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OU de pagar tributo ou de pagar multa. Entao a obrigação acessória ela pode prescindir de um fato gerador. Lançamento conceituado no CTN, art. 132, como atividade que envolve a fiscalização da fazenda publica e que se encerra na certificação da ocorrência do fato gerador e na estipulação da obrigação tributaria decorrente do fato. Então o lançamento vai scanear essa situação preexistente, com a ocorrência do fato gerador você já sabe que automaticamente nasce a obrigação tributaria, mas eh necessário que se certifique a ocorrência do fato e que se declare a obrigação decorrente desse fato. Isso é função do lançamento, função de certificação, de declaração, e possui como objeto o fato gerador e a obrigação tributaria. Antes do lançamento então nos temos o fato e a obrigação e após o lançamento nos passamos a ter o que: o credito tributário. O credito tributário nasce com o lançamento e deve refletir com fidelidade o conteúdo do fato gerador e da obrigação tributaria preexistentes. Lançamento tem 3 efeitos. Declaratório – o lançamento não cria o conteúdo do tributo, por este já se encontrar completamente regulamentado por lei, ele apenas declara essa realidade preexistente, apenas certifica. Constitutivo – o lançamento, mesmo sendo ato vinculado, constitui o credito, que é ordem de pagamento, é titulo executivo extrajudicial, é condição do pagamento, da exigibilidade e da mora. Preclusivo – enquanto o lançamento não for anulado, a relação jurídico-tributária se desenvolverá nos termos do crédito que a originou. Vimos também a respeito da aplicação, sobre a lei formal, onde quanto a pratica do lançamento a lei aplicada é a vigente no momento e sobre a lei material, que regulamenta o tributo, valera a vigente a época da ocorrência do fato gerador. O lançamento é atividade obrigatória e vinculada. A administração não inova o conteúdo do tributo! Também vimos as espécies de lançamento por oficio e por declaração, respectivamente sem a ajuda do contribuinte e com a colaboração do contribuinte. Dinâmica de desenvolvimento da obrigação tributaria: Fase da Existência, Fase do Lançamento/Formalização (fase condição do pagamento, da exigibilidade e da mora/pressuposto básico do pagamento). Com o lançamento tem a notificação e após a notificação passa a contar um prazo para pagamento. LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO A fazenda publica não é chamada pra fiscalizar antes do pagamento, ela é chamada após o pagamento. Ocorre a fase da existência, fato gerador, obrigação, e logo após essa fase já se inicia a fase do pagamento pela aplicação da lei. A lei determina que o sujeito passivo seja chamado para realizar o pagamento no prazo estipulado por ela ANTES da realização do lançamento pela fazenda publica. FATO GERADOR > PAGAMENTO – dentro do prazo estipulado. Muitas vezes ele é chamado não só para pagar como para apresentar declaração também, como é o caso do que ocorre no Imposto de Renda de Pessoa Física, quem declara junto ao pagamento sabe que quando chega o dia precisa do pagamento + a declaração. Tenho aí duas obrigações, acessória de declarar e tributaria principal de realizar pagamento de IR. E eu devo cumprir essas duas obrigações independem de qualquer manifestação da fazenda publica. Encerrado o prazo de pagamento é que a fazenda publica cobra e aí sim irá verificar se o sujeito passivo declarou corretamente, se ele pagou integralmente sua divida tributaria e se ele está em situação regular. A fiscalização fica para após o pagamento. Declaração correta, pagamento integral e situação regular do sujeito passivo, a Fazenda Publica pode HOMOLOGAR o pagamento. Esse ato de homologação é o que propriamente se denomina LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO. A Fazenda Publica homologa. Ao homologar ela ratifica o pagamento. Ela declara que o sujeito passivo pagou integralmente o tributo e que portanto não deve nada a si e que o credito tributário encontra-se extinto pelo pagamento. Então essa homologação tem um efeito constitutivo. Qual? Ao declarar o pagamento ela extingue definitivamente o crédito tributário, afinal de contas, ela não pode cobrar duas vezes se uma vez já foi pago o mesmo tributo. Prazo para a Fazenda Publica homologar: 05 anos. Geralmente ela deixa transcorrer esses 05 anos, e ocorre então a homologação tácita ao invés da homologação escrita. Então sobre lançamento por homologação, Possibilidade 01: O sujeito passivo declara corretamente e paga integralmente o tributo, ele cumpre corretamente suas obrigações tributárias, tanto a acessória quanto a principal de pagar tributos. Nesse caso, a Fazenda Pública homologa e extingue definitivamente o crédito tributário. Possibilidade 02: O sujeito passivo declara a ocorrência do fato gerador, apresenta sua declaração de bens e rendimentos (IR), calcula corretamente seu tributo, mas deixa de realizar o pagamento. Divergência doutrinaria: Maioria entende que essa declaração de bens e rendimentos de pessoa física não tem natureza de autolançamento, que ela tem natureza de declaração, é apenas uma ajuda do contribuinte. Então, neste caso, precisaria a Fazenda Publica analisar a declaração, verificar se porta fé, e ao constatar que a declaração está correta e porta fé, a Fazenda Publica deveria realizar o lançamento por declaração, notificar o sujeito passivo do crédito tributário constituído por esse lançamento, e, a partir da notificação, abrir-se-ia o prazo para pagamento como também um prazo para impugnação administrativa. Minoria: Ué, pra que lançar por declaração se a declaração do contribuinte já constitui a norma individual concreta. Se já calcula integralmente o tributo. Se já possui todas as informações necessárias? Não tem necessidade! Isso já é um lançamento, essa declaração é um autolançamento. Se ele declara e não paga, eu não preciso mais lançar, eu simplesmente pego essa declaração, que já constituiu o crédito, inscrevo-a em divida ativa, extraio a certidão e executo a declaração do contribuinte. Eu não preciso mais lançar, a declaração é lançamento, a mim cabe apenas executar. Súmula 436, STJ: “A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer providencia por parte do Fisco”. – ou seja, é autolançamento sim. 2bjs Possibilidade 03: O sujeito passivo não declara nem paga. Não cumpre a obrigação acessória nem a principal de pagar tributo. Neste caso, a Fazenda Publica TEM que lançar pra cobrar tem que verificar. Ocorreu o fato gerador? Há tributo que não foi pago? Exige fiscalização e lançamento por ofício. Perceba que esse lançamento por ofício estará acontecendo APÓS o vencimento do pagamento do tributo, então não só ela constitui o credito tributário referente ao tributo que não foi pago, como também constitui um credito tributário referente à penalidade. Temos aí dois ilícitos: descumprimento da obrigação acessória de declarar tributo e inadimplemento da obrigação principal de pagar tributo. Aplicando-se duas multas. Então se constitui o crédito, o crédito é notificado ao sujeito passivo, dessa notificação reabre-se o prazo de pagamento, e dentro desse prazo o sujeito pode realizar o pagamento do tributo ou pode ______ administrativamente o crédito tributário. Encerrado o prazo de pagamento sem que ele tenha feito nem uma coisa nem outra, o credito a partir dai pode ser cobrado pela fazenda publica bem como a mora que vai incidir. 23:00:00 – esquema
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