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Prof. Vagner do Nascimento - Torção1 Cap. 5: Torção Prof. Me. Vagner do Nascimento Mecânica dos Sólidos I Prof. Vagner do Nascimento - Torção Serão estudados os efeitos da aplicação de cargas torcionais em eixos e tubos. Torção em uma chave de fenda devido a um torque T. 2 Introdução Prof. Vagner do Nascimento - Torção O esforço de torção desenvolvido no eixo de acionamento deste ventilador de condensação depende da potência de saída do motor. 3 Introdução Exemplos Prof. Vagner do Nascimento - Torção4 Introdução Exemplos Prof. Vagner do Nascimento - Torção Momentos que produzem giro na barra, como os momentos T1 e T2 são chamados de torques. Definição de torque: É o momento que tende a torcer o membro em torno de seu eixo longitudinal. 5 Introdução Representação Prof. Vagner do Nascimento - Torção6 5.1 Deformação por torção de um eixo circular Prof. Vagner do Nascimento - Torção7 5.1 Deformação por torção de um eixo circular Prof. Vagner do Nascimento - Torção8 ( )x 5.1 Deformação por torção de um eixo circular Ângulo de torção o ângulo de torção aumenta à medida que aumenta. ( )x x Prof. Vagner do Nascimento - Torção9 Analisando um elemento a uma distância radial ρ. Analisando o elemento, as faces posterior e anterior sofrem rotação, a face posterior por e a face anterior por , a diferença entre as rotações torna o elemento sujeito ao cisalhamento. ( )x ( )x 5.1 Deformação por torção de um eixo circular Ângulo de torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção10 Antes da deformação principal o ângulo entre AB e AC era de 90°; depois dela, entretanto, as bordas do elemento passam a ser AD e AC, e o ângulo entre elas passa a ser θ’. lim ' 2 C A B A 5.1 Deformação por torção de um eixo circular Ângulo de torção Pela definição de deformação por cisalhamento Prof. Vagner do Nascimento - Torção11 d dx Podemos dizer que: Como dФ e dx são constantes pra todos os elementos, a deformação por cisalhamento varia apenas de acordo com a sua distância radial a partir do centro do eixo, considerando o raio máximo da peça igual a c, temos: máx c Ocorre no ponto mais distante do centro 5.1 Deformação por torção de um eixo circular Prof. Vagner do Nascimento - Torção12 G Já temos a deformação cisalhante dAdFT (Lei de Hooke) 5.2 A fórmula da torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção13 máx c Pela proporcionalidade ou pela lei de Hooke, temos: Pelo equilíbrio devemos ter que a distribuição de tensão em toda seção transversal seja equivalente ao torque interno resultante T. 5.2 A fórmula da torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção14 Cada elemento de área dA localizado em ρ, está submetido a uma força o torque produzido por esta área é para toda área temos: dF dA ( )dT dA ( ) máx A A T dA dA c Como é uma constate. máx c Logo 2 máx A T dA c 5.2 A fórmula da torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção15 A integral é dependente apenas da geometria do eixo, ela representa o momento de inércia polar da área da seção transversal, calculado em torno da linha de centro longitudinal do eixo. O letra utilizada é o J. 2 máx A T dA c máx Tc J T J Onde para um eixo sólido: 4 2 J c Onde para um eixo tubular: 4 4 2 e iJ c c J é uma propriedade geométrica (unidades em mm^4, pol^4 e etc) 5.2 A fórmula da torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção16 4 2 1 cJ 414221 ccJ Plotagem da tensão de cisalhamento no interior de eixos ou tubos. 5.2 A fórmula da torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção17 O torque interno T não só desenvolve uma distribuição linear de tensão de cisalhamento ao longo de cada reta radial do plano da área da seção transversal, como também desenvolve uma distribuição da tensão de cisalhamento associada ao longo de um plano axial. 5.2 A fórmula da torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção18 Exemplo: eixo de uma hélice Prof. Vagner do Nascimento - Torção19 Distribuição da Tensão de cisalhamento Exemplo: eixo de uma hélice Prof. Vagner do Nascimento - Torção20 Madeira, é anisotrópica. A resistência ao cisalhamento no sentido paralelo aos grãos ou às fibras, na direção da linha de centro do eixo é muito menor do que sua resistência no sentido perpendicular às fibras. Eixo de caminhão com carregamento excessivo. Exemplos Prof. Vagner do Nascimento - Torção21 A potência é definida como o trabalho realizado por unidade de tempo. O trabalho transmitido por um eixo rotativo é igual ao torque aplicado multiplicado pelo ângulo de rotação. Logo, se durante um instante dt o torque aplicado T fizer o eixo girar dθ, então a potência instantânea será: P Td P T dt é velocidadeangular No caso de maquinaria, a freqüência de rotação, f é expressa em Hertz (1 Hz = 1 ciclo/s) 2P fT 5.3 Transmissão de potência Prof. Vagner do Nascimento - Torção22 No SI a potência é expressa em watts, quando o torque é medido em newton metros (N . m) e w é medido em radianos por segundo (rad/s) (1 W = N.m/s). No sistema Pés-Libra-Segundo ou FPS, a unidade básica de potência é pés-libras por segundo (pés .lb/s); entretanto, o horsepower (hp) é usado comumente na prática da engenharia, sendo: 1 hp = 550 pés . Lb/s* 5.3 Transmissão de potência Prof. Vagner do Nascimento - Torção23 Perfuração de poços de petróleo, o ângulo de torção é fundamental e deve ser calculado. (fundamental para analisarmos as reações em eixos estaticamente indeterminados.) 5.4 Ângulo de torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção24 Será estudado o ângulo de torção Φ (fi) de uma extremidade de um eixo em relação a outra. 5.4 Ângulo de torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção25 Um disco infinitesimal de espessura dx. d dx 5.4 Ângulo de torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção26 Analisando este elemento localizado a uma distância ρ no interior do disco sobre deformação por cisalhamento. A relação entre eles é: dx d Aplicando a relação da lei de Hooke se aplica, temos a relação: ( ) ( ) T x d dx J x G 0 ( ) ( ) L T x dx J x G Integrando no comprimento L 5.4 Ângulo de torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção27 Típico caso onde o ângulo de torção e a tensão são função de uma carga variável ao longo do comprimento. 5.4 Ângulo de torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção28 Torque e área da Seção transversal constantes No caso do material ser homogêneo, de modo que G seja constante, o torque aplicado sendo constante, T(x) = T, o momento de inércia polar J(x) = J, logo: TL JG Se o eixo estiver submetido a diversos torques diferentes, ou se a área da seção transversal mudar abruptamente de uma região do eixo a outra. TL JG 5.4 Ângulo de torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção29 Para se conseguir somar os torques é necessário que haja uma convenção nos sinais. Usa-se a regra da mão direita, pela qual o torque e o ângulo serão positivos se a direção indicada pelo polegar for no sentido de se afastar do eixo. Convenção de sinais Prof. Vagner do Nascimento - Torção30 - -+ Método das seções/ ?A D Convenção de sinais Prof. Vagner do Nascimento - Torção31 / ( 70 . ) ( 10 . )( 80 . ) BC BCAB A D N m L N m LN m L JG JG JG Convenção de sinais Prof. Vagner do Nascimento - Torção Prof. Vagner do Nascimento - Torção = Exemplo Prof. Vagner do Nascimento - Torção Exemplo Prof. Vagner do Nascimento - Torção35 • Quando a torção é submetida em um material dúctil, a quebra ocorre no plano normal ao comprimento. • Quando a torção age em um material frágil, a quebra ocorre ao plano a 45°. • Materiais dúcteis falham por cisalhamento. Materiais frágeis são mais suscetíveis a falharem por tensão normal do que cisalhamento. Comportamento dos materiais Prof. Vagner do Nascimento - Torção36 0A BT T T 0xM A equação do momento na condição de equilíbrio aplicado em torno da sua linha de centro não for suficiente para determinar os torques desconhecidos que atuam sobre ele. Como temos duas incógnitas e temos apenas uma equação, o problema é estaticamente indeterminado. Quais são as reações? 5.5 Elementos estaticamente indeterminados carregados com torque Prof. Vagner do Nascimento - Torção37 TL JG / 0A B Para resolver este problema, uma condição que se faz necessária é do ângulo de torção. Pois ambos os lados são fixos. O material se comportando de forma linear elástica: Sendo o torque interno no segmento AC é +TA e no segmento CD é –TB, a equação de compatibilidade: 0A AC B BC T L T L JG JG 5.5 Elementos estaticamente indeterminados carregados com torque Prof. Vagner do Nascimento - Torção38 BC A L T T L Lembrando que J é o momento de inércia polar e G, o módulo de elasticidade ao cisalhamento. Resolvendo as equações anteriores para as reações, tendo que L = LAC + LBC. AC B L T T L e Podemos perceber que o torque aumenta linearmente se aumentarmos LBC ou LAC. 5.5 Elementos estaticamente indeterminados carregados com torque Prof. Vagner do Nascimento - Torção39 Exemplo 5.11 Prof. Vagner do Nascimento - Torção40 0 800 500 0 ( . ) x B A M T T N m 1 Exemplo 5.11 Prof. Vagner do Nascimento - Torção41 (0,2 ) 500 . (1,5 ) (0,3) 0B A T m T N m m TA JG JG JG 2 Exemplo 5.11 Prof. Vagner do Nascimento - Torção42 5.6 Eixos maciços não circulares Prof. Vagner do Nascimento - Torção43 Anteriormente foi mostrado que as deformações por cisalhamento variam linearmente de zero no centro a um máximo na superfície externa. A tensão de cisalhamento na seção transversal é distribuída de forma muito complexa, em razão disso, alguns casos em particulares irão ser estudados. não-deformado deformado 5.6 Eixos maciços não circulares Prof. Vagner do Nascimento - Torção44 5.6 Eixos maciços não circulares Prof. Vagner do Nascimento - Torção45 5.6 Eixos maciços não circulares Prof. Vagner do Nascimento - Torção46 Exemplo 5.13 Prof. Vagner do Nascimento - Torção47 Exemplo 5.13 Prof. Vagner do Nascimento - Torção48 Exemplo 5.13 Prof. Vagner do Nascimento - Torção49 Em estruturas leves, este tipo de tubo é extremamente utilizado. 5.7 Tubos de parede fina com seções transversais fechadas Prof. Vagner do Nascimento - Torção50 Analisando um elemento de largura s e espessura dx. Como estes lados tem espessura constante tA e tB, as forças que atuam sobre eles são: ( )A A AdF t dx e ( )B B BdF t dx A força de equilíbrio requer que essas força sejam de intensidades iguais, mas sentidos oposto. E o equilíbrio: A A B Bt t 5.7 Tubos de parede fina com seções transversais fechadas Fluxo de cisalhamento Prof. Vagner do Nascimento - Torção51 Podemos afirmar que o produto da tensão de cisalhamento longitudinal média multiplicada pela espessura do tubo é o mesmo em cada ponto da área da seção transversal. Esse produto é denominado fluxo de cisalhamento q: médq t Como q é constante, a maior tensão de cisalhamento ocorre onde a espessura é menor. Onde t é a espessura do tubo 5.7 Tubos de parede fina com seções transversais fechadas Fluxo de cisalhamento Prof. Vagner do Nascimento - Torção52 2 méd m T tA O fluxo de cisalhamento em toda a seção transversal 2 m T q A Como: médq t 5.7 Tubos de parede fina com seções transversais fechadas Tensão de cisalhamento média Prof. Vagner do Nascimento - Torção53 Ângulo de Torção e um tubo de parede fina comprimento L é determinado por meio de métodos de energia. 24 m TL ds A G t A integral representa o comprimento (perímetro) em torno do limite da linha de centro. 5.7 Tubos de parede fina com seções transversais fechadas (em radianos) Prof. Vagner do Nascimento - Torção54 Quando ocorrerem mudanças bruscas na seção transversal, as distribuições de cisalhamento-tensão e deformação tornam-se complexas, onde são obtidas por meio de métodos experimentais ou análises matemáticas baseadas na teoria da elasticidade. Acoplamentos usados para unir eixos colineares Rasgos de chaveta usados para acoplar engrenagens ou roldanas a um eixo Curvas de concordância usados para fabricar um único eixo colinear a partir de dois eixos de diâmetros diferentes 5.8 Concentração de tensão Prof. Vagner do Nascimento - Torção55 Para que o engenheiro não tenha que fazer uma análise complexa da tensão descontinuidade, a tensão de cisalhamento máxima é determinada para uma geometria especificada utilizando o fator de concentração de tensões de torção K. máx Tc K J A equação tem como foco o menor dos dois eixos acoplados, já que o cisalhamento máximo ocorre na base da curva de concordância. (na base do raio) 5.8 Concentração de tensão Prof. Vagner do Nascimento - Torção56 Podemos observar que um aumento de raio r provoca um decréscimo de K. Deve ser realizado sempre com muita a atenção a razão D/d, já que K também diminui com o decréscimo de D. No caso de material dúctil ser submetido a uma carga de torção estática alta, ocorrerão deformações inelásticas, como resultado do escoamento do material. Isso torna a distribuição de tensão mais uniforme em todo o eixo, de modo que a tensão máxima resultante não se limita ao ponto de concentração de esforço. 5.8 Concentração de tensão Esses conceitos estudados para o fator de concentração de tensão K, devem sempre ser usados quando se projetam eixos com materiais frágeis ou eixos sujeitos à fadiga ou cargas cíclicas. Pois essas condições ocasionam à formação de trincas no ponto de concentração de tensões.
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