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Perdão do ofendido

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Perdão do ofendido
Conceito: é a manifestação de vontade, expressa ou tácita, do ofendido ou de seu representante legal, no sentido de desistir da ação penal privada já iniciada, ou seja, é a desistência manifestada após o oferecimento da queixa.
Distinção: a renúncia é anterior e o perdão é posterior à propositura da ação penal privada.
Cabimento: só cabe na ação penal exclusivamente privada, sendo inadmissível na ação penal privada subsidiária da pública, já que esta mantém
sua natureza de ação pública.
Oportunidade: só é possível depois de iniciada a ação penal privada, com o oferecimento da queixa e até o trânsito em julgado da sentença (CP, art. 106, § 2º).
Formas: são elas:
a) processual: concedido nos autos da ação penal (é sempre expresso);
b) extraprocessual: concedido fora dos autos da ação penal (pode ser expresso ou tácito);
c) expresso: declaração escrita, assinada pelo ofendido, seu representante legal ou procurador com poderes especiais;
d) tácito: resulta da prática de ato incompatível com a vontade de prosseguir na ação penal (sempre extraprocessual).
Aceitação do perdão: o perdão do ofendido é ato jurídico bilateral, pois não produz efeito quando recusado pelo ofensor.
Motivo: interesse do querelado em provar sua inocência.
Querelado maior de 18 anos: somente ele pode aceitar o perdão, pois, como se trata de maior plenamente capaz, não existe a figura do representante legal.
Querelado menor de 18 anos: é inimputável e não pode ser querelado.
Formas de aceitação do perdão: são elas:
a) expressa: declaração escrita, assinada pelo querelado, dizendo que aceita o perdão (pode ser processual ou extraprocessual);
b) tácita: prática de ato incompatível com a vontade de
recusar o perdão (pode ser processual ou extraprocessual);
c) processual: nos autos do processo;
d) extraprocessual: fora dos autos do processo.
Aceitação tácita do perdão: o querelado é notificado para dizer se aceita o perdão no prazo de 3 dias; se, após esse prazo, permanecer em silêncio, presume-se que o aceitou (CPP, art. 58).
Efeitos do perdão aceito: extinção da punibilidade, com o afastamento de todos os efeitos da condenação, principais e secundários.

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