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Apostila Língua Portuguesa

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Português + Redação
O Instituto IOB nasce a partir da 
experiência de mais de 40 anos da IOB no 
desenvolvimento de conteúdos, serviços de 
consultoria e cursos de excelência.
Através do Instituto IOB é possível acesso 
à diversos cursos por meio de ambientes 
de aprendizado estruturados por diferentes 
tecnologias.
As obras que compõem os cursos preparatórios 
do Instituto foram desenvolvidas com o 
objetivo de sintetizar os principais pontos 
destacados nas videoaulas. 
institutoiob.com.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
(CIP)
...
Português + Redação / [Obra organizada pelo 
Instituto IOB] - São Paulo: Editora IOB, 2011.
Bibliografia.
ISBN 978-85-63625-79-3...
Informamos que é de interira 
responsabilidade do autor a emissão 
dos conceitos.
Nenhuma parte desta publicação 
poderá ser reproduzida por qualquer 
meio ou forma sem a prévia 
autorização do Instituto IOB.
A violação dos direitos autorais é 
crime estabelecido na Lei n• 9610/98 e 
punido pelo art. 184 do Código Penal.
Sumário
Capítulo 1 – Funções da linguagem, 6
1. Interpretação de texto, 6
1.1 Apresentação, 6
1.2 Síntese, 6
 2.1 Apresentação, 7
2.2 Síntese, 8
3. Critérios da textualidade, 9
3.1 Apresentação, 9
3.2 Síntese, 9
4. Critérios da textualidade II, 10
4.1 Apresentação, 10
4.2 Síntese, 10
5. Intenção de interação do texto, 11
5.1 Apresentação, 11
5.2 Síntese, 11
6. Intertextualidade, 13
6.1 Apresentação, 13
6.2 Síntese, 13
7. Metalinguagem, 15
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
4
7.1 Apresentação, 15
7.2 Síntese, 15
Capítulo 2 – Critérios da textualidade, 16
1. Objetividade x subjetividade, 16
1.1 Apresentação, 16
1.2 Síntese, 16
Capítulo 3 – Tipologia textual, 18
1. Descrição, 18
1.1 Apresentação, 18
1.2 Síntese, 18
2. Narração, 19
2.1 Apresentação, 19
2.2 Síntese, 20
Capítulo 4 – Narração, 21
1. Tipos de discurso, 21
1.1 Apresentação, 21
1.2 Síntese, 21
2. Dissertação, – Tipologia padrão ou expositiva, 22
2.1 Apresentação, 22
2.2 Síntese, 22
Capítulo 5 – Dissertação, 24
1. Tipologia dissertação argumentativa, 24
1.1 Apresentação, 24
1.2 Síntese, 24
2. Variação linguística, 25
2.1 Apresentação, 25
2.2 Síntese, 26
3. Norma culta, 27
3.1 Apresentação, 27
3.2 Síntese, 27
4. Linguagem coloquial, 28
4.1 Apresentação, 28
4.2 Síntese, 29
5. Dialeto e registro, 29
5.1 Apresentação, 29
5.2 Síntese, 30
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
5
Capítulo 6 – Relações lógico-semânticas do período composto, 31
1. Alternância, 31
1.1 Apresentação, 31
1.2 Síntese, 31
2. Conclusão x explicação, 32
2.1 Apresentação, 32
2.2 Síntese, 32
3. Finalidade, 33
3.1 Apresentação, 33
3.2 Síntese, 33
4. Adição, adversidade, consequência e concomitância, 34
4.1 Apresentação, 34
4.2 Síntese, 34
5. Oposição, 35
5.1 Apresentação, 35
5.2 Síntese, 35
6. Comparação, conformidade e causa, 36
6.1 Apresentação, 36
6.2 Síntese, 36
7. Causa, explicação e consequência, 37
7.1 Apresentação, 37
7.2 Síntese, 37
Capítulo 7 – Redação oficial, 38
1. Definição, 38
1.1 Apresentação, 38
1.2 Síntese, 38
2. Princípios das comunicações oficiais – impessoalidade, 39
2.1 Apresentação, 39
2.2 Síntese, 39
3. Padronização, concisão e clareza, 40
3.1 Apresentação, 40
3.2 Síntese, 40
4. Pronomes de tratamento, 41
4.1 Apresentação, 41
4.2 Síntese, 41
5. Tipos de correspondências, 42
5.1 Apresentação, 42
5.2 Síntese, 42
Gabarito, 44
1. Interpretação de texto
1.1 Apresentação
Este item inicia o estudo da interpretação de texto.
1.2 Síntese
Hoje a interpretação de texto é vista com dois olhares: como se estuda inter-
pretação? E a gramática? O texto pode ser subjetivo, mas as questões nunca são 
subjetivas, pois isso ensejaria recurso. O texto tem sido pressuposto para a gramática.
Imagem é texto
Textos possuem contextos
Capítulo 1
Funções da linguagem
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
7
Exercício
1. (ENEM - 2008) A linguagem utilizada pelos chineses há milhares de anos é 
repleta de símbolos, os ideogramas, que revelam parte da história desse povo. 
Os ideogramas primitivos são quase um desenho dos objetos representados. 
Naturalmente, esses desenhos alteraram-se com o tempo, como ilustra a se-
guinte evolução do ideograma
 
 que significa cavalo e em que estão representados cabeça, cascos e cauda do 
animal.
 
 Assinale a alternativa que melhor representa o ideograma LUTA
2. Estrutura do texto
2.1 Apresentação
Este item aborda a estrutura do texto.
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
8
2.2 Síntese
Pensando a estrutura básica textual:
 » Introdução: temática + objetivo 
 » Desenvolvimento: discussão, aprofundamento sobre a temática + objetivo = 
critério de bipolaridade.
 » Conclusão: fechamento, finalização dos objetos discutidos (temática + objetivo).
Quando temos esses três itens bem demarcados, estamos diante de uma dissertação.
Temos que ter cuidado com textos que resolvem o problema. Precisamos priori-
zar a projeção do problema.
Exercício
2. (TRF – 2005) Leia o texto para responder a questão. -ISTOÉ - Quem são os 
heróis de verdade?
 Roberto Shinyashiki - Nossa sociedade ensina que, para ser uma pessoa de su-
cesso, você precisa ser diretor de uma multinacional, ter carro importado, via-
jar de primeira classe. O mundo define que poucas pessoas deram certo. Isso 
é uma loucura. Para cada diretor de empresa, há milhares de funcionários 
que não chegam a ser gerentes. E essas pessoas são tratadas como uma mul-
tidão de fracassados. Quando olha para a própria vida, a maioria se convence 
de que não valeu a pena porque não conseguiu ter o carro nem a casa maravi-
lhosa. Heróis de verdade são aqueles que trabalham para realizar seus projetos 
de vida, e não para impressionar os outros. (Revista:ISTOÉ, adaptado)
 Assinale a opção incorreta a respeito do desenvolvimento da argumenta-
ção do texto.
a. Para organizar os argumentos, o entrevistado refere-se, genericamente, às 
mesmas pessoas por meio do pronome “você”, ou das expressões “poucas 
pessoas” e “essas pessoas”.
b. Preserva-se a coerência da argumentação da resposta ao se deslocar a ora-
ção “Isso é uma loucura” e para antes do último período sintático do texto. 
c. A organização semântica do texto permite entender que as pessoas que 
compõem “a maioria” compartilham do mesmo tipo de visão expressa 
em “Nossa sociedade ensina” e “O mundo define”. 
d. Através de exemplos e argumentos, o entrevistado prepara o leitor para 
aceitar a resposta que resume no último período sintático do texto. 
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
9
3. Critérios da textualidade
3.1 Apresentação
Este item aborda critérios da textualidade
3.2 Síntese
Critérios da textualidade
Um texto não é um aglomerado de frases: deve-se avaliar não só os mecanismos 
de coesão e de coerência que estão presentes num enunciado, mas principalmente o 
contexto em que todo texto é construído.
 » Coesão: aspecto físico do texto
 Exemplo: Acordei e tomei café da manhã – relação de acréscimo. 
 Acordei e não tomei café da manhã – relação de oposição - recurso 
 de coesão.
 » Coerência: aspecto de sentido do texto
A importância da participação da família no desenvolvimento da criança é in-
discutível, mas neste século os pais deixaram de lado a educação dos filhos, já que 
esperam que tudo venha da escola. Sem a transmissão de valores, a criança tem 
dificuldade em processar mentalmente estímulos, de relacionar fatos e estabelecer 
a importância entre eles. Deixa, portanto, de aprender com os erros do passado. O 
processo de mediação pode estar presente em qualquer situação do dia a dia. Numa 
viagem de férias, uma mãe estará mediando o aprendizadode seu filho ao juntar ao 
lazer algumas histórias sobre o local, ao chamar a atenção para a arquitetura ou o 
comportamento das pessoas.
(IN)COERÊNCIA
“A nova terapia traz esperanças a todos os que morrem de câncer a cada ano.”
Correção: “A nova terapia traz esperanças a todos os que sofrem de câncer.”
“A vítima foi estrangulada a golpes de facão.”
Correção: “A vítima foi estrangulada e sofreu golpes de facão.”
“A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo braço.”
Correção: “A polícia e a justiça são as duas mãos de um mesmo corpo.”
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
10
Exercício
3. (UFMG - 2000) Leia atentamente este parágrafo, observando as relações de 
sentido que se estabelecem entre as frases:
 “Os semáforos ganharam uma inesperada função social. Passamos a exercitar 
nossa infinita bondade pingando esmolas em mãos alheias. Continuávamos 
de bem com nossos travesseiros.”
 Em todas as alternativas, as palavras ou expressões destacadas traduzem cor-
retamente as relações de sentido sugeridas no trecho original, exceto em:
a. Os semáforos ganharam uma inesperada função social. Dessa maneira, 
passamos a exercitar nossa infinita bondade pingando esmolas em mãos 
alheias. Por conseguinte, continuávamos de bem com nossos travesseiros.
b. Os semáforos ganharam uma inesperada função social. Então, passamos 
a exercitar nossa infinita bondade pingando esmolas em mãos alheias. 
Dessa forma, continuávamos de bem com nossos travesseiros.
c. Os semáforos ganharam uma inesperada função social. Logo passamos 
a exercitar nossa infinita bondade pingando esmolas em mãos alheias. 
Assim, continuávamos de bem com nossos travesseiros.
d. Os semáforos ganharam uma inesperada função social. No entanto passa-
mos a exercitar nossa infinita bondade pingando esmolas em mãos alheias. 
Em contrapartida, continuávamos de bem com nossos travesseiros.
4. Critérios da textualidade II
4.1 Apresentação
Este item aborda continuaremos o estudo dos critérios da textualidade.
4.2 Síntese
“Texto é um tecido verbal estruturado de tal modo que as ideias formam um 
todo coeso, uno, coerente. Todas as partes devem estar interligadas e manifestar 
um direcionamento único. Assim, um fragmento que trata de diversos assuntos não 
pode ser considerado texto. Da mesma forma, se lhe falta coerência, se as ideias são 
contraditórias, também não se constitui texto”.
Ingedore G. Villaça Koch 
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
11
Exercício
4. “O carnaval carioca é uma beleza, mas mascara, com o seu luxo, a miséria 
social, o caos político, o desequilíbrio que se estabelece entre o morro e a 
Sapucaí. Embora todos possam reconhecer os méritos de artistas plásticos que 
ali trabalham, o povo samba na avenida como herói de uma grande jornada. E 
acrescente-se: há manifestação em prol de processos judiciais contra costumes 
que ofendem a moral e agridem a religiosidade popular. O carnaval carioca, 
porque se afasta de sua tradição, está tornando-se desgracioso, disforme, feio.”
 Revista VEJA - fev 2007 - OPINIÃO DO LEITOR
 A respeito do texto do carnaval, só não é possível afirmar que:
a. possui elementos coesivos.
b. a coerência fica comprometida devido ao aspectos de coesão.
c. embora pareça confuso, trata-se de um texto organizado formalmente.
d. cada período do texto pode se transformar em uma introdução para um 
novo texto a ser redigido.
5. Intenção de interação do texto
5.1 Apresentação
Este item abordará a intenção de interação do texto.
5.2 Síntese
Um texto possui uma intenção comunicativo-interacional: todo texto surge a partir 
de uma intenção do autor: narrar, convencer, informar, pedir, enganar, emocionar...
Um texto possui um tipo específico de leitor e uma situação discursiva.
Leitor crítico x público-alvo
 » Público-alvo: fixa a sua atenção para aquele texto fazendo com que aquilo faça 
sentido para resolução da prova.
 » Leitor crítico: aprofunda na leitura e discutir as ideias a partir de conhecimento 
prévio que ele mesmo tem. Cuidado: pode aumentar o sentido, assim, reprova!
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
12
Textos de cunho filosóficos – haverá alguma alternativa que contemple sua visão 
acerca do tema. Não pode ter interação com o tema. O leitor deve se afastar do texto.
Exercício
5. (UFPR) O trecho abaixo contém os dois primeiros parágrafos de um texto 
maior, de Zuenir Ventura.
 Que eles são problemáticos, todo mundo sabia. Que eles se sentem inseguros, 
já se desconfiava. Que eles são descrentes, já se supunha. Que são despoliti-
zados também. O que não se sabia era até onde iam seus preconceitos contra 
negros, homossexuais, deficientes, prostitutas, enfim contra todos os que apre-
sentam alguma diferença, sem falar no desencanto em relação à democracia, 
um sistema que muitos chegam a achar igual à ditadura.
 Esse retrato dos jovens cariocas dos anos 90, obtido por meio de uma ampla 
pesquisa da Unesco e da Fundação Oswaldo Cruz com mais de mil adoles-
centes entre 14 e 20 anos, preocupa principalmente quando se admite que 
eles não devem ser muito diferentes dos seus companheiros de idade em 
outras grandes cidades.
 (Revista Época) 
 Que alternativa(s) apresenta(m) temas que poderiam constituir o desenvolvi-
mento do texto, de modo a preservar sua unidade e coerência?
I. A história institucional da Fundação Oswaldo Cruz em ordem cronológica. 
II. A comparação entre os dados da capital carioca e depoimentos de jovens de 
outras capitais brasileiras. 
III. O relato sobre a participação de Zuenir Ventura em outras pesquisas reali-
zadas pela Unesco. 
IV. O grau de preconceito em diferentes períodos da abertura política no Brasil 
e no mundo. 
V. Enumeração de previsões em relação ao comportamento dos jovens nas ci-
dades brasileiras.
VI. Indicação de possíveis causas históricas ou sociológicas para as formas de 
pensar dos jovens no período estudado. 
 As alternativas corretas são:
a. II, IV, V e VI.
b. III, V e VI.
c. IV, V e VI.
d. II, V e VI.
e. II e V.
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
13
6. Intertextualidade
6.1 Apresentação
Este item abordará a intertextualidade.
6.2 Síntese
 » Os textos dialogam entre si: O entendimento que temos de um texto depende 
do conhecimento que temos de outros textos, por isso muitos autores, ao es-
creverem, fazem uso da intertextualidade.
 
“acordei bemol
 tudo estava sustenido
 sol fazia
 só não fazia sentido”
 Paulo Leminsky
 » Metalinguagem: Linguagem usada para descrever algo, ou seja, seria uma 
explicação do veículo por ele mesmo.
 Ex.: dicionários e gramáticas.
Samba de Uma Nota Só
Tom Jobim/Newton Mendonça
Eis aqui esse sambinha
feito numa nota só
outras notas vão entrar
mas a base é uma só.
Essa outra é consequência
do que acabo de dizer
como eu sou a consequência
inevitável de você
Tanta gente existe por aí
que fala fala e não diz nada
Ou quase nada
Já me utilizei de toda escala
e no final não deu em nada
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
14
ou quase nada
E voltei pra minha nota
como eu volto pra você
Vou contar pra minha nota
como eu gosto de você(?)
E quem quer todas as notas
ré, mi, fá, sol, lá, si, dó 
fica sempre sem nenhuma
fica numa nota só.
Exercício
6. (UERJ - 2009) E as ilusões estão todas perdidas (v. 3)
 Este verso pode ser lido como uma alusão a um livro intitulado Ilusões perdi-
das, de Honoré de Balzac.
 Tal procedimento constitui o que se chama de:
a. metáfora.
b. pertinência.
c. pressuposição.
d. Intertextualidade.
Metáfora é uma comparação entre termos do texto.
Pertinência e pressuposição: diz respeito ao entendimento. Não é figura de linguagem.
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
15
7. Metalinguagem
7.1 Apresentação
Este item aborda a definição de metalinguagem.7.2 Síntese
Metalinguagem é a propriedade que a língua possui de descrever a si mesma, é 
a forma de expressão dos dicionários e das gramáticas.
Metalinguagem é o uso da linguagem para explicitar algo dela mesma. A função 
metalinguística é centrada no código, ou seja, é o uso da própria linguagem para 
explicar si mesma.
Exercício
7. Texto I
 Ser brotinho não é viver em um píncaro azulado; é muito mais! Ser brotinho é 
sorrir bastante dos homens e rir interminavelmente das mulheres, rir como se o 
ridículo, visível ou invisível, provocasse uma tosse de riso irresistível. CAMPOS, 
Paulo Mendes. Ser brotinho. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). As 
cem melhores crônicas brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 91.
 
 Texto II
 Ser gagá não é viver apenas nos idos do passado: é muito mais! É saber que 
todos os amigos já morreram e os que teimam em viver são entrevados. É 
sorrir, interminavelmente, não por necessidade interior, mas porque a boca 
não fecha ou a dentadura é maior que a arcada.FERNANDES, Millôr. Ser 
gagá. In: SANTOS, Joaquim Ferreira dos (Org.). As cem melhores crônicas 
brasileiras. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005. p. 225.
 Os textos utilizam os mesmos recursos expressivos para definir as fases da 
vida, entre eles,
a. expressões coloquiais com significados semelhantes.
b. ênfase no aspecto contraditório da vida dos seres humanos.
c. recursos específicos de textos escritos em linguagem formal.
d. termos denotativos que se realizam com sentido objetivo.
e. metalinguagem que explica com humor o sentido de palavras.
1. Objetividade x subjetividade
1.1 Apresentação
Este item apresenta os critérios da textualidade presentes no discurso.
1.2 Síntese
O discurso objetivo é aquele em que o EU do narrador se esconde, fala dos outros, de 
fatos do mundo exterior, porém não emite sua opinião sobre o assunto tratado. Apresenta 
descrição de fatos ou dados de forma impessoal.
O discurso subjetivo é aquele em que o EU do narrador se mostra, assume sua condição 
de pessoa com sentimentos e opiniões. É o momento em que o narrador emite sua impres-
são pessoal e aparece para o leitor.
Capítulo 2
Critérios da textualidade
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
17
Exercício
8. (UnB - 1997) Leia o trecho com atenção e assinale a única opção que poderia 
dar continuidade a ideia proposta.
 Aonde você vai?
 Para quem não sabe aonde vai, qualquer caminho serve. Só que o indeciso 
perde muito tempo. E tempo é o bem mais escasso. Definir a rota de pri-
meira ajuda é ganhar pontos. A rota é o objetivo. (...) (Correio Brasiliense. 
Dad Abi C.Squarisi).
a. O mundo atual, marcado por contradições e injustiças sociais, oferece 
múltiplas opções de escolha aos caminhantes.
b. A fugacidade do tempo e a efemeridade da vida são temas atuais que 
preocupam a população do planeta.
c. No fim do ano, sempre, as pessoas têm pensamentos voltados para o fu-
turo, ainda mais quando os dias de amanhã se apresentam nebulosos.
d. Ao tentar alcançar os objetivos não há uma fórmula predeterminada; é 
enfrentando a caminhada que se aprende a caminhar.
1. Descrição
1.1 Apresentação
Este item traz a definição da tipologia textual representada pela descrição.
1.2 Síntese
A descrição, enquanto tipologia textual, é caracterizada pelo ato de descrever 
verbalmente pessoas, objetos, cenas ou ambientes e, exatamente, por se tratar de 
uma espécie de “retrato verbal” de alguma coisa pode ser objetiva ou subjetiva, isto 
dependerá do grau de interferência do autor em relação ao que está sendo escrito. 
Normalmente, a descrição tem caráter subjetivo, excetuando-se os textos técnicos 
(manuais) e científicos (bulas de remédios).
Capítulo 3
Tipologia Textual
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
19
O ato descritivo não se preocupa com a sequência das ações, com a sucessão dos 
momentos, com o desenrolar do tempo. No espaço descritivo não há progresso. Por 
isso, uma das funções principais da descrição é fazer com que o leitor pare por um 
momento e perceba aonde o autor quer ir dentro de uma narrativa.
Exercício
9. (ENEM - 2011) Um jornal de circulação nacional publicou a seguinte notícia:
 Choveu torrencialmente na madrugada de ontem em Roraima, horas depois 
de os pajés caiapós Mantii e Kucrit, levados de Mato Grosso pela Funai, terem 
participado do ritual da dança da chuva, em Boa Vista. A chuva durou três horas 
em todo o estado e as previsões indicam que continuará pelo menos até ama-
nhã. Com isso, será possível acabar de vez com o incêndio que ontem comple-
tou 63 dias e devastou parte das florestas do estado. (Jornal do Brasil; Adaptado).
 Considerando a situação descrita, avalie as afirmativas seguintes.
I. No ritual indígena, a dança da chuva, mais que constituir uma manifes-
tação artística, tem a função de intervir no ciclo da água.
II. A existência da dança da chuva em algumas culturas está relacionada à 
importância do ciclo da água para a vida.
III. Uma das informações do texto pode ser expressa em linguagem científica 
da seguinte forma: a dança da chuva seria efetiva se provocasse a precipi-
tação das gotículas de água das nuvens.
 É correto o que se afirma em:
a. I, apenas.
b. III, apenas.
c. I e II, apenas.
d. II e III, apenas.
e. I, II e III.
2. Narração
2.1 Apresentação
Este item discute a tipologia textual representada pela narração.
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
20
2.2 Síntese
A narração é um relato organizado de acontecimentos reais ou imaginários; é o 
ato de contar alguma coisa.
O processo narrativo envolve: narrador (que pode participar ou não da história), 
personagens, circunstâncias (enredo), tempo, espaço e ações.
O texto narrativo pode vir permeado pela descrição e ter seu foco narrativo na 
primeira pessoa (o narrador faz parte da história) ou na terceira pessoa (o narrador 
apenas conta o fato). Os textos jornalísticos são exemplos clássicos da narrativa.
Exercício
10. CENA: Um Homem, Uma Mulher.
 - Uma mulher deitada no sofá, cabelos molhados, segurando a mão de um 
homem que nunca voltará a ver.
 - Luz do sol, em ângulos abertos, rompendo uma janela no fim da tarde (...) 
Uma imensa árvore caída, raízes esparramadas no ar, casca e ramos ainda verdes.
 - O cabelo ruivo de uma amante, selvagem, traiçoeiro, promissor.
 Um homem sentado na quietude de seu estúdio, segurando a fotografia de 
uma mulher; há dor no olhar dele.
 - Um rosto estranho no espelho, grisalho nas têmporas.
 - As sombras azuis das árvores numa noite de lua cheia. O topo de uma mon-
tanha com um vento forte e constante.
 Quanto aos processos de composição de texto, podemos dizer que nesse tre-
cho estão presentes os seguintes elementos:
a. Narração em 3º pessoa, com predominância da descrição física e psico-
lógica da personagem.
b. Narração em 1º pessoa, com predominância da descrição psicológica.
c. Apenas a caracterização física e psicológica, acrescida da descrição do 
que a personagem faz, pensa e sente.
d. Descrição da personagem com interferência da dissertação reflexiva do autor.
1. Tipos de discurso
1.1 Apresentação
Este item traz um aprofundamento da tipologia narrativa ao abordar a tipolo-
gia discursiva que a caracteriza.
1.2 Síntese
A narração é composta por personagens que participam da história da qual 
fazem parte. E esta participação é representada pelo discurso, ou seja, pela fala des-
tes personagens e este discurso pode se apresentar das seguintes formas:
Capítulo 4
Narração
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 » Discurso direto: o personagem tem voz ativa no texto; sua fala é apresentada 
integralmente, palavra por palavra. Sua característica principal é o uso de mar-
cadores de discurso (dois pontos, travessão).
 » Discurso indireto: o narrador apresenta a falado personagem; é ele (narrador) 
quem fala pelo personagem.
 » Discurso indireto livre: o narrador incorpora a voz do personagem. Neste tipo 
de discurso é possível perceber a fala do personagem mesclada com o discurso 
do narrador, porém não há limites precisos entre uma e outra. Não se faz o uso 
dos recursos característicos do discurso direto (dois pontos e travessão).
Exercício
11. (ESAN) “Impossível dar cabo daquela praga. Estirou os olhos pela campina, 
achou-se isolado. Sozinho num mundo coberto de penas, de aves que iam 
comê-lo. Pensou na mulher e suspirou. Coitada de Sinhá Vitória, novamente 
nos descampados, foi-se, transportando o baú de folha.”
 O narrador desse texto mistura-se de tal forma à personagem que dá a impres-
são de que há diferença entre eles. A personagem fala misturada à narração. 
Esse discurso é chamado:
a. discurso indireto livre.
b. discurso direto.
c. discurso indireto.
d. discurso implícito.
e. discurso explícito.
2. Dissertação – Tipologia padrão ou expositiva
2.1 Apresentação
Este item traz a definição da tipologia textual representada pela dissertação.
2.2 Síntese
Dissertar é explanar conceitos, expor fatos e/ou ideias por meio de organização 
de palavras, frases e textos. O texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositi-
vos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, 
o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo está preocupado com a 
transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.
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A elaboração de textos dissertativos requer domínio do padrão culto da língua 
escrita, além de conhecimento do assunto que se vai abordar. O texto dissertativo 
padrão deve ser produzido com linguagem clara e objetiva, com verbos na terceira 
pessoa e de acordo com uma estrutura organizacional que prevê: introdução, desen-
volvimento e conclusão.
Para questões de concursos, é importante relembrar que as tipologias textuais 
são apenas três: descrição, narrativa e dissertação.
Exercício
12. (UFV-MG) Leia atentamente o texto que se segue e, logo após, assinale o 
item que indica o caráter apresentado pelo texto.
 A falta de aparelhamento tecnológico no sistema judicial do país é um dos 
fatores que acarretam morosidade e ineficiência aos trâmites de milhares de 
processos por ano. Desse modo, aprimorar as gestões dos tribunais e dos ór-
gãos do MP por meio de recursos informatizados é um mecanismo que pode 
promover, juntamente com outras medidas de desburocratização do serviço 
público, melhorias substanciais no funcionamento da Justiça.
 Juliana Silva Valis. Internet: <www recantodasletras.uol.com.br> (com 
adaptações).
a. didático.
b. dissertativo.
c. descritivo.
d. narrativo.
1. Tipologia dissertação argumentativa
1.1 Apresentação
Este item apresenta as características de um texto argumentativo e sua função.
1.2 Síntese
Um texto argumentativo procede a uma análise e defende o ponto de vista do autor, ou 
seja, tem como objetivo persuadir alguém das nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza le-tem como objetivo persuadir alguém das nossas ideias. Deve ser claro e ter riqueza le-
xical, podendo tratar qualquer tema ou assunto. Pode ser construído de forma dedutiva (do 
geral para o aprticular) ou indutiva (do particular para o geral). Da mesma forma que acon-Da mesma forma que acon-
tece com a elaboração de textos dissertativos padrão, a elaboração de textos argumentativos 
requer o domínio do padrão culto da língua escrita, o uso de linguagem clara e objetiva, 
Capítulo 5
Dissertação
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verbos na terceira pessoa e ser estruturado com introdução, desenvolvimento e con-
clusão. No entanto, o texto argumentativo exige do autor conhecimento profundo 
do item abordado, pois sua intenção principal é persuadir o leitor.
A dissertação argumentativa é a tipologia mais cobrada em concursos públicos.
Exercício
13. (PUC/SP) Os microcomputadores: uma ameaça?
 A expansão tecnológica prossegue acelerada nestes últimos anos, modifi-
cando dia a dia a feição e os hábitos de nossa sociedade.
 Talvez a maior novidade, que começa a preocupar os observadores, seja a “re-
volução informática” e suas conquistas mais recentes: videogames, videocas-
setes e, principalmente, os microcomputadores, que começam a fazer parte do 
nosso cotidiano e cuja manipulação já é acessível não só aos adultos leigos, 
mas até às crianças.
 Isso indica que já entramos na era do computador; e que uma revolução da 
mente acompanhará a revolução informática.
 Essa “revolução” iminente vem alertando os responsáveis pela educação das 
crianças e jovens para a ameaça de robotização que o uso regular dos com-
putadores, introduzidos nas escolas e fora delas, poderá provocar nas mentes 
em formação.
 Para neutralizar tal ameaça, faz-se urgente a descoberta (ou a adoção) de 
métodos ativos que estimulem a energia criativa dos jovens.
 Em lugar de lutarmos contra esse novo instrumento da civilização e do 
progresso, urge que nos preparemos para dominá-lo.(Nelly Novaes Coelho, 
Panorama histórico da literatura infantil/Juvenil- adaptado)
 Assinale o item que indica, de forma mais precisa, o caráter apresentado 
pelo texto.
a. didático.
b. argumentativo.
c. narrativo.
d. descritivo.
2. Variação linguística
2.1 Apresentação
Este item expõe a variação linguística.
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2.2 Síntese
A linguagem não é imutável, por isso a língua varia no espaço, no tempo, nos 
grupos sociais, dependendo dos interlocutores a quem nos dirigimos, dependendo 
da nossa disposição.
Todas as variedades linguísticas são adequadas, desde que cumpram com efici-
ência o papel fundamental de uma língua – o de permitir a interação verbal entre as 
pessoas, isto é, a comunicação.
Apesar disso, uma dessas variedades, a norma culta ou norma padrão, tem maior 
prestígio social. É a variedade linguística ensinada na escola, contida na maior parte 
dos livros e revistas e também em textos científicos e didáticos. As demais variedades, 
como a regional, a gíria, o jargão de grupos ou profissões (a linguagem dos policiais, 
dos jogadores de futebol, dos advogados, dos surfistas), são chamadas genericamente 
de dialetos.
Exercício
14. (PUC/SP) A questão é começar
 Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes 
de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em 
nossa civilização apressada, o “bom dia”, o “boa tarde, como vai?” já não fun-
cionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo 
ou de futebol. No escrever também poderia ser assim, e deveria haver para 
a escrita algo como conversa vadia, com que se divaga até encontrar assunto 
para um discurso encadeado.
 Mas, à diferença da conversa falada, nos ensinaram a escrever e na lamen-
tável forma mecânica que supunha texto prévio, mensagem já elaborada. 
Escrevia-se o que antes se pensara. Agora entendo o contrário: escrever para 
pensar, uma outra forma de conversar.
 Assim fomos “alfabetizados”, em obediência a certos rituais. Fomos induzi-
dos a, desde o início, escrever bonito e certo. Era preciso ter um começo, um 
desenvolvimento e um fim predeterminados.
 Isso estragava, porque bitolava, o começo e todo o resto. Tentaremos agora 
(quem? eu e você, leitor) conversando entender como necessitamos nos re-
educar para fazer do escrever um ato inaugural; não apenas transcrição do 
que tínhamos em mente, do que já foi pensado ou dito, mas inauguração do 
próprio pensar. “Pare aí”, me diz você. “O escrevente escreve antes, o leitor 
lê depois.” “Não!”, lhe respondo, “Não consigo escrever sem pensar em você 
por perto, espiando o que escrevo. Não me deixe falando sozinho.”
 Pois é; escreveré isso aí: iniciar uma conversa com interlocutores invisí-
veis, imprevisíveis, virtuais apenas, sequer imaginados de carne e ossos, mas 
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sempre ativamente presentes. Depois é espichar conversas e novos interlocu-
tores surgem, entram na roda, puxam assuntos. Termina-se sabe Deus onde 
.(Marques, M. O. Escrever é Preciso, Ijuí, Ed. INIJUÍ, 1997, p.13.)
 Segundo o autor, está sendo apresentada uma forma nova e particular de se 
conceber o ato de escrever.
 Assinale a alternativa que traduz essa concepção.
a. Escrever é um processo de interlocução realizado exclusivamente 
pelo leitor.
b. Escrever é um processo de seleção de ideias expressas de forma correta.
c. Escrever é um processo de interlocução realizado exclusivamente pelo autor.
d. Escrever é um processo de interlocução entre o autor e seus possíveis leitores.
3. Norma culta
3.1 Apresentação
Este item define a norma culta.
3.2 Síntese
Norma culta é uma expressão empregada pelos linguistas para designar a mo-
dalidade linguística escolhida pela elite de uma sociedade como modelo de comu-
nicação verbal. É a língua das pessoas escolarizadas, é aquela que carrega consigo a 
rigidez das normas gramaticais.
A norma culta é a que resulta da prática da língua em um meio social conside-
rado culto – tomando-se como base pessoas de maior nível intelectual.
Exercício
15. (Juniormax) Importância da norma culta. 
 Diálogo difícil do professor de Português com os alunos é convencê-los a 
falar e a escrever conforme as normas da língua culta.
 Para muitos, representam esses padrões uma imposição das classes dominan-
tes e devem ser, como outras formas de opressão, abolidos, em benefício do 
sofrido povo brasileiro.
 Existe em tal argumentação uma convergência de elementos heterogêneos. 
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 Ressalve-se, de logo, que a língua, toda língua, é sempre uma propriedade 
coletiva, um bem socializado, um patrimônio nacional. Nenhuma classe é 
donatária exclusiva do idioma.
 Mas a grande confusão está mesmo no entendimento deficiente do processo 
de comunicação. Vivendo em comunidade, todo falante é naturalmente en-
tendido pelos parentes. Há, porém, outros estratos na vida social: a escola, a 
igreja, o clube, o trabalho que proporcionam momentos informais e formais.
 O falante civilizado não deve se expressar, em toda parte, em todo momento, 
com a linguagem da tribo ou clã. Seria uma inadequação a ser repelida pela 
sociedade como um comportamento inconveniente. 
 Ao instruir o estudante no manejo oral e escrito das modalidades cultas não 
está o professor de Português impondo-lhe um código arbitrário, mas sim-
plesmente habilitando-o que, em qualquer situação, possa utilizar o extraor-
dinário instrumento que é uma língua de civilização. O conhecimento do 
idioma é então necessário como o de outras normas de convivência social.
 Se não aceitam as normas de educação, de higiene, de trânsito etc., o recurso 
é o retorno às selvas. Mas, ainda nesse caso extremo, porque o homem não 
vive isolado, sempre haverá alguma regra a ser seguida.
 O acesso à língua culta, por ser esta uma certidão de cidadania, constitui-se 
numa aspiração legítima. Cumpre ao professor de Português assegurar a seus 
alunos esse direito. CARVALHO, Jairo Dias. Follha (texto adaptado). 
 A partir da leitura do texto, conclui-se que, na visão do autor, o conheci-
mento da norma culta da língua:
a. constitui-se um direito do cidadão. 
b. revela-se mais importante do que outros conhecimentos em diversas áreas.
c. assegura a todos dos direitos de cidadania. 
d. representa uma imposição das classes dominantes.
4. Linguagem coloquial
4.1 Apresentação
Este item aborda a definição da linguagem coloquial.
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4.2 Síntese
A linguagem coloquial é uma variante espontânea da língua utilizada nas re-
lações informais entre dois ou mais falantes. É a língua do cotidiano, onde não há 
muita observância das normas gramaticais.
O falante, ao fazer uso desta linguagem, procura se adequar ao local ou às circuns-
tâncias do momento, trazendo funcionalidade à sua comunicação. Outra característica 
da linguagem coloquial é o uso constante de expressões populares, frases feitas e gírias.
Exercício
16. (PUC/SP - 2005) Nas alternativas que se seguem, são apresentados fragmentos 
do livro “A língua de Eulália”, de Marcos Bagno. Nesta obra, o autor-linguista 
aborda várias questões sobre a Língua Portuguesa, tais como as variedades 
linguísticas em todo o Brasil e, ainda, sobre os falantes da língua pátria.
 Assinale, apenas, a opção que melhor justifica a modalidade da língua enun-
ciada pela personagem Chico Bento.
 Chico Bento: –fessora! A sinhora ia mi castigápurarguma coisa qui eu 
num fiz?
 Professora: – Claro que não, Chico!
 Chico Bento: – inda bem, fessora, pruque eu num fiz a lição di casa, hoji!
a. “Nossa tradição educacional sempre negou a existência de uma plurali-
dade de normas linguísticas dentro do universo da língua portuguesa”.
b. “O fato de não ser um padrão, de não ser um modelo a ser imitado por 
quem se considera instruído, não significa que esta variedade do portu-
guês seja ‘errada’, ‘pobre de recursos’. Muito pelo contrário, ela tem uma 
clara lógica linguística”.
c. “O fracasso dessa atitude fica bem claro no número impressionante de 
alunos que abandonam a escola”.
d. “A distância existente entre a língua falada e a escrita é bem grande.”
5. Dialeto e registro
5.1 Apresentação
Este item encerra a questão da variação linguística apresentando a variação 
dialetal e de registro.
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5.2 Síntese
Dialeto é a variedade espacial de uma língua. A língua apresenta variações de 
acordo com os grupos que a utilizam. Os dialetos podem ser etário, regional ou ge-
ográfico, de gênero, profissional ou social. No entanto, cada um cumpre sua função 
comunicativa no âmbito de seu uso.
O registro está ligado ao nível de língua utilizado no discurso. Pode ser colo-
quial, informal ou familiar se os interlocutores partilharem alguma intimidade, ou 
formal se houver algum constrangimento social entre os interlocutores.
Muitos fatores podem interferir na comunicação para definir as escolhas que 
cada um faz com relação à linguagem a ser usada naquela situação específica. A 
escolha de um registro específico (formal ou informal) se dá conforme nossa neces-
sidade de interação.
Exercício
17. (ENEM - 2009) O personagem Chico Bento pode ser considerado um típico 
habitante da zona rural, comumente chamado de “roceiro” ou “caipira”. 
Considerando a sua fala, essa tipicidade é confirmada primordialmente pela: 
a. transcrição da fala característica de áreas rurais.
b. redução do nome “José” para “Zé”, comum nas comunidades rurais.
c. emprego de elementos que caracterizam sua linguagem como coloquial. 
d. escolha de palavras ligadas ao meio rural, incomuns nos meios urbanos.
e. utilização da palavra “coisa”, pouco frequente nas zonas mais urbanizadas.
1. Alternância
1.1 Apresentação
Este item introduz o tema das relações lógico semânticas do período composto.
1.2 Síntese
Um texto é produzido por meio da organização de palavras que se unem adequa-
damente. Essas palavras formam frases ou orações e, as orações, constituem períodos.
A frase não precisa ter verbo, mas precisa ter sentido completo. A oração precisa 
de verbo ou de locução verbal, mas, mesmo assim, nem sempre tem sentido com-
pleto. Por isso, nem toda oração é uma frase. Um período é composto de uma ou 
mais orações, podendo ser simples (contém apenas um núcleo verbal) ou composto 
Capítulo 6
Relações lógico-semânticas 
do período composto
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(contém mais deum núcleo verbal). O número de núcleos verbais é igual ao nú-
mero de orações.
 » Alternância: ideia de escolha, exclusão. Expressam ideia de alternância de 
fatos ou escolha. Normalmente se emprega a conjunção “ou”. Além dela, 
utilizam-se também os pares: ora...ora, já...já, quer...quer..., seja...seja.
Exercício
18. (Câmara - 2007) Assinale a alternativa em que, no trecho transcrito, não está 
presente, entre as orações, a relação de ideias apontada entre colchetes.
a. “[...] que não se debruça para examinar melhor a peculiaridade de cada 
aprendiz.” [FINALIDADE].
b. “E, assim, a educação se realiza, porque, junto com o amor, surge com-
promisso, respeito,[...]” [CAUSA].
c. “O computador é ferramenta, é apoio, é máquina, e máquina alguma 
substitui o professor - este sim, a alma da educação.” [ALTERNÂNCIA].
d. “O educador não pode mais assumir o papel de detentor absoluto do 
conhecimento, embora deva se manter em contínua capacitação.” 
[CONCESSÃO].
2. Conclusão x explicação
2.1 Apresentação
Este item aborda as relações lógico-semânticas do período composto que expri-
mem ideias de conclusão ou explicação.
2.2 Síntese
A oração explicativa expressa uma justificativa, motivo, razão, explicação ou 
causa. Emprega-se vírgula para introduzir essas orações.
A oração conclusiva transmite a ideia de conclusão em relação ao que foi dito 
na oração anterior. Quando expressam ideia de conclusão, as conjunções (pois ou 
portanto) sempre aparecem entre vírgulas.
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Exercício
19. (CESGRANRIO - 2008) “É, pois, um estado de compreensão prévia.”
 Assinale a opção em que o vocábulo destacado tem o mesmo valor semântico 
que o do destacado na passagem acima.
a. Ele é tão irreverente que chega a ser mal educado.
b. Como disse a verdade, não foi punido.
c. Você foi injusto com seu amigo; deve, portanto, desculpar- se com ele.
d. Não veio à reunião, pois estava acamado.
e. Fiquei atento porque você será chamado a seguir.
3. Finalidade
3.1 Apresentação
Este item apresenta a ideia de finalidade nas relações lógico-semânticas de 
períodos compostos.
3.2 Síntese
A ideia de finalidade é aquela que expressa o objetivo, o propósito daquilo que 
é apresentado na oração principal. Essas orações geralmente aparecem introduzidas 
pela conjunção para, mas também podem ser introduzidas por a fim de que, com o 
objetivo de que e porque. Lembrando que o verbo para induz a uma ação enquanto a 
conjunção para, que é o caso em estudo, revela a finalidade de uma ação.
Exercício
20. (UFMG) Todas as alternativas abaixo possuem a ideia de finalidade, exceto:
a. Abri a porta, para que entrasse um pouco de vento na casa.
b. Ela não para de estudar nem um minuto sequer.
c. Fez sinal que todos se aproximassem em silêncio.
d. Rezei, porque não queria cair em tentação.
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4. Adição, adversidade, 
consequência e concomitância
4.1 Apresentação
Este item aborda as relações de adição, adversidade, consequência e concomi-
tância existentes nos períodos compostos.
4.2 Síntese
Certas conjunções podem, no discurso, assumir variados matizes de significado. 
A conjunção e pode revelar relações que estabelecem ideias de adição, adversidade, 
consequência ou concomitância.
A ideia de adição expressa soma ou sequência de ações, estabelecendo, em re-
lação à oração anterior, uma noção de acréscimo, adição. Já a ideia de adversidade 
exprime fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração anterior, esta-
belecendo contraste ou compensação.
Exercício
21. (Agente Administrativo - 2009) Observe o trecho:
 A OMS adverte que esse problema duplo não é simplesmente de países ricos 
ou pobres, mas está ligado ao grau de desenvolvimento de cada nação.
 A conjunção “mas” estabelece uma relação de sentido com a oração imedia-
tamente anterior, expressando uma ideia de:
a. adição.
b. causa.
c. finalidade.
d. proporção.
e. consequência.
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5. Oposição
5.1 Apresentação
Este item aborda as relações de oposição, contradição e contraste existentes nos 
períodos compostos.
5.2 Síntese
As orações com sentido de oposição são aquelas que estão unidas por uma 
conjunção que introduz uma ideia de contraste ou adversidade entre as orações. 
Quando a conjunção puder ser retirada do período sem que haja prejuízo na sua 
compreensão, a ideia será de adversidade. Caso a retirada da conjunção prejudique 
o entendimento da oração, a ideia ali presente será de concessão (concessão nesta 
situação deve ser entendida como contraste).
Exercício
22. (Anatel) O articulador sintático pode ser substituído adequadamente pela 
palavra ou expressão indicada entre parênteses em:
a. “Como alguém já disse, brincando tragicamente: antigamente, a situação 
era muito ruim [...]” (Já que).
b. “Vejam que contradição: mal terminou a 2ª Guerra, em 1945, começou a 
contagem para uma catástrofe ainda maior”. (Logo que).
c. “E, segundo as observações daqueles cientistas, de acordo com a simula-
ção feita, agora faltam apenas cinco minutos para a hecatombe final”. 
(Apesar disso).
d. “Mas, ao mesmo tempo em que essas 1,7 milhas vão desaparecer por 
causa do aquecimento global, várias cidades à beira-mar vão também 
ficar submersas [...]” (No entanto).
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6. Comparação, conformidade e causa
6.1 Apresentação
Este item aborda as relações de comparação, conformidade e causa estabeleci-
das pela conjunção como nos períodos compostos.
6.2 Síntese
A conjunção como pode transmitir ideias diferentes quando utilizada. É preciso 
ter em mente que o princípio do sentido rege as relações lógico-semânticas, ou seja, 
está sendo analisado o contexto das orações.
Assim, o sentido de comparação traz a distinção entre dois objetos; o de confor-
midade demanda uma solicitação, é possível estabelecer a relação de conformidade 
presente na oração; o de causa sempre demanda uma consequência.
Exercício
23. (ISSUU - 2008) Leia, com atenção, os períodos abaixo: 
 Caso haja justiça social, haverá paz. Embora a televisão ofereça imagens 
concretas, ela não fornece uma reprodução fiel da realidade. Como todas 
aquelas pessoas estavam concentradas, não se escutou um único ruído.
 Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indi-
cadas pelas orações sublinhadas:
a. tempo, concessão, comparação.
b. tempo, causa, concessão.
c. condição, consequência, comparação.
d. condição, concessão, causa.
e. concessão, causa, conformidade.
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7. Causa, explicação e consequência
7.1 Apresentação
Este item aborda as relações de causa, explicação e consequência existentes nos 
períodos compostos.
7.2 Síntese
As orações causais diferem-se das explicativas, visto que as primeiras estabele-
cem uma relação de causa-consequência entre uma oração principal e outra depen-
dente. Já no que concerne às explicativas, estas encerram a justificação do que se 
disse na oração anterior.
A ideia de causa sempre vem acompanhada de uma consequência, e isso é re-
passado ao interlocutor/leitor pelo uso de verbos que garantam a realização desta 
consequência, sua completude. Enquanto a ideia de explicação transmite uma su-
posição, um fato que não se pode comprovar, que ainda não aconteceu.
A ideia de consequência é transmitida pelo uso das expressões: tão...que, tanto...que.
Exercício
24. (Advogado – BNDES - 2008) “As emoções são tão inerentes ao ser que, 
segundo alguns estudiosos, estão inscritas no nosso patrimônio genético.” 
A segunda oração do período destacado, em relação à primeira, expressa, 
sintaticamente:
a. causa
b. tempo.
c. explicação.
d. consequência.
e. concessão.
1. Definição1.1 Apresentação
Este item aborda os princípios que regem a redação oficial.
1.2 Síntese
Redação oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e co-
municações. Segundo a Constituição Federal, são princípios fundamentais de toda a 
Administração Pública a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a 
eficiência, sendo inadmissível que um documento expedido pelo Poder Público esteja re-
digido de maneira obscura ou ambígua. Dessa forma, impessoalidade, clareza, concisão, 
formalidade, uniformidade e o uso do padrão culto da linguagem deverão ser características 
Capítulo 7
Redação oficial
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norteadoras da redação de um documento oficial, a fim de produzir-se um texto trans-
parente e inteligível para todo o conjunto de cidadãos. A transparência do sentido dos 
atos normativos,bem como sua inteligibilidade, são requisitos do próprio Estado de 
Direito: é inaceitável que um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A finali-
dade da redação oficial é: comunicar com impessoalidade e máxima clareza.
Exercício
25. (TJ/BA - 2005) Julgue os itens a seguir:
 1. A identificação das características específicas da forma oficial de redigir 
visa à criação de uma forma específica de linguagem administrativa.
 
 2. A obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação oficial decorre do 
fato de que ele está acima das diferenças lexicais, morfológicas ou sintáticas 
regionais, dos modismos vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permi-
tindo, por essa razão, que todos os cidadãos compreendam o texto oficial.
2. Princípios das comunicações 
oficiais – impessoalidade
2.1 Apresentação
Este item aborda a questão da impessoalidade nas redações oficiais.
2.2 Síntese
Não existe propriamente um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do 
padrão culto nos atos e comunicações oficiais.
Há preferência pelo uso de determinadas expressões, mas isso não implica que 
se consagre a utilização de uma forma de linguagem burocrática.
Os textos devem sempre permitir uma única interpretação e ser estritamente 
impessoais e uniformes.
Os quatro princípios das comunicações oficiais são impessoalidade, formali-
dade, concisão e clareza. Impessoalidade: a) ausência de impressões individuais de 
quem comunica; b) impessoalidade de quem recebe a comunicação: ela pode ser 
dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público. 
Nos dois casos, temos um destinatário concebido de forma homogênea e impessoal; 
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c) caráter impessoal do próprio assunto tratado: se o universo temático das comu-
nicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público, é 
natural que não caiba qualquer tom particular ou pessoal.
Exercício
26. (TJ/BA - 2005) Julgue os itens a seguir:
 1. A Constituição Federal expressa a publicidade e a impessoalidade como 
princípios fundamentais de toda a administração pública. Esses princípios 
devem nortear igualmente a elaboração dos atos e comunicações oficiais.
 
 2. O conteúdo das comunicações oficiais não se restringe a questões que 
dizem respeito ao interesse público, é natural que, caso os destinatários sejam 
íntimos, haja motivações pessoais para os interesses públicos.
3. Padronização, concisão e clareza
3.1 Apresentação
Este item aborda três dos princípios que regem as redações oficiais, a saber, 
formalidade, concisão e clareza.
3.2 Síntese
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, isto é, obedecem a certas 
regras de forma: além das já mencionadas exigências de impessoalidade e uso do 
padrão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa formalidade de tratamento. A 
formalidade diz respeito à polidez, à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto 
do qual cuida a comunicação. A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes 
para o texto definitivo e a correta diagramação do texto são indispensáveis para a 
padronização. A concisão é antes uma qualidade do que uma característica do texto 
oficial. Conciso é o texto que consegue transmitir um máximo de informações com 
um mínimo de palavras. Para que se redija com essa qualidade, é fundamental que 
se tenha, além de conhecimento do assunto sobre o qual se escreve, o necessário 
tempo para revisar o texto depois de pronto. A clareza deve ser a qualidade básica de 
todo texto oficial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita imediata 
compreensão pelo leitor. No entanto, a clareza não é algo que se atinja por si só: ela 
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
41
depende estritamente das demais características da redação oficial: a impessoali-
dade, o uso do padrão culto de linguagem, a formalidade/padronização e a concisão.
Exercício
27. (Senado - 2008) A respeito do Padrão Ofício, conforme ensina o Manual de 
Redação da Presidência da República, analise as afirmativas a seguir.
I. Todos os tipos de documento do Padrão Ofício devem ser impressos em 
papel ofício.
II. Para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados 
da seguinte maneira: tipo do documento + número do documento + 
palavras-chave do conteúdo.
III. Deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto 
em geral, 11 nas citações e 10 nas notas de rodapé.
 Assinale:
a. se todas as afirmativas estiverem corretas.
b. se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
c. se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
d. se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
e. se nenhuma afirmativa estiver correta.
4. Pronomes de tratamento
4.1 Apresentação
Este item aborda o uso dos pronomes de tratamento nas redações oficiais.
4.2 Síntese
Embora se refiram à segunda pessoa gramatical, os pronomes levam a concor-
dância para a terceira pessoa. O verbo concorda com o substantivo que integra a 
locução como seu núcleo sintático.
Os pronomes possessivos referidos a pronomes de tratamento são sempre os da 
terceira pessoa. Quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramatical 
deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere. O vocativo a ser empregado 
em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido 
do cargo respectivo. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, 
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
42
seguido do cargo respectivo. Em comunicações oficiais, está abolido o uso do trata-
mento Digníssimo (DD). Acrescente-se que Doutor não é forma de tratamento, e 
sim título acadêmico. Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para 
particulares. O vocativo adequado é Senhor. Fica dispensado o emprego do super-
lativo ilustríssimo para as autoridades que recebem o tratamento de Vossa Senhoria 
e para particulares. O fecho das comunicações oficiais possui, além da finalidade 
óbvia de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. O Manual de Redação Oficial 
do Palácio do Planalto traz exemplos dos itens mencionados.
Exercício
28. Assinale a alternativa incorreta:
a. Vossa Excelência – Deputado Federal.
b. Vossa Excelência – Cardeal.
c. Vossa Excelência – Governador.
d. Vossa Senhoria – Capitão BM.
5. Tipos de correspondências
5.1 Apresentação
Este item aborda os tipos de correspondências oficiais.
5.2 Síntese
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A 
única diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de 
Estado, para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para 
e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos 
oficiais pelos órgãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também 
com particulares. O memorando é a modalidade de comunicação entre unidadesadministrativas de um mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo 
nível ou em níveis diferentes. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação 
eminentemente interna. Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empre-
gado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes etc. a serem adotados por deter-
minado setor do serviço público. Requerimento é um pedido feito por pessoa física 
ou jurídica de algo a que se tem direito; dirige-se a uma autoridade. O texto deve ser 
bastante objetivo, redigido em terceira pessoa. O fecho e a data devem ser alinhados 
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
43
à margem esquerda. Deve possuir, no máximo, seis ou dez linhas, incluindo a iden-
tificação, exposição e justificativa. Caso seja necessário anexar algum documento, 
o(s) anexo(s) deve(m) ser mencionado(s) no texto. 
Ata é um documento em que são registradas as ocorrências de uma reunião, 
assembleia ou um evento. A circular é utilizada para transmitir avisos, ordens, pedi-
dos ou instruções, dar ciência de leis, decretos, portarias. Destina-se a uma ou mais 
pessoas/órgãos/empresas.
Exercício
29. Julgue os itens:
a. O aviso é um tipo de correspondência muito utilizado e pode ser expe-
dido por quaisquer pessoas do serviço público. 
b. O memorando é um documento exclusivo para fins de comunicação in-
terna dentro dos órgãos públicos.
Po
rtu
gu
ês
 +
 R
ed
aç
ão
44
1. b
2. a
3. d
4. c
5. d
6. d
7. e
8. d
9. e
10. a
11. a
12. b
13. b
14. d
15. a
16. b
17. a
18. c
19. c
20. b
21. a
22. d
23. d
24. d
25. Errada, Correta
26. Correta, Errada
27. d
28. b
29. Errada, Certa
Gabarito

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