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Prof.a Dr.a Mirella Manfredi A Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde, frequentemente designada pela sigla CID ou ICD (do inglês International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems) fornece códigos relativos à classificação de doenças e de uma grande variedade de sinais, sintomas, aspectos anormais, queixas, circunstâncias sociais e causas externas para ferimentos ou doenças. A cada estado de saúde é atribuída uma categoria única à qual corresponde um código, que contém até 6 caracteres. Tais categorias podem incluir um conjunto de doenças semelhantes. CID é publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – DSM) é um manual para profissionais da área da saúde mental que lista diferentes categorias de transtornos mentais e critérios para diagnosticá-los, de acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (American Psychiatric Association - APA). É usado ao redor do mundo por clínicos e pesquisadores bem como por companhias de seguro, indústria farmacêutica e parlamentos políticos. Existem cinco revisões para o DSM desde sua primeira publicação em 1952. A maior revisão foi a DSM-IV, publicada em 1994. O DSM-5 (também referido como DSM-V) foi publicado em 18 de maio de 2013 e é a versão atual do manual. O DSM-IV organiza cada diagnóstico psiquiátrico em cinco níveis (eixos) relacionando diferentes aspectos das desordens ou desabilidades: Eixo I: transtornos clínicos, incluindo principalmente transtornos mentais, bem como problemas do desenvolvimento e aprendizado; Eixo II: transtornos de personalidade ou invasivos, bem como retardo mental; Eixo III: condições médicas agudas ou desordens físicas; Eixo IV: fatores ambientais ou psicossociais contribuindo para desordens; Eixo V: Avaliação Global das Funções (Global Assessment of Functioning) ou Escala de Avaliação Global para Crianças (Children’s Global Assessment Scale) para jovens abaixo de 18 anos (numa escala de 0 a 100). Condições caracterizadas por alterações mórbidas do modo de pensar e/ou do humor (emoções), e/ou por alterações mórbidas do comportamento associadas a angústia expressiva e/ou deterioração do funcionamento psíquico global. Os transtornos mentais são, tanto em sua gênese como em sua manifestação, fenômenos muito complexos (OMS). O modelo bio-psico-social procura fazer jus a essa complexidade buscando analisar a gênese e o desenvolvimento dos transtornos mentais sob diferentes pontos de vista, de acordo com os diferentes fatores que os influenciam: Fatores biológicos - como a predisposição genética e os processos de mutação que determinam o desenvolvimento corporal em geral, o funcionamento do organismo e o metabolismo, etc.; Fatores psicológicos - como preferências, expectativas e medos, reações emocionais, processos cognitivos e interpretação das percepções, etc.; Fatores socioculturais - como a presença de outras pessoas, expectativas da sociedade e do meio cultural, influência do círculo familiar, de amigos, modelos de papéis sociais, etc. Depressão é uma síndrome clínica comum de causa multifatorial. Pode ser desencadeada por problemas psicológicos ou emocionais de origem variada, alterações do funcionamento cerebral - ou de algumas partes do cérebro - e, ainda, ser secundária a enfermidades clínicas. Pode apresentar, além de alterações do humor, alterações cognitivas, psicomotoras e vegetativas que causa prejuízo ao indivíduo. É uma doença incapacitante e atinge 10% a 15% da população ao ano, sendo mais prevalente em mulheres na proporção de 2:1. Cinco ou mais dos sintomas seguintes presentes por, pelo menos, duas semanas e que representam mudanças no funcionamento prévio do indivíduo 1. Humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias, conforme indicado por relato subjetivo (p. ex., sente-se triste, vazio, sem esperança) ou por observação feita por outras pessoas (p. ex., parece choroso). (Nota: Em crianças e adolescentes, pode ser humor irritável.) 2. Acentuada diminuição do interesse ou prazer em todas ou quase todas as atividades na maior parte do dia, quase todos os dias (indicada por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas). 3. Perda ou ganho significativo de peso sem estar fazendo dieta ou redução ou aumento do apetite quase todos os dias. 4. Insônia ou hipersonia quase todos os dias. 5. Agitação ou retardo psicomotor quase todos os dias (observáveis por outras pessoas, não meramente sensações subjetivas de inquietação ou de estar mais lento). 6. Fadiga ou perda de energia quase todos os dias. 7. Sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva ou inapropriada (que podem ser delirantes) quase todos os dias (não meramente autorrecriminação ou culpa por estar doente). 8. Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias (por relato subjetivo ou observação feita por outras pessoas). 9. Pensamentos recorrentes de morte (não somente medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, uma tentativa de suicídio ou plano específico para cometer suicídio As depressões devem ser classificadas em: leve, moderada e grave. Na depressão leve há sofrimento importante, porém não traz prejuízo significativo às atividades diárias; Na moderada o desempenho profissional ou doméstico é parcialmente afetado No episódio depressivo grave com sintomas psicóticos há a presença de delírios ou alucinações. Os delírios e alucinações podem ser congruentes e incongruentes com o humor. https://www.youtube.com/watch?v=z-IR48Mb3W0 O tratamento deve sempre objetivar a retomada dos níveis de funcionamento pré- mórbido do paciente, portando deve ser sempre individualizado O TDM leve pode ser tratado inicialmente apenas com psicoterapia, da modalidade que o paciente se adapte melhor, além de mudanças de hábito de vida e atividades físicas, que aumentam a produção de endorfinas. Nesses casos podem ser medicados apenas os sintomas associados. Em casos de TDM moderada e grave, sem sintomas psicóticos, a primeira linha de tratamento são AD inibidores de recaptação de serotonina (ISRS) Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e perturbações comportamentais relacionados. Medo é a resposta emocional a ameaça iminente real ou percebida, enquanto ansiedade é a antecipação de ameaça futura. esses dois estados se sobrepõem, mas também se diferenciam Ansiedade generalizada (TAG): Tensão generalizada e persistente que chega a atrapalhar o desempenho social, pessoal e profissional e/ou escolar de um indivíduo. As pessoas que sofrem desse tipo de ansiedade podem apresentar uma série de sintomas como irritabilidade, estresse, dificuldades do sono, falta de atenção, dores musculares ou desconforto físico. Ansiedade de separação: Mais comum em crianças, se apresenta como um dificuldade excessiva de se separar de figuras significativas da vida da pessoa (mãe, pai, familiares, professores, amigos, etc), causando desconforto emocional e podendo levar a reações intensas, como choro, desespero, medo, tristeza ou ‘criar uma cena’. Transtorno de Pânico: Uma combinação de desconforto físico e emocional intensos que desencadeiam uma resposta de ansiedade ou medo sem causa especifica. Pessoas que sofrem desse transtorno podem experiências episódios isolados ou em conjunto de taquicardia, sudorese, náusea, falta de ar, tremedeira, dor no peito, tontura, sentir-se desconectado, descontrole, anestesia, calafrios ou flashes de calor. Devido a severidade dos sintomas, é comum as pessoa acharemque estão tendo um ataque do coração ou que vão morrer, o que piora os sintomas e as reações. Fobias: Os indivíduos com fobia específica são apreensivos, ansiosos ou se esquivam de objetos ou situações circunscritos. Uma ideação cognitiva específica não está caracterizada nesse transtorno como está em outros transtornos de ansiedade. Medo, ansiedade ou esquiva é quase sempre imediatamente induzido pela situação fóbica, até um ponto em que é persistente e fora de proporção em relação ao risco real que se apresenta. Algumas das mais comuns são: Fobia específica (cobra, aranha, sapo, de voar, de subir escadas, de elevador, etc) Fobia social (medo de contato social) Agorafobia (medo de espaços abertos e multidões) Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): Obsessões são pensamentos desagradáveis e repetitivos que são difíceis de serem controlados pela razão (por exemplo: germes, doença, morte, organização, ou simetria). A compulsão são respostas que a pessoa pensa ou faz na tentativa de diminuir esses pensamentos obsessivos (por exemplo: checar portas, lavar as mão, arrumar as coisas excessivamente, gestos ou pensamentos repetitivos como contar, cantar, falar uma palavra, etc) https://www.youtube.com/watch?v=DhlRgwdDc-E Transtorno de estresse pós traumático: Após vivenciar um evento traumático e/ou potencialmente fatal, a pessoa passa a ter pesadelos, memórias intrusivas, flashbacks ou até mesmo a sensação de estar vivenciando o evento outra vez. Esses sintomas podem desencadear uma série de recursos usados pela pessoa na tentativa evitar esses pensamentos e sensações (como evitar lugares ou pessoas envolvidas no evento, dificuldade para dormir, sentimentos de alerta constante ou irritabilidade). Esse transtorno pode ser comum em militares que retornam de combate, sobreviventes de catástrofes, acidentes ou incêndio, para citar apenas alguns. Também conhecido como transtorno maníaco-depressivo, é um desequilíbrio químico que afeta a regulação do humor e a pessoas apresentação uma variação de humor intensa e debilitante. Afetando também os níveis de energia, as pessoas que sofrem de transtorno bipolar podem ter suas vidas afetivas e profissionais afetadas por essas mudanças de humor. sentimentos de euforia, alegria excessiva ou irritabilidade aumento de auto estima energia excessiva com menos necessidade de sono discurso excessivo (falar demais e/ou muito rápido) aumento de intensidade ou frequência de pensamentos (pensar demais, muito rápido, difícil de acompanhar) distração aumento excessivo do interesse em atividades (fazer muitas coisas ao mesmo tempo ou muito tempo numa atividade simples) excesso de compras, atividade sexual e/ou investimentos com consequências graves sentir triste, para baixo ou desesperado diminuição do interesse por atividades que antes gostava pouca energia; cansaço dificuldades do sono: dormir pouco ou demais mudanças de apetite: comer muito ou pouco dificuldade de concentra-se, esquecimentos ou tomar decisões pensamentos de morte ou de suicidar-se bipolar tipo I Predomínio da fase maníaca (eufórica) com depressão mais leve . bipolar tipo II Predomínio da fase depressiva com mania mais leve (hipomania). Ciclotimia: Os sintomas são persistentes por pelo menos dois anos, períodos em que sintomas de hipomania são leves e depressão ou distimia não são tão profundos para ser qualificados como Depressão maior. Mista: Quando os episódios possuem várias características tanto de mania quanto de depressão simultaneamente. Muitas substâncias de abuso, alguns medicamentos prescritos e várias condições médicas podem estar associados a um fenômeno semelhante ao episódio maníaco. https://www.youtube.com/watch?v=16wcUSNczGg Esquizofrenia (do grego σχιζοφρένεια, composto de σχίζειν, "dividir em dois", e φρήν, φρεν-, "mente") é considerada pela como um tipo de sofrimento psíquico grave, caracterizado principalmente pela alteração no contato com a realidade (psicose). Segundo o DSM, é um transtorno psíquico severo caracterizado por dois ou mais dentre o seguinte conjunto de sintomas por pelo menos um mês: alucinações visuaism sinestésicas ou auditivas delírios fala desorganizada (incompreensível) catatonia ou/e sintomas depressivos A esquizofrenia caracteriza-se essencialmente por uma fragmentação da estrutura básica dos processos de pensamento, acompanhada pela dificuldade em estabelecer a distinção entre experiências internas e externas. Embora primariamente uma doença orgânica neuropsiquiátrica que afeta os processos cognitivos, seus efeitos repercutem também no comportamento e nas emoções. Os sintomas da esquizofrenia podem variar de pessoa para pessoa, podendo aparecer de forma insidiosa e gradual ou, pelo contrário, manifestar-se de forma explosiva e instantânea. Podem ser divididos em duas grandes categorias: sintomas positivos e negativos. Os sintomas positivos estão presentes com maior visibilidade na fase aguda da doença e são as perturbações mentais "muito fora" do normal, como que "acrescentadas" às funções psíquico-orgânicas da pessoa. delírios (ideias delirantes, pensamentos irreais, "ideias individuais do paciente que não são partilhadas por um grande grupo",como, por exemplo, um indivíduo que acha que está a ser perseguido pela polícia secreta e acha que é o responsável pelas guerras do mundo); alucinações, percepções irreais de audição, visão, paladar, olfato ou tacto, sendo mais frequentes as alucinações auditivas e visuais; pensamento e discurso desorganizado (confusão mental), elaboração de frases sem qualquer sentido ou invenção de palavras; alterações visíveis do comportamento, ansiedade excessiva, impulsos ou agressividade constante na fase de crise. Os sintomas negativos são o resultado da perda ou diminuição das capacidades mentais estado deficitário ao nível da motivação, das emoções, do discurso, do pensamento e das relações interpessoais falta de vontade ou de iniciativa isolamento social (não confundir com a esquizoidia) apatia indiferença emocional total e não transitória pobreza do pensamento https://www.youtube.com/watch?v=cD6Fjnqlk3M Os transtornos de personalidade são estados e tipos de comportamentos característicos que expressam maneiras da pessoa viver e de estabelecer relações consigo mesma e com os outros. São distúrbios da constituição e das tendências comportamentais não diretamente relacionados a alguma doença, lesão, afecção cerebral ou a outro transtorno psiquiátrico (CID-10). https://www.youtube.com/watch?v=EPF1rM3GJF8 Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é um transtorno mental classificado no DSM-V que apresenta uma série de sintomas que podem ser agrupados em 4 áreas principais: Instabilidade emocional (ou desregulação emocional) Distorção de padrões de pensamentos ou da percepção Comportamento impulsivo Relacionamentos intensos ou instáveis com outras pessoas Instabilidade emocional: Experiência de uma serie de sentimentos negativos intensos, tais como:Raiva, Mágoa, Vergonha, Pânico, Terror, Sentimentos duradouros de vazio e solidão O individuo com TPB pode apresentar variações drásticas de humor em um pequeno espaço de tempo. É comum que pessoas com TPB sintam-se desesperadas e tenham vontade de suicidar-se num momento e depois sentem-se relativamente bem apenas algumas horas depois. Os padrões de comportamento e sentimentos variam, mas a condição chave é que o humor varie de forma imprevisível. Distorção de padrões de pensamento Existem três níveis de distorção dos padrões de pensamentos que afetam pessoas com TPB. Esses são avaliados de acordo com a gravidade. Pensamentos desagradáveis,como de pensar ser um pessoa terrível ou sentir que não existe. A pessoa pode não ter certeza destes pensamentos mas procura reafirmação constante de que estes não são verdadeiros Episódios breves de experiências estranhas, como, por exemplo, ouvir vozes e não saber se elas existem mesmo ou não Episódios prolongados de experiências anormais, como alucinações ou crenças das quais é difícil de ser convencido/a do contrário. Sinais de delírio significam que a condição está piorando e buscar ajuda imediata é fundamental Comportamento impulsivo O indivíduo com TPB podem se deparar com dois tipos principais de impulsos difíceis de controlar Impulso de machucar-se propositadamente (automutilação). Em casos graves, esses impulsos podem se tornar mais intensos e pensamentos suicidas podem se instalar Impulso de se envolver em atividades irresponsáveis e perigosas que podem envolver drogas, álcool, sexo com estranhos, gastar mais do que se pode. Comportamentos impulsivos são mais perigoso se a pessoas estiver em estados mais graves de psicose, já que julgamento deles estão danificados Relacionamentos intensos ou instáveis com outras pessoas: podem se sentir abandonados quando mais precisam de outras pessoas ou aproximar- se demais dos outros e "sufocá-los" emocionalmente. Quando pessoas com TPB sentem-se abandonadas, podem sentir emoções intensas de ansiedade e raiva. Assim, tentam maneiras exageradas de prevenir o possível abandono: constantemente ligar ou enviar mensagens de texto para alguém; Ligar para alguém de repente no meio da noite; Fazer ameaças de se machucar ou matar-se caso o outro o deixe é possível também que a pessoa sinta que outros estão a sufocando emocionalmente ou controlando, o que causa sentimentos intensos de medo e raiva. Esses dois padrões geralmente levam a relacionamentos instáveis de "amor e ódio" com certas pessoas. Muitos indivíduos que apresentam sintomas de TPB parecem estarem presos a uma maneira rígida de ver e avaliar as coisas https://www.youtube.com/watch?v=tiBbYWQhuXw O Transtorno de Personalidade Narcisista, ou simplesmente narcisismo, é classificado pelo DSM-5, o catálogo de transtornos mentais, como: Um padrão difuso de grandiosidade (em fantasia ou comportamento), necessidade de admiração e falta de empatia que surge no início da vida adulta e está presente em vários contextos, conforme indicado por cinco (ou mais) dos seguintes: 1. Tem uma sensação grandiosa da própria importância (p. ex., exagera conquistas e talentos, espera ser reconhecido como superior sem que tenha as conquistas correspondentes). 2. É preocupado com fantasias de sucesso ilimitado, poder, brilho, beleza ou amor ideal. 3. Acredita ser “especial” e único e que pode ser somente compreendido por, ou associado a, outras pessoas (ou instituições) especiais ou com condição elevada. 4. Demanda admiração excessiva. 5. Apresenta um sentimento de possuir direitos (i.e., expectativas irracionais de tratamento especialmente favorável ou que estejam automaticamente de acordo com as próprias expectativas). 6. É explorador em relações interpessoais (i.e., tira vantagem de outros para atingir os próprios fins). 7. Carece de empatia: reluta em reconhecer ou identificar-se com os sentimentos e as necessidades dos outros. 8. É frequentemente invejoso em relação aos outros ou acredita que os outros o invejam. 9. Demonstra comportamentos ou atitudes arrogantes e insolentes. O narcisista tem como característica principal esse sentimento de ser muito importante, especial, fora de série. Entretanto, isso não permanece apenas no seu pensamento. Suas atitudes cotidianas demonstram essa concepção, pois ele exige que os outros o admirem, reconhecendo o brilhantismo, as qualidades e o talento que ele acredita ter e que o diferencia dos outros. O narcisista reage muito mal quando ele não é colocado nesse patamar de superioridade, quando ele é tratado como uma pessoa “comum” e quando suas necessidades não são atendidas. A maior parte dos narcisistas são do sexo masculino. Na verdade, por trás de toda essa aparência de superioridade, o narcisista tem, geralmente, uma autoestima incrivelmente baixa. É justamente por essa concepção extremamente negativa de si que ele busca uma compensação exagerada e é muito sensível às críticas ou à rejeição. Para o narcisista, é muito difícil aceitar a derrota e a tendência é que ele coloque sempre a responsabilidade pelos seus problemas nos outros. Justamente pelo narcisista se achar superior, raramente ele reconhece que tem um problema, e é menos provável ainda que ele procure alguma forma de tratamento. Quanto ele procura, geralmente seu foco são os outros, e ele usa a terapia como um local de desabafo para dizer o quanto o mundo não está dando a ele tudo aquilo que ele merece. Como qualquer transtorno de personalidade, o tratamento do narcisismo é difícil. O nível de consciência que a pessoa tem sobre o problema, a auto-observação e o questionamento de seus próprios padrões de pensamento e comportamento são fatores que podem favorecer uma melhor administração do quadro. https://www.youtube.com/watch?v=arJLy3hX1E8 Um padrão difuso de desconsideração e violação dos direitos das outras pessoas que ocorre desde os 15 anos de idade, conforme indicado por três (ou mais) dos seguintes: Fracasso em ajustar-se às normas sociais relativas a comportamentos legais, conforme indicado pela repetição de atos que constituem motivos de detenção. Tendência à falsidade, conforme indicado por mentiras repetidas, uso de nomes falsos ou de trapaça para ganho ou prazer pessoal. Impulsividade ou fracasso em fazer planos para o futuro. Irritabilidade e agressividade, conforme indicado por repetidas lutas corporais ou agressões físicas. Descaso pela segurança de si ou de outros. Irresponsabilidade reiterada, conforme indicado por falha repetida em manter uma conduta consistente no trabalho ou honrar obrigações financeiras. Ausência de remorso, conforme indicado pela indiferença ou racionalização em relação a ter ferido, maltratado ou roubado outras pessoas. O indivíduo tem no mínimo 18 anos de idade. Há evidências de transtorno da conduta com surgimento anterior aos 15 anos de idade. A ocorrência de comportamento antissocial não se dá exclusivamente durante o curso de esquizofrenia ou transtorno bipolar. Padrão difuso de indiferença e violação dos direitos dos outros, o qual surge na infância ou no início da adolescência e continua na vida adulta. Esse padrão também já foi referido como psicopatia, sociopatia ou transtorno da personalidade dissocial. Visto que falsidade e manipulação são aspectos centrais do transtorno da personalidade antissocial, pode ser especialmente útil integrar informações adquiridas por meio de avaliações clínicas sistemáticas e informações coletadas de outras fontes colaterais. O transtorno da conduta envolve um padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual os direitos básicos dos outros ou as principais normas ou regras sociais apropriadas à idade são violados. Os comportamentos específicos característicos do transtorno da conduta encaixam-se em uma de quatro categorias: agressão a pessoas e animais, destruição de propriedade, fraude ou roubo ou grave violação a regras. Indivíduos com o transtorno tendem a ser irritáveis e agressivos e podem envolver-se repetidamente em lutas corporais ou cometer atos de agressão física (inclusive espancamento de cônjuge ou filho. Indivíduos com o transtorno da personalidade antissocial também tendem a ser reiterada e extremamente irresponsáveis. Comportamento laboral irresponsável pode ser indicado por períodos significativos de desemprego, a despeito de haver oportunidades de trabalho disponíveis, ou por abandonode vários empregos sem um plano realista de obtenção de outro Indivíduos com o transtorno demonstram pouco remorso pelas consequências de seus atos
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