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Prát Sim VI_9_RO Constitucional

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR Presidente do egrégio tribunal de justiça do estado ...
Dados da Ação (autos nº):
TÍCIO (sobrenome), já qualificado nos autos da ação .... que move em face do GOVERNADOR DO ESTADO ..., por seu advogado que esta subscreve, inconformado com a decisão denegatória do mandado de segurança em epígrafe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 105, II, “b”, da CF/1988 e na Lei nº 8.038/1990, tempestivamente interpor 
RECURSO ORDINÁRIO
ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça, apresentando as razões em anexo, assim como o comprovante de recolhimento das custas relativas ao preparo do recurso e porte de remessa e retorno.
 Diante do exposto, requer a este juízo, se digne em receber o presente recurso, intimando-se a parte contrária para que ofereça, dentro do prazo legal, as contra-razões e, após seja o recurso encaminhado com as inclusas razões ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça.
Pede deferimento.
Rio de Janeiro, ... de ........ de 2012.
____________________________
Nome do advogado – OAB/RJ nº ....
DAS RAZÕES DE APELAÇÃO
Apelante: TÍCIO (nome completo) 
Apelado: GOVERNADOR DO ESTADO X 
Ação: RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
 
 
Superior Tribunal de Justiça,
Colenda Turma,
Ínclitos Julgadores,
O Recorrente, não se conformando com o respeitável acórdão de fls. , que denegou o mandado de segurança em seu favor, vem, respeitosamente, apresentar as razões do presente recurso ordinário constitucional:
 
 
A r. decisão de fls. ..., que denegou o mandado de segurança impetrado, data maxima venia, foi equivocada, merecendo, pois, reforma, em razão da má apreciação das questões de fato e de direito, como irá demonstrar o recorrente.
I - BREVE RESUMO DOS FATOS
O recorrente impetrou mandado de segurança perante o Tribunal de Justiça local contra o recorrido, o qual negou-lhe a emissão de cópias de documentos requeridas para fins de instruir ação popular a ser oportunamente ajuizada.
Ocorre que a segurança foi denegada, pretendendo o recorrente, por meio do presente recurso ordinário constitucional, insistir no exercício do seu direito à obtenção dos documentos requisitados e pleiteando, para tanto, a reforma do v. acórdão.
Destarte, não poderá prosperar a respeitável decisão que denegou o mandado de segurança, por encontrar-se desprovida de respaldo constitucional e legal, como demonstrado a seguir.
II – DOS FUNDAMENTOS
1. Direito de petição (CRFB, art. 5º, XXXIII) 
O artigo 5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal estabelece que todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
Para Manoel Gonçalves Ferreira Filho: 
“O direito de petição é aquele pelo qual qualquer um faz valer junto à autoridade competente a defesa de seus direitos ou do interesse coletivo” (in "Comentários à Constituição Brasileira", 6ª ed., São Paulo, 1986, Ed. Saraiva, p. 621).
Com efeito, o direito de petição é corolário do Estado Democrático e de Direito, no sentido de viabilizar a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal.
Contudo, inobstante a garantia individual constitucionalmente assegurada ao cidadão, in casu, a autoridade pública, ora recorrido, furtou-se ao direito-dever de atender o pedido de parte legítima, para fins de defesa de direito.
Diga-se que, em que pese não restarem configuradas nenhuma das hipóteses impeditivas de concessão de mandado de segurança (artigo 5º da Lei 12.016/2009), o Tribunal de Justiça originariamente competente para a apreciação do writ, denegou-o.
Outrossim, o mandamus foi denegado, não obstante restarem evidenciadas, na hipótese vertente, todos os pressupostos necessários ao deferimento do pedido de obtenção de certidão dos Poderes Públicos, quais sejam: a) ser o requerente interessado; b) destinar-se ao atendimento das circunstâncias de defesa de direitos e esclarecimento de situações pessoais, com indicação das razões do requerimento; c) não ter o documento natureza sigilosa. Somente a ausência de um desses pressupostos ensejaria o indeferimento do pedido.
A denegação da ordem sob o argumento de ausência de direito líquido e certo, divorcia-se do entendimento do Eg. STJ, conforme se vê:
EMENTA – Petição – Pronunciamento. 
O DIREITO DE PETIÇÃO TEM COMO COROLÁRIO O DIREITO AO PRONUNCIAMENTO DA AUTORIDADE DESTINATÁRIA DO PEDIDO. O SILÊNCIO EM TAL PRONUNCIAMENTO CONSTITUI OMISSÃO ILÍCITA, DANDO ENSEJO A MANDADO DE SEGURANÇA (Ac. MS 5203-DF (199700318575); 1ª Seção; Rel. Min. Humberto G. de Barros; Data do julgamento: 10/12/1997).
EMENTA – MANDADO DE SEGURANÇA. ATO OMISSIVO. APRECIAÇÃO DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO PELA APLICAÇÃO DE ANISTIA – ART. 8º DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART. 5º, INCISOS XXXIII, XXXIV, ALÍNEA “A” E LV.
1. Direito constitucionalmente assegurado, o de petição deve merecer da autoridade administrativa a quem se dirige o requerimento não só a devida apreciação como, de antemão, a tomada das providências necessárias a tanto. Se a providência requerida - anistia - impõe a constituição de comissão especialmente designada para tal mister, impõe-se tal designação, sob pena de se esvaziar o direito sobredito.
2. Segurança concedida parcialmente.
MS 5864 / DF; 3ª seção; Ministro EDSON VIDIGAL; Data do Julgamento: 11/11/1998
Recurso Ordinário. Mandado de Segurança. Fornecimento de Cópias de Documentos Necessários à Propositura de Ação Popular. Direito Líquido e Certo. Art. 5º, XXXV, “a” e “b”, da CF. Lei 9051/95. 
1. A Constituição Federal e a legislação ordinária asseguram o direito de petição aos Poderes Públicos para obtenção de certidões, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações, não podendo a autoridade impetrada omitir-se de fornecer os documentos solicitados indispensáveis ao exercício de cidadania mediante ação popular.
2. Recurso ordinário conhecido e provido.
(Recurso Ordinário em Mandado de Segurança nº 13516, Superior Tribunal de Justiça, 2ª Turma, Ministro Relator Francisco Peçanha Martins, Data do julgamento: 09/12/2003)
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA. EMISSÃO DE CERTIDÃO. IDENTIFICAÇÃO RELATIVA À CONCESSÃO MINERÁRIA.
LEI 9.051/95.
1. Cabe Mandado de Segurança para que o órgão concedente (Ministério de Minas e Energia) emita certidão, identificando exatamente a área a ser explorada pelo concessionário.
2. "A Constituição Federal e a legislação ordinária asseguram o direito de petição aos Poderes Públicos para obtenção de certidões, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações, não podendo a autoridade impetrada omitir-se de fornecer os documentos solicitados indispensáveis ao exercício de cidadania mediante ação popular." (RMS 13516/RO, Rel. Ministro Francisco Peçanha Martins, DJ 01.03.2004).
3. Mandado de Segurança concedido, para que a autoridade emita a certidão no prazo de 15 dias (Lei 9.051/95, art. 1º).
(Mandado de Segurança nº 11196/DF, Superior Tribunal de Justiça, 1ª Seção, Ministro Relator Herman Benjamin; Data do julgamento: 28/03/2007)
Cristalina, pois, a ilegalidade do ato consubstanciado na ofensa à garantia de acesso às informações do Poder Público, ofensa esta que merece a devida retificação pelo Poder Judiciário.
2. Direito de acesso a informações (CRFB, art. 5º, XXXIV) 
A autoridade impetrada ofendeu direito líquido e certo do impetrante ao recusar o fornecimento de cópias de documentos para a instrução de possível ação popular ferindo, assim, o direito de acesso a informações públicas, constitucionalmente assegurado pelo artigo 5º, inciso XXXIII, CF.
A postura do Chefe do Poder Executivo estadual, que deveria ser exemplar posto que investido de representação popular, não condiz com os princípios basilares da administração pública, revelando-se ilegítima, no momento em que esse agente público pratica atocontra legem.
Diga-se que o direito líquido e certo do Impetrante/Recorrente surgiu com não atendimento ao requerimento formulado, não sendo admissível permitir que o Acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro prevaleça, uma vez que não se configuram, na hipótese vertente, nenhuma das hipóteses impeditivas de concessão de mandado de segurança (artigo 5º da Lei 12.016/2009), evidenciando-se, pois, flagrante ilegalidade na denegação do writ.
3. Direito À IMPETRAÇÃO DO MANDADO DE SEGURANÇA (CRFB, art. 5º, LXIX e Lei 12.016/09) 
O Mandado de Segurança é ação especialíssima, de natureza constitucional (art. 5º, LXIX e Lei 12.016/09), onde se busca proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso do poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Exige-se, então, para seu manejo, a prova, de plano, da pretensão deduzida em juízo, ou seja, dentre os seus pressupostos específicos e essenciais faz-se necessário, sob pena do indeferimento da petição inicial (art. 10, caput, da Lei federal nº 12.016/09) a prova pré-constituída e irrefutável da liquidez e certeza do direito a ser tutelado. E direito líquido e certo, é o que resulta de fato certo, capaz de ser comprovado de plano, por documento inequívoco. 
Na lição clássica de HELY LOPES MEIRELLES: 
"(...) é o que se apresenta manifesto na sua existência, delimitado na sua extensão e apto a ser exercitado no momento da impetração. Por outras palavras, o direito invocado, para ser amparável por Mandado de Segurança, há de vir expresso em norma legal e trazer em si todos os requisitos e condições de sua aplicação ao impetrante: se sua existência for duvidosa; se sua extensão ainda não estiver delimitada; se seu exercício depender de situações e fatos ainda indeterminados, não rende ensejo à segurança, embora possa ser defendido por outros meios judiciais". (Mandado de Segurança. Ação Popular. Ação Civil Pública. Mandado de Injunção. 'Habeas Data'. Ação Direta de Inconstitucionalidade. Ação Declaratória de Constitucionalidade. Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental. O Controle Incidental de Normas no Direito Brasileiro. A Representação Interventiva. A Reclamação Constitucional no STF. 29ª ed. - Malheiros Editores : São Paulo, 2006, p. 36-37).
 A ofensa ao direito líquido e certo de acesso a informações públicas (art. 5º, inciso XXXIII, CF) do Recorrente surgiu com a recusa do Recorrido em fornecer cópias de documentos para a instrução de possível ação popular e, mesmo diante da grave lesão a direito constitucionalmente assegurado, o Tribunal de Justiça entendeu por bem denegar o writ .
Ocorre que tal denegação divorcia-se do direito, motivo pelo qual urge a imprescindibilidade de retificação por este Egrégio Tribunal Superior.
4. Direito à propositura de ação popular (CRFB, art. 5º, LXXIII; art. 1º da Lei de Ação Popular)
Todo cidadão é parte legítima para propositura de ação popular (artigo 1º da Lei 4717/65), porquanto, nessa condição, interessa-lhe a defesa do patrimônio público contra atos ilegais.
A prova da cidadania do Recorrente, tal como exige a Lei 4717/65 em seu artigo 1º parágrafo 3º, resta comprovada às fls ....
Sublinhe-se que os documentos pleiteados pelo Recorrente ao Recorrido – e cujo pedido de fornecimento de cópias lhe foi negado – são públicos e imprescindíveis à articulação de futura ação popular de forma segura e objetiva.
A contrário senso, sem tais documentos, a ação seria temerária, sem objetividade e, mesmo com a vinda dos documentos posteriormente, a ação ficaria prejudicada por lhe faltar os subsídios necessários ao pedido.
Frise-se que consagrado está no princípio da publicidade o dever da Administração manter plena transparência em seus comportamentos, não se admitindo que em um Estado Democrático de Direito, no qual todo poder emana do povo, que se oculte aos administrados os assuntos que a todos interessam.
Diante disso, por ser medida de inteira Justiça, impõe-se o reconhecimento do direito do Recorrente à obtenção dos documentos necessários para embasar seu direito de cidadania, via ação popular e, por via de consequência, de ver sanada qualquer irregularidade de desvio das verbas públicas, principalmente quando tais práticas advêm justamente daqueles que deveriam protegê-lo.
III - DO PEDIDO 
Em razão de todo o exposto, requer a este Egrégio Tribunal o conhecimento e o provimento do presente recurso, reformando-se o venerável acórdão de fls. , possibilitando o acesso a elementos que permitam a certificação de situações capazes de gerar a ação popular, concedendo-se a ordem para fornecimento dos documentos necessários ao Recorrente.
 
 
Nestes termos,
Pede deferimento,
Rio de Janeiro, ... de ........ de 2012.
____________________________
Nome do advogado – OAB/RJ nº ....

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