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TRAUMATOLOGIA E ORTOPEDIA 31 PÁGINAS TRAUMATOLOGIA É a especialidade médica que investiga, diagnostica, trata e acompanha enfermidades relacionadas com fraturas e lesões ósseas e tendinosas provocadas por eventos traumáticos no aparelho músculo esquelético ou locomotor, composto por: braços, mãos, pés, pernas, bacia, músculos, tendões e ligamentos. Atualmente, o brasil a traumatologia e a ortopedia são especialidades unificadas INTRODUÇÃO AO SISTEMA ESQUELETICO Formado por ossos, músculos e articulações, tem a locomoção como a principal função. LIGAMENTOS E TENDÕES: Formados por tecido conjuntivo denso e modelado (resistente a cargas). CONCEITOS LESÃO: Qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo DISFUNÇÃO: Funcionamento anormal ou prejudicado CONTUSÃO: Lesão na qual não há solução de continuidade da pele. FERIMENTO: Lesão com solução de continuidade da pele (ruptura da pele). Escoriação (superficial) ; Puntiforme ; Perfurante (punhal) ; Corto-contuso (arma branca - faca) ; Perfuro- contuso (projétil de arma de fogo) ; Inciso (bisturi, caco de vidro) ; Ferimento contuso (trauma direto) ENTORSE: Movimento brusco que ultrapassa os limites da ADM articular normal, com lesão parcial ou completa de ligamentos estruturas articulares. DISTENSÃO MUSCULAR: Inflamação ou ruptura de fibras musculares. Grau 1: Dor à contração, sem dor ao repouso, boa recuperação, retorno rápido à atividade Grau 2: Dor mais intensa, defeito palpável, pode deixar sequelas, retorno tempo moderado Grau 3: Perda da função, retração palpável, recuperação lenta TENDINOPATIA/ TENDINITE: Inflamação de estruturas tendíneas BURSITE: Inflamação das bursas RUPTURA DE TENDÕES OU LIGAMENTOS: Auto explicativo FRATURA É uma lesão com solução de continuidade do osso. CLASSIFICAÇÃO DAS FRATURAS: MECANISMO DE PRODUÇÃO DA FRATURA SOLUÇÃO POR CONTINUIDADE DO OSSO TIPOS DE TRAÇO TRATAMENTOS DAS FRATRURAS / TIPOS DE TRATAMENTO REDUÇÃO CRUENTA: quando há acesso direto ao foco de fratura REDUÇÃO INCRUENTA: se não houver exposição cirúrgica deste. MATERIAL DE OSTEOSSINTESE ARTRODESE: usado para fixar o osso nas articulações. ARTROPLASTIA: substitui a parte do osso que forma a articulação por uma prótese. ARTROSCOPIA: método cirúrgico via câmara “à céu aberto” (onde expõe todos os órgãos). FIXADORES INTERNOS: os mais conhecidos são os fios de kirschner (usada quando a retirada de pinos não são desejáveis), hastes medular. FIXADORES EXTERNOS: geralmente usada em fraturas expostas, por causa de infecção ou desalinhamento, o mais conhecido é o Ilizarov. LUXAÇÃO Perda da congruência articular por deslocamento dos ossos LUXAÇÃO CONGÊNITA: perda do contato da cabeça da cabeça do fêmur com o acetábulo ao nascer. LUXAÇÃO PATOLÓGICA: acontece através de uma patologia LUXAÇÃO TRAUMÁTICA: devido a um trauma CONSOLIDAÇÕES DAS FRATURAS CONSOLIDAÇÃO: É o processo de cicatrização da fratura, onde a inflamação controlada, localizada e acelerada, e então começa a produção de tecido ósseo e não tecido cicatricial A consolidação primária ela é facilitada por um procedimento cirúrgico, é mais rápida e possui mais estabilidade do osso. A consolidação secundária não precisas de cirurgias, demora mais para cicatrizar, e é menos estável. FASES DA CONSOLIDAÇÃO FATORES QUE INFLUENCIAM A CONSOLIDAÇÃO MECÂNICOS: Estabilidade do foco de fratura, Localização anatômica, Adesão do tecido fibrocartilaginoso ao osso, Nível de energia transmitida. BIOLOGICOS: Idade, Estado nutricional, Comorbidades, Lesão nervosa, Aporte sanguíneo no foco de fratura, Perda óssea. COMPLICAÇÕES NA CONSOLIDAÇÃO INFECÇÃO (OSTEOMIELITE): Pode ocorrer em casos de fratura exposta. Infecção proveniente do meio externo ao ferimento chega até o osso fraturado. CONSOLIDAÇÃO VICIOSA: Cura de uma fratura com deformidade anatômica, como desvios rotacionais, desvios angulares, encurtamentos. RETARDO DE CONSOLIDAÇÃO: Evolução do processo de consolidação mais lenta do que o esperado (4 a 8 meses), sinais inflamatórios (dor, edema), sem evidências radiográficas do calo ósseo. PSEUDARTROSE: Falha na consolidação, não havendo formação do tecido ósseo e resultando em união fibrosa, falsa articulação (pseudartrose). NECROSE AVASCULAR: Não há consolidação em decorrência de interrupção do aporte sanguíneo. COMPLICAÇÕES DAS LESÕES TRAUMÁTICAS SÍNDROME COMPARTIMENTAL: é o aumento da pressão em um compartimento fascial ou região anatômica, de forma restrita, prejudicando o aporte sanguíneo às estruturas locais. As causas mais comuns são: Trauma, esmagamento, compressão por talas (redução do retorno venoso), lesões arteriais, lesões por arma de fogo, fratura expostas, queimaduras, hemorragia, embolização, infarto muscular. Tratamento: Fasciotomia DISTROFIA SIMPÁTICO- REFLEXA: é uma síndrome dolorosa pós-traumática, ou também conhecida como Síndrome da Dor Complexa Regional Sintomas: dor neuropática, distúrbios vasomotores e sudomotores, alterações tróficas da pele. LESÕES NERVOSAS E VASCULARES: Atrofias musculares TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO (TCE) É um trauma por ação física externa contra a cabeça, podendo gerar disfunções e comprometimentos neurológicos. Pode ser: aberto ou fechada (nesse caso, as estruturas externas não são lesionadas). LESÕES ASSOCIADAS AO TCE FRATURAS DO CRÂNIO: Nem sempre associadas a lesão cerebral. Em geral não exigem intervenção cirúrgica, exceto em fraturas desalinhadas e com compressão de estruturas do SNC. HEMATOMA EXTRADURAL/EPIDURAL: Formação de um coágulo de sangue entre os ossos do crânio e a dura- máter. HEMATOMA SUBDURAL: Mais comum que o extradural. Acontece entre a dura-máter e o encéfalo, com ruptura de vasos. Pode levar ao aumento da pressão intracraniana (PIC). CONCUSSÃO: TCE fechado sem lesão visível, ocorre alterações temporárias das funções encefálicas (24h), perda de consciência por até 6h e disfunção de memória, podendo acompanhar bradicardia, sudorese e hipotensão. SINAIS E SINTOMAS: ➢ Otorragia ou otoliquorreia: Perda de sangue ou líquor pelos ouvidos. ➢ Rinorragia ou Rinoliquorreia: Perda de sangue ou líquor pelo nariz. ➢ Sinal do Guaxinim: Equimose periorbitária. ➢ Sinal de Battle: Equimose na região mastóidea. ➢ Midríase: Lesões cerebrais focais. ➢ Midríase Paralítica: Morte cerebral ➢ Miose: Hemorragia intracraniana ou lesão do tronco cerebral. ➢ Anisocorica: Lesão cerebral em um dos hemisférios. ➢ Tríade de Cushing (aumento da PIC) ➢ Hipertensão arterial (↑PA) ➢ Bradicardia (↓FC) ➢ Bradipneia (↓FR) PATOLOGIAS EPICONDILITE LATERAL ➢ Doença que provoca dor no lado externo do cotovelo ➢ Causa: por estresse excessivo ou repetitivo, muitas vezes devido a movimentos vigorosos no punho e nos dedos ➢ Sintomas: dor no cotovelo com piora gradual, irradiação da dor da parte externa doantebraço e para as costas da mão, principalmente ao segurar ou torcer alguma coisa, fraqueza, rigidez muscular, sensibilidade na região afetada. ➢ Tratamento: repouso, gelo, analgésico, alongamento ou fisioterapia e curativos no cotovelo. EPICONDILITE MEDIAL ➢ Doença que provoca dor no lado interno do cotovelo. ➢ Causa: estresse excessivo ou repetitivo, muitas vezes devido a movimentos vigorosos no punho e nos dedos. ➢ Sintomas: Dor no cotovelo na região mais interna, sensação de falta de força, sensação de formigamento no antebraço e nos dedos ➢ Tratamento: repouso, gelo, analgésico, alongamento, fisioterapia e curativos no cotovelo TENDINITE DE DEQUERVAIN ➢ Inflamação que afeta os tendões do punho que se dirigem pelo polegar ➢ Causa: movimentos repetitivos, posições viciosas prolongadas ou situação de sobrecarga. ➢ Sintomas: dor na borda externa do punho, que irradia em direção ao polegar ou do antebraço. ➢ Tratamento: a fisioterapia tem um papel importante no alivio da inflamação, o tratamento conservador é mais eficaz se realizado nas primeiras 6 semanas após o início dos sintomas. ➢ Diagnostico: teste de filkenstein SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO ➢ Neuropatia resultante da compressão do nervo mediano no canal do carpo, estrutura anatômica que se localiza entre a mão e o braço. ➢ Causa: L.E.R. (Lesão do Esforço Repetitivo), gerada por movimentos repetitivos como digitar ou tocar instrumentos musicais. Existem também causas traumáticas (quedas e fraturas), inflamatórias (artrite reumatoide), hormonais e medicamentosas. Tumores também estão entre as possíveis causas da síndrome ➢ Sintomas: dor, choque, dormência, formigamento e perda de sensibilidade das mãos. ➢ Tratamento: fisioterapia, exercícios de fortalecimento, alongamentos, trações, eletroterapia. NEUROMA DE MORTON ➢ É um nódulo no nervo IMT, pode atingir 10 mm de diâmetro, caracterizado por fibrose e desorganização das fibras nervosas, não é considerada lesão tumoral. ➢ Causa: nervo interdigital fica irritado, o que faz com ele fique mais grosso e mais sensível. A exata causa dessa irritação ainda é desconhecida, mas a principal hipótese é que ela seja causada por excesso de pressão nesta região. ➢ Sintomas: dor local, sensação de queimadura, choque elétrico ou de “pisar vidro”, marcha prolongada. ➢ Tratamento: com agulhas finas, estimulação elétrica, massagem e terapia de calor, dependendo nível da dor do paciente. https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/lesoes-por-esforcos-repetitivos-l-e-r-d-o-r-t/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/lesoes-por-esforcos-repetitivos-l-e-r-d-o-r-t/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/artrite-reumatoide/ https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/artrite-reumatoide/ ESPORÃO DO CALCÂNEO ➢ É o resultado do crescimento anormal de um pequeno segmento do osso do calcanhar, que se forma na parte de baixo ou na região posterior desse osso. ➢ Causa: por microtraumatismo que ocorrem por encurtamento da fáscia ou dos tendões. ➢ Sintomas: dor forte na região do calcanhar que alivia com repouso e intensifica sob esforço. ➢ Tratamento: fisioterapia, exercícios de alongamento, massagens são medidas bem vindas no tratamento. OSTEOPOROS ➢ Condição metabólica que se caracteriza pela diminuição progressiva da densidade óssea. ➢ Causa: com o tempo, a absorção das células velhas aumenta e a de formação de novos células ósseas diminuem. ➢ Sintomas: instalação silenciosa, fratura espontânea de um osso que ficou poroso e muito fraco. ➢ Tratamento: controlar a dor, retardar ou interromper a perda óssea e prevenir fraturas. HERNIA DE DISCO ➢ Uma parte do disco intervertebral da sua posição normal e comprime as raízes nervosas que se ramificam a partir da medula espinhal e que emergem da coluna espinhal. ➢ Causada por um desgaste do disco, devido ao uso repetitivo consequentemente de uma fraqueza ou mesmo uma ruptura do anel que contém o disco. ➢ Sintomas: pode ser assintomático, mas na maioria dos casos, os pacientes relatam dores que pode ser concentrada na regiões lombar e cervical da coluna, e em alguns casos ele pode irradiar para os membros superiores (no caso de hérnia discal cervical) ou para os membros inferiores – ciático – (no caso de hérnia discal lombar). ➢ Tratamento: no controle da dor local e da dor irradiada para os braços e pernas. Analgesia, descompressão neural, fortalecimento muscular. ➢ Tipos: LOMBALGIA ➢ Definida como dor e desconforto localizado entre a margem costal e prega glútea inferior ➢ As Causas especificas são as espondilolistese. Protusão ou hérnia discal, anomalia da transição lombossacral e estenose do canal vertebral como principal problema causador. ➢ Sintomas: dor constante da região lombar, piora da dor depois de acordar ou após longo período sentado, formigamento ou dormência nas nádegas, coxas e pés. ➢ Tratamento: redução do quadro álgico, uso de terapias posturas tem bastante eficácia, recursos manuais e cinesioterapia após a fase aguda, evitar levantamento de peso e torções da coluna, orientação de como se posicionar em suas atividades de vida diárias. SÍNDROME DO IMPACTO ➢ Síndrome do impacto do ombro (SIO), é uma patologia inflamatória e degenerativa que se caracteriza por impactação mecânica de determinadas estruturas que se localizam no espaço umerocoracoacromial da articulação. ➢ Causa: devido ao uso excessivo do membro superior em elevação que resultam na irritação continua do tendão do supraespinal; a degeneração ocorre pelos constantes atritos causados pela compressão das partes moles contra o arco coracoacromial e a permanência do mecanismo de impacto pode causar lacerações parciais ou totais no manguito rotador. ➢ Sintomas: a fase I é caracterizada por dor aguda, hemorragia, edema e limitação funcional; a fase II é o processo de imflamação que acarreta em fibrose com espessamento da bursa subacromial e tendinite do mangiuto rotador; a fase III occorem lacerações parciais ou totais do maguito rotador ou bíceps braquial associado a alterações ósseas. ➢ Tratamento: os objetivos gerais são alivio da dor, ganho de amplitude de movimento (ADM) e melhora da força muscular (FM) de maneira que permita maior funcionalidade do membro acometido. CERVICALGIA ➢ É uma dor localizada nas vertebras cervicais e pode ser dividida em duas categorias: aguda (quando dura alguns dias) e crônica (quando dura várias semanas) ➢ Causada por lesões musculares e articulares, obesidade, envelhecimento, estenose, hérnia cervical, traumatismo cervical, mal condicionamento físico, estresse, má postura. ➢ Sintomas: dores de cabeça, dor na nuca que pode irradiar para os ombros, tonturas, formigamentos no pescoço, desconforto nos movimentos da cabeça. ➢ Tratamento: na fase crônica o objetivo é atuar de forma a impedir recidivas do quadro álgico e foco na reeducação postural. Na fase subaguda é possível trabalhar correção postural e envolver técnicas de terapia manual. Na fase aguda a dor intensa e limitante é o principal foco, recursos como eletroterapia para o alivio da dor. TENDINITE CALCÁRIA ➢ A tendinite calcária do ombro ocorre quando um depósito de cálcio se forma nos tendões do seu ombro. Ostecidos ao redor do depósito podem se inflamar causando dor local. Essa condição é muito comum e frequentemente afeta pessoas por volta de 40 anos. ➢ Causa: o uso e as microlesões com o passar da idade devido redução do fluxo sanguíneo para os tendões causando rompimentos e consequentemente criando depósito de cálcio como parte do processo cicatricial são a causa principal da calcificação degenerativa. ➢ Sintomas: dor ao deitar sobre o ombro, rigidez, fraqueza, travamento do ombro, dor ao elevar o membro acima do nível do ombro. ➢ Tratamento: repouso relativo desta articulação, evitando movimentos repetitivos, sobretudo acima da cabeça. Utiliza diversos métodos e técnicas terapêuticas que tem como objetivo aliviar a dor, controlar a inflamação, promover a melhor recuperação do tendão, evitar retrações da capsula articular, equilibrar os músculos que intervém na mobilização do ombro, corrigir os movimentos incorretos do ombro, retomar/aumentar a funcionalidade do paciente. BURSITE INTERTROCANTERICA ➢ É uma inflamação da Bursa, que é um tecido sinovial localizado na porção lateral do quadril, que serve de proteção entre o músculo lateral da coxa e o ponto mais proeminente do osso do fêmur, chamado de trocânter maior. Esta inflamação resulta em dor na face lateral da coxa muitas vezes com irradiação para nádegas e joelho. ➢ Causa: queda sobre o quadril ou traumatismo, pressão prolongada sobre o trocânter maior, sobrecarga mecânica (atividade física ou trabalho em excesso). ➢ Sintomas: dor localizada na região lateral do quadril e piora com a palpação dessa região, podendo ser tipo pontada ou queimada. Piora da dor pode ser acentuada ao deitar sobre o quadril acometido, levantar de uma cadeira mais baixa ou ao sair do carro, subir ou descer escadas, dentre outras atividades. ➢ Diagnóstico: avaliação e história clínica, exames de imagem auxiliam no diagnóstico como, ultrassonografia, ressonância magnética. ➢ Tratamento: sessões de fisioterapia motora, medidas de analgesia, alongamento e reforço muscular para reequilíbrio da função e musculatura do quadril e coluna quando necessário, conscientização corporal. CAPSULITE ADESIVA ➢ Conhecida popularmente como “ombro congelado”, é um quadro que se caracteriza por limitação dos movimentos e intensa dor no ombro. ➢ Causa: é uma inflamação da capsula que reveste a articulação no ombro, não tem uma causa conhecida, acredita-se que a rigidez do ombro se deve a um processo de aderências fibrosas dentro da articulação, que pode acontecer após um trauma no ombro ou imobilização por tempo prolongado. ➢ Sintomas: dor no ombro e dificuldade em elevar os braços, com a sensação de que o ombro está preso, ‘ombro congelado’. A fase aguda é caracterizada pela dor difusa no ombro, podendo durar até seis meses. Na fase de congelamento ocorre a perda progressiva do movimento do ombro que pode durar mais de doze meses. Na fase de descongelamento, a duração é variável, o os sintomas começam a aliviar, diminuindo a dor e consequentemente melhorando a amplitude de movimento. ➢ Tratamento: alivio do desconforto que cada uma das fases traz, exercícios passivos e ativos, compressas quentes, ganho de mobilidade, ganho de força. BURSITE NO OMBRO ➢ Resulta de uma inflamação das bolsas sinoviais que existem no interior de uma articulação, evitando o atrito entre o tendão e o osso. ➢ Causa: traumatismos e esforços repetitivos, praticas de certos esportes como, musculação, natação e outras práticas com o braço acima da cabeça. ➢ Sintomas: presença de dor do tipo inflamatório, localizado na parte antero-lateral do ombro, agrava com realização de esforços ou durante a noite, crepitações que é palpável ou perceptivo pelo paciente ao fazer a mobilização articular, fraqueza muscular em todo o braço afeto, sensação de formigamento local que pode irradiar por todo o braço. ➢ Tratamento: diminuir a dor e estimular a independência e funcionalidade do indivíduo, melhorar a amplitude de movimento, fortalecer a musculatura e conscientização corporal, alongamentos e mobilizações articulares. LESÕES MENISCAIS ➢ As lesões do menisco podem ocorrer quando o joelho em posição flexionada ou parcialmente flexionada é submetido a uma força rotacional de grande magnitude, fazendo uma compressão entre o fêmur e a tíbia, ocasionando a lesão. ➢ Causas: ocorrem durante a prática desportiva através dos movimentos de agachar e torcer o joelho. Os idosos são mais propensos às lesões degenerativas do menisco devido a idade. Algumas alterações do formato e da movimentação dos quadris podem predispor a lesão meniscais e ligamentares. ➢ Sintomas: a dor é o primeiro sintoma no momento da entorse, podendo ser acompanhada de sensação de estalido ou de um estalido audível, bloqueio articular do joelho, limitando a flexão e/ ou extensão. Piora da dor ao agachar. Em casos mais grave, pode-se apresentar edema e derrame articular no joelho. ➢ Tipo: são classificados de acordo com a localização e a vascularização meniscal. Podendo ser descritas em três regiões (vermelha- vermelha, vermelha-branca e branca-branca). ➢ Tratamento: visa diminuir os sintomas inflamatórios e dolorosos, manutenção do ganho da amplitude de movimento, fortalecimento muscular, aumento da estabilidade articular, estimulação proprioceptiva, condicionamento aeróbico e retorno a atividade esportiva ou de vida diária. FASCITE PLANTAR ➢ É um processo inflamatório ou degenerativo que afeta a fáscia plantar, localizado na sola do pé e que conecta o calcâneo aos dedos. ➢ Causa: ocorre quando há muita tensão ou uso excessivo da fáscia plantar, que provoca dor e dificuldade para caminhar. Trabalhos que exijam a maior parte da jornada em pé ou caminhando. Tensão sobre o tendão do calcâneo e calçados inadequados. ➢ Sintomas: dores agudas, com sensações de fincadas no calcanhar. ➢ Tratamento: reduzir a inflamação, aliviar a dor, repouso, aplicação de gelo, alongamento das estruturas. SÍNDROME DO PIRIFORME ➢ Condição onde ocorre a compressão constante do nervo ciático pelo musculo piriforme na pelve posterior. ➢ Causa: alteração anatômica onde o nervo passa por dentro do piriforme, levando a um quadro compressivo e doloroso. ➢ Sintomas: dor intensa na região lateral e posterior da coxa e região glútea. Dor piora ao ficar sentado ou ao cruzam as pernas. Sensação de dormência na nádega ou na perna, fraqueza, sensação de formigamento. ➢ Tratamento: alivio da dor e da compressão, relaxamento muscular, liberação miofascial, eletrotermofototerapia e terapia combinada, técnica de terapia manual, fortalecimento muscular, correção biomecânica. ENTORSE DE TORNOZELO ➢ É um movimento violento, com estiramento ou ruptura de ligamentos de uma articulação. É uma das lesões musculoesqueléticas frequentemente encontradas na população ativa e esportiva, normalmente envolve lesões nos ligamentos laterais. ➢ Causa: pela inversão do pé com flexão plantar do tornozelo, numa intensidade além do normal, comumente ocorre em terreno irregular ou degrau, o que proporciona uma lesão que se inicia no ligamento talo-fibular anterior e pode progredir para uma lesão do ligamento calcâneo- fibular, com aumento da energia do trauma. ➢ Sintomas:dor com edema localizado, equimose mais evidente após 48h e dificuldade para deambular. ➢ Tratamento: se inicia após 48h a 72h após a lesão. Controlar os sinais inflamatórios através do repouso, crioterapia e elevação do membro. Após a fase álgica é importante o trabalho de movimentação ativa e exercícios domiciliares de acordo com o limiar de dor do paciente, descarga de peso sobre o membro e trabalhar marcha, introduzir reforço muscular, estabilização dinâmica e coordenação motora. LESÕES LIGAMENTARES ➢ O ligamento é um estabilizador passivo de uma articulação com principal função de impedir um deslocamento anormal entre dois ossos. No joelho existem 4 ligamentos: os cruzados anterior (LCA) e o posterior (LCP) e os colaterais medial (LCM) e lateral (LCL). Quando existe a ruptura de um destes ligamentos, o joelho pode se tratar instável e gerar episódios de falseio, dor e inchaço. ➢ Causa: normalmente ocorrem em decorrência de atividade atlética de contato ou não como também por traumas. ➢ Sintomas: As queixas comuns apresentadas são estalido no joelho acompanhado de dor súbita e intensa, em alguns casos pode vir acompanhado de derrame articular, dificuldade ou incapacidade de movimentar o local lesionado, edema. As lesões no esporte ocorrem mais no LCA, devido a perna está fixa ao solo e a perna é rodada com o corpo, comum no futebol, esqui, basquetebol. ➢ Tratamento: nas primeiras 72h após a lesão é indicado aplicar compressa de fria, para controlar a inflamação, recuperar o arco de movimento e o equilíbrio, normalização da marcha, fortalecimento da musculatura. DOR CIÁTICA ➢ O nervo ciático é o maior nervo do corpo humano, sendo formado por várias raízes nervosas que vêm da coluna vertebral. O nervo ciático se inicia no final da coluna, passa pelos glúteos, parte posterior da coxa e, quando chega no joelho, se divide entre nervo tibial e fibular comum, e chega até os pés. E é nesse trajeto todo que ele pode causar dor. ➢ Causa: acontece quando este nervo sofre uma compressão, o que é comum quando a pessoa possui hérnia de disco lombar, especialmente entre L4 ou L5, um aperto do canal onde passa a medula, um desalinhamento de uma vértebra, ou quando possui um aumento do tônus e da firmeza do glúteo, por exemplo. ➢ Sintomas: dor intensa no fundo das costas, glúteo ou pernas, dificuldade em manter a coluna ereta e dor ao andar. Dor em formigamento, dormência ou choque na coluna, glúteo, perna ou planta do pé. Sensação de queimação, fisgada ou perna cansada. Fraqueza numa ou nas duas pernas. Dor que piora ao ficar muito tempo parado. Dificuldade para caminhar ou ficar muito tempo na mesma posição. Nestes casos é importante procurar um médico ortopedista ou fisioterapeuta para que ele possa orientar o tratamento adequado. ➢ Tratamento: uso de remédios analgésicos, anti- inflamatórios e pomadas, uso de bolsas de calor e fisioterapia com exercícios, massagem, alongamento, exercícios de fortalecimento muscular. O repouso piora a dor, assim como ficar muito tempo na mesma posição e por isso os exercícios leves são bem-vindos. OSTEÓFITOS ➢ Característica muito comum após os 40 anos. A formação de osteófitos na coluna vertebral, surgem no contorno externo dos discos intervertebrais e decorrem da degeneração do platô vertebral e do anel fibroso do disco intervertebral, como também da inflamação local e sistêmica e da deposição de íons de cálcio nas áreas inflamadas. É considerada uma formação comum em tipos avançados de osteoartrite. ➢ Causa: de certa forma e até certo ponto, encarar os osteófitos como parte do processo de envelhecimento do indivíduo. Sendo assim, as causas dos bicos de papagaio, na grande maioria dos casos, estão relacionadas aos principais aspectos que levam ao envelhecimento: Estresse, Mau humor, Medos, Alcoolismo, Tabagismo, Sedentarismo (associado ao diabetes), Dietas ricas em carboidratos, açúcar refinado e gorduras saturadas. ➢ Sintomas: dor que decorre do processo inflamatório deflagrado pelo envelhecimento precoce do organismo. Claudicação neurogênica caracterizada pela dificuldade de caminhar. Nos casos mais graves, pode surgir a parestesia ou paresia ➢ Tratamento: medidas menos invasivas e integrativas, como a fisioterapia, a acupuntura, a homotoxicologia, a homeopatia e a ozonioterapia medicinal, para medidas como as cirurgias minimamente invasivas, tratamento com laser e radiofrequência, terapias endoscópicas ou mesmo as artrodeses, em último caso. https://www.minhavida.com.br/saude/temas/estresse https://www.minhavida.com.br/saude/temas/alcoolismo https://www.minhavida.com.br/temas/sedentarismo https://www.minhavida.com.br/temas/fisioterapia https://www.minhavida.com.br/bem-estar/tudo-sobre/18555-acupuntura DEDO EM GATILHO ➢ Também conhecido como dedo engatilhado ou tenossinovite estenosante, é uma inflamação do tendão responsável por dobrar o dedo, que faz com que o dedo afetado fique sempre dobrado, mesmo quando se tenta abri-lo, causando dor intensa na mão. O polegar, o dedo médio e o anelar são os dedos mais frequentemente afetados, mas a inflamação pode acontecer em qualquer dedo, especialmente em mulheres de meia-idade. ➢ Causa: realização de atividades repetitivas com a mão, diabetes controlada, problemas reumáticos. No entanto, na maioria dos casos a causa é desconhecida. ➢ Sintomas: dor na base dos dedos ou na palma da mão, inchaço do dedo, endurecimento do dedo, dedo dobrado que, ao tentar esticar, produz um estalido doloroso parecido com um gatilho. Geralmente, estes sintomas são mais intensos durante a manhã, devido à inatividade e aumento do inchaço que pode geralmente acontece durante a noite. ➢ Tratamento: exercícios e massagens, que servem para fortalecer os músculos responsáveis por esticar a mão e os dedos, manter a mobilidade e aliviar o inchaço e a dor, Usar uma tala própria durante algumas semanas que mantém o dedo sempre esticado, Fazer repouso por 7 a 10 dias, evitando atividades manuais repetitivas e que necessitem de esforço, Aplicar compressas quentes ou calor local com água morna, principalmente pela manhã, para aliviar a dor, Usar gelo por 5 a 8 minutos no local para aliviar o inchaço durante o dia, Passar pomadas anti- inflamatórias com Diclofenaco, por exemplo, para reduzir a inflamação e a dor. TENDINITE NA PATA DE GANSO ➢ A tendinite na pata de ganso, também chamada de tendinite anserina, é uma inflamação na região do joelho, que é composta por três tendões, que são: o sartório, grácil e semitendinoso. Esse conjunto de tendões é responsável pelo movimento de flexão do joelho e fica próximo à bursa anserina, que é uma bolsa com líquido que funciona como um amortecedor de impacto no joelho. ➢ Causa: acontece, principalmente, em mulheres que estão acima do peso e pode surgir devido outros problemas de saúde como diabetes, pés chatos, deformidades do joelho, traumas ou excesso de atividade física que exige esforço no joelho. ➢ Sintomas: dor na face interna do joelho, dificuldade para subir ou descer escadas, sensibilidade ao apalpar a região do joelho, dor latejante ao sentar. ➢ Tratamento: O tratamento para tendinite na pata de ganso, é muito parecido com o tratamento da bursite no joelho, sendo indicado por um ortopedista e pode ser feito através de repouso, crioterapia, fortalecimento dos músculos que sustentam o joelho, alongamento dos tendõesda pata de ganso, aplicação do ultrassom no joelho, TENS, acupuntura. LESÕES DO MANGUITO ROTADOR ➢ Há muitos graus de lesões do manguito rotador. São consideradas lesões menores as inflamações ou tendinite. Já as mais graves são identificadas pela ruptura parcial das fibras dos tendões ou pela ruptura completa do tendão que faz com que o músculo se retraia afastando-se do osso. ➢ A lesão do manguito rotador é dividida em três estágios: Fase 1: Edema, inflamação e hemorragia Fase 2: Fibrose e tendinite, com ou sem lesões parciais Fase 3: Ruptura completa do tendão, associada a alterações ósseas ➢ Causa: pode ter diversas causas, que vão desde desgaste progressivo da articulação, irritação do ombro pelo surgimento de esporões no osso ou pela danificação do tendão durante a realização de atividades repetitivas ou levantamento de peso por um tempo prolongado. ➢ Sintomas: Os sintomas dependem de qual estágio esteja a ruptura. Normalmente os pacientes apresentam dor e diminuição da força durante a elevação do braço, podem acordar à noite com dor no ombro acometido, movimentos como a retirada de carteira do bolso da calça geram desconforto. Nas fases 1 e 2, pode ocorre dor no ombro e na face lateral do braço relacionada a movimentos repetidos de elevação. Podendo ocorre limitação de mobilidade e crepitação. Além da dor, que é mais intensa e frequente no período noturno, na fase 3 podem ocorrer graus variáveis de perda de força e do movimento de elevação, abdução e rotações, dependendo do local e tamanho da ruptura. ➢ Tratamento: uso de analgésico e anti- inflamatórios para atenuar os sintomas de dor. Repouso, evitando atividades e movimentos que provoquem a dor. Fisioterapia, reforço muscular, requerem mobilização precoce para prevenir rigidez do ombro, exercícios escapulotorácico, isométricos submáximos em cadeia cinética fechada e exercícios proprioceptivos em cadeia cinética aberta, fortalecimento muscular, alcançar níveis de funcionalidade, recuperar força, potência e resistência muscular. PROTOCOLOS ➢ O protocolo PRICE, é um procedimento que você deve fazer para iniciar rapidamente o tratamento da sua lesão, de preferência já no local do trauma, cada uma das letras tem um significado. ➢ O protocolo mais atualizado é o PEACE&LOVE, cuja siglas significam:
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