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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 2 – AD 2 – PERÍODO – 2016/2º Disciplina: Instituições de Direito Público e Privado Coordenador: Prof. Afranio Faustino de Paula Filho Conteúdo: Aulas 8 a 11 Data-limite para entrega: 16/10/2016 (23:55h) Total de Pontos: 100 (Cem) GABARITO: Após estudar as aulas 8 a 11 desta disciplina, escreva um texto on-line, respondendo às questões que se seguem: 1. Quando afirmamos que a imprescritibilidade, a inalienabilidade, a irrenunciabilidade e a uni- versalidade são as características dos direitos e garantias do ser humano, o que queremos dizer com isto? (20 pontos) Expectativa de Resposta: Queremos dizer que: A imprescritibilidade desses direitos significa que eles não se perdem pelo decurso do tempo, ou seja, não prescrevem (não têm prazo de validade). A inalienabilidade significa a impossibilidade de transferência dos direitos a outra pessoa, seja a título gratuito, seja a título oneroso. Isso significa que uma pessoa não pode doar ou vender seus direitos a outra pessoa. Por irrenunciabilidade entende-se que não se pode renunciar a nenhum des- ses direitos. Hoje há uma grande discussão a respeito dessa característica, quando pensamos em temas como eutanásia, aborto e suicídio. A universalidade reflete a abrangência desses direitos, englobando todos os indivíduos, independentemente de seu sexo, cor, credo ou nacionalidade. 2. Considerando as classificações de órgãos públicos, estudadas nas páginas 44 e 45 do ca- derno didático, como poderemos enquadrar o Congresso Nacional, o Ministério da Educação e o serviço de portaria da Universidade Rural? Justifique cada uma de suas opções. (20 pon- tos) Expectativa de Resposta: CONGRESSO NACIONAL – é órgão independente, porque está previsto constitucionalmente; composto, porque possui outros órgãos em sua estrutura; e colegiado, porque possui vários titulares que decidem em igualdade de condições, mediante manifestação majoritária e conjun- ta. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – é órgão autônomo, porque se localiza na cúpula da Administra- ção Pública, imediatamente abaixo do órgão independente Presidência da República; compos- to, porque possui outros órgãos em sua estrutura; e singular, porque atua e decide através de um único titular, que é seu chefe e representante. SERVIÇO DE PORTARIA DA UNIVERSIDADE RURAL – é órgão subalterno porque tem atribui- ções de execução e se encontra subordinado a outros mais elevados na posição estatal; sim- ples, porque não possui outros órgãos em sua estrutura; e singular, porque atua e decide através de um único titular, que é seu chefe e representante. 3. No caderno didático, você teve a oportunidade de se familiarizar com os princípios básicos que regem a Administração Pública brasileira, quais sejam: Legalidade, Impessoalidade, Mo- ralidade, Publicidade e Eficiência. Estes são normalmente conhecidos como princípios consti- tucionais explícitos, isto é, expressamente declarados pela Constituição Federal. No entanto, existem outros princípios que também são importantes para a Administração Pública, mas que não estão constitucionalmente explícitos. Por este motivo, são conhecidos como princí- pios implícitos, embora possam até ser expressos na legislação infraconstitucional. Alguns destes princípios implícitos são os princípios da finalidade, da motivação, da razoabilidade, da proporcionalidade, da ampla defesa, do contraditório, da segurança jurídica, do interesse pú- blico, da continuidade do serviço público, da hierarquia e da autotutela, dentre outros. Assim sendo, pesquise na bibliografia recomendada ou em endereços da internet sobre os referidos princípios implícitos e discorra sobre três deles, num máximo de 5 (cinco) linhas para cada um. Assim sendo, pesquise na bibliografia recomendada ou em endereços da internet sobre os referidos princípios implícitos e discorra sobre três deles, num máximo de 5 (cinco) linhas para cada um. Não se esqueça de indicar a fonte de sua pesquisa. (30 pontos) Expectativa de Resposta: Não há uma resposta padrão. O aluno deverá buscar a informação em livros e sites da internet. Abaixo, seguem 2 deles: http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=3204 http://jus.com.br/revista/texto/3489/principios-constitucionais-da-administracao-publica/print 4. No caderno didático você aprendeu que o Poder Constituinte pode ser conceituado como “o poder de elaborar ou modificar uma constituição”, que, como também foi explicado, é a prin- cipal lei de um país. Em outras palavras, ele também pode ser conceituado como “o poder de construir e reconstruir o ordenamento jurídico do Estado”. Você também deve ter aprendido que o poder constituinte pode ser classificado em duas grandes categorias que, por sua vez, também se subdividem. Assim sendo, discor- ra livremente sobre estas duas categorias e suas subdivisões, inclusive dando exem- plos, quando isto for adequado. (30 pontos) Expectativa de Resposta: Pode ser classificado em ORIGINÁRIO e DERIVADO. a) PODER ORIGINÁRIO (também denominado genuíno, primário ou de primeiro grau) – é o poder de elaborar uma constituição. No que concerne à sua natureza jurídica, a dou- trina majoritária pátria sustenta que esse poder não encontra limites no Direito Positivo anterior (no ordenamento jurídico precedente) e não deve obediência a nenhuma regra jurídica preexistente. Por isso, é caracterizado como inicial (nenhum poder está acima dele), incondicionado (não se subordina a regras anteriores) e autônomo (decide a idéia de direito que prevalece no momento). Em outras palavras, o poder constituinte originário é capaz de construir uma nova ordem sem nenhum tipo de limitação jurídica já estabelecida. Em tese, esse poder só será legítimo se sustentado por amplo proces- so democrático dialógico que ultrapasse os limites da representação parlamentar e se- ja capaz de responder pelos diversos entendimentos acerca da complexa sociedade nacional, visando a promover debates nos quais é levada em conta a vontade do povo (seus interesses, sua cultura, sua tradição histórico-social e seus valores). Na prática, seu representante (deputado, senador) é quem irá responder por esse poder. O caráter inicial (original) remete à criação do Estado por intermédio da elabo- ração de uma constituição promulgada pela Assembléia Nacional Constituinte (ANC). Em alguns Estados, no entanto, o seu surgimento não decorre de uma ANC, mas de revolução, rebelião ou golpe de Estado, como foi o caso da revolução francesa. Nesses casos, a constituição é denominada outorgada (como foi visto na Aula 7). b) PODER DERIVADO (também denominado instituído, reformador, secundário, consti- tuído, ou de segundo grau) – é o estabelecido na constituição pelo poder constituinte originário. Está inserido na própria Constituição, pois decorre de uma regra jurídica constitucional, e está sujeito a limitações expressas e implícitas; logo, passível de CONTROLE DA CONSTITUCIONALIDADE. Esse poder não pode criar uma nova constituição, apenas modificar dispositivos le- gais no texto constitucional (competência reformadora). É, portanto, derivado (deriva do poder originário), subordinado (está abaixo do poder originário) e condicionado (deve seguir regras já estabelecidas). O poder constituinte derivado pode ainda ser dividido em: Reformador: objetiva criar condições permanentes para modificação do texto consti- tucional, adaptando-o às novas necessidades sociais, políticas e culturais (conforme consta na subseção II, Da Emenda à Constituição, art.60 da CF/88 e art. 3º do Ato das Disposições ConstitucionaisTransitórias – ADCT, que trata da revisão constitucional – outra forma de materialização do poder reformador). É, portanto, o poder de reformular a redação de um artigo. Revisional: objetiva a reavaliação do texto constitucional após um determinado perí- odo de vigência, visando à mudança de seu conteúdo por um procedimento específico (seguindo regras estabelecidas pelo poder constituinte originário), expressando-se mediante emendas constitucionais (cf. arts. 59 e 60 da CF/88). Esta revisão está previs- ta na própria constituição, no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, em seu art. 2º, nos seguintes termos: “No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo (parlamentarismo ou presidencialismo) que deverá vigorar no País”. Esta revi- são acabou feita, graças à Emenda Constitucional 02, de 1992, no dia 21 de abril de 1993. Decorrente: aquele conferido pela Constituição aos Estados-Membros da Federação, respeitando os princípios constitucionais. Resultando do poder de auto-organização que foi estabelecido pelo poder constituinte originário. Em suma, determina a autono- mia das federações na forma de sua constituição (dos estados, do Distrito Federal e até os municípios, estes na forma de lei orgânica). O art. 25 da CF assim determina (Cap. III, Dos Estados Federados): “Os estados organizam-se e regem-se pelas consti- tuições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição”. Boa atividade! Em caso de dúvida, procure preferencialmente o seu TUTOR PRESENCIAL, pois a correção da AD é de responsabilidade dele(a). As regras das ADs estão discriminadas no Guia da Disciplina.
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