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Direito Processual e Prática Trabalhista - Pesquisa e Prática - 75hs – Turma 169 – 2022/2 – Prof. Denise Pires Fincato Aula do dia 02/08/2022 Provas: G1: A nota será composta pela seguinte fórmula básica: (P1 + P2) / 2 = G1 onde P1 TERÁ PESO 4,0 e P2 TERÁ PESO 6,0. 1. 11/10/2022 - PROVA (P1) 2. 29/11/2022 - PROVA (P2) 3. 30/11/2022 - PROVA ESPECIAL (PE) 4. 07/12/2022 - G2 5. 09/12/2022 - PRAZO FINAL PARA AUTOAVALIAÇÃO + TDE (para arredondamentos) Livros: GIGLIO, Wagner D. Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2012. MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Atlas, 2014. NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. São Paulo: Saraiva, 2012. Como bibliografia complementar, além das indicações constantes no Plano de Ensino, recomendamos os seguintes materiais (todos disponíveis na biblioteca central da PUCRS, inclusive no "minha biblioteca" - como e-book - como é o caso dos livros 1 e 2): 1. LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 19ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2021. 2. SANTOS, Enoque Ribeiro dos; FILHO, Ricardo Antonio Bittar Hajel. Curso de Direito Processual do Trabalho. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2018. 3. STURMER, Gilberto. Fincato, Denise Pires. A reforma trabalhista simplificada: Comentários à lei 13467/2017. 1ª Ed. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2019. 4. NAHAS, Thereza Christina; FINCATO, Denise; CAMPOS, Amália Rosa de. Prática do Processo do Trabalho. Do presencial ao virtual. 1ª Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2020. ************************************ Aula do dia 03/08/2022 STF TST (Competência Originária) CD (Competência Derivada) TRT (Competência Originária) CD (Competência Derivada) VT (Competência Originária) – Existirão onde for necessária que exista JD/SIGA CCP Jus postulandi (Possibilidade que a parte tem em estar sozinha em juízo, sem advogado, e sem que isso represente uma irregularidade processual) - Trabalhadores (ainda tem os sindicatos) - Quem mais sofre com o jus postulandi é o empregador, que não tem possibilidade de AJG Art. 8º CLT – Direito Material (toda vez que a CLT não for suficiente, o art. 8º vai dar uma instrução do que fazer). 769 889 CLT Lei 5.584/70 CPC CLT Lei 5.584/70 LEF Leis Processuais CPC Leis Processuais AULA 1: PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO Profª Denise Pires Fincato (dpfincato1@gmail.com) SENIORES: Carolina Oselame (carolina.Oselame@gmail.com) e Julise Lemonje (juliselemonje@hotmail.com) JUNIORES: Bóris de Assis (borisassis@gmail.com) e Nicole Della Giustina (nicoledellagiustina@gmail.com) DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO INTRODUÇÃO AUTONOMIA CIENTÍFICA DO DIREITO MATERIAL DO TRABALHO *processo do trabalho tem sua autonomia *produção bibliográfica, justiça especializada, lógica própria para apreciação e julgamento das controvérsias das relações de trabalho. *vai observar a relação do trabalho em si: admissão, desligamentos, salários etc. = controversas em relação a esse relacionamento de trabalho (seja individual ou coletivo). *pode ser judicial ou extrajudicial *direito processual é instrumento para as relações controversas de direito material. *junta de conciliação e julgamento = VARA DO TRABALHO AUTONOMIA CIENTÍFICA DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO BREVES NOTAS SOBRE JURISDIÇÃO TRABALHISTA E SUA SITUAÇÃO ATUAL *Sentença exarada por juiz de direito (Justiça Estadual) = RECURSO ORDINÁRIO mailto:juliselemonje@hotmail.com mailto:nicoledellagiustina@gmail.com *Juiz singular – VT *Colegiado – TRT e TST DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO INTRODUÇÃO – PRINCIPIOLOGIA PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE PRINCÍPIO DA (OU INCENTIVO À) CONCILIAÇÃO PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE PRINCÍPIO DA CELERIDADE PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE PRINCÍPIO DA ORALIDADE PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE PRINCÍPIO DA NORMATIVIZAÇÃO COLETIVA PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO (PROTECIONISMO) *Se aplica inequivocadamente nas relações de direito material - Hipossuficiente tem direito a uma estrutura e olhar normativo diferente *juiz (3º neutro) vai fazer esse equilíbrio, dos que teriam essa relação desequilibrada. *depósito do preparo recursal – característica de garantia do processo (empregador que faz) *despesas processuais – empregador que faz CONCEITO: "Prevê, com base na hipossuficiência do trabalhador, que o mesmo é tratado de forma desigual (protetiva) pela Lei, a fim de dirimir tal disparidade." Direito Material x Direito Processual; Alterações oriundas da Lei n.13.467/2017 (depósito recursal e despesas processuais) PRINCÍPIO DA INFORMALIDADE *mantém o jus postulandi funcionando no processo do trabalho CONCEITO: (simplicidade das formas) "Prevê que o processo será manejado sem excessivas formalidades, dando-se atenção especial à prestação jurisdicional." Exemplo: artigo 899, CLT; art. 840, CLT, art. 847 CLT PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO *se não constar a oferta da conciliação, há falha no devido processo legal (é obrigatório o juiz perguntar se há possibilidade e ofertar as partes) *A conciliação pode ser feita a qualquer momento *Da conciliação não cabe recurso (exceto terceiros prejudicados) CONCEITO: "Prevê que os dissídios trabalhistas sempre serão sujeitos à conciliação." Exemplo: art. 764 e 831 da CLT Obrigatoriedade: art. 846 e 850 da CLT Art. 2º, IV e 14 da IN 39/2016 do TST PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE *as decisões interlocutórias são irrecorríveis de imediato no direito do trabalho - Se dá interlocutória resultar em prejuízo processual, poderá no recurso da sentença, levantar uma preliminar, levantando nulidade e futuramente conseguindo a anulação de algo. - Para evitar a preclusão, deverá fazer um “Protesto Antipreclusivo” - “Excelência, pode registrar meu protesto em face dessa decisão interlocutória...” *nulidade se admite como uma exceção processual *essas interlocutórias não podem ter característica terminativa. CONCEITO: "As decisões interlocutórias no processo do trabalho, via de regra, são irrecorríveis. " Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias Exemplo: art. 893, §1º da CLT e Súmula 214 do TST, art. 799, §2º da CLT Súmula 214 do TST DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - nos termos do art. 893, § 1º , da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º , da CLT PRINCÍPIO DA CELERIDADE CONCEITO: "O processo do trabalho sempre tramitará sob grau de máxima celeridade, observada, em especial, a natureza jurídica dos créditos decorrentes da ação trabalhista." Exemplo: Audiência Una e jus postulandi (art. 791 da CLT) e art. 765 da CLT. Hipóteses de Tramitação Preferencial a) Lide em que figurar idoso como parte ou interessado (60 anos ou mais) - art. 71, da Lei n.10.741/2003 e art. 1.048, I do CPC; b) Lide que versar exclusivamente sobre pagamento de salário - art.652, parágrafo único da CLT; c) Lide em que o empregador seja massa falida - art.652, parágrafo único da CLT; d) Lide em que portador de doença grave figurar como parte ou interessado - art. 1.048 do CPC; e) Lide em que figurar pessoa com deficiência como parte - art. 9° , VII da Lei n° 13.146/2015 PRINCÍPIO DA SIMPLICIDADE CONCEITO: "Ligado ao princípio da instrumentalidadee da oralidade, indica que os recursos sejam interpostos por simples petição, evitando formalismos extremos como exigidos nos recursos de natureza extraordinária" Exemplo: art. 899 da CLT, 841, § 1º, da CLT PRINCÍPIO DA ORALIDADE *parte pode se defender oralmente, as razões finais são orais, partes podem sustentar CONCEITO: "As partes poderão se manifestar, sempre que possível, na forma oral, inclusive para a apresentação de contestação e manifestação em audiência." Exemplo: Reclamação Verbal (art. 840, caput e §2º da CLT) Defesa oral do Reclamada (art. 847 da CLT) e Audiência (contraditas, protestos, razões finais e outros) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE *subsidiariamente vai ter a aplicação de outros diplomas CONCEITO: "O processo comum (civil) é fonte subsidiária do Processo do Trabalho, aplicando-se ao mesmo supletiva e subsidiariamente." Exemplo: art. 769, 889 da CLT e art. 15 CPC IN 39 TST PRINCÍPIO DA NORMATIVIZAÇÃO COLETIVA CONCEITO: "A Justiça do Trabalho pode exercer o poder normativo, que consiste no poder de criar normas e condições, através da sentença normativa, gerando efeitos que afetam os contratos individuais de trabalho da categoria profissional representada pelo sindicato que ajuizou o dissídio coletivo." Art. 114, §2º da CF https://www.youtube.com/watch?v=GjZiDrKMNyA https://www.youtube.com/watch?v=y7AyzUYBcfg ******************************* AULA DO DIA 09/08/2022 AULA 2: ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO https://www.youtube.com/watch?v=GjZiDrKMNyA https://www.youtube.com/watch?v=y7AyzUYBcfg TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO • Sede em Brasília e jurisdição em todo território nacional; • São exatamente 27 Ministros (macete: Trinta Sem Três) nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal; • Ministros devem ser brasileiros (natos ou naturalizados), com mais de 35 e menos de 70 anos de idade; • 1/5 dos membros será composto por advogados e membros do MPT, e os demais oriundos dos TRTs (art. 111-A da CF); • São órgãos do TST: Tribunal Pleno, Órgão Especial, Seção de Dissídios Coletivos, Seção de Dissídios Individuais e as Turmas (art. 65, do RI, TST); • Funcionam junto ao TST: Escola Nacional da Magistratura Trabalhista (ENAMAT) e Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT); • A competência do TST é definida pela Lei nº 7.701/88. TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO • Mínimo de 7 juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República (sem sabatina no Senado); • Devem ser brasileiros (naturais ou naturalizados) com mais de 30 e menos de 70 anos de idade – Art. 115, CF; • Território dividido em 24 Regiões (TO, AC, RR e AP não tem TRT próprio); • Compete ao TRT elaborar seu próprio Regimento Interno – Art. 96, I, “a”, CF; Competência para julgamento. ESTRUTURA DOS TRIBUNAIS REGIONAIS: • Tribunal Pleno • Órgão Especial • Seção de Dissídios Coletivos – SDC • Seção de Dissídios Individuais - 1ª SDI • Seção de Dissídios Individuais - 2ª SDI • Seção Especializada em Execução - SEEx (TRT4) • Turmas Julgadoras • CEJUSC CENTRO JUDICIÁRIO DE MÉTODOS CONSENSUAIS DE SOLUÇÃO DE DISPUTAS – CEJUSC* • São unidades operacionais voltadas à promoção da autocomposição de conflitos, com o intuito de fortalecer as conciliações e mediações em processos (Resolução nº 174/2016); • Atua em qualquer fase ou instância, salvo ação rescisória, mandado de segurança, habeas corpus, dissídios coletivos e ações em que for parte pessoa jurídica de direito público. • No Rio Grande do Sul existem 5 CEJUSC-JT de 1° Grau (Porto Alegre, Caxias do Sul, Passo Fundo, Santa Maria e Pelotas) e 1 CEJUSC-JT de 2° Grau. VARAS DO TRABALHO • Órgãos de primeira instância da Justiça do Trabalho; • Competência territorial (jurisdição local): fixada por Lei (art. 650 e seguintes da CLT); • Competência material: processar e julgar as ações oriundas das relações de trabalho, e aquelas que, por exclusão, não sejam da competência originária dos Tribunais Trabalhistas (art. 114, CF); • Um Juiz de Direito poderá atuar como Juiz do Trabalho nas Comarcas onde não houver Vara do Trabalho. O processo tramita na Justiça Comum, mas o recurso cabível deve ser dirigido ao TRT (art. 112, CF). ÓRGÃOS AUXILIARES DA JUSTIÇA DO TRABALHO • Corregedoria (Geral e Regional) - Art. 709, da CLT • Serviços auxiliares - Art. 710 a 717 da CLT • Oficial de justiça avaliador - Art. 721 da CLT COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO 1) Em razão da matéria Art. 114 da CF. 2) Em razão da pessoa Art. 114 da CF. 3) Em razão da função Art. 652 e 653 da CLT. 4) Em razão do território Art. 651 da CLT PROCEDIMENTOS DAS AÇÕES TRABALHISTAS No processo do trabalho há dois tipos de procedimentos: I) Procedimento comum (que se divide em): • Sumário; • Sumaríssimo; • Ordinário. II) Procedimento especial: • Dissídio coletivo PROCEDIMENTO COMUM SUMÁRIO • Instituído pela Lei nº 5.584/70; • Causas até 2 salários-mínimos - Art. 2º, §3º e §4º da Lei. 5.584/70; • Finalidade de garantir maior celeridade processual; • Não caberá nenhum recurso das sentenças proferidas nas ações sujeitas a este procedimento; • Súmula 640 do STF e RE 638224. Dissídio de alçada é aquele cujo valor da causa não ultrapassa duas vezes o salário-mínimo! PROCEDIMENTO COMUM SUMARÍSSIMO • Artigos 852-A a 852–I da CLT; • Valor da causa superior a 2 salários-mínimos e até 40 salários-mínimos; • Requisitos da petição inicial: art. 852-B da CLT; • Audiência UNA; • Apreciação da ação deverá ocorrer no prazo máximo de 15 dias do seu ajuizamento (852-B, III CLT); • “Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. “(Art. 852-A, parágrafo único da CLT). PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO • Artigos 837 a 852 da CLT; • Causas com valor acima de 40 salários-mínimos; • As ações devem ser solucionadas em única audiência (Art. 849 da CLT). Mas e na prática? Mapa mental: https://www.youtube.com/watch?v=0KyzXlnMKWo https://www.youtube.com/watch?v=9vR-gk1W8gI ****************************** AULA DO DIA 10/08/2022 Aula 03 - Resolução de conflitos FORMAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS NA JUSTIÇA DO TRABALHO AUTODEFESA OU AUTOTUTELA AUTOCOMPOSIÇÃO HETEROCOMPOSIÇÃO AUTOTUTELA/ AUTODEFESA https://www.youtube.com/watch?v=0KyzXlnMKWo https://www.youtube.com/watch?v=9vR-gk1W8gI “Entende-se por autotutela a solução de conflitos em que uma das partes impõe o sacrifício do interesse da outra” (Alcalá Zamorra, Niceto) Caracteriza-se pela solução direta do conflito por meio do uso da força, da prevalência do mais perspicaz ou da influência de figura de maior autoridade/hierarquia Exemplo: Greve (art. 9º, CF/88; art. 1º, Lei nº 7.783/89) e Locaute Alteração unilateral do local da prestação de serviços, suspensão contratual com finalidade disciplinar AUTOCOMPOSIÇÃO A Resolução n.° 174/2016 do CSJT proíbe que a autocomposição dos conflitos trabalhistas ocorra sem a chancela ou intervenção da Justiça do Trabalho. Apenas magistrados e servidores podem atuar nos CEJUSC. [...] se dá quando o envolvido consente no sacrifício de seu próprio interesse, unilateral ou bilateralmente, total ou parcialmente. (CALMON, Petrônio) Unilateral: renúncia (abre mão da pretensão) ou submissão (aceita a pretensão do outro); Bilateral: transação/acordo (encontro de pretensões) Extrajudicial: conflito solucionado sem intervenção do Judiciário; Ex: CCP, Hom. Acordo Extraj., Quitação Anual. Judicial: conflito solucionado com intervenção do Judiciário. Ex.: CEJUSC pré-processual.; endoprocessual,conciliação virtual, conciliação judicial. HETEROCOMPOSIÇÃO Alguns doutrinadores (minoritário) sustentam que a conciliação e a mediação seriam métodos heterocompositivos de solução do conflito, porque caracterizadas pela presença de um terceiro "[...] solução do conflito trabalhista por um terceiro, que decide com força obrigatória sobre os litigantes que, assim, são submetidos à decisão." (BEZERRA LEITE, Carlos Henrique) Extrajudicial: conflito solucionado sem intervenção do Judiciário; Ex: Arbitragem (507-A da CLT; Lei 9.307/96) Judicial: conflito solucionado com intervenção do Judiciário. Ex: Jurisdição (art. 5°, XXXV, CF) MEDIAÇÃO A participação das partes é facultativa; É voltada à pacificação do conflito. Pode ser bem-sucedida mesmo que não resulte em acordo; O mediador atua como um facilitador do diálogo, mas não propõe soluções para o conflito. Necessária para a instauração de dissídio coletivo (Art. 114, §2, CF c/c Lei 10.192, art.11). Distinção de conciliação e arbitragem CONCILIAÇÃO Enquanto alguns criticam o fato do julgador poder atuar como conciliador, outros entendem que a expertise do magistrado é fundamental para assegurar um acordo justo A participação das partes é obrigatória quando endoprocessual; É voltada à extinção do conflito e, quando endoprocessual, do processo; O conciliador atua ativamente para promover o acordo e pode fazer propostas. Pode ocorrer em dissídios individuais e coletivos. Súmula 418, TST – não há direito líquido e certo à homologação de acordo celebrado pelas partes. COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA - CCP ARTS. 625-A ao 625-H da CLT; • Pela redação do art. 625-E, parágrafo único, o termo terá eficácia liberatória geral, exceto quanto às parcelas expressamente ressalvadas; • O termo terá característica de título executivo extrajudicial - Art. 876, CLT; • O entendimento jurisprudencial majoritário sobre a eficácia liberatória geral é de que abrange somente as parcelas expressamente consignadas, ou seja, não depende de ressalva do trabalhador; • Posição dos tribunais sobre sua obrigatoriedade para ajuizamento de relação trabalhista (ADI 2139, STF). ARBITRAGEM A arbitragem pode ser utilizada para a solução de conflitos individuais trabalhistas no caso do art. 507-A, CLT c/c art. 1°, Lei 9.307/96 (hipersuficiente); Para a solução de conflitos coletivos trabalhistas a arbitragem é autorizada pelo art. 114, §1° e §2, CF. Nas relações de trabalho a arbitragem só pode ser estabelecida por meio de cláusula compromissória A sentença arbitral criadora de direitos coletivos trabalhistas não é passível de ação de execução, mas, sim, da ação de cumprimento, prevista no art. 872 da CLT *livre estipulação – diploma de ensino superior – ensino técnico/ensino superior incompleto, não serve para se enquadrar. + salário superior a 2 vezes o regime geral da previdência. QUITAÇÃO ANUAL *permite as partes, 1 vez ao ano, comparecer ao sindicato profissional, e conferir as suas contas, assessorado pelo seu sindicato, quem dá a quitação anual e diz se está tudo certo, não é o sindicato, mas sim o trabalhador. *ente sindical deveria ter profissionais de contabilidade para conferir o ente da rescisão e pagamento para ser feito a quitação anual. *algo feito extrajudicialmente, e traz eficácia liberatória das parcelas. Art. 507-B, CLT • É uma faculdade; • Deve ser firmado perante o sindicato da categoria, na vigência ou não do contrato de emprego; • Tem eficácia liberatória das parcelas nele especificadas (quitação plena?) Reforma trabalhista. Revogação do §1º do art. 477 da CLT (Homologação da rescisão no sindicato); ACORDO EXTRAJUDICIAL HOMOLOGADO *quer fazer um acordo e só levar a homologação extrajudicial é possível - Impõe adv. Para as duas partes (cada parte deve ter 1 adv. Diferente constituído por si), peticionamento nos autos *homologação do acordo – coisa julgada *juiz não homologa, arquiva-se e deu. Arts. 855-B a 855-E, CLT • Empregado e empregador não podem ter o mesmo advogado; • Pode ou não ser homologado em audiência; • O magistrado pode recusar a homologação do acordo extrajudicial; • Cabe Recurso Ordinário da decisão que não homologa ou homologa parcialmente o acordo extrajudicial. • Suspende o prazo prescricional quanto aos direitos especificados; • Art. 966 do CPC. Mapa mental: Autocomposição na Justiça do Trabalho: Vamos falar de jurimetria? Galerinha, jurimetria nada mais é do que a análise da ciência do direito efetuada por meio da coleta, parametrização e interpretação de dados estatísticos. O Conselho Nacional de Justiça sabe que olhar para os números é uma boa forma de identificar os pontos fortes e fracos do nosso sistema processual e planejar melhorias. Por isso, todo ano ele publica um relatório chamado Justiça em Números que, entre outros indicadores, informa os índices de conciliação da Justiça do Trabalho. Convidamos vocês a acessarem este link:https://www.cnj.jus.br/wp- content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25- 08-2020.pdf para darem uma olhada nos gráficos das páginas 171-177 do arquivo. Lá tem detalhes dos índices de conciliação de vários segmentos do Poder Judiciário e aqui vai um spoiler: a Justiça do Trabalho dá "de relho" na Justiça Comum. Quem tiver interesse, também pode dar uma olhada "conciliômetro" do TRT4 (https://dados.trt4.jus.br/extensions/conciliometro/conciliometro.html) e também nos índices de autocomposição obtidos pelos CEJUSC-JT de primeiro e segundo grau (https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/conciliacao). https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf https://www.cnj.jus.br/wp-content/uploads/2020/08/WEB-V3-Justi%C3%A7a-em-N%C3%BAmeros-2020-atualizado-em-25-08-2020.pdf https://dados.trt4.jus.br/extensions/conciliometro/conciliometro.html https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/conciliacao Ainda, a tabelinha completa e atualizada de valores conciliados esta nesse link: https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/conciliacoes-primeiro-grau Se te interessou, pode "dale" aquela conferida! :) - acórdãos discutindo os limites da atuação do magistrado na homologação de acordo extrajudicial; - modelo de homologação de acordo extrajudicial, para que possam ligar o nome à "pessoa"; - link do artigo publicado no conjur de autoria de Otávio Torres Calvet (Juiz do Trabalho no TRT-RJ, mestre e doutor em Direito pela PUC-SP) sobre "A recusa de homologação de acordo para formação de jurisprudência". - link com uma explicação de dois minutinhos sobre homologação de acordo extrajudicial: https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=KVkZnlNzDjs&feature=emb_title ************************** AULA DO DIA 16/08/2022 AULA 4: JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA JURISDIÇÃO PÚBLICA JURISDIÇÃO PRIVADA COMPETÊNCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO • COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA; • COMPETÊNCIA EM RAZÃO DAS PESSOAS; • COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA FUNÇÃO (FUNCIONAL); • COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR. CONCEITOS • Jurisdição – poder-dever do Estado de pacificar conflitos e/ou resolver controvérsias, assegurando a ordem jurídica; *poder de dizer ao direito o caso concreto *aplicar/trazer o direito as coisas ao lugar que apresentar https://www.trt4.jus.br/portais/trt4/conciliacoes-primeiro-grau https://www.conjur.com.br/2021-mai-04/trabalho-contemporaneo-recusa-homologacao-acordo-formacao-jurisprudencia?utm_campaign=clipping_de_noticias_-_05052021&utm_medium=email&utm_source=RD+Station https://www.conjur.com.br/2021-mai-04/trabalho-contemporaneo-recusa-homologacao-acordo-formacao-jurisprudencia?utm_campaign=clipping_de_noticias_-_05052021&utm_medium=email&utm_source=RD+Stationhttps://www.conjur.com.br/2021-mai-04/trabalho-contemporaneo-recusa-homologacao-acordo-formacao-jurisprudencia?utm_campaign=clipping_de_noticias_-_05052021&utm_medium=email&utm_source=RD+Station https://www.youtube.com/watch?time_continue=1&v=KVkZnlNzDjs&feature=emb_title *jurisdição pública – poder dever do estado, jurisdição privada – poder que as próprias partes detêm *organizada a partir de critérios de competência • Competência – forma como o Estado organiza a prestação jurisdicional. As atribuições podem ser definidas pela Constituição Federal, Leis infraconstitucionais e atos de organização judiciária; *forma como o Estado organiza essa atribuição jurisdicional *todo magistrado tem jurisdição, mas nem sempre é competente para julgar determinado caso, determinada matéria, determinado lugar... Assim, todo(a) o(a) magistrado(a) sempre será investido de jurisdição, mas nem sempre será competente para processar e julgar uma pretensão COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA MATÉRIA *Relação jurídica que deu origem ao conflito é trabalhista = matéria em relação ao direito do trabalho. • “A competência em razão da matéria no processo do trabalho é delimitada em virtude da natureza da relação jurídica material deduzida em juízo” (BEZERRA LEITE, Carlos Henrique); • Entendimento do STF: a competência da Justiça do Trabalho depende da causa de pedir e do pedido deduzidos pelo demandante, mesmo se a decisão de mérito que vier a ser proferida envolva a aplicação de normas de direito civil (Ex: dano moral/material – Súmula Vinculante nº 22 + Súmula 392, TST); • As hipóteses de competência material da Justiça do Trabalho vêm previstas no art. 114, CF; • Pode ser alegada a qualquer tempo e conhecida de ofício pelo julgador. Gera nulidade absoluta do processo (art. 795, §1°, CLT) • Mandado de Segurança, Habeas Corpus e Habeas Data; • Ações possessórias relacionadas ao direito de greve (reintegração de posse, manutenção de posse, interdito proibitório – Súmula Vinculante n.º 23); • Normas de segurança, higiene e saúde do trabalho (Súmula 736, STF); • Questões relativas a direito coletivo do trabalho (direito de greve, relações que envolvam sindicatos); • Imposição de penalidades administrativas por órgãos de fiscalização do trabalho; • Embora haja controvérsia, prevalece entendimento de que a Justiça do Trabalho não é competente para processar e julgar matéria de consumo ou criminal. Conflito de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista (ressalvado o art. 102, I, “o”, CF) • VT x VT = TRT; • VT x Juiz Direito (jurisdição trabalhista) = TRT; • VT x VT (TRT distinto) = TST; • TRT x TRT = TST; • JT x Juiz Estadual ou Juiz Federal = STJ • TRT x TJ ou TRF = STJ; • TST x STJ = STF. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DAS PESSOAS *quem pode demandar/ajuizar uma ação na Justiça do Trabalho? Olhar a qualidade da parte que está postulando. *pode abranger outras pessoas *checklist do art. 3º • A competência em razão das pessoas é fixada em virtude da qualidade da parte que figura na relação jurídica processual; • Quem são as pessoas que podem demandar na Justiça do Trabalho? Trabalhadores (autônomo, representante comercial, avulso), tomadores de serviços, sindicatos, MPT; • O voluntário, estagiário e a pessoa jurídica podem demandar na Justiça do Trabalho quando a pretensão se relacionar ao reconhecimento de vínculo de emprego; • A Justiça do Trabalho é competente para julgar conflitos trabalhistas de servidores públicos, desde que o regime de contrato seja CLT (ADI- MC 3395/DF). COMPETÊNCIA EM RAZÃO DA FUNÇÃO (FUNCIONAL) *Em que lugar da estrutura da justiça do trabalho, esse conflito vai começar a andar, ou ele já estando, para onde vai em função de recursos *Varas do trabalho – regionais – tribunais superiores do trabalho *CCP – fora do poder judiciário, e STF – não é específico trabalhista *matéria é trabalhista • "A competência funcional (ou em razão da função) é fixada em virtude de certas atribuições especiais conferidas aos órgãos judiciais em determinados processos." (BEZERRA LEITE, Carlos Henrique) • Das Varas do Trabalho (Art. 652 e 653 da CLT); • Dos TRTs (Art. 678 a 680 da CLT); • Do TST (Art. 702 da CLT e Regimento Interno do TST); • A incompetência é absoluta. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR *quanto ao território *Regra geral – Local da prestação de serviços (local onde se designou o contrato, onde se prestou os serviços). - Domicílio, celebração do contrato e efetiva prestação de serviços. *interlocutórias são irrecorríveis de imediato, pode usar jus postulandi e o local de prestação de serviço do trabalho • “A competência em razão do lugar ou territorial, é determinada com base na circunscrição geográfica sobre a qual atua o órgão jurisdicional.” (BEZERRA LEITE, Carlos Henrique) • Varas do Trabalho, TRTs e TST • Regra geral: Local da prestação de serviços (Art. 651 da CLT); Empregado agente ou viajante comercial (Art. 651, §1º da CLT); Exceções: Empregado brasileiro laborando no estrangeiro (Art. 651, § 2º da CLT); Empresa que promova atividade fora do lugar da celebração do contrato (Art. 651, §3º, da CLT) • Ação civil pública (OJ 130, SDI-II, TST); • Incompetência relativa – deve ser suscitada pela parte por exceção de incompetência em razão do lugar, no prazo de 05 dias contados a partir da notificação citatória trabalhista (art. 799 e 800, CLT), ficando o processo suspenso até que a questão seja decidida. Não se aplica o CPC pois não há lacuna na CLT; • Não se admite o foro de eleição no processo do trabalho (Art. 2º, I, IN. 39/2016). • Informativo 185 do TST: Reclamação trabalhista ajuizada no foro do domicílio da reclamante e acesso à justiça. MENU RÁPIDO DE SÚMULAS E OJs DA MATÉRIA: OJ 138 SBDI-1 do TST OJ 26 SBDI-1 do TST Súmula 97 do STJ Súmula 137 do STJ Súmula 170 do STJ Súmula 363 do STJ Súmula Vinculante 23 do STF Súmula 736 do STF Súmula 19 do TST Súmula 300 do TST Súmula 368 do TST Súmula 389 do TST Súmula 392 do TST Súmula 454 do TST Mapa Mental: Aha! Ele está disponível pra vocês na nossa biblioteca, de forma online. Então, vocês precisarão de sua senha de 4 dígitos. No catálogo de e-books (que é enorme), busquem pela referência: Pereira, Leone Prática jurídica : trabalhista, 9. ed. São Paulo:Saraiva Educação, 2019. (Coleção Prática Jurídica). Sugerimos que busquem por "Prática Jurídica" (foi o que fizemos ;P) e entre os materiais (já fiquem com a indicação para outras disciplinas) verão o fascículo de "Prática Trabalhista". TRILHA: site da pucrs -> biblioteca -> coleções online -> livros eletrônicos (e- books) -> e-books minha biblioteca. ************************** AULA DO DIA 17/08/2022 AULA 5 - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS PARTE I Habeas corpus, habeas data, mandado de segurança e interdito proibitório *trazer esses institutos de ações para o cenário trabalhista. = aplicação desses institutos, diante de uma ausência de previsão, de ferramentas similares na CLT. *começa a buscar no CPC, e tenta encaixar na realidade do processo do trabalho. PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE • Subsidiariedade – aplica-se na hipótese de constatação de omissão ou lacuna na CLT (exemplo: tutela de urgência); *prevê lacuna • Supletividade – aplica-se na hipótese em que a CLT não tem lacuna, mas suas previsões podem ser complementadas pelo CPC (exemplo: suspeição do julgador). *não tem lacuna, há uma análise do intérprete • Grande parte da previsão legal de procedimentalização das Ações Especiais estão contidas no próprio Código de Processo Civil (art. 1°, IN 27/2005 TST) Lembre-se dos art. 769 e 889, da CLT, bem como do art. 15, do CPC! (Somatório dos dois, a disposição do jurídico).HABEAS DATA – ART. 5º, LXXII, DA CF *habeas data – banco público de informação (empregado faz em face do empregador) *habeas data também pode ser manejado em face de empregador (que não é gestão pública, seria gestão privada) = isso por parte minoritária da doutrina. – Teria uma equivalência potestativa. *acesso a informações, saber, corrigir informações que estejam equivocadas, exclusão de determinadas informações que não tenham necessidade de estar ali, fazer cálculos. *Lei de proteção de dados – informação não pertence ao empregador, ele é o guardião daqueles dados, mas os dados são dos respectivos titulares (empregados), solicitando assim correções, informações e exclusões. Hipóteses de cabimento: a) assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; b) retificar dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo; c) anotar nos assentamentos do interessado contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas justificável e que esteja sob pendência judicial ou amigável (prevista no art. 7º, Lei n. 9.507/97). • Pode ser impetrado na Justiça do Trabalho, desde que o direito material esteja vinculado com a relação de trabalho. • Exemplos: - Servidor não estatutário (CLT) em face do Estado para obtenção de informação do tempo de serviço; - Empregador X procurador do trabalho ou fiscal do trabalho para ter acesso a processo administrativo; e - Obtenção de documentos junto à reclamada para melhor liquidação dos pedidos elencados na petição inicial (DIVERGÊNCIA) • Vem perdendo objeto em razão: - Ação de produção antecipada de prova (art. 381, II, CPC) ou ação autônoma de exibição de documento; e - Requisição de informação pelo titular do dado pessoal (arts. 18 e 19 LGPD). HABEAS DATA – Via Eleita - “O Habeas data é o remédio constitucional para obtenção ou correção de dados pessoais, oponível não apenas contra os entes governamentais, mas também entidades de caráter público, como no caso em tela, e contra entidades privadas que possam divulgar dados a terceiros, o que leva a entender que o instrumento pode ser utilizado inclusive contra o empregador privado, quando se recuse a fornecer dados pessoais de seu empregado ou informações sobre sua vida profissional”. (...) Também o empregador privado dispõe de assentamentos, cadastros e bancos de dados, acerca de seus empregados ou ex- empregados, e quando solicitados por terceiros divulgam tais informações. São comuns as cartas de referência, que são posteriormente investigadas para que se constate a veracidade de suas declarações. Portanto, se tais informações estão disponíveis a terceiros, que podem averiguar a vida profissional de postulante a emprego ou cargo público, parece claro que o instrumento adequado para obtenção de tais registros ou sua retificação haverá de ser o habeas data. (TRT 2ª R. - 00730008020065020086 (00730200608602000) - RO - Ac. 1ªT 20110450838 - Rel. Maria Inês Moura Santos Alves da Cunha - DOE 25/04/2011) MANDADO DE SEGURANÇA ART. 5º, LXIX, DA CF • Remédio constitucional utilizado para a proteção de direito líquido e certo, quando impossível a utilização de habeas data ou habeas corpus para tanto; • Regulado na Lei n. 12.016/2009; • O responsável pela ilegalidade ou abuso de poder deverá ser autoridade pública, ou agente de pessoa jurídica, no exercício de atribuições do Poder Público; • Muito utilizado na Jurisdição Trabalhista, principalmente pela irrecorribilidade das decisões interlocutórias. • A Súmula 414, TST, indica cabimento de MS em caso de concessão ou não de tutela provisória em decisão interlocutória. Também refere que ele perde o objeto se for proferida sentença no processo originário; • Cabível para desbloqueio de valores via SisbaJud (novo BacenJud), RenaJud e outras formas de bloqueio de patrimônio; • Sucedâneos recursais: da decisão de TRT em MS cabe RO para o TST (Súmula 201, TST); da decisão de VT em MS cabe RO para o TRT. • A Súmula 415, TST, traz os requisitos da petição inicial do MS (prova documental pré-constituída); e • A Súmula 417, TST, fala do não cabimento do MS para penhora em dinheiro. Ano: 2018 Banca: FGV Órgão: OAB Prova: FGV - 2018 - OAB - Exame de Ordem Unificado - XXVII - Primeira Fase - Em uma reclamação trabalhista, o autor afirmou ter sido vítima de discriminação estética, pois fora dispensado pelo ex-empregador por não ter querido raspar o próprio bigode. Requereu, na petição inicial, tutela de urgência para ser imediatamente reintegrado em razão de prática discriminatória. O juiz, não convencido da tese de discriminação, indeferiu a tutela de urgência e determinou a designação de audiência, com a respectiva citação. Como advogado(a) do autor, assinale a opção que contém, de acordo com a Lei e o entendimento consolidado do TST, a medida judicial a ser manejada para reverter a situação e conseguir a tutela de urgência desejada. A Interpor recurso ordinário seguido de medida cautelar. B Nada poderá ser feito, por tratar-se de decisão interlocutória, que é irrecorrível na Justiça do Trabalho. C Impetrar mandado de segurança. D Interpor agravo de instrumento HABEAS CORPUS – ART. 5º LXVIII DA CF *Tem uma finalidade de garantir a liberdade do impetrante, o HC libera a pessoa, e o Habeas Data libera a informação. *Justiça do Trabalho não tem competência penal/criminal. = na hipótese de ocorrência, encaminha para quem tiver competência de julgar. • Concedido, conforme a CF “sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder”. Vincula-se ao direito de ir e vir; • A Justiça do Trabalho não tem competência para processar e julgar HC em razão da prática de crime (ex.: falso testemunho na JT); • A Súmula Vinculante n.º 25, STF, não mais permite a prisão civil do depositário infiel, que era o uso mais comum do HC na JT; • Casos de cabimento trazidos pela doutrina: condução coercitiva de testemunha trabalhista; constatação de trabalho em condição análoga à de escravo; jogador de futebol que pretende trocar de clube (DIVERGÊNCIA). Habeas corpus. Cabimento. Jogador de futebol. Livre exercício da profissão. A SBDI-II, por maioria, conheceu de agravo regimental e, no mérito, negou-lhe provimento, mantendo, portanto, decisão monocrática que, em sede de habeas corpus, concedeu pedido liminar para autorizar jogador de futebol a exercer livremente sua profissão, participando de jogos e treinamentos em qualquer localidade e para qualquer empregador, conforme sua livre escolha. Na espécie, ressaltou-se que não há falar em não cabimento do habeas corpus, pois, na Justiça do Trabalho, a referida ação constitucional não se restringe à proteção do direito à locomoção, mas abrange a defesa da autonomia da vontade contra ilegalidade ou abuso de poder perpetrado tanto pela autoridade judiciária quanto pelas partes da relação de trabalho. Ademais, no caso em tela restou demonstrada a presença da fumaça do bom direito e do perigo da demora, pois o paciente encontra se impedido de exercer a função de jogador de futebol no clube que lhe interessa, e a manutenção do vínculo com o empregador atual, por tempo indeterminado, ofende o direito de livre exercício da profissão. De outra sorte, o debate travado nos autos reclama medida urgente, pois envolve atleta que, em razão da idade, encontra-se em fim de carreira. Vencidos os Ministros Douglas Alencar Rodrigues e Renato de Lacerda Paiva.TST -AgR -HC-5451 -88.2017.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min. Delaíde Miranda Arantes , 8.8.2017 Habeas corpus. Não cabimento. Atleta profissional de futebol. Liberação para exercício de atividade esportiva em agremiaçãodiversa. Ausência de restrição ao direito primário de liberdade de locomoção. Conforme vem se posicionando o STF e o STJ, o habeas corpus tem cabimento restrito à defesa da liberdade de locomoção primária (direito de ir, de vir ou de permanecer), ou seja, é meio de proteção a direitos que tenham como condição necessária para o seu exercício a liberdade física. Assim, é incabível habeas corpus para discutir cláusula contratual envolvendo atleta profissional de futebol, com pedido de transferência imediata para outra agremiação desportiva e de rescisão indireta do contrato de trabalho. No caso, a liberdade de locomoção é afetada apenas de forma secundária, como reflexo da liberdade de exercício de profissão ou de trabalho, tutelada por outro meio admitido em Direito. Sob esses fundamentos, a SBDI-II, em sua composição plena, por maioria, não admitiu o habeas corpus, extinguindo o processo sem resolução de mérito, na forma do artigo 485, IV, do CPC de 2015. • Vencidos os Ministros Alexandre de Souza Agra Belmonte, Delaíde Miranda Arantes e Maria Helena Mallmann, que admitiam o habeas corpus ao fundamento de que é a medida adequada para combater a restrição à liberdade de locomoção advinda da impossibilidade de o atleta transferir-se para outra agremiação, não obstante haja mora contumaz do clube empregador a autorizar o rompimento do contrato (art. 31 da Lei Pelé), e em razão de o valor da cláusula compensatória de transferência ser exorbitante. TST-HC-1000678-46.2018.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min. Alexandre Luiz Ramos, 13.11.2018 – Informativo TST nº 187 INTERDITO PROIBITÓRIO ARTS. 567 E 568 DO CPC *ações possessórias – poderá ser proposta, tramitar e obter julgamento na justiça do trabalho, se a sua raiz tiver vinculada a relações de trabalho (relações individuais de trabalho, ou relações coletivas de direito do trabalho) *relações de trabalho *exercício do direito de greve, e o transbordamento do exercício do direito de greve. = interdito serve para retomar a posse, daquele exercício ou daquele bem. *pertence a justiça do trabalho, o interdito proibitório se tiver vinculado questões envolvendo relações de trabalho. *qualquer ação possessória que esteja vinculado as relações de trabalho = terá a competência da justiça do trabalho. • Poderá ser requerido quando o possuidor direto ou indireto tenha justo receio de ser molestado na posse, resguardando-se de turbação ou esbulho iminente; • O mandado proibitório, então, comina pena ao réu em caso de concretização do receio do autor (ônus da prova do autor em comprovar a posse, a turbação, o momento e a perpetuação da turbação ou esbulho); • Utilizado na Jurisdição Trabalhista como forma de coibir turbação, ou esbulho na posse em casos de greve (Súmula Vinculante n.º 23, STF). Ação civil pública. Dano moral coletivo. Greve. Ajuizamento simultâneo de interditos proibitórios. Abuso do direito de ação. Não configuração. O mero ajuizamento simultâneo de vários interditos proibitórios por diversas instituições financeiras não configura, pro si só, dano moral coletivo. No caso, não restou evidenciado exercício abusivo do direito de ação e, consequentemente, conduta antissindical. Conforme registrado pelo acórdão do Tribunal Regional, o objetivo das ações consistiu unicamente em resguardar o livre acesso, no interior das agências bancárias, de clientes e empregados não integrantes do movimento paredista, inserindo-se, portanto, na prerrogativa de livre uso e gozo da posse, de modo que o ajuizamento dos interditos proibitórios pode ser considerado plenamente legítimo. Ademais, não se vislumbra abusividade no ajuizamento de vinte e um interditos se considerada a amplitude da base territorial do sindicato autor da ação civil pública (quase duas mil agências bancárias em Belo Horizonte e região) e o número de instituições financeiras que se utilizaram da ação possessória (seis bancos). Por fim, reforça a ausência de conduta abusiva o fato de o TRT também ter registrado que oito liminares foram concedidas no bojo das ações possessórias ajuizadas. Sob esses fundamentos, a SBDI-I, por maioria, conheceu do recurso de embargos, por divergência jurisprudencial, e, no mérito, também por maioria, deu-lhes provimento para restabelecer o acórdão do Tribunal Regional que julgara improcedente o pedido de indenização por dano moral coletivo. Vencidos, no conhecimento, os Ministros Augusto César Leite de Carvalho, relator, Hugo Carlos Scheuermann e Cláudio Mascarenhas Brandão; e, no mérito, os Ministros Augusto César Leite de Carvalho, relator, José Roberto Freire Pimenta, Hugo Carlos Scheuermann, Cláudio Mascarenhas Brandão e Luiz Philippe Vieira de Mello Filho. TST-E-ED-ED-RR-253840- 90.2006.5.03.0140, SBDI-I, rel. Min. Augusto César Leite de Carvalho, red. p/ acórdão Min. Ives Gandra da Silva Martins Filho, 23.5.2019 Esta semana temos uma dobradinha pra vocês: sugerimos a leitura do curso de direito processual do trabalho do Enoque Ribeiro dos Santos e do Ricardo Antônio Bittar Hael Filho (ufa!). O Livro está disponível no catálogo de e-books da biblioteca da PUCRS. Atentem para o fato de que a "minha biblioteca" apresenta para vocês a terceira e a quarta edição desta obra. Deem preferência sempre à versão mais atual, de capa laranja. ;) Os conteúdos cuja leitura nós recomendamos são: mandado de segurança (p. 859 e ss), habeas corpus (p. 876 e ss), habeas data (p. 879 e ss) e ações possessórias (p. 916 e ss). Nós sabemos que vocês já tiveram um spoiler desses temas quando estudamos a organização da Justiça do Trabalho com o Leone Pereira, mas o texto desta semana é beeeem mais detalhado. Bora lá! https://www.tst.jus.br/web/guest/-/tst-discute-habeas-corpus-impetrado-por-trabalhadores-que-n%C3%A3o- aderiram-a-greve ********************************************************* AULA DO DIA 23/08/2022 https://www.tst.jus.br/web/guest/-/tst-discute-habeas-corpus-impetrado-por-trabalhadores-que-n%C3%A3o-aderiram-a-greve https://www.tst.jus.br/web/guest/-/tst-discute-habeas-corpus-impetrado-por-trabalhadores-que-n%C3%A3o-aderiram-a-greve AULA 6 - PROCEDIMENTOS ESPECIAIS –PARTE II Ação de exigir contas, ação rescisória e ação de consignação em pagamento AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO ART. 539, DO CPC *quitação de uma obrigação, busca a declaração de quitação de uma obrigação, a partir da consignação de um valor, de uma coisa, junto ao poder judiciário. Consignação essa feita do suposto devedor, em face do credor, mas podendo ser de um 3º que tenha interesse nessa consignação. *óbitos de trabalhadores (seja por acidente, ou causas naturais) *sempre diante dos requisitos do CC. – Arts. 335 e 336 *consignação como forma de extinção de obrigações. *matéria trabalhista, consignação advém de uma relação do trabalho, pessoas envolvidas podem estar na JT. *competência funcional: Decorre de uma relação de trabalho *competência originária: VT *da sentença da ação de consignação de pagamento, cabe recurso ordinário para instância superior. - Art. 472 da CLT • Finalidade: Pleitear a consignação de valor ou coisa devida pelo devedor ou terceiro; • Partes: devedor e/ou terceiros (sucessores, sócio etc.) são consignantes; credor é o consignado; • Competência em razão do lugar (relativa): aplica-se o Art. 651 da CLT; (local da efetiva prestação de serviços) • Cabimento: assegurar o pagamento a pessoas em locais incertos ou não sabidos, que vieram a falecer ou que se recusam, injustamente, a receber determinada quantia ou bem (arts. 335 e 336, do CC). Ex: verbas rescisórias; ferramentas de trabalho etc.; • Revogação do art. 477, §1° da CLT (negativa de homologação sindicato deixa de ser hipótese de cabimento, exceto previsão ACT, CCT) • Caráter dúplice da sentença na ação de consignação. Se houver insuficiência de depósito, a sentençadeterminará, sempre que possível, a complementação do montante, realizando-se a liberação parcial do valor incontroverso, prosseguindo quanto à parcela controvertida; *sentença se limita ao objeto (considera-se quitada a obrigação, ou considera-se quitada em parte a obrigação) *dúplice porque quita e reconhece o que ainda deve ser pago. *objeto restrito: quitação da obrigação *rito da CLT • Cabimento de reconvenção é matéria controvertida; • Na prática os juízes adotam o rito da CLT para as ações de consignação em pagamento; • Consignação em pagamento extrajudicial – divergência doutrinária, pois na esfera civil a ação desobriga o credor de uma obrigação existente enquanto no âmbito trabalhista não finda todas as obrigações, mas tão somente o valor consignado. *Partindo do pressuposto da hipossuficiência (tanto financeira quanto cultural). EMENTA RECURSO ORDINÁRIO DA CONSIGNANTE. AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO. A ação de consignação em pagamento é um procedimento especial que possibilita a quitação de uma obrigação por parte do devedor, seja pela quitação de valores, seja pelo depósito da coisa devida. É necessário a prova da recusa do credor, dúvida sobre a sua legitimidade ou a existência de litígio sobre o objeto do pagamento, conforme dispõe o art. 335 do Código Civil. No caso dos autos, não há prova de negativa ou resistência em receber as referidas quantias ou em homologar a rescisão, seja pelo próprio empregado, seja pelo sindicato profissional. Os demonstrativos de pagamento (v.g. ID. c6c1fde) e a ficha de registro de empregado (ID. 87852eb), demonstram que os pagamentos das parcelas relativas ao contrato de emprego da trabalhadora eram realizados mediante depósito em sua conta bancária, conforme autoriza o inciso I do §4º do art. 477 da CLT, meio que podia ser utilizado para a quitação da rescisão. pela consignante na letra "b" da petição inicial. Recurso não provido. (TRT da 4ªDesta forma, a presente ação não é o meio adequado para dar quitação ao contrato de trabalho, como postulado Região, 4ª Turma, 0020003- 43.2018.5.04.0281 ROT, em 13/02/2020, Desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse) AÇÃO RESCISÓRIA - ART. 836 DA CLT C/C ART. 966 DO CPC *coisa julgada só é atingida, rescindida, desfeita, em situações muito extremas. *a ação rescisória vai poder ser manejada com muita técnica = fora da relação do “jus postulandi”, precisa observar série de formalidades, precisará de representação legal *não é um recurso, é uma ação autônoma com objetivo de desconstituir/rescindir a coisa julgada material, aquele julgado que enfrentou o mérito Finalidade: atacar uma decisão de mérito que já transitou em julgado, desde que ela tenha vícios (que estão elencadas no Art. 966 do CPC) - Art. 836 CLT *Só vai utilizar em situações de evidente vicio *precisa de um deposito prévio para o seu ajuizamento = caução para o uso da ação rescisória (20% do valor da causa). Salvo prova de “miserabilidade jurídica”. *quando é o trabalhador, que maneja a ação rescisória, se dispensa o depósito prévio. *observar em que fase está quando for propor (valores diferentes para calcular os 20%). = valor na execução pode ser um e na fase de conhecimento outro. • Natureza jurídica - Ação autônoma desconstitutiva da coisa julgada material. • Finalidade – Atacar decisão de mérito já transitada em julgado, desde que eivada de vícios, como o erro, dolo, fraude, bem como outras hipóteses previstas no Art. 966 do CPC. Protege a segurança jurídica. • Legitimidade – Conforme Art. 967 do CPC | Súmula 407 do TST: a) Quem foi parte no processo ou seu sucessor; b) Terceiro juridicamente interessado; c) MP (simulação/fraude e quando deveria ter intervindo); d) Quem não foi ouvido, devendo sê-lo. • Pressupostos: a) Trânsito em julgado e sua comprovação (Súmula 299 do TST); b) Decisão de mérito ou destituída de mérito, mas que impeça nova propositura da demanda ou admissibilidade de recurso correspondente (Súmula 412 do TST | OJ 150 SDI-II); • Prazo para ajuizamento (decadencial): a) 2 anos do trânsito e julgado da última decisão proferida no processo (Art. 975 do CPC | Súmula 100 do TST); b) Prova nova (975 § 2º CPC), contado de sua descoberta desde que não ultrapasse cinco anos da última decisão do processo. • Competência funcional (absoluta): *as ações rescisórias terão entrada no TRT (geralmente) e em alguns casos no TST. a) TRT: Competência para rescindir seus próprios julgamentos; competência para rescindir decisões proferidas pelas Varas do Trabalho a ele vinculadas. b) TST: Competência para rescindir seus próprios julgamentos. SDC: para sentenças normativas, SBDI-II para decisões TST (Lei 7701/88) Jamais ajuizada em Vara do Trabalho (art. 836, CLT) *diante de vícios e situações do art. 966 do CPC • Acordo homologado judicialmente – Apenas por ação rescisória o acordo judicial pode ser atacado (Súmula 259 do TST); • Homologação de acordo extrajudicial (Arts. 855–B CLT) – Caberá ação rescisória, por inteligência da Súmula 259, TST; • Homologação de arrematação, adjudicação ou cálculo – Não cabe para arrematação e adjudicação. Só cabe para cálculo se a decisão disser respeito a critério para elaboração da conta (Súmula 399, TST). • Hipóteses de Cabimento (Art. 966 do CPC | Súmula 408 do TST): a) Prevaricação, concussão ou corrupção do juiz (não precisa de condenação criminal; se for órgão colegiado, basta que 1 julgador cometa o crime); b) Impedimento do Juiz ou incompetência absoluta do juízo (OJ 124, SDI-II). Então, não cabe para suspeição ou incompetência relativa; c) Dolo ou coação da parte vencedora. Simulação ou colusão entre as partes para fraudar a lei (S. 403, TST; S. 100, VI, TST; OJ 158, SDI–II; OJ 94, SDI-II); d) Ofensa à coisa julgada (S. 397, TST; OJ 132, SDI-II OJ 123, SDI-II; OJ 101, SDI-II); e) Violação manifesta de norma jurídica (S. 83, TST; S. 298 do TST; S. 410, TST; OJ 25, SDI-II; OJ 97, SDI-II; OJ 112, SDI-II; f) Obtenção de prova nova (Súmula 402, TST); g) Erro de fato (OJ 136, SDI-II; OJ 103, SDI-II). Aspectos processuais: a) Valor da causa: Arts. 2º e 3º da IN. 31 do TST. b) Procedimento. Art. 968 do CPC e OJ 146 da SDI-II. c) Honorários Advocatícios. Art. 791-A da CLT. IN. 27/2005 do TST. d) Recurso parcial: Possibilidade de trânsito em julgado sucessivo (formação progressiva da coisa julgada). Súmula 100, II do TST. e) Recursos: embargos de declaração (Art. 897-A da CLT); recurso ordinário (Súmula 158 do TST; OJ 152da SDI-II). f) Ação Rescisória de Ação Rescisória. Súmula 400 do TST. MENU RÁPIDO DE SÚMULAS E OJS DA MATÉRIA: AÇÃO RESCISÓRIA. CORTE RESCISÓRIO DE DECISÃO HOMOLOGATÓRIA DE ACORDO. PROVA NOVA. Dá ensejo ao corte rescisório a obtenção de prova nova, pela parte interessada, após o trânsito em julgado, cujo teor revela-se suficiente para desconstituir a decisão rescindenda. Inviável o manejo de ação rescisória, por conta de prova não utilizada por negligência da parte, sob pena de se perpetuar a fase de instrução ao longo do tempo. A prova nova apta a autorizar a propositura de ação rescisória é aquela que a parte desconhecia ou de impossível utilização no momento próprio para tanto, que é a fase de instrução do processo subjacente. A prova nova alegada pela autora, além de produzida após a decisão rescindenda, não é capaz de assegurar-lhe, por si só, pronunciamento favorável. O que pretende a parte autora é um novo julgamento do feito, o que não é possível em sede de ação rescisória. Ação julgada improcedente. (TRT da 4ª Região, 2ª Seção de Dissídios Individuais, 0020308- 26.2020.5.04.0000 AR, em 22/03/2021, Desembargador Alexandre Correa da Cruz) AÇÃO DE EXIGIR CONTAS - ART. 550 DO CPC *aplicação restrita aquelas situações de relações onde se deposite fidúcia, ou onde se tenha ao revésnecessidade de que o empregador demonstre alguma situação financeira ao seu empregado, sendo ele interessado aquela situação financeira. *exigência de alguma das partes, para que a outra faça demonstrações financeiras. *procedimento específico – se apresenta como ferramenta, onde tem etapas. (1 – apresentação, 2 – demonstrados os resultados, como pode prosseguir?) • É utilizada quando alguém afirma ser titular do direito de exigir a prestação de contas de outrem; • Pouca utilização na Justiça do Trabalho, mas pode-se pensar em sua utilização para que o empregado exija do empregador a entrega de seu “contracheque”, especificando as parcelas pagas ou, em caso ainda mais excepcional, do empregador exigindo do empregado a demonstração das tarefas realizadas, quando da prestação de serviços tipicamente quantitativos, como colheitas. Cabível para cobrança de prestação de contas do Sindicato em relação a empresas ou do trabalhador em relação ao Sindicato AÇÃO DE EXIGIR CONTAS. PRESSUPOSTOS PREENCHIDOS. RELAÇÃO DE MANDATO PARALELA À RELAÇÃO DE EMPREGO. [...] Ora, a procuração de p. 30 revela um contrato de mandato entre as partes. Do mesmo modo, a prova testemunhal e a prova documental (vale) demonstram que reconhece ter recebido pelo menos alguns dos valores objeto da prestação de contas. Nos termos do artigo 668 do Código Civil, o mandatário é obrigado a dar contas de sua gerência ao mandante, transferindo-lhe as vantagens provenientes do mandato, por qualquer título que seja. Assim, o réu está obrigado, sim, a prestar contas dos valores recebidos e da movimentação feita nas contas bancárias da ré [sic] no período de outubro de 2016 a 15 de maio de 2017. Considerando as limitações do Pje, as especificidades do direito processual do trabalho e as particularidades do rito especial da ação de exigir contas, alguns esclarecimentos são necessários quanto ao procedimento a ser adotado. Na ação de exigir contas, nos moldes fixados pelo Código de Processo Civil, há duas fases distintas. Na primeira fase, tendo havido contestação (como no caso dos autos), o juiz deve decidir se existe ou não a obrigação de prestar contas. Em caso procedente, existe uma decisão de mérito, a qual pode ser atacada por agravo de instrumento no processo comum (Enunciado nº 77 do Fórum Permanente de Processualistas Civis). Considerando que o conceito de decisão interlocutória para o CPC de 2015 deixou de ser o mesmo utilizado tradicionalmente pela CLT (artigo 893, §1º, CLT), tem-se que essa decisão de primeira fase poderá ser objeto de recurso ordinário no direito processual do trabalho. Mantida a obrigação de prestar contas, quando os autos retornarem do julgamento de eventual recurso, terá início a segunda fase do procedimento. Essa segunda fase tem por objetivo a análise das contas em si, apurando-se eventual saldo devedor e cobrando-o (TRT12. 1ª Câmara, RO 0000131-78.2019.5.12.0024) Súmula nº 425 do TST. JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO TRABALHO. ALCANCE. Res. 165/2010, DEJT divulgado em 30.04.2010 e 03 e 04.05.2010. O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. Se sobrar um tempinho, assista uma palestra da Profª Denise no canal do Youtube da Escola Judicial do TRT4 sobre Processo Eletrônico, Jus Postulandi e outros temas! Oi pessoal! Esta semana teremos dois textos bases indicados para vocês: 1) Em um arquivo anexado a esta postagem vocês encontram um texto (curto, don't worry) do Carlos Henrique Bezerra Leite sobre ação de consignação e pagamento e ação de exigir contas; 2) Seguindo a mesma lógica da aula passada, o segundo texto recomendado é o curso de direito processual do trabalho do Enoque Ribeiro dos Santos e do Ricardo Antônio Bittar Hael Filho, que consta no catálogo de e-books da biblioteca da PUCRS. https://www.youtube.com/watch?v=AUTUeRaQNYs ********************************** AULA DO DIA 24/08/2022 Aula 07: Ministério Público do Trabalho Quem clicou no botão desta aula esperando o bom e velho "kit pedagógico" da Profe Denise, tomou o bonde errado! Na verdade, essa viagem é ainda mais interessante! Preparamos para vocês uma dinâmica um pouco diferente, para darmos uma "quebrada" no ritmo das aulas expositivas. Para a aula invertida, passem os olhos nos slides, e fixem-se nas orientações do SLIDE 2. Agora, é chegada a hora de a colocarmos em prática. Para ajudá-los com a segunda etapa nós vamos disponibilizar para vocês: a) os nossos slides, para que vocês possam revisar a matéria e fazer suas próprias anotações a partir deles; b) um texto base do Carlos Henrique Bezerra Leite que tem toda a matéria completinha; e c)questões para auxiliá-los na fixação de conteúdos. https://www.youtube.com/watch?v=AUTUeRaQNYs Não "criemos pânico", vai estar tudo separado e explicado aqui no nosso kit pra vocês! E, qualquer dificuldade, é só chamar no "Fala aí!". Para finalizar, no dia e horário da nossa aula, contaremos com uma exposição especialíssima da Procuradora do Ministério Público do Trabalho Thaís Fidelis Alves Bruch, que vai tratar dos conteúdos para vocês e ficar a disposição, junto com os estagiários, para todas as suas dúvidas, além de debater o tema. Além disso, como sempre, deixamos exercícios bem focados para reforço de seu estudo em momento posterior. "Tá, mas..... eu tenho que entregar esses exercícios? vale nota?". Não e ..... não! A ideia aqui é realmente que vocês possam experimentar a dinâmica de uma aula diferente, conhecer e ouvir outras pessoas e, de quebra, descobrir se vocês aprendem melhor com o conteúdo sendo apresentado a vocês antes da "aula propriamente dita". Vamos lá, então? Abraço, pessoal! MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO ART. 128, “B”, CF/88 1º Vá até o slide 5, parando de um em um e observando que o MPT atua judicialmente e extrajudicialmente. 2º Avance ao slide 8 e assista ao vídeo institucional do MPT; 3º Leia o texto e faça os exercícios! 4º Sane suas dúvidas com nosso convidado no momento da aula ou no fórum “Fala aí!” com a professora e estagiários de docência! MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO LEI N. 75/93 – TÍTULO II, CAPÍTULO II É o ramo do MPU que tem como atribuição fiscalizar o cumprimento da legislação trabalhista quando houver interesse público, procurando regularizar e mediar as relações entre empregados e empregadores. Sua competência está estabelecida no art. 83 da Lei nº 75 /93 - ÓRGÃO AGENTE - ÓRGÃO INTERVENIENTE (custos legis) MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO ATUAÇÃO JUDICIAL! Manifestação, mediante parecer, em qualquer fase do processo, desde que haja interesse público que justifique sua intervenção, por solicitação do juízo ou por sua iniciativa. PARTES: Menores (art. 793, CLT); Indígenas; Entes públicos; Sindicatos NATUREZA: Acidente de trabalho; Assédio moral e/ou sexual; Discriminação; Fraudes trabalhistas. HORA DA NAVEGAÇÃO! Explore os sites: MPT GERAL: https://mpt.mp.br/ MPT4 (RS): http://www.prt4.mpt.mp.br/ Roteiro para assistir à palestra: 1. O MPT é ramo do ____________ e poderá atuar como órgão agente ou __________ legis. Sua base normativa é a Lei ____________. 2. Sua principal atribuição é ____________ da legislação trabalhista quando houver _____________, procurando regularizar e mediar as relações entre ________________. 3. O TAC é exemplo de atuação __________________ do MPT, enquanto que a ACP é exemplo de atuação __________________ do MPT. 4. Na esfera judicial, o MPT poderá manifestar-se, mediante ___________________, em qualquer fase do processo, desde que haja __________________ que justifique sua intervenção, por _____________________ ou por sua iniciativa.5. O ingresso na carreira do MPT se dá pela mesma via de ingresso para a Magistratura do Trabalho. ( ) verdadeiro ( ) falso Questionário MPT: 1) O Ministério Público da União, organizado por Lei Complementar, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, compreendendo em sua estrutura o Ministério Público do Trabalho. Sobre a organização desse último, é correto afirmar que A resposta correta é: dentre os órgãos do Ministério Público do Trabalho estão o Colégio de Procuradores do Trabalho, a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho e a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho. https://mpt.mp.br/ http://www.prt4.mpt.mp.br/ 2) O Ministério Público não tem legitimidade para arguir a prescrição em favor de entidade de direito público em matéria de direito patrimonial quando atuar apenas como custos legis na remessa de ofício. Verdadeiro 3) A Constituição Federal do Brasil prevê que o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado. Sobre a organização do órgão na área trabalhista, Sua resposta está incorreta. A resposta correta é: o chefe da Procuradoria Regional do Trabalho será designado dentre os Procuradores Regionais do Trabalho lotados na respectiva Procuradoria Regional. 4) Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho, EXCETO: Sua resposta está incorreta. A resposta correta é: propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais disponíveis dos trabalhadores. 5) No que se refere aos recursos no processo trabalhista, aos seus respectivos prazos e ao Ministério Público do Trabalho (MPT), assinale a opção correta. No que se refere aos recursos no processo trabalhista, aos seus respectivos prazos e ao Ministério Público do Trabalho (MPT), assinale a opção correta. Sua resposta está correta. A resposta correta é: Em se tratando de recurso ordinário em procedimento sumaríssimo, é admissível parecer oral do representante do MPT durante a sessão de julgamento. Se você errou alguma questão do questionário ou não entendeu a resolução, os estagiários da Profa Denise vão lhe dar dicas preciosas! 1) O Ministério Público da União, organizado por Lei Complementar, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, compreendendo em sua estrutura o Ministério Público do Trabalho. Sobre a organização desse último, é correto afirmar que: a) os Procuradores Regionais do Trabalho poderão atuar tanto nos Tribunais Regionais do Trabalho quanto nas Varas do Trabalho, de forma residual. b) o chefe do Ministério Público do Trabalho é o Procurador-Geral da República indicado em lista tríplice pelos seus pares e nomeado pelo Congresso Nacional. c) dentre os órgãos do Ministério Público do Trabalho estão o Colégio de Procuradores do Trabalho, a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho e a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho. d) os Subprocuradores-Gerais do Trabalho serão designados para oficiar junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região – Distrito Federal, com sede em Brasília. e) o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho será composto pelo Procurador- Geral do Trabalho, o Vice Procurador-Geral do Trabalho, quatro Subprocuradores-Gerais do Trabalho e quatro procuradores regionais do trabalho, todos eleitos pelos seus pares. Comentário e macete Está correta, de acordo com o art. 85 da LC nº 75/93. Composição do MPT 4 PC: Procurador-Geral do Trabalho; Colégio de Procuradores do Trabalho; subProcuradores-Gerais do Trabalho; Conselho Superior do MPT Procuradores Regionais do Trabalho; Câmara de Coordenação e Revisão do MPT Procuradores do Trabalho. Corregedoria do MPT 2) O Ministério Público não tem legitimidade para arguir a prescrição em favor de entidade de direito público em matéria de direito patrimonial quando atuar apenas como custos legis na remessa de ofício. Certo Errado Comentário e macete A resposta é correta, conforme Orientação Jurisprudencial da SDI – I: OJ-SDI1-130 PRESCRIÇÃO. MINISTÉRIO PÚBLICO. ARGUIÇÃO. "CUSTOS LEGIS". ILEGITIMIDADE (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 209/2016 – DEJT divulgado em 01, 02 e 03.06.2016. Ao exarar o parecer na remessa de ofício, na qualidade de “custos legis”, o Ministério Público não tem legitimidade para arguir a prescrição em favor de entidade de direito público, em matéria de direito patrimonial. O MP pode atuar no processo de duas formas: Ou como "custos legis", ou seja fiscal da lei, responsável pela correta e perfeita aplicação da lei.; ou como parte no processo. 3) Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho, EXCETO: a) manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que justifique a intervenção. b) propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais disponíveis dos trabalhadores. c) funcionar nas sessões dos Tribunais Trabalhistas, manifestando-se verbalmente sobre a matéria em debate, sempre que entender necessário, sendo-lhe assegurado o direito de vista dos processos em julgamento, podendo solicitar as requisições e diligências que julgar convenientes. d) instaurar instância em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou o interesse público assim o exigir. e) propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e índios, decorrentes das relações de trabalho. Comentário A) INCORRETA. LC 75/93 - Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho: V - propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e índios, decorrentes das relações de trabalho; B) CORRETA. LC 75/93 - Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho:Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho: VI - recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário, tanto nos processos em que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal da lei, bem como pedir revisão dos Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho; C) CORRETA. LC 75/93 - Art. 83, II - manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que justifique a intervenção; D) CORRETA. LC 75/93 - Art. 83, III - promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa de interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente garantidos; E) CORRETA. LC 75/93 - Art. 83, IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos individuais indisponíveis dos trabalhadores 4) No que se refere aos recursos no processo trabalhista, aos seus respectivos prazos e ao Ministério Público do Trabalho (MPT), assinale a opção correta. a) O chefe do MPT deve ser nomeado pelo presidente da República entre os nomes constantes de lista tríplice encaminhada pelo Congresso Nacional. b) O procurador-geraldo trabalho subordina-se ao chefe do MPT. c) Os recursos aos tribunais superiores são uniformes e devem ser interpostos no prazo de até cinco dias úteis, a contar do recebimento da intimação da parte. d) O agravo de instrumento, instrumento cabível para recorrer das decisões do juiz monocrático adotadas nos procedimentos de execução, deve ser interposto no prazo de até quinze dias. e) Em se tratando de recurso ordinário em procedimento sumaríssimo, é admissível parecer oral do representante do MPT durante a sessão de julgamento. Comentário e macete Resumindo: O que você precisa saber sobre o Procurador-Geral do Trabalho: É o chefe do MPT; É nomeado pelo Procurador-Geral da República; Deve ter mais de 35 anos de idade; Deve ter mais de 5 anos de na carreira; (OBS.: Não ocorrendo número suficiente de candidatos com mais de cinco anos na carreira, poderá concorrer à lista tríplice quem contar mais de dois anos na carreira.) Integrantes da lista tríplice escolhida mediante voto plurinominal, secreto e facultativo, pelo colégio de procuradores; Mandato de 2 anos, permitida uma recondução; Exoneração antes do término do seu mandato será proposta ao PGR pelo Conselho Superior do MPT, mediante deliberação obtida com base em voto secreto de 2/3 de seus integrantes; Ele preside o Colégio de Procuradores do Trabalho; Preside o Conselho Superior do MPT; Nomeia o Corregedor-Geral do MPT; Indica 1 dos 3 membros da Câmara de Coordenação e revisão do MPT. 5) A Constituição Federal do Brasil prevê que o Ministério Público é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado. Sobre a organização do órgão na área trabalhista, a) será exercida por membros do Ministério Público Federal e na sua falta pelo Ministério Público Federal, ante a falta de previsão de órgão específico na área trabalhista. b) o chefe do Ministério Público do Trabalho é o Procurador Geral da Justiça, sendo eleito e sabatinado pelo Congresso Nacional. c) o chefe da Procuradoria Regional do Trabalho será designado dentre os Procuradores Regionais do Trabalho lotados na respectiva Procuradoria Regional. d) o Colégio de Procuradores do Trabalho será presidido pelo Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho, composto pelos Procuradores Regionais do Trabalho. e) o Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho será eleito de forma direta por voto dos Subprocuradores-Gerais do Trabalho e dos Procuradores Regionais do Trabalho. Comentário e macete A - ERRADO. art. 128, alínea b da CFB/88 e LC 75/93 Lei Orgânica do Ministério Público. B - ERRADO. Procurador Geral do Ministério do Trabalho que é o chefe representante do MPT, nomeado pelo PGR, C - CORRETO. Art 91, da LC/93 D – ERRADO. Colégio dos Procuradores do Ministério Público é presidido pelo PGT, composto por todos os membros da carreira em atividade do MPT E - ERRADO. Errado, nomeado pelo PGT. Especialmente você que marcou a alternativa "E", se ligue: "PARA PRESIDIR ALGUM ÓRGÃO COLEGIADO DO MPT, TEM QUE TER Q.I. (Quem Indica)." Isso porque nenhum presidente de órgão colegiado do MPT é eleito por seus pares.Vejamos: Colégio de Procuradores >> PGT preside; Conselho Superior >> PGT preside; Câmara de Coordenação e Revisão >> Coordenador >> escolhido pelo PGT dentre membros da Câmara; Corregedoria >> Corregedor-Geral >> escolhido pelo PGT dentre Subprocuradores- Gerais do Trabalho integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior. https://www.loom.com/share/2a5531bde7714fe3ae73c70f7b5 8bdaf **************************************** https://www.loom.com/share/2a5531bde7714fe3ae73c70f7b58bdaf https://www.loom.com/share/2a5531bde7714fe3ae73c70f7b58bdaf AULA DO DIA 30/08/2022 Aula 08 - Partes e procuradores PARTES • CONCEITO: "As partes do processo são, de um lado, a pessoa (ou ente) que postula a prestação jurisdicional do Estado e, de outro, a pessoa (ou ente) em relação à qual tal providência é pedida" (BEZERRA LEITE). • Então, parte será toda a pessoa física, jurídica ou ente despersonalizado (massa falida, espólio) titular de direitos e obrigações. No processo do trabalho as partes são chamadas: a) nas reclamações trabalhistas = reclamante (autor) e reclamado (réu); b) no inquérito judicial para apuração de falta grave = requerente (autor) e requerido (réu); c) nos dissídios coletivos = suscitante (autor) suscitado (réu). • Previsão legal: Arts 791 a 793 da CLT. CAPACIDADES A doutrina subdivide a capacidade em três espécies: a) Capacidade de ser parte – toda pessoa que tenha adquirido personalidade jurídica; sem representante ou assistente. b) Capacidade processual – possibilidade de estar em Juízo por si próprio (art. 70 do CPC e art. 5º § único do CC), sem representante ou assistente c) Capacidade postulatória – possibilidade de postular em Juízo diretamente ou por advogado. ▪ A Justiça do Trabalho admite o jus postulandi para ambas as partes (Art. 791; Art. 839, “a”, da CLT); ▪ O jus postulandi foi recepcionado pela CF (ADI 1127-8, STF), mas limita-se às VTs e aos TRTs, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do TST (Súmula 425 do TST). REPRESENTAÇÃO DAS PARTES • Representação de pessoas físicas incapazes: Art. 71 do CPC • Representação do empregado pelo Sindicato: Art. 791, §1º da CLT c/c 513, "a" da CLT; • Representação de um empregado por outro: Art. 843, §2º da CLT; Representação dos empregados menores de idade: Art. 793 da CLT e 5º, V, do Código Civil (não corre prescrição contra menores de 18 anos – art. 440, CLT). Jus postulandi para menores de 18 anos: LEI Menor de 18 anos deverá ser representado judicialmente pelos representantes legais e, na falta destes, pela Procuradoria da Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo Ministério Público estadual ou por curador nomeado em juízo. (Art. 793, CLT) DOUTRINA Relativamente incapazes → (entre 16 completos e 18 anos incompletos) adquirem capacidade plena pela CTPS anotada. Por isso, poderiam demandar pessoalmente; Absolutamente incapazes → (abaixo de 16 anos) devem ser representados. • Representação do empregado falecido: Na prática, tem-se admitido que o empregado falecido seja representado por seus dependentes (beneficiários perante a Previdência Social - Lei nº 6.858/80), herdeiros ou pelo espólio; • Representação de pessoas jurídicas: O processo do trabalho exige a presença pessoal das partes. O empregador pode ser representado por preposto (Art. 843, §1º, 2º e 3º da CLT) Antes da reforma trabalhista, o preposto deveria ser necessariamente empregado, sob pena de decretação de revelia na audiência. A reforma acrescentou o §3º, no art, 843, CLT admitindo-se que a empresa se faça representar por qualquer pessoa (empregado ou não) que tenha conhecimento dos fatos. SUCESSÃO PROCESSUAL • Na sucessão, uma parte sai da relação processual e em seu lugar entra outra pessoa que assumirá a titularidade da ação, seja no polo ativo, seja no polo passivo; • A sucessão pode ocorrer de ato intervivos ou causa mortis; • Pessoa física: normalmente se dá em razão da morte; Pessoa jurídica: o contrato de trabalho vincula a empresa, independente de quem é o seu titular (arts. 10 e 448 da CLT) e a sucessão pode ocorrer em dois momentos: a) Antes do ajuizamento: sucessora será legitimada passiva; b) Após o ajuizamento: mera alteração da titularidade, pois a sucessora responde pelos débitos trabalhistas; Embora a PJ também possa ser sucedida ocupando o polo ATIVO, as hipóteses mais comuns a colocam no polo passivo SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL • É legitimação extraordinária.
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