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ABDOME NA SÍNDROME EDEMATOSA (1)

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ABDOME NA SÍNDROME EDEMATOSA
Edema é o excesso de líquido acumulado no espaço intersticial ou no interior das próprias células. Pode ocorrer em qualquer sítio do organismo. O edema está associado, geralmente, à diminuição da pressão oncótica das proteínas, ao aumento da pressão hidrostática, ao aumento da permeabilidade capilar, à retenção de sódio e à retenção de sódio. E pode estar relacionado à várias causas: síndrome nefrítica, síndrome nefrótica, ICC, cirrose hepática, desnutrição proteica, fenômenos angioneuróticos, gravidez, toxemia gravídica, pré-menstrual e medicamentos.
Edema abdominal está associado, geralmente, à cirrose hepática, no qual é generalizado, mas quase sempre discreto (+ a ++). Predomina nos MMII e é habitual a ocorrência de ascite concomitante. É mole, inelástico e indolor.
Entende-se por ascite a presença de líquido na cavidade abdominal. Na ascite de origem hepática participam vários fatores. A cirrose é a causa mais comum e serve como modelo para o estudo dos elementos implicados na sua formação. 
Quando o exame físico é feito nesses pacientes, observa-se: atitude lordótica nos pacientes com ascite de grande volume, relevo venoso na parede abdominal e torácica, e a presença de hérnia umbilical, inguinal ou inguinoescrotal, que podem ocorrer isoladas ou associadas.
Divide-se a ascite em três categorias:
Grande volume: abdome tenso, de forma globosa, que não se modifica com as várias posições. É usada a manobra de piparote para confirmar o diagnóstico.
Médio volume: o volume se limita a 2/3 da altura abdominal, formando uma protrusão menor que a de grande volume. É conhecido como abdome de batráquio. O líquido se acumula nos flancos quando o paciente está em decúbito dorsal. É usada a técnica da pesquisa de macicez móvel.
 Pequeno volume: é imperceptível com o paciente em decúbito dorsal, sendo diagnosticado por USG. O paciente é examinado de pé e o examinador tem que estar atento à mudança de som no abdome superior até o baixo ventre; essa percussão deve ser complementada pelo piparote.
É importante observar, ainda, que na palpação superficial percebe-se cacifo nas regiões edemaciadas e na palpação profunda usa-se a técnica do rechaço para saber possíveis alterações dos órgãos.

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