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Resumo de Histologia Prova A2 Lucas Silva 1.0 Glândulas Endôcrinas - Hormônios são moléculas que agem como sinalizadores celulares; - São secretados por células endócrinas —> secretam para sangue e atuam em outras células-alvo em locais específicos no corpo; 1.1 Hipófise - Controlada pelo hipotálamo; - Revestida por uma cápsula —> tecido conjuntivo; - Localização: - Sella turca —> cavidade no esfenóide - Possui dupla origem embrionária: - Porção de origem nervosa —> crescimento do assoalho do diencéfalo dá origem à neurohipófise (pars nervosa e infundíbulo); - Porção de origem ectodérmica —> Forma a bolsa de Rathke —> dá origem à adenohipófise (pars distalis; pars tuberalis; pars intermédia); 1.1.2 Irrigação da hipófise - Artérias hipofisárias superiores (direita e esquerda) —> eminência mediana e infundíbulo; - Formam o plexo capilar primário no infundíbulo (fenestrados); - Ramificam-se novamente na pars distalis e formam o plexo capilar secundário - Artérias hipofisárias inferiores (direita e esquerda) —> neurohipófise e alguns ramos para o pedículo; - Sistema porta hipofisário —> entre o plexo capilar primário e o secundário; 1.1.3 Sistema hipotálamo-hipofisário - Importantes relações anatômicas e funcionais entre hipotálamo e hipófise; - Há pelo menos 3 locais de produção de hormônios nesse sistema: - Neurônios dos núcleos supraóptico e paraventricular (do hipotálamo) —> produzem hormônios peptídeos que se acumulam nas terminações dos axônios na pars nervosa. Quando estimulados, esses neurônios liberam os hormônios que passam para o meio extracelular e entram em capilares para serem distribuídos pelo corpo; - Neurônios dos núcleos dorsomediano; dorsoventral; e infundibular —> produzem hormônios peptídeos que se acumulam nas terminações dos axônios na eminência mediana. Quando estimulados, esses neurônios liberam os hormônios, que entram nos capilares do plexo primário e são transportados para a pars distalis por vasos que ligam o plexo primário e secundário; - ** Hormônios produzidos nos núcleos dorsomediano; dorsoventral; e infundibular controlam a secreção de hormônios na pars distalis; - Células da pars distalis —> proteínas e glicoproteínas são Page � of �1 23 liberadas e vão para a circulação sistêmica entrando pelo plexo capilar secundário; 1.1.4 Adeno-hipófise 1.1.4.1 Pars distalis - Maior parte da hipófise; - Hormônios armazenados em grânulos de secreção - Células secretoras da pars distalis: - Secretam vários hormônios, fatores de crescimento e citocinas; - Três tipos de células diferenciadas na coloração rotineira: - Cromófoba—> Pouco coradas; podem ser células tronco ou células mais antigas; - Cromófila —> Grânulos bem corados, podendo ser: - Acidófilas (produzem GH e prolactina) - Basófilas (produzem FSH; LH; TSH; ACTH); - Controle funcional da pars distalis: - Hormônios secretados em picos, sendo que alguns tem secretados de acordo com o ciclo circadiano; A) Controle pelos hormônios hipofisiotrópicos (ou liberadores hipotalámicos): - Produzidos pelos núcleos dorsomediano; dorsoventral; e infundibular —> armazenados na eminência mediana nos terminais dos axônios —> transportados para a pars distalis pelo plexo capilar primário —> controlam a pars distalis B) Hormônios produzidos por outras glândulas endócrinas —> mecanismos de retroalimentação negativa —> níveis séricos dos hormônios controlam sua secreção; 1.1.4.2 Pars tuberalis - Região em forma de funil que cerca o infundíbulo da neuro-hipófise; 1.1.4.3 Pars intermédia - Localiza-se na região dorsal da antiga bolsa de Rathke; - Rudimentar em humanos; - Composta por cordões e folículos de células basófilas que contém grânulos de secreção 1.1.5 Neurohipófise - Consiste de: pars nervosa e infundíbulo; - Produz a ocitocina e vasopressina; - Pars nervosa: - Sem células secretoras; possui os pituícitos (célula glial muito ramificadas) - Composta por axônios dos neurônios dos núcleos supraótico e paraventricular (cujos corpos estão no hipotálamo); - Corpos de Herring —> estruturas que acumulam a neurossecreção Células secretoras da pars distalis Hormô nios Atividade fisiológica principal Somatotrópica GH Crescimento de ossos longos e atuação no metabolismo de vários locais (através de IGF-1 produzido no fígado) Mamotrópicas PRL Desenvolvimento da glândula mamária na gestação e estimula a secreção de leite Gonadotrópicas FSH e LH FSH: crescimento de folículos ovarianos e secreção de estrógeno (mulheres) e espermatogênese (homens); LH: ovulação e secreção de progesterona (mulheres) e estímulo as células de Leydig e secreção de androgenos (homens) Tireotrópicas TSH Síntese de hormônios tireoideanos Corticotrópicas ACTH Síntese de glucocorticóides pelo cortex adrenal Page � of �2 23 produzidas nos corpos dos neurônios e são transportadas para a pars nervosa através dos axônios.; - Grânulos são liberados e a secreção entra nos capilares fenestrados da pars nervosa —> circulação sistêmica; 1.1.5.1 Ações dos hormônios da neurohipófise - Ocitocina: - Sua secreção é estimulada por distensão da vagina; da cérvice uterina e pela amamentação; - **Reflexo da ejeção do leite - Estimula contração da musculatura lisa da parede uterina (durante coito e parto); - Estimula contração das células mioepiteliais em torno dos alvéolos das glândulas mamárias —> estimula a saída do leite; - Vasopressina: - Secretada em resposta ao aumento da pressão osmótica do sangue —> promove estimulo do núcleo supraótico; - Aumenta a permeabilidade dos túbulos coletores renais; - Em concentrações altas, a vasopressina causa contração da musculatura lisa dos vasos sanguíneos; 1.2 Tireóide - Composta por dois lobos unidos pelo ístmo - Função —> síntese dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina ou tiroxina): - Esse hormônios regulam o metabolismo no corpo - Aumentam número de mitocôndrias; estimulam a lipólise e absorção de carbohidratos; - Estão relacionados com desenvolvimento nervoso; - Função —> produção de calcitonina - Histologia da tireóide: - Glândula endócrina folicular - Folículos tireoideanos: - Parede dos folículos —> epitélio simples composto por tirócitos; - Cavidade repleta de colóide; - Cápsula de tecido conjuntivo frouxo —> de onde saem septos para o parênquima —> septos tornam-se mais finos a medida que chegam ao folículo que são separados apenas por fibras reticulares; - Órgão muito vascularizado por capilares linfáticos e sanguíneos (fenestrados); - **Aspectos dos folículos: - Varia de acordo com o corte e com a atividade da glândula; - Folículos revestidos por epitélio simples cúbico ou cilíndrico com diâmetro menor e menos colóide —> maior atividade; - Folículos revestidos por epitélio simples colunar —> menor atividade; - Célula C (parafolicular) —> pode estar no epitélio do folículo ou em agrupamentos isolados —> produz a calcitonina —> inibe a reabsorção do tecido ósseo —> diminui a concentração de Ca2+ no plasma - *Secreção de calcitonina estimulada pela concentração de Ca2+ no plasma 1.2.1 Síntese e armazenamento de hormônios nas células foliculares - Única glândula que acumula em quantidade seu produto de secreção; - Armazenamento no colóide (em humanos, armazenam, normalmente, quantidade de hormônio suficiente para 3 meses); - *Colóide trabalha junto com os tirócitos para produção de T3 e T4; - *Coloide —> principalmente composto pela glicoproteína tireoglobulina —> contém os hormônios T3 e T4; - Coloração varia podendo ser acidófilaou basófila; - Síntese e acúmulo de T3 e T4 (quatro etapas): 1) Síntese da Tireoglobulina: - Síntese no retículo endoplasmático rugoso; - Adição de carboidrato à proteina; - Exportação pelo complexo de golgi que coloca a tireoglobulina em vesículas para serem exportadas na porção apical da célula —> sai para o lúmen do folículo 2) Captação do iodeto circulante: - Captado para o interior da célula por uma proteína cotransportadora que faz antiporte de sódio/iodo; 3) Ativação de iodeto (oxidação): - Iodeto é oxidado por H2O2 (processo depende da peroxidase da tireóide); - Transporte do ion iodeto é exportado para a cavidade do folículo; Page � of �3 23 4) Iodação dos resíduos de tirosina da tireoglobulina: - Adição de iodo a tireoglobulina no lúmen 1.2.2 Liberação de T3 e T4 e suas ações no organismo - Passos: - 5) O colóide, com a tireoglobulina já iodada transportada para o interior dos tirócitos por endocitose; - 6) Proteólise e liberação das moléculas de T3 e T4, além de MIT (mono-iodo-tironina) e DIT (di-iodo-tironina); - 7) T3 e T4 —> difundem-se pela membrana basolateral para o sangue; MIT e DIT permanecem no tirócito —> iodo é removido e reciclado; - T4 é mais abundante, mas menos potente. T4 é convertido em T3 por células em vários tecidos no corpo; - Funções: - Regulam o metabolismo no corpo - Aumentam número de mitocôndrias; estimulam a lipólise e absorção de carbohidratos; - Estão relacionados com desenvolvimento nervoso fetal; 1.2.3 Controle da produção de hormônios tireoideanos - Controle principalmente feito por: - Teor de iodo no sangue; - TSH produzido pela pars distalis da hipófise; - Receptores para TSH na membrana basal das células foliculares —> TSH estimula a captação de iodeto circulante; - T3 e T4 —> inibem a síntese do TSH pela hipófise (retroalimentação negativa) - *Hipertireoidismo: - Altas concentrações de T3 e T4 e baixas de TSH; - Taquicardia; insônia; lipólise; hipertensão - *Hipotireoidismo: - Baixas concentrações de T3 e T4 e altas de TSH; - Ganho de peso; hipotensão; adinamia; bradicardia; 1.3 Paratireoide - 4 pequenas glândulas localizadas, normalmente, nos polos superiores e interiores da face dorsal da tireoide; - Cada paratireóide é envolvida por uma cápsula conjuntiva, da qual partem trabéculas para o interior da glândula; - Célula principais produzem o paratormonio —> função de ligar-se a receptores em osteoblastos —> aumentam a secreção do fator estimulador de osteoclastos —> aumentam a reabsorção óssea —> aumentam a concentração de Ca2+ sérico; - Aumento da concentração de Ca2+ —> inibe a secreção de paratormónio. 1.4 Adrenais/Suprarenais - Glândulas achatadas em forma de meia lua; - Localizadas no polo superior de cada rim; - Dividido em camada cortical (córtex adrenal de origem —> origem mesodérmica) e medular (medula adrenal —> origem neuroectodérmica) —> podem ser considerados órgãos distintos, tem funções e morfologia diferentes; - A glândula é recoberta por uma cápsula de tecido conjuntivo denso que envia septos para o interior da adrenal; - Estroma constituído principalmente por fibras reticulares que sustentam as células secretoras; 1.4.1 Circulação sanguínea - Recebem várias artérias que entram por vários pontos ao redor —> seus ramos formam o plexo subcapsular que origina três grupos de vasos: - 1) Artérias da cápsula; - 2) Artérias do córtex —> ramificam- se entre as células do córtex e acabam formando capilares sanguíneos que deságuam em capilares da camada medular; - 3) Artérias da medula —> atravessam o cortex, ramificam-se e formam uma extensa rede de capilares na medula; - * Suprimento duplo para a medula —> arterial (pelas arterias da medula) e venoso (pelos capilares derivados das artérias do córtex); - * Endotélio capilar é fenestrado e muito delgado; 1.4.2 Córtex adrenal - Células com estrutura típica de secretoras de esteróides; - Hormônios não são armazenados em grânulos —> são, na sua maioria, secretados assim que produzidos (e Page � of �4 23 passam pela membrana, não precisam ser exocitados); - Subdividido em 3 camadas concêntricas: - 1) Zona Glomerulosa: - Abaixo da cápsula; - Células colunares ou piramidais; - Células organizadas em cordões em forma de arco envolvidos por capilares sanguíneos - Responsável pela produção de mineralocorticóides; - 2) Zona fasciculada: - Células poliédricas que contém um grande número de gotículas de lipídeos —> vacuolizada, por isso as células podem ser chamadas espongiócitos; - Arranjo de células em cordões retos e regulares, semelhantes a feixes entremeados por capilares e dispostos perpendiculares a superfície do órgão - Responsável pela produção de glicocorticóides; - 3) Zona reticulada: - Mais interna do córtex; - Células dispostas em cordões irregulares; - Células são menores que as das outras camadas e tem menos gotas de lipídeos; - Células reticuladas; - Células dispostas em cordões irregulares que formam uma rede anastomosada - Responsável pela produção de androgenos 1.4.3 Hormônios do córtex e suas ações -São, na maioria, esteróides; -Produzidos a partir do colesterol —> obtido do plasma sanguíneo e convertido em pregnenolona que será usada na síntese dos hormônios; -Classes de hormônios, divididas de acordo com as ações fisiológicas: - Mineralocorticóides: - Zona glomerulosa é a principal responsável; - Aldosterona —> manutenção do equilíbrio de água, sódio e potássio no organismo; - Glicocorticóides: - Secretados principalmente pela zona fasciculata; - Regulam metabolismo de carboidratos; lipídeos e proteínas e também suprimem o sistema imune - Cortisol —> principal - Andrógenos: - Principalmente pela zona reticulata; 1.4.4 Controle de secreção dos hormônios do córtex - Hipotálamo —> libera neurohormônio CRH —> estimula liberação de ACTH pela adenohipófise (pars distalis) —> adrenal (cortex) —> liberação de andrógenos (Desidroepiandrosterona), glicocorticóides (cortisol) e mineralocorticóides (aldosterona); - ACTH atua somente sobre o córtex; - Gicocorticóides circulantes —> podem inibir a liberação de ACTH tanto no nível do hipotálamo quanto da hipófise (retroalimentação negativa); 1.4.5 Medula Adrenal - Células poliédricas em cordões ou aglomerados sustentadas por uma rede de fibras reticulares; - Há células do parênquima (originadas da crista neural) e células ganglionares parassimpaticas; - Células medulares —> possuem grânulos de secreção com catecolaminas (epinefrina Page � of �5 23 ou norepinefrina) —> são armazenadas em vesículas e são liberadas por exocitose; - Todas as células da medula adrenal são inervadas por terminações colinérgicas de neurônios simpáticos pré-ganglionares: - Neurônios simpáticos pré-ganglionares —> estimulam a liberação de epinefrina e norepinefrina pelas células 1.4.5.1 Controle da Secreção e ações dos hormônios da adrenal - Células da medula armazenam os hormônios em grânulos; - São secretados em grande quantidade em reações emocionais intensas; - Secreção mediada pelas fibras pré- ganglionares que inervam as células; - Efeitos: - Vasoconstrição; hipertensão; alterações da frequência cardíaca; elevação da glicemia; - São parte da defesa do organismo frente a situações de emergência; - Pequenas quantidades desses hormônios são secretadas continuamente; - Epinefrina e norepinefrina circulantes não alteram a síntese e secreção desses hormônios pela medula adrenal. 2.0 Aparelho Reprodutor Feminino - Formado por: 2 ovários; 2 tubas uterinas; o útero; a vagina e a genitália externa; - Funções: - Produçãodos gametas femininos (ovócitos); - Manutenção do ovócito fertilizado durante seu desenvolvimento completo ao longo das fases embrionárias e fetais até o nascimento; - Produção dos hormônios sexuais que controlam funções em diferentes partes do corpo; - A partir da menarca, sofre modificações cíclicas em sua estrutura e atividade funcional —> controle neuro-hormonal; - Menopausa última das variações cílicas (última menstruações); 2.1 Ovários - Forma de amendoas, cerca de 3 cm; - Camadas: - Superfície recoberta pelo epitélio germinativo, que é pavimentoso ou cúbico simples; - Túnica albugínea: tecido conjuntivo denso que encontra-se sob o epitélio germinativo; - Região cortical —> na qual predominam folículos ovarianos (ovócito com células que os circundam —> folículos encontram-se no estroma de tecido conjuntivo do córtex); - Região medular —> região mais interna com tecido conjuntivo frouxo e rica em vascularização; 2.1.1 Desenvolvimento inicial do ovário - Grande Proliferação de ovogônias ainda na vida intrauterina; - Ovócitos primários —> ainda na vida intrauterina (parada durante meiose) 2.1.2 Folículos Primordiais - Folículo: Ovócitos envolvidos por uma ou mais camadas de células da granulosa; - Os folículos primordiais: - São formados durante a vida fetal e ainda não sofreram nenhuma modificação; - Apenas uma camada de células da granulosa; - Maioria localizada na região cortical (próxima da túnica albugínea); - O ovócito no folículo primordial está parada na prófase da meiose; 2.1.3 Crescimento Folicular - Modificações que ocorrem no ovócito, células da granulosa e estroma que começam a acontecer a partir da puberdade; - Estimulado pelo FSH produzido pela hipófise; 1) Folículos Primário: - Fase de muito crescimento do ovócito: - Aumento do tamanho do núcleo; - Aumento do número de mitocôndrias; - Crescimento do retículo endoplasmático; - Migração do aparelho de golgi para a superfície celular; - Células da granulosa aumentam de tamanho e sofrem mitose —> formam uma única camada —> folículo primário unilaminar; - Camada granulosa —> epitélio estratificado formado pela continuação da proliferação das células da granulosa —> passa a ser chamado folículo primário multilaminar (pré-antral). Células unidas por junções tipo gap; Page � of �6 23 - Zona pelúcida envolve todo o ovócito 2) Folículos Secundário (antral) - Com o crescimento, passam a ocupar regiões mais profundas da região cortical; - Líquido folicular começa a acumular-se entre as células da granulosa. O líquido é rico em proteínas; glicosaminoglicanos e hormônios esteróides; - Ocorre reorganização dos espaços entre as células —> forma o antro folicular; - Cumulos oophorus —> espessamento de células formado quando essas se reorganizam e que serve para apoio do ovócito; - Aparece corona radiata —> cama de células que envolve o ovócito 3) Tecas Foliculares - Camadas do que aparecem em torno do folículo: - Teca interna - células poliédricas, com núcleos arredondados e citoplasma acidófilo; - Teca externa - organizadas de maneira concêntrica em torno do folículo; 4) Folículos Pré-ovulatórios - A cada ciclo menstrual, normalmente, ocorre desenvolvimento muito maior de um folículo antral —> torna-se o folículo dominante —> desenvolve-se até ser chamado de folículo maduro ou pré- ovulatório; - Os outros folículos, que estravam desenvolvendo-se em certa sincronia com ele, entram em atresia; 2.1.4 Atresia Folicular - Processo pelo qual passa a maioria dos folículos —> células foliculares e ovócitos morrem e são eliminados por células fagocitárias; - Pode acontecer em qualquer fase; - Sinais da atresia: - Morte celular de células da granulosa; - Separação de células da granulosa; - Alterações no núcleo e citoplasma do ovócito (morte); - Pregueamento da zona pelúcida 2.1.5 Ovulação - Ruptura de parte da parede de um folículo maduro com liberação do ovócito —> é captado pela extremidade dilatada da tuba uterina; Page � of �7 23 - Estímulo e passos para a ovulação: - Aumento dos níveis de estrógeno secretado pelo folículo em desenvolvimento —> estimula a produção de LH; - Pico de LH —> aumento da circulação no ovário —> extravasamento de proteínas plasmáticas, liberação de histamina; prostaglandinas; vasopressina e colagenase —> células da granulosa produzem mais ácido hialurônico e soltam-se da sua camada; - Colagenase e morte celular enfraquecem uma parte da túnica albugínea —> ruptura de uma parte da parede folicular —> ovulação; - **Logo antes da ovulação, ocorre o fim da primeira meiose e liberação do primeiro corpúsculo polar —> ocorre inicio da segunda meiose, que fica estacionada em metáfase até que ocorra a fertilização; 2.1.6 Corpo lúteo - Estrutura que aparece após a ovulação. Há reorganização das células da granulosa e da teca interna; - É uma glândula endócrina temporária A) Formação e Estrutura do corpo - Perda de fluido folicular após a ovulação causa colapso da parede do folículo; - Pode ocorrer acúmulo de sangue no antro, que coagula e depois é invadido por tecido conjuntivo; - Células da granulosa aumentam de tamanho, mas não se dividem —> células da granulosa-luteínicas —> características de células produtoras de esteróides; - Células da teca contribuem, em menor quantidade, para o corpo lúteo —> células teca-luteínicas (são menores do que as vindas da granulosa); - Vasos sanguíneos e linfáticos dirigem-se agora também para o interior do corpo lúteo; - ** Estímulo —> a reorganização é estimulada por LH; - As células passam a ser produtoras de estrógenos e progeserona B) Destino do corpo lúteo - Sem estímulo adicional (sem gravidez)—> LH estimula o corpo lúteo para secretar por de 10 a 12 dias —> em seguida: apoptose e parada da secreção de progesterona —> invasão por fibroblastos, gerando uma cicatriz, corpo albicans; - O corpo lúteo que dura apenas um ciclo menstrual é denominado corpo lúteo de menstruação; - Diminuição dos níveis de progesterona — > menstruação e volta da secreção de FSH pela hipófise —> novo início de crescimento folicular - Quando ocorre gravidez —> Células do trofoblasto secretam HCG —> estimula a manutenção e crescimento do corpo lúteo —> continua a produção de progesterona até pelo menos metade da gravidez —> mantém a mucosa uterina e estimula a secreção das glândulas uterinas (desenvolvimento do embrião); - *Corpo lúteo gravídico (de gravidez) 2.1.7 Células Intersticiais - Células da teca interna que permanecem isoladas ou em grupos no estroma cortical após a atresia do folículo do qual faziam parte; 2.2 Tubas Uterinas (de falópio) - Tubos musculares com grande mobilidade; - Extremidades: - Infundíbulo: abre-se na cavidade peritoneal próximo a cada ovário; - Intramural: atravessa a parede do útero e abre-se no interior; - Camadas: - 1) Mucosa; - Epitélio colunar simples com células ciliadas e células secretoras e lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo; - Tem dobras longitudinais muito numerosas na ampola (assemelha-se a um labirinto em corte longitudinal); - Na porção intramural, tem dobras reduzidas, aparecem apenas algumas protuberâncias; - 2) Camadas musculares de músculo liso —> camada circular interna e longitudinal externa; - 3) Serosa (folheto do peritônio); - Os cílios da mucosa batem em direção ao útero —> movimentam uma camada de muco produzido, principalmente pelas células secretoras; Page � of �8 23 - Durante a ovulação, as tubas tem movimentos ativos por conta da musculatura lisa. Além disso, a extremidade afunilada da ampola (que contém muitas fímbrias)fica muito próxima do ovário favorecendo a captação do ovócito; - Secreção das tubas uterinas tem como funções: - Nutrir e proteger o óvulo; - Capacitar os espermatozóides; - Contração da musculatura lisa e batimento dos cílios: - Transportam o ovócito ou zigoto para o útero (ao longo do infundíbulo e restante da tuba); - Impossibilita a passagem de microorganismos do útero para a cavidade peritoneal (junto com a função do muco); - **Mulheres com sindrome do cílios imóveis —> ainda há transporte do ovócito ou zigoto para o útero 2.3 Útero - Órgao em forma de pera dividido em: - Corpo do útero, parte dilatada, dividida em: - Fundo do útero (superior, em forma de cúpula); - Cervice ou colo do útero (porção estreita que abre-se na vagina) - Parede uterina: - Relativamente espessa com três camadas: 1) serosa, com mesotélio e tecido conjuntivo; 2) miométrio; 3) endométrio, mucosa uterina; 2.3.1 Miométrio - Camada mais espessa do útero, composta de grandes feixes de fibras musculares separadas por tecido conjuntivo; - Há quatro camadas de feixes musculares: - Primeira e quarta —> longitudinais paralelas ao longo eixo do órgão; - Segunda e terceira —> intermediárias por onde passam os vasos do miométrio; - Hiperplasia e hipertrofia durante a gravidez —> aumento do miométrio; - Algumas células passam também a ter características de secretoras de proteína; - Após a gravidez —> degeneração e redução de tamanho de células musculares lisas —> retorno do tamanho do útero ao tamanho, aproximadamente, normal 2.3.2 Endométrio - Epitélio e lâmina própria com glândulas tubulares simples (que podem ramificar-se para camadas mais profunda, até próximo ao miométrio); - O epitélio da cavidade uterina é simples colunar com células secretoras e células ciliadas; - O revestimento das glândulas uterinas é semelhante, mas com menos células ciliadas; - O endométrio pode ser dividido em: - 1) Camada basal: mais profunda adjacente ao miométrio —> tecido conjuntivo e porção inicial das glândulas uterinas; - 2) Camada funcional: restante do tecido conjuntivo da lâmina própria, porção final e de desembocadura das glândulas e pelo epitélio superficial. É a camada que sofre mais modificações ao longo do ciclo menstrual; - Vasos sanguíneos que irrigam o endométrio são importantes para os eventos cíclicos da menstruação: - Artérias arqueadas orientam-se circunferencialmente ao miométrio —> dão origem as artérias retas (irrigam camada basal do endométrio); e as artérias espirais (irrigam a camada funcional) Page � of �9 23 2.3.2.1 Ciclo menstrual - Controlado principalmente por estrógeno e progesterona —> estimulam proliferação, diferenciação e secreção das células epiteliais e tecido conjuntivo; - Modificações estruturais cíclicas na estrutura do endométrio tem início com a puberdade; - Após a menopausa —> involução geral dos órgãos reprodutores; 2.3.2.2 Endométrio Gravídico - Quando há implantação —> células do trofoblasto passam a produzir HCG —> estimula o corpo lúteo —> não ocorre menstruação (ciclo não ocorre durante toda a gravidez); - Progesterona —> glândulas uterinas tornam-se mais dilatadas e tortuosas. Produzem mais secreção durante a fase secretória; 2.3.2.6 Implantação (ou nidação), decídua e placenta - Implatação —> adesão do embrião às células do epitélio endometrial —> penetração do embrião na mucosa uterina (implantação intersticial, inicia-se em torno do 7 dia e o embrião está completamente imerso no endométrio entre o nono e décimo dias); - Após a implantação —> fibroblastos da lâmina própria aumentam de tamanho e tornam-se arredondados (e passam a ter características de produtoras de proteinas) —> passam a ser células decíduas —> endométrio passa a ser chamado decídua; - Decídua é dividida em: - Decídua basal: entre o embrião e o miométrio; - Decídua capsular: entre o embrião e o lúmen uterino; - Decídua parietal: no restante da mucosa uterina; 2.3.3 Placenta - Órgão temporário que serve para trocas entre feto e mãe (composta por células de dois indivíduos geneticamente distintos): - Parte fetal (cório); - Parte materna (decídua basal) —> fornece sangue arterial para a placenta e recebe sangue venoso de espaços sanguíneos que existem dentro da placenta; - Órgão endócrino produtor de gonadotrofina coriónica (HCG); tireotropina coriónica; corticotropina coriónica; estrógenos; e progesterona; somatomamotropina coriónica (que tem atividade lactogênica) 2.3.4 Cérvice uterina - Porção cilíndrica mais baixa do útero; - Estrutura histológica diferente do resto do órgão: - Mucosa com epitélio simples colunar secretor de muco; - Poucas fibras musculares lisas; - Constituida principalmente de tecido conjuntivo denso; - Glândulas mucosas cervicais na mucosa —> muito ramificadas - **Extremidade externa que provoca saliência no lúmen da vagina —> epitélio estratificado pavimentoso - A mucosa da cérvice não sofre muitas alterações com o ciclo menstrual e não descama com a menstruação; Page � of �10 23 - Durante a gravidez as glândulas mucosas cervicais proliferam e secretam líquido mucoso mais abundante e viscoso; - As secreções cervicais ficam mais fluidas durante o período de ovulação, facilitando a entrada do esperma no útero; - Na fase luteal e na gravidez —> secreção fica mais viscosa e impede a passagem de esperma e microorganismos; 2.4 Vagina - Não tem glândulas (o muco no lúmen da vagina originas das glândulas mucosas cervicais); - Consiste em três camadas: - Mucosa: epitélio estratificado pavimentoso na mulher adulta, podendo ter uma pequena quantidade de queratina; - Sob estímulo da progesterona —> epitélio produz glicogênio e o deposita na luz da vagina —> é metabolizado pelas bactérias, gerando ácido lático e acidificando o pH vaginal —> ação protetora contra patógenos; - Lâmina própria com grande quantidade de neutrófilos e linfócitos - Muscular: principalmente conjuntos de fibras musculares lisas longitudinais (há também alguns circulares); - Adventícia: rica em fibras elásticas espessas unindo a vagina aos tecidos vizinhos - *Grande elasticidade da vagina —> muitas fibras elásticas no tecido conjuntivo em sua parede; - *Plexo nervoso extenso no tecido conjuntivo —> feixes nervosos e grupos de células nervosas 2.5 Genitália externa (vulva) - Consiste de: - Clitóris; - Homólogo ao penis tanto em origem embrionária quanto em estrutura histológica - Pequenos lábios; - Dobras da mucosa com tecido conjuntivo penetrado por fibras elásticas - Epitélio estratificado pavimentoso com uma camada delgada de células queratinizadas; - Glândulas sebáceas e sudoríparas —> internas e externas aos lábios - Grandes lábios; - Dobras de pele com uma camada de tecido adiposo e de músculo liso; - Superfície interna semelhante aos pequenos lábios; - Superfície externa —> pelos espessos; - Glândulas sudoríparas e sebáceas numerosas - Glândulas e uretra que abrem no vestíbulo (espaço que corresponde a abertura externa da vagina); - As glândulas vestibulares maiores (de Bartholin) —> situam-se aos lados do vestíbulo (secretam muco); - Glândulas vestibulares menores —> localizam-se ao redor da uretra e clitóris (também secretam muco); - Muitas terminações nervosas sensoriais táteis; corpúsculos de Meissner, Pacini —> fisiologia do estímulo sexual 3.0 Aparelho Reprodutor Masculino 3.1 Introdução - Composto por: 1) testículos; 2) ductos genitais; 3) glândulas acessórias; 4) pênis; - Testículos —> função dupla —> produção de espermatozóides e hormônios sexuais; - Testosterona e di-hidrotestosteronasão os principais hormônios produzidos —> importantes na fisiologia do homem, incluindo a diferenciação dos espermatozóides; - Secreções das glândulas acessórias + espermatozóides —> semen; Page � of �11 23 3.2 Testículos - Cada testículo é envolvido pela túnica albugínea; - A túnica albugínea é espessada na porção dorsal —> formando o mediastino do testículo —> de onde partem septos fibrosos que separam os testículos em lóbulos testiculares (compartimentos piramidais —> há comunicação entre os lóbulos, normalmente); - Há de 1 a 4 túbulos seminíferos em cada lóbulo; - Túbulos seminíferos —> enovelados, envolvidos por tecido conjuntivo frouxo, ricos em vasos sanguíneos e linfáticos, nervos e células de Leydig (intersticiais); - Os túbulos são os locais de produção das células reprodutoras masculinas e e secreção de hormônios andrógenos (pelas células de Leydig) - Túnica vaginal —> folheto do peritônio que é arrastada com os testículos quando eles migram durante o desenvolvimento embrionário 3.2.1 Túbulos Seminíferos - Estruturas onde são produzidos os espermatozóides; - De 250 a 1000 por testículo; - Revestidos por epitélio germinativo (ou seminífero) —> envolvido por lâmina basal e bainha de tecido conjuntivo; - Epitélio contém: - Células da linhagem espermatogênica —> 4 a 8 camadas —> colonizam a gônada e são denominadas espermatogônias; - Células de Sertoli; - **Têm origem e características diferentes; - Tecido conjuntivo contém: - Fibroblastos; - Células mioides (mais internas e achatadas) contráteis —> expulsar espermatozóides dos túbulos; - Células de Leydig - São dispostos em alças e suas extremidades continuam em tubos curtos — > túbulos retos; - Túbulos retos —> conectam túbulos seminíferos à rede testicular (labirintos de canais anastomosados revestidos por epitélio simples cúbico ou pavimentoso); 3.2.2 Espermatogênese e espermiogênese - Espermatogênese —> processo de produção de espermatozóides; - Proliferação celular por mitose, seguida de meiose - Espermiogênese —> Diferenciação final das células durante a espermatogênese; I) Espermatogênese: - Inicia-se com as espermatogônias —> células pequenas localizadas próximas à lâmina basal; - Puberdade —> iniciam-se as divisões mitóticas aumentando a população de espermatogônias, que podem manter-se como células tronco (espermatogônias A) ou diferenciar-se para espermatogônias tipo B; - Espermatogônias B —> passam por divisões mitóticas, mas as células filhas não se separam completamente —> são os espermatócitos primários (*são as maiores células da espermatogênese e suas células-filhas permanecem unidas); - Espermatócitos primários iniciam a meiose —> duplicação do material genético, quando há separação dos cromossomos homólogos —> tornam-se espermatócitos secundários (Anáfase I); Page � of �12 23 - Espermatócitos secundários —> passam pela segunda divisão meiótica —> geram as espermátides (já com metade do material genético); - **Prófase dos espermatócitos primários dura cerca de 22 dias —> a maioria das células observadas em cortes histológicos está nessa etapa. - *Espermátides: pequeno tamanho; núcleos com quantidade de cromatina condensada variável; núcleos arredondados incialmente, mas progressivamente alongados; encontram- se próximas ao lúmen dos túbulos seminíferos II) Espermiogênese 1. Etapa do Complexo de Golgi: - Complexo de golgi bastante desenvolvido nas espermátides; - Gránulos pró-acrossômicos acumulam-se no complexo de golgi —> fundem-se formando um grânulo acrossômico (limitado pela vesícula acrossômica); - Centríolos migram para a perto da superfície da célula do lado oposto da vesícula acrossômica; - **Centríolos serão responsáveis pelo axonema do flagelo (eixo central do flagelo) 2. Etapa do Acrossomo: - Vesícula acrossômica se estende sobre a metade anterior do núcleo —> passa a ser chamado capuz acrossômico —> forma o acrossomo - *Acrossomo: contém várias enzimas hidrolíticas que serão responsáveis por dissociar as células da corona radiata e digerir a zona pelúcida; - Flagelo cresce no polo oposto da célula e mitocôndrias acumulam-se ao redor (gera ATP para o movimento flagelar) —> projeta- se para o lúmen do túbulo - Núcleo torna-se mais alongado e condensado e encontra-se virado para a base do túbulo 3. Etapa da Maturação: - Perda de grande parte do citoplasma em forma de corpos residuais (são fagocitados pelas células de Sertoli); - Espermatozóides são liberados na luz do túbulo e transportados para o epidídimo no fluido testicular (com esteróides, ions e proteína de transporte da testosterona, produzido pela células de Sertoli); 3.2.3 Células de Sertoli - São piramidais, com sua superfície basal aderida à lâmina basal dos túbulos e extremidade apical no lúmen dos túbulos; - Núcleos na base dos túbulos seminíferos. Os núcleos são claros e, normalmente, tem nucléolo evidente; - Não se dividem na vida adulta e são extremamente resistentes; - Citoplasma mal visualizado —> limites não podem ser bem determinados; - São formados recessos na superfície celular —> neles se alojam células da linhagem espermatogônica (e ali passam pelo final da espermatogênese e espermiogênese); - Barreira hemato-testicular —> formada pelas células de Sertoli que são unidas por junções ocludentes) - As espermatogônias permanecem abaixo da barreira (no compartimento basal) —> algumas células resultantes da divisão atravessam a barreira para chegar ao compartimento adluminal e lá iniciam a espermatogênese Page � of �13 23 Funções das células de Sertoli: - Suporte, proteção e suprimento nutricional das células da espermatogênese; - Fagocitose dos excessos citoplasmáticos que são liberados como corpos residuais; - Secreção do fluido testicular (junto com ele é secretada a proteína ligante de andrógeno que é necessária para concentrar a testosterona nos túbulos onde estimula a espermatogênese); - Convertem testosterona em estradiol; - Secretam inibina, que inibe a secreção de FSH pela hipófise; - Produzem o hormônio anti-mulleriano —> age no desenvolvimento embrionário promovendo regressão dos ductos de Muller (paramesonéfricos) em fetos masculinos e induzir o desenvolvimento de estruturas derivadas dos ductos de Wolff (ductos mesonéfricos); - Formam a barreira hematotesticular; Fatores que influenciam a espermatogênese - Hormônios: FSH e LH estimulam. FSH também atua nas células de Sertoli estimulando a produção da proteína ligante de andrógeno. LH atua nas células intersticiais —> produção de testosterona; - Temperatura: Só acontece abaixo de 37º (por isso a posição da bolsa escrotal). Plexo pampiniforme —> veias que envolvem as artérias dos testículos e promovem troca de calor (resfriando-o); - Desnutrição; alcoolismo; substâncias tóxicas e radiações —> alterações nas espermatogônias e diminuição na espermatogênese 3.2.4 Tecido Intersticial - Nutrição das células dos túbulos seminíferos; - Transporte de hormônios; - Produção de andrógenos; - Espaços entre os túbulos seminíferos: - Tecido conjuntivo; nervos; vasos sanguíneos e linfáticos; - *Capilares fenestrados (permitindo passagem livre de macromoléculas); - Células no tecido: - Fibroblastos; - Células conjuntivas indiferenciadas; - Mastócitos; - Macrófagos; - Células de Leydig (ou intersticiais do testículo) —> tornam-se mais evidentes com a puberdade —> produzem a testosterona —> sua atividade e número dependem de estímulo hormonal; - LH —> estimula células de Leydig; 3.2.5 Ductos Intratesticulares - Seguem dos túbulos seminíferos e conduzem esperamatozóidese fluidos; - São os túbulos retos; rede testicular e ductos eferentes; - Túbulos seminíferos —> continuam nos túbulos retos (tem segmento inicial apenas com células de sertoli) —> dão origem a rede testicular —> ductos eferentes saem da rede testicular (vão se fundir para formar o epidídimo); 3.3 Ductos Extratesticulares - Transportam os espermatozóides do testículo para o meato do pênis; 1) Ducto do epidídimo (epididimário): - Tubo muito enovelado; - Forma a cauda do epidídimo com o tecido conjuntivo e vasos ao redor; - Tem uma cápsula própria; - Epitélio pseudoestratificado colunar com células colunares (com microvilos chamados estereocilios) e basais —> epitélio participa da digestão dos corpos residuais das espermátides - Lâmina basal com tecido conjuntivo frouxo e células musculares lisas —> peristaltismos —> movimentação do fluido ao longo do tubo; 2) Ducto deferente: - Originado na extremidade do ducto do epidídimo e termina na uretra prostática; - Lúmen estreito e espessa camada muscular (com camada interna e externa) - Mucosa com dobras longitudinais; - Recoberta por epitélio colunar pseudeoestratificado com estereocílios; - Musculatura lisa —> sofre contrações fortes durante a ejaculação —> participa da expulsão do semen; - Dilata-se antes de entrar na próstata —> forma a ampola —> na ampola também desemboca a secreção das vesículas seminais. ** Segmento que entra na próstata —> ducto ejaculatório (não tem musculatura lisa); Page � of �14 23 3) Uretra: - Ducto deferente + secreções das vesículas seminais na ampola —> ducto ejaculatório —> desemboca na uretra prostática —> uretra membranosa —> uretra peniana 3.4 Glândulas Acessórias - Vesículas seminais: - Dois tubos tortuosos; - Mucosa pregueada com epitélio cubóide ou pseudoestratificado colunar —> com células ricas em grânulos de secreção; - Lâmina própria rica de fibras elásticas e espessa camada muscular; - Produzem secreção amarelada com: frutose; citrato; inositol; protaglandinas e muitas proteínas —> importantes para os espermatozóides; - A secreção corresponde a 70% do volume do ejaculado humano ; - Função regulada por testosterona - Próstata: - 30 a 50 glândulas tubuloalveolares ramificadas; - Epitélio cubóide alto ou pseudoestratificado colunar; - Estroma fibromuscular em torno das glândulas; - Próstata é envolvida por uma capsula fibroelástica cujos septos penetram na glândula e a dividem em lóbulos - Envolve a uretra prostática —> os ductos desembocam na uretra; - Zonas: central; de transição; periférica; - Produzem secreção e eliminam durante a ejaculação; - Função regulada por testosterona; - Concreções prostáticas: corpos glicoprotéicos pequenos que se acumulam no lúmen das glândulas na próstata —> quantidade aumenta com a idade - Glândulas Bulbouretrais: - Situadas na porção membranosa da uretra; - Glândulas tubuloalveolares revestidas por epitélio cúbico simples secretor de muco (muco claro que serve como lubrificante); - Células musculares esqueléticas e lisas são encontradas nos septos que dividem as glândulas; 3.5 Pênis - Principais componentes: - Uretra; - 2 Corpos cavernosos do penis (eretéis); - 1 corpo esponjoso (cavernoso da uretra) —> dilata-se na extremidade formando a glande; - Uretra peniana —> maior parte revestida por epitélio pseudoestratificado colunar. Epitélio torna-se estratificado pavimentoso na glande; - Presença de glândulas de Littré, secretoras de muco - Prepúcio: dobra retrátil de pele com tecido conjuntivo e músculo liso. Há glândulas sebáceas na dobra interna e pele que recobre; - Corpos cavernosos: - São recobertos pela túnica albugínea —> tecido conjuntivo denso; - Grande quantidade de espaços venosos separados por trabéculas conjuntivas e células musculares; - Ereção: processo hemodinâmico controlado por estímulos nervosos sobre a musculatura lisa das artérias e das trabéculas. Ocorre a ereção quando há estímulos parassimpáticos vasodilatadores; 4.0 Aparelho Urinário - Dois rins; dois ureteres; bexiga; uretra; - Urina produzida nos rins; vai para a bexiga pelos ureteres; e é lançada ao exterior pela uretra; - Manutenção da homeostase —> eliminação de produtos de metabolismo; regulação de água; eletrólitos e outros solutos; - Secreção de renina; - Produção de eritropoietina 4.1 Rim - Borda convexa; - Borda côncava —> onde encontra-se o hilo; - Hilo contém: Tecido adiposo; 2 a 3 cálices que se reúnem para formar a pélvis renal (parte dilatada do ureter); - O rim contém: - Cápsula —> tecido conjuntivo denso; - Zona cortical; - Zona medular: - 10 a 18 pirâmides medulares (Malpighi) —> vértices em contato com os cálices renais nas papilas; - Os raios medulares partem da base das pirâmides e vão em direção a zona cortical; - Lobo renal: composto por 1 pirâmide e tecido cortical que recobre a base e seus lados; - Túbulo urinífero: Page � of �15 23 - Composto pelo néfron e túbulo coletor (tem funções e origens embrionárias distinas); - Néfron —> corpúsculo renal + túbulo contorcido proximal + partes delgada e espessa da alça de Henle + túbulo contorcido distal; - Túbulo coletor —> liga o contorcido distal aos ductos coletores; 4.1.1 Corpúsculos renais e filtração do sangue - Corpúsculos renais são formados por: - Glomérulo (tubo de capilares); - Cápsula de Bowman (envolve o glomérulo e contem um folheto visceral (junto aos capilares) e um folheto parietal (forma os limites do corpúsculo); - Folheto parietal —> epitélio simples pavimentoso; lâmina basal e camada de fibras reticulares; - Folheto visceral —> composto por podócitos (células epiteliais modificadas) com prolongamentos primários e secundários. Os secundários envolvem os capilares. - O espaço deixado entre os prolongamentos secundários são as fendas de filtração (recobertas por uma membrana) - ***Espaço capsular —> entre os dois folhetos** —> recebe o líquido filtrado; - Polo vascular —> por onde entra a arteríola aferente e sai a eferente —> a arteríola aferente divide-se em alças; - A pressão com que o sangue circula é regulada pela arteríola aferente; - Os capilares são fenestrados sem diafragmas - Polo urinário —> início do túbulo contorcido proximal; - Membrana basal glomerular: lâmina rara interna; lâmina densa; lâmina rara externa; - Juntas, funcionam como uma barreira física e um filtro de macromoléculas; - Partículas maiores que 10nm raramente atravessam a membrana basal; - Proteínas com massa maior que a da albumina; - A filtração ocorre pela pressão hidrostática do sangue (que nos capilares glomerulares é maior) que se opõe a pressão coloidosmótica do plasma e a pressão do líquido contido na capsula de Bowman —> Força de filtração; - O filtrado contem concentração de eletrólitos, glicose e ureia semelhantes ao do plasma, mas quase não tem proteinas; 4.1.2 Células Mesangiais - Encontram-se na matriz mesangial dos glomérulos; - Encontram-se principalmente nos locais entre os capilares que são envolvidos por uma mesma membrana basal; - Também encontradas na parede dos capilares glomerulares; - São células contráteis e tem receptores para angiotensina II —> Quando ativadas, contraem-se e é diminuído o fluxo sanguíneo glomerular —> diminui a filtração; Page � of �16 23 - Também fazem suporte estrutural do glomérulo, fazem fagocitose e secretam matriz; - Produzem a endodelina —> com capacidade de controlar a constrição dos vasos; 4.1.3 Túbulo contorcido proximal - É a estrutura que aparece no pólo urinário em continuação com o folheto parietal da cápsula de Bowman; - Epitélio cubóide ou colunarbaixo; - Membrana apical com microvilosidades —> orla em escova com canalículos que aumentam a capacidade de absorver macromoléculas; - Limites entre as células dificilmente observados, por conta da existência de prolongamentos entre as células; - Lúmen amplo circundados por muitos capilares sanguíneos; - Filtrado glomerular —> Passa para o túbulo contorcido proximal —> reabsorção de toda a glicose e aminoácidos filtrados; reabsorção de aproximadamente 70% da água; 4.1.4 Alça de Henle - Estrutura em U que tem um segmento delgado entre dois segmentos mais espessos; - O lúmen é largo, pois o epitélio da parede da alça é pavimentoso simples; - Partes espessas tem estrutura semelhante à do túbulo contorcido distal; - Participa da retenção de água —> tornar urina mais hipertônica; - A alça cria um gradiente de tonicidade no interstício da medula renal —> influencia a concentração da urina quando essa passa pelos ductos coletores; - Segmento delgado descendente é permeável à água; o segmento ascendente é impermeável à água e há transporte ativo de sódio para fora —> ajuda a manter o gradiente de ions na medula; 4.1.5 Túbulo Contorcido Distal - Segue a partir da parte espessa da alça de Henle (que passa pela parte cortical do rim); - Também revestido por epitélio cúbico simples; - Tem células menores que as do túbulo contorcido proximal —> mais núcleos são encontrados em corte transversal; - Não tem a orla em escova; - Há invaginações na membrana basal —> onde encontramos mitocôndrias —> característica importante para o transporte de ions; - Mácula densa —> região com o epitélio modificado de simples cúbico para simples cilíndrico; - Aparece escura em cortes pois os núcleos estão próximos; - É sensível ao conteúdo iônico e volume de água no fluido tubular —> produzem moléculas sinalizadoras para a liberação de renina no sangue; 4.1.6 Túbulos e ductos coletores - Urina passa dos túbulos contorcidos distais para os túbulos coletores —> desembocam nos ductos coletores —> dirigem-se para as papilas; - Ambos tem trajeto retilíneo; - Túbulos coletores mais finos tem epitélio cúbico —> a medida que se fundem —> epitélio se torna cilíndrico; 4.1.7 Aparelho justaglomerular - Células justaglomerulares —> células musculares modificadas que são encontradas, principalmente, nas arteríolas aferentes próximo aos glomérulos; - Aparelho justaglomerular é formado por: - Células justaglomerulares; - Mácula densa; - Células mesangiais extraglomerulares - **A mácula densa do Túbulo contorcido distal fica próxima às células justaglomerulares Page � of �17 23 - Células justaglomerulares —> produzem renina 4.1.8 Circulação Sanguínea - Arteríola aferente —> arteríola eferente —> rede de capilares peritubulares 4.1.9 Interstício Renal - Espaço entre os néfrons e os vasos sanguíneos e linfáticos; - Células do interstício cortical —> produção da maior parte da eritropoietina 4.2 Bexiga e Vias Urinárias - Armazenam a urina formada nos rins; - Cálices, pélvis, ureter e bexiga tem estrutura básica semelhante, mas vão se tornando mais espessas; - Mucosa: - Epitélio de transição; - Lâmina própria de tecido conjuntivo que varia de frouxo a denso; - Células mais superficiais dos epitélios —> responsáveis por manter a barreira osmótica entre a urina e os fluidos teciduais; - Presença de uroplaquinas no epitélio da bexiga —> proteção contra desidratação; - Bexiga é mais redonda quando vazia e torna-se mais alongada quando cheia; - A membrana é especializada, com placas espessas separadas por mais finas que são responsáveis por aumentar a superfície da célula quando a bexiga se enche; 4.2.1 Uretra - Tubo que transporta a urina para fora do corpo na micção; - Uretra masculina —> também dá passagem aos espermatozóides durante a ejaculação e é formada por três partes: - Prostática (epitélio de transição); membranosa (pseudoestratificado colunar, nessa parte encontra-se o esfíncter externo da uretra); e peniana (pseudoestratificado colunar e estratificado pavimentoso); - Uretra feminina —> exclusivamente do aparelho urinário e menor (epitélio plano estratificado e regiões com pseudoestratificado colunar); Esfíncter externo da uretra próximo a parte exterior do corpo; 5.0 Histologia do Sistema Linfóide Composição do sistema imune: - Orgãos Linfóides: - Medula óssea; - Timo; - Linfonodo; - Baço; - Nódulos linfáticos—> ex.: tonsilas, tecido linfoide associado à mucosas(MALT) - Células imunes (células isoladas): - Linfócitos; Page � of �18 23 - * Todos são originados na medula óssea, mas os linfócitos T terminam sua maturação no timo - Granulócitos; - Macrófagos; - Células dendríticas; 5.0.1 Circulação pelos vasos linfáticos - Vasos linfáticos acompanham os sanguíneos; - A pressão exercida pelos vasos sanguíneos causa extravasamento de plasma (exudato); - Aumento da pressão —> mais extravasamento; - Menor pressão —> retorno de líquido para dentro do vaso; - Vasos linfáticos recebem o exudato dos vasos sanguíneos e a porção que não retorna torna-se linfa - Vasos linfáticos confluem e desembocam na veia cava; - Linfócitos migram para o vaso linfático e retornam para os sangüíneos: - *Nos vasos linfáticos podem chegar aos linfonodos onde ocorre a apresentação de antígenos; 5.1 Tipos de resposta imune - O sistema imune tem a capacidade de defender o organismo contra 1) a entrada de moléculas estranhas; 2) microorganismos; e 3) células de fora do organismo ou modificadas (como células cancerígenas); - As células desse sistema tem a capacidade de distinguir moléculas que são do próprio corpo (self) das que não são (non-self). (*reconhecimento de moléculas do próprio corpo como imunogênicas —> doença auto-imune); Resposta Imune Inata - Mediada por: - Linfócitos NK (células natural-killer); - Neutrófilos; - Macrófagos; - etc - Além de barreiras (físicos químicas) como: pele, mucosa, acidez estomacal, lágrimas suor. - Não é capaz de resposta específica contra patógenos, reconhece padrões gerais da composição de estruturas estranhas ao organismo; - As células imunes fazem fagocitose e desencadeiam uma resposta inflamatória Resposta Imune Adquirida - Mediada por: - Linfócitos B; - Linfócitos T citotóxicos; - Linfócitos T auxiliadores, supressores etc; - Macrófagos e granulócitos participam da ativação da resposta imune adquirida - É especifica e especializada - Capaz de responder a uma grande diversidade de patogenia - Ocorre expansão clonal (proliferação de linfócitos específicos contra o organismo invasor.) - Tem memória de respostas imunes passadas contra um mesmo organismo. - Ao final da resposta imune induz contração e homeostasia. - Divisão da resposta imune adquirida: - Resposta Humoral: - Mediada principalmente por anticorpos e outras moléculas que promovem neutralização e morte de patógenos; - Anticorpos são produzidos pelos linfócitos B - Resposta Celular **Pode ser feita também pela resposta inata**: - Células imunocompetentes reagem e matam células com determinadas proteínas de membrana (anormais) —> bactérias; células infectadas por virus; células transplantadas; células cancerígenas; - Pode ser mediada por linfócitos T (da imunidade adquirida); - Algumas células da resposta inata, como as NK fazem parte também da resposta celular, promovendo morte celular; - A fagocitose feita por células da resposta imune inata também pode ser considerada resposta celular (macrófagos; células dendríticas) 5.2 Classificação dos Órgãos Linfóides 5.2.1 Primários (Geradores) - Medula Óssea e Timo - Produção e maturaçãode linfócitos; - Linfócitos B e T são produzidos na medula óssea; - Linfócitos B são maturados na medula óssea; Page � of �19 23 - Linfócitos T são maturados no Timo - De maneira geral, os outros leucócitos são produzidos na medula óssea 5.2.2 Secundários (Periféricos) - Baço; - Linfonodos; - Tecido linfóides associados a mucosa (MALT) - Armazenamento dos linfócitos maduros; 5.3 Maturação de Linfócitos - Ocorre quando são apresentados à seus antígenos específicos; - Linfócitos imaturo —> linfócito maturo (virgem/naive) —> apresentação ao Ag —> Ativação —> Expansão clonal —> Linfócitos tornam-se efetores ou de memória; - Linfócitos efetores migram para o local da infecção para eliminar os agentes contendo os antígenos —> em seguida sofrem apoptose; - As células de memória permanecem circulando e promovem a vigilância no organismo 5.4 Complexo de Histocompatibilidade - O sistema imune difere moléculas do próprio organismo (self) das estranhas (non-self), de maneira geral, através dos complexos de histocompatibilidade (MHC) presentes na membrana celular; - Possuem uma estrutura única para cada indivíduo —> incompatibilidade em transplantes; - MHC = HLA; - São produzidos no retículo endoplasmático rugoso e processados para que sejam colocados na membrana celular —> lá fazem a apresentação de antígenos; Divididos em duas classes: - MHC de classe I: - encontrado em todas as células; - Faz apresentação de antígenos produzidos pela maquinaria celular —> são exteriorizados juntamente com o MHC I; - A apresentação de antígenos não- proprios através de MHC I ativa linfócitos T CD8 —> ativa esses linfócitos que produzem citocinas além de promover a morte da célula apresentando tal antígeno - MHC de classe II: - encontrado apenas em células apresentadoras de antígeno (APCs) (como macrófagos; linfócitos B; células dendríticas); - A APC fagocita um patógeno com antígenos e os processa —> peptídeos do antígeno são colocados nas moléculas de MHC II —> exteriorizadas na membrana para reconhecimento por Linfócitos T (que serão ativados) Page � of �20 23 5.5 Timo - Orgão linfoepitelial —> localizado atrás do esterno no mediastino; - Tem dois lóbos; - São envoltos por uma cápsula de tecido conjuntivo denso; - Septos emitidos da capsula dividem os lobos em lóbulos; - Lóbulos: - Zona cortical, mais externa e mais corada roxa —> onde se encontram mais linfócitos e onde proliferam intensamente; - Zona medular, mais interna, menos corada —> onde se encontram os corpúsculos de Hassall; - Corpúsculos de Hassal: formados por células epiteliais reticulares em camadas concêntricas —> sua função parece estar relacionada com a produção de citocinas para a maturação de linfócitos T - Células: - No timo encontram-se principalmente linfócitos T em diferentes estágios de maturação; - Macrófagos; - Células epiteliais reticulares (mais presentes na medula) —> *os prolongamentos celulares entre essas células são as estruturas que promovem maturação, proliferação e apoptose dos linfócitos. - Tem núcleos grandes; - São unidas por desmossomos —> seus prolongamentos formam o retículo do timo; - **Linfócitos que não reconhecem antígenos ou reconhecem antígenos próprios —> apoptose 5.5.1 Vascularização e barreira hematotímica - As artérias penetram no timo pela cápsula —> ramificam-se no órgão seguindo os septos conjuntivos —> originam arteríolas —> penetram no parênquima —> entram nos lóbulos —> tornam-se os capilares corticais e medulares —> emergem vênulas dos lóbulos; - * Há vaso eferente apenas no timo; - * Linfócitos originam-se na cortical —> passam para a medular para amadurecimento —> deixam o timo por vênulas; - Barreira hematotímica: Page � of �21 23 - Formada pelos pericitos dos capilares; lâmina basal do endotélio; lâmina basal das células reticulares (além das projeções das células reticulares); células endoteliais não-fenestradas; - Existe apenas na região cortical; - Dificulta a passagem de antígenos do sangue para a região cortical - *Não contém vasos linfáticos aferentes, apenas poucos eferentes* —> não é um filtro para a linfa; 5.5.2 Histofisiologia - Alcança desenvolvimento máximo no feto a termo e no recém-nascido, cresce até a puberdade e começa a involuir e ser substituído por tecido adiposo (mas não involui completamente); - Região timo-dependente —> áreas de outros tecidos e órgãos linfóides para onde vão os linfócitos T após saírem do timo —> zona paracortical dos linfonodos; bainhas periarteriais da polpa branca do baço; etc; - Regiões timo-independente —> áreas dos órgãos linfóides onde ficam os linfócitos B 5.6 Linfonodos ou gânglios linfáticos - Órgãos encapsulados constituidos por tecido linfóide; - Espalhados pelo corpo interpostos a circulação linfática —> “filtram” e “verificam a qualidade” da linfa; - Formato de um rim —> com um lado convexo e um côncavo (onde encontra-se o hilo); - A circulação da linfa é unidirecional —> penetra no linfonodo pela borda convexa (pelo vaso aferente) e saem pelo hilo (pelo vaso eferente); - Possui um parênquima sustentado pelas células e fibras reticulares; Composição - Cápsula: - Tecido conjuntivo - Região Cortical: - Logo abaixo da cápsula; - Ausente no hilo; - Cortical superficial —> tecido linfóide frouxo, formando seios subcapsulares e peritrabeculares. Além de nódulos linfáticos - Seios subcapsulares —> normalmente ricos em células dendríticas; macrófagos e células reticulares - Centro germinativo —> centro mais claro dos nódulos - Predomina linfócitos B na cortical - Região paracortical: - Predominancia de linfócitos T - Região Medular: - Centro do órgão e hilo; - Cordões medulares (linfócitos B); - Principalmente linfócitos B; - Seios medulares —> recebem a linfa que vem da cortical e comunicam-se com os vasos eferentes 5.6.1 Histofisiologia - Filtram a linfa —> removem partículas estranhas antes que retornem a circulação; - Linfonodos aumentam de tamanho em resposta a infecções (ou malignidades) —> células apresentadores de antígenos chegam aos linfonodos e desencadeiam expansão clonal dos linfócitos lá presentes, bem como de outros leucócitos —> liberação de citocinas pró-inflamatórias —> aumento de tamanho e aumento de circulação;; - Também pode haver aumento devido a presença e proliferação de células tumorais metastáticas ou leucêmicas 5.6.2 Recirculação dos linfócitos - Linfócitos deixam os linfonodos pelos vasos linfáticos eferentes —> vasos linfáticos confluem até desembocar novamente em vasos sanguíneos; - Linfócitos retornam aos linfonodos ao passarem por vênulas de endotélio alto (cubóide) —> na região paracortical dos linfonodos —> reconhecem, ficam retidos e passam por diapedese 5.7 Baço - Maior acúmulo de tecido linfóide —> único órgão interposto na circulação sanguínea; Funções: - Maturação de linfócitos que passam para o sangue; - Defesa contra patógenos circulantes; - Depuração de hemácias e plaquetas velhas; - Armazenamento de sangue Composição - Cápsula de tecido conjuntivo denso; - Trabéculas (emitidas pela cápsula) —> dividem incompletamente o parênquima; - Hilo na superfície medial; Page � of �22 23 - Polpa branca —> contem os nódulos linfáticos; - Polpa vermelha —> rica em sangue 5.7.1 Circulação sanguínea 1) Artéria esplênica penetra no hilo —> torna- se a artéria capsular; 2) Divide-se em ramos —> artérias trabeculares; 3) Formam as artérias centrais —> que saem das trabéculas e são envolvidas por uma bainha de linfócitos; 4) Divide-se nas artérias peniciladas (normalmentesem músculo liso); 5) O sangue passa para uma circulação aberta no baço —> espaços intercelulares na polpa vemerlha; 6) Sangue volta para os capilares sinusoides; 7) Capilares sinusóides —> veias da polpa vermelha —> veias trabeculares —> Veia capsular —> saída do baço 5.7.2 Polpa Branca - Tecido linfático que constitui as bainhas periarteriais e nódulos linfáticos; - Tecido linfático das bainhas periarteriais —> predominam linfócitos T; - Nódulos —> linfócitos B - Seios marginais: - *Região entre a polpa branca e a vermelha —> linfócitos, macrófagos e células dendríticos —> retenção e processamento de antígenos; - Zona marginal é importante na defesa 5.7.3 Polpa vermelha - Formada pelos cordões esplênicos (de Billroth) —> contínuos —> rede frouxa de células e fibras reticulares além de macrófagos, linfócitos, plasmócitos e outros leucócitos; - Os cordões são separados por sinusóides esplênicos 5.7.4 Histofisiologia - Linfócitos são produzidos na polpa branca —> seguem para a polpa vermelha e alcançam os sinusóides, juntando-se ao sangue; Destruição de eritrócitos - Vida média de 120 dias; - São destruidos principalmente no baço quando atingem sua vida útil —> hemocaterese; - A flexibilidade das hemácias diminui com o envelhecimento —> são destruídas ao passarem por capilares no baço —> macrófagos dos cordões esplênicos fagocitam hemácias inteiras e pedaços destruidos; - Hemoglobina —> metabolizada em bilirrubina Defesa contra invasores - Há intensa apresentação de antígeno pelas células apresentadoras que se encontram no baço aos linfócitos T e B 5.8 Tecido linfático associado a mucosas - Presente no: - Trato digestivo; - Respiratório; - Genitourinário; - Presente em tecidos sujeitos a frequentes infecções e contato com microorganismos; 5.8.1 Tonsilas - Aglomerados de células linfáticas incompletamente encapsuladas; - Estão abaixo e em contato com o epitélio das porções iniciais do trato digestivo; - Tonsilas palatinas; - Tonsilas faríngeas; - Tonsilas linguais Page � of �23 23
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