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Resumo Histologia II - Órgãos ( Junqueira)

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Resumo de Histologia
Prova A2
Lucas Silva
1.0 Glândulas Endôcrinas
- Hormônios são moléculas que agem como 
sinalizadores celulares;
- São secretados por células endócrinas —> 
secretam para sangue e atuam em outras 
células-alvo em locais específicos no corpo;
1.1 Hipófise
- Controlada pelo hipotálamo;
- Revestida por uma cápsula —> tecido 
conjuntivo;
- Localização:
- Sella turca —> cavidade no esfenóide
- Possui dupla origem embrionária:
- Porção de origem nervosa —> 
crescimento do assoalho do diencéfalo 
dá origem à neurohipófise (pars nervosa 
e infundíbulo);
- Porção de origem ectodérmica —> 
Forma a bolsa de Rathke —> dá origem 
à adenohipófise (pars distalis; pars 
tuberalis; pars intermédia);
1.1.2 Irrigação da hipófise
- Artérias hipofisárias superiores (direita e 
esquerda) —> eminência mediana e 
infundíbulo;
- Formam o plexo capilar primário no 
infundíbulo (fenestrados);
- Ramificam-se novamente na pars 
distalis e formam o plexo capilar 
secundário
- Artérias hipofisárias inferiores (direita e 
esquerda) —> neurohipófise e alguns 
ramos para o pedículo;
- Sistema porta hipofisário —> entre o 
plexo capilar primário e o secundário;
1.1.3 Sistema hipotálamo-hipofisário
- Importantes relações anatômicas e 
funcionais entre hipotálamo e hipófise;
- Há pelo menos 3 locais de produção de 
hormônios nesse sistema:
- Neurônios dos núcleos supraóptico e 
paraventricular (do hipotálamo) —> 
produzem hormônios peptídeos que 
se acumulam nas terminações dos 
axônios na pars nervosa. Quando 
estimulados, esses neurônios liberam 
os hormônios que passam para o meio 
extracelular e entram em capilares 
para serem distribuídos pelo corpo;
- Neurônios dos núcleos 
dorsomediano; dorsoventral; e 
infundibular —> produzem 
hormônios peptídeos que se 
acumulam nas terminações dos 
axônios na eminência mediana. 
Quando estimulados, esses neurônios 
liberam os hormônios, que entram nos 
capilares do plexo primário e são 
transportados para a pars distalis por 
vasos que ligam o plexo primário e 
secundário;
- ** Hormônios produzidos nos 
núcleos dorsomediano; 
dorsoventral; e infundibular 
controlam a secreção de 
hormônios na pars distalis;
- Células da pars distalis —> 
proteínas e glicoproteínas são 
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liberadas e vão para a circulação 
sistêmica entrando pelo plexo 
capilar secundário;
1.1.4 Adeno-hipófise
1.1.4.1 Pars distalis
- Maior parte da hipófise;
- Hormônios armazenados em grânulos de 
secreção
- Células secretoras da pars distalis:
- Secretam vários hormônios, fatores de 
crescimento e citocinas;
- Três tipos de células diferenciadas na 
coloração rotineira:
- Cromófoba—> Pouco coradas; 
podem ser células tronco ou células 
mais antigas; 
- Cromófila —> Grânulos bem 
corados, podendo ser:
- Acidófilas (produzem GH e 
prolactina)
- Basófilas (produzem FSH; LH; 
TSH; ACTH);
- Controle funcional da pars distalis:
- Hormônios secretados em picos, sendo 
que alguns tem secretados de acordo 
com o ciclo circadiano;
A) Controle pelos hormônios 
hipofisiotrópicos (ou liberadores 
hipotalámicos):
- Produzidos pelos núcleos dorsomediano; 
dorsoventral; e infundibular —> 
armazenados na eminência mediana nos 
terminais dos axônios —> transportados 
para a pars distalis pelo plexo capilar 
primário —> controlam a pars distalis
B) Hormônios produzidos por outras 
glândulas endócrinas —> mecanismos de 
retroalimentação negativa —> níveis 
séricos dos hormônios controlam sua 
secreção;
1.1.4.2 Pars tuberalis
- Região em forma de funil que cerca o 
infundíbulo da neuro-hipófise;
1.1.4.3 Pars intermédia
- Localiza-se na região dorsal da antiga bolsa 
de Rathke;
- Rudimentar em humanos;
- Composta por cordões e folículos de células 
basófilas que contém grânulos de secreção
1.1.5 Neurohipófise
- Consiste de: pars nervosa e infundíbulo;
- Produz a ocitocina e vasopressina;
- Pars nervosa:
- Sem células secretoras; possui os 
pituícitos (célula glial muito 
ramificadas)
- Composta por axônios dos neurônios 
dos núcleos supraótico e 
paraventricular (cujos corpos estão no 
hipotálamo);
- Corpos de Herring —> estruturas que 
acumulam a neurossecreção 
Células 
secretoras 
da pars 
distalis
Hormô
nios
Atividade fisiológica 
principal
Somatotrópica GH Crescimento de ossos 
longos e atuação no 
metabolismo de vários 
locais (através de IGF-1 
produzido no fígado)
Mamotrópicas PRL Desenvolvimento da 
glândula mamária na 
gestação e estimula a 
secreção de leite
Gonadotrópicas FSH e 
LH
FSH: crescimento de 
folículos ovarianos e 
secreção de estrógeno 
(mulheres) e 
espermatogênese 
(homens);
LH: ovulação e secreção 
de progesterona 
(mulheres) e estímulo as 
células de Leydig e 
secreção de androgenos 
(homens)
Tireotrópicas TSH Síntese de hormônios 
tireoideanos 
Corticotrópicas ACTH Síntese de 
glucocorticóides pelo 
cortex adrenal
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produzidas nos corpos dos neurônios e 
são transportadas para a pars nervosa 
através dos axônios.;
- Grânulos são liberados e a secreção 
entra nos capilares fenestrados da 
pars nervosa —> circulação sistêmica;
1.1.5.1 Ações dos hormônios da 
neurohipófise
- Ocitocina:
- Sua secreção é estimulada por 
distensão da vagina; da cérvice uterina 
e pela amamentação;
- **Reflexo da ejeção do leite
- Estimula contração da musculatura lisa 
da parede uterina (durante coito e 
parto);
- Estimula contração das células 
mioepiteliais em torno dos alvéolos das 
glândulas mamárias —> estimula a 
saída do leite;
- Vasopressina:
- Secretada em resposta ao aumento da 
pressão osmótica do sangue —> 
promove estimulo do núcleo 
supraótico;
- Aumenta a permeabilidade dos túbulos 
coletores renais;
- Em concentrações altas, a 
vasopressina causa contração da 
musculatura lisa dos vasos 
sanguíneos;
1.2 Tireóide
- Composta por dois lobos unidos pelo ístmo
- Função —> síntese dos hormônios T3 
(triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina ou 
tiroxina):
- Esse hormônios regulam o metabolismo 
no corpo
- Aumentam número de mitocôndrias; 
estimulam a lipólise e absorção de 
carbohidratos;
- Estão relacionados com desenvolvimento 
nervoso;
- Função —> produção de calcitonina
- Histologia da tireóide:
- Glândula endócrina folicular
- Folículos tireoideanos:
- Parede dos folículos —> epitélio 
simples composto por tirócitos;
- Cavidade repleta de colóide;
- Cápsula de tecido conjuntivo frouxo —> 
de onde saem septos para o parênquima 
—> septos tornam-se mais finos a 
medida que chegam ao folículo que são 
separados apenas por fibras reticulares;
- Órgão muito vascularizado por capilares 
linfáticos e sanguíneos (fenestrados);
- **Aspectos dos folículos:
- Varia de acordo com o corte e com a 
atividade da glândula;
- Folículos revestidos por epitélio 
simples cúbico ou cilíndrico com 
diâmetro menor e menos colóide —> 
maior atividade;
- Folículos revestidos por epitélio 
simples colunar —> menor atividade;
- Célula C (parafolicular) —> pode estar 
no epitélio do folículo ou em 
agrupamentos isolados —> produz a 
calcitonina —> inibe a reabsorção do 
tecido ósseo —> diminui a concentração 
de Ca2+ no plasma
- *Secreção de calcitonina estimulada 
pela concentração de Ca2+ no plasma
1.2.1 Síntese e armazenamento de 
hormônios nas células foliculares
- Única glândula que acumula em quantidade 
seu produto de secreção;
- Armazenamento no colóide (em humanos, 
armazenam, normalmente, quantidade de 
hormônio suficiente para 3 meses);
- *Colóide trabalha junto com os tirócitos 
para produção de T3 e T4;
- *Coloide —> principalmente composto 
pela glicoproteína tireoglobulina —> 
contém os hormônios T3 e T4;
- Coloração varia podendo ser acidófilaou 
basófila;
- Síntese e acúmulo de T3 e T4 (quatro 
etapas):
1) Síntese da Tireoglobulina:
- Síntese no retículo endoplasmático rugoso;
- Adição de carboidrato à proteina;
- Exportação pelo complexo de golgi que 
coloca a tireoglobulina em vesículas para 
serem exportadas na porção apical da 
célula —> sai para o lúmen do folículo 
2) Captação do iodeto circulante:
- Captado para o interior da célula por uma 
proteína cotransportadora que faz antiporte 
de sódio/iodo;
3) Ativação de iodeto (oxidação):
- Iodeto é oxidado por H2O2 (processo 
depende da peroxidase da tireóide);
- Transporte do ion iodeto é exportado para a 
cavidade do folículo;
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4) Iodação dos resíduos de tirosina da 
tireoglobulina:
- Adição de iodo a tireoglobulina no lúmen
1.2.2 Liberação de T3 e T4 e suas ações no 
organismo
- Passos:
- 5) O colóide, com a tireoglobulina já iodada 
transportada para o interior dos tirócitos por 
endocitose;
- 6) Proteólise e liberação das moléculas de 
T3 e T4, além de MIT (mono-iodo-tironina) e 
DIT (di-iodo-tironina);
- 7) T3 e T4 —> difundem-se pela membrana 
basolateral para o sangue; MIT e DIT 
permanecem no tirócito —> iodo é removido 
e reciclado;
- T4 é mais abundante, mas menos potente. 
T4 é convertido em T3 por células em vários 
tecidos no corpo;
- Funções:
- Regulam o metabolismo no corpo
- Aumentam número de mitocôndrias; 
estimulam a lipólise e absorção de 
carbohidratos;
- Estão relacionados com desenvolvimento 
nervoso fetal;
1.2.3 Controle da produção de hormônios 
tireoideanos
- Controle principalmente feito por:
- Teor de iodo no sangue;
- TSH produzido pela pars distalis da 
hipófise;
- Receptores para TSH na membrana basal 
das células foliculares —> TSH estimula a 
captação de iodeto circulante;
- T3 e T4 —> inibem a síntese do TSH pela 
hipófise (retroalimentação negativa)
- *Hipertireoidismo:
- Altas concentrações de T3 e T4 e baixas 
de TSH;
- Taquicardia; insônia; lipólise; hipertensão
- *Hipotireoidismo:
- Baixas concentrações de T3 e T4 e altas 
de TSH;
- Ganho de peso; hipotensão; adinamia; 
bradicardia;
1.3 Paratireoide
- 4 pequenas glândulas localizadas, 
normalmente, nos polos superiores e 
interiores da face dorsal da tireoide;
- Cada paratireóide é envolvida por uma 
cápsula conjuntiva, da qual partem 
trabéculas para o interior da glândula;
- Célula principais produzem o paratormonio 
—> função de ligar-se a receptores em 
osteoblastos —> aumentam a secreção do 
fator estimulador de osteoclastos —> 
aumentam a reabsorção óssea —> 
aumentam a concentração de Ca2+ sérico;
- Aumento da concentração de Ca2+ —> 
inibe a secreção de paratormónio.
1.4 Adrenais/Suprarenais
- Glândulas achatadas em forma de meia lua;
- Localizadas no polo superior de cada rim;
- Dividido em camada cortical (córtex adrenal 
de origem —> origem mesodérmica) e 
medular (medula adrenal —> origem 
neuroectodérmica) —> podem ser 
considerados órgãos distintos, tem funções 
e morfologia diferentes;
- A glândula é recoberta por uma cápsula de 
tecido conjuntivo denso que envia septos 
para o interior da adrenal;
- Estroma constituído principalmente por 
fibras reticulares que sustentam as células 
secretoras;
1.4.1 Circulação sanguínea
- Recebem várias artérias que entram por 
vários pontos ao redor —> seus ramos 
formam o plexo subcapsular que origina 
três grupos de vasos:
- 1) Artérias da cápsula;
- 2) Artérias do córtex —> ramificam-
se entre as células do córtex e acabam 
formando capilares sanguíneos que 
deságuam em capilares da camada 
medular;
- 3) Artérias da medula —> atravessam 
o cortex, ramificam-se e formam uma 
extensa rede de capilares na medula;
- * Suprimento duplo para a medula —> 
arterial (pelas arterias da medula) e 
venoso (pelos capilares derivados das 
artérias do córtex);
- * Endotélio capilar é fenestrado e muito 
delgado;
1.4.2 Córtex adrenal
- Células com estrutura típica de secretoras 
de esteróides;
- Hormônios não são armazenados em 
grânulos —> são, na sua maioria, 
secretados assim que produzidos (e 
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passam pela membrana, não precisam ser 
exocitados);
- Subdividido em 3 camadas concêntricas:
- 1) Zona Glomerulosa:
- Abaixo da cápsula;
- Células colunares ou piramidais;
- Células organizadas em cordões em 
forma de arco envolvidos por capilares 
sanguíneos
- Responsável pela produção de 
mineralocorticóides;
- 2) Zona fasciculada:
- Células poliédricas que contém um 
grande número de gotículas de 
lipídeos —> vacuolizada, por isso as 
células podem ser chamadas 
espongiócitos;
- Arranjo de células em cordões retos e 
regulares, semelhantes a feixes 
entremeados por capilares e dispostos 
perpendiculares a superfície do órgão
- Responsável pela produção de 
glicocorticóides;
- 3) Zona reticulada:
- Mais interna do córtex;
- Células dispostas em cordões 
irregulares;
- Células são menores que as das 
outras camadas e tem menos gotas 
de lipídeos;
- Células reticuladas;
- Células dispostas em cordões 
irregulares que formam uma rede 
anastomosada
- Responsável pela produção de 
androgenos
1.4.3 Hormônios do córtex e suas ações
-São, na maioria, esteróides;
-Produzidos a partir do colesterol —> 
obtido do plasma sanguíneo e convertido 
em pregnenolona que será usada na 
síntese dos hormônios;
-Classes de hormônios, divididas de acordo 
com as ações fisiológicas:
- Mineralocorticóides:
- Zona glomerulosa é a principal 
responsável;
- Aldosterona —> manutenção do 
equilíbrio de água, sódio e potássio no 
organismo;
- Glicocorticóides:
- Secretados principalmente pela zona 
fasciculata;
- Regulam metabolismo de carboidratos; 
lipídeos e proteínas e também 
suprimem o sistema imune
- Cortisol —> principal
- Andrógenos:
- Principalmente pela zona reticulata;
1.4.4 Controle de secreção dos hormônios 
do córtex
- Hipotálamo —> libera neurohormônio CRH 
—> estimula liberação de ACTH pela 
adenohipófise (pars distalis) —> adrenal 
(cortex) —> liberação de andrógenos 
(Desidroepiandrosterona), glicocorticóides 
(cortisol) e mineralocorticóides 
(aldosterona);
- ACTH atua somente sobre o córtex;
- Gicocorticóides circulantes —> podem inibir 
a liberação de ACTH tanto no nível do 
hipotálamo quanto da hipófise 
(retroalimentação negativa);
1.4.5 Medula Adrenal
- Células poliédricas em cordões ou 
aglomerados sustentadas por uma rede de 
fibras reticulares;
- Há células do parênquima (originadas da 
crista neural) e células ganglionares 
parassimpaticas;
- Células medulares —> possuem grânulos 
de secreção com catecolaminas (epinefrina 
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ou norepinefrina) —> são armazenadas em 
vesículas e são liberadas por exocitose;
- Todas as células da medula adrenal são 
inervadas por terminações colinérgicas de 
neurônios simpáticos pré-ganglionares:
- Neurônios simpáticos pré-ganglionares 
—> estimulam a liberação de 
epinefrina e norepinefrina pelas células
1.4.5.1 Controle da Secreção e ações dos 
hormônios da adrenal
- Células da medula armazenam os 
hormônios em grânulos;
- São secretados em grande quantidade 
em reações emocionais intensas;
- Secreção mediada pelas fibras pré-
ganglionares que inervam as células;
- Efeitos:
- Vasoconstrição; hipertensão; 
alterações da frequência cardíaca; 
elevação da glicemia;
- São parte da defesa do organismo 
frente a situações de emergência;
- Pequenas quantidades desses hormônios 
são secretadas continuamente;
- Epinefrina e norepinefrina circulantes não 
alteram a síntese e secreção desses 
hormônios pela medula adrenal.
2.0 Aparelho Reprodutor Feminino
- Formado por: 2 ovários; 2 tubas uterinas; o 
útero; a vagina e a genitália externa;
- Funções:
- Produçãodos gametas femininos 
(ovócitos);
- Manutenção do ovócito fertilizado durante 
seu desenvolvimento completo ao longo 
das fases embrionárias e fetais até o 
nascimento;
- Produção dos hormônios sexuais que 
controlam funções em diferentes partes 
do corpo;
- A partir da menarca, sofre modificações 
cíclicas em sua estrutura e atividade 
funcional —> controle neuro-hormonal;
- Menopausa última das variações cílicas 
(última menstruações);
2.1 Ovários
- Forma de amendoas, cerca de 3 cm;
- Camadas:
- Superfície recoberta pelo epitélio 
germinativo, que é pavimentoso ou 
cúbico simples;
- Túnica albugínea: tecido conjuntivo 
denso que encontra-se sob o epitélio 
germinativo;
- Região cortical —> na qual 
predominam folículos ovarianos 
(ovócito com células que os circundam 
—> folículos encontram-se no estroma 
de tecido conjuntivo do córtex);
- Região medular —> região mais 
interna com tecido conjuntivo frouxo e 
rica em vascularização;
2.1.1 Desenvolvimento inicial do ovário
- Grande Proliferação de ovogônias ainda na 
vida intrauterina;
- Ovócitos primários —> ainda na vida 
intrauterina (parada durante meiose)
2.1.2 Folículos Primordiais
- Folículo: Ovócitos envolvidos por uma ou 
mais camadas de células da granulosa;
- Os folículos primordiais:
- São formados durante a vida fetal e ainda 
não sofreram nenhuma modificação;
- Apenas uma camada de células da 
granulosa;
- Maioria localizada na região cortical 
(próxima da túnica albugínea);
- O ovócito no folículo primordial está 
parada na prófase da meiose;
2.1.3 Crescimento Folicular
- Modificações que ocorrem no ovócito, 
células da granulosa e estroma que 
começam a acontecer a partir da 
puberdade;
- Estimulado pelo FSH produzido pela 
hipófise;
1) Folículos Primário:
- Fase de muito crescimento do ovócito:
- Aumento do tamanho do núcleo;
- Aumento do número de mitocôndrias;
- Crescimento do retículo endoplasmático;
- Migração do aparelho de golgi para a 
superfície celular;
- Células da granulosa aumentam de 
tamanho e sofrem mitose —> formam uma 
única camada —> folículo primário 
unilaminar;
- Camada granulosa —> epitélio estratificado 
formado pela continuação da proliferação 
das células da granulosa —> passa a ser 
chamado folículo primário multilaminar 
(pré-antral). Células unidas por junções 
tipo gap;
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- Zona pelúcida envolve todo o ovócito
2) Folículos Secundário (antral)
- Com o crescimento, passam a ocupar 
regiões mais profundas da região cortical;
- Líquido folicular começa a acumular-se 
entre as células da granulosa. O líquido é 
rico em proteínas; glicosaminoglicanos e 
hormônios esteróides;
- Ocorre reorganização dos espaços entre 
as células —> forma o antro folicular;
- Cumulos oophorus —> espessamento de 
células formado quando essas se 
reorganizam e que serve para apoio do 
ovócito;
- Aparece corona radiata —> cama de 
células que envolve o ovócito
3) Tecas Foliculares
- Camadas do que aparecem em torno do 
folículo:
- Teca interna - células poliédricas, com 
núcleos arredondados e citoplasma 
acidófilo;
- Teca externa - organizadas de maneira 
concêntrica em torno do folículo;
4) Folículos Pré-ovulatórios
- A cada ciclo menstrual, normalmente, 
ocorre desenvolvimento muito maior de um 
folículo antral —> torna-se o folículo 
dominante —> desenvolve-se até ser 
chamado de folículo maduro ou pré-
ovulatório;
- Os outros folículos, que estravam 
desenvolvendo-se em certa sincronia com 
ele, entram em atresia;
2.1.4 Atresia Folicular
- Processo pelo qual passa a maioria dos 
folículos —> células foliculares e ovócitos 
morrem e são eliminados por células 
fagocitárias;
- Pode acontecer em qualquer fase;
- Sinais da atresia:
- Morte celular de células da granulosa;
- Separação de células da granulosa;
- Alterações no núcleo e citoplasma do 
ovócito (morte);
- Pregueamento da zona pelúcida
2.1.5 Ovulação
- Ruptura de parte da parede de um folículo 
maduro com liberação do ovócito —> é 
captado pela extremidade dilatada da tuba 
uterina;
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- Estímulo e passos para a ovulação:
- Aumento dos níveis de estrógeno 
secretado pelo folículo em 
desenvolvimento —> estimula a 
produção de LH;
- Pico de LH —> aumento da circulação 
no ovário —> extravasamento de 
proteínas plasmáticas, liberação de 
histamina; prostaglandinas; 
vasopressina e colagenase —> células 
da granulosa produzem mais ácido 
hialurônico e soltam-se da sua 
camada;
- Colagenase e morte celular 
enfraquecem uma parte da túnica 
albugínea —> ruptura de uma parte da 
parede folicular —> ovulação;
- **Logo antes da ovulação, ocorre o fim da 
primeira meiose e liberação do primeiro 
corpúsculo polar —> ocorre inicio da 
segunda meiose, que fica estacionada 
em metáfase até que ocorra a 
fertilização;
2.1.6 Corpo lúteo
- Estrutura que aparece após a ovulação. Há 
reorganização das células da granulosa e 
da teca interna;
- É uma glândula endócrina temporária
A) Formação e Estrutura do corpo
- Perda de fluido folicular após a ovulação 
causa colapso da parede do folículo;
- Pode ocorrer acúmulo de sangue no antro, 
que coagula e depois é invadido por tecido 
conjuntivo;
- Células da granulosa aumentam de 
tamanho, mas não se dividem —> células 
da granulosa-luteínicas —> 
características de células produtoras de 
esteróides;
- Células da teca contribuem, em menor 
quantidade, para o corpo lúteo —> células 
teca-luteínicas (são menores do que as 
vindas da granulosa);
- Vasos sanguíneos e linfáticos dirigem-se 
agora também para o interior do corpo 
lúteo;
- ** Estímulo —> a reorganização é 
estimulada por LH;
- As células passam a ser produtoras de 
estrógenos e progeserona
B) Destino do corpo lúteo
- Sem estímulo adicional (sem gravidez)—> 
LH estimula o corpo lúteo para secretar por 
de 10 a 12 dias —> em seguida: apoptose e 
parada da secreção de progesterona —> 
invasão por fibroblastos, gerando uma 
cicatriz, corpo albicans;
- O corpo lúteo que dura apenas um ciclo 
menstrual é denominado corpo lúteo de 
menstruação;
- Diminuição dos níveis de progesterona —
> menstruação e volta da secreção de 
FSH pela hipófise —> novo início de 
crescimento folicular
- Quando ocorre gravidez —> Células do 
trofoblasto secretam HCG —> estimula a 
manutenção e crescimento do corpo lúteo 
—> continua a produção de progesterona 
até pelo menos metade da gravidez —> 
mantém a mucosa uterina e estimula a 
secreção das glândulas uterinas 
(desenvolvimento do embrião);
- *Corpo lúteo gravídico (de gravidez)
2.1.7 Células Intersticiais
- Células da teca interna que permanecem 
isoladas ou em grupos no estroma cortical 
após a atresia do folículo do qual faziam parte;
2.2 Tubas Uterinas (de falópio)
- Tubos musculares com grande mobilidade;
- Extremidades:
- Infundíbulo: abre-se na cavidade 
peritoneal próximo a cada ovário;
- Intramural: atravessa a parede do útero e 
abre-se no interior;
- Camadas:
- 1) Mucosa;
- Epitélio colunar simples com células 
ciliadas e células secretoras e lâmina 
própria de tecido conjuntivo frouxo;
- Tem dobras longitudinais muito 
numerosas na ampola (assemelha-se 
a um labirinto em corte longitudinal);
- Na porção intramural, tem dobras 
reduzidas, aparecem apenas algumas 
protuberâncias;
- 2) Camadas musculares de músculo liso 
—> camada circular interna e longitudinal 
externa;
- 3) Serosa (folheto do peritônio);
- Os cílios da mucosa batem em direção ao 
útero —> movimentam uma camada de 
muco produzido, principalmente pelas 
células secretoras;
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- Durante a ovulação, as tubas tem 
movimentos ativos por conta da 
musculatura lisa. Além disso, a extremidade 
afunilada da ampola (que contém muitas 
fímbrias)fica muito próxima do ovário 
favorecendo a captação do ovócito;
- Secreção das tubas uterinas tem como 
funções:
- Nutrir e proteger o óvulo;
- Capacitar os espermatozóides;
- Contração da musculatura lisa e batimento 
dos cílios:
- Transportam o ovócito ou zigoto para o 
útero (ao longo do infundíbulo e restante 
da tuba);
- Impossibilita a passagem de 
microorganismos do útero para a 
cavidade peritoneal (junto com a função 
do muco);
- **Mulheres com sindrome do cílios 
imóveis —> ainda há transporte do 
ovócito ou zigoto para o útero
2.3 Útero
- Órgao em forma de pera dividido em:
- Corpo do útero, parte dilatada, 
dividida em:
- Fundo do útero (superior, em 
forma de cúpula);
- Cervice ou colo do útero 
(porção estreita que abre-se na 
vagina)
- Parede uterina:
- Relativamente espessa com três 
camadas: 1) serosa, com mesotélio e 
tecido conjuntivo; 2) miométrio; 3) 
endométrio, mucosa uterina;
2.3.1 Miométrio
- Camada mais espessa do útero, composta 
de grandes feixes de fibras musculares 
separadas por tecido conjuntivo;
- Há quatro camadas de feixes musculares:
- Primeira e quarta —> longitudinais 
paralelas ao longo eixo do órgão;
- Segunda e terceira —> intermediárias por 
onde passam os vasos do miométrio;
- Hiperplasia e hipertrofia durante a gravidez 
—> aumento do miométrio;
- Algumas células passam também a ter 
características de secretoras de proteína;
- Após a gravidez —> degeneração e 
redução de tamanho de células musculares 
lisas —> retorno do tamanho do útero ao 
tamanho, aproximadamente, normal
2.3.2 Endométrio
- Epitélio e lâmina própria com glândulas 
tubulares simples (que podem ramificar-se 
para camadas mais profunda, até próximo 
ao miométrio);
- O epitélio da cavidade uterina é simples 
colunar com células secretoras e células 
ciliadas;
- O revestimento das glândulas uterinas é 
semelhante, mas com menos células 
ciliadas;
- O endométrio pode ser dividido em:
- 1) Camada basal: mais profunda 
adjacente ao miométrio —> tecido 
conjuntivo e porção inicial das glândulas 
uterinas;
- 2) Camada funcional: restante do tecido 
conjuntivo da lâmina própria, porção final 
e de desembocadura das glândulas e 
pelo epitélio superficial. É a camada que 
sofre mais modificações ao longo do ciclo 
menstrual;
- Vasos sanguíneos que irrigam o endométrio 
são importantes para os eventos cíclicos da 
menstruação:
- Artérias arqueadas orientam-se 
circunferencialmente ao miométrio —> 
dão origem as artérias retas (irrigam 
camada basal do endométrio); e as 
artérias espirais (irrigam a camada 
funcional)
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2.3.2.1 Ciclo menstrual
- Controlado principalmente por estrógeno e 
progesterona —> estimulam proliferação, 
diferenciação e secreção das células 
epiteliais e tecido conjuntivo;
- Modificações estruturais cíclicas na 
estrutura do endométrio tem início com a 
puberdade;
- Após a menopausa —> involução geral dos 
órgãos reprodutores;
2.3.2.2 Endométrio Gravídico
- Quando há implantação —> células do 
trofoblasto passam a produzir HCG —> 
estimula o corpo lúteo —> não ocorre 
menstruação (ciclo não ocorre durante toda 
a gravidez);
- Progesterona —> glândulas uterinas 
tornam-se mais dilatadas e tortuosas. 
Produzem mais secreção durante a fase 
secretória;
2.3.2.6 Implantação (ou nidação), decídua e 
placenta
- Implatação —> adesão do embrião às 
células do epitélio endometrial —> 
penetração do embrião na mucosa uterina 
(implantação intersticial, inicia-se em torno 
do 7 dia e o embrião está completamente 
imerso no endométrio entre o nono e 
décimo dias);
- Após a implantação —> fibroblastos da 
lâmina própria aumentam de tamanho e 
tornam-se arredondados (e passam a ter 
características de produtoras de proteinas) 
—> passam a ser células decíduas —> 
endométrio passa a ser chamado decídua;
- Decídua é dividida em:
- Decídua basal: entre o embrião e o 
miométrio;
- Decídua capsular: entre o embrião 
e o lúmen uterino;
- Decídua parietal: no restante da 
mucosa uterina;
2.3.3 Placenta
- Órgão temporário que serve para trocas 
entre feto e mãe (composta por células de 
dois indivíduos geneticamente distintos):
- Parte fetal (cório);
- Parte materna (decídua basal) —> 
fornece sangue arterial para a placenta e 
recebe sangue venoso de espaços 
sanguíneos que existem dentro da 
placenta;
- Órgão endócrino produtor de gonadotrofina 
coriónica (HCG); tireotropina coriónica; 
corticotropina coriónica; estrógenos; e 
progesterona; somatomamotropina 
coriónica (que tem atividade lactogênica)
2.3.4 Cérvice uterina
- Porção cilíndrica mais baixa do útero;
- Estrutura histológica diferente do resto do 
órgão:
- Mucosa com epitélio simples colunar 
secretor de muco;
- Poucas fibras musculares lisas;
- Constituida principalmente de tecido 
conjuntivo denso;
- Glândulas mucosas cervicais na 
mucosa —> muito ramificadas
- **Extremidade externa que provoca 
saliência no lúmen da vagina —> 
epitélio estratificado pavimentoso
- A mucosa da cérvice não sofre muitas 
alterações com o ciclo menstrual e não 
descama com a menstruação;
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- Durante a gravidez as glândulas mucosas 
cervicais proliferam e secretam líquido 
mucoso mais abundante e viscoso;
- As secreções cervicais ficam mais fluidas 
durante o período de ovulação, facilitando 
a entrada do esperma no útero;
- Na fase luteal e na gravidez —> secreção 
fica mais viscosa e impede a passagem de 
esperma e microorganismos;
2.4 Vagina
- Não tem glândulas (o muco no lúmen da 
vagina originas das glândulas mucosas 
cervicais);
- Consiste em três camadas:
- Mucosa: epitélio estratificado 
pavimentoso na mulher adulta, 
podendo ter uma pequena quantidade 
de queratina;
- Sob estímulo da progesterona —> 
epitélio produz glicogênio e o 
deposita na luz da vagina —> é 
metabolizado pelas bactérias, 
gerando ácido lático e acidificando o 
pH vaginal —> ação protetora contra 
patógenos;
- Lâmina própria com grande 
quantidade de neutrófilos e linfócitos
- Muscular: principalmente conjuntos de 
fibras musculares lisas longitudinais 
(há também alguns circulares);
- Adventícia: rica em fibras elásticas 
espessas unindo a vagina aos tecidos 
vizinhos
- *Grande elasticidade da vagina —> muitas 
fibras elásticas no tecido conjuntivo em sua 
parede;
- *Plexo nervoso extenso no tecido conjuntivo 
—> feixes nervosos e grupos de células 
nervosas
2.5 Genitália externa (vulva)
- Consiste de:
- Clitóris;
- Homólogo ao penis tanto em origem 
embrionária quanto em estrutura 
histológica
- Pequenos lábios;
- Dobras da mucosa com tecido 
conjuntivo penetrado por fibras 
elásticas
- Epitélio estratificado pavimentoso 
com uma camada delgada de 
células queratinizadas;
- Glândulas sebáceas e sudoríparas 
—> internas e externas aos lábios
- Grandes lábios;
- Dobras de pele com uma camada de 
tecido adiposo e de músculo liso;
- Superfície interna semelhante aos 
pequenos lábios;
- Superfície externa —> pelos 
espessos;
- Glândulas sudoríparas e sebáceas 
numerosas
- Glândulas e uretra que abrem no 
vestíbulo (espaço que corresponde a 
abertura externa da vagina);
- As glândulas vestibulares maiores 
(de Bartholin) —> situam-se aos 
lados do vestíbulo (secretam muco);
- Glândulas vestibulares menores —> 
localizam-se ao redor da uretra e clitóris 
(também secretam muco);
- Muitas terminações nervosas sensoriais 
táteis; corpúsculos de Meissner, Pacini —> 
fisiologia do estímulo sexual
3.0 Aparelho Reprodutor Masculino
3.1 Introdução
- Composto por: 1) testículos; 2) ductos 
genitais; 3) glândulas acessórias; 4) pênis;
- Testículos —> função dupla —> produção 
de espermatozóides e hormônios sexuais;
- Testosterona e di-hidrotestosteronasão 
os principais hormônios produzidos —> 
importantes na fisiologia do homem, 
incluindo a diferenciação dos 
espermatozóides;
- Secreções das glândulas acessórias + 
espermatozóides —> semen;
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3.2 Testículos
- Cada testículo é envolvido pela túnica 
albugínea;
- A túnica albugínea é espessada na 
porção dorsal —> formando o mediastino 
do testículo —> de onde partem septos 
fibrosos que separam os testículos em 
lóbulos testiculares (compartimentos 
piramidais —> há comunicação entre os 
lóbulos, normalmente);
- Há de 1 a 4 túbulos seminíferos em cada 
lóbulo;
- Túbulos seminíferos —> enovelados, 
envolvidos por tecido conjuntivo frouxo, 
ricos em vasos sanguíneos e linfáticos, 
nervos e células de Leydig (intersticiais);
- Os túbulos são os locais de produção das 
células reprodutoras masculinas e e 
secreção de hormônios andrógenos 
(pelas células de Leydig)
- Túnica vaginal —> folheto do peritônio que 
é arrastada com os testículos quando eles 
migram durante o desenvolvimento 
embrionário
3.2.1 Túbulos Seminíferos
- Estruturas onde são produzidos os 
espermatozóides;
- De 250 a 1000 por testículo;
- Revestidos por epitélio germinativo (ou 
seminífero) —> envolvido por lâmina 
basal e bainha de tecido conjuntivo;
- Epitélio contém:
- Células da linhagem espermatogênica 
—> 4 a 8 camadas —> colonizam a 
gônada e são denominadas 
espermatogônias;
- Células de Sertoli;
- **Têm origem e características 
diferentes;
- Tecido conjuntivo contém:
- Fibroblastos;
- Células mioides (mais internas e 
achatadas) contráteis —> expulsar 
espermatozóides dos túbulos;
- Células de Leydig
- São dispostos em alças e suas 
extremidades continuam em tubos curtos —
> túbulos retos;
- Túbulos retos —> conectam túbulos 
seminíferos à rede testicular (labirintos de 
canais anastomosados revestidos por 
epitélio simples cúbico ou pavimentoso);
3.2.2 Espermatogênese e espermiogênese
- Espermatogênese —> processo de 
produção de espermatozóides;
- Proliferação celular por mitose, seguida 
de meiose
- Espermiogênese —> Diferenciação final 
das células durante a espermatogênese;
I) Espermatogênese:
- Inicia-se com as espermatogônias —> 
células pequenas localizadas próximas à 
lâmina basal;
- Puberdade —> iniciam-se as divisões 
mitóticas aumentando a população de 
espermatogônias, que podem manter-se 
como células tronco (espermatogônias A) 
ou diferenciar-se para espermatogônias tipo 
B;
- Espermatogônias B —> passam por 
divisões mitóticas, mas as células filhas não 
se separam completamente —> são os 
espermatócitos primários (*são as maiores 
células da espermatogênese e suas 
células-filhas permanecem unidas);
- Espermatócitos primários iniciam a meiose 
—> duplicação do material genético, 
quando há separação dos cromossomos 
homólogos —> tornam-se espermatócitos 
secundários (Anáfase I);
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- Espermatócitos secundários —> passam 
pela segunda divisão meiótica —> geram as 
espermátides (já com metade do material 
genético);
- **Prófase dos espermatócitos primários 
dura cerca de 22 dias —> a maioria das 
células observadas em cortes 
histológicos está nessa etapa.
- *Espermátides: pequeno tamanho; 
núcleos com quantidade de cromatina 
condensada variável; núcleos 
arredondados incialmente, mas 
progressivamente alongados; encontram-
se próximas ao lúmen dos túbulos 
seminíferos
II) Espermiogênese
1. Etapa do Complexo de Golgi:
- Complexo de golgi bastante desenvolvido 
nas espermátides;
- Gránulos pró-acrossômicos acumulam-se 
no complexo de golgi —> fundem-se 
formando um grânulo acrossômico 
(limitado pela vesícula acrossômica);
- Centríolos migram para a perto da 
superfície da célula do lado oposto da 
vesícula acrossômica;
- **Centríolos serão responsáveis pelo 
axonema do flagelo (eixo central do 
flagelo)
2. Etapa do Acrossomo:
- Vesícula acrossômica se estende sobre a 
metade anterior do núcleo —> passa a ser 
chamado capuz acrossômico —> forma o 
acrossomo
- *Acrossomo: contém várias enzimas 
hidrolíticas que serão responsáveis por 
dissociar as células da corona radiata 
e digerir a zona pelúcida;
- Flagelo cresce no polo oposto da célula e 
mitocôndrias acumulam-se ao redor (gera 
ATP para o movimento flagelar) —> projeta-
se para o lúmen do túbulo 
- Núcleo torna-se mais alongado e 
condensado e encontra-se virado para a 
base do túbulo
3. Etapa da Maturação:
- Perda de grande parte do citoplasma em 
forma de corpos residuais (são 
fagocitados pelas células de Sertoli);
- Espermatozóides são liberados na luz do 
túbulo e transportados para o epidídimo no 
fluido testicular (com esteróides, ions e 
proteína de transporte da testosterona, 
produzido pela células de Sertoli);
3.2.3 Células de Sertoli
- São piramidais, com sua superfície basal 
aderida à lâmina basal dos túbulos e 
extremidade apical no lúmen dos túbulos;
- Núcleos na base dos túbulos seminíferos. 
Os núcleos são claros e, normalmente, tem 
nucléolo evidente;
- Não se dividem na vida adulta e são 
extremamente resistentes;
- Citoplasma mal visualizado —> limites não 
podem ser bem determinados;
- São formados recessos na superfície 
celular —> neles se alojam células da 
linhagem espermatogônica (e ali passam 
pelo final da espermatogênese e 
espermiogênese);
- Barreira hemato-testicular —> formada 
pelas células de Sertoli que são unidas por 
junções ocludentes)
- As espermatogônias permanecem abaixo 
da barreira (no compartimento basal) —> 
algumas células resultantes da divisão 
atravessam a barreira para chegar ao 
compartimento adluminal e lá iniciam a 
espermatogênese
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Funções das células de Sertoli:
- Suporte, proteção e suprimento 
nutricional das células da 
espermatogênese;
- Fagocitose dos excessos citoplasmáticos 
que são liberados como corpos residuais;
- Secreção do fluido testicular (junto com 
ele é secretada a proteína ligante de 
andrógeno que é necessária para 
concentrar a testosterona nos túbulos 
onde estimula a espermatogênese);
- Convertem testosterona em estradiol;
- Secretam inibina, que inibe a secreção de 
FSH pela hipófise;
- Produzem o hormônio anti-mulleriano —> 
age no desenvolvimento embrionário 
promovendo regressão dos ductos de 
Muller (paramesonéfricos) em fetos 
masculinos e induzir o desenvolvimento 
de estruturas derivadas dos ductos de 
Wolff (ductos mesonéfricos);
- Formam a barreira hematotesticular;
Fatores que influenciam a 
espermatogênese
- Hormônios: FSH e LH estimulam. FSH 
também atua nas células de Sertoli 
estimulando a produção da proteína 
ligante de andrógeno. LH atua nas 
células intersticiais —> produção de 
testosterona;
- Temperatura: Só acontece abaixo de 37º 
(por isso a posição da bolsa escrotal). 
Plexo pampiniforme —> veias que 
envolvem as artérias dos testículos e 
promovem troca de calor (resfriando-o);
- Desnutrição; alcoolismo; substâncias 
tóxicas e radiações —> alterações nas 
espermatogônias e diminuição na 
espermatogênese
3.2.4 Tecido Intersticial
- Nutrição das células dos túbulos 
seminíferos;
- Transporte de hormônios;
- Produção de andrógenos;
- Espaços entre os túbulos seminíferos:
- Tecido conjuntivo; nervos; vasos 
sanguíneos e linfáticos;
- *Capilares fenestrados (permitindo 
passagem livre de macromoléculas);
- Células no tecido:
- Fibroblastos;
- Células conjuntivas indiferenciadas;
- Mastócitos;
- Macrófagos;
- Células de Leydig (ou intersticiais do 
testículo) —> tornam-se mais evidentes 
com a puberdade —> produzem a 
testosterona —> sua atividade e número 
dependem de estímulo hormonal;
- LH —> estimula células de Leydig;
3.2.5 Ductos Intratesticulares
- Seguem dos túbulos seminíferos e 
conduzem esperamatozóidese fluidos;
- São os túbulos retos; rede testicular e 
ductos eferentes;
- Túbulos seminíferos —> continuam nos 
túbulos retos (tem segmento inicial apenas 
com células de sertoli) —> dão origem a 
rede testicular —> ductos eferentes saem 
da rede testicular (vão se fundir para formar 
o epidídimo);
3.3 Ductos Extratesticulares
- Transportam os espermatozóides do 
testículo para o meato do pênis;
1) Ducto do epidídimo (epididimário):
- Tubo muito enovelado;
- Forma a cauda do epidídimo com o tecido 
conjuntivo e vasos ao redor;
- Tem uma cápsula própria;
- Epitélio pseudoestratificado colunar com 
células colunares (com microvilos 
chamados estereocilios) e basais —> 
epitélio participa da digestão dos corpos 
residuais das espermátides
- Lâmina basal com tecido conjuntivo frouxo 
e células musculares lisas —> 
peristaltismos —> movimentação do fluido 
ao longo do tubo;
2) Ducto deferente:
- Originado na extremidade do ducto do 
epidídimo e termina na uretra prostática;
- Lúmen estreito e espessa camada muscular 
(com camada interna e externa)
- Mucosa com dobras longitudinais;
- Recoberta por epitélio colunar 
pseudeoestratificado com estereocílios;
- Musculatura lisa —> sofre contrações fortes 
durante a ejaculação —> participa da 
expulsão do semen;
- Dilata-se antes de entrar na próstata —> 
forma a ampola —> na ampola também 
desemboca a secreção das vesículas 
seminais. ** Segmento que entra na 
próstata —> ducto ejaculatório (não tem 
musculatura lisa);
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3) Uretra:
- Ducto deferente + secreções das vesículas 
seminais na ampola —> ducto ejaculatório —> 
desemboca na uretra prostática —> uretra 
membranosa —> uretra peniana
3.4 Glândulas Acessórias
- Vesículas seminais:
- Dois tubos tortuosos;
- Mucosa pregueada com epitélio cubóide 
ou pseudoestratificado colunar —> com 
células ricas em grânulos de secreção;
- Lâmina própria rica de fibras elásticas e 
espessa camada muscular;
- Produzem secreção amarelada com: 
frutose; citrato; inositol; protaglandinas e 
muitas proteínas —> importantes para os 
espermatozóides;
- A secreção corresponde a 70% do 
volume do ejaculado humano ;
- Função regulada por testosterona
- Próstata:
- 30 a 50 glândulas tubuloalveolares 
ramificadas;
- Epitélio cubóide alto ou 
pseudoestratificado colunar;
- Estroma fibromuscular em torno das 
glândulas;
- Próstata é envolvida por uma capsula 
fibroelástica cujos septos penetram na 
glândula e a dividem em lóbulos
- Envolve a uretra prostática —> os ductos 
desembocam na uretra;
- Zonas: central; de transição; periférica;
- Produzem secreção e eliminam durante a 
ejaculação;
- Função regulada por testosterona;
- Concreções prostáticas: corpos 
glicoprotéicos pequenos que se 
acumulam no lúmen das glândulas na 
próstata —> quantidade aumenta com a 
idade 
- Glândulas Bulbouretrais:
- Situadas na porção membranosa da 
uretra;
- Glândulas tubuloalveolares revestidas por 
epitélio cúbico simples secretor de muco 
(muco claro que serve como lubrificante);
- Células musculares esqueléticas e lisas 
são encontradas nos septos que dividem 
as glândulas;
3.5 Pênis
- Principais componentes:
- Uretra;
- 2 Corpos cavernosos do penis (eretéis);
- 1 corpo esponjoso (cavernoso da uretra) 
—> dilata-se na extremidade formando a 
glande;
- Uretra peniana —> maior parte revestida 
por epitélio pseudoestratificado colunar. 
Epitélio torna-se estratificado pavimentoso 
na glande;
- Presença de glândulas de Littré, 
secretoras de muco
- Prepúcio: dobra retrátil de pele com tecido 
conjuntivo e músculo liso. Há glândulas 
sebáceas na dobra interna e pele que 
recobre;
- Corpos cavernosos:
- São recobertos pela túnica albugínea 
—> tecido conjuntivo denso;
- Grande quantidade de espaços venosos 
separados por trabéculas conjuntivas e 
células musculares;
- Ereção: processo hemodinâmico controlado 
por estímulos nervosos sobre a musculatura 
lisa das artérias e das trabéculas. Ocorre a 
ereção quando há estímulos 
parassimpáticos vasodilatadores;
4.0 Aparelho Urinário
- Dois rins; dois ureteres; bexiga; uretra;
- Urina produzida nos rins; vai para a bexiga 
pelos ureteres; e é lançada ao exterior pela 
uretra;
- Manutenção da homeostase —> eliminação 
de produtos de metabolismo; regulação de 
água; eletrólitos e outros solutos;
- Secreção de renina;
- Produção de eritropoietina
4.1 Rim
- Borda convexa;
- Borda côncava —> onde encontra-se o hilo;
- Hilo contém: Tecido adiposo; 2 a 3 cálices 
que se reúnem para formar a pélvis 
renal (parte dilatada do ureter);
- O rim contém:
- Cápsula —> tecido conjuntivo denso;
- Zona cortical;
- Zona medular:
- 10 a 18 pirâmides medulares 
(Malpighi) —> vértices em contato com 
os cálices renais nas papilas;
- Os raios medulares partem da base 
das pirâmides e vão em direção a zona 
cortical;
- Lobo renal: composto por 1 pirâmide 
e tecido cortical que recobre a base e 
seus lados;
- Túbulo urinífero:
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- Composto pelo néfron e túbulo coletor 
(tem funções e origens embrionárias 
distinas);
- Néfron —> corpúsculo renal + túbulo 
contorcido proximal + partes delgada e 
espessa da alça de Henle + túbulo 
contorcido distal;
- Túbulo coletor —> liga o contorcido distal 
aos ductos coletores;
4.1.1 Corpúsculos renais e filtração do 
sangue
- Corpúsculos renais são formados por:
- Glomérulo (tubo de capilares);
- Cápsula de Bowman (envolve o 
glomérulo e contem um folheto visceral 
(junto aos capilares) e um folheto parietal 
(forma os limites do corpúsculo);
- Folheto parietal —> epitélio simples 
pavimentoso; lâmina basal e 
camada de fibras reticulares;
- Folheto visceral —> composto por 
podócitos (células epiteliais 
modificadas) com prolongamentos 
primários e secundários. Os 
secundários envolvem os capilares.
- O espaço deixado entre os 
prolongamentos secundários são as 
fendas de filtração (recobertas por 
uma membrana)
- ***Espaço capsular —> entre os dois 
folhetos** —> recebe o líquido filtrado;
- Polo vascular —> por onde entra a 
arteríola aferente e sai a eferente —> a 
arteríola aferente divide-se em alças;
- A pressão com que o sangue circula é 
regulada pela arteríola aferente;
- Os capilares são fenestrados sem 
diafragmas
- Polo urinário —> início do túbulo 
contorcido proximal;
- Membrana basal glomerular: lâmina rara 
interna; lâmina densa; lâmina rara externa; 
- Juntas, funcionam como uma barreira 
física e um filtro de macromoléculas;
- Partículas maiores que 10nm raramente 
atravessam a membrana basal;
- Proteínas com massa maior que a da 
albumina;
- A filtração ocorre pela pressão hidrostática 
do sangue (que nos capilares glomerulares 
é maior) que se opõe a pressão 
coloidosmótica do plasma e a pressão do 
líquido contido na capsula de Bowman —> 
Força de filtração;
- O filtrado contem concentração de 
eletrólitos, glicose e ureia semelhantes ao 
do plasma, mas quase não tem proteinas;
4.1.2 Células Mesangiais
- Encontram-se na matriz mesangial dos 
glomérulos;
- Encontram-se principalmente nos locais 
entre os capilares que são envolvidos por 
uma mesma membrana basal;
- Também encontradas na parede dos 
capilares glomerulares;
- São células contráteis e tem receptores 
para angiotensina II —> Quando ativadas, 
contraem-se e é diminuído o fluxo 
sanguíneo glomerular —> diminui a 
filtração;
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- Também fazem suporte estrutural do 
glomérulo, fazem fagocitose e secretam 
matriz;
- Produzem a endodelina —> com 
capacidade de controlar a constrição dos 
vasos;
4.1.3 Túbulo contorcido proximal
- É a estrutura que aparece no pólo urinário 
em continuação com o folheto parietal da 
cápsula de Bowman;
- Epitélio cubóide ou colunarbaixo;
- Membrana apical com microvilosidades 
—> orla em escova com canalículos que 
aumentam a capacidade de absorver 
macromoléculas;
- Limites entre as células dificilmente 
observados, por conta da existência de 
prolongamentos entre as células;
- Lúmen amplo circundados por muitos 
capilares sanguíneos;
- Filtrado glomerular —> Passa para o túbulo 
contorcido proximal —> reabsorção de toda 
a glicose e aminoácidos filtrados; 
reabsorção de aproximadamente 70% da 
água; 
4.1.4 Alça de Henle
- Estrutura em U que tem um segmento 
delgado entre dois segmentos mais 
espessos;
- O lúmen é largo, pois o epitélio da parede 
da alça é pavimentoso simples;
- Partes espessas tem estrutura 
semelhante à do túbulo contorcido distal;
- Participa da retenção de água —> tornar 
urina mais hipertônica;
- A alça cria um gradiente de tonicidade no 
interstício da medula renal —> influencia a 
concentração da urina quando essa passa 
pelos ductos coletores;
- Segmento delgado descendente é 
permeável à água; o segmento ascendente 
é impermeável à água e há transporte ativo 
de sódio para fora —> ajuda a manter o 
gradiente de ions na medula;
4.1.5 Túbulo Contorcido Distal
- Segue a partir da parte espessa da alça de 
Henle (que passa pela parte cortical do rim);
- Também revestido por epitélio cúbico 
simples;
- Tem células menores que as do túbulo 
contorcido proximal —> mais núcleos são 
encontrados em corte transversal;
- Não tem a orla em escova;
- Há invaginações na membrana basal —> 
onde encontramos mitocôndrias —> 
característica importante para o 
transporte de ions;
- Mácula densa —> região com o epitélio 
modificado de simples cúbico para simples 
cilíndrico;
- Aparece escura em cortes pois os 
núcleos estão próximos;
- É sensível ao conteúdo iônico e 
volume de água no fluido tubular —> 
produzem moléculas sinalizadoras 
para a liberação de renina no sangue;
4.1.6 Túbulos e ductos coletores
- Urina passa dos túbulos contorcidos distais 
para os túbulos coletores —> 
desembocam nos ductos coletores —> 
dirigem-se para as papilas;
- Ambos tem trajeto retilíneo;
- Túbulos coletores mais finos tem epitélio 
cúbico —> a medida que se fundem —> 
epitélio se torna cilíndrico;
4.1.7 Aparelho justaglomerular
- Células justaglomerulares —> células 
musculares modificadas que são 
encontradas, principalmente, nas arteríolas 
aferentes próximo aos glomérulos;
- Aparelho justaglomerular é formado por:
- Células justaglomerulares;
- Mácula densa;
- Células mesangiais extraglomerulares
- **A mácula densa do Túbulo contorcido 
distal fica próxima às células 
justaglomerulares
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- Células justaglomerulares —> 
produzem renina 
4.1.8 Circulação Sanguínea
- Arteríola aferente —> arteríola eferente —> 
rede de capilares peritubulares
4.1.9 Interstício Renal
- Espaço entre os néfrons e os vasos 
sanguíneos e linfáticos;
- Células do interstício cortical —> produção 
da maior parte da eritropoietina
4.2 Bexiga e Vias Urinárias
- Armazenam a urina formada nos rins;
- Cálices, pélvis, ureter e bexiga tem 
estrutura básica semelhante, mas vão se 
tornando mais espessas;
- Mucosa:
- Epitélio de transição;
- Lâmina própria de tecido conjuntivo 
que varia de frouxo a denso;
- Células mais superficiais dos epitélios —> 
responsáveis por manter a barreira 
osmótica entre a urina e os fluidos 
teciduais;
- Presença de uroplaquinas no epitélio da 
bexiga —> proteção contra desidratação;
- Bexiga é mais redonda quando vazia e 
torna-se mais alongada quando cheia;
- A membrana é especializada, com 
placas espessas separadas por mais 
finas que são responsáveis por 
aumentar a superfície da célula 
quando a bexiga se enche;
4.2.1 Uretra
- Tubo que transporta a urina para fora do 
corpo na micção;
- Uretra masculina —> também dá 
passagem aos espermatozóides durante a 
ejaculação e é formada por três partes:
- Prostática (epitélio de transição); 
membranosa (pseudoestratificado 
colunar, nessa parte encontra-se o 
esfíncter externo da uretra); e peniana 
(pseudoestratificado colunar e 
estratificado pavimentoso);
- Uretra feminina —> exclusivamente do 
aparelho urinário e menor (epitélio plano 
estratificado e regiões com 
pseudoestratificado colunar); Esfíncter 
externo da uretra próximo a parte exterior 
do corpo;
5.0 Histologia do Sistema Linfóide
Composição do sistema imune:
- Orgãos Linfóides:
- Medula óssea;
- Timo;
- Linfonodo;
- Baço;
- Nódulos linfáticos—> ex.: tonsilas, 
tecido linfoide associado à 
mucosas(MALT)
- Células imunes (células isoladas):
- Linfócitos;
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- * Todos são originados na medula 
óssea, mas os linfócitos T 
terminam sua maturação no timo
- Granulócitos;
- Macrófagos;
- Células dendríticas;
5.0.1 Circulação pelos vasos linfáticos
- Vasos linfáticos acompanham os 
sanguíneos;
- A pressão exercida pelos vasos sanguíneos 
causa extravasamento de plasma 
(exudato);
- Aumento da pressão —> mais 
extravasamento;
- Menor pressão —> retorno de líquido 
para dentro do vaso;
- Vasos linfáticos recebem o exudato dos 
vasos sanguíneos e a porção que não 
retorna torna-se linfa
- Vasos linfáticos confluem e desembocam na 
veia cava;
- Linfócitos migram para o vaso linfático e 
retornam para os sangüíneos:
- *Nos vasos linfáticos podem chegar 
aos linfonodos onde ocorre a 
apresentação de antígenos;
5.1 Tipos de resposta imune
- O sistema imune tem a capacidade de 
defender o organismo contra 1) a entrada 
de moléculas estranhas; 2) 
microorganismos; e 3) células de fora do 
organismo ou modificadas (como células 
cancerígenas);
- As células desse sistema tem a 
capacidade de distinguir moléculas que 
são do próprio corpo (self) das que não 
são (non-self). (*reconhecimento de 
moléculas do próprio corpo como 
imunogênicas —> doença auto-imune);
Resposta Imune Inata
- Mediada por:
- Linfócitos NK (células natural-killer);
- Neutrófilos;
- Macrófagos;
- etc
- Além de barreiras (físicos químicas) 
como: pele, mucosa, acidez estomacal, 
lágrimas suor.
- Não é capaz de resposta específica contra 
patógenos, reconhece padrões gerais da 
composição de estruturas estranhas ao 
organismo;
- As células imunes fazem fagocitose e 
desencadeiam uma resposta inflamatória
Resposta Imune Adquirida
- Mediada por:
- Linfócitos B;
- Linfócitos T citotóxicos;
- Linfócitos T auxiliadores, supressores etc;
- Macrófagos e granulócitos participam da 
ativação da resposta imune adquirida
- É especifica e especializada
- Capaz de responder a uma grande 
diversidade de patogenia
- Ocorre expansão clonal (proliferação de 
linfócitos específicos contra o organismo 
invasor.)
- Tem memória de respostas imunes 
passadas contra um mesmo organismo.
- Ao final da resposta imune induz contração 
e homeostasia. 
- Divisão da resposta imune adquirida:
- Resposta Humoral:
- Mediada principalmente por anticorpos 
e outras moléculas que promovem 
neutralização e morte de patógenos;
- Anticorpos são produzidos pelos 
linfócitos B
- Resposta Celular **Pode ser feita 
também pela resposta inata**:
- Células imunocompetentes reagem e 
matam células com determinadas 
proteínas de membrana (anormais) —> 
bactérias; células infectadas por virus; 
células transplantadas; células 
cancerígenas;
- Pode ser mediada por linfócitos T (da 
imunidade adquirida); 
- Algumas células da resposta inata, 
como as NK fazem parte também da 
resposta celular, promovendo morte 
celular;
- A fagocitose feita por células da 
resposta imune inata também pode ser 
considerada resposta celular 
(macrófagos; células dendríticas)
5.2 Classificação dos Órgãos Linfóides
5.2.1 Primários (Geradores)
- Medula Óssea e Timo
- Produção e maturaçãode linfócitos;
- Linfócitos B e T são produzidos na 
medula óssea;
- Linfócitos B são maturados na medula 
óssea;
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- Linfócitos T são maturados no Timo
- De maneira geral, os outros leucócitos 
são produzidos na medula óssea
5.2.2 Secundários (Periféricos) 
- Baço;
- Linfonodos;
- Tecido linfóides associados a mucosa 
(MALT)
- Armazenamento dos linfócitos maduros;
5.3 Maturação de Linfócitos
- Ocorre quando são apresentados à seus 
antígenos específicos;
- Linfócitos imaturo —> linfócito maturo 
(virgem/naive) —> apresentação ao Ag —> 
Ativação —> Expansão clonal —> Linfócitos 
tornam-se efetores ou de memória;
- Linfócitos efetores migram para o local 
da infecção para eliminar os agentes 
contendo os antígenos —> em seguida 
sofrem apoptose;
- As células de memória permanecem 
circulando e promovem a vigilância no 
organismo
5.4 Complexo de Histocompatibilidade
- O sistema imune difere moléculas do 
próprio organismo (self) das estranhas 
(non-self), de maneira geral, através dos 
complexos de histocompatibilidade 
(MHC) presentes na membrana celular;
- Possuem uma estrutura única para cada 
indivíduo —> incompatibilidade em 
transplantes;
- MHC = HLA;
- São produzidos no retículo endoplasmático 
rugoso e processados para que sejam 
colocados na membrana celular —> lá 
fazem a apresentação de antígenos;
Divididos em duas classes:
- MHC de classe I:
- encontrado em todas as células;
- Faz apresentação de antígenos 
produzidos pela maquinaria celular —> 
são exteriorizados juntamente com o 
MHC I;
- A apresentação de antígenos não-
proprios através de MHC I ativa linfócitos 
T CD8 —> ativa esses linfócitos que 
produzem citocinas além de promover a 
morte da célula apresentando tal 
antígeno
- MHC de classe II:
- encontrado apenas em células 
apresentadoras de antígeno (APCs) 
(como macrófagos; linfócitos B; células 
dendríticas);
- A APC fagocita um patógeno com 
antígenos e os processa —> peptídeos 
do antígeno são colocados nas moléculas 
de MHC II —> exteriorizadas na 
membrana para reconhecimento por 
Linfócitos T (que serão ativados)
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5.5 Timo
- Orgão linfoepitelial —> localizado atrás do 
esterno no mediastino;
- Tem dois lóbos;
- São envoltos por uma cápsula de tecido 
conjuntivo denso;
- Septos emitidos da capsula dividem os 
lobos em lóbulos;
- Lóbulos:
- Zona cortical, mais externa e mais corada 
roxa —> onde se encontram mais 
linfócitos e onde proliferam intensamente;
- Zona medular, mais interna, menos 
corada —> onde se encontram os 
corpúsculos de Hassall;
- Corpúsculos de Hassal: formados 
por células epiteliais reticulares em 
camadas concêntricas —> sua 
função parece estar relacionada 
com a produção de citocinas para a 
maturação de linfócitos T
- Células:
- No timo encontram-se principalmente 
linfócitos T em diferentes estágios de 
maturação;
- Macrófagos;
- Células epiteliais reticulares (mais 
presentes na medula) —> *os 
prolongamentos celulares entre essas 
células são as estruturas que promovem 
maturação, proliferação e apoptose dos 
linfócitos. 
- Tem núcleos grandes;
- São unidas por desmossomos —> 
seus prolongamentos formam o 
retículo do timo;
- **Linfócitos que não reconhecem 
antígenos ou reconhecem antígenos 
próprios —> apoptose
5.5.1 Vascularização e barreira 
hematotímica
- As artérias penetram no timo pela cápsula 
—> ramificam-se no órgão seguindo os 
septos conjuntivos —> originam arteríolas 
—> penetram no parênquima —> entram 
nos lóbulos —> tornam-se os capilares 
corticais e medulares —> emergem vênulas 
dos lóbulos; 
- * Há vaso eferente apenas no timo;
- * Linfócitos originam-se na cortical —> 
passam para a medular para 
amadurecimento —> deixam o timo por 
vênulas;
- Barreira hematotímica:
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- Formada pelos pericitos dos capilares; 
lâmina basal do endotélio; lâmina basal 
das células reticulares (além das 
projeções das células reticulares); células 
endoteliais não-fenestradas;
- Existe apenas na região cortical;
- Dificulta a passagem de antígenos do 
sangue para a região cortical
- *Não contém vasos linfáticos aferentes, 
apenas poucos eferentes* —> não é um 
filtro para a linfa;
5.5.2 Histofisiologia
- Alcança desenvolvimento máximo no feto a 
termo e no recém-nascido, cresce até a 
puberdade e começa a involuir e ser 
substituído por tecido adiposo (mas não 
involui completamente);
- Região timo-dependente —> áreas de 
outros tecidos e órgãos linfóides para onde 
vão os linfócitos T após saírem do timo —> 
zona paracortical dos linfonodos; bainhas 
periarteriais da polpa branca do baço; etc;
- Regiões timo-independente —> áreas dos 
órgãos linfóides onde ficam os linfócitos B
5.6 Linfonodos ou gânglios linfáticos
- Órgãos encapsulados constituidos por 
tecido linfóide;
- Espalhados pelo corpo interpostos a 
circulação linfática —> “filtram” e “verificam 
a qualidade” da linfa;
- Formato de um rim —> com um lado 
convexo e um côncavo (onde encontra-se o 
hilo);
- A circulação da linfa é unidirecional —> 
penetra no linfonodo pela borda convexa 
(pelo vaso aferente) e saem pelo hilo (pelo 
vaso eferente);
- Possui um parênquima sustentado pelas 
células e fibras reticulares;
Composição
- Cápsula:
- Tecido conjuntivo 
- Região Cortical:
- Logo abaixo da cápsula;
- Ausente no hilo;
- Cortical superficial —> tecido linfóide 
frouxo, formando seios subcapsulares e 
peritrabeculares. Além de nódulos 
linfáticos
- Seios subcapsulares —> 
normalmente ricos em células 
dendríticas; macrófagos e células 
reticulares
- Centro germinativo —> centro mais 
claro dos nódulos
- Predomina linfócitos B na cortical
- Região paracortical:
- Predominancia de linfócitos T
- Região Medular:
- Centro do órgão e hilo;
- Cordões medulares (linfócitos B);
- Principalmente linfócitos B;
- Seios medulares —> recebem a linfa que 
vem da cortical e comunicam-se com os 
vasos eferentes
5.6.1 Histofisiologia
- Filtram a linfa —> removem partículas 
estranhas antes que retornem a circulação;
- Linfonodos aumentam de tamanho em 
resposta a infecções (ou malignidades) —> 
células apresentadores de antígenos 
chegam aos linfonodos e desencadeiam 
expansão clonal dos linfócitos lá presentes, 
bem como de outros leucócitos —> 
liberação de citocinas pró-inflamatórias —> 
aumento de tamanho e aumento de 
circulação;;
- Também pode haver aumento devido a 
presença e proliferação de células tumorais 
metastáticas ou leucêmicas
5.6.2 Recirculação dos linfócitos
- Linfócitos deixam os linfonodos pelos vasos 
linfáticos eferentes —> vasos linfáticos 
confluem até desembocar novamente em 
vasos sanguíneos;
- Linfócitos retornam aos linfonodos ao 
passarem por vênulas de endotélio alto 
(cubóide) —> na região paracortical dos 
linfonodos —> reconhecem, ficam retidos e 
passam por diapedese
5.7 Baço
- Maior acúmulo de tecido linfóide —> único 
órgão interposto na circulação sanguínea;
Funções:
- Maturação de linfócitos que passam para o 
sangue;
- Defesa contra patógenos circulantes;
- Depuração de hemácias e plaquetas 
velhas;
- Armazenamento de sangue
Composição
- Cápsula de tecido conjuntivo denso;
- Trabéculas (emitidas pela cápsula) —> 
dividem incompletamente o parênquima;
- Hilo na superfície medial;
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- Polpa branca —> contem os nódulos 
linfáticos;
- Polpa vermelha —> rica em sangue
5.7.1 Circulação sanguínea
1) Artéria esplênica penetra no hilo —> torna-
se a artéria capsular;
2) Divide-se em ramos —> artérias 
trabeculares;
3) Formam as artérias centrais —> que saem 
das trabéculas e são envolvidas por uma 
bainha de linfócitos;
4) Divide-se nas artérias peniciladas 
(normalmentesem músculo liso);
5) O sangue passa para uma circulação 
aberta no baço —> espaços intercelulares 
na polpa vemerlha;
6) Sangue volta para os capilares sinusoides;
7) Capilares sinusóides —> veias da polpa 
vermelha —> veias trabeculares —> Veia 
capsular —> saída do baço
5.7.2 Polpa Branca
- Tecido linfático que constitui as bainhas 
periarteriais e nódulos linfáticos;
- Tecido linfático das bainhas periarteriais 
—> predominam linfócitos T;
- Nódulos —> linfócitos B
- Seios marginais:
- *Região entre a polpa branca e a 
vermelha —> linfócitos, macrófagos e 
células dendríticos —> retenção e 
processamento de antígenos;
- Zona marginal é importante na defesa
5.7.3 Polpa vermelha
- Formada pelos cordões esplênicos (de 
Billroth) —> contínuos —> rede frouxa de 
células e fibras reticulares além de 
macrófagos, linfócitos, plasmócitos e outros 
leucócitos;
- Os cordões são separados por sinusóides 
esplênicos
5.7.4 Histofisiologia
- Linfócitos são produzidos na polpa branca 
—> seguem para a polpa vermelha e 
alcançam os sinusóides, juntando-se ao 
sangue;
Destruição de eritrócitos
- Vida média de 120 dias;
- São destruidos principalmente no baço 
quando atingem sua vida útil —> 
hemocaterese;
- A flexibilidade das hemácias diminui com o 
envelhecimento —> são destruídas ao 
passarem por capilares no baço —> 
macrófagos dos cordões esplênicos 
fagocitam hemácias inteiras e pedaços 
destruidos;
- Hemoglobina —> metabolizada em 
bilirrubina
Defesa contra invasores
- Há intensa apresentação de antígeno pelas 
células apresentadoras que se encontram no 
baço aos linfócitos T e B
5.8 Tecido linfático associado a mucosas
- Presente no:
- Trato digestivo;
- Respiratório;
- Genitourinário;
- Presente em tecidos sujeitos a frequentes 
infecções e contato com microorganismos;
5.8.1 Tonsilas
- Aglomerados de células linfáticas 
incompletamente encapsuladas;
- Estão abaixo e em contato com o epitélio 
das porções iniciais do trato digestivo;
- Tonsilas palatinas;
- Tonsilas faríngeas;
- Tonsilas linguais
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