma de composição extrajudicial dos conflitos, considerada por alguns doutrinadores como um equivalente jurisdicional, na medida em que a decisão proferida pelo juiz arbitral vale como uma sentença judicial.
A JURISDIÇÃO vem do latim "juris" e "dicere", que significa “dizer direito”. Jurisdição é o poder/dever que o Estado tem para aplicar o direito a um determinado caso que lhe é submetido para apreciação pelas partes interessadas, com o objetivo de solucionar conflitos de interesses e com isso resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei, quando não há outra alternativa. Por isso deve ser considerado como forma secundária de resolução de conflitos.

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