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Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 1 Estado Moderno e Comtempora neo – estudo dirigido Material de disciplina Videoaulas 1 a 6 Rotas de Aprendizagem 1 a 6 ACQUAVIVA, Marcus Claudio Teoria Geral do Estado Manole: Barueri, 2010. ALEXY, Robert. Teoría de los Derechos Fundamentales. Madrid: Centro de Estudios Polí ticos y Constitucionales, 2001. FARIA, Claudia Feres. Estado e organizaça o da sociedade civil no Brasil contempora neo: construindo uma sinergia positiva. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 18, n. 36, p. 187-204, jun. 2010 FERREIRA, Ana Paula; MERCHER, Leonardo. Relações Internacionais na Idade Moderna: um panorama histórico. Intersaberes: Curitiba, 2015. FLORENZANO, Modesto. Sobre as origens e o desenvolvimento do estado moderno no ocidente. Lua Nova, Sa o Paulo, n. 71, p. 11-39, 2007. HAMMER, Dean. Roman Political Thought: From Cicero to Augustine. Cambridge University Press: 2014. HELD, David. A democracia, o estado-naça o e o sistema global. Lua Nova, Sa o Paulo, n. 23, p. 145-194, Mar. 1991. SOARES, Ma rcia Miranda. Federaça o, democracia e instituiço es polí ticas. Lua Nova, Sa o Paulo, n. 44, p. 137-163, 1998. WANG, Daniel Wei Liang. Escassez de recursos, custos dos direitos e reserva do possí vel na jurisprude ncia do STF. Rev. direito GV, Sa o Paulo, v. 4, n. 2, p. 539-568, dez. 2008. Neste breve resumo, destacamos a importa ncia para seus estudos de alguns temas diretamente relacionados ao contexto trabalhado nesta disciplina. Os temas sugeridos abrangem o conteu do programa tico da sua disciplina nesta fase e lhe proporcionara o maior fixaça o de tais assuntos, consequentemente, melhor preparo para o sistema avaliativo adotado pelo Grupo Uninter. Esse e apenas um material complementar, que juntamente com a Rota de Aprendizagem completa (livro-base, videoaulas e material vinculado) das aulas compo em o referencial teo rico que ira embasar o seu aprendizado. Utilize-os da melhor maneira possí vel. Bons estudos! Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 2 Sumário Tema: Feudalismo e absolutismo ..................................................................................................................................... 3 Tema: Contratualistas ....................................................................................................................................................... 4 Tema: Fundamentos da Constituiça o Nacional ............................................................................................................... 6 Tema: Organizaça o dos sistemas de governo .................................................................................................................. 9 Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 3 Tema: Feudalismo e absolutismo Como quer que seja, a questa o da origem e do desenvolvimento do Estado moderno na Europa Ocidental foi tratada pela historiografia do se culo XIX, e da primeira metade do se culo XX, de tal maneira que acabou por se confundir, por um lado, com a questa o da formaça o do sentimento nacional e da nacionalidade, e, por outro lado, simultaneamente, com a questa o do pro prio advento da modernidade, aparecendo o Estado como portador e realizador de ambas. Por sua vez, como esse Estado nacional, em praticamente todos os lugares onde se configurou plenamente o fez sob forma mona rquica e absolutista, monarquia e absolutismo remetem, na ponta ascendente de sua trajeto ria histo rica, a sua relaça o com o feudalismo e o fim da Idade Me dia, e, na ponta descendente, a sua relaça o com o capitalismo e o iní cio da Idade Moderna e Contempora nea (ou fim da Primeira Idade Moderna). (FLORENZANO, Modesto. Sobre as origens e o desenvolvimento do estado moderno no ocidente. Lua Nova, Sa o Paulo, n. 71, p. 11- 39, 2007). Para diferenciar a organizaça o polí tica feudal (feudalismo) da organizaça o polí tica do iní cio da Idade Moderna (mercantilismo) e necessa rio ter em mente que no feudalismo a organizaça o polí tica era feita por feudos e senhores feudais, enquanto que no iní cio da Idade Moderna era feito por monarquias centralizadoras que buscavam enriquecer por meio do mercado. E na Idade Moderna que surge o Estado. Ademais, para nos perguntarmos se o Estado moderno foi a u nica organizaça o polí tica das sociedades na histo ria da humanidade devemos saber que a resposta e negativa: o Estado moderno e um processo ocidental, mas muitas outras organizaço es existiram, como cidade-estado, feudos, tribos e outras formas polí ticas em nossa histo ria ao redor do mundo. --- Apo s o fim da Guerra dos Trinta Anos (1618-1648), a Paz de Vestefa lia se colocou como um conjunto de tratados – Tratados de Vestefa lia – que “inauguraram” as relaço es internacionais ocidentais e consolidaram um sistema internacional de Estados que perdura por toda Idade Moderna. (FERREIRA, Ana Paula; MERCHER, Leonardo. Relações Internacionais na Idade Moderna: um panorama histórico. Intersaberes: Curitiba, 2015, p. 37). O sistema de Estados da Idade Moderna foi marcado pelos regimes absolutistas. Diferentemente das monarquias constitucionais democra ticas, o Estado mona rquico absolutista na Idade Moderna definiu diversas dina micas nacionais e internacionais. Para caracterizar de forma breve e objetiva algumas caracterí sticas do absolutismo que marcou o iní cio da Idade Moderna e preciso estar atento aos seguintes to picos que marcaram esse processo: Centralizaça o polí tica e econo mica; crista o; sociedade de corte; dinastias; legitimaça o do uso da força contra crista os e ba rbaros; poder divino proviso rio dos governantes dado pela Igreja Cato lica; mercantilista; acumulador; expansionista; competitivos; diplomacia oculta; guerras e conflitos de coaliza o; maior autonomia polí tica a Igreja Cato lica. Como sabemos, um pouco antes do Fim da Guerra dos Trinta Anos, em 1532, Nicolau Maquiavel, em sua obra O Prí ncipe, utilizou o termo Estado soberano para se referir a um governo soberano territorial moderno. Se quisermos caracterizar o que e um Estado soberano centralizador e preciso considerar os seguintes aspectos: uma organizaça o polí tica que centra em si as tomadas de deciso es sobre as mais diversas esferas da vida em sociedade, como no come rcio e na burocracia. Monopo lio e uso legí timo da força; defesa e expansa o de suas fronteiras; estrutura centralizadora; arrecadaça o de impostos; exploraça o Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 4 de terras conquistadas; relaço es dina sticas; competitivo; belicoso; crista o nos valores do ha bito; mercantilista; acumulador; guerras e conflitos de coaliza o. --- De acordo com as ví deoaulas vimos que o sistema feudal entrou em profunda crise no se culo XIV em raza o de fatores como a ascensa o da burguesia nas cidades medievais, que passaram a ter uma intensa movimentaça o comercial nesse perí odo. Para discorrer brevemente sobre a crise do sistema feudal precisamos saber que a crise do sistema Feudal forçou tanto os senhores feudais quanto os burgueses que estavam em ascensa o a traçarem estrate gias de desenvolvimento de suas estruturas econo micas. O declínio do feudalismo e a origem do capitalismo foram, em grande parte, dois feno menos histo ricos independentes, apesar de se desenrolarem simultaneamente. Foi do campo que nasceram as bases materiais para a indu stria, sobretudo no caso ingle s, e, ao mesmo tempo, a experie ncia do come rcio nas cidades criou a sofisticada relaça o de troca moneta ria, que foi a base do cre dito e do sistema financeiro que se desenvolveu posteriormente. Tema: Contratualistas Atentemos para os respectivos momentos e contextos em que surgem as obras daqueles dois pensadores. Os seis livros da Repu blica, de Bodin, sa o de 1576, quando a França esta mergulhada nas guerras de religia o, e o Leviata , de Hobbes, de 1651, quando a Inglaterra acaba de sair da guerra civil. E consenso entre os estudiosos do pensamento polí tico, que, no livro de Bodin, aparece formulada, pela primeira vez e da maneira mais completa, a teoria do absolutismo mona rquico, fundamentada no conceito de soberania, que ele foi o primeiro a elaborar, ou seja, que a autoridade tem de ser absoluta; e que, no livro de Hobbes, temos isso tambe m, e muito mais do que isso, ou seja, uma teoria radicalmente nova da sociedade e da polí tica, o chamado contratualismo ou jusnaturalismo. Tendo em vista esses respectivos panos de fundo, na o surpreende que tanto Bodin quanto Hobbes fossem visceralmente contra rios a qualquer tipo de governo misto, o qual implica necessariamente aquilo que para eles constituí a o pior dos males: a divisa o da soberania. (FLORENZANO, Modesto. Sobre as origens e o desenvolvimento do estado moderno no ocidente. Lua Nova, Sa o Paulo, n. 71, p. 11-39, 2007). Para explicar por que Thomas Hobbes e considerado um contratualista devemos saber que Thomas Hobbes e considerado um filo sofo contratualista pois investigava o surgimento do contrato social, ou seja, buscavam entender o surgimento do Estado e da organizaça o polí tica das sociedades. --- Nas palavras de Hobbes, "daquele grande Leviata , ou antes daquele Deus Mortal, ao qual devemos, abaixo do Deus Imortal, nossa paz e defesa", ousaria dizer, concluindo, que os italianos o criaram, os franceses e ingleses o desenvolveram e aos alema es restou o consolo de o interpretarem. (FLORENZANO, Modesto. Sobre as origens e o desenvolvimento do estado moderno no ocidente. Lua Nova, Sa o Paulo, n. 71, p. 11-39, 2007). No trecho acima, o autor esta Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 5 se referindo a criaça o e modernizaça o de uma entidade polí tica fundamental, que Thomas Hobbes compara ao monstro mitolo gico Leviata (ou a um deus mortal) ao qual devemos obedie ncia. Essa entidade e o Estado, e Hobbes faz essa comparaça o pois o Estado dete m o uso legí timo da força e da viole ncia para manter a ordem. --- O filo sofo polí tico brita nico Thomas Hobbes publicou o trabalho titulado "Leviata ", em 1651. Nesse trabalho Hobbes afirma que o ser humano, em seu estado "natural", viveria em guerra permanente. Hobbes parte do princí pio de que os homens sa o egoí stas e que o mundo na o satisfaz todas as suas necessidades. Assim, a vida do ser humano e solita ria, brutal e curta e a luta ocorreria como uma constante porque cada homem persegue racionalmente os seus pro prios interesses. O Estado e fruto de um contrato social que serviria para po r ordem nas relaço es humanas e manter o direito a vida e segurança dos que vivem em sociedade. Para explicar de forma breve e objetiva qual a relaça o entre a ameaça a vida e a criaça o do Estado segundo Thomas Hobbes devemos ter em mente que o Estado surge para garantir o direito a vida e a segurança do estado de natureza humano, competitivo e brutal. --- Na Idade Moderna, ale m das dinastias, outro fator que acabava interferindo nas deciso es regionais era a geopolí tica. Estados como os reinos italianos e os do norte europeu, que se sentiam mais vulnera veis aos vizinhos, buscavam formar coalizo es com grandes pote ncias que nem sempre os favoreciam, levando-os a guerras e conflitos em que suas economias saiam arrasadas. (FERREIRA, Ana Paula; MERCHER, Leonardo. Relações Internacionais na Idade Moderna: um panorama histórico. Intersaberes: Curitiba, 2015, p. 71). Segundo Thomas Hobbes, a organizaça o polí tica do contrato social (Estado soberano), ale m de manter a ordem interna deveria tambe m lidar, da melhor forma possí vel, com os ganhos e desafios dos povos vizinhos – outros Estados. Na o se pode afirmar que, segundo Thomas Hobbes, a relaça o internacional dos Estados seria sempre pací fica e cooperativa, sem riscos de ameaças externas, pois, para esse autor, os Estados precisam saber conviver com os interesses conflitantes dos outros Estados vizinhos. O surgimento do Estado tambe m e legitimado por existirem ameaças externas, o que reforça a centralizaça o do uso da força para a proteça o interna e externa da populaça o nacional. --- Enquanto que Thomas Hobbes denominava o Estado como Leviata , Jean Jacques Rousseau (1712-1778) escreveu no seu famoso livro “O contrato social” que o homem precisa viver em sociedade para alcançar o seu pleno desenvolvimento. (Rota de aprendizagem 1, Estado Moderno e Contempora neo). Se quisermos estabelecer uma distinça o entre pensamento de Jean Jacques Rousseau e a teoria de Thomas Hobbes sobre o homem em sociedade e aça o polí tica e preciso estar atento aos seguintes aspectos: A natureza humana para Hobbes era egoí sta, enquanto que para Rousseau era boa. Hobbes via o Estado como uma força soberana e punitiva, enquanto que Rousseau enxergava uma instituiça o racional. Hobbes defendia que a Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 6 segurança precisava de uma força comparada a um deus, acima de no s, enquanto que Rousseau via o Estado como um acordo de normas mí nimas que avança em desenvolvimento. A polí tica para Hobbes era espaço para manter a ordem e a segurança, para Rousseau para possibilitar o desenvolvimento em ordem intelectual e jurí dica. --- As leis esculpidas pela sociedade civil organizada se tornam jurí dicas quando reconhecidas pelo Estado ou admitidas na ordem jurí dica estatal. O Estado assegura de forma hegemo nica, o monopo lio da criaça o das normas jurí dicas e das aço es coercitivas necessa rias para a manutença o da ordem. No caso do Direito Internacional, sua efica cia caracteriza-se pelos tratados e costumes dos Estados Nacionais, que sa o compartilhados entre as naço es no decorrer das interaço es que envolvem as relaço es polí tico-diploma ticas e em torno do come rcio internacional multilateral. Neste sentido sabemos que o iluminismo trouxe contribuiço es a elaboraça o e consolidaça o do Estado de Direito. Para discorrer sobre esse assunto em poucas palavras e importante ter claro que o Iluminismo trouxe uma grande contribuiça o a elaboraça o e consolidaça o do Estado de Direito a medida em que buscou o estabelecimento dos direitos dos cidada os. Pore m, esse processo de modernizaça o ocorrido desde enta o, intensificou a intencionalidade racional e burocracia haja vista a acelerada urbanizaça o e os consequentes desdobramentos polí ticos, sociais, econo micos e culturais advindos deste processo. --- De acordo com o renomado filo sofo do iluminismo, Jean-Jacques Rosseuau (17712-1778), inspirador da ideologia do individualismo da Revoluça o Francesa e ainda das democracias liberais modernas, demonstra em seu famoso livro “Contrato Social” que o ser humano nasce bom, livre e feliz. Para discorrerbrevemente sobre o conceito de Contrato Social devemos saber que o contrato social se estabelece a partir do momento da necessidade de convive ncia em sociedade, ou seja, de compartilhamento de forma recí proca das relaço es sociais, econo micas, polí ticas e culturais, salvaguardando os direitos individuais e os direitos sociais. Tema: Fundamentos da Constituição Nacional Quase sempre, ao se estudar a Idade Moderna, temos a impressa o de que a Histo ria so observa as dina micas europeias. Atualmente, diversos Estados mante m caracterí sticas semelhantes em sua organizaça o polí tica, como na existe ncia de uma constituiça o nacional (de normas, direitos e deveres), forças de defesa e estruturas burocra ticas de administraça o do interesse pu blico. Mas nem sempre foi assim. Ao longo das grandes navegaço es, diversos povos foram colonizados. Assim, e possí vel afirmar que boa parte dos atuais Estados no mundo sa o reflexos dos modelos ocidentais, pois muitos Estados seguiram os modelos polí ticos europeus, tanto por herança colonial, como por influe ncia para participarem do atual sistema de Estados. A Carta Magna e um exemplo. Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 7 --- As polí ticas pu blicas para efetivaça o de direitos sociais demandam, na grande maioria das vezes, gasto de recursos pu blicos. E esse e o ponto central no debate a respeito da exigibilidade judicial dos direitos sociais, pois uma decisa o judicial para a tutela de um determinado direito social no caso concreto pode obrigar o Estado a realizar gastos pu blicos e, uma vez que os recursos pu blicos disponí veis sa o menores do que o necessa rio para oferecer a todos os cidada os todos os direitos que a Constituiça o preve , muitas vezes a Administraça o na o tem ou na o pode dispor dos recursos necessa rios para atender a decisa o judicial sem prejudicar a tutela de um outro direito que o Poder Pu blico entendeu ser mais importante. Sobre os direitos constitucionais, Robert Alexy (Teorí a de los Derechos Fundamentales, 2001, p. 498) define esse termo como "aquilo que o indiví duo pode razoavelmente exigir da sociedade". (WANG, Daniel Wei Liang. Escassez de recursos, custos dos direitos e reserva do possí vel na jurisprude ncia do STF. Rev. direito GV, Sa o Paulo, v. 4, n. 2, p. 539-568, dez. 2008). E comum ver uma relaça o conflitante entre direitos constitucionais e recursos financeiros para que o Estado os faça cumprir. Para descrever rapidamente o que sa o direitos constitucionais devemos ter em mente que tais direitos sa o inerentes ao cidada o nacional do Estado em questa o. Direitos e deveres presentes na constituiça o. Pode-se expor exemplos desses direitos, como o direito a sau de, a educaça o, a segurança, a participaça o polí tica, etc. A constituiça o tem de fazer valer os direitos, tanto individuais, como sociais. --- Quanto a s relaço es entre o direito e o Estado surgem duas teorias: teoria dualí stica e teoria monista. A teoria dualí stica afirma que o Estado e o Direito sa o realidades distintas que reciprocamente se distinguem. Ja a teoria monista reduz Estado e direito a uma so entidade – se existe direitos e porque existe o Estado e se existe o Estado e porque o fez em direitos. (Ví deo Aula 2, 17 min.). Para caracterizar brevemente qual e o papel, na teoria monista, da constituiça o (Carta Magna) para o Estado moderno e contempora neo ocidental e necessa rio saber que ela organiza, informa direitos e deveres, expo e a constituiça o burocra tica e dos poderes do Estado, orienta pra ticas e valores e outros. Sem uma constituiça o na o existe Estado. Pode existir uma sociedade organizada politicamente, mas na o o Estado --- Sabe-se que o aprofundamento da democracia requer um conjunto de formas participativas que ampliem as chances de vocalizaça o e expressa o de um nu mero cada vez maior de pessoas, capacitando-as a partilharem autonomamente o exercí cio do poder polí tico. Do ponto de vista teo rico, esta mesma crença encontra-se presente nas obras de diferentes autores: de Alexis de Tocqueville (1977) a Robert Putnam (1996), de Ju rgen Habermas (1996) a Cohen e Rogers (1995). Em todas elas, a participaça o cí vica e considerada uma varia vel determinante para a ampliaça o e para o fortalecimento das democracias, tanto no que diz respeito ao plano sociocultural quanto no que diz respeito a dimensa o polí tico-institucional. Mas na o se deve confundir aça o da sociedade civil organizada, como em protestos e manifestaço es, com a pro pria existe ncia de uma sociedade civil organizada, esta u ltima inerente ao processo de Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 8 surgimento do Estado. (FARIA, Claudia Feres. Estado e organizaça o da sociedade civil no Brasil contempora neo: construindo uma sinergia positiva. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, v. 18, n. 36, p. 187-204, jun. 2010). Ao nos questionarmos sobre se a possibilidade de existir uma sociedade civil organizada sem direitos, devemos saber que a reposta e negativa, pois o mí nimo de ordenamento jurí dico, por mais que na o esteja em uma constituiça o escrita, existe em termos de regras e normas culturais, da tradiça o e da convive ncia em sociedade, mesmo antes dos Estados surgirem. Dessa forma, a sociedade civil organizada e anterior ao Estado moderno e contempora neo ocidental. --- Uma concepça o inquestionada de soberania esta no centro do debate a respeito da democracia liberal. Trata-se da soberania do Estado-naça o. Presume-se que o Estado tem controle sobre seu pro prio destino, sujeitando-se apenas a compromissos que deve assumir e a limites impostos pelos atores, age ncias e forças operando nos seus limites territoriais. O mundo putativamente "fora" do Estado-naça o - a dina mica da economia mundial, o ra pido crescimento das ligaço es transnacionais e as grandes mudanças da natureza do direito internacional, por exemplo — e objeto de uma teorizaça o mí nima e suas implicaço es para a democracia na o sa o pensadas. (HELD, David. A democracia, o estado-naça o e o sistema global. Lua Nova, Sa o Paulo, n. 23, p. 145-194, Mar. 1991). Nesse cena rio de globalizaça o, a defesa de que o Estado deve ser independente internamente e interdependente externamente torna-se um desafio ao se culo XXI. Para explicar (resumidamente) os conceitos de independe ncia interna e interdepende ncia em relaça o a soberania do Estado e necessa rio considerar que a independe ncia interna e o exercí cio da soberania, onde o Estado dete m autoridade u nica sobre as aço es polí ticas nacionais, enquanto que a interdepende ncia e a relaça o de trocas e necessidades mu tuas entre os Estados que os mante m auto nomos, mas inseridos em um determinado cena rio limitado de possibilidades. --- Uma concepça o inquestionada de soberania esta no centro do debate a respeito da democracia liberal. Trata-se da soberania do Estado-naça o. Presume-se que o Estado tem controle sobre seu pro prio destino, sujeitando-se apenas a compromissos que deve assumir e a limites impostos pelos atores, age ncias e forças operando nos seus limites territoriais. O mundo putativamente "fora" do Estado-naça o - a dina mica da economia mundial, o ra pido crescimento das ligaço es transnacionais e as grandes mudanças da natureza do direito internacional, por exemplo — e objeto de uma teorizaça o mí nima e suas implicaço es para a democracia na o sa o pensadas. (HELD, David. A democracia, o estado-naça o e o sistema global. Lua Nova,Sa o Paulo, n. 23, p. 145-194, Mar. 1991). Nesse cena rio de globalizaça o, a defesa de que o Estado deve ser independente internamente e interdependente externamente torna-se um desafio ao se culo XXI. Segundo os conteu dos associados a s ideias de de globalizaça o e soberania, e possí vel afirmar que com as forças avassaladoras do mercado, os Estados nacionais esta o cada vez mais ameaçados pela falta de controle nos fluxos de capital, pessoas e informaça o. Eles perdem espaços de influe ncia e poder. Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 9 --- O poder soberano e um elemento essencial do Estado. Segundo Acquaviva (2010, p. 51-52) “na o ha Estado sem poder soberano, pois a soberania e a qualidade suprema do poder estatal; e ela que distingue este poder daquele observado nos grupos sociais condicionados pelo Estado.” Para discorrer em poucas palavras sobre Doutrina Pactista Medieval devemos saber que a Doutrina Pactista Medieval ensinava que todo poder vem de Deus, mas que tal poder tinha um intermedia rio: o povo, isto e , todo poder vinha de Deus por meio do povo. Sendo assim, o consentimento popular seria a fonte do poder polí tico. Ha uma diferença sutil entre as duas doutrinas, enquanto a Pactista Medieval via no acordo de vontades a fonte de governo, a doutrina do Contrato Social via em tal acordo de vontades a fonte da pro pria sociedade. (Acquaviva, 2010, p.52). A doutrina do Contrato social, por outro lado, afirmava que o poder so se torna legí timo quando se origina da vontade de todos. Ainda sobre as doutrinas, e importante saber que a Doutrina da Soberania limitada – formulada pela ex-Unia o Sovie tica durante a chamada Guerra Fria – enfatizava a necessidade de intervença o polí tico-militar naqueles Estados que estivessem ameaçados por minorias ativistas paramilitares. Tema: Organização dos sistemas de governo Um dos regimes polí ticos do Estado Contempora neo e a Repu blica. A Repu blica e uma estrutura polí tica de Estado ou forma de Governo que existe em quase todos os Estados do continente americano e em boa parte da A frica, Europa e A sia. A Repu blica nasceria de tre s forças reunidas: a libertas do povo; a auctoritas do senado; e a potestas dos magistrados. (HAMMER, Dean. Roman Political Thought: From Cicero to Augustine. Cambridge University Press: 2014, p. 49). O Brasil, como uma Repu blica Federativa, teve nessas tre s forças reunidas, a consolidaça o de seus tre s poderes (executivo, legislativo e judicia rio), onde o legislativo e bicameral (Ca mara dos Deputados e o Senado Federal). Para discorrer em poucas palavras sobre o significado de Repu blica (levando em consideraça o a Repu blica como um sistema polí tico que se contrapo e a monarquia), precisamos saber que a Repu blica e vista, mais recentemente, como uma forma de governo na qual o chefe do Estado e eleito pelo povo ou seus representantes, tendo a sua chefia uma duraça o limitada. A eleiça o do chefe de Estado, por regra chamado presidente da repu blica, e normalmente realizada atrave s do voto livre e secreto. Dependendo do sistema de governo, o presidente da repu blica pode ou na o acumular o poder executivo permanecendo por quatro anos. A origem deste sistema polí tico esta na Roma antiga, onde primeiro surgiram instituiço es como o senado. --- A organizaça o federal surgiu como um projeto de engenharia institucional que visava superar os problemas colocados a formaça o do Estado nacional estadunidense a partir da unificaça o das 13 colo nias inglesas. Desta forma, a organizaça o federal e um sistema que responde aos problemas envolvidos na formaça o de um Estado nacional em determinado contexto (contexto de heterogeneidades territoriais) ou promove a acomodaça o dos interesses territoriais dentro de um Estado nacional ja consolidado, como no caso brasileiro. O sistema federal surgiu nos Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 10 Estados Unidos da Ame rica em 1787 como um conjunto de preceitos constitucionais acordados entre forças divergentes (centrí fugas e centrí petas) — "pacto federativo" — no duplo intuito de estabelecer a unidade nacional das treze colo nias inglesas independentes e garantir a autonomia polí tica dessas colo nias. (SOARES, Ma rcia Miranda. Federaça o, democracia e instituiço es polí ticas. Lua Nova, Sa o Paulo, n. 44, p. 137-163, 1998). Mas afinal, o que e um Estado federativo? Se quisermos explicar o que seria uma Federaça o, como existe hoje nos casos do Brasil e dos Estados Unidos da Ame rica, precisamos ter em mente que uma Federaça o e um conjunto de Estados com certo grau de autonomia que formam um Estado maior ou uma naça o. O sistema federal pode ser definido como uma forma de organizaça o do Estado nacional caracterizada pela dupla autonomia territorial do poder polí tico, ou seja, na qual se distinguem duas esferas auto nomas de poder: uma central, que constitui o governo federal, e outra descentralizada, que constitui os governos-membro ou governos subnacionais, sendo que ambas te m poderes u nicos e concorrentes para governar sobre o mesmo territo rio e as mesmas pessoas. --- Os Estados Nacionais sa o a expressa o da realizaça o de um projeto social comum experimentado pelas interaço es sociais compartilhadas de um determinado povo, onde a lí ngua, as fronteiras e os costumes constroem os alicerces da sociedade civil organizada que se materializa no Estado. Como e sabido, nem todos os Estados contempora neos possuem uma homogeneidade de interaço es sociais, lí ngua, costumes e alicerces da sociedade civil em seus territo rios. Existem diversos Estados que agrupam naço es distintas, como indí genas, minorias e tnicas, etc. --- A etimologia da palavra governo transmite-nos a ideia de conduzir, administrar, dirigir. Se estendermos o conceito de poder para o governo polí tico, entendemos que o poder constituinte e a capacidade de criar ou de alterar a ordem jurí dica do Estado. Por isso e importante diferenciar Estado de governo. Para abordar a diferença entre “Chefe de Governo” e “Chefe de Estado” em um sistema republicano presidencialista (exemplo o Brasil) e em um sistema republicano parlamentarista (Alemanha) devemos saber que no primeiro caso e a mesma pessoa/cargo. No segundo sa o pessoas e cargos diferentes. O chefe de governo e o chefe de estado em um sistema republicano presidencialista e o presidente, enquanto que no parlamentarismo, o presidente e chefe de estado e o primeiro ministro o chefe de governo. O chefe de estado representa a naça o e os interesses gerais do Estado, como polí tica internacional, enquanto que o chefe de governo cuida dos tra mites junto aos interesses partida rios no legislativo e na administraça o das bases polí ticas para aprovar planos econo micos, sociais, etc. --- Aristo teles, em sua obra cla ssica Polí tica, prenuncia a separaça o das funço es do Estado, ideia que seria retomada por Montesquieu muitos se culos depois. No Brasil existe a separaça o entre os tre s poderes do Estado: executivo; legislativo; e judicia rio. Para diferenciar as funço es dos tre s poderes no Brasil (executivo, legislativo e judicia rio) diante de suas responsabilidades e Contato do Curso pelo 0800 727 0540, ou pelo link “Tutoria” no AVA, ou pelo endereço eletro nico tutoriacipol@uninter.com (CiPol) / tutoriari@uninter.com (RI). 11 atividades principais precisamos estar atentos aos seguintes aspectos: De modo geral, o poder executivo e aquele formado pelopresidente, seu gabinete de ministros e seus secreta rios. Eles governam o povo e administram os interesses pu blicos levando em consideraça o o que e estabelecido pela Constituiça o. O presidente e eleito de maneira direta pelos cidada os e tem um mandato de quatro anos, enquanto que os ministros e secreta rios sa o eleitos pessoalmente pelo presidente em questa o. O poder legislativo e aquele que tem como funça o elaborar normas de Direito e legislar as mais variadas esferas polí ticas e constitucionais do paí s, aprovando, rejeitando e fiscalizando as propostas feitas pelo poder executivo. Geralmente e constituí do por parlamentos, congressos, ca maras e assembleias. No Brasil, o poder legislativo e representado pelas Ca maras de Deputados e pelo Senado Federal. Nos ní veis municipais e estaduais o poder legislativo e encaminhado atrave s da Ca mara de Vereadores e da Ca mara de Deputados Estaduais. O poder judicia rio e aquele que tem a capacidade de exercer julgamentos. Esses julgamentos se da o atrave s das regras constitucionais e leis que adve m do poder legislativo. E obrigaça o do poder judicia rio julgar de maneira imparcial qualquer conflito que surja no paí s. No Brasil seus o rga os de funcionamento sa o o Supremo Tribunal Federal, o Superior Tribunal de Justiça, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais do Trabalho, os Tribunais Eleitorais, os Tribunais Militares e os Tribunais dos Estados. --- Referente ao poder pu blico e ao governo, podemos afirmar que o primeiro da ao governo a capacidade de fazer obedecer. Quanto ao governo, pode-se dizer que e esse e o complexo de normas que disciplinam o exercí cio do poder. Para realizar breves apontamentos sobre as diferenças entre Governo e Estado e preciso saber que que o governo e a dina mica do poder traduzida em aça o. Quem exerce esse poder, no caso o governante, e quem o torna ativo e governo em nome da populaça o. Governo e aquele grupo de pessoas que esta o em torno de um projeto polí tico que governam o paí s em determinado perí odo. Enquanto que Estado e a sociedade civil que representa a naça o, independente do governo que a lidera.
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