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Direito Processual e Prática Trabalhista - Aulas desde 02-08-22

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Direito Processual e Prática Trabalhista - 
Pesquisa e Prática - 75hs – Turma 169 – 
2022/2 – Prof. Denise Pires Fincato 
 
Aula do dia 02/08/2022 
 
Provas: 
G1: A nota será composta pela seguinte fórmula básica: (P1 + P2) / 2 
= G1 onde P1 TERÁ PESO 4,0 e P2 TERÁ PESO 6,0. 
1. 11/10/2022 - PROVA (P1) 
2. 29/11/2022 - PROVA (P2) 
3. 30/11/2022 - PROVA ESPECIAL (PE) 
4. 07/12/2022 - G2 
5. 09/12/2022 - PRAZO FINAL PARA AUTOAVALIAÇÃO + TDE (para 
arredondamentos) 
Livros: 
GIGLIO, Wagner D. Direito Processual do Trabalho. São 
Paulo: Saraiva, 2012. 
MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho. São 
Paulo: Atlas, 2014. 
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito 
Processual do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2012. 
 
Como bibliografia complementar, além das indicações 
constantes no Plano de Ensino, recomendamos os seguintes 
materiais (todos disponíveis na biblioteca central da PUCRS, 
inclusive no "minha biblioteca" - como e-book - como é o caso 
dos livros 1 e 2): 
1. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do 
trabalho. 19ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. 
2. SANTOS, Enoque Ribeiro dos; FILHO, Ricardo Antonio Bittar 
Hajel. Curso de Direito Processual do Trabalho. 2ª ed. São Paulo: 
Atlas, 2018. 
3. STURMER, Gilberto. Fincato, Denise Pires. A reforma trabalhista 
simplificada: Comentários à lei 13467/2017. 1ª Ed. Porto Alegre: 
EDIPUCRS, 2019. 
4. NAHAS, Thereza Christina; FINCATO, Denise; CAMPOS, Amália 
Rosa de. Prática do Processo do Trabalho. Do presencial ao 
virtual. 1ª Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2020. 
************************************ 
Aula do dia 03/08/2022 
 STF 
 TST (Competência Originária) 
 CD (Competência Derivada) 
 TRT (Competência Originária) 
CD (Competência Derivada) 
 VT (Competência Originária) – Existirão onde for 
necessária que exista 
 JD/SIGA 
CCP 
 
Jus postulandi (Possibilidade que a parte tem em estar sozinha em juízo, sem 
advogado, e sem que isso represente uma irregularidade processual) 
- Trabalhadores (ainda tem os sindicatos) 
- Quem mais sofre com o jus postulandi é o empregador, que não tem 
possibilidade de AJG 
 
Art. 8º CLT – Direito Material (toda vez que a CLT não for suficiente, o art. 8º 
vai dar uma instrução do que fazer). 
769 889 
CLT 
Lei 5.584/70 
CPC 
CLT 
Lei 5.584/70 
LEF 
Leis 
Processuais 
CPC 
Leis 
Processuais 
 
AULA 1: PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO 
Profª Denise Pires Fincato (dpfincato1@gmail.com) 
SENIORES: Carolina Oselame (carolina.Oselame@gmail.com) e Julise Lemonje 
(juliselemonje@hotmail.com) 
JUNIORES: Bóris de Assis (borisassis@gmail.com) e Nicole Della Giustina 
(nicoledellagiustina@gmail.com) 
 
 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO INTRODUÇÃO 
AUTONOMIA CIENTÍFICA DO DIREITO MATERIAL DO TRABALHO 
*processo do trabalho tem sua autonomia 
 
*produção bibliográfica, justiça especializada, lógica própria para apreciação e 
julgamento das controvérsias das relações de trabalho. 
 
*vai observar a relação do trabalho em si: admissão, desligamentos, salários etc. 
= controversas em relação a esse relacionamento de trabalho (seja individual ou 
coletivo). 
 
*pode ser judicial ou extrajudicial 
 
*direito processual é instrumento para as relações controversas de direito 
material. 
 
*junta de conciliação e julgamento = VARA DO TRABALHO 
AUTONOMIA CIENTÍFICA DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 
BREVES NOTAS SOBRE JURISDIÇÃO TRABALHISTA E SUA SITUAÇÃO ATUAL 
*Sentença exarada por juiz de direito (Justiça Estadual) = RECURSO ORDINÁRIO 
 
mailto:juliselemonje@hotmail.com
mailto:nicoledellagiustina@gmail.com
*Juiz singular – VT 
 
*Colegiado – TRT e TST 
 
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO INTRODUÇÃO – 
PRINCIPIOLOGIA 
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO 
PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE 
PRINCÍPIO DA (OU INCENTIVO À) CONCILIAÇÃO 
PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE 
PRINCÍPIO DA CELERIDADE 
PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE 
PRINCÍPIO DA ORALIDADE 
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE 
PRINCÍPIO DA NORMATIVIZAÇÃO COLETIVA 
 
PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO (PROTECIONISMO) 
*Se aplica inequivocadamente nas relações de direito material 
- Hipossuficiente tem direito a uma estrutura e olhar normativo diferente 
*juiz (3º neutro) vai fazer esse equilíbrio, dos que teriam essa relação 
desequilibrada. 
*depósito do preparo recursal – característica de garantia do processo 
(empregador que faz) 
*despesas processuais – empregador que faz 
CONCEITO: "Prevê, com base na hipossuficiência do trabalhador, que o mesmo 
é tratado de forma desigual (protetiva) pela Lei, a fim de dirimir tal disparidade." 
 Direito Material x Direito Processual; 
Alterações oriundas da Lei n.13.467/2017 (depósito recursal e despesas 
processuais) 
 
PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE 
*mantém o jus postulandi funcionando no processo do trabalho 
CONCEITO: (simplicidade das formas) "Prevê que o processo será manejado sem 
excessivas formalidades, dando-se atenção especial à prestação jurisdicional." 
Exemplo: artigo 899, CLT; art. 840, CLT, art. 847 CLT 
 
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO 
*se não constar a oferta da conciliação, há falha no devido processo legal (é 
obrigatório o juiz perguntar se há possibilidade e ofertar as partes) 
*A conciliação pode ser feita a qualquer momento 
*Da conciliação não cabe recurso (exceto terceiros prejudicados) 
CONCEITO: "Prevê que os dissídios trabalhistas sempre serão sujeitos à 
conciliação." 
Exemplo: art. 764 e 831 da CLT Obrigatoriedade: art. 846 e 850 da CLT Art. 2º, 
IV e 14 da IN 39/2016 do TST 
 
PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE 
*as decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato no direito do trabalho 
- Se dá interlocutória resultar em prejuízo processual, poderá no recurso da 
sentença, levantar uma preliminar, levantando nulidade e futuramente 
conseguindo a anulação de algo. 
 - Para evitar a preclusão, deverá fazer um “Protesto 
Antipreclusivo” 
- “Excelência, pode registrar meu protesto em face dessa 
decisão interlocutória...” 
*nulidade se admite como uma exceção processual 
*essas interlocutórias não podem ter característica 
terminativa. 
CONCEITO: "As decisões interlocutórias no processo do trabalho, via de regra, 
são irrecorríveis. " Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias 
Exemplo: art. 893, §1º da CLT e Súmula 214 do TST, art. 799, §2º da CLT 
 Súmula 214 do TST 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - nos termos do art. 893, § 1º 
, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de 
decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial 
do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o 
mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos 
para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o 
disposto no art. 799, § 2º , da CLT 
 
PRINCÍPIO DA CELERIDADE 
CONCEITO: "O processo do trabalho sempre tramitará sob grau de máxima 
celeridade, observada, em especial, a natureza jurídica dos créditos decorrentes 
da ação trabalhista." 
Exemplo: Audiência Una e jus postulandi (art. 791 da CLT) e art. 765 da CLT. 
 Hipóteses de Tramitação Preferencial 
a) Lide em que figurar idoso como parte ou interessado (60 anos ou mais) - art. 71, da Lei 
n.10.741/2003 e art. 1.048, I do CPC; 
b) Lide que versar exclusivamente sobre pagamento de salário - art.652, parágrafo único da CLT; 
c) Lide em que o empregador seja massa falida - art.652, parágrafo único da CLT; 
d) Lide em que portador de doença grave figurar como parte ou interessado - art. 1.048 do CPC; 
e) Lide em que figurar pessoa com deficiência como parte - art. 9° , VII da Lei n° 13.146/2015 
PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE 
CONCEITO: "Ligado ao princípio da instrumentalidadee da oralidade, indica que 
os recursos sejam interpostos por simples petição, evitando formalismos 
extremos como exigidos nos recursos de natureza extraordinária" 
Exemplo: art. 899 da CLT, 841, § 1º, da CLT 
 
PRINCÍPIO DA ORALIDADE 
*parte pode se defender oralmente, as razões finais são orais, partes podem 
sustentar 
CONCEITO: "As partes poderão se manifestar, sempre que possível, na forma 
oral, inclusive para a apresentação de contestação e manifestação em 
audiência." 
Exemplo: Reclamação Verbal (art. 840, caput e §2º da CLT) Defesa oral do 
Reclamada (art. 847 da CLT) e Audiência (contraditas, protestos, razões finais e 
outros) 
 
PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE 
*subsidiariamente vai ter a aplicação de outros diplomas 
CONCEITO: "O processo comum (civil) é fonte subsidiária do Processo do 
Trabalho, aplicando-se ao mesmo supletiva e subsidiariamente." 
Exemplo: art. 769, 889 da CLT e art. 15 CPC IN 39 TST 
 
PRINCÍPIO DA NORMATIVIZAÇÃO COLETIVA 
CONCEITO: "A Justiça do Trabalho pode exercer o poder normativo, que consiste 
no poder de criar normas e condições, através da sentença normativa, gerando 
efeitos que afetam os contratos individuais de trabalho da categoria profissional 
representada pelo sindicato que ajuizou o dissídio coletivo." 
Art. 114, §2º da CF 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=GjZiDrKMNyA 
https://www.youtube.com/watch?v=y7AyzUYBcfg 
******************************* 
AULA DO DIA 09/08/2022 
 
 AULA 2: ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
https://www.youtube.com/watch?v=GjZiDrKMNyA
https://www.youtube.com/watch?v=y7AyzUYBcfg
 
 TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
• Sede em Brasília e jurisdição em todo território nacional; 
• São exatamente 27 Ministros (macete: Trinta Sem Três) nomeados pelo 
Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado 
Federal; 
• Ministros devem ser brasileiros (natos ou naturalizados), com mais de 35 e 
menos de 70 anos de idade; 
• 1/5 dos membros será composto por advogados e membros do MPT, e os 
demais oriundos dos TRTs (art. 111-A da CF); 
• São órgãos do TST: Tribunal Pleno, Órgão Especial, Seção de Dissídios Coletivos, 
Seção de Dissídios Individuais e as Turmas (art. 65, do RI, TST); 
• Funcionam junto ao TST: Escola Nacional da Magistratura Trabalhista 
(ENAMAT) e Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT); 
• A competência do TST é definida pela Lei nº 7.701/88. 
 
TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO 
• Mínimo de 7 juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e 
nomeados pelo Presidente da República (sem sabatina no Senado); 
• Devem ser brasileiros (naturais ou naturalizados) com mais de 30 e menos de 
70 anos de idade – Art. 115, CF; 
• Território dividido em 24 Regiões (TO, AC, RR e AP não tem TRT próprio); 
• Compete ao TRT elaborar seu próprio Regimento Interno – Art. 96, I, “a”, CF; 
Competência para julgamento. 
 
ESTRUTURA DOS TRIBUNAIS REGIONAIS: 
• Tribunal Pleno • Órgão Especial 
• Seção de Dissídios Coletivos – SDC 
• Seção de Dissídios Individuais - 1ª SDI 
• Seção de Dissídios Individuais - 2ª SDI 
• Seção Especializada em Execução - SEEx (TRT4) 
• Turmas Julgadoras 
• CEJUSC 
 
CENTRO JUDICIÁRIO DE MÉTODOS CONSENSUAIS DE SOLUÇÃO DE 
DISPUTAS – CEJUSC* 
• São unidades operacionais voltadas à promoção da autocomposição de 
conflitos, com o intuito de fortalecer as conciliações e mediações em processos 
(Resolução nº 174/2016); 
• Atua em qualquer fase ou instância, salvo ação rescisória, mandado de 
segurança, habeas corpus, dissídios coletivos e ações em que for parte pessoa 
jurídica de direito público. 
• No Rio Grande do Sul existem 5 CEJUSC-JT de 1° Grau (Porto Alegre, Caxias do 
Sul, Passo Fundo, Santa Maria e Pelotas) e 1 CEJUSC-JT de 2° Grau. 
 
VARAS DO TRABALHO 
• Órgãos de primeira instância da Justiça do Trabalho; 
• Competência territorial (jurisdição local): fixada por Lei (art. 650 e seguintes 
da CLT); 
• Competência material: processar e julgar as ações oriundas das relações de 
trabalho, e aquelas que, por exclusão, não sejam da competência originária dos 
Tribunais Trabalhistas (art. 114, CF); 
• Um Juiz de Direito poderá atuar como Juiz do Trabalho nas Comarcas onde não 
houver Vara do Trabalho. O processo tramita na Justiça Comum, mas o recurso 
cabível deve ser dirigido ao TRT (art. 112, CF). 
 
ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
• Corregedoria (Geral e Regional) - Art. 709, da CLT 
• Serviços auxiliares - Art. 710 a 717 da CLT 
• Oficial de justiça avaliador - Art. 721 da CLT 
 
 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 
1) Em razão da matéria Art. 114 da CF. 
2) Em razão da pessoa Art. 114 da CF. 
3) Em razão da função Art. 652 e 653 da CLT. 
4) Em razão do território Art. 651 da CLT 
 
 PROCEDIMENTOS DAS AÇÕES TRABALHISTAS 
No processo do trabalho há dois tipos de procedimentos: 
I) Procedimento comum (que se divide em): 
• Sumário; 
• Sumaríssimo; 
• Ordinário. 
II) Procedimento especial: 
• Dissídio coletivo 
 
 PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO 
• Instituído pela Lei nº 5.584/70; 
• Causas até 2 salários-mínimos - Art. 2º, §3º e §4º da Lei. 5.584/70; 
• Finalidade de garantir maior celeridade processual; 
• Não caberá nenhum recurso das sentenças proferidas nas ações sujeitas a este 
procedimento; 
• Súmula 640 do STF e RE 638224. 
Dissídio de alçada é aquele cujo valor da causa não ultrapassa duas vezes o 
salário-mínimo! 
 PROCEDIMENTO COMUM SUMARÍSSIMO 
• Artigos 852-A a 852–I da CLT; 
• Valor da causa superior a 2 salários-mínimos e até 40 salários-mínimos; 
• Requisitos da petição inicial: art. 852-B da CLT; 
• Audiência UNA; 
• Apreciação da ação deverá ocorrer no prazo máximo de 15 dias do seu 
ajuizamento (852-B, III CLT); 
• “Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a 
Administração Pública direta, autárquica e fundacional. “(Art. 852-A, parágrafo 
único da CLT). 
 PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO 
• Artigos 837 a 852 da CLT; 
• Causas com valor acima de 40 salários-mínimos; 
• As ações devem ser solucionadas em única audiência (Art. 849 da CLT). Mas e 
na prática? 
 
 
Mapa mental: 
 
https://www.youtube.com/watch?v=0KyzXlnMKWo 
https://www.youtube.com/watch?v=9vR-gk1W8gI 
****************************** 
AULA DO DIA 10/08/2022 
 Aula 03 - Resolução de conflitos 
 
FORMAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NA JUSTIÇA DO 
TRABALHO 
AUTODEFESA OU AUTOTUTELA 
AUTOCOMPOSIÇÃO 
HETEROCOMPOSIÇÃO 
 
AUTOTUTELA/ AUTODEFESA 
https://www.youtube.com/watch?v=0KyzXlnMKWo
https://www.youtube.com/watch?v=9vR-gk1W8gI
“Entende-se por autotutela a solução de conflitos em que uma das 
partes impõe o sacrifício do interesse da outra” (Alcalá Zamorra, 
Niceto) 
Caracteriza-se pela solução direta do conflito por meio do uso da força, 
da prevalência do mais perspicaz ou da influência de figura de maior 
autoridade/hierarquia 
Exemplo: Greve (art. 9º, CF/88; art. 1º, Lei nº 7.783/89) e Locaute 
Alteração unilateral do local da prestação de serviços, suspensão 
contratual com finalidade disciplinar 
 
AUTOCOMPOSIÇÃO A Resolução n.° 174/2016 do CSJT proíbe que a 
autocomposição dos conflitos trabalhistas ocorra sem a chancela ou 
intervenção da Justiça do Trabalho. Apenas magistrados e servidores podem 
atuar nos CEJUSC. 
[...] se dá quando o envolvido consente no sacrifício de seu próprio 
interesse, unilateral ou bilateralmente, total ou parcialmente. 
(CALMON, Petrônio) 
Unilateral: renúncia (abre mão da pretensão) ou submissão (aceita a 
pretensão do outro); Bilateral: transação/acordo (encontro de 
pretensões) 
Extrajudicial: conflito solucionado sem intervenção do Judiciário; Ex: 
CCP, Hom. Acordo Extraj., Quitação Anual. 
Judicial: conflito solucionado com intervenção do Judiciário. Ex.: 
CEJUSC pré-processual.; endoprocessual,conciliação virtual, 
conciliação judicial. 
 
HETEROCOMPOSIÇÃO Alguns doutrinadores (minoritário) sustentam 
que a conciliação e a mediação seriam métodos heterocompositivos de solução 
do conflito, porque caracterizadas pela presença de um terceiro 
"[...] solução do conflito trabalhista por um terceiro, que decide com 
força obrigatória sobre os litigantes que, assim, são submetidos à 
decisão." (BEZERRA LEITE, Carlos Henrique) 
Extrajudicial: conflito solucionado sem intervenção do Judiciário; Ex: 
Arbitragem (507-A da CLT; Lei 9.307/96) 
Judicial: conflito solucionado com intervenção do Judiciário. Ex: 
Jurisdição (art. 5°, XXXV, CF) 
 MEDIAÇÃO 
A participação das partes é facultativa; 
É voltada à pacificação do conflito. Pode ser bem-sucedida mesmo que 
não resulte em acordo; 
O mediador atua como um facilitador do diálogo, mas não propõe 
soluções para o conflito. 
Necessária para a instauração de dissídio coletivo (Art. 114, §2, CF c/c 
Lei 10.192, art.11). 
Distinção de conciliação e arbitragem 
 CONCILIAÇÃO 
Enquanto alguns criticam o fato do julgador poder atuar como 
conciliador, outros entendem que a expertise do magistrado é 
fundamental para assegurar um acordo justo 
A participação das partes é obrigatória quando endoprocessual; 
É voltada à extinção do conflito e, quando endoprocessual, do 
processo; 
O conciliador atua ativamente para promover o acordo e pode fazer 
propostas. Pode ocorrer em dissídios individuais e coletivos. 
Súmula 418, TST – não há direito líquido e certo à homologação de 
acordo celebrado pelas partes. 
 COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA - CCP 
ARTS. 625-A ao 625-H da CLT; 
• Pela redação do art. 625-E, parágrafo único, o termo terá eficácia 
liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente 
ressalvadas; 
• O termo terá característica de título executivo extrajudicial - Art. 876, 
CLT; 
• O entendimento jurisprudencial majoritário sobre a eficácia 
liberatória geral é de que abrange somente as parcelas expressamente 
consignadas, ou seja, não depende de ressalva do trabalhador; 
• Posição dos tribunais sobre sua obrigatoriedade para ajuizamento de 
relação trabalhista (ADI 2139, STF). 
ARBITRAGEM 
A arbitragem pode ser utilizada para a solução de conflitos individuais 
trabalhistas no caso do art. 507-A, CLT c/c art. 1°, Lei 9.307/96 
(hipersuficiente); 
Para a solução de conflitos coletivos trabalhistas a arbitragem é 
autorizada pelo art. 114, §1° e §2, CF. 
Nas relações de trabalho a arbitragem só pode ser estabelecida por 
meio de cláusula compromissória 
A sentença arbitral criadora de direitos coletivos trabalhistas não é 
passível de ação de execução, mas, sim, da ação de cumprimento, 
prevista no art. 872 da CLT 
*livre estipulação – diploma de ensino superior – ensino técnico/ensino superior 
incompleto, não serve para se enquadrar. + salário superior a 2 vezes o regime 
geral da previdência. 
 
 QUITAÇÃO ANUAL 
*permite as partes, 1 vez ao ano, comparecer ao sindicato profissional, e conferir 
as suas contas, assessorado pelo seu sindicato, quem dá a quitação anual e diz 
se está tudo certo, não é o sindicato, mas sim o trabalhador. 
*ente sindical deveria ter profissionais de contabilidade para conferir o ente da 
rescisão e pagamento para ser feito a quitação anual. 
*algo feito extrajudicialmente, e traz eficácia liberatória das parcelas. 
 
Art. 507-B, CLT 
• É uma faculdade; 
• Deve ser firmado perante o sindicato da categoria, na vigência ou 
não do contrato de emprego; 
• Tem eficácia liberatória das parcelas nele especificadas (quitação 
plena?) 
Reforma trabalhista. Revogação do §1º do art. 477 da CLT 
(Homologação da rescisão no sindicato); 
 
 ACORDO EXTRAJUDICIAL HOMOLOGADO 
*quer fazer um acordo e só levar a homologação extrajudicial é possível 
- Impõe adv. Para as duas partes (cada parte deve ter 1 adv. Diferente 
constituído por si), peticionamento nos autos 
*homologação do acordo – coisa julgada 
*juiz não homologa, arquiva-se e deu. 
 
 Arts. 855-B a 855-E, CLT 
• Empregado e empregador não podem ter o mesmo advogado; 
• Pode ou não ser homologado em audiência; 
• O magistrado pode recusar a homologação do acordo extrajudicial; 
• Cabe Recurso Ordinário da decisão que não homologa ou homologa 
parcialmente o acordo extrajudicial. 
• Suspende o prazo prescricional quanto aos direitos especificados; 
• Art. 966 do CPC. 
 
Mapa mental: 
 
 
Autocomposição na Justiça do Trabalho: Vamos falar de jurimetria? 
 Galerinha, jurimetria nada mais é do que a análise da ciência do direito efetuada por meio da 
coleta, parametrização e interpretação de dados estatísticos. O Conselho Nacional de Justiça sabe 
que olhar para os números é uma boa forma de identificar os pontos fortes e fracos do nosso 
sistema processual e planejar melhorias. Por isso, todo ano ele publica um relatório chamado 
Justiça em Números que, entre outros indicadores, informa os índices de conciliação da Justiça do 
Trabalho. 
 Convidamos vocês a acessarem este link:https://www.cnj.jus.br/wp-
content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-
08-2020.pdf para darem uma olhada nos gráficos das páginas 171-177 do arquivo. Lá tem detalhes 
dos índices de conciliação de vários segmentos do Poder Judiciário e aqui vai um spoiler: a Justiça 
do Trabalho dá "de relho" na Justiça Comum. 
 Quem tiver interesse, também pode dar uma olhada "conciliômetro" do TRT4 
(https://dados.trt4.jus.br/extensions/conciliometro/conciliometro.html) e também nos índices de 
autocomposição obtidos pelos CEJUSC-JT de primeiro e segundo grau 
(https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/conciliacao). 
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf
https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf
https://dados.trt4.jus.br/extensions/conciliometro/conciliometro.html
https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/conciliacao
Ainda, a tabelinha completa e atualizada de valores conciliados esta nesse 
link: https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/conciliacoes-primeiro-grau 
Se te interessou, pode "dale" aquela conferida! :) 
- acórdãos discutindo os limites da atuação do magistrado na homologação de acordo 
extrajudicial; 
- modelo de homologação de acordo extrajudicial, para que possam ligar o nome à "pessoa"; 
- link do artigo publicado no conjur de autoria de Otávio Torres Calvet (Juiz do Trabalho no TRT-RJ, 
mestre e doutor em Direito pela PUC-SP) sobre "A recusa de homologação de acordo para 
formação de jurisprudência". 
- link com uma explicação de dois minutinhos sobre homologação de acordo extrajudicial: 
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=KVkZnlNzDjs&feature=emb_title 
************************** 
AULA DO DIA 16/08/2022 
 AULA 4: JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA 
 JURISDIÇÃO PÚBLICA JURISDIÇÃO PRIVADA 
 
COMPETÊNCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO 
• COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA; 
• COMPETÊNCIA EM RAZÃO DAS PESSOAS; 
• COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA FUNÇÃO (FUNCIONAL); 
• COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR. 
 
 CONCEITOS 
• Jurisdição – poder-dever do Estado de pacificar conflitos e/ou 
resolver controvérsias, assegurando a ordem jurídica; 
*poder de dizer ao direito o caso concreto 
*aplicar/trazer o direito as coisas ao lugar que apresentar 
https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/conciliacoes-primeiro-grau
https://www.conjur.com.br/2021-mai-04/trabalho-contemporaneo-recusa-homologacao-acordo-formacao-jurisprudencia?utm_campaign=clipping_de_noticias_-_05052021&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
https://www.conjur.com.br/2021-mai-04/trabalho-contemporaneo-recusa-homologacao-acordo-formacao-jurisprudencia?utm_campaign=clipping_de_noticias_-_05052021&utm_medium=email&utm_source=RD+Stationhttps://www.conjur.com.br/2021-mai-04/trabalho-contemporaneo-recusa-homologacao-acordo-formacao-jurisprudencia?utm_campaign=clipping_de_noticias_-_05052021&utm_medium=email&utm_source=RD+Station
https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=KVkZnlNzDjs&feature=emb_title
*jurisdição pública – poder dever do estado, jurisdição privada – poder que as 
próprias partes detêm 
*organizada a partir de critérios de competência 
• Competência – forma como o Estado organiza a prestação 
jurisdicional. As atribuições podem ser definidas pela Constituição 
Federal, Leis infraconstitucionais e atos de organização judiciária; 
*forma como o Estado organiza essa atribuição jurisdicional 
*todo magistrado tem jurisdição, mas nem sempre é competente para 
julgar determinado caso, determinada matéria, determinado lugar... 
Assim, todo(a) o(a) magistrado(a) sempre será investido de 
jurisdição, mas nem sempre será competente para processar e julgar 
uma pretensão 
 
 COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA 
*Relação jurídica que deu origem ao conflito é trabalhista = matéria em relação 
ao direito do trabalho. 
• “A competência em razão da matéria no processo do trabalho é 
delimitada em virtude da natureza da relação jurídica material 
deduzida em juízo” (BEZERRA LEITE, Carlos Henrique); 
• Entendimento do STF: a competência da Justiça do Trabalho depende 
da causa de pedir e do pedido deduzidos pelo demandante, mesmo se 
a decisão de mérito que vier a ser proferida envolva a aplicação de 
normas de direito civil (Ex: dano moral/material – Súmula Vinculante 
nº 22 + Súmula 392, TST); 
• As hipóteses de competência material da Justiça do Trabalho vêm 
previstas no art. 114, CF; 
• Pode ser alegada a qualquer tempo e conhecida de ofício pelo 
julgador. Gera nulidade absoluta do processo (art. 795, §1°, CLT) 
• Mandado de Segurança, Habeas Corpus e Habeas Data; 
• Ações possessórias relacionadas ao direito de greve (reintegração de 
posse, manutenção de posse, interdito proibitório – Súmula 
Vinculante n.º 23); 
• Normas de segurança, higiene e saúde do trabalho (Súmula 736, 
STF); 
• Questões relativas a direito coletivo do trabalho (direito de greve, 
relações que envolvam sindicatos); 
• Imposição de penalidades administrativas por órgãos de fiscalização 
do trabalho; 
• Embora haja controvérsia, prevalece entendimento de que a Justiça 
do Trabalho não é competente para processar e julgar matéria de 
consumo ou criminal. 
Conflito de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista 
(ressalvado o art. 102, I, “o”, CF) 
• VT x VT = TRT; 
• VT x Juiz Direito (jurisdição trabalhista) = TRT; 
• VT x VT (TRT distinto) = TST; 
• TRT x TRT = TST; 
• JT x Juiz Estadual ou Juiz Federal = STJ 
• TRT x TJ ou TRF = STJ; 
• TST x STJ = STF. 
 
 COMPETÊNCIA EM RAZÃO DAS PESSOAS 
*quem pode demandar/ajuizar uma ação na Justiça do Trabalho? Olhar a 
qualidade da parte que está postulando. 
*pode abranger outras pessoas 
*checklist do art. 3º 
• A competência em razão das pessoas é fixada em virtude da 
qualidade da parte que figura na relação jurídica processual; 
• Quem são as pessoas que podem demandar na Justiça do Trabalho? 
Trabalhadores (autônomo, representante comercial, avulso), 
tomadores de serviços, sindicatos, MPT; 
• O voluntário, estagiário e a pessoa jurídica podem demandar na 
Justiça do Trabalho quando a pretensão se relacionar ao 
reconhecimento de vínculo de emprego; 
• A Justiça do Trabalho é competente para julgar conflitos trabalhistas 
de servidores públicos, desde que o regime de contrato seja CLT (ADI-
MC 3395/DF). 
 
COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA FUNÇÃO (FUNCIONAL) 
*Em que lugar da estrutura da justiça do trabalho, esse conflito vai começar a 
andar, ou ele já estando, para onde vai em função de recursos 
*Varas do trabalho – regionais – tribunais superiores do trabalho 
*CCP – fora do poder judiciário, e STF – não é específico trabalhista 
*matéria é trabalhista 
• "A competência funcional (ou em razão da função) é fixada em 
virtude de certas atribuições especiais conferidas aos órgãos judiciais 
em determinados processos." (BEZERRA LEITE, Carlos Henrique) 
• Das Varas do Trabalho (Art. 652 e 653 da CLT); 
• Dos TRTs (Art. 678 a 680 da CLT); 
• Do TST (Art. 702 da CLT e Regimento Interno do TST); 
• A incompetência é absoluta. 
 
 
 COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR 
*quanto ao território 
*Regra geral – Local da prestação de serviços (local onde se designou o contrato, 
onde se prestou os serviços). 
 - Domicílio, celebração do contrato e efetiva prestação de serviços. 
*interlocutórias são irrecorríveis de imediato, pode usar jus postulandi e o local 
de prestação de serviço do trabalho 
• “A competência em razão do lugar ou territorial, é determinada com 
base na circunscrição geográfica sobre a qual atua o órgão 
jurisdicional.” (BEZERRA LEITE, Carlos Henrique) 
• Varas do Trabalho, TRTs e TST 
• Regra geral: Local da prestação de serviços (Art. 651 da CLT); 
Empregado agente ou viajante comercial (Art. 
651, §1º da CLT); 
 Exceções: Empregado brasileiro laborando no estrangeiro 
(Art. 651, § 2º da CLT); 
Empresa que promova atividade fora do lugar da 
celebração do contrato (Art. 651, §3º, da CLT) 
 
• Ação civil pública (OJ 130, SDI-II, TST); 
• Incompetência relativa – deve ser suscitada pela parte por exceção 
de incompetência em razão do lugar, no prazo de 05 dias contados a 
partir da notificação citatória trabalhista (art. 799 e 800, CLT), ficando 
o processo suspenso até que a questão seja decidida. Não se aplica o 
CPC pois não há lacuna na CLT; 
• Não se admite o foro de eleição no processo do trabalho (Art. 2º, I, 
IN. 39/2016). 
• Informativo 185 do TST: Reclamação trabalhista ajuizada no foro do 
domicílio da reclamante e acesso à justiça. 
 
MENU RÁPIDO DE SÚMULAS E OJs DA MATÉRIA: 
OJ 138 SBDI-1 do TST 
OJ 26 SBDI-1 do TST 
Súmula 97 do STJ 
Súmula 137 do STJ 
Súmula 170 do STJ 
Súmula 363 do STJ 
Súmula Vinculante 23 do STF 
Súmula 736 do STF 
Súmula 19 do TST 
Súmula 300 do TST 
Súmula 368 do TST 
Súmula 389 do TST 
Súmula 392 do TST 
Súmula 454 do TST 
 
Mapa Mental: 
 
 
Aha! Ele está disponível pra vocês na nossa biblioteca, de forma online. Então, 
vocês precisarão de sua senha de 4 dígitos. No catálogo de e-books (que é 
enorme), busquem pela referência: Pereira, Leone Prática jurídica : trabalhista, 
9. ed. São Paulo:Saraiva Educação, 2019. (Coleção Prática Jurídica). 
Sugerimos que busquem por "Prática Jurídica" (foi o que fizemos ;P) e entre os 
materiais (já fiquem com a indicação para outras disciplinas) verão o 
fascículo de "Prática Trabalhista". 
TRILHA: site da pucrs -> biblioteca -> coleções online -> livros eletrônicos (e-
books) -> e-books minha biblioteca. 
************************** 
AULA DO DIA 17/08/2022 
AULA 5 - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS PARTE I Habeas 
corpus, habeas data, mandado de segurança e interdito 
proibitório 
*trazer esses institutos de ações para o cenário trabalhista. = aplicação desses 
institutos, diante de uma ausência de previsão, de ferramentas similares na CLT. 
*começa a buscar no CPC, e tenta encaixar na realidade do processo do trabalho. 
 
 PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE 
• Subsidiariedade – aplica-se na hipótese de constatação de omissão 
ou lacuna na CLT (exemplo: tutela de urgência); 
*prevê lacuna 
• Supletividade – aplica-se na hipótese em que a CLT não tem lacuna, 
mas suas previsões podem ser complementadas pelo CPC (exemplo: 
suspeição do julgador). 
*não tem lacuna, há uma análise do intérprete 
• Grande parte da previsão legal de procedimentalização das Ações 
Especiais estão contidas no próprio Código de Processo Civil (art. 1°, IN 
27/2005 TST) 
Lembre-se dos art. 769 e 889, da CLT, bem como do art. 15, do CPC! 
(Somatório dos dois, a disposição do jurídico).HABEAS DATA – ART. 5º, LXXII, DA CF 
*habeas data – banco público de informação (empregado faz em face do 
empregador) 
*habeas data também pode ser manejado em face de empregador (que não é 
gestão pública, seria gestão privada) = isso por parte minoritária da doutrina. – 
Teria uma equivalência potestativa. 
*acesso a informações, saber, corrigir informações que estejam equivocadas, 
exclusão de determinadas informações que não tenham necessidade de estar ali, 
fazer cálculos. 
*Lei de proteção de dados – informação não pertence ao empregador, ele é o 
guardião daqueles dados, mas os dados são dos respectivos titulares 
(empregados), solicitando assim correções, informações e exclusões. 
Hipóteses de cabimento: 
a) assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
b) retificar dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, 
judicial ou administrativo; 
c) anotar nos assentamentos do interessado contestação ou 
explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob 
pendência judicial ou amigável (prevista no art. 7º, Lei n. 9.507/97). 
• Pode ser impetrado na Justiça do Trabalho, desde que o direito 
material esteja vinculado com a relação de trabalho. 
• Exemplos: 
- Servidor não estatutário (CLT) em face do Estado para obtenção de 
informação do tempo de serviço; 
- Empregador X procurador do trabalho ou fiscal do trabalho para ter 
acesso a processo administrativo; e 
- Obtenção de documentos junto à reclamada para melhor liquidação 
dos pedidos elencados na petição inicial (DIVERGÊNCIA) 
• Vem perdendo objeto em razão: 
 - Ação de produção antecipada de prova (art. 381, II, CPC) ou ação 
autônoma de exibição de documento; e 
 - Requisição de informação pelo titular do dado pessoal (arts. 18 e 19 
LGPD). 
HABEAS DATA – Via Eleita - “O Habeas data é o remédio constitucional para obtenção ou 
correção de dados pessoais, oponível não apenas contra os entes governamentais, mas 
também entidades de caráter público, como no caso em tela, e contra entidades privadas que 
possam divulgar dados a terceiros, o que leva a entender que o instrumento pode ser utilizado 
inclusive contra o empregador privado, quando se recuse a fornecer dados pessoais de seu 
empregado ou informações sobre sua vida profissional”. (...) Também o empregador privado 
dispõe de assentamentos, cadastros e bancos de dados, acerca de seus empregados ou ex-
empregados, e quando solicitados por terceiros divulgam tais informações. São comuns as 
cartas de referência, que são posteriormente investigadas para que se constate a veracidade 
de suas declarações. Portanto, se tais informações estão disponíveis a terceiros, que podem 
averiguar a vida profissional de postulante a emprego ou cargo público, parece claro que o 
instrumento adequado para obtenção de tais registros ou sua retificação haverá de ser o 
habeas data. (TRT 2ª R. - 00730008020065020086 (00730200608602000) - RO - Ac. 1ªT 
20110450838 - Rel. Maria Inês Moura Santos Alves da Cunha - DOE 25/04/2011) 
 
 MANDADO DE SEGURANÇA ART. 5º, LXIX, DA CF 
• Remédio constitucional utilizado para a proteção de direito líquido e 
certo, quando impossível a utilização de habeas data ou habeas corpus 
para tanto; 
• Regulado na Lei n. 12.016/2009; 
• O responsável pela ilegalidade ou abuso de poder deverá ser 
autoridade pública, ou agente de pessoa jurídica, no exercício de 
atribuições do Poder Público; 
• Muito utilizado na Jurisdição Trabalhista, principalmente pela 
irrecorribilidade das decisões interlocutórias. 
• A Súmula 414, TST, indica cabimento de MS em caso de concessão 
ou não de tutela provisória em decisão interlocutória. Também refere 
que ele perde o objeto se for proferida sentença no processo 
originário; 
• Cabível para desbloqueio de valores via SisbaJud (novo BacenJud), 
RenaJud e outras formas de bloqueio de patrimônio; 
• Sucedâneos recursais: da decisão de TRT em MS cabe RO para o TST 
(Súmula 201, TST); da decisão de VT em MS cabe RO para o TRT. 
• A Súmula 415, TST, traz os requisitos da petição inicial do MS (prova 
documental pré-constituída); e 
• A Súmula 417, TST, fala do não cabimento do MS para penhora em 
dinheiro. 
Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - 
XXVII - Primeira Fase - Em uma reclamação trabalhista, o autor afirmou ter sido vítima de 
discriminação estética, pois fora dispensado pelo ex-empregador por não ter querido raspar o 
próprio bigode. Requereu, na petição inicial, tutela de urgência para ser imediatamente 
reintegrado em razão de prática discriminatória. O juiz, não convencido da tese de 
discriminação, indeferiu a tutela de urgência e determinou a designação de audiência, com a 
respectiva citação. Como advogado(a) do autor, assinale a opção que contém, de acordo com 
a Lei e o entendimento consolidado do TST, a medida judicial a ser manejada para reverter 
a situação e conseguir a tutela de urgência desejada. 
A Interpor recurso ordinário seguido de medida cautelar. 
B Nada poderá ser feito, por tratar-se de decisão interlocutória, que é irrecorrível na Justiça 
do Trabalho. 
C Impetrar mandado de segurança. 
D Interpor agravo de instrumento 
 
 HABEAS CORPUS – ART. 5º LXVIII DA CF 
*Tem uma finalidade de garantir a liberdade do impetrante, o HC libera a pessoa, 
e o Habeas Data libera a informação. 
*Justiça do Trabalho não tem competência penal/criminal. = na hipótese de 
ocorrência, encaminha para quem tiver competência de julgar. 
• Concedido, conforme a CF “sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. Vincula-se ao direito 
de ir e vir; 
• A Justiça do Trabalho não tem competência para processar e julgar 
HC em razão da prática de crime (ex.: falso testemunho na JT); 
• A Súmula Vinculante n.º 25, STF, não mais permite a prisão civil do 
depositário infiel, que era o uso mais comum do HC na JT; 
• Casos de cabimento trazidos pela doutrina: condução coercitiva de 
testemunha trabalhista; constatação de trabalho em condição análoga 
à de escravo; jogador de futebol que pretende trocar de clube 
(DIVERGÊNCIA). 
Habeas corpus. Cabimento. Jogador de futebol. Livre exercício da profissão. A SBDI-II, por 
maioria, conheceu de agravo regimental e, no mérito, negou-lhe provimento, mantendo, 
portanto, decisão monocrática que, em sede de habeas corpus, concedeu pedido liminar para 
autorizar jogador de futebol a exercer livremente sua profissão, participando de jogos e 
treinamentos em qualquer localidade e para qualquer empregador, conforme sua livre 
escolha. Na espécie, ressaltou-se que não há falar em não cabimento do habeas corpus, pois, 
na Justiça do Trabalho, a referida ação constitucional não se restringe à proteção do direito à 
locomoção, mas abrange a defesa da autonomia da vontade contra ilegalidade ou abuso de 
poder perpetrado tanto pela autoridade judiciária quanto pelas partes da relação de trabalho. 
Ademais, no caso em tela restou demonstrada a presença da fumaça do bom direito e do 
perigo da demora, pois o paciente encontra se impedido de exercer a função de jogador de 
futebol no clube que lhe interessa, e a manutenção do vínculo com o empregador atual, por 
tempo indeterminado, ofende o direito de livre exercício da profissão. De outra sorte, o debate 
travado nos autos reclama medida urgente, pois envolve atleta que, em razão da idade, 
encontra-se em fim de carreira. Vencidos os Ministros Douglas Alencar Rodrigues e Renato de 
Lacerda Paiva.TST -AgR -HC-5451 -88.2017.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min. Delaíde Miranda 
Arantes , 8.8.2017 
Habeas corpus. Não cabimento. Atleta profissional de futebol. Liberação para exercício de 
atividade esportiva em agremiaçãodiversa. Ausência de restrição ao direito primário de 
liberdade de locomoção. Conforme vem se posicionando o STF e o STJ, o habeas corpus tem 
cabimento restrito à defesa da liberdade de locomoção primária (direito de ir, de vir ou de 
permanecer), ou seja, é meio de proteção a direitos que tenham como condição necessária 
para o seu exercício a liberdade física. Assim, é incabível habeas corpus para discutir cláusula 
contratual envolvendo atleta profissional de futebol, com pedido de transferência imediata 
para outra agremiação desportiva e de rescisão indireta do contrato de trabalho. No caso, a 
liberdade de locomoção é afetada apenas de forma secundária, como reflexo da liberdade de 
exercício de profissão ou de trabalho, tutelada por outro meio admitido em Direito. Sob esses 
fundamentos, a SBDI-II, em sua composição plena, por maioria, não admitiu o habeas corpus, 
extinguindo o processo sem resolução de mérito, na forma do artigo 485, IV, do CPC de 2015. 
• Vencidos os Ministros Alexandre de Souza Agra Belmonte, Delaíde Miranda Arantes e Maria 
Helena Mallmann, que admitiam o habeas corpus ao fundamento de que é a medida adequada 
para combater a restrição à liberdade de locomoção advinda da impossibilidade de o atleta 
transferir-se para outra agremiação, não obstante haja mora contumaz do clube empregador 
a autorizar o rompimento do contrato (art. 31 da Lei Pelé), e em razão de o valor da cláusula 
compensatória de transferência ser exorbitante. TST-HC-1000678-46.2018.5.00.0000, SBDI-II, 
rel. Min. Alexandre Luiz Ramos, 13.11.2018 – Informativo TST nº 187 
 
 INTERDITO PROIBITÓRIO ARTS. 567 E 568 DO CPC 
*ações possessórias – poderá ser proposta, tramitar e obter julgamento na 
justiça do trabalho, se a sua raiz tiver vinculada a relações de trabalho (relações 
individuais de trabalho, ou relações coletivas de direito do trabalho) 
 *relações de trabalho 
*exercício do direito de greve, e o transbordamento do exercício do direito 
de greve. 
= interdito serve para retomar a posse, daquele exercício ou daquele bem. 
*pertence a justiça do trabalho, o interdito proibitório se tiver vinculado 
questões envolvendo relações de trabalho. 
*qualquer ação possessória que esteja vinculado as relações de trabalho = 
terá a competência da justiça do trabalho. 
• Poderá ser requerido quando o possuidor direto ou indireto tenha 
justo receio de ser molestado na posse, resguardando-se de turbação 
ou esbulho iminente; 
• O mandado proibitório, então, comina pena ao réu em caso de 
concretização do receio do autor (ônus da prova do autor em 
comprovar a posse, a turbação, o momento e a perpetuação da 
turbação ou esbulho); 
• Utilizado na Jurisdição Trabalhista como forma de coibir turbação, ou 
esbulho na posse em casos de greve (Súmula Vinculante n.º 23, STF). 
Ação civil pública. Dano moral coletivo. Greve. Ajuizamento simultâneo de interditos 
proibitórios. Abuso do direito de ação. Não configuração. O mero ajuizamento simultâneo de 
vários interditos proibitórios por diversas instituições financeiras não configura, pro si só, dano 
moral coletivo. No caso, não restou evidenciado exercício abusivo do direito de ação e, 
consequentemente, conduta antissindical. Conforme registrado pelo acórdão do Tribunal 
Regional, o objetivo das ações consistiu unicamente em resguardar o livre acesso, no interior 
das agências bancárias, de clientes e empregados não integrantes do movimento paredista, 
inserindo-se, portanto, na prerrogativa de livre uso e gozo da posse, de modo que o 
ajuizamento dos interditos proibitórios pode ser considerado plenamente legítimo. Ademais, 
não se vislumbra abusividade no ajuizamento de vinte e um interditos se considerada a 
amplitude da base territorial do sindicato autor da ação civil pública (quase duas mil agências 
bancárias em Belo Horizonte e região) e o número de instituições financeiras que se utilizaram 
da ação possessória (seis bancos). Por fim, reforça a ausência de conduta abusiva o fato de o 
TRT também ter registrado que oito liminares foram concedidas no bojo das ações 
possessórias ajuizadas. Sob esses fundamentos, a SBDI-I, por maioria, conheceu do recurso de 
embargos, por divergência jurisprudencial, e, no mérito, também por maioria, deu-lhes 
provimento para restabelecer o acórdão do Tribunal Regional que julgara improcedente o 
pedido de indenização por dano moral coletivo. Vencidos, no conhecimento, os Ministros 
Augusto César Leite de Carvalho, relator, Hugo Carlos Scheuermann e Cláudio Mascarenhas 
Brandão; e, no mérito, os Ministros Augusto César Leite de Carvalho, relator, José Roberto 
Freire Pimenta, Hugo Carlos Scheuermann, Cláudio Mascarenhas Brandão e Luiz Philippe 
Vieira de Mello Filho. TST-E-ED-ED-RR-253840- 90.2006.5.03.0140, SBDI-I, rel. Min. Augusto 
César Leite de Carvalho, red. p/ acórdão Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho, 23.5.2019 
 
 
 
Esta semana temos uma dobradinha pra vocês: sugerimos a leitura do curso de direito 
processual do trabalho do Enoque Ribeiro dos Santos e do Ricardo Antônio Bittar Hael 
Filho (ufa!). 
O Livro está disponível no catálogo de e-books da biblioteca da PUCRS. Atentem para o 
fato de que a "minha biblioteca" apresenta para vocês a terceira e a quarta edição desta 
obra. Deem preferência sempre à versão mais atual, de capa laranja. ;) 
Os conteúdos cuja leitura nós recomendamos são: mandado de segurança (p. 859 e ss), 
habeas corpus (p. 876 e ss), habeas data (p. 879 e ss) e ações possessórias (p. 916 e ss). 
Nós sabemos que vocês já tiveram um spoiler desses temas quando estudamos a 
organização da Justiça do Trabalho com o Leone Pereira, mas o texto desta semana é 
beeeem mais detalhado. 
Bora lá! 
https://www.tst.jus.br/web/guest/-/tst-discute-habeas-corpus-impetrado-por-trabalhadores-que-n%C3%A3o-
aderiram-a-greve 
********************************************************* 
AULA DO DIA 23/08/2022 
https://www.tst.jus.br/web/guest/-/tst-discute-habeas-corpus-impetrado-por-trabalhadores-que-n%C3%A3o-aderiram-a-greve
https://www.tst.jus.br/web/guest/-/tst-discute-habeas-corpus-impetrado-por-trabalhadores-que-n%C3%A3o-aderiram-a-greve
AULA 6 - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS –PARTE II Ação de 
exigir contas, ação rescisória e ação de consignação em 
pagamento 
 
 
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO 
ART. 539, DO CPC 
*quitação de uma obrigação, busca a declaração de quitação de uma obrigação, 
a partir da consignação de um valor, de uma coisa, junto ao poder judiciário. 
Consignação essa feita do suposto devedor, em face do credor, mas podendo ser 
de um 3º que tenha interesse nessa consignação. 
*óbitos de trabalhadores (seja por acidente, ou causas naturais) 
*sempre diante dos requisitos do CC. – Arts. 335 e 336 
*consignação como forma de extinção de obrigações. 
*matéria trabalhista, consignação advém de uma relação do trabalho, pessoas 
envolvidas podem estar na JT. 
*competência funcional: Decorre de uma relação de trabalho 
*competência originária: VT 
*da sentença da ação de consignação de pagamento, cabe recurso ordinário para 
instância superior. 
- Art. 472 da CLT 
• Finalidade: Pleitear a consignação de valor ou coisa devida pelo 
devedor ou terceiro; 
• Partes: devedor e/ou terceiros (sucessores, sócio etc.) são 
consignantes; credor é o consignado; 
• Competência em razão do lugar (relativa): aplica-se o Art. 651 da CLT; 
(local da efetiva prestação de serviços) 
• Cabimento: assegurar o pagamento a pessoas em locais incertos ou 
não sabidos, que vieram a falecer ou que se recusam, injustamente, a 
receber determinada quantia ou bem (arts. 335 e 336, do CC). Ex: 
verbas rescisórias; ferramentas de trabalho etc.; 
• Revogação do art. 477, §1° da CLT (negativa de homologação 
sindicato deixa de ser hipótese de cabimento, exceto previsão ACT, 
CCT) 
• Caráter dúplice da sentença na ação de consignação. Se houver 
insuficiência de depósito, a sentençadeterminará, sempre que 
possível, a complementação do montante, realizando-se a liberação 
parcial do valor incontroverso, prosseguindo quanto à parcela 
controvertida; 
*sentença se limita ao objeto (considera-se quitada a obrigação, ou considera-se 
quitada em parte a obrigação) 
*dúplice porque quita e reconhece o que ainda deve ser pago. 
*objeto restrito: quitação da obrigação 
*rito da CLT 
• Cabimento de reconvenção é matéria controvertida; 
• Na prática os juízes adotam o rito da CLT para as ações de 
consignação em pagamento; 
• Consignação em pagamento extrajudicial – divergência doutrinária, 
pois na esfera civil a ação desobriga o credor de uma obrigação 
existente enquanto no âmbito trabalhista não finda todas as 
obrigações, mas tão somente o valor consignado. 
*Partindo do pressuposto da hipossuficiência (tanto financeira quanto cultural). 
EMENTA RECURSO ORDINÁRIO DA CONSIGNANTE. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM 
PAGAMENTO. A ação de consignação em pagamento é um procedimento especial que 
possibilita a quitação de uma obrigação por parte do devedor, seja pela quitação de valores, 
seja pelo depósito da coisa devida. É necessário a prova da recusa do credor, dúvida sobre a 
sua legitimidade ou a existência de litígio sobre o objeto do pagamento, conforme dispõe o 
art. 335 do Código Civil. No caso dos autos, não há prova de negativa ou resistência em receber 
as referidas quantias ou em homologar a rescisão, seja pelo próprio empregado, seja pelo 
sindicato profissional. Os demonstrativos de pagamento (v.g. ID. c6c1fde) e a ficha de registro 
de empregado (ID. 87852eb), demonstram que os pagamentos das parcelas relativas ao 
contrato de emprego da trabalhadora eram realizados mediante depósito em sua conta 
bancária, conforme autoriza o inciso I do §4º do art. 477 da CLT, meio que podia ser utilizado 
para a quitação da rescisão. pela consignante na letra "b" da petição inicial. Recurso não 
provido. (TRT da 4ªDesta forma, a presente ação não é o meio adequado para dar quitação 
ao contrato de trabalho, como postulado Região, 4ª Turma, 0020003- 43.2018.5.04.0281 
ROT, em 13/02/2020, Desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse) 
 
AÇÃO RESCISÓRIA - ART. 836 DA CLT C/C ART. 966 DO CPC 
*coisa julgada só é atingida, rescindida, desfeita, em situações muito extremas. 
*a ação rescisória vai poder ser manejada com muita técnica = fora da relação 
do “jus postulandi”, precisa observar série de formalidades, precisará de 
representação legal 
*não é um recurso, é uma ação autônoma com objetivo de 
desconstituir/rescindir a coisa julgada material, aquele julgado que enfrentou o 
mérito 
Finalidade: atacar uma decisão de mérito que já transitou em julgado, desde que 
ela tenha vícios (que estão elencadas no Art. 966 do CPC) 
- Art. 836 CLT 
*Só vai utilizar em situações de evidente vicio 
*precisa de um deposito prévio para o seu ajuizamento = caução para o uso da 
ação rescisória (20% do valor da causa). Salvo prova de “miserabilidade jurídica”. 
*quando é o trabalhador, que maneja a ação rescisória, se dispensa o depósito 
prévio. 
*observar em que fase está quando for propor (valores diferentes para calcular 
os 20%). = valor na execução pode ser um e na fase de conhecimento outro. 
• Natureza jurídica - Ação autônoma desconstitutiva da coisa julgada 
material. 
• Finalidade – Atacar decisão de mérito já transitada em julgado, 
desde que eivada de vícios, como o erro, dolo, fraude, bem como 
outras hipóteses previstas no Art. 966 do CPC. Protege a segurança 
jurídica. 
• Legitimidade – Conforme Art. 967 do CPC | Súmula 407 do TST: 
a) Quem foi parte no processo ou seu sucessor; 
b) Terceiro juridicamente interessado; 
c) MP (simulação/fraude e quando deveria ter intervindo); 
d) Quem não foi ouvido, devendo sê-lo. 
 
• Pressupostos: 
a) Trânsito em julgado e sua comprovação (Súmula 299 do TST); 
b) Decisão de mérito ou destituída de mérito, mas que impeça nova 
propositura da demanda ou admissibilidade de recurso 
correspondente (Súmula 412 do TST | OJ 150 SDI-II); 
 
• Prazo para ajuizamento (decadencial): 
a) 2 anos do trânsito e julgado da última decisão proferida no processo 
(Art. 975 do CPC | Súmula 100 do TST); 
 b) Prova nova (975 § 2º CPC), contado de sua descoberta desde que 
não ultrapasse cinco anos da última decisão do processo. 
• Competência funcional (absoluta): 
*as ações rescisórias terão entrada no TRT (geralmente) e em alguns casos no 
TST. 
a) TRT: Competência para rescindir seus próprios julgamentos; 
competência para rescindir decisões proferidas pelas Varas do 
Trabalho a ele vinculadas. 
b) TST: Competência para rescindir seus próprios julgamentos. SDC: 
para sentenças normativas, SBDI-II para decisões TST (Lei 7701/88) 
Jamais ajuizada em Vara do Trabalho (art. 836, CLT) 
 
*diante de vícios e situações do art. 966 do CPC 
• Acordo homologado judicialmente – Apenas por ação rescisória o 
acordo judicial pode ser atacado (Súmula 259 do TST); 
• Homologação de acordo extrajudicial (Arts. 855–B CLT) – 
Caberá ação rescisória, por inteligência da Súmula 259, TST; 
• Homologação de arrematação, adjudicação ou cálculo – 
Não cabe para arrematação e adjudicação. Só cabe para cálculo se a 
decisão disser respeito a critério para elaboração da conta (Súmula 
399, TST). 
 
• Hipóteses de Cabimento (Art. 966 do CPC | Súmula 408 do TST): 
a) Prevaricação, concussão ou corrupção do juiz (não precisa de 
condenação criminal; se for órgão colegiado, basta que 1 julgador 
cometa o crime); 
b) Impedimento do Juiz ou incompetência absoluta do juízo (OJ 124, 
SDI-II). Então, não cabe para suspeição ou incompetência relativa; 
c) Dolo ou coação da parte vencedora. Simulação ou colusão entre as 
partes para fraudar a lei (S. 403, TST; S. 100, VI, TST; OJ 158, SDI–II; OJ 
94, SDI-II); 
d) Ofensa à coisa julgada (S. 397, TST; OJ 132, SDI-II OJ 123, SDI-II; OJ 
101, SDI-II); 
e) Violação manifesta de norma jurídica (S. 83, TST; S. 298 do TST; S. 
410, TST; OJ 25, SDI-II; OJ 97, SDI-II; OJ 112, SDI-II; 
f) Obtenção de prova nova (Súmula 402, TST); 
g) Erro de fato (OJ 136, SDI-II; OJ 103, SDI-II). 
 
Aspectos processuais: 
a) Valor da causa: Arts. 2º e 3º da IN. 31 do TST. 
b) Procedimento. Art. 968 do CPC e OJ 146 da SDI-II. 
c) Honorários Advocatícios. Art. 791-A da CLT. IN. 27/2005 do TST. 
d) Recurso parcial: Possibilidade de trânsito em julgado sucessivo 
(formação progressiva da coisa julgada). Súmula 100, II do TST. 
e) Recursos: embargos de declaração (Art. 897-A da CLT); recurso 
ordinário (Súmula 158 do TST; OJ 152da SDI-II). 
f) Ação Rescisória de Ação Rescisória. Súmula 400 do TST. 
 
 MENU RÁPIDO DE SÚMULAS E OJS DA MATÉRIA: 
 
AÇÃO RESCISÓRIA. CORTE RESCISÓRIO DE DECISÃO HOMOLOGATÓRIA DE ACORDO. PROVA 
NOVA. Dá ensejo ao corte rescisório a obtenção de prova nova, pela parte interessada, após 
o trânsito em julgado, cujo teor revela-se suficiente para desconstituir a decisão rescindenda. 
Inviável o manejo de ação rescisória, por conta de prova não utilizada por negligência da 
parte, sob pena de se perpetuar a fase de instrução ao longo do tempo. A prova nova apta a 
autorizar a propositura de ação rescisória é aquela que a parte desconhecia ou de impossível 
utilização no momento próprio para tanto, que é a fase de instrução do processo subjacente. 
A prova nova alegada pela autora, além de produzida após a decisão rescindenda, não é capaz 
de assegurar-lhe, por si só, pronunciamento favorável. O que pretende a parte autora é um 
novo julgamento do feito, o que não é possível em sede de ação rescisória. Ação julgada 
improcedente. (TRT da 4ª Região, 2ª Seção de Dissídios Individuais, 0020308-
26.2020.5.04.0000 AR, em 22/03/2021, Desembargador Alexandre Correa da Cruz) 
 
 
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS - ART. 550 DO CPC 
*aplicação restrita aquelas situações de relações onde se deposite fidúcia, ou 
onde se tenha ao revésnecessidade de que o empregador demonstre alguma 
situação financeira ao seu empregado, sendo ele interessado aquela situação 
financeira. 
*exigência de alguma das partes, para que a outra faça demonstrações 
financeiras. 
*procedimento específico – se apresenta como ferramenta, onde tem etapas. (1 
– apresentação, 2 – demonstrados os resultados, como pode prosseguir?) 
• É utilizada quando alguém afirma ser titular do direito de exigir a 
prestação de contas de outrem; 
• Pouca utilização na Justiça do Trabalho, mas pode-se pensar em sua 
utilização para que o empregado exija do empregador a entrega de seu 
“contracheque”, especificando as parcelas pagas ou, em caso ainda 
mais excepcional, do empregador exigindo do empregado a 
demonstração das tarefas realizadas, quando da prestação de serviços 
tipicamente quantitativos, como colheitas. 
Cabível para cobrança de prestação de contas do Sindicato em relação 
a empresas ou do trabalhador em relação ao Sindicato 
 
AÇÃO DE EXIGIR CONTAS. PRESSUPOSTOS PREENCHIDOS. RELAÇÃO DE MANDATO 
PARALELA À RELAÇÃO DE EMPREGO. [...] Ora, a procuração de p. 30 revela um contrato de 
mandato entre as partes. Do mesmo modo, a prova testemunhal e a prova documental 
(vale) demonstram que reconhece ter recebido pelo menos alguns dos valores objeto da 
prestação de contas. Nos termos do artigo 668 do Código Civil, o mandatário é obrigado a dar 
contas de sua gerência ao mandante, transferindo-lhe as vantagens provenientes do mandato, 
por qualquer título que seja. Assim, o réu está obrigado, sim, a prestar contas dos valores 
recebidos e da movimentação feita nas contas bancárias da ré [sic] no período de outubro 
de 2016 a 15 de maio de 2017. Considerando as limitações do Pje, as especificidades do direito 
processual do trabalho e as particularidades do rito especial da ação de exigir contas, alguns 
esclarecimentos são necessários quanto ao procedimento a ser adotado. Na ação de exigir 
contas, nos moldes fixados pelo Código de Processo Civil, há duas fases distintas. Na primeira 
fase, tendo havido contestação (como no caso dos autos), o juiz deve decidir se existe ou não 
a obrigação de prestar contas. Em caso procedente, existe uma decisão de mérito, a qual pode 
ser atacada por agravo de instrumento no processo comum (Enunciado nº 77 do Fórum 
Permanente de Processualistas Civis). Considerando que o conceito de decisão interlocutória 
para o CPC de 2015 deixou de ser o mesmo utilizado tradicionalmente pela CLT (artigo 893, 
§1º, CLT), tem-se que essa decisão de primeira fase poderá ser objeto de recurso ordinário no 
direito processual do trabalho. Mantida a obrigação de prestar contas, quando os autos 
retornarem do julgamento de eventual recurso, terá início a segunda fase do procedimento. 
Essa segunda fase tem por objetivo a análise das contas em si, apurando-se eventual saldo 
devedor e cobrando-o (TRT12. 1ª Câmara, RO 0000131-78.2019.5.12.0024) 
 
 
Súmula nº 425 do TST. JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. 
ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 
04.05.2010. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da 
CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do 
Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o 
mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal 
Superior do Trabalho. 
 
Se sobrar um tempinho, assista uma palestra da Profª Denise no canal do Youtube da Escola 
Judicial do TRT4 sobre Processo Eletrônico, Jus Postulandi e outros temas! 
 
 
Oi pessoal! 
Esta semana teremos dois textos bases indicados para vocês: 
 
1) Em um arquivo anexado a esta postagem vocês encontram um texto (curto, 
don't worry) do Carlos Henrique Bezerra Leite sobre ação de consignação e 
pagamento e ação de exigir contas; 
 
2) Seguindo a mesma lógica da aula passada, o segundo texto recomendado 
é o curso de direito processual do trabalho do Enoque Ribeiro dos Santos e 
do Ricardo Antônio Bittar Hael Filho, que consta no catálogo de e-books da 
biblioteca da PUCRS. 
https://www.youtube.com/watch?v=AUTUeRaQNYs 
********************************** 
AULA DO DIA 24/08/2022 
 Aula 07: Ministério Público do Trabalho 
 Quem clicou no botão desta aula esperando o bom e velho "kit pedagógico" 
da Profe Denise, tomou o bonde errado! Na verdade, essa viagem é ainda 
mais interessante! 
 Preparamos para vocês uma dinâmica um pouco diferente, para darmos 
uma "quebrada" no ritmo das aulas expositivas. Para a aula invertida, passem 
os olhos nos slides, e fixem-se nas orientações do SLIDE 2. 
 Agora, é chegada a hora de a colocarmos em prática. Para ajudá-los com 
a segunda etapa nós vamos disponibilizar para vocês: a) os nossos slides, 
para que vocês possam revisar a matéria e fazer suas próprias anotações a 
partir deles; b) um texto base do Carlos Henrique Bezerra Leite que tem toda 
a matéria completinha; e c)questões para auxiliá-los na fixação de 
conteúdos. 
https://www.youtube.com/watch?v=AUTUeRaQNYs
 Não "criemos pânico", vai estar tudo separado e explicado aqui no nosso kit 
pra vocês! E, qualquer dificuldade, é só chamar no "Fala aí!". 
 Para finalizar, no dia e horário da nossa aula, contaremos com uma 
exposição especialíssima da Procuradora do Ministério Público do Trabalho 
Thaís Fidelis Alves Bruch, que vai tratar dos conteúdos para vocês e ficar a 
disposição, junto com os estagiários, para todas as suas dúvidas, além de 
debater o tema. 
 Além disso, como sempre, deixamos exercícios bem focados para reforço 
de seu estudo em momento posterior. "Tá, mas..... eu tenho que entregar esses 
exercícios? vale nota?". Não e ..... não! A ideia aqui é realmente que vocês 
possam experimentar a dinâmica de uma aula diferente, conhecer e ouvir 
outras pessoas e, de quebra, descobrir se vocês aprendem melhor com o 
conteúdo sendo apresentado a vocês antes da "aula propriamente dita". 
 Vamos lá, então? Abraço, pessoal! 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO ART. 128, “B”, CF/88 
1º Vá até o slide 5, parando de um em um e observando que o MPT 
atua judicialmente e extrajudicialmente. 
2º Avance ao slide 8 e assista ao vídeo institucional do MPT; 
3º Leia o texto e faça os exercícios! 
4º Sane suas dúvidas com nosso convidado no momento da aula ou 
no fórum “Fala aí!” com a professora e estagiários de docência! 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO LEI N. 75/93 – TÍTULO II, 
CAPÍTULO II 
É o ramo do MPU que tem como atribuição fiscalizar o cumprimento 
da legislação trabalhista quando houver interesse público, procurando 
regularizar e mediar as relações entre empregados e empregadores. 
Sua competência está estabelecida no art. 83 da Lei nº 75 /93 
- ÓRGÃO AGENTE 
- ÓRGÃO INTERVENIENTE (custos legis) 
 
 MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO 
ATUAÇÃO JUDICIAL! 
Manifestação, mediante parecer, em qualquer fase do processo, desde 
que haja interesse público que justifique sua intervenção, por 
solicitação do juízo ou por sua iniciativa. 
PARTES: 
Menores (art. 793, CLT); 
Indígenas; 
Entes públicos; 
Sindicatos 
NATUREZA: 
Acidente de trabalho; 
Assédio moral e/ou sexual; 
Discriminação; 
Fraudes trabalhistas. 
HORA DA NAVEGAÇÃO! Explore os sites: MPT GERAL: 
https://mpt.mp.br/ MPT4 (RS): http://www.prt4.mpt.mp.br/ 
 
Roteiro para assistir à palestra: 
1. O MPT é ramo do ____________ e poderá atuar como órgão agente 
ou __________ legis. Sua base normativa é a Lei ____________. 
2. Sua principal atribuição é ____________ da legislação trabalhista 
quando houver _____________, procurando regularizar e mediar as 
relações entre ________________. 
3. O TAC é exemplo de atuação __________________ do MPT, 
enquanto que a ACP é exemplo de atuação __________________ do 
MPT. 
4. Na esfera judicial, o MPT poderá manifestar-se, mediante 
___________________, em qualquer fase do processo, desde que haja 
__________________ que justifique sua intervenção, por 
_____________________ ou por sua iniciativa.5. O ingresso na carreira do MPT se dá pela mesma via de ingresso para 
a Magistratura do Trabalho. ( ) verdadeiro ( ) falso 
Questionário MPT: 
1) O Ministério Público da União, organizado por Lei Complementar, é 
instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
compreendendo em sua estrutura o Ministério Público do Trabalho. 
Sobre a organização desse último, é correto afirmar que 
 
A resposta correta é: dentre os órgãos do Ministério Público do Trabalho 
estão o Colégio de Procuradores do Trabalho, a Câmara de 
Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho e a 
Corregedoria do Ministério Público do Trabalho. 
https://mpt.mp.br/
http://www.prt4.mpt.mp.br/
 
2) O Ministério Público não tem legitimidade para arguir a prescrição em 
favor de entidade de direito público em matéria de direito patrimonial 
quando atuar apenas como custos legis na remessa de ofício. 
Verdadeiro 
 
3) A Constituição Federal do Brasil prevê que o Ministério Público é uma 
instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado. Sobre 
a organização do órgão na área trabalhista, 
Sua resposta está incorreta. 
A resposta correta é: o chefe da Procuradoria Regional do Trabalho será 
designado dentre os Procuradores Regionais do Trabalho lotados na 
respectiva Procuradoria Regional. 
 
4) Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes 
atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho, EXCETO: 
Sua resposta está incorreta. 
A resposta correta é: propor as ações cabíveis para declaração de 
nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva 
que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais 
disponíveis dos trabalhadores. 
 
 
5) No que se refere aos recursos no processo trabalhista, aos seus 
respectivos prazos e ao Ministério Público do Trabalho (MPT), assinale a 
opção correta. 
No que se refere aos recursos no processo trabalhista, aos seus 
respectivos prazos e ao Ministério Público do Trabalho (MPT), assinale a 
opção correta. 
Sua resposta está correta. 
A resposta correta é: Em se tratando de recurso ordinário em procedimento 
sumaríssimo, é admissível parecer oral do representante do MPT durante a 
sessão de julgamento. 
 
 
 
 
 
 
Se você errou alguma questão do questionário ou não entendeu a resolução, os 
estagiários da Profa Denise vão lhe dar dicas preciosas! 
 
1) O Ministério Público da União, organizado por Lei Complementar, é 
instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, 
compreendendo em sua estrutura o Ministério Público do Trabalho. Sobre a 
organização desse último, é correto afirmar que: 
 
a) os Procuradores Regionais do Trabalho poderão atuar tanto nos Tribunais Regionais do 
Trabalho quanto nas Varas do Trabalho, de forma residual. 
 
b) o chefe do Ministério Público do Trabalho é o Procurador-Geral da República indicado 
em lista tríplice pelos seus pares e nomeado pelo Congresso Nacional. 
 
c) dentre os órgãos do Ministério Público do Trabalho estão o Colégio de Procuradores do 
Trabalho, a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho e a 
Corregedoria do Ministério Público do Trabalho. 
 
d) os Subprocuradores-Gerais do Trabalho serão designados para oficiar junto ao Tribunal 
Regional do Trabalho da 10ª Região – Distrito Federal, com sede em Brasília. 
 
e) o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho será composto pelo Procurador-
Geral do Trabalho, o Vice Procurador-Geral do Trabalho, quatro Subprocuradores-Gerais 
do Trabalho e quatro procuradores regionais do trabalho, todos eleitos pelos seus pares. 
 
Comentário e macete 
 
Está correta, de acordo com o art. 85 da LC nº 75/93. 
Composição do MPT 4 PC: 
Procurador-Geral do Trabalho; Colégio de Procuradores do Trabalho; 
 
subProcuradores-Gerais do Trabalho; Conselho Superior do MPT 
 
Procuradores Regionais do Trabalho; Câmara de Coordenação e Revisão do 
MPT 
 
Procuradores do Trabalho. Corregedoria do MPT 
 
2) O Ministério Público não tem legitimidade para arguir a prescrição em favor de 
entidade de direito público em matéria de direito patrimonial quando atuar 
apenas como custos legis na remessa de ofício. 
 
Certo 
Errado 
 
 
 
 
Comentário e macete 
 
 
A resposta é correta, conforme Orientação Jurisprudencial da SDI – I: 
OJ-SDI1-130 PRESCRIÇÃO. MINISTÉRIO PÚBLICO. ARGUIÇÃO. "CUSTOS LEGIS". 
ILEGITIMIDADE (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 209/2016 – DEJT 
divulgado em 01, 02 e 03.06.2016. 
Ao exarar o parecer na remessa de ofício, na qualidade de “custos legis”, o Ministério 
Público não tem legitimidade para arguir a prescrição em favor de entidade de direito 
público, em matéria de direito patrimonial. 
 
O MP pode atuar no processo de duas formas: 
Ou como "custos legis", ou seja fiscal da lei, responsável pela correta e perfeita 
aplicação da lei.; ou como parte no processo. 
 
3) Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes 
atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho, EXCETO: 
 
a) manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo solicitação do juiz 
ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que 
justifique a intervenção. 
 
 
b) propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo 
coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os 
direitos individuais disponíveis dos trabalhadores. 
 
c) funcionar nas sessões dos Tribunais Trabalhistas, manifestando-se verbalmente sobre a 
matéria em debate, sempre que entender necessário, sendo-lhe assegurado o direito de 
vista dos processos em julgamento, podendo solicitar as 
requisições e diligências que julgar convenientes. 
 
d) instaurar instância em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou o interesse 
público assim o exigir. 
 
e) propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e 
índios, decorrentes das relações de trabalho. 
 
Comentário 
 
 
A) INCORRETA. LC 75/93 - Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício 
das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho: V - propor as ações necessárias 
à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e índios, decorrentes das relações de 
trabalho; 
B) CORRETA. LC 75/93 - Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das 
seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho:Compete ao Ministério Público do 
Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho: VI - 
recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário, tanto nos processos 
em que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal da lei, bem como pedir revisão dos 
Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho; 
C) CORRETA. LC 75/93 - Art. 83, II - manifestar-se em qualquer fase do processo 
trabalhista, acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente 
interesse público que justifique a intervenção; 
D) CORRETA. LC 75/93 - Art. 83, III - promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do 
Trabalho, para defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais 
constitucionalmente garantidos; 
E) CORRETA. LC 75/93 - Art. 83, IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de 
cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais 
ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores 
 
 
4) No que se refere aos recursos no processo trabalhista, aos seus respectivos 
prazos e ao Ministério Público do Trabalho (MPT), assinale a opção correta. 
a) O chefe do MPT deve ser nomeado pelo presidente da República entre os nomes 
constantes de lista tríplice encaminhada pelo Congresso Nacional. 
 
b) O procurador-geraldo trabalho subordina-se ao chefe do MPT. 
 
 
c) Os recursos aos tribunais superiores são uniformes e devem ser interpostos no prazo de 
até cinco dias úteis, a contar do recebimento da intimação da parte. 
 
d) O agravo de instrumento, instrumento cabível para recorrer das decisões do juiz 
monocrático adotadas nos procedimentos de execução, deve ser interposto no prazo de 
até quinze dias. 
 
e) Em se tratando de recurso ordinário em procedimento sumaríssimo, é admissível parecer 
oral do representante do MPT durante a sessão de julgamento. 
 
 
Comentário e macete 
 
 
Resumindo: 
O que você precisa saber sobre o Procurador-Geral do Trabalho: 
 
 
É o chefe do MPT; 
É nomeado pelo Procurador-Geral da República; 
 
Deve ter mais de 35 anos de idade; 
Deve ter mais de 5 anos de na carreira; (OBS.: Não ocorrendo número 
suficiente de candidatos com mais de cinco anos na carreira, poderá 
concorrer à lista tríplice quem contar mais de dois anos na carreira.) 
Integrantes da lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal, secreto e 
facultativo, pelo colégio de procuradores; 
Mandato de 2 anos, permitida uma recondução; 
Exoneração antes do término do seu mandato será proposta ao PGR pelo 
Conselho Superior do MPT, mediante deliberação obtida com base em voto 
secreto de 2/3 de seus integrantes; 
Ele preside o Colégio de Procuradores do Trabalho; 
Preside o Conselho Superior do MPT; 
Nomeia o Corregedor-Geral do MPT; 
Indica 1 dos 3 membros da Câmara de Coordenação e revisão do MPT. 
 
 
5) A Constituição Federal do Brasil prevê que o Ministério Público é uma 
instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado. Sobre a 
organização do órgão na área trabalhista, 
 
a) será exercida por membros do Ministério Público Federal e na sua falta pelo Ministério 
Público Federal, ante a falta de previsão de órgão específico na área trabalhista. 
 
b) o chefe do Ministério Público do Trabalho é o Procurador Geral da Justiça, sendo eleito e 
sabatinado pelo Congresso Nacional. 
 
c) o chefe da Procuradoria Regional do Trabalho será designado dentre os Procuradores 
Regionais do Trabalho lotados na respectiva Procuradoria Regional. 
 
d) o Colégio de Procuradores do Trabalho será presidido pelo Corregedor-Geral do 
Ministério Público do Trabalho, composto pelos Procuradores Regionais do Trabalho. 
 
e) o Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho será eleito de forma direta por voto 
dos Subprocuradores-Gerais do Trabalho e dos Procuradores Regionais do Trabalho. 
 
Comentário e macete 
A - ERRADO. art. 128, alínea b da CFB/88 e LC 75/93 Lei Orgânica do Ministério 
Público. 
B - ERRADO. Procurador Geral do Ministério do Trabalho que é o chefe 
representante do MPT, nomeado pelo PGR, 
C - CORRETO. Art 91, da LC/93 
D – ERRADO. Colégio dos Procuradores do Ministério Público é presidido pelo 
PGT, composto por todos os membros da carreira em atividade do MPT 
E - ERRADO. Errado, nomeado pelo PGT. 
Especialmente você que marcou a alternativa "E", se ligue: 
 
"PARA PRESIDIR ALGUM ÓRGÃO COLEGIADO DO MPT, TEM QUE TER Q.I. 
(Quem 
Indica)." 
 
Isso porque nenhum presidente de órgão colegiado do MPT é eleito por seus pares.Vejamos: 
 
Colégio de Procuradores >> PGT preside; 
 
Conselho Superior >> PGT preside; 
 
Câmara de Coordenação e Revisão >> Coordenador >> escolhido pelo PGT 
dentre membros da Câmara; 
 
Corregedoria >> Corregedor-Geral >> escolhido pelo PGT dentre 
Subprocuradores- Gerais do Trabalho integrantes de lista tríplice elaborada pelo 
Conselho Superior. 
 
 
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AULA DO DIA 30/08/2022 
Aula 08 - Partes e procuradores 
 
 PARTES 
• CONCEITO: "As partes do processo são, de um lado, a pessoa (ou 
ente) que postula a prestação jurisdicional do Estado e, de outro, 
a pessoa (ou ente) em relação à qual tal providência é pedida" 
(BEZERRA LEITE). 
• Então, parte será toda a pessoa física, jurídica ou ente 
despersonalizado (massa falida, espólio) titular de direitos e 
obrigações. No processo do trabalho as partes são chamadas: 
a) nas reclamações trabalhistas = reclamante (autor) e reclamado 
(réu); 
b) no inquérito judicial para apuração de falta grave = requerente 
(autor) e requerido (réu); 
c) nos dissídios coletivos = suscitante (autor) suscitado (réu). 
• Previsão legal: Arts 791 a 793 da CLT. 
 
 CAPACIDADES 
A doutrina subdivide a capacidade em três espécies: 
a) Capacidade de ser parte – toda pessoa que tenha adquirido 
personalidade jurídica; sem representante ou assistente. 
b) Capacidade processual – possibilidade de estar em Juízo por si 
próprio (art. 70 do CPC e art. 5º § único do CC), sem representante 
ou assistente 
c) Capacidade postulatória – possibilidade de postular em Juízo 
diretamente ou por advogado. 
▪ A Justiça do Trabalho admite o jus postulandi para ambas 
as partes (Art. 791; Art. 839, “a”, da CLT); 
▪ O jus postulandi foi recepcionado pela CF (ADI 1127-8, 
STF), mas limita-se às VTs e aos TRTs, não alcançando a ação 
rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os 
recursos de competência do TST (Súmula 425 do TST). 
 
 REPRESENTAÇÃO DAS PARTES 
• Representação de pessoas físicas incapazes: Art. 71 do CPC 
• Representação do empregado pelo Sindicato: Art. 791, §1º da 
CLT c/c 513, "a" da CLT; 
• Representação de um empregado por outro: Art. 843, §2º da 
CLT; Representação dos empregados menores de idade: Art. 793 
da CLT e 5º, V, do Código Civil (não corre prescrição contra 
menores de 18 anos – art. 440, CLT). 
Jus postulandi para menores de 18 anos: 
 LEI 
Menor de 18 anos deverá ser representado judicialmente pelos 
representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da 
Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público 
estadual ou por curador nomeado em juízo. (Art. 793, CLT) 
 DOUTRINA 
Relativamente incapazes → (entre 16 completos e 18 anos 
incompletos) adquirem capacidade plena pela CTPS anotada. Por 
isso, poderiam demandar pessoalmente; 
Absolutamente incapazes → (abaixo de 16 anos) devem ser 
representados. 
• Representação do empregado falecido: Na prática, tem-se 
admitido que o empregado falecido seja representado por seus 
dependentes (beneficiários perante a Previdência Social - Lei nº 
6.858/80), herdeiros ou pelo espólio; 
• Representação de pessoas jurídicas: O processo do trabalho 
exige a presença pessoal das partes. O empregador pode ser 
representado por preposto (Art. 843, §1º, 2º e 3º da CLT) 
Antes da reforma trabalhista, o preposto deveria ser necessariamente empregado, 
sob pena de decretação de revelia na audiência. A reforma acrescentou o §3º, no art, 
843, CLT admitindo-se que a empresa se faça representar por qualquer pessoa 
(empregado ou não) que tenha conhecimento dos fatos. 
 
 SUCESSÃO PROCESSUAL 
• Na sucessão, uma parte sai da relação processual e em seu lugar 
entra outra pessoa que assumirá a titularidade da ação, seja no 
polo ativo, seja no polo passivo; 
• A sucessão pode ocorrer de ato intervivos ou causa mortis; 
• Pessoa física: normalmente se dá em razão da morte; 
Pessoa jurídica: o contrato de trabalho vincula a empresa, 
independente de quem é o seu titular (arts. 10 e 448 da CLT) e a 
sucessão pode ocorrer em dois momentos: 
a) Antes do ajuizamento: sucessora será legitimada passiva; 
b) Após o ajuizamento: mera alteração da titularidade, pois 
a sucessora responde pelos débitos trabalhistas; 
Embora a PJ também possa ser sucedida ocupando o polo ATIVO, as 
hipóteses mais comuns a colocam no polo passivo 
 
 SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL 
• É legitimação extraordinária.

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