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Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAL DE APOIO 
PROCESSO DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
cleize@ceisc.com.br 
luizhenrique@ceisc.com.br 
 
2 
 
 
 
Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
SUMÁRIO 
 
01 ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO ........................................ 6 
 1.1 ÓRGÃOS QUE COMPÕE A JT (ART. 111 DA CF) .............................................................. 6 
 1.2 COMPETÊNCIA DA JT – ART. 114 CF .............................................................................. 6 
 1.3 MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA ............................................................................... 11 
 1.4 CONFLITOS DE COMPETÊNCIA: ................................................................................... 11 
02 AÇÃO .............................................................................................................................. 13 
 2.1 CLASSIFICAÇÕES DAS AÇÕES...................................................................................... 13 
 2.2 ELEMENTOS DA AÇÃO ................................................................................................. 13 
03 PRINCÍPIOS ................................................................................................................... 13 
 3.1 FONTES ..................................................................................................................... 15 
04 NULIDADES .................................................................................................................... 15 
 4.1 ABSULUTA .................................................................................................................. 15 
 4.2 RELATIVA ................................................................................................................... 16 
05 DAS PARTES E PROCURADORES .................................................................................... 17 
 5.1 CAPACIDADE POSTULATÓRIA: .................................................................................... 17 
 5.2 DAS PARTES E REPRESENTANTES ............................................................................... 18 
 5.3 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (SÚMULA 219 DO TST): ................................................ 21 
 5.4 ASSITÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUÍTA ............................................................................ 22 
06 RITOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO ................................................................................ 24 
 6.1 RITO SUMARÍSSIMO ................................................................................................... 24 
 6.2 RITO ORDINÁRIO ....................................................................................................... 27 
07 PETIÇÃO INICIAL ........................................................................................................... 30 
 7.1 RECLAMATÓRIA TRABALHISTA .................................................................................... 30 
 7.2 REQUISITOS: (ESTRUTURAÇÃO BÁSICA) ..................................................................... 31 
 7.3 RESPONSABILIDADE PATRONAL: ................................................................................. 32 
 7.4 PRELIMINARES ........................................................................................................... 34 
 7.5 MÉRITO ..................................................................................................................... 35 
 7.6 PEDIDOS .................................................................................................................... 35 
 7.7 VALOR DA CAUSA ....................................................................................................... 36 
 7.8 FECHAMENTO ............................................................................................................. 36 
 7.9 ANTECIPAÇÃO DE TUTELA .......................................................................................... 36 
 7.10 MODELO DE RECLAMATÓRIA ..................................................................................... 39 
08 CONTAGEM DOS PRAZOS PROCESSUAIS ....................................................................... 46 
 8.1 COMO REGRA GERAL .................................................................................................. 46 
09 DA ALTERAÇÃO DA PETIÇÃO INICIAL ........................................................................... 48 
 9.1 ADITAMENTO DA PETIÇÃO INICIAL ............................................................................. 48 
 9.2 EMENDA À PETIÇÃO INICIAL ....................................................................................... 48 
 9.3 JULGAMENTO LIMINAR IMPROCEDENTE ...................................................................... 48 
10 DA DISTRIBUIÇÃO E INTIMAÇÃO .................................................................................. 49 
 10.1 REPRESENTAÇÃO DO EMPREGADOR E EMPREGADO ................................................... 49 
 10.2 INTERVENÇÃO DE TERCEIROS .................................................................................. 51 
 10.3 ASSISTÊNCIA: ART. 119 E SS DO CPC - ..................................................................... 51 
 10.4 CHAMAMENTO AO PROCESSO ................................................................................... 51 
 10.5 DUNINCIAÇÃO DA LIDE............................................................................................. 52 
 10.6 NOMEAÇÃO À AUTORIA ............................................................................................ 52 
 10.7 OPOSIÇÃO ................................................................................................................ 52 
11 NOTIFICAÇÃO PARA COMPARECER A AUDIÊNCIA ........................................................ 52 
 11.1 DA AUDIÊNCIA ......................................................................................................... 53 
 11.2 DO ROTEIRO DAS AUDIÊNCIAS. ................................................................................ 53 
12 CONTESTAÇÃO ............................................................................................................... 54 
 12.1 ENDEREÇAMENTO: COMPETÊNCIA ............................................................................ 55 
 12.2 NÚMERO DO PROCESSO ........................................................................................... 55 
3 
 
 
 
Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
 12.3 QUALIFICAÇÃO ......................................................................................................... 55 
12.4 NOME DA PEÇA E FUNDAMENTO: .............................................................................. 56 
 12.5 PRELIMINARES PROCESSUAIS ................................................................................... 56 
 12.6 PRELIMINARES DE MÉRITO (PREJUDICIAIS DE MÉRITO) ............................................ 58 
 12.7 COMPENSAÇÃO E RETENÇÃO .................................................................................... 59 
 12.8 DEFESA DE MÉRITO .................................................................................................. 60 
 12.9 MODELO CONTESTAÇÃO ........................................................................................... 60 
13 EXCEÇÕES DE SUSPEIÇÃO, IMPEDIMENTO E INCOMPETÊNCIA ................................... 72 
 13.1 EXCEÇÕES DE IMPEDIMENTO E DE SISPEIÇÃO ..........................................................72 
 13.2 INCOMPETÊNCIA RELATIVA OU ABSOLUTA ................................................................ 74 
 13.3 ESTRUTURA BÁSICA: ................................................................................................ 75 
14 RECONVENÇÃO .............................................................................................................. 76 
 14.1 ESTRUTURA BÁSICA: ................................................................................................ 76 
15 DAS PROVAS .................................................................................................................. 77 
 15.1 ÔNUS DA PROVA ...................................................................................................... 77 
 15.2 DAS PROVAS DOCUMENTAIS, TESTEMUNHAIS E PERICIAIS. ....................................... 79 
16 DAS ALEGAÇÕES FINAIS, ACORDO E SENTENÇA ........................................................... 82 
 16.1 RAZÕES FINAIS ........................................................................................................ 82 
17 COISA JULGADA ............................................................................................................. 83 
18 SENTENÇA ...................................................................................................................... 83 
 18.1 DECISÃO SURPRESA ................................................................................................. 84 
19 ACORDO ......................................................................................................................... 84 
20 RECURSOS ...................................................................................................................... 85 
 20.1 CARACTERÍSTICAS DOS RECURSOS TRABALHISTAS ................................................... 85 
 20.2 EFEITO ..................................................................................................................... 87 
 20.3 DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS .................................................................................. 89 
 20.4 PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE ...................................................................... 89 
 20.5 REGULARIDADE DA REPRESENTAÇÃO ........................................................................ 92 
21 CONTRARRAZÕES .......................................................................................................... 93 
 21.1 MODELO DE CONTRARRAZÕES: ................................................................................ 93 
22 RECURSO ADESIVO ........................................................................................................ 96 
 22.1 PRAZO: PRAZO PARA CONTRARRAZÕES..................................................................... 96 
23 RECURSO ORDINÁRIO ................................................................................................... 96 
 23.1 CABIMENTO: ............................................................................................................ 96 
 23.2 LEGITIMIDADE E INTERESSE RECURSAL .................................................................... 97 
 23.3 TEMPESTIVIDADE ..................................................................................................... 97 
 23.4 PROCEDIMENTO ....................................................................................................... 97 
 23.5 ESTRUTURA DA PEÇA ............................................................................................... 98 
 23.6 VÍCIOS E FUNDAMENTOS QUE PODEM SER ATACADOS EM RECURSO ......................... 99 
 23.7 MODELO DE RECURSO ORDINÁRIO ......................................................................... 100 
24 EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ....................................................................................... 112 
 24.1 EFEITO MODIFICATIVO ........................................................................................... 113 
 24.2 INTERRUPÇÃO DO PRAZO PARA OUTROS RECURSOS ............................................... 113 
 24.3 OBJETO (FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA) ................................................................ 113 
 24.4 EMBARGOS PROTELATÓRIOS: ................................................................................. 114 
 24.5 MODELO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO ............................................................... 114 
25 RECURSO DE REVISTA ................................................................................................. 116 
 25.1 COMPETÊNCIA PARA JULGAMENTO ......................................................................... 118 
 25.2 REQUISITOS (ART. 896 DA CLT) .............................................................................. 118 
 25.3 CABIMENTO ........................................................................................................... 118 
 25.3.1 DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL - ART. 896 DA CLT ............................................ 119 
 25.3.2 VIOLAÇÃO DE LEI FEDERAL E CONSTITUIÇÃO FEDERAL ........................................ 120 
 25.4 PREQUESTIONAMENTO ........................................................................................... 120 
 25.5 NÃO CABIMENTO DO RECURSO DE REVISTA ............................................................ 121 
 25.6 ESTRUTURA BÁSICA: .............................................................................................. 121 
 25.7 MODELO DE RECURSO DE REVISTA ......................................................................... 122 
4 
 
 
 
Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
26 EMBARGOS AO TST ...................................................................................................... 125 
27 EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA ..................................................................................... 125 
 27.1 CABIMENTO ........................................................................................................... 125 
 27.2 MODELO DE EMBARGOS AO TST POR DIVERGENCIA ................................................ 126 
28 EMBARGOS DE INFRINGENTES – DISSÍDIOS COLETIVOS .......................................... 129 
29 AGRAVO DE INSTRUMENTO ......................................................................................... 129 
 29.1 PROCEDIMENTO: .................................................................................................... 130 
 29.2 MODELO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO ................................................................. 130 
30 CORREIÇÃO PARCIAL .................................................................................................. 132 
31 RECURSO EXTRAORDINÁRIO ...................................................................................... 133 
32 LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA ......................................................................................... 133 
 32.1 SENTENÇA ILÍQUIDA (CONDENATÓRIA) .................................................................. 134 
 32.2 LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMNETO .......................................................................... 135 
 32.3 LIQUIDAÇÃO POR PROCEDIMENTO COMUM ............................................................. 135 
 32.4 JUROS E CORREÇÃO DE MORA ................................................................................ 136 
33 EXECUÇÃO TRABALHISTA ............................................................................................ 137 
 33.1 PRINCÍPIOS ............................................................................................................ 137 
 33.2 ANALOGIA .............................................................................................................. 137 
 33.3 TIPOS DE ATOS: DE ACERTAMENTO; DE CONSTRIÇÃOE DE ALIENAÇÃO. ................. 138 
 33.4 EXECUÇÃO DE TÍTULOS JUDICIAIS (CLT, ART. 876) ................................................. 138 
 33.5 EXECUÇÃO DE TÍTULOS EXTRAJUDICIAIS (CLT, ART. 876) ....................................... 138 
 33.6 ESPÉCIES DE EXECUÇÕES: ...................................................................................... 138 
 33.7 COMPETENCIA E LEGITIMIDADE ............................................................................. 140 
 33.8 FORMAS DE EXECUÇÃO: ......................................................................................... 141 
 33.9 PENHORA ............................................................................................................... 141 
 33.10 PENHORA ON LINE ................................................................................................ 142 
 33.11 SUBSTITITUIÇÃO DA PENHORA ............................................................................. 143 
34 EMBARGOS À EXECUÇÃO ............................................................................................. 143 
35 IMPUGNAÇÂO .............................................................................................................. 144 
 35.1 ESTRUTURA BÁSICA DOS EMBARGOS À EXECUÇÃO: ................................................ 144 
 35.2 MODELO DE EMBARGOS À EXECUÇÃO ..................................................................... 145 
36 EMBARGOS DE TERCEIROS .......................................................................................... 147 
 36.1 OBJETIVO............................................................................................................... 147 
 36.2 MOMENTO DE INTERPOSIÇÃO: ............................................................................... 147 
37 EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE ............................................................................. 147 
 37.1 SITUAÇÕES CABÍVEIS ............................................................................................. 147 
38 RESPONSABILIDADE DO SÓCIO (DESCONSIDERAÇÃO) ............................................. 148 
39 EXPROPRIAÇÃO ........................................................................................................... 151 
40 AGRAVO DE PETIÇÃO ................................................................................................... 152 
 40.1 ESTRUTURA BÁSICA: .............................................................................................. 153 
 40.2 MODELO DE AGRAVO DE PETIÇÃO .......................................................................... 154 
41 CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO ................................................................................. 155 
 41.1 ESTRUTURA BÁSICA ............................................................................................... 157 
 41.2 MODELO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO .......................................................... 157 
42 PROTESTO .................................................................................................................... 161 
43 INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE ......................................................... 162 
 43.1 ESTRUTURA BÁSICA ............................................................................................... 164 
 43.2 MODELO DE INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE .................................... 164 
44 MANDADO DE SEGURANÇA .......................................................................................... 166 
 44.1 MODELO DE MANDADO DE SEGURANÇA .................................................................. 168 
45 AÇÃO RESCISÓRIA ....................................................................................................... 170 
 45.1 MODELO DE AÇÃO RESCISÓRIA .............................................................................. 175 
46 AÇÕES POSSESSÓRIAS ................................................................................................ 177 
 46.1 MODELO DE AÇÃO POSSESSORIA ............................................................................ 179 
47 DISSIDIOS COLETIVOS ................................................................................................ 181 
 47.1 REQUISITOS ........................................................................................................... 181 
5 
 
 
 
Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
48 ESPÉCIES DE DISSÍDIOS COLETIVOS: ........................................................................ 182 
48.1 DE NATUREZA ECONÔMICA ..................................................................................... 182 
 48.2 DE NATUREZA JURÍDICA: ........................................................................................ 182 
 48.3 DE GREVE .............................................................................................................. 182 
49 PODER NORMATIVO DA JUSTIÇA DO TRABALHO ........................................................ 183 
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 184 
 
6 
 
 
 
Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
 
ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
A organização da Justiça Do Trabalho apresenta aspectos comuns e peculiares em relação aos 
demais tribunais do Poder Judiciário, e sempre é bom ficar atento para isso, para evitar deslizes na 
prova. Como aspectos peculiares da Justiça do Trabalho temos os seguintes (MARTINS, 2014, p. 76): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 ÓRGÃOS QUE COMPÕE A JT (ART. 111 DA CF) 
 
a) Tribunal Superior do Trabalho –TST (Brasília): 27 ministros, escolhidos entre 
brasileiros com mais de 35 anos e menores de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após 
aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal. É composto pelo Tribunal Pleno, Órgão especial, 
Seção Especializadas em Dissídios Coletivos, Seção Especializada em Dissídios Individuais e Turmas. 
 
b) Tribunais Regionais do Trabalho – TRTs (região): no mínimo 7 juízes 
recrutados e nomeados pelo Presidente da República, entre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 
anos. ACD274251 ALH54321 
 
c) Juízes do Trabalho (Varas do Trabalho); 
 
1.2 COMPETÊNCIA DA JT – ART. 114 CF 
 
 
 
 
 
 
01
 
 
 
7 
 
 
 
Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Após saber como é composta a JT, necessário se faz analisar quais as demandas que poderão 
ser apreciadas nessa justiça, e, para tanto, o art. 114 da CF nos dá as diretrizes necessárias: 
 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
 I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e 
trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; 
IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato 
questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; 
V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, 
ressalvado o disposto no art. 102, I, o; 
VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da 
relação de trabalho; 
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos 
empregadores pelos órgãos de fiscalização das relaçõesde trabalho; 
VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, 
a , e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
 
 
 Ver também art. 678 (competência dos TRTs). 
 Juiz de Direito – localidades onde não haja vara do trabalho - art.112 da CF: A lei criará varas 
da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la 
aos juízes de direito, com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho. 
 
Assim, inicialmente, atente que a JT é competente para dirimir as questões relativa 
à relação de trabalho e não somente a relação de emprego. 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
 
 
Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
 
a) COMPETÊNCIA MATERIAL: 
 
É competente para processar e julgar ações que envolvem exercício de direito de greve, 
inclusive ações possessórias, a teor da Súmula Vinculante 23 do STF: 
 
Súmula Vinculante 23 STF: “A Justiça do Trabalho é competente para 
processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do 
direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.” 
 
 É competente também para processar e julgar ações sobre representação sindical. Nessa 
situação enquadram-se disputas de base territorial de representação de categoria. 
 Incluem-se ainda os Habeas Corpus, Habeas Datas e Mandado de Segurança, quando 
o ato questionado envolver a matéria sujeita à sua jurisdição. 
 Ações de indenização por dano moral ou patrimonial também se incluem na competência 
da Justiça do Trabalho. 
 
Súmula nº 392 do TST 
DANO MORAL E MATERIAL. RELAÇÃO DE TRABALHO. 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO (redação alterada em 
sessão do Tribunal Pleno realizada em 27.10.2015) - Res. 
200/2015, DEJT divulgado em 29.10.2015 e 03 e 04.11.2015 
Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça 
do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por 
dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as 
oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que 
propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. 
 
Súmula Vinculante 22 do STF 
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de 
indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de 
trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas 
que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da 
promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04. 
 
Súmula nº 368 do TST 
DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. 
RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO 
(redação do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada 
em 16.04.2012) - Res. 181/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 
23.04.2012 
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o 
recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do 
Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, 
limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos 
valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de 
contribuição. (ex-OJ nº 141 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998 ) 
II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições 
previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de 
9 
 
 
 
Curso Preparatório para OAB 2ª Fase – Área Trabalhista 
Profs. Cleize C. Kohls e Luiz Henrique M. Dutra 
 
condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à incidência dos 
descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 
22/12/1988, com a redação dada pela Lei nº 12.350/2010. 
III - Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração 
encontra-se disciplinado no art. 276, §4º, do Decreto n º 3.048/1999 que 
regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição do 
empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, 
aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo 
do salário de contribuição. (ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas, 
respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001) 
 
 
Súmula nº 454 do TST 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE OFÍCIO. 
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO SEGURO DE ACIDENTE DE 
TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I, “A”, DA 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. (conversão da Orientação 
Jurisprudencial nº 414 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT 
divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 
Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição 
referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de 
contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), 
pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do 
empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 
8.212/1991). 
 
 
OJ 376 SDI-I 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO HOMOLOGADO EM 
JUÍZO APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA 
CONDENATÓRIA. INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR 
HOMOLOGADO. (DEJT divulgado em 19, 20 e 22.04.2010) É devida a 
contribuição previdenciária sobre o valor do acordo celebrado e homologado 
após o trânsito em julgado de decisão judicial, respeitada a 
proporcionalidade de valores entre as parcelas de natureza salarial e 
indenizatória deferidas na decisão condenatória e as parcelas objeto do 
acordo. 
 
OJ 398 SDI-I 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO HOMOLOGADO EM 
JUÍZO SEM RECONHECIMENTO DE VÍNCULO DE EMPREGO. 
CONTRIBUINTE INDIVIDUAL. RECOLHIMENTO DA ALÍQUOTA DE 
20% A CARGO DO TOMADOR E 11% A CARGO DO PRESTADOR DE 
SERVIÇOS. (DEJT divulgado em 02, 03 e 04.08.2010) 
Nos acordos homologados em juízo em que não haja o reconhecimento de 
vínculo empregatício, é devido o recolhimento da contribuição 
previdenciária, mediante a alíquota de 20% a cargo do tomador de serviços 
e de 11% por parte do prestador de serviços, na qualidade de contribuinte 
individual, sobre o valor total do acordo, respeitado o teto de contribuição. 
Inteligência do § 4º do art. 30 e do inciso III do art. 22, todos da Lei n.º 
8.212, de 24.07.1991. 
 
Súmula nº 401 do TST 
AÇÃO RESCISÓRIA. DESCONTOS LEGAIS. FASE DE EXECUÇÃO. 
SENTENÇA EXEQÜENDA OMISSA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À 
10 
 
 
 
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COISA JULGADA (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 81 da 
SBDI-2) - Res. 137/2005 – DJ 22, 23 e 24.08.2005 
Os descontos previdenciários e fiscais devem ser efetuados pelo juízo 
executório, ainda que a sentença exequenda tenha sido omissa sobre a 
questão, dado o caráter de ordem pública ostentado pela norma que os 
disciplina. A ofensa à coisa julgada somente poderá ser caracterizada na 
hipótese de o título exequendo, expressamente, afastar a dedução dos 
valores a título de imposto de renda e de contribuição previdenciária. (ex-OJ 
nº 81 da SBDI-2 - inserida exequendo, expressamente, afastar a dedução 
dos valores a título de imposto de renda e de contribuição previdenciária. 
 
 
Ainda: 
Indenização pelo não fornecimento de guias para encaminhar seguro desemprego – S. 389, I, TST 
Cadastramento no PIS – S. 300 TST 
 
b) COMPETÊNCIA TERRITORIAL 
 
Sabendo que uma demanda é de competência material da JT, o segundo passo será 
investigar qual será a competência territorial (local para ajuizamento da ação). Para analisar a 
competência territorial é necessária a análise do art. 651 da CLT: 
 
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamentoé 
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, 
prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro 
local ou no estrangeiro. 
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a 
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência 
ou filial e a está o empregado esteja subordinado e, na falta, será 
competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou 
a localidade mais próxima. 
 § 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida 
neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no 
estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção 
internacional dispondo em contrário. 
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades 
fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado 
apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no da 
prestação dos respectivos serviços. 
 
 
 
11 
 
 
 
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1.3 MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
 
 A CLT é omissa sobre a modificação de competência, aplicando-se, por isso, o CPC. 
 A competência da Justiça do Trabalho pode ser modificada por prorrogação, conexão, 
continência e prevenção. 
 
Prorrogação – a competência pode ser prorrogada se o réu não opuser exceção declinatória de foro 
(territorial) no prazo legal. 
Conexão - Conforme Art. 55 do CPC, reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for 
comum o pedido ou a causa de pedir. A competência relativa pode ser modificada pela conexão. 
Continência - Conforme Art. 56 do CPC, há continência entre 2 (duas) ou mais ações quando 
houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais amplo, 
abrange o das demais 
Prevenção – O juiz prevento será o que primeiro despachar. Observe-se as normas do CPC a 
respeito do tema: 
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no juízo 
prevento, onde serão decididas simultaneamente. 
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo. 
Com relação à distribuição por dependência, o CPC estabelece que: 
Art. 286. Serão distribuídas por dependência as causas de qualquer 
natureza: 
I - quando se relacionarem, por conexão ou continência, com outra já 
ajuizada; 
II - quando, tendo sido extinto o processo sem resolução de mérito, for 
reiterado o pedido, ainda que em litisconsórcio com outros autores ou que 
sejam parcialmente alterados os réus da demanda; 
III - quando houver ajuizamento de ações nos termos do art. 55, § 3o, ao 
juízo prevento. 
 
Atenção: não se admite o foro de eleição em razão da hipossuficiência econômica do empregado e o 
art. 651 visa facilitar o acesso do empregado/trabalhador a JT. 
 
1.4 CONFLITOS DE COMPETÊNCIA: 
 
O conflito de competência se dá quando houver dois tribunais ou juízes dizendo-se 
competentes ou incompetentes para apreciar determinada demanda. 
 Para a análise deste tema é indispensável a análise dos seguintes dispositivos da Constituição 
Federal e da CLT: 
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CLT: 
CLT - Art. 803 - Os conflitos de jurisdição podem ocorrer entre: 
a) Juntas de Conciliação e Julgamento e Juízes de Direito investidos na 
administração da Justiça do Trabalho; 
b) Tribunais Regionais do Trabalho; 
c) Juízos e Tribunais do Trabalho e órgãos da Justiça Ordinária; 
d) Câmaras do Tribunal Superior do Trabalho 
 
 
Assim, podemos ter conflitos de: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 808 - Os conflitos de jurisdição de que trata o art. 803 serão resolvidos: 
a) pelos Tribunais Regionais, os suscitados entre Juntas e entre Juízos de 
Direito, ou entre uma e outras, nas respectivas regiões; 
b) pela Câmara de Justiça do Trabalho, os suscitados entre Tribunais 
Regionais, ou entre Juntas e Juízos de Direito sujeitos à jurisdição de 
Tribunais Regionais diferentes; 
c) pelo Conselho Pleno, os suscitados entre as Câmaras de Justiça do 
Trabalho e de Previdência Social; 
d) pelo Supremo Tribunal Federal, os suscitados entre as autoridades da 
Justiça do Trabalho e as da Justiça Ordinária. 
 
Constituição Federal: 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o 
disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não 
vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda 
da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
o) os conflitos de competência entre o Superior Tribunal de Justiça e 
quaisquer tribunais, entre Tribunais Superiores, ou entre estes e qualquer 
outro tribunal; 
 
Também importante observar que: 
 
Súmula n. 420 do TST 
COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO. TRT E VARA DO 
TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO 
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(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 115 da SBDI-2) - Res. 
137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005 
Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do 
Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada. (ex-OJ nº 115 da SBDI-2 - DJ 
11.08.2003) 
 
AÇÃO 
 
 
2.1 CLASSIFICAÇÕES DAS AÇÕES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.2 ELEMENTOS DA AÇÃO 
 
 
 
 
 
PRINCÍPIOS 
 
O Direito Processual do Trabalho possui princípios próprios que irão regular todas as regras 
que tratam deste ramo do direito, ao qual citamos os seguintes: 
 
a) Jus postulandi: Significa que, na Justiça do Trabalho, as partes podem litigar 
pessoalmente, sem patrocínio de advogados. O art. 133 da CF/88 não revogou a CLT. O TST já se 
pronunciou sobre o assunto, firmando esse entendimento. Localiza-se na CLT, arts. 791, 839, a, 840 e 
846. 
De acordo com a Súmula n. 425 do TST, o Jus Postulandi se restringe as Varas do 
Trabalho e Tribunais Regionais do Trabalho, não abrangendo as instâncias extraordinárias. 
 
Súmula n. 425 do TST. Jus Postulandi na Justiça do Trabalho. 
Alcance. 
03
 
 
 
02
 
 
 
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O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às 
Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a 
ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de 
competência do Tribunal Superior do Trabalho. 
 
b) Ultrapetição da sentença: Em alguns casos, e exatamente porque admite o jus 
postulandi, a sentença trabalhista pode conceder além do pedido. Caso típico é aquele em que o 
empregado reclama verbas rescisórias que decorrem de uma relação de emprego que não é 
reconhecida pelo empregador. Nesse caso, reconhecida por sentença a relação de emprego, o juiz 
pode condenar a empresa, de ofício, a anotar a CTPS do empregado; ainda que não tenha sido 
pedida a dobra das verbas salariais incontroversas, o juiz poderá determiná-la na sentença, ante o 
comando imperativo do art. 467 da CLT. Ver, também, os arts. 484 e 496 da CLT. 
 
c) Oralidade: prevalência da palavra como meio de expressão. A oralidade pressupõe outro 
princípio: imediação ou imediatidade, isto é, o contato direto do juiz com as partes e com as provas. 
No direito comum,a aplicação desse princípio impõe a identidade física do juiz, isto é, determina que 
o juiz que haja presidido à instrução, isto é, assistido a produção das provas, em contato pessoal com 
as partes, testemunhas, peritos julgue a causa. As impressões colhidas pelo juiz no contato direto 
com as partes, provas e fatos são elementos decisivos no julgamento. Localiza-se na CLT, art. 840, § 
2º, 846, 848 e 850. 
 
d) Pagamento imediato das parcelas salariais incontroversas: Impõe pesados 
encargos ao empregador que protela pagamento de verbas salariais incontroversas. O art. 467 da CLT 
manda pagar em dobro as verbas salariais incontroversas. Lembrem-se: não é qualquer verba que se 
pode dobrar; apenas as de natureza jurídica salarial e, mesmo assim, se incontroversas. Aviso prévio, 
férias, 13º salário, FGTS, vale-transporte, seguro-desemprego, horas extras não têm natureza salarial, 
e, portanto, não se dobram. Localiza-se na CLT, art. 467. 
 
e) Irrecorribilidade das interlocutórias: visa impedir, tanto quanto possível, 
interrupções da marcha processual; motivadas por recursos opostos pelas partes das decisões do juiz. 
A matéria fica imune à preclusão, sendo apreciada depois, pelo Tribunal. Atende ao princípio da 
celeridade processual. Localiza-se na CLT, arts. 799, § 2º e 893, § 1º. 
 
f) Celeridade: Significa que todos os sujeitos processuais (partes, advogado, juízes, 
auxiliares, perito, intérprete, testemunhas etc.) devem agir de modo a que se chegue rapidamente ao 
deslinde da controvérsia com o menor dispêndio de atos, energia e custo e com o maior grau de 
justiça e de segurança na entrega da prestação jurisdicional. Localiza-se na CLT, arts. 765, 768 (nos 
casos de falência) e 843 a 852. 
 
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3.1 FONTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NULIDADES 
 
 Conforme a gravidade, as irregularidades ou vícios processuais são classificados, sendo 
possível estabelecer quatro grupos, conforme LEITE (2012, p. 385): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Interessa em especial para esse estudo: 
 
 
 
 
4.1 ABSULUTA 
 
04
 
 
 
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A nulidade absoluta é imposta quando determinado ato fere norma fundamentada no 
interesse público, de ordem pública absoluta. As partes não têm o poder de dispor em relação a um 
interesse público e, se assim o fizerem, restará configurada a nulidade absoluta, ou seja, mesmo 
estando às partes de acordo com o ato praticado, versando este sobre norma de interesse público, de 
ordem pública absoluta, estará presente tal nulidade. Esta nulidade compromete todo o processo. 
Como exemplo de fato que acarretaria a nulidade absoluta podemos citar as regras de competência 
funcional. Caso as partes não observem tais regras haverá a nulidade absoluta. Desta forma, se o juiz 
não decretar esta nulidade de ofício, o processo estará viciado pela nulidade absoluta e, por isso, não 
poderá ser apreciado pelo juízo incompetente. 
 
4.2 RELATIVA 
 
Já a nulidade relativa representa um vício sanável, posto que decorre da ofensa ao 
interesse da parte, isto é, quando a norma desrespeitada tiver por base o interesse da parte e não o 
público. Sendo assim, esta nulidade desaparecerá se a parte interessada sanar o vício que a 
determina. Por exemplo, não estando a parte devidamente representada, o juiz designará um prazo 
para que este vício seja sanado e, o sendo, o processo prosseguirá normalmente. 
É importante lembrar que a nulidade só será declarada se houver prejuízo para uma das 
partes, e deve ter provocação da parte na primeira oportunidade de tiver de falar nos autos. 
 
Dispositivos legais – CLT - sobre nulidades: 
 
Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só 
haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às 
partes litigantes. 
 
Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante 
provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que 
tiverem de falar em audiência ou nos autos. 
§ 1º Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em 
incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos 
decisórios. 
§ 2º O juiz ou Tribunal que se julgar incompetente determinará, na mesma 
ocasião, que se faça remessa do processo, com urgência, à autoridade 
competente, fundamentando sua decisão. 
 
Art. 796 - A nulidade não será pronunciada: 
a) quando for possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; 
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa. 
 
Art. 797 - O juiz ou Tribunal que pronunciar a nulidade declarará os atos a 
que ela se estende. 
 
Art. 798 - A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele 
dependam ou sejam consequência. 
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 Lembrar que se aplicam os princípios da instrumentalidade das formas, prejuízo ou 
transcendência, convalidação ou preclusão, economia e celeridade processual, interesse e utilidade. 
 
Súmula sobre o assunto: 
 
Súmula nº 427 do TST 
INTIMAÇÃO. PLURALIDADE DE ADVOGADOS. PUBLICAÇÃO EM NOME DE 
ADVOGADO DIVERSO DAQUELE EXPRESSAMENTE INDICADO. NULIDADE 
(editada em decorrência do julgamento do processo TST-IUJERR 5400-
31.2004.5.09.0017) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 
31.05.2011 
Havendo pedido expresso de que as intimações e publicações sejam 
realizadas exclusivamente em nome de determinado advogado, a 
comunicação em nome de outro profissional constituído nos autos é nula, 
salvo se constatada a inexistência de prejuízo. 
 
 
DAS PARTES E PROCURADORES 
 
Polo ativo X Polo passivo 
 
5.1 CAPACIDADE POSTULATÓRIA: 
 
Diferente do Processo Civil, no Processo do Trabalho, nos termos do artigo 791 e 839, “a”, da 
CLT, o empregador e empregador também tem capacidade postulatória, isto é, podem demandar na 
Justiça do Trabalho, princípio do jus postulandi. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Litisconsórcio: quando duas ou mais pessoas figuram no polo ativo e/ou no polo passivo da lide. 
Lembrar das regras de litisconsórcio previstas no CPC: 
 
a) Litisconsórcio necessário: Art. 114 CPC 
- por disposição de lei 
05
 
 
 
18 
 
 
 
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- em razão da natureza da relação jurídica controvertida a eficácia da sentença depende da citação de 
todos que devam ser litisconsortes 
 
b) Litisconsórcio unitário: art. 116 CPC 
- quando o juiz precisar decidir de modo uniforme para todos os litisconsortes 
 
c) Número excessivo de litisconsortes: poderá o juiz limitar o litisconsórcio 
facultativo quando o número de litigantes comprometer a rápida solução do litígio ou dificultar a 
defesa e o cumprimento da sentença. 
 Na CLT encontramos que: Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção 
do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência 
necessária ao esclarecimento delas (Art. 765). 
 
Prazo em Dobro: não aplicação por força da OJ 310: 
 
OJ 310 SDI-I LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. 
PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 2015. 
ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO DO 
TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 
208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 
Inaplicávelao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 
1º e 2º, do CPC de 
 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de incompatibilidade com a 
celeridade que lhe é inerente. 
Ações Plúrimas: Sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser 
acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou 
estabelecimento (Art. 842 CLT). 
 
 
5.2 DAS PARTES E REPRESENTANTES 
 
a) Representação x assistência: A representação ocorre para os absolutamente 
incapazes (art. 3º do CC), já a assistência para os relativamente incapazes (art. 4º do CC). 
 
 Art. 793 – CLT- A reclamação trabalhista do menor de 18 anos será feita 
por seus representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da 
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Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou 
curador nomeado em juízo. 
 
b) Pessoas jurídicas (NCPC, art. 75, VIII): Terão representantes designados nos 
estatutos ou, se não designado, por seus diretores. 
 
c) Pessoas jurídicas de direito público: 
 
 
 
 
 
 
 
OJ 318 SDI1 TST 
REPRESENTAÇÃO IRREGULAR. AUTARQUIA. DJ 11.08.03 
Os Estados e os Municípios não têm legitimidade para recorrer em nome das 
autarquias detentoras de personalidade jurídica própria, devendo ser 
representadas pelos procuradores que fazem parte de seus quadros ou por 
advogados constituídos. 
 
d) Advogado 
 
 Sobre o advogado encontramos na CLT, mencionando que A constituição de 
procurador com poderes para o foro em geral poderá ser efetivada, mediante simples 
registro em ata de audiência, a requerimento verbal do advogado interessado, com 
anuência da parte representada (art. 791,§3). 
 Ademais a súmula 436 estabelece como será a representação processual da União, 
Estados, Municípios e Distrito Federal: 
 
 
Súmula nº 436 do TST 
REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PROCURADOR DA UNIÃO, ESTADOS, 
MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL, SUAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES 
PÚBLICAS. JUNTADA DE INSTRUMENTO DE MANDATO (conversão da 
Orientação Jurisprudencial nº 52 da SBDI-I e inserção do item II à redação) 
- Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
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I - A União, Estados, Municípios e Distrito Federal, suas autarquias e 
fundações públicas, quando representadas em juízo, ativa e passivamente, 
por seus procuradores, estão dispensadas da juntada de instrumento de 
mandato e de comprovação do ato de nomeação. 
II - Para os efeitos do item anterior, é essencial que o signatário ao 
menos declare-se exercente do cargo de procurador, não bastando a 
indicação do número de inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil. 
 
 
Já a Súmula 395 estabelece regras sobre mandato e substabelecimento, sendo importante 
lembrar que o advogado atua por instrumento de mandato (procuração), sendo que pode 
substabelecer (com ou sem reserva) os poderes que lhe foram outorgados. 
 
Súmula nº 395 do TST 
MANDATO E SUBSTABELECIMENTO. CONDIÇÕES DE VALIDADE (conversão 
das Orientações Jurisprudenciais nºs 108, 312, 313 e 330 da SBDI-1) - Res. 
129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
I - Válido é o instrumento de mandato com prazo determinado que contém 
cláusula estabelecendo a prevalência dos poderes para atuar até o final da 
demanda. (ex-OJ nº 312 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) 
II - Diante da existência de previsão, no mandato, fixando termo para sua 
juntada, o instrumento de mandato só tem validade se anexado ao processo 
dentro do aludido prazo. (ex-OJ nº 313 da SBDI-1 - DJ 11.08.2003) 
III - São válidos os atos praticados pelo substabelecido, ainda que não haja, 
no mandato, poderes expressos para substabelecer (art. 667, e parágrafos, 
do Código Civil de 2002). (ex-OJ nº 108 da SBDI-1 - inserida em 
01.10.1997) 
IV - Configura-se a irregularidade de representação se o substabelecimento 
é anterior à outorga passada ao substabelecente. (ex-OJ nº 330 da SBDI-1 - 
DJ 09.12.2003) 
 
 
 
 
 
 
 
Cuidado se a questão versar sobre a juntada de procuração na fase recursal, pois para tanto 
deve-se observar o que determina a súmula 383 do TST: 
 
 
 
 
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RECURSO. MANDATO. IRREGULARIDADE DE REPRESENTAÇÃO. CPC DE 
2015, ARTS. 104 E 76, § 2º (nova redação em decorrência do CPC de 2015) 
- Res. 210/2016, DEJT divulgado em 30.06.2016 e 01 e 04.07.2016 
I – É inadmissível recurso firmado por advogado sem procuração juntada 
aos autos até o momento da sua interposição, salvo mandato tácito. Em 
caráter excepcional (art. 104 do CPC de 2015), admite-se que o advogado, 
independentemente de intimação, exiba a procuração no prazo de 5 (cinco) 
dias após a interposição do recurso, prorrogável por igual período mediante 
despacho do juiz. Caso não a exiba, considera-se ineficaz o ato praticado e 
não se conhece do recurso. 
II – Verificada a irregularidade de representação da parte em fase recursal, 
em procuração ou substabelecimento já constante dos autos, o relator ou o 
órgão competente para julgamento do recurso designará prazo de 5 (cinco) 
dias para que seja sanado o vício. Descumprida a determinação, o relator 
não conhecerá do recurso, se a providência couber ao recorrente, ou 
determinará o desentranhamento das contrarrazões, se a providência couber 
ao recorrido (art. 76, § 2º, do CPC de 2015). 
 
Assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) Sucessão das partes no Processo do Trabalho: acontece quando há a extinção da 
pessoa natural (morte), que será pelo espólio; ou sucessão de empresas quando há transferência 
para outra empresa ou alteração na sua estrutura jurídica (art. 10 e 448 da CLT). 
 
f) Substituição processual: possibilidade de alguém estar em juízo postulando em nome 
alheio. Sindicato: art. 8º, III, CF 
 
5.3 HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (SÚMULA 219 DO TST): 
Os honorários na Justiça do Trabalho não derivam da mera sucumbência, pois é preciso que 
sejam preenchidos dois requisitos: 
a) estar assistida por sindicato da categoria profissional; 
b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em 
situação econômica que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva 
família; 
22 
 
 
 
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Tais requisitos são elencados pela súmula 219 do TST: 
 
Súmula nº 219 do TST 
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. CABIMENTO (alterada a redação do 
item I e acrescidos os itens IV a VI em decorrência do CPC de 
2015) - Res. 204/2016, DEJT divulgado em 17, 18 e 21.03.2016 
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários 
advocatícios não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a 
parte, concomitantemente: a) estar assistida por sindicato da categoria 
profissional; b) comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do 
salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica que não lhe permita 
demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. 
(art.14,§1º, da Lei nº 5.584/1970). (ex-OJ nº 305da SBDI-I). 
II - É cabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em 
ação rescisória no processo trabalhista. 
III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente 
sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da 
relação de emprego. 
IV – Na ação rescisória e nas lidesque não derivem de relação de emprego, 
a responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatícios da 
sucumbência submete-se à disciplina do Código de Processo Civil (arts. 85, 
86, 87 e 90). 
V - Em caso de assistência judiciária sindical ou de substituição processual 
sindical, excetuados os processos em que a Fazenda Pública for parte, os 
honorários advocatícios são devidos entre o mínimo de dez e o máximo de 
vinte por cento sobre o valor da condenação, do proveito econômico obtido 
ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa (CPC 
de 2015, art. 85, § 2º). 
VI - Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, aplicar-se-ão os 
percentuais específicos de honorários advocatícios contemplados no Código 
de Processo Civil. 
 
Fique atendo com a possibilidade de honorários pela mera sucumbência, também previstas na referida 
súmula: 
 
 
 
 
 
 
 
5.4 ASSITÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUÍTA 
 
a) Assistência Judiciária Gratuita: direito da parte de ter um advogado do Estado 
gratuitamente, bem como estar isenta das despesas e taxas. 
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No Processo do Trabalho, a Assistência Judiciária Gratuita está disciplinada no art. 14, § 1º, 
da Lei n. 5.584/70: 
 
Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei 
nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo Sindicato da 
categoria profissional a que pertencer o trabalhador. 
§ 1º A assistência é devida a todo aquele que perceber salário igual ou 
inferior ao dobro do mínimo legal, ficando assegurado igual benefício ao 
trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica 
não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. 
§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado 
fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e Previdência 
Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 
(quarenta e oito) horas. 
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o 
atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da circunscrição onde 
resida o empregado. 
 
b) Assistência Gratuita: direito à gratuidade de taxas, custas, emolumentos, honorários 
de perito, etc. 
 
c) Requisitos: declaração de miserabilidade, ou percepção de salário não superior a dois 
mínimos. 
 
OJ 331 da SDI-I TST: “Desnecessária a outorga de poderes especiais ao 
patrono da causa para firmar declaração de insuficiência econômica, 
destinada à concessão dos benefícios da Justiça Gratuita”. 
 
 CLT, no art. 790, § 3 º - O juiz pode conceder de ofício: 
 
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do 
trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o 
benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, 
àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, 
ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar 
as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. 
 
 
d) O benefício da Justiça gratuita deve ser requerido: na inicial ou na defesa, 
mas é importante lembrar da OJ 269 da SDI-I do TST: 
 
JUSTIÇA GRATUITA. REQUERIMENTO DE ISENÇÃO DE DESPESAS 
PROCESSUAIS. MOMENTO OPORTUNO (inserida em 27.09.2002) 
O benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou 
grau de jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento 
formulado no prazo alusivo ao recurso. 
 
 
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e) CUSTAS: 
 
 Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos do trabalho, nas ações e 
procedimentos de competência da Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas 
perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição trabalhista, as custas relativas ao 
processo de conhecimento incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo de 
R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e serão calculadas: 
 I – quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; 
 II – quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente 
improcedente o pedido, sobre o valor da causa; 
 III – no caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação 
constitutiva, sobre o valor da causa; 
 IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. 
 
 
RITOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
Na justiça do trabalho temos 3 ritos, a saber: 
a) Sumário 
b) Sumaríssimo 
c) Ordinário 
 
Basicamente, a principal diferença entre eles se dá quanto ao valor da causa, pois no sumário 
são possíveis demandas de até 2 Salários Mínimos, no Sumaríssimo de até 40 Salários Mínimos e no 
Ordinário as demandas que ultrapassam esse valor, ou que por algum outro motivo não possam ser 
processadas pelos outros dois ritos. 
 
6.1 RITO SUMARÍSSIMO 
 
O procedimento sumaríssimo foi introduzido no processo do trabalho pelo advento da Lei 
n. 9.957, de 12-1-2000, que incluiu os arts. 852-A a 852-I na CLT. 
Segundo o diploma consolidado alterado, os dissídios individuais cujo valor não exceda a 
quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da ação serão processados pelo 
rito sumaríssimo (CLT, art. 852-A). 
 
a) PETIÇÃO INICIAL 
 
06
 
 
 
25 
 
 
 
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Muita atenção com a petição inicial pelo rito sumaríssimo, pois a CLT elenca alguns requisitos 
específicos para ela: 
 
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo: 
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor 
correspondente; 
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor à correta 
indicação do nome e endereço do reclamado; 
 
 
Então, não poderá a parte atribuir pedidos sem especificar o valor correspondente (a 
calcular), e tampouco poderá pedir a citação por edital. Isso porque, o § 1º refere que não 
atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento 
da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. 
Ainda, consoante o § 2º, as partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de 
endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local 
anteriormente indicado, na ausência de comunicação. 
E, no inciso III encontramos o prazo de apreciação da reclamação feita por esse rito: 
 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze 
dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se 
necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e 
Julgamento. 
 
 
b) AUDIÊNCIA 
Outro detalhe importante, quando tratado sobre o rito sumaríssimo, diz respeito a audiência, 
pois nesse caso será UMA. 
 
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e 
julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, 
que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular. 
 
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as 
provas a serem produzidas, considerado o ônus probatório de cada litigante, 
podendo limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou 
protelatórias, bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de 
experiência comum ou técnica. 
 
Sempre se iniciará a audiênciacom o questionamento das artes sobre a possibilidade de 
conciliação, sendo que não sendo obtido acordo passara para a produção das provas. 
 
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes presentes sobre as 
vantagens da conciliação e usará os meios adequados de persuasão para a 
solução conciliatória do litígio, em qualquer fase da audiência. 
 
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Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos 
essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis à 
solução da causa trazidas pela prova testemunhal. 
 
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e exceções que 
possam interferir no prosseguimento da audiência e do processo. As demais 
questões serão decididas na sentença. 
 
Por fim, quanto a audiência nesse rito, é importante ficar atento ao número de testemunhas 
por parte, que será de apenas 2 (duas), e que estas deverão comparecer ao ato independentemente 
de intimação. 
Lembre-se que no processo do trabalho são “elementos surpresas”, por isso não são 
arroladas. Somente se provado o convite e a testemunha não comparecer será deferida a intimação. 
 
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e 
julgamento, ainda que não requeridas previamente. 
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-
á imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo 
absoluta impossibilidade, a critério do juiz. 
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte, comparecerão 
à audiência de instrução e julgamento independentemente de intimação. 
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente 
convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha 
intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. 
 
É possível a produção de prova técnica, mas somente quando a prova do fato efetivamente 
exigir, primando-se sempre pela celeridade. 
 
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for legalmente imposta, 
será deferida prova técnica, incumbindo ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o 
objeto da perícia e nomear perito. 
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo, no prazo 
comum de cinco dias. 
 
 E, sendo a audiência interrompida (intimação de testemunha ou outro motivo) a solução do 
processo deve se dar no máximo em 30 dias. 
 
§ 7º Interrompida a audiência, o seu prosseguimento e a solução do 
processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo 
relevante justificado nos autos pelo juiz da causa. 
 
c) SENTENÇA 
 
 Não diferentemente, este rito também traz peculiaridades para a sentença, em especial por 
dispensar o relatório e que a intimação das partes se dará na própria audiência (quando for a 
sentença prolatada neste ato). 
 
27 
 
 
 
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Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, 
com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o 
relatório. 
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e 
equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as exigências do bem 
comum. 
§ 3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que 
prolatada 
 
 
 
Não esquecer: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6.2 RITO ORDINÁRIO 
 
O procedimento ordinário dos dissídios individuais, no processo trabalhista, está regulado, de 
forma esparsa entre o art. 763 e o art. 852 da CLT. As reclamatórias trabalhistas que se submetem 
ao rito ordinário são as de valores que ultrapassem 40 (quarenta) salários mínimos, na data de seu 
ajuizamento. 
No rito ordinário deve ocorrer obrigatoriamente 2 audiências: de conciliação e de instrução. 
 
a) INICIAL 
 
 A petição inicial tem regramentos específicos na CLT, bem como disposições que lhe 
são aplicáveis subsidiariamente encontrados no CPC. 
 Primeiramente, lembre-se que junto com a petição inicial devem ser juntados os 
documentos necessários para a propositura da ação (ex: CTPS, contrato de trabalho, 
documentos pessoais, atestados, etc). 
 
Art. 320 NCPC - A petição inicial será instruída com os documentos 
indispensáveis à propositura da ação. 
28 
 
 
 
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Art. 434 NCPC- Compete à parte instruir a petição inicial ou a resposta 
com os documentos destinados a provar-lhe as alegações. 
 
 A CLT mantém o dispositivo que trata da formulação da petição inicial em duas vias, sendo 
uma necessária para se proceder a notificação. Frisa-se contigo a dispensa, no caso de processo 
eletrônico. 
 
Art. 787 CLT- A reclamação escrita deverá ser formulada em duas vias e 
desde logo acompanhada dos documentos em que se fundar. 
 
Art. 830 CLT- O documento oferecido para prova só será aceito se estiver 
no original ou em certidão autêntica, ou quando conferida a respectiva 
pública-forma ou cópia perante o juiz ou tribunal. 
 
 O artigo mais importante e que deve ser observado quando a questão tratar do assunto, ou 
na hora da elaboração de uma inicial é o art. 840: 
 
Art. 840 CLT- A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do 
presidente da Junta, ou do juiz de Direito, a quem for dirigida, a qualificação 
do reclamante e do reclamado, uma breve exposição dos fatos de que 
resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu 
representante legal". 
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas 
e assinadas pelo escrivão ou chefe de secretaria, observado, no que couber, 
o disposto no parágrafo anterior. 
 
As partes, conforme dispõe o art. 840 da CLT, poderão realizar a petição inicial na forma 
oral, observando o seguinte: 
 
Art. 731 CLT - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor reclamação 
verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido no parágrafo único do art. 
786, à Junta ou Juízo para fazê-lo tomar por termo, incorrerá na pena de 
perda, pelo prazo de 6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça 
do Trabalho. 
 
Art. 732 CLT - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o reclamante 
que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao arquivamento de que trata o 
art. 844. 
 
b) Processo Eletrônico 
A Lei 11.419/06 disciplinou o processo eletrônico – Pje. Princípios inspiradores: duração 
razoável do processo, publicidade e acesso à justiça. 
 - Possibilidade de assinatura eletrônico (art. 2ª) 
- prática dos atos pode se dar até as 24 horas (art. 3) 
- envio da contestação antes da audiência (art. 10) 
29 
 
 
 
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Ver também - Resolução 136/14 – Trata do Pje-JT 
 
c) APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CPC 
 
O CPC aplica-se subsidiária e supletivamente, ao Processo do Trabalho, em caso de omissão 
e desde que haja compatibilidade com as normas e princípios do Direito Processual do Trabalho, na 
forma dos arts. 769 e 889 da CLT e do art. 15 da Lei nº 13.105, de 17.03.2015. 
Em razão do novo CPC o TST editou a Instrução Normativa 39, destacando que: 
 
Art. 2° Sem prejuízo de outros, não se aplicam ao Processo do 
Trabalho, em razão de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, os 
seguintes preceitos do Código de Processo Civil: 
I - art. 63 (modificação da competência territoriale eleição de foro); 
II - art. 190 e parágrafo único (negociação processual); 
III - art. 219 (contagem de prazos em dias úteis); 
IV - art. 334 (audiência de conciliação ou de mediação); 
V - art. 335 (prazo para contestação); 
VI - art. 362, III (adiamento da audiência em razão de atraso injustificado 
superior a 30 minutos); 
VII - art. 373, §§ 3º e 4º (distribuição diversa do ônus da prova por 
convenção das partes); 
VIII - arts. 921, §§ 4º e 5º, e 924, V (prescrição intercorrente); 
IX - art. 942 e parágrafos (prosseguimento de julgamento não unânime de 
apelação); 
X - art. 944 (notas taquigráficas para substituir acórdão); 
XI - art. 1010, § 3º(desnecessidade de o juízo a quo exercer controle de 
admissibilidade na apelação); 
XII - arts. 1043 e 1044 (embargos de divergência); 
XIII - art. 1070 (prazo para interposição de agravo). 
 
Art. 3° Sem prejuízo de outros, aplicam-se ao Processo do Trabalho, 
em face de omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de Processo 
Civil que regulam os seguintes temas: 
I - art. 76, §§ 1º e 2º (saneamento de incapacidade processual ou de 
irregularidade de representação); 
II - art. 138 e parágrafos (amicus curiae); 
III - art. 139, exceto a parte final do inciso V (poderes, deveres e 
responsabilidades do juiz); 
IV - art. 292, V (valor pretendido na ação indenizatória, inclusive a fundada 
em dano moral); 
V - art. 292, § 3º (correção de ofício do valor da causa); 
VI - arts. 294 a 311 (tutela provisória); 
VII - art. 373, §§ 1º e 2º (distribuição dinâmica do ônus da prova); 
VIII - art. 485, § 7º (juízo de retratação no recurso ordinário); 
IX - art. 489 (fundamentação da sentença); 
X - art. 496 e parágrafos (remessa necessária); 
XI - arts. 497 a 501 (tutela específica); 
XII - arts. 536 a 538 (cumprimento de sentença que reconheça a 
exigibilidade de obrigação de fazer, de não fazer ou de entregar coisa); 
XIII - arts. 789 a 796 (responsabilidade patrimonial); 
30 
 
 
 
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XIV - art. 805 e parágrafo único (obrigação de o executado indicar outros 
meios mais eficazes e menos onerosos para promover a execução); 
XV - art. 833, incisos e parágrafos (bens impenhoráveis); 
XVI - art. 835, incisos e §§ 1º e 2º (ordem preferencial de penhora); 
XVII - art. 836, §§ 1º e 2º (procedimento quando não encontrados bens 
penhoráveis); 
XVIII - art. 841, §§ 1º e 2º (intimação da penhora); 
XIX - art. 854 e parágrafos (BacenJUD); 
XX - art. 895 (pagamento parcelado do lanço); 
XXI - art. 916 e parágrafos (parcelamento do crédito exequendo); 
XXII - art. 918 e parágrafo único (rejeição liminar dos embargos à 
execução); 
XXIII - arts. 926 a 928 (jurisprudência dos tribunais); 
XXIV - art. 940 (vista regimental); 
XXV - art. 947 e parágrafos (incidente de assunção de competência); 
XXVI - arts. 966 a 975 (ação rescisória); 
XXVII - arts. 988 a 993 (reclamação); 
XXVIII - arts. 1013 a 1014 (efeito devolutivo do recurso ordinário - 
força maior); 
XXIX - art. 1021 (salvo quanto ao prazo do agravo interno). 
 
PETIÇÃO INICIAL 
 
7.1 RECLAMATÓRIA TRABALHISTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMENTÁRIOS: 
 
 Primeiramente é importante dizer que a peça deve ser elaborada com a análise dos 
seguintes artigos: art. 319 do NCPC e art. 840 da CLT 
 
Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. 
§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do 
Presidente da Junta, ou do juiz de direito a quem for dirigida//, a 
qualificação do reclamante e do reclamado,// uma breve exposição 
07
 
 
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dos fatos de que resulte o dissídio//, o pedido//, a data e a 
assinatura do reclamante ou de seu representante. 
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias 
datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, 
o disposto no parágrafo anterior. 
 
7.2 REQUISITOS: (ESTRUTURAÇÃO BÁSICA) 
 
a) Endereçamento: Será à Autoridade competente. Ao autor cabe a indicação do 
juiz ou tribunal competente para processar e julgar a ação que é proposta. Torna-se necessário, pois, 
lembrar as regras de competência previstas no art. Art. 651 da CLT. 
 
 
 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
Ou 
 
 
 
 
 
 
 
d) Qualificação das partes 
 
 
 
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7.3 RESPONSABILIDADE PATRONAL: 
 
a) Sucessão de empregadores: transferência de titularidade de empresa ou 
estabelecimento. 
Art. 10 - CLT - Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa não 
afetará os direitos adquiridos por seus empregados. 
 
Art. 448 – CLT - A mudança na propriedade ou na estrutura jurídica da 
empresa não afetará os contratos de trabalho dos respectivos 
empregados. 
 
A sucessão pode ser legal, quando deve-se incluir apenas a empresa sucessora no polo 
passivo, ou, fraudulenta, quando ambas as empresas devem ser incluídas no polo passivo. Atenção: 
também deve ser tratado na fundamentação. 
 
b) Grupo econômico: caso de responsabilidade solidária, devendo ser incluídas no polo 
passivo (abrindo-se tópico para fundamentação na peça), e é definido pelo art. 2º, §2º da CLT: 
 
Art. 2º - § 2º - CLT - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, 
cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, 
controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial 
ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação 
de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma 
das subordinadas. 
 
Súmula nº 129 do TST 
CONTRATO DE TRABALHO. GRUPO ECONÔMICO (mantida) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003] 
A prestação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo 
econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a 
coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário. 
 
c) Terceirização: situação em que a empresa prestadora do serviço realiza determinado 
serviço para a empresa tomadora (incluir no polo passivo: responsabilidade subsidiária, se for lícita; 
responsabilidade solidária, se for ilícita). 
 
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Súmula nº 331 do TST 
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. LEGALIDADE (nova redação do 
item IV e inseridos os itens V e VI à redação) - Res. 174/2011, DEJT 
divulgado em 27, 30 e 31.05.2011 
I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, 
formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no 
caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). 
II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, 
não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública 
direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). 
III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de 
serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e 
limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do 
tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. 
IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do 
empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços 
quanto àquelas obrigações, desde que haja participado

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