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CASO CLÍNICO VII Mulher, 55 anos de idade, etilista, ingerindo 1 litro de aguardente por dia, por mais de 15 anos. Foi ao médico queixando-se diarréia volumosa, com fezes com odor acentuado (malcheirosas), e emagrecimento. Observava que as fezes eram oleosas e não se misturava com a água. O esteatócrito (dosagem da gordura fecal) mostrou valores de 25 mg/24 horas (VR < 6). Uma radiografia simples do pâncreas mostrou calcificações na projeção do pâncreas. 1. Listar e conceituar termos novos - 2. Qual o provável problema deste paciente (trata-se de que doença)? Por que? (justifique o que levou ao diagnóstico) Pancreatite alcoólica crônica. O diagnóstico foi permitido por todos os sinais obtidos ao examinar o paciente, sobretudo por conta da presença de calcificação pancreáticas e do etilismo da paciente. 3. Qual o mecanismo envolvido na diarréia e no emagrecimento. As calcificações pancreáticas associadas à inflamação, levam à obstrução dos ductos pancreáticos, além de possivelmente impedir a passagem através do ducto colédoco. Em conjunto, esses fatores fazem com que a secreção pancreática e hepática não cheguem ao intestino, de maneira que a digestão de maneira geral (e, sobretudo, de lipídios) fique comprometida, levando à diarreia e diminuição na absorção de nutrientes e, então, ao emagrecimento. 4. Quais são outras complicações possíveis dessa doença? A compressão do ducto colédoco pode levar à icterícia. Comprometimento hepático também pode surgir. Além de que a injúria tecidual pode estar relacionada ao aparecimento de lesões malignas. 5. Quando e como tratar? A princípio, tratamento deve ser implementado quando o diagnóstico preciso for feito. O tratamento pode ser iniciado com o manejo da dor severa sentida pela paciente e suplementação oral das enzimas pancreáticas, de maneira a suprir a insuficiência exócrina do pâncreas. Além disso, deve ser feita intervenção cirúrgica de acordo com indicação específica.
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