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PRÁTICA SIMULADA V - CCJ0049
Semana Aula: 14
(PEÇA DE INTERPOSIÇÃO)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO COLENDO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.
Processo nº...
HUMBERTO..., já qualificado, por seu advogado que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), com endereço profissional na..., Bairro..., Cidade..., Estado..., local indicado para receber as devidas informações nos termos do artigo 106, inciso do novo Código de Processo Civil, vem perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, interpor 
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 
inconformado com acórdão de folhas nº..., proferido por esse Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do Mandado de Segurança..., impetrado contra ato do Ministro de Estado do Trabalho e Emprego.
Requer que seja recebido e processado o presente recurso, desde já encaminhado as razões de fato e de direito, comprovando-se o preparo, esperando seja remetido ao Supremo Tribunal Federal. 
Termos em que pede deferimento.
Local, 28 de abril de 2009.
(3.ª feira conforme determinando no enunciado do problema)
Assinatura do Advogado
OAB/UF... nº...
(PEÇA DE RAZÕES RECURSAIS)
RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
RECORRENTE: HUMBERTO
RECORRIDO: MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO
PROCESSO Nº...
Egrégio Tribunal,
 Colenda Turma 
 Nobres Julgadores.
Não merece prosperar o venerando acórdão que denegou a segurança na ação impetrada pelo recorrente, uma vez que a decisão viola princípios constitucionais e legislação infraconstitucional.
DA TEMPESTIVIDADE
Ab initio, cumpre salientar que é tempestivo o presente recurso, vez que a publicação da decisão, ora recorrida, ocorreu em ... de ... de ..., conforme certidão de fl. ..., sendo, pois, apresentado o presente recurso no prazo legalmente previsto, qual seja, 15 dias.
DO CABIMENTO DO RECURSO E DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Tendo em vista tratar-se de ato de Ministro de Estado, a impetração do mandado de segurança contra o ato de demissão do recorrente dirigiu-se ao Colendo Superior Tribunal de Justiça por força do artigo. 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, sendo competente para julgá-lo esse Pretório Excelso:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
II – julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;
DOS FATOS
O recorrente, servidor público estável, foi demitido do cargo público de administrador, através da Portaria n. 123, de 9/3/2009, publicada no DOU de 10/3/2009, por ato do Ministro do Trabalho e Emprego, tendo como motivação o fato de que teria, de forma ilegal, favorecido várias prefeituras, que, embora em desacordo com as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal, teriam voltado à situação de aparente legalidade para receberem verbas públicas.
Em razão disso, impetrou, no prazo legal, junto ao Superior Tribunal de Justiça, mandado de segurança, com pedido de liminar, aduzindo, com a devida fundamentação, que o ato de demissão seria inválido, tendo em vista irregularidade na formação da comissão processante, o que afronta a Lei 8.112/90.
Em acórdão, o STJ denegou a segurança pleiteada, por essa razão o recorrente maneja o presente recurso ordinário.
DO MÉRITO
Como já demonstrado no mandado de segurança proposto contra ato do Ministro de Estado, o processo administrativo disciplinar do qual resultou a Portaria de demissão n. 123, de 9/3/2009, publicada no DOU de 10/3/2009, está eivado de nulidade.
Compulsando-se os autos do processo administrativo disciplinar verifica-se que a Comissão processante foi irregularmente constituída, apesar de todos os seus componentes serem de nível hierárquico superior ao do indiciado, senão vejamos: (a) Ana Maria, admitida por concurso público em 20/8/2003; (ii) Geraldo, admitido por concurso público em 12/2/2004; (iii) e Cássio, não concursado, que exerce, desde 20/6/2000, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
Note-se que um dos componentes, notadamente Cássio, é servidor público de cargo em comissão, ou seja, não estável.
Com isso, tem-se afronta ao art. 149 da Lei 8.112/90: 
“o processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no §3º do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado”.
Ademais, nota-se que a demissão foi imposta por ato do ministro do Trabalho e Emprego, por meio da Portaria n.º 123, de 9/3/2009, no entanto, este é incompetente para aplicar a pena de demissão, segundo disposto no artigo 141 da Lei nº. 8112/90, pois a penalidade imposta a recorrente é de competência do Presidente da República, o que não se verifica no caso em tela, sendo, portanto, invalidado o ato.
 Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
 I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
Considerando os fundamentos acima exposto é nítida a violação ao art. 5°, inciso LV, da CRFB, pois estar-se-á a ferir, com essa inobservância da regra, o devido processo legal assegurado por lei.
Permita-nos trazer a colação o seguinte julgado:
PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. IRREGULARIDADE NA COMPOSIÇÃO DA COMISSÃO PROCESSANTE. VÍCIO FORMAL. NULIDADE. Ao nomear empregado sem vínculo efetivo para presidir os trabalhos da comissão processante, a reclamada descumpriu exigência formal por ela própria estabelecida em seus normativos internos que disciplinam o processo administrativo disciplinar. E as normas instituídas pela reclamada devem prevalecer na extensão exata do que nela foi estabelecido, sob pena de esvaziamento de seu próprio comando normativo. Recurso da reclamada parcialmente conhecido e provido em parte. (TRT-10 - RO: 01748201301710000 DF 01748-2013-017-10-00-0 RO, Relator: Desembargadora Elke Doris Just, Data de Julgamento: 09/07/2014, 2ª Turma, Data de Publicação: 25/07/2014 no DEJT)
Requer-se, portanto, a anulação da Portaria de 9/3/2009, do processo administrativo disciplinar que lhe deu origem e a imediata reintegração do recorrente ao cargo anteriormente ocupado.
DO PEDIDO
Pelo exposto, o recorrente requer o processamento para dar provimento ao recurso reformando a decisão recorrida, concedendo-se a segurança para a anulação da Portaria 9/3/2009, do processo administrativo disciplinar que lhe deu origem e que seja determinada a imediata reintegração do recorrente ao cargo anteriormente ocupado.
Termos em que, pede deferimento.
Local, 28 de abril de 2009.
(3.ª feira conforme determinando no enunciado do problema)
Assinatura do Advogado
OAB/... nº...

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