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Aterramento resumo

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MEDIÇÃO DA RESISTÊNCIA DE ATERRAMENTO
Harison Phelype Batista de Oliveira e Nicholas Anibal Micheloto
Hastes de aterramento
Existem vários fatores que podem influenciar a medição da resistência de aterramento, onde a maioria deles envolve de alguma forma as hastes sob teste e as hastes auxiliares. Um dos principais fatores que envolvem as hastes são a alocação das mesmas na execução da medição. Ou seja, as hastes não devem ser alocadas de maneira aleatória visando à obtenção de uma medição mais próxima da real.
Ao injetarmos uma corrente em uma haste cravada no solo, ao redor desta haste existirão zonas equipotencias radiais que diminuem a sua intensidade proporcionalmente ao raio percorrido. Esse fenômeno é conhecido como zonas de influência (FIGURA 1), onde se outra haste é colocada muito próxima da outra existirá um bloqueio do fluxo de corrente de cada haste. Como a área de dispersão da corrente de cada haste diminui, a resistência de cada haste, dentro do conjunto, aumenta e a resistência do conjunto de hastes diminui. Para minimizar os efeitos deste fenômeno conhecido como zona de interferência, espaçamos as hastes a uma distância maior ou igual ao comprimento da haste. 
FIGURA 1: Representação de zonas equipotenciais de dois eletrodos e a zona de interferência gerada entre eles
Métodos de medição da resistência do aterramento
Após a montagem do sistema de aterramento, são realizadas medições para verificar se a resistência de aterramento calculada é igual a real. Estas medições podem ser realizadas de diversas maneiras, falaremos sobre algumas delas abaixo.
Método do volt-amperímetro (queda de potencial)
É um dos métodos de medição da resistência de aterramento mais clássico, onde basicamente usasse na medição um voltímetro, um amperímetro, uma fonte de corrente alternada, e duas hastes alem da haste de aterramento que se deseja medir. Pode-se também substituir os três primeiros itens citados por um terrômetro (FIGURA 2), que faz os cálculos da resistência de aterramento internamente. 
FIGURA 2: Terrômetro, à esquerda, e esquema de medição utilizando o terrômetro à direita
A corrente alternada entre a haste sob ensaio T e a haste auxiliar T1, colocando a haste T1 longe da zona de influência da haste T (FIGURA 3). Assim a haste T2, inserido entre as hastes T e T1, mede a queda de potencial entre T e T2. Visualizamos esta medida no voltímetro e olhando a corrente que foi aplicada entre T e T1, utiliza-se a Lei de Ohm () para encontrar a resistência de aterramento. 
FIGURA 3: Esquema método do volt-amperímetro usando voltímetro e amperímetro 
Após movemos a haste T2 6 metros para a direita e 6 metros para a esquerda e realizamos a mesma medição em ambas. Caso os três resultados de resistência encontrados sejam próximos, calcula-se a media entre elas e se nenhum dos três valores diferirem mais de 5% do valor da média, o valor da media será considerada a resistência de aterramento. Caso contrário deve-se repetir a medição com espaçamentos maiores entre T e T1.
Contudo, o método torna-se inviável quando temos grandes sistemas de aterramento. Já que indicasse espaçar as hastes a uma distancia de três vezes o comprimento da malha de aterramento sob teste, para evitar as zonas de influência de cada haste. Assim, malhas de aterramento muitos grandes vão requerer grandes distancias entre as hastes, o que pode ser inviável dependendo da localização de tal malha.
Método dos dois pontos
Um dos métodos mais simples, contudo só é utilizado em sistemas de aterramento com resistência muito baixa, mesmo assim não é muito utilizado pois não é um método tão preciso. Para ser aplicado devemos conhecer a resistência de aterramento da haste auxiliar C2, ou assumi-la desprezível (FIGURA 4). Medimos a resistência Re através do método do volt-amperimetro ou com outros equipamentos como o alicate terrômetro. Após subtraímos deste valor a resistência da haste auxiliar C2, caso não seja desprezível, e o valor obtido será a resistência do aterramento.
FIGURA 4: Esquema do método dos dois pontos
Contudo pode ser complicado encontrar uma haste com resistência de aterramento conhecida e só é um método eficiente na medição de resistência de aterramento muito baixa.
Método dos três pontos
É semelhante ao método dos dois pontos, porém duas hastes auxiliares A e B (FIGURA 5) de resistência de aterramento conhecidas. Lembrando sempre de deixar as hastes igualmente espaçadas e a uma distancia maior ou igual aos comprimentos das mesmas a fim de diminuir erros causados pelas zonas de influência de cada uma.
FIGURA 5: Esquema do método dos três pontos
Inicialmente mede-se a resistência de aterramento entre cada par de hastes e aplicamos a equação ·, para encontrar a resistência de aterramento. As principais limitações encontradas são na alocação das hastes, visando que uma não fique dentro da zona de influência da outra, e grandes erros em qualquer uma das três medições podem acarretar em grandes erros no valor da resistência do aterramento.
Método da regra dos 62%
Para execução de tal método, podemos utilizar um terrômetro e devemos ter conhecimento da zona de influência aproximada do sistema de aterramento e supor que temos um solo homogêneo. Após coloca-se uma haste C a uma distancia d localizada fora da zona de influência e outra haste T a 61,8% de d (FIGURA 6).
FIGURA 6: Esquema do método da regra dos 62%
Seguindo a idéia do método da queda de potencial, utiliza-se o terrômetro para medir a resistência do aterramento. Após, move-se a haste C no sentido da haste sob teste E e no sentido contrario, realizando a medição do aterramento em ambas (sempre movimentando a haste P a fim de manter a relação dos 62%). Realizada as três medições, calcular a media e verificar se nenhumas das três medições estejam com diferença menor que 5%.
Para um valor mais preciso, recomenda-se realizar testes com as hastes auxiliares alinhadas em direções diferentes. Contudo é complicado aplicar tal método a sistemas de aterramento muito grandes devido a distancia entre as hastes, e ainda, quando maior a área, mais distantes ficaremos da suposição de que o solo seja homogêneo ao longe de toda a região sob ensaio.
Referências 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-ABNT. NBR 5410: instalações elétricas de baixa tensão. Rio de Janeiro, 2004. 209 p;
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS-ABNT. NBR 14039:2003: instalações elétricas de média tensão de 1kV a 36,2kV. Rio de Janeiro, 2005. 87 p;
Norma de Fornecimento de Energia Elétrica em Tensão Secundária de Distribuição a Edificações Individuais - SM01.00-00.001 – ED 13;
Aterramento. Disponível em: http://www.feis.unesp.br/Home/departamentos/ engenhariaeletrica /aterramento.pdf. Acesso em 18/11/2016;

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