Buscar

LITERATURA AFRICANA I AP1 2016.1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense
Curso de Licenciatura em Letras
 
Disciplina: Literaturas 
Coordenador: Cláudia Amorim
 
1 – A ocupação portuguesa no continente africano deu início a um período
Portugal, conhecido como período das Grandes Navegações. A expansão portuguesa teve 
início no norte da África, com a tomada de Ceuta (Marrocos), alcançou as ilhas do Atlântico e, 
depois, avançou pela costa oriental do continente africano, ao
direção ao Oriente. 
Descreva com suas palavras e de modo resumido como se desenvolveu esse período, 
destacando qual era o objetivo dos europeus com a ocupação africana e com que os 
portugueses se depararam. 
O aluno deverá falar do objetivo econômico de Portugal 
comércio com o Oriente – mas também com os povos nativos da África. A ocupação ocorre em 
locais estratégicos de navegação e é feita com os reinos com os quais se podia est
princípio, um relacionamento mais ou menos pacífico, também com objetivos religiosos 
difusão do cristianismo. Na ocupação da costa, os portugueses se deparam com a diversidade 
cultural e linguística dos povos africanos e algumas riquezas que,
procuravam – ouro, marfim, pimenta e outras especiarias, por exemplo. 
A ocupação das terras africanas dá
do Cabo das Tormentas pelos portugueses
uma vez que já havia interesse da Coroa nas riquezas que a Índia oferecia e que já eram 
conhecidas dos europeus. 
2 – A região africana hoje conhecida como Angola era um extenso reino que fazia parte de 
uma antiga região, conhecida no século XV, como Reino do Congo. 
território muito explorado pela colonização portuguesa que dessa colônia se ocupou durante 
muitos séculos. A atenção da metrópole em relação a Angola, porém, apresenta dois aspectos 
paradoxais. A exploração vai minando as riquezas e a cultura local, mas ao ser a colônia mais 
importante, especialmente após a perda do Brasil, Angola recebe atenção da Metrópole, com 
a criação de instituições, nomeação de pequenos funcionários públicos etc.
Angola refletiu-se no século XIX no aparecimento de jornais e de um Dicionário de 
Quimbundo-Português, feito por Cordeiro da Matta. 
Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Universidade Federal Fluminense 
Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ 
 
Disciplina: Literaturas Africanas de Língua Portuguesa I
Coordenador: Cláudia Amorim 
AP1 – 2016.1 
sa no continente africano deu início a um período
Portugal, conhecido como período das Grandes Navegações. A expansão portuguesa teve 
início no norte da África, com a tomada de Ceuta (Marrocos), alcançou as ilhas do Atlântico e, 
depois, avançou pela costa oriental do continente africano, ao longo do Oceano Índico em 
Descreva com suas palavras e de modo resumido como se desenvolveu esse período, 
destacando qual era o objetivo dos europeus com a ocupação africana e com que os 
O aluno deverá falar do objetivo econômico de Portugal – que visava principalmente o 
mas também com os povos nativos da África. A ocupação ocorre em 
locais estratégicos de navegação e é feita com os reinos com os quais se podia est
princípio, um relacionamento mais ou menos pacífico, também com objetivos religiosos 
difusão do cristianismo. Na ocupação da costa, os portugueses se deparam com a diversidade 
cultural e linguística dos povos africanos e algumas riquezas que, a princípio, não eram as que 
ouro, marfim, pimenta e outras especiarias, por exemplo. 
A ocupação das terras africanas dá-se ao longo da costa ocidental com vistas à ultrapassagem 
pelos portugueses – que os levaria à Índia, objetivo final da viagem, 
uma vez que já havia interesse da Coroa nas riquezas que a Índia oferecia e que já eram 
A região africana hoje conhecida como Angola era um extenso reino que fazia parte de 
cida no século XV, como Reino do Congo. O Reino do Congo foi um 
território muito explorado pela colonização portuguesa que dessa colônia se ocupou durante 
muitos séculos. A atenção da metrópole em relação a Angola, porém, apresenta dois aspectos 
. A exploração vai minando as riquezas e a cultura local, mas ao ser a colônia mais 
importante, especialmente após a perda do Brasil, Angola recebe atenção da Metrópole, com 
a criação de instituições, nomeação de pequenos funcionários públicos etc. 
se no século XIX no aparecimento de jornais e de um Dicionário de 
Português, feito por Cordeiro da Matta. 
 
Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Africanas de Língua Portuguesa I 
 
sa no continente africano deu início a um período próspero para 
Portugal, conhecido como período das Grandes Navegações. A expansão portuguesa teve 
início no norte da África, com a tomada de Ceuta (Marrocos), alcançou as ilhas do Atlântico e, 
longo do Oceano Índico em 
Descreva com suas palavras e de modo resumido como se desenvolveu esse período, 
destacando qual era o objetivo dos europeus com a ocupação africana e com que os 
que visava principalmente o 
mas também com os povos nativos da África. A ocupação ocorre em 
locais estratégicos de navegação e é feita com os reinos com os quais se podia estabelecer, a 
princípio, um relacionamento mais ou menos pacífico, também com objetivos religiosos – 
difusão do cristianismo. Na ocupação da costa, os portugueses se deparam com a diversidade 
a princípio, não eram as que 
se ao longo da costa ocidental com vistas à ultrapassagem 
ia, objetivo final da viagem, 
uma vez que já havia interesse da Coroa nas riquezas que a Índia oferecia e que já eram 
A região africana hoje conhecida como Angola era um extenso reino que fazia parte de 
O Reino do Congo foi um 
território muito explorado pela colonização portuguesa que dessa colônia se ocupou durante 
muitos séculos. A atenção da metrópole em relação a Angola, porém, apresenta dois aspectos 
. A exploração vai minando as riquezas e a cultura local, mas ao ser a colônia mais 
importante, especialmente após a perda do Brasil, Angola recebe atenção da Metrópole, com 
 A importância de 
se no século XIX no aparecimento de jornais e de um Dicionário de 
É sabido que o processo de assimilação – impetrado pela Metrópole – tem grande importância 
nesse contexto. 
Explique, com suas palavras, em que consiste a assimilação? 
 
O aluno deve mostrar como a relação de Portugal com Angola, após a perda do Brasil, e com a 
entrada do Ocidente na era do liberalismo, mostrou-se paradoxal. Por um lado, havia a 
exploração de riquezas e o ‘comércio’ do tráfico de escravos, que será paulatinamente 
refreado – por conta das ideias liberais – ao longo do século XIX. Por outro, ao se tornar a mais 
importante colônia portuguesa, depois da perda do Brasil no início do século XIX, Angola passa 
a receber uma certa atenção da Metrópole com a instauração de marcos civilizacionais, 
prédios públicos e nomeação de pequenos funcionários públicos, instalação do prelo, criação 
de instituições cívicas de instrução. 
A assimilação, nesse contexto, consistia em direcionar a alguns nativos angolanos –e 
especialmente aos descendentes de portugueses (mestiços) – uma educação formal, 
escolaridade, uma posição no mundo burocrático do funcionalismo público, para que os 
assimilados (com destaque na sociedade) agissem em prol da Metrópole, auxiliando o governo 
português. 
Contudo, nesse meio dos assimilados, começam a surgir alguns homens cultos que também 
vão questionar – com argumentos e conhecimentos – os métodose a dominação portuguesa, 
voltando seu olhar para o homem africano, com o qual se identificam. 
A assimilação não é um processo apenas da colonização portuguesa em África, senão de todas 
as colônias africanas francófonas e anglófonas, por exemplo. Na nova ordem liberal, a 
educação era uma bandeira que se impunha aos povos, e, ainda que a África não fosse 
considerada, havia os que defendiam a instrução e a educação para todos. Impunha-se na 
nova ordem, ao lado dos ensinamentos cristãos, os ensinamentos cívicos e liberais. 
3 – Moçambique foi uma colônia estratégica para Portugal, pela sua proximidade com a Índia, 
cujas especiarias eram o que mais se cobiçava na Europa. Pela sua localização privilegiada, o 
território de Moçambique recebeu atenção da Metrópole. E lá, como em Angola, desde o 
século XIX, alguns jornais já circulavam, mas é somente no século XX que se inicia um 
movimento em busca da moçambicanidade. 
Contudo, a colônia do Oceano Índico apresentava características distintas das outras colônias 
portuguesas. 
a) Em que Moçambique se diferenciava de Angola, culturalmente falando? 
 
A principal diferença cultural entre Angola e Moçambique, com a qual os europeus se 
depararam, foi a diversidade religiosa e cultural da colônia do Índico. Em Angola, havia uma 
diversidade étnica e linguística, mas predominantemente nativa, com traços comuns entre as 
etnias. 
Em Moçambique, ao contrário, pela proximidade com a Índia e com a península arábica, além 
da diversidade linguística e étnica dos povos nativos, havia a presença de povos de outras 
regiões e religiões, por exemplo. Parte de Moçambique – até hoje – continha presença árabe, 
com construções de mesquitas, minaretes etc. Além dos árabes, havia desde aquele período 
um forte contingente de indianos, com sua cultura politeísta na região. 
b) O que caracteriza a moçambicanidade nas letras? 
A moçambicanidade nas letras está voltada, em primeiro lugar, para a inclusão da oralidade na 
produção escrita, procurando dar conta de uma forma de literatura secular que deve ter seu 
espaço na produção textual. Além disso, a moçambicanidade busca registrar a identidade 
múltipla e diversificada dos povos moçambicanos, marcados, como já dito, pela presença de 
povos de outras regiões (de outros continentes). A moçambicanidade das letras é o registro 
identitário-cultural do indivíduo moçambicano. 
4 – A Guiné-Bissau, antiga Guiné Portuguesa, foi durante o período colonial uma região 
explorada especialmente pelo tráfico da mão de obra escrava. Com a abolição da escravatura, 
em fins do século XIX, a Guiné amargou uma situação bastante difícil e a exploração comercial, 
a partir dessa época, se constituiu da extração da borracha e da produção de mancarra 
(amendoim). 
Contudo, foi na Guiné Portuguesa, associada administrativamente às ilhas de Cabo Verde, pela 
proximidade, que se criaram as condições para o surgimento do primeiro movimento 
organizado contra o jugo português. O PAIGC (Partido Africano pela Independência da Guiné e 
de Cabo Verde) teve uma grande importância na luta pela independência e seu líder foi o 
poeta Amílcar Cabral. 
A partir do exposto acima, comente brevemente o início do processo de independência das 
colônias e como as letras (poesia e prosa) tiveram um papel nesse contexto. 
A independência das colônias portuguesas em África resulta de uma intensa guerra pela 
independência, cujo início factual remonta a 1961, em Angola e dura cerca de 13 anos. Porém, 
os primórdios dos movimentos independentistas são anteriores a essa data. 
É justamente na Guiné-Bissau, naquela época conhecida como Guiné Portuguesa – que uma 
contestação mais formalizada tem início com a criação do PAIGC na década de 1950. Entre os 
fundadores do PAIGC está Amílcar Cabral, poeta guineense de importância ímpar não só no 
processo de independência da Guiné, como na afirmação de uma literatura guineense. 
Do mesmo modo que na Guiné e Cabo Verde, Angola e Moçambique também têm partidos de 
independência criados por intelectuais, muitos dos quais ligados aos intelectuais letrados de 
ambos os países. Nesse momento, a produção literária – mormente a poesia – e as estratégias 
da guerra pela independência estão associadas. Vários são os poetas e escritores que se 
engajam na luta armada. A literatura será marcada pela defesa dos povos africanos oprimidos 
pelo colonizador, reivindicando a liberdade, a criação de novos tempos, a singularidade das 
culturas nativas. Muitas vezes, os poemas servirão de manifestos, com palavras de ordem 
contra o sistema opressor. 
 
 
5 – O arquipélago de Cabo Verde, marcado pela insularidade, pelo isolamento, possui um dos 
mais importantes movimentos de ruptura em relação à cultura portuguesa. Trata-se da Revista 
Claridade que, em 1936, busca uma orientação literária diversa, uma identidade própria. São 
três os acontecimentos que definem uma ruptura da cultura cabo-verdiana em relação à 
cultura portuguesa. 
Nesse primeiro momento de consciência nacional, além do surgimento de Claridade, os outros 
dois acontecimentos fundamentais para a criação de uma voz própria cabo-verdiana são: 
( ) o aparecimento do movimento partido PAIGC e a criação de um dicionário de crioulo. 
( ) a criação do prelo e a criação de um dicionário de quimbundo. 
( X ) a criação do Liceu e a criação do prelo. 
( ) a criação do Liceu e o reconhecimento do crioulo como língua de cultura. 
( ) a valorização da morna e a criação de um dicionário de crioulo-português. 
 
6 – O arquipélago de São Tomé e Príncipe também recebeu os influxos de um novo tempo em 
razão do advento jornalístico. Comente esse aspecto, citando pelo menos um periódico que 
registrou a escrita santomense. 
 
Como as outras colônias portuguesas na África, o arquipélago de São Tomé e Príncipe também 
se beneficiou da criação do prelo e da circulação de periódicos que forçavam a sociedade à 
consolidação das letras escritas. Em um primeiro momento, circulam os boletins oficiais que 
veiculavam notícias de interesse da Metrópole, mas dialeticamente abriam espaço para 
notícias relacionadas às próprias colônias e, especialmente, para a posterior criação de uma 
imprensa livre. 
O aluno deve citar o nome de algum periódico de circulação em São Tomé e Príncipe. 
 
 
7 – As literaturas dos chamados PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) 
apresentam diferenças entre si, mas em seu movimento por uma singularidade, em fins do 
século XIX e/ou início do século XX, essas literaturas convergem para a valorização de 
elementos próprios da África negra. Ao longo da primeira metade do século a valorização da 
cultura negra ganha força. 
Comente esse aspecto e cite pelo menos uma característica da cultura africana que passa a ser 
valorizada na expressão das primeiras letras dos PALOP. 
Entre as singularidades da cultura negra, encontramos: a valorização da força e do lirismo dos 
negros associados à terra (mãe África), a valorização da ancestralidade agregadora dos povos, 
a valorização da dignidade do homem negro, por sua história, sua força, sua conjugação com a 
natureza, suas lutas. 
 
8 – Em todos os países africanos colonizados por Portugal, a imprensa teve um papel 
importantíssimo e revolucionário. Explique por que isso se deu. 
A imprensa, quando criada em fins do século XIX, nos territórios africanos dominados por 
Portugal, tinha o objetivo de fazer circular as leis, as informações burocráticas de ordenação da 
sociedade nas colônias, de promover a circulação das informações essenciais ao comércio e ao 
funcionamento ordenado da sociedade. Assim, foram criados primeiramente os Boletins 
Oficiais. Contudo, a circulação de notícias impressasabriu-se paulatinamente para a circulação 
de ideias, textos literários, crônicas etc. de intelectuais que aos poucos puderam ir 
questionando o modelo colonial. 
 
 
Com a circulação dos jornais – ainda que restrita em se tratando das colônias na África – as 
ideias percorriam os espaços geográficos para além da região em que circulavam e ganhavam 
uma maior dimensão no mundo lusófono. Com isso, também as ideias contrárias ao 
colonialismo viriam a ser divulgadas. 
Após a criação do prelo, lentamente se articulava uma imprensa alternativa e independente 
que, em periódicos, cadernos ou revistas, ou mesmo em panfletos, denunciava as condições 
do homem africano explorado pelo colonialismo e se manifestava politicamente contra 
sistemas já considerados ultrapassados. Ganhavam voz o anticolonialismo, o liberalismo, a 
defesa da educação e dos povos, as ideias socialistas. 
 
9 – Explique, com suas palavras, o que foram o Movimento da Negritude e o Pan-Africanismo e 
qual a importância desses movimentos para as lutas dos países africanos de língua portuguesa 
pela independência. 
O aluno deve falar do surgimento de ambos os movimentos e das diferenças entre eles. O 
movimento Negritude tem suas raízes na cultura literária, com a produção de Aimé Cesáire, 
León Damás e Leopold Ségnhor, ou seja, o movimento Negritude é um movimento de 
valorização da cultura negra e do homem negro que aponta para a presença estética do negro 
e dos valores dos homens negros na produção literária. Nesse sentido, está ligado à África, 
mas não só. Liga-se também aos povos negros das Américas, por exemplo. O movimento Pan-
Africanismo é, antes de tudo, um movimento de reivindicação política da união dos povos 
africanos em defesa do continente e da cultura de seus povos. 
 
10 – Explique a importância da oralidade nas culturas africanas e de que modo essa 
característica será trabalhada pelos escritores africanos de língua portuguesa. 
 
 A oralidade é uma característica mais ou menos recente das literaturas africanas ainda hoje, 
uma vez que a literatura impressa é bem recente. Como em todos os povos e culturas, antes 
da produção impressa, a transmissão de conhecimentos se dava por meio de transmissão oral: 
contação de histórias, transmissão de saberes, de provérbios, de mitos de origem etc. Nas 
culturas africanas ágrafas essa característica é secular e ainda hoje permanece. Com a criação 
do prelo, e com a consequente produção literária impressa, a oralidade não deixou de ser 
reverenciada. Ao contrário, os escritores africanos de língua portuguesa incorporaram – em 
maior ou menor grau – aspectos da oralidade para a escrita, marcando a singularidade de uma 
literatura africana em língua portuguesa. 
 
	Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ

Continue navegando