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1 A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE NO PROCESSO CIVIL BRASILEIRO Artigo Publicado no Ano de 2012. 1. INTRODUÇÃO No processo civil brasileiro a execução está condicionada a existência do título executivo judicial ou extrajudicial. O primeiro caso ocorre no momento do cumprimento da sentença, no processo de cognição ou conhecimento, que consiste em mera fase e não mais um processo autônomo. No segundo caso a execução consiste em um processo autônomo que tem como fundamento um título executivo extrajudicial. Em ambos os processos o Estado, representado pelo Poder Judiciário, é autorizado por lei a efetuar a constrição do patrimônio do devedor com o intuito de satisfazer o credor. Ocorre que neste momento é que se faz necessário o cidadão, diga-se devedor, utilizar de meios de defesa com o intuito de evitar abusos, assim como injustiças, na execução efetuada pelo Estado. É o exercício dos direitos individuais prescrito na Carta Maior Nacional evitando abusos do Poder Constituído. Existem poucos meios de defesa do executado previstos na legislação processual civil vigente. Podem-se destacar como principais instrumentos legais de defesa na execução ou no cumprimento da sentença, respectivamente, os Embargos à Execução e a Impugnação. No entanto a doutrina e a jurisprudência criaram a intitulada “Exceção de Pré-Executividade”, um instrumento de defesa do executado que não tem previsão legal e que é muito utilizado quando envolvem, principalmente, questões de ordem pública. Após diversas modificações do Código de Processo Civil brasileiro, principalmente com o advento da lei n0 11.232 de 22 de dezembro de 2005 e da lei n n0 11.382 de 06 de dezembro de 2006, modificou-se a dinâmica do processo de execução, assim como os efeitos dos instrumentos de defesa do devedor. Desta forma, alguns doutrinadores e juristas começaram a questionar sobre a real utilidade do instituto da “Exceção de Pré-Executividade”. Com tudo, se faz imprescindível uma análise sobre a utilidade, a eficácia e a aplicabilidade deste meio de defesa no processo executivo vigente, assim como examinar seus efeitos e as modificações inseridas na legislação vigente e nos 2 projetos de lei que influenciam no uso deste instrumento democrático de defesa do cidadão. 2. ORIGEM DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE O Código de Processo Civil de 1973 não previa a existência de defesa do executado nos próprios autos do processo de execução. Podia-se apenas utilizar os Embargos do Devedor para se insurgir à execução, que tinha natureza jurídica de ação autônoma. Ocorre que, diante de tal situação a doutrina e a jurisprudência passaram a reconhecer a possibilidade do executado em simples petição e com conjunto probatório contundente e suficiente, nos próprios autos do processo, discutir e contrariar a execução que foi posta contra si. Segundo Didier Jr. e Cunha (2011, p.393), corresponde a uma defesa atípica sem previsão legal, porém reconhecida pela jurisprudência e que prestigia o devido processo legal. Reforçam os mesmos autores que não se pode dar continuidade a um procedimento executivo injusto em que as provas, para isto, já estão pré- constituídas. Essa simples petição foi nomeada de “exceção de pré-executividade”. Ensina Didier Jr. e Cunha (2011, p.393) que para muitos esta denominação foi conferida por influência de Ponte de Miranda em seu parecer sobre o caso da Siderurgia Mannesmann. Neste parecer, o presente autor alega apenas a possibilidade de contestar a falta de executividade do título judicial antes da constrição judicial, qual seja a penhora. Na referida peça, embora Pontes de Miranda seja considerado o criador deste instituto, ele não faz referência a exceção de pré-executividade. Enfatizam Didier Jr. e Cunha (2011, p.393) que na sua origem, a exceção de pré- executividade tinha como principal objetivo permitir ao executado se defender no processo executivo sem a necessidade de prévia penhora. Seriam questões pelo qual o juiz devesse tomar conhecimento de ofício, considerados à época pressuposto para oposição dos embargos à execução. Existem, no entanto, outras teses para justificar a origem da “exceção de pré- executividade. Flaks (apud Didier Jr., 2011, p.394) expõe outra fonte histórica para o instituto em tela, como o Decreto Imperial n. 9.885/1888, que permitia a defesa sem prévia garantia do juízo, em execuções propostas pela Fazenda, nos casos em que 3 se “provasse, com documento hábil, o pagamento ou anulação do débito na esfera administrativa”. Para Alberto Camiña Moreira (apud Didier Jr., 2011, p.394) o surgimento do instituto em estudo tem como base o Decreto n. 848/1890, que estatui a organização da Justiça Federal, que estabelecia: “Comparecendo o réu para se defender antes de feita a penhora, não será ouvido sem primeiro segurar o juízo, salvo se exibir documento autêntico de pagamento da dívida, ou anulação desta”. 3. DESIGNAÇÃO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE / EXCEÇÃO DE NÃO- EXECUTIVIDADE Parte dominante da doutrina e jurisprudência chama a presente defesa de “exceção de pré-executividade”. Contudo, existem diversas críticas de renomados autores que não concordam com esta denominação. Para Dinamarco ( 2009, p.851) chama-se “objeção de pré-executividade” a defesa apresentada pelo executado no processo de execução, sem o formalismo dos embargos ou da impugnação, na maioria dos casos referente a matéria que poderia ter sido objeto de pronunciamento pelo juiz, de ofício. De acordo com o mesmo autor, é uma objeção porque não depende da alegação da parte, podendo o juiz conhecer de ofício, ainda que as partes possam manifestar. Já a exceção em sentido estrito depende da justificação da parte. Para Dinamarco (2009, p.852) a nomenclatura “pré-executividade” não é a correta. Por se tratar de defesa prévia, onde poderá ser questionada a falta de requisitos para a execução, apresentada antes da constrição judicial, não significa que corresponde à execução prévia ou “pré-executividade”. A constrição pode ocorrer no processo de execução, mesmo após sua instauração, e ainda assim poderá ser utilizado o referido instituto de defesa. A sua aplicação não se restringe à execução prévia. Carneiro (apud Dinamarco, 2009, p.852) enfatiza que “melhor seria dizer objeção de não-executividade”. Com entendimento parcialmente idêntico ao de Dinamarco, quanto a denominação do instituto em estudo, Didier Jr. e Cunha (2011, p.395) ensinam que prevaleceu “inicialmente o entendimento no sentido de que apenas questões que poderiam ser conhecidas ex offício pelo órgão jurisdicional poderiam ser alegados por exceção de pré-executividade”. Assim, de acordo com Wambier (apud Didier Jr., 2011, p.395), 4 “para manter a coerência de raciocínio, foi proposta a designação “objeção de não- executividade”, exatamente para realçar a natureza da questão que poderia ser alegada: objeção, questão que pode ser conhecida de ofício”. Criticando a denominação “pré-executividade”, como o fez Dinamarco, Barbosa Moreira (apud Didier Jr., 2011, p.395-396) destaca que “logicamente, pré- executividade deveria designar algo anterior, precedente, anteposto à executividade”. Segundo o presente autor “...teremos que conceber, em vez de um processo executivo, um processo ‘pré-executivo’ e, em vez de um título executivo, um título ‘pré-executivo’? Mas que sentido poderão ter semelhantes locuções?(...)” Barbosa Moreira (2001, p.120 apud Didier Jr., 2011, p. 396) enfatiza que o que se busca é negar a executividade e não simplesmente aquilo que preceda este processo. O que se pretende é declarar a inexistência da execução. Destaforma, reforça o mesmo autor que, a melhor opção é chamar a referida defesa de “não- executividade” em vez de “pré-executividade”. Infere Didier Jr. e Cunha (2011, p.395) que “atualmente se admite a alegação de qualquer questão em “exceção de pré-executividade”. Partindo da premissa de que o termo “exceção” é, também, sinônimo de defesa, qualquer uma, convém mantê- lo.” Destacam, os mesmos autores, que “a opção por “objeção” reduziria indevidamente a abrangência do instituto”. No entanto, o termo pré-executividade deve ser suprimido, por não ter sentido. A divergência para o primeiro termo da denominação para Didier Jr. e Cunha é que diverge da de Dinamarco, que entende ser uma “objeção” enquanto para aqueles uma “exceção”. Nery Jr. (2007, p.907), classifica a chamada exceção de pré-executividade em objeção de executividade e exceção de executividade. O presente autor destaca que melhor é utilizar a denominação exceção de executividade em vez de pré- executividade, pois o credor não tem o direito de executar o devedor. Diz-se exceção por se tratar de instrumento de defesa de direito material, pelo qual o juiz não pode conhecer de ofício. Há necessidade, neste caso, de requerimento da parte e admitida quando não há necessidade de dilação probatória para a demonstração de que a execução é indevida. De acordo com Nery Jr. (2007, p.906) na objeção de executividade somente poderão ser argüidas na defesa questões de ordem pública ou nulidades absolutas. 5 Importante se faz alertar que ao citar os autores, anteriormente apresentados, neste trabalho, o instituto da exceção de pré-executividade poderá ter as seguintes denominações: a) exceção de não-executividade; b) objeção de não-executividade; c) exceção de executividade; d) e objeção de executividade. Percebe-se que existem divergências na designação da defesa executiva em estudo. Contudo, importante se faz aquela atribuída por Freddie Didier de “exceção de não-executividade”, por traduzir de forma mais ampla e objetiva a exceção de pré-executividade e pela sua principal função que é a defesa do executado. 4. CARACTERÍSTICAS DA EXCEÇÃO DE NÃO-EXECUTIVIDADE Existem diversas características da exceção de não-executividade que são induvidosas e dentre elas pode-se destacar aquelas apresentadas pelo renomado processualista Dinamarco (2009, p. 853): a) não há necessidade de garantia do juízo de execução, podendo ser apresentada antes ou depois da penhora; b) podem tratar de matérias não privativas dos embargos à execução; c) não admitidos quando se quer rediscutir matéria de defesa já afastada nos julgamentos ou pendente de julgamento da impugnação ou dos embargos do executado; d) não cabível em caso de matéria já apreciada em objeção de não-executividade; e) processadas apenas se não houver necessidade de dilações probatórias; f) não tem efeito suspensivo, portanto não pode haver a paralisação das constrições judiciais como a penhora. Para Didier Jr. e Cunha (2011, p.394) as principais características deste instituto são: “a) atipicidade: não há regramento legal a respeito do tema; b) limitação probatória: somente as questões que se podem provar documentalmente poderiam ser alegadas; c) informalidade: a alegação poderia ser feita em simples petição”. 5. OBJETO DA EXCEÇÃO DE NÃO-EXECUTIVIDADE A presente defesa despontou com o intuito de o devedor questionar a aceitabilidade do procedimento executivo, questão esta, pelo qual o órgão jurisdicional deveria tomar conhecimento de ofício. Como exemplo, pode-se citar a falta de condições da ação e de pressupostos de constituição e desenvolvimento válido e efetivo do processo. 6 A doutrina e a jurisprudência, segundo ensinamento de Didier Jr. e Cunha (2011, p.395), “passaram, com o tempo, a aceitá-la, quando, mesmo a matéria não sendo de ordem pública nem devendo o juiz dela conhecer de ofício, houvesse prova pré- constituída da alegação feita pelo executado”. Os mesmos autores informam que, com isto, criou-se como critério para se admitir esta exceção a necessidade de haver prova pré-constituída. Didier Jr. e Cunha (2011, p.395) destacam a importante monografia de Alberto Camiña Moreira sobre o instituto de defesa em estudo que já antecipava a solução: “alegação de defesa pode ser veiculada por “exceção de pré-executividade”, desde que possa ser comprovada por prova pré-constituída”. Prescreve Dinamarco (2009, p. 853) ,em sua obra, que todas as defesas fundadas nos requisitos do processo executivo, pelo qual o juiz deveria tomar conhecimento de ofício pode ser matéria a ser argüida em objeção de pré-executividade. Justifica Dinamarco (2009, p. 853) “porque, como é óbvio, tudo que o juiz pode e deve decidir espontaneamente ele pode decidir quando provocado pela parte”. Dinamarco (2009, p. 854), neste caso, exemplifica o pagamento como situação pela qual o juiz deveria conhecer, principalmente quando da apreciação da peça inicial. Elencam outras matérias que poderiam ser conhecidas pelo juiz, apenas por requerimento do executado, como a impenhorabilidade e as nulidades relativas. Segundo Dinamarco (2009, p.854) a “tendência atual do Superior Tribunal de Justiça é no sentido de admitir na própria execução e, portanto, fora dos embargos ou impugnação a ela, qualquer defesa cuja comprovação não dependa de instrução probatória”. De acordo com Marinoni e Arenhart (2008, p.315) os tribunais em geral aceitam que sejam alegadas quaisquer objeções processuais, assim como matéria pela qual o juiz conheça “ex officio”. No entanto as questões que mesmo não podendo ser conhecidas de ofício, mas existam elementos probatórios pré-constituídos, poderão ser argüidas em exceção de não-executividade. Reforça Liebman (apud Marinoni, 2008 p.316) que “curiosamente, vê-se reproduzidas nessa relação exatamente as matérias que, no direito antigo, poderiam ser alegadas nas execuções per officium iudicis, tidas como as “exceções passíveis de prova fácil”. 7 6. DAS DECISÕES E DOS RECURSOS EM FACE DA EXCEÇÃO DE NÃO- EXECUTIVIDADE As manifestações judiciais proferidas no âmbito do processo de execução poderão ou não definir o litígio nele pendente. Os efeitos produzidos destes atos no processo é que o qualificarão como sentença ou decisão interlocutória. No primeiro caso ocorrerá a extinção do processo, cabendo, para tanto, o recurso de apelação. Já no segundo caso a decisão não tem o condão de por fim ao processo, solucionando apenas incidentes no mesmo. Neste caso caberá o recurso de agravo, na maioria das vezes de instrumento, pois, em geral, a execução causará grave dano ao executado. Desta forma, toda decisão que acolher a exceção de não-executividade com a extinção do processo de execução caberá o recurso de apelação por parte do exeqüente – credor. Contudo, se a manifestação jurisdicional for no sentido de rejeitar a exceção de não-executividade, por improcedência ou inadmissibilidade, não haverá o fim do processo executivo, que seguirá o seu rito correspondente até a satisfação do credor. Neste caso caberá o recurso de agravo por parte do executado. Neste mesmo sentido a doutrina ensina que: ...o ato que resolve a exceção é recorrível: se rejeitá-la é decisão interlocutória, impugnável por recurso de agravo (CPC 162, § 2o e 522); b) se acolhê-la e extinguir a execução é sentença, impugnável por apelação (CPC 162 § 1o., 475-M § 3o., 795 e 513); se acolhê-la, mas não extinguir a execução é decisão interlocutória, impugnável pelo recurso de agravo (CPC 162, § 2o e 522). (Nery Jr., 2007, p.907) Dinamarco (2009, p. 855) enfatiza que “o ato que extingue a execução é sentença(CPC, art.795), e o que pronuncia sobre matéria incidente, decisão interlocutória (CPC, art. 162, § 2o – supra, n. 652)”. Segundo Dinamarco (2009, p. 855) para qualificar determinados atos judiciais como sentença ou decisão interlocutória deve-se ter como base os efeitos produzidos na relação jurídica processual da execução. Justifica o autor, consubstanciado no art. 795, ainda presente no código de processo civil nacional, o entendimento de que sentença é ato que extingue a execução. Isto pode ocorrer nos casos de improcedência dos fundamentos assim como por inadmissibilidade da própria objeção. A decisão que acolhe a objeção de não-executividade para declarar que não é admissível um processo executivo é sentença, pois extingue a execução, nos 8 termos do art. 795 do CPC. No caso de rejeição da objeção é decisão interlocutória. Isto porque não põe fim ao processo de execução, está seguirá o seu andamento como prescrito no § 2o, art.162 do CPC. Conclui Dinamarco (2009, p. 856) destacando que se aplicam aos recursos no julgamento da objeção de não-executividade as regra gerais. Se a decisão põe fim ao processo executivo no julgamento da objeção, fora dela, ou ainda de ofício, este ato tem natureza de sentença pelo qual a parte prejudicada irá irresignar-se via o recurso de apelação de acordo com o art. 513 do CPC. Todavia se a decisão resolve apenas incidentes no processo, em apreciação da objeção de não-executividade ou não, sem por fim à execução, este ato judicial tem característica de decisão interlocutória, devendo ser combatida via o recurso de agravo retido ou de instrumento, de acordo com o caso concreto e o efeito desta decisão. Se causar lesão grave ou de difícil reparação caberá o recurso de agravo de instrumento e nos outros casos, em geral, caberá o recurso de agravo retido nos termos do caput do art. 522 do CPC . Marinoni e Arenhart (2008, p. 316) destacam que “o ato judicial que examina a exceção de pré-executividade poderá ter natureza de sentença, se levar à extinção da execução, ou de decisão interlocutória, nos demais casos”. Enfatiza os mesmos autores que a natureza do ato judicial é que determinará o recurso a ser utilizado. Segundo Didier Jr. e Cunha (2011, p.396) “o acolhimento da exceção de não- executividade pode implicar a extinção do procedimento executivo (no caso de acolhimento da alegação de pagamento). Contra esta decisão caberá apelação”. Todavia Didier Jr. e Cunha (2011, p.396) reforçam que nem sempre o acolhimento da exceção imporá a extinção do procedimento executivo. É por exemplo o caso de acolhimento de incompetência do juízo. Reforçam, por fim, que desta decisão caberá o recurso de agravo. Entendem os autores supracitados que contra decisão que não acolher a exceção caberá agravo de instrumento. 7. EFEITOS DA EXCEÇÃO DE NÃO-EXECUTIVIDADE Importa destacar que o Art. 739-A incluído no CPC vigente, pela Lei nº 11.382, de 2006, prescreve que os embargos do executado não terão efeito suspensivo. Desta forma, não se pode conferir a princípio efeito suspensivo à exceção de não- executividade. 9 Reforçando esta idéia, Dinamarco (2009, p. 854) estabelece que um dos principais sucessos para aplicação da exceção de pré-executividade é que o mesmo não tem efeitos suspensivos. Protocolada a exceção, a execução prosseguia ordinariamente com a realização dos atos necessário para sua efetividade, como as constrições sobre os bens do executado. No entanto os embargos do executado tinham efeitos suspensivos e causavam prejuízo para o andamento do processo e a satisfação do credor. Com as modificações estabelecidas pela legislação no processo executivo, as defesas legais do executado passaram, em geral, a não ter mais efeitos suspensivos diminuindo as diferenças entre estas objeções à execução, previstas em lei, e a exceção de pré-executividade. Inferem Didier Jr. e Cunha (2011, p.396) que existem duas correntes doutrinárias quanto aos efeitos da exceção de não-executividade. Uma afirma que a exceção de executividade tem efeitos suspensivos e a outra considera que a presente defesa não tem condão de suspender a execução. Barbosa Moreira (apud Didier Jr., 2011, p.396) ensina que “esta execução somente se suspende pelas causas previstas no art. 791 do CPC, em cujo rol aparece apenas os embargos à execução como defesa do executado apta a suspender o procedimento executivo (art.791, I, CPC)”. Segundo Didier Jr. e Cunha (2011, p.396) para esta corrente doutrinária a suspensão do processo ocorre apenas se houver previsão legal. Destacam que, de outra parte, existe doutrina que defenda que a exceção de não-executividade suspende o processo executivo. Entende Alvim (2001, p.226-228 apud Didier Jr., 2011, p.397) que a execução deva ser suspensa, assim como o prazo para embargos. Isto em virtude do executado ver seus bens serem constritos sem o respeito ao princípio do devido processo legal, perdendo a exceção de não- executividade o objeto e finalidade. Neste mesmo sentido ensina Rosa (apud Didier Jr., 2011, p.397) destacando que “assim como as exceções de incompetência, de impedimento e de suspeição causam suspensão do processo, a exceção de não-executividade, de igual modo, causaria a suspensão do procedimento de execução”. Contrariando este entendimento Assis (apud Didier Jr., 2011, p.397) esclarece que protocolada a exceção ou objeção de não-executividade, esta impede o andamento da execução. Isto não quer dizer que o processo está suspenso, até por que os 10 prazos já iniciados não se suspendem. A execução apenas é suspensa nas hipóteses previstas em lei, o que não ocorre com a exceção ou objeção de não- executividade. Moderando entendimento quanto à suspensão do instituto de defesa executiva em análise a doutrina destaca: Se a exceção de não executividade for oposta antes da penhora, será inevitável a suspensão do procedimento executivo, pois, não fosse assim, haveria um desperdício de atividade jurisdicional permitir o andamento da execução”. Isso porque a matéria a ser decidida seria, ao menos em parte, idêntica à matéria que poderia ser suscitada mediante embargos, o que infringe o princípio da economia processual. Caso o incidente fosse proposto depois da penhora, veiculando matéria processual, não se poderia admitir a suspensão da execução. (Oliveira Neto apud Didier Jr., 2011, p.397) Em termos gerais, não se pode conceder efeito suspensivo à exceção de não- executividade, até por que, com as modificações estabelecidas pelo art. 739-A da Lei nº 11.382, de 2006, os recursos, em regra, não tem mais efeitos suspensivos. Todavia, adverte Marinoni e Arenhart (2010, p.316), “uma vez presentes os pressupostos que autorizam a outorga de efeito suspensivo à impugnação (art. 475- M do CPC), não há porque descartar a suspensão da execução”. Desta forma, no caso de julgamento da exceção de não-executividade, se os fundamentos forem relevantes e o prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação, nos termos do dispositivo supra-citado da lei processual civil nacional, esta defesa deverá ter efeito suspensivo. Esta é a melhor opção, ainda que não exista previsão legal sobre a defesa em estudo, a mesma é aplicada largamente e sua receptividade é pacífica em todos os tribunais de justiça brasileiros. A exceção de não-executividade ainda que não tenha previsão legal deve estar de acordo com os princípios e a legislação constitucional e infraconstitucional vigente. As modificações insertas pela lei pela Lei nº 11.382 de 2006 no Código de Processo Civil alterou as regras dos embargosà execução. Dentre as mais importantes está a de que estes embargos não possuem mais efeito suspensivo automático, nem pressupõem a prévia penhora. As exceções, também, não podem ter este efeito de suspensão automática. A regra agora é outra, nos termo do art. 739-A do CPC vigente, de que os embargos do devedor, assim como, as exceções de não- 11 executividade não tem o condão, em princípio, de causar suspensão da execução de imediato. Impende destacar que conforme o § 1o do art. 739-A do CPC o juiz poderá, a requerimento do embargante, atribuir efeito suspensivo aos embargos quando, sendo relevantes seus fundamentos, o prosseguimento da execução manifestamente possa causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação, e desde que a execução já esteja garantida por penhora, depósito ou caução suficiente. Regra esta que, também, se aplica aos casos que envolvam a interposição da exceção de não-executividade para que esta adquira o efeito suspensivo. Analisando o efeito do instituto de defesa em tela, explica e soluciona o problema a doutrina baiana: Parece que a lógica do sistema é a seguinte: a defesa do executado, em qualquer de suas modalidades, pode ser oferecida sem prévia garantia do juízo, mas não suspende o procedimento executivo, salvo se forem preenchidos os quatros pressupostos: requerimento do executado, garantia do juízo, verossimilhança das alegações e perigo de dano irreparável ou de difícil reparação. Não há razão para que o regramento de exceção e não- executividade fuja deste esquema. (Didier Jr. e Cunha, 2011, p.397-398) Com isto pode-se concluir que a exceção de não executividade deve seguir a lógica da legislação processual civil vigente. Em regra a exceção de não-executividade não terá efeito suspensivo. Contudo preenchido os requisitos que conferem efeitos suspensivos à impugnação e aos embargos à execução, nos termos respectivamente dos art. art. 475-M e § 1o do art. 739-A do CPC, esta exceção terá efeito suspensivo. 8. OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA E A EXCEÇÃO DE NÃO-EXECUTIVIDADE Os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa estão previstos no inciso LV, art. 50, da Carta Magna brasileira, assegurando aos litigantes o direito de usar todos os meios de defesa e opor-se à pretensão da outra parte. Ensina Moraes (2010, 107) citando o julgamento do Habeas Corpus n0 68.929-9/SP, da primeira turma do Supremo Tribunal Federal, tendo como relator o Min. Celso de Mello, que “por ampla defesa entende-se o asseguramento que é dado ao réu de condições 12 que lhe possibilitem trazer para o processo todos os elementos tendentes a esclarecer a verdade ou mesmo de omitir-se ou calar-se, se entender necessário”. Entende a doutrina que: O contraditório é a própria exteriorização da ampla defesa, impondo a condução dialética do processo (par condition), pois a todo ato produzido pela acusação caberá igual direito de defesa de opor-se-lhe ou de dar-lhe a versão que melhor lhe apresente, ou ainda, de fornecer uma interpretação jurídica diversa daquela feita pelo autor. (Moraes, 2010, p. 107) Contudo, boa parte da doutrina nega a existência do princípio do contraditório e da ampla defesa no processo de execução. Isto porque o processo de execução visa satisfazer o interesse daquele portador de título executivo judicial ou extrajudicial. Por este entendimento não cabem discussões que já se sucederam no processo de cognição. Infere que para o executado manifestar-se contra a execução utilizará dos meios de defesa, mais utilizados, que são a impugnação e os embargos à execução. O primeiro com natureza jurídica de defesa e o segundo com natureza jurídica de ação, como meios para o executado se opor ao processo executivo. Ressalte-se que além destas vias legais poderá o executado utilizar da exceção de não- executividade. Ensina Marinoni (2010, p.457) que a defesa do devedor em face de execução extrajudicial se faz por processo de conhecimento, autônomo ao processo de execução. Enfatiza que, embora, excepcionalmente, algumas defesas sejam admitidas no processo executivo, na verdade este se presta a satisfazer o direito requerido em juízo e não para discussões sobre de quem é o direito. Aquele portador do título presume-se, em tese, dono do direito tutelado em juízo. Impende destacar que esta presunção é "juris tantum", e que consiste em presunção relativa, válida até que se prove o contrário. Contudo, deve-se conferir oportunidade para que o executado se manifeste no processo executivo, principalmente se a questão for de ordem pública ou provada de plano. No instituto da exceção de não-executividade os princípios do contraditório e da ampla defesa devem também ser observados em relação ao exeqüente, em respeito ao princípio da igualdade e do devido processo legal. Além de tudo, importante destacar que as normas processuais, assim como os institutos que se apresentam, devem ter interpretação conforme a constituição. Princípios como 13 contraditório e isonomia, com o advento da Constituição Federal de 1988, alcançaram a posição de garantias individuais fundamentais não podendo deixar de ser aplicados à exceção de não-executividade. Em recente julgamento, a Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça estabeleceu que o contraditório é obrigatório na apreciação da exceção de pré- executividade. No Recurso Especial REsp 1279659/MG, julgado em 20/10/2011, Dje 27/10/2011, a referida Turma decidiu no sentido que ao apreciar a exceção de pré- executividade o juiz deve conceder a oportunidade da parte contrária, no caso o exeqüente, correspondente à parte autora no processo de execução, de manifestar- se em face da exceção, ainda que a matéria tratada seja de ordem pública. O ministro relator MARQUES, no voto referente ao presente recurso esclareceu que “... é obrigatório o contraditório em sede de exceção de pré-executividade, razão pela qual não é possível que o juízo da execução acolha a exceção sem a prévia oitiva do exeqüente, ainda que suscitada matéria cognoscível de ofício”. Com este acórdão o Supremo Tribunal de Justiça prestigia o princípio constitucional do contraditório na apreciação da exceção de pré-executividade. Caso isto não ocorra haverá cerceamento de defesa do exeqüente, cabendo o recurso de apelação, ou recurso especial a depender do grau do juízo que decida. A doutrina representada por Nery Jr. (2007, p.907) ressalta que, em homenagem ao contraditório, “recebida a exceção o juiz deverá dar oportunidade para que o credor- excepto se manifeste sobre o incidente, fixando prazo razoável para tanto. Depois de passado prazo para a manifestação do credor, o juiz decide a exceção”. O princípio da ampla defesa aplica-se à exceção de não-executividade de forma mitigada, como estabelece Dinamarco (2009, p. 855), em virtude da informalidade que é traço característico nas exceções de pré-executividade. Contudo para serem apreciados faz-se necessário que os fundamentos prescritos na defesa sejam claros e contundentes, sem a necessidade de produção de provas posteriormente. Adverte ainda o presente autor que a jurisprudência, em situações extremamente graves, permite a suspensão da execução e admite instrução incidente desde que a fundamentação seja bem consistente e não haja dúvidas quanto à verdade dos fatos alegados. 14 9. DA UTILIDADE DA EXCEÇÃO DE NÃO-EXECUTIVIDADE A nova sistemática do processo executivo civil brasileiro ampliou a aplicabilidade dos Embargos. Dentre as importantes mudanças estabelecidas pela Lei nº 11.382, de 2006 estão a possibilidade dos embargosdo devedor ser proposto independente da penhora, depósito ou caução e de se alegar qualquer matéria de defesa sem a prévia garantia do juízo, nos termos do caput do art. 736 e do CPC. Com isto, muitos doutrinadores discutem a possibilidade da perda de aplicabilidade e efetividade da exceção de não-executividade. Destaca Theodoro Jr. (2011, p.440) que “pretendeu-se que teria desaparecido a exceção de pré-executividade nas execuções de título extrajudicial, depois que a lei nº 11.382/2006 dispensou a penhora para manejo dos embargos à execução”. Segundo Dinamarco (2009, p. 854) o novo sistema do processo de execução permite que os embargos do executado possa ser proposto antes da penhora, nos termos do art. 736 do CPC, assim como na impugnação à execução por título judicial, embora polêmica esta tese. Desta forma conclui o autor que provavelmente cairá em desuso a exceção de não-executividade antes da penhora ou ocorrerá que os tribunais rejeitem a presente defesa. Destaca Theodoro Jr. (2011, p.440) que com o advento dos art. 475-I e 475-J, com redação dada pela lei n0 11.232/2005, não se verifica mais a presença dos embargos à execução. Surge, no entanto, a possibilidade do devedor resistir ao cumprimento forçado da sentença com a apresentação de simples petição de impugnação nos autos do processo, nos termos do art. 475-C da lei supracitada, que corresponde praticamente à uma exceção de pré-executividade consagrada pela jurisprudência. Didier Jr. e Cunha (2011, p. 398) reforçam o mesmo entendimento de Dinamarco quanto à falta de utilidade da exceção de não-executividade no novo processo de execução. Isto porque os embargos à execução e a impugnação, na atualidade, prescindem da penhora, depósito ou caução para o seu oferecimento. Pode-se utilizar qualquer tipo de defesa sem prévia garantia do juízo ainda que não tenha prova pré-constituída. Concluem os referidos autores que tendo as exceções limites probatórios, devendo a prova ser pré-constituída não haveria mais sentido para utilização deste instrumento de defesa. 15 Contudo adverte Didier Jr. e Cunha (2011, p. 398) que a exceção de não- executividade ainda tem utilidade no novo processo executivo. Isto pode ser percebido quando da possibilidade da utilização deste instituto nos casos de preclusão temporal, nas questões de ordem pública que podem ser alegadas a qualquer tempo ou nas alegações de questões supervenientes, de acordo com o inciso I, do art. 303 do CPC, desde que existam provas pré-constituídas. Conclui Theodoro Jr. (2011, p. 441) que com o surgimento da lei nº 11.382/2006 o campo de aplicação da exceção de pré-executividade, nas execuções a título extrajudicial, ficou bastante reduzida. No entanto a presente exceção não perdeu sua utilidade, tornando-se ainda viável a sua aplicação nos processos executivos, sejam a título extrajudicial ou, mesmo, a título judicial. Além disso, segundo Talamini (apud Didier Jr., 2011, p.398) para aqueles que defendem que há necessidade de garantir o juízo nas execuções especiais, quando existente regra, como no caso da execução fiscal, a exceção de não-executividade não perderá a sua utilidade. Concluem Didier Jr. e Cunha (2011, p. 398) que “o mesmo raciocínio se aplica a quem não aceite a apresentação de impugnação sem prévio penhor”. Com tudo, ainda que tenha o seu campo de atuação reduzido, a exceção de não- executividade continua sendo um instrumento de defesa útil no processo de execução civil brasileiro, evitando arbítrios e reduzindo o risco de uma decisão judicial injusta. 10. A EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E O PROJETO DO NOVO CPC O projeto do novo CPC não tratou da exceção de não-executividade no capítulo referente ao processo de execução e cumprimento da sentença. Com isto, perde-se uma grande oportunidade de acrescentar esta espécie de defesa, consolidada pela praxe judicial, ao novo CPC. Importante destacar que a exceção de não- executividade processa-se de forma mais rápida pelas características de menor formalidade. Dentre estas estão o fato de ser processada com prova pré-constituída e nos próprios autos do processo executivo principal. O presente instituto em nada prejudicaria o andamento do processo principal, uma vez que não tem o condão de suspender o processo executivo. Permitindo este efeito apenas se preenchido os requisitos § 1o do art. 739-A do CPC. 16 11. CONCLUSÃO As legislações que modificaram a dinâmica do processo executivo ampliaram o alcance das defesas do executado. Com o advento da lei n0 11.382 de 06 de dezembro de 2006, acrescentou-se o inciso V, ao art. 745 ao CPC estabelecendo que pode ser alegado, em embargos à execução, qualquer matéria que lhe seja lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. Ou seja, praticamente qualquer matéria poderá ser discutida no processo de embargos à execução sem prévia garantia do juízo. Neste mesmo sentido ressaltam Didier Jr. e Cunha (2011, p.398) que, até mesmo aqueles questionamentos que dependam de prova casual (não pré-constituída) poderão ser apreciados nos embargos à execução. A lei n0 11.232/2005 que alterou o Código de Processo Civil estabelece que a resistência do devedor à execução por título executivo judicial agora pode ser apresentada por simples petição de impugnação. Com isto, reduz-se a aplicabilidade da exceção de não-executividade. Importa destacar, ainda que se ampliem a defesa o devedor, em geral os embargos e impugnações não terão efeitos suspensivos. Com isto, percebe-se que no processo executivo a regra é a satisfação do credor portador do título executivo correspondente até que se prove o contrário seu direito. A exceção de não-executividade surge como instrumento de defesa, nos próprios autos da execução, com natureza de incidente do processo apresentada em simples petição sem maiores formalidades. De construção doutrinária e jurisprudencial a exceção em estudo tem como objeto, as questões de ordem pública ou aquelas consubstanciadas em prova pré- constituída. A exceção de não-executividade deve seguir suas regras próprias para o objetivo a que foi constituída. Contudo devem-se respeitar as prescrições legais e princípios contidos nas normas infraconstitucionais e, principalmente, na Constituição Federal de 1988. A exceção de não-executividade poderá ser aplicada nos casos em que os meios legais de defesa na execução não são mais eficazes. Isto ocorre nos casos de preclusão temporal para apresentação da defesa, para alegar questões de ordem pública ou supervenientes desde que com prova pré-constituída. Além de tudo, 17 pode-se utilizar deste instituto para defesa nas execuções especiais em que a lei exija a prévia garantia do juízo como requisito para oposição da defesa. Como exemplo pode-se citar o caso da execução fiscal. O Projeto e o anteprojeto do Novo Código de Processo Civil não fazem menção a esta via de defesa do devedor. Perdeu-se, com isto, uma boa oportunidade para se legalizar o instituto. Todavia, este, continua em uso no sistema processual civil brasileiro apoiado pela doutrina e pela jurisprudência. A exceção de não-executividade trata-se de construção daqueles que convivem na prática com a angústia da busca por uma melhor prestação jurisdicional. Visa, sobretudo, garantir os direitos individuais fundamentais prescritos na constituição federal brasileira. Por ele, permite-se que o poder judiciário possa apreciar os atos ilegais, assim como a lesão e a ameaça de direitos. Garante-se, com isto, a efetivação da justiça, pois não adianta uma justiça célere, porém injusta. Por fim, esta exceção, limita o poder do Estado-Juiz, evitandoarbítrios, reafirmando e efetivando o estado democrático de direito. REFERÊNCIAS BRASIL. Supremo Tribunal de Justiça. Recurso Especial, REsp 1279659/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, julgado em 20/10/2011, DJe 27/10/2011. DIDIER Jr., Fredie; CUNHA, Leonardo Carneiro da; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de Direito Processual Civil: Execução. Volume 5. 3. ed. rev. Bahia: Editora Juspodivm, 2011. DINAMARCO, Cândido Rangel. Instituições de Direito Processual Civil. Volume IV. 3. ed. rev. São Paulo: Editora Malheiros, 2009. MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz. Curso de Processo Civil: Processo de Execução. Volume 3. 7. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008. 18 MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de Processo Civil. Volume V. 11. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2004 MORAES, Alexandre; Direito Constitucional. 25. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010. NERY JR, Nelson; ANDRADE NERY, Rosa Maria de. Código de Processo Civil Comentado e Legislação Extravagante. 10. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2007. THEODORO JR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil: Processo de Execução e Cumprimento da Sentença, Processo Cautelar e Tutela de Urgência. Volume 2. 46. Ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 2011. .
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