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#resuminhosmedb13 DOENÇAS REUMATOLÓGICAS EXTRA ARTICULARES Juliana Martins Estes quadros dolorosos de natureza aguda, sub-aguda ou crônica podem resultar de fatores mecânicos, seja por excesso de uso ou por mal posicionamento de algumas destas estruturas durante determinadas atividades ou ainda como parte do quadro das doenças inflamatórias articulares. Embora os reumatismos de partes moles englobem grande número de condições dolorosas, a maioria é resultante de traumatismos agudos ou crônicos e geralmente são acompanhados de incapacidade temporária ou permanente. O traumatismo pode ocorrer como um acidente único e violento, com imediato aparecimento da lesão, ou ser o resultado de traumas crônicos resultantes de hábitos posturais ou ocupacionais que originam fadiga muscular persistente, desequilíbrio músculo-fáscio-tendíneo e tensão. As principais estruturas envolvidas nos quadros dolorosos localizados são tendões e suas bainhas, ligamentos, fáscias, cápsulas, enteses. Bursas: As bursas têm como função proteger os tecidos moles das proeminências ósseas adjacentes. As causas mais freqüentes de bursites são as traumáticas, mas podem ser de origem inflamatória como nas doenças metabólicas do tipo da gota e pseudogota, doenças inflamatórias do tecido conjuntivo como a artrite reumatóide, e finalmente processos infecciosos localizados. Manguito rotador: A função principal deste grupo é manter a cabeça do úmero contra a cavidade glenoide, reforçar a cápsula articular e resistir ativamente e deslocamentos indesejáveis da cabeça do úmero em direção anterior, posterior e superior. Fazem parte do manguito rotador os seguintes músculos: SUPRAESPINHAL,INFRAESPINHAL,REDONDO MENOR,SUBESCAPULAR 1- TENDINITE SUPRA-ESPINAL Provocada pela compressão do manguito, por edema em caso de tendinite, osteófitos da articulação acromioclavicular ou anatomia variável do processo coracóide. Mais comum em pacientes jovens Principal achado: dor no ombro durante abdução passiva, principalmente entre 60 e 120º (sinal do impacto) Vários são os sinais que indicam a síndrome do impacto, o que a professora Rosana enfatizou foi a manobra de Jobe: paciente em posição ortostática com os membros superiores em abdução no plano frontal e anteflexão de 30º. O examinador tenta abaixar os membros e o paciente tenta resistir. O teste é considerado positivo no membro que oferecer menor resistência. Tratamento : repouso articular, orientação para evitar esforço e exercícios de fortalecimento. Pode usar anti-inflamatorio não hormonal por curto período de tempo. Infiltrações no espaço subacromial também melhoram o quadro. Manobra de Jobe 2- TENDINITE BICIPITAL Dor na região anterior do ombro de forma mais difusa. Pode estar associada a tendinite supra espinal. Dificuldade de supinar o antebraço ou fletir o ombro acometido. Teste de Speed: elevação do braço contra resistência desencadeia dor Teste de Speed Tratamento: igual ao da tendinite supra-espinal 3- BURSITE SUBACROMIAL OU SUBDELTOIDEA O paciente refere dor localizada em um ponto um pouco após a borda do acrômio Tratamento: AINES e imobilização com tipoia. Se não funcionar, infiltração no espaço subacromial. 4- COTOVELO DE TENISTA OU EPICONDILITE LATERAL Comum em pessoas que fazem uso excessivo dos braços em movimentos forçados de pronação e supinação. Hipersensibilidade acima ou levemente anterior ao epicôndilo lateral. A dor pode ocorrer em apertos de mão, ao levantar algo , etc. Patologicamente, a condição consiste na degeneração do tendão extensor comum, especialmente do tendão extensor radial curto do carpo. Tratamento : repouso, crioterapia e órtese ( aquele negocinho que coloca pra não ficar mexendo demais o membro) e antiinflamatorios não hormonais. Pode infiltrar ! 5- EPICONDILITE MEDIAL OU COTOVELO DE GOLFISTA Comum em pessoas que usam o braço forçosamente em movimentos de pronação e flexão palmar do punho. Ocorre infamação da êntese do tendão flexor radial do carpo na sua inserção no epicôndilo medial e caracteriza-se por dor localizada nesse local. Manobra de flexão palmar e pronação do punho contra resistência para confirmar diagnostico. Tratamento : igual ao anterior 6- SINDROME DO TUNEL DO CARPO Causa mais comum de parestesia das mãos. Acomente o nervo mediano e é causada pela compressão deste nervo no túnel do carpo. O túnel do carpo é realmente um túnel: é formado pelo ligamento transversal do carpo ( teto do túnel) e pelos ossos do carpo ( chão do túnel). Varias desordens podem causar essa compressão: gravidez ( lembrar do inchaço das mulheres grávidas e pensar que as duas mãos podem ser acometidas já que é uma desordem sistêmica ), trauma, lipoma, infecções (tuverculose – essa tuberculose dá em tudo quanto é lugar pelo amor de Deus ) e em doenças inflamatórias como artrite reumatoide, gota. Achados: Dor em queimação e formigamento das mãos. Pioram a noite, melhoram com movimento. É possível sensação de mão edemaciada. Manobras descritas: Sinal de Tinel: sensação de choque a digitopercussão do nervo mediano. Teste de Phallen: paciente segurando as mãos com os punhos em flexão de 90º, uma contra outra durante um minuto. É positivo quando nota parestesia no território palmar que vai desde o 1 dedo até o 4. Tratamento :órteses para punho e injeção local de corticoide na região do túnel. Se tiver atrofia da região tenar ou acometimento motor grave pode tentar-se a descompressão cirúrgica. 7- TENDITINITE DE De QUERVAIN Processo infamatório dos tendões do abdutor e extensor curto do polegar resulta de atividades repetitivas de movimento de pinça Acomete mais mulheres que homens na proporção de 8/1 Achados: dor, aumento da temperatura local e ocasionalmente edema Manobra de Filkelstein: cerra o punho e envolve o polegar pelos outros 4 dedos . Fazendo isso, faz o desvio ulnar. Se doer é positivo. Tratamento : órteses + injeção local de corticoide + AINES NÉ POSSIVEL VCS NAO DECORARAM ESSE TRATAMENTO NÉ 8- DEDO EM GATILHO ( tenossinovite estenosante dos flexores) Dificuldade de um ou mais dedos após flexão máxima, com dor, sendo que, com ou sem ajuda, o dedo se desprende subitamente , percebendo um estalido. Resulta da inflamação do flexor superficial dos dedos, que fica estreitada, enquanto o tendão internamente localizado fica edemaciado caracterizando a tenossinovite estenosante do tendão sob a cabeça metatarsiana. Mais frequente no sexo feminino Causas mais frequentes: AR, DM, hipotireoidismo , infeções. Tratamento: redução das atividades manuais, fisioterapia, AINES, infiltração. Se nada der certo: cirurgia. 9- BURSITE TROCANTÉRICA Predominante em mulheres idosas Normalmente decorrente de traumas ou desgastes, discrepância de membros inferiores e escoliose. Achados: dor na área trocantérica e face lateral da coxa. Aumenta na marcha e quando deita do lado do quadril acometido. Tratamento: AINES, perda de peso, alongamento e fortalecimento do glúteo médio e da faixa ileotibial. 10- SÍNDROME DO PIRIFOME Encarceramento do nervo ciático pelo músculo pirifome Dor crônica em nádega Achados : resistência a abdução e rotação externa. Entre os fatores associados ao surgimento da síndrome encontramos: hábito de ficar muito tempo sentado, exercícios exagerados para glúteos, variações anatômicas nas quais o nervo ciático passa pelo ventre do músculo piriforme presença de aderências locais ou bandas fibrosas que restringem o livre movimento do nervo e alterações intra-pélvicas. Tratamento: medicamentoso,para alívio da dor com AINES. Fisioterapia ,alongamentos e exercícios de fortalecimento bem orientados. A grande maioria dos pacientes melhora com o tratamento conservador. 11- TENDINITE ANSERINA E BURSITE Inflamaçao da Bursa anserina que fica na face medial do joelho. Normalmente acomete mulheres idosas acima do peso. Diagnóstico: é dado quando o paciente sente dor a palpação medial da Bursa e quando essa dor alivia quando se injeta lidocaína. Tratamento :repouso, gelo local, injeção local de corticoide e alogamento da musculatura adutora. 12- TENDINITE E BURSITE PRÉ-PATELAR Dor e edema na porção anterior da patela Gente que tem costume de se ajoelhar- apenas pare. É chamado também de “joelho de doméstica” Complicações: como a Bursa pré-patelar é muito superficial ela pode ser acometida por bactérias tipo S. Aureus e causar uma bursite séptica. Tratamento: sabe aquele gelo que você me deu? Exato, coloque na patela. Repouso e injeção local de corticoide. 13- TENDINITE E BURSITE ANQUILIANA Dor e tumefação na inserção do tendão de aquiles Causas: trauma, atividade atlética excessiva, calçados ajustados de modo inadequado, condições inflamatórias tipo espondilite anquilosante, síndrome de Reiter, gota, AR. Achados: dor a dorsiflexão e crepitação ao movimento. Tratamento: calcanheiras, AINES, repouso e não pode infiltrar com risco de lesar o tendão do calcâneo e piorar a situação. 14- FASCEITE PLANTAR Dor na área plantar do calcanhar. ( leia-se CALCANHAR! Não é na planta do pé – que é aquela região do metatarso) Também chamado de esporão de calcâneo Pessoas entre 40 e 60 anos. Inflamação da fáscia plantar. Pode ser decorrente de traumas de movimento repetitivos, esportes, caminhada prolongada e calçados inadequados. A dor é pior no período da manhã nos primeiros passos e pode permanecer se o paciente ficar andando durante o dia. Tratamento: repouso relativo, calcanheiras e aqui pode dar uma injeção de corticoide ♥ 15- NEUROMA DE MORTON - Inflamação do nervo interdigital Dor plantar anterior e dor a deambulação Há predileção pelo sexo feminino, com faixa etária a partir da quinta década de vidae, relacionada com o uso de sapatos "antifisiológicos", caracterizados por uma câmara anterior estreita, resultando em uma hiperextensão da articulação metatarsofalângica, a qual favorece a compressão do nervo contra o ligamento intermetatársico, potencializado por um compartimento posterior elevado, presente nestes sapatos Tratamento : Inicialmente, no tratamento do neuroma de Morton, institui-se as mudanças de hábitos, envolvendo o uso de calçados fisiológicos, associado ao uso de antinflamatórios não hormonais e fisioterapia, com o objetivo de alongamento da fáscia plantar e musculatura flexora dos dedos, associado ao ultrassom.Palmilhas para supressão da carga na região metatarsal acometida, com base retrocapital, pode ser usada como coadjuvante