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Sinais Vitais: Respiração INTRODUÇÃO Sucessão rítmica de movimentos de expansão e retração pulmonar (inspiração e expiração), com a finalidade de trocas gasosas. (PRADO; GELBECK, 2002) FENÔMENO QUE INCLUI: ● A captação de O2 do ar atmosférico; ● Utilização deste O2 pelos tecidos; ● Eliminação do CO2 como produto residual do metabolismo. PRESSÃO INTRATORÁCICA Na Inspiração, o diafragma baixa e as paredes do tórax dilatam-se, levando a uma ↓ da pressão intra-torácica cerca de 2 a 3 mm/Hg e assim o ar é aspirado para os pulmões. Na Expiração, o diafragma relaxa, as paredes do tórax contraem levando a um ↑ da pressão intra-torácica e assim o ar é expelido dos pulmões para o ar atmosférico. CAUSAS QUE ALTERAM A RESPIRAÇÃO Fisiológicas: ● Diminuem: Sono e repouso, banho quente. ● Aumentam: Exercícios físicos, emoções, banho frio. Patológicas: ● Diminuem: Drogas deprimentes (sedativos e anestésicos). ● Aumentam: Doenças respiratórias, doenças nervosas e cardíacas, coma diabético/coma urêmico, ansiedade/dor, tabagismo crônico, anemias e temperaturas extremas altas ou baixíssimas. COMO VERIFICAR A RESPIRAÇÃO O Paciente deve estar em repouso (posição ortostática, decúbito dorsal, sentado, semi-fowler ou fowler) e com o tórax desnudo; Colocar os dedos indicador e médio sobre a artéria radial, como se estivesse verificando o pulso; Observar discretamente os movimentos de subida e descida do tórax, contando-os, durante 1 minuto; Caracterizar quanto a frequência, profundidade, localização, ritmo, som e tipo de respiração. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: Não verificar a respiração após realização de esforços físicos; Não permitir que o cliente converse durante o procedimento. O QUE AVALIAR? ● Frequência, profundidade, localização, ritmo, som, tipo. FREQUÊNCIA: Varia conforme atividade física, estado emocional e faixa etária: ● LACTENTES (34 a 40 inc/min ou 30 a 50 inc/min) ● CRIANÇAS COM 2 ANOS DE IDADE (24 a 32 inc/min) ● CRIANÇAS AOS 10 ANOS DE IDADE (20 a 26 inc/ min) ● ADULTOS (14 a 20 inc/min ou 12 a 18 inc/ min ou 14 a 16 inc/ min ou 16 a 20 inc/min). ● IDOSOS (16 a 25 inc/min) OBS: Proporção entre a respiração e o pulso - 1:4 ou 1:5, podendo ser alterada em estado de doença. Ex: R=20 inc/min → P= 80 ou 100 bpm; R=15 inc/min → P= 60 ou 75 bpm. OBS: Geralmente há um ↑ de 2 a 3 incursões para cada 1ºC acima da temperatura normal. Ex: Uma pessoa com 37oC e 16 inc/min, caso a temperatura aumente para 38ºC passará a apresentar 18 a 19 inc/min. PROFUNDIDADE: Normal, superficial e profunda. LOCALIZAÇÃO: Torácica, abdominal ou diafragmática, e toracoabdominal RITMO: Regular ou irregular. SOM: Ruidosa, sibilante, estertorosa, estridente. TIPOS DE RESPIRAÇÃO: EUPNÉIA – respiração normal, destituída de esforço, regular e silenciosa; TAQUIPNÉIA (POLIPNÉIA) – ↑ anormal da freqüência respiratória, ou seja, respiração excessivamente rápida e superficial; BRADIPNÉIA – ↓ anormal da freqüência respiratória, ou seja, respiração excessivamente lenta. DISPNÉIA - dor ou dificuldade para respirar. Pode estar acompanhada de outros sinais de dificuldade respiratória. APNÉIA - ausência de respiração, devido à cessação dos movimentos respiratórios. RESPIRAÇÃO DE CHEYNE – STOKES → Série de respirações cada vez mais frequentes, intensas e ruidosas, até que se atinge um clímax então ocorre a diminuição da frequência e profundidade seguidos de uma pausa, repetindo-se o ciclo. Caracteriza-se por taquipnéia alternados com apnéia. Ex: ICC, AVE, TCE, pacientes em fase terminal. RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL → Caracteriza-se por aumento acentuado na frequência e profundidade da respiração, sem ocorrer pausas. Ex: Cetoacidose diabética, Coma urêmico. RESPIRAÇÃO DE BIOT → Consiste emmovimentos respiratórios rápidos e profundos, alternados com apnéia intermitente. Por isso, assemelha-se com a respiração de Cheyne Stokes. Ex: Meningite ou lesões bulbares. TERMOS UTILIZADOS NA COMPREENSÃO DA RESPIRAÇÃO HIPOXEMIA – ↓ da disponibilidade do oxigênio no sangue circulante; HIPÓXIA – ↓ da disponibilidade do O2 nos tecidos corpóreos; ANÓXIA – ausência de O2 nos tecidos, verificada através da cianose (lóbulo da orelha, lábios, maçãs do rosto, ponta do nariz, leito ungueal, falanges distais); ORTOPNÉIA – estado em que o indivíduo respira commais facilidade na posição sentada ou em pé; PLATIPNÉIA - sensação de dispneia, que surge ou se agrava com a adoção da posição ortostática, particularmente em pé. TREPOPNÉIA - É a sensação de dispneia, que surge ou piora em uma posição lateral, e desaparece ou melhora com o decúbito lateral oposto. RESPIRAÇÃO ESTERTOROSA – respiração ruidosa evidenciando ruídos denominados estertores; RESPIRAÇÃO SIBILANTE – respiração ruidosa evidenciando sons denominados sibilos (decorrem do estreitamento da luz dos brônquios por edema da mucosa). HIPERVENTILAÇÃO – Respiração rápida e profunda resultando em perda excessiva de dióxido de carbono. Causas: hipóxia, ansiedade, exercício, acidose metabólica, infecção, choque; HIPOVENTILAÇÃO – Respiração superficial e lenta havendo retenção de dióxido de carbono ou comprometimento da ventilação alveolar. Resultante de sedação ou aumento da pressão intracraniana (PIC).
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