Buscar

resumo emergencia UFSM 8sem 2016

Prévia do material em texto

Sara Steffens – ATM 2018/2 
1 
 
RESUMO UE- PROVA 2 
TRAUMA ABDOMINAL 
Prof. Ewerton- 27/10/2016 
Principal causa de morte é a hemorragia. 
Morte por hemorragia ou sepse= 13-15% das mortes por trauma 
abdominal. 
Trauma com anestesia a partir da linha mamilo (T4): alto índice de suspeita 
de trauma abdominal. 
Abdome se estende desde a linha dos mamilos e inclui escápula (dorso). 
Lesão de Rim/ dorso= pouco sintoma. 
Pacientes com Trauma Abdominal mts vezes morrem dentro do hospital 
por hemorragia, pois mts vezes têm consciência alterada. 
Trauma de tórax tb pode lesar as vísceras que sobem com a respiração. 
Atentar para Laceração esplênica, explosão duodenal. Rompimento do 
fígado ao meio, no ligamento. 
Trauma em L2= compressão das vísceras e explosão duodenal= 
pneumoperitônio. 
Pelve= contensão com lençol p. ex. para controle da hemorragia. 
 
Contuso: órgão + lesados 1º Baço, 2º fígado (grande, preso pelo lig. 
Redondo), 3º I. delgado. 
Baço= ~40% das vezes que vai p cx 
 
Atendimento 
SEMPRE DESCONFIAR DE TRAUMA ABDOMINAL. 
História: velocidade, local do impacto, intrusão (ex. 50 cm do capô), 
dispositivos de segurança, posição, ejeção. 
 
Inspeção 
Ausculta: mov. peristálticos DIMINUEM em contato com o sangue, que 
não é irritante inicialmente. Mais tarde desenvolve peritonite. Mts vezes 
só tem dor. 
Palpação 
Percussão= pneumoperitônio por perf. de víscera oca. 
 
50% dos hemoperitônios não apresentam manifestações iniciais 
Toque retal: espiculas ósseas. Ar disseca parede posterior do reto= sentir 
crepitação na parede posterior do reto. 
Equimose perineal= lesão de uretra até que se prove o contrário= 
uretrografia retrógrada inserir sonda 16, 3 cm p dentro injeta contraste= 
se extravasar há lesão. Contraindicada vesical. 
Sondagem Vesical= para descompressão (dor pode ser por bexigoma, p. 
ex.), ver se há hematúria, débito urinário. 
Não existe exame laboratorial obrigatório antes de laparotomia nesses 
pacientes. 
Sonda Naso-gástrica: descompressão abdominal. 
Qnd puder: tipagem, exames de coagulação. 
Rx tórax e bacia AP. 
 
Exames complementares: 
Lavado Peritoneal Diagnóstico (LPD)= dx precoce, alta Sensível (S) 
(detecta até 5 ml sangue), pouco Específico (E). detecta lesões intestino. 
FEITO NA SALA DE EMERGÊNCIA. 
TC: é o + E. Acurácia 91-98%. Importante principalmente no 
retroperitônio= ver rim e pâncreas. SOMENTE PARA PCTS ESTÁVEIS. 
FAST= não invasivo, pode ser repetido (diferente do LPD). FEITO NA SALA 
DE EMERGÊNCIA. São analisados de rotina: hipocôndrio D e E, bexiga e 
saco pericárdico= pode ser feito p. ex. de 30/30 min. 
*OBS: o Exame físico tem S semelhante à da TC. É essencial que seja feito 
exame clínico seriado. 
 
É considerada uma Queda importante= 2,6 m de altura (~2x a altura da 
pessoa). 
Explosões= penetração de múltiplos fragmentos. 
 
LAPAROTOMIA: 1uem precisa? 
FAB (ferimento por arma branca); 
Hemodinamicamente anormal; 
FAST/ LPD +; 
Pneumoperitonio; 
Ruptura do diagfragma; 
Peritonite; 
TC + (alguns casos se faz tto conservador, conforme protocolo). 
 
Gestante: mãe pode estar com PA boa, mas feto chocado. 
Prancha inclinada 30% e DLE (melhor circulação fetal). 
Toda mulher idade fértil= teste de gravidez. 
 
Idoso= arcos costais menos resistentes, comorbidades, medicamentos 
camuflam choque. Problemas neurológicos. Osteoartrose da coluna= 
facilita lesão medula. Trauma é a 2ª causa de morte no idoso. 
 
Lesão pelve= assimetria tamanho das pernas, rotação externa. 
Disjunção pelve. 
Tto pelve= A, B e C=controle hemorragia 1º com lençol. Depois fixação 
externa. Quando não for possível, se faz angiografia; e se não resolver 
laparotomia. 
Manipular mt a frat de pelve piora! Examinar uma vez só. RX da pelve p 
não ficar reexaminando qnd dúvida. 
 
ATLS: 
FAB: fígado (40%), o intestino delgado ( 30% ) , o diafragma ( 20%) e o 
cólon ( 15% ). 
FAF: intestino delgado (50%), o cólon (40% ), o fígado (30%) e as estruturas 
vasculares abdominais (25% ) . 
 
ACIDENTES COM ANIMAIS PEÇONHENTOS E 
INTOXICAÇÕES 
Prof. Pedro Copetti anotações + slides 
Maior relevância aqueles causados por aranhas, escorpiões, ofídios e 
lonômia. 
Lacraias (escolopendras), abelhas, vespas e besouros= tto apenas 
sintomático (corticoide tópico + analgesia VO); se infectar, tto semelhante 
ao impetigo. 
Podem trazer maiores problemas como Choque anafilático, relacionada a 
sensibilidade individual. 
 
Epidemiologia: 
BR: escorpião > serpente > aranha > abelha. 
RS: aranha > serpente > Abelha. Escorpião é mais comum em outros locais 
do BR. 
 
ACIDENTES COM ARANHAS: 
No RS as espécies normalmente envolvidas em acidentes são dos gêneros 
Phoneutria (armadeira), Loxosceles (aranha marrom) e Lycosa (aranha de 
jardim / tarântula). 
 
1) Caranguejeira: não são peçonhentas. Seus pelos causam dermatite 
pruriginosa, tto sintomático tópico (anti-histaminico, corticoide tópico). 
Acidentes pouco frequentes. 
 
2) Aranha de jardim (tarântula): 
Dor discreta ou sem dor. Rara pequena necrose superficial (manifestações 
locais). 
DD com aranha marrom (Loxosceles), reavaliar em 24h. 
Não está indicada soroterapia. 
 
3) Aranha Marrom (Loxosceles): 
 Sara Steffens – ATM 2018/2 
2 
 
Acidente ao serem espremidas (roupas, sapatos). 
Picada NÃO costuma ser dolorosa. Picada não valorizada por ser pouco 
dolorosa nas primeiras horas. 
Formas de Apresentação Clínica: 
3.1) Loxocelismo Cutâneo: 12-24h após refere dor local em queimação, 
edema, mal estar, pode ter febre. 
TODOS OS CASOS DE PICADA POR 
LOXOSCELES TÊM NECROSE. 
Tríade da necrose: bolha ou mancha 
equimótica ou peq necrose (1), 
circundada por halo isquêmico (2) 
(claro), seguido por área 
eritematosa (3). 
 
 
3.2) Loxoscelismo cutâneo-visceral: além do cutâneo, em 12-24h, 
observam-se febre, calafrios, cefaleia, náuseas e vômitos, urina 
avermelhada (hemoglobinúria macroscopica), icterícia e anemia aguda. 
Pode CIVD e IRA. Gravidade depende do tamanho da lesão cutânea. 
Sempre solicitar (mesmo em casos só cutâneos) hemograma, EQU, ureia e 
creatinina. Deve alterar + só após 12h (após necrose). 
 
Soro antiaracnídico ou antiloxoscélico IV: 5 ampolas p quadros cutâneos e 
10 cut-visceral (ou crianças, idosos debilitados). 
Soro até 72h após o acidente (graves até +) ou enquanto a lesão cutânea 
estiver em evolução. Após 5 dias não está indicada (variável). 
Profilaxia tétano. 
 
Tto manifestações locais: Limpar, analgesia, anti-séptico local, ATB se 
infecção secundária. Debridar necrose após 1 semana (após ter definido 
bem área de necrose). 
Tratamento para manifestações sistêmicas: transfusão de hemácias 
(anemia intensa),hemodiálise (IRA) 
 
**CAI NA PROVA** 
 
3) Aranha armadeira (Phoneutria): 
DOR IMPORTANTE. Dor imediata, intensidade 
variável, pode irradiar até raiz do membro 
afetado. 
Leve: dor local. Pode ter taquicardia e agitação 
(ocorre + pela dor). 
Moderado: Ocorre + pela ação do veneno. + 
Vômito, agitação, sialorreia (SN parassimpático), 
priapismo em crianças. 
Grave: convulsões, coma, bradicardia, arritmia, choque, edema pulmonar. 
UTI sempre, pode ser fatal. 
 
Tto sintomático: dor local muitas vezes necessita bloqueio anestésico: 
infiltração local ou troncular com Lidocaína 2 % sem vasoconstritor (4 ml 
em adultos e 2 ml em cças). 
Imersão em água morna pode ajudar. 
Meperidina (Dolantina) IM ,repetir infiltração 60 min após (se necessário). 
Tto específico: soro anti-aracnídeo 5-10 amp IV (crianças < 10 anos ou 
desnutridas) ou adultos comdor persistente após 60 min de bloqueio 
anestésico. 
 
ACIDENTES COM TATURANAS (acidentes lonômico) 
Não tem como saber qual tipo de lagarta pode trazer mais perigo ou não. 
Dor local em queimação, eritema, prurido, urticária. 
Manifestações HEMORRÁGICAS podem surgir até 72h após contato 
(hematomas, hematêmese, hemorragia gengival, melena, uterino). 
Sinais de discrasia sanguínea. 
IRA, AVC hemorrágico, Choque 
Exames: Hemograma (Htc e Hb diminuídos), TP e TTP (prolongados), TC 
(incoagulável), fibrinogênio (baixo), EQU (hematúria). 
 
Tto local: compressa SF, cortico tópico, analgesia, anti-histamínico. Evitar 
AAS. 
Casos leves: manifestações locais e sem alterações de coagulação ou 
sangramentos até 72 horas após o acidente – tratamento apenas 
sintomático. 
Casos moderados: COM alteração da coagulação ou manifestações 
hemorrágicas em pele ou mucosas, SEM alterações hemodinâmicas com 
ou sem a identificação do agente > tto sintomático + 5 ampolas de soro 
antilonômico IV. 
Casos Graves: manifestações hemorrágicas viscerais, COM alterações 
hemodinâmicas e/ou falência de múltiplos órgãos com ou sem 
identificação do agente > tto sintomático + 10 amp de soro antilonômico 
IV. Hemodiálise se IRA. 
 
Caso leve não precisa solicitar exames laboratoriais, mas deve-se orientar 
bem para sinais de coagulopatia em até 72h. Maioria dos sintomas 
aparece em até 48h. 
 
ACIDENTES OFÍDICOS 
+ H, rural 
15-49 anos 
+ MMII: 54% pé, 24% perna, 18% mão. 
 
Maioria Bothrótico (98%), nos estados do Sul (jararaca e cruzeiro). 
Cascavel do MT para cima. 
 
Identificação Espécies peçonhentas: 
(1) Dentição opistóglifa 
(2) Dentição proteróglifa 
(3) Dentição solenóglifa 
(4) Cauda lisa 
(5) Cauda com escamas eriçadas 
(6) Cauda com chocalho 
Ex: opistóglifa (coral- acidente + raro), 
solenóglifa (jararaca, cruzeiro) 
 
 
Bothrops Jararaca: esverdeada, desenho V 
invertido, ~1m, em vegetação rasteira. 
Muita dor, edema local, sangramentos. 
Médio risco de vida. 
 
 
 
 
Bothrops alternatus (Cruzeira): 
desenho gancho de telefone, 
~1,5m. Médio risco de vida. 
 
 
 
1) Acidentes bothrópicos 
Indiferente de qual cobra é (alguns dizem que jararaca é + grave): 
Tempo de Coagulação (TC) é o que diferencia leve x moderado x grave. 
Caso Leve: edema local leve, SEM de sinais/sintomas de hemorragia ou 
choque, TC (tempo de coagulação) normal. Soro antibotrópico (SAB) 2-4 
ampolas IV rápido diluído em SF 0,9 % . 
Caso Moderado: edema local evidente, presença ou não de hemorragia, 
TC 10-30 min. SAB 4-8 ampolas. 
Caso Grave: edema local intenso, flictenas, hemorragia local, oligoanúria, 
choque, TC > 30 min. SAB 12 ampolas. 
Na ausência de SAB aplicar soro bivalente (antibotrópico-crotálico) 
 Sara Steffens – ATM 2018/2 
3 
 
 
Acidente bothropico 
 
 
Em geral: causam mt repercussão local e POUCA sistêmica. 
Às vezes pode causar até amputação de membro. Fasciotomia pode ser 
necessária. 
SABER= CAUSA MT EDEMA E PODE GERAR DISCRASIA SANGUÍNEA. 
Sugerem acidente bothrop (jararaca, cruzeira): edema volumoso após 1 h, 
sinais puntiforme das presas, TC > 10 min. 
≠ 
Acidente crotálico (cascavel): edema discreto, alteração neuro (ptose 
bilateral, diplopia, mialgia intensa) nas 2h primeiras. 
≠ 
Acidente elapídico (coral verdadeira): evolução precoce (1 hora) com 
paralisia dos músculos elevadores das pálpebras, insuficiência ventilatória, 
hipotensão arterial grave, sialorréia e dificuldade de deglutição. 
 
NÃO fazer garrote, torniquete, cortes no local, nem sucção com a boca. 
Só lavar com água e sabão. 
Evitar deambulação e procurar socorro. 
Tranquilizar vítima, hidrata-la e mantê-la em repouso. 
Tentar capturar animal Identificar animal (só diferenciar bothrop ou não). 
 
SE OFÍDIO NÃO IDENTIFICADO: 
Pacientes devem ser observados por 4-6 hs no PS. 
Após esse período podem ser liberados com dx de acidente por colubrídeo 
(ofídio não peçonhento) aqueles que apresentarem: 
Exame neurológico normal 
TC inalterado (< 10 min) 
Sinais locais de lesões superficiais (arranhaduras, erosões) 
 
Cuidados Imediatos de ambulatório que devem ser considerados para 
qlqr acidente com Ofídio: 
Manter boa hidratação parenteral 
CSV e medida da diurese 
Repouso no leito nas primeiras 24 hs 
Drenagem postural 
Solicitar HMG, EQU, Uréia, Creatinina, Eletrólitos, CPK, TC na 
chegada e após de 12/12 hs. 
Analgésicos e Aines (evitar salicilatos) 
Profilaxia do tétano 
Aplicar soro antiveneno específico 
 
2) Acidentes Crotálicos: 
Com Cascavel- Crotalus durissus 
Marrom-amarelada, ~1 m, chocalho na 
causa. Alto risco de vida. 
Não existem casos leves, alta mortalidade. 
Geralmente TC normal (só altera em quadros graves). 
Alterações são neurológicas: 
Caso Moderado: fácies neurotóxica (ptose palpebral, oftalmoplegia, visão 
turva), TC normal. SAC ou SABC 10 – 15 amp IV 
Caso Grave: fácies neurotóxica, TC alterado, mialgia, mioglobinúria, IRA. 
SAC ou SABC 20 amp IV 
 
3) Acidente Elapídico 
Micrurus frontalis- alto risco de vida. 
É o pior, mas mais raro. Morre logo, parece 
curarizado. Morre de asfixia, fazer suporte 
resp. tto com Neostigmina (igual curare). 
Todo acidente é grave devido à rápida 
evolução para insuficiência respiratória 
10 amp de soro antielapídico IV 
Caso de paralisia respiratória: usar 1 amp de neostigmina 0,5 mg IV 
(anticolinesterásico) com intervalos de 30 min até completar 5 doses, 
sendo cada injeção precedida do uso de atropina 0,5 mg IV para aumentar 
a FC em caso de bradicardia importante 
 
4) Acidente por Colubrídeos 
Ofídios não-peçonhentos: Cobra-cipó, Falsa-coral, Cobra-verde. 
SEM de alterações proteolíticas e neurológicas, TC normal. 
Aspecto da picada: lesão serrilhada em arco e não dolorosa. 
TTo sintomático: anti-sepsia local, analgésicos, anti-histamínicos e AINES 
Profilaxia do tétano 
Crianças < 7 anos devem ser observadas por 24 Hs 
 
Infecção Secundária 
NÃO se usa ATB profilático. 
ATB: só se infecção clínica ou laboratorialmente (cultura positiva de 
secreção do local da picada) 
Se abscesso local= drenagem cirúrgica 
Edemas volumosos podem ocasionar síndrome compartimental= indicação 
de fasciotomia. 
 
*SOROS anti-ofidicos: podem causar reação anafilática/anafilactoide 
(manifestações compatíveis com Reação anafilática, tto idem). Mas 
dependem de uma exposição prévia (já ter usado soro anteriormente). 
Geralmente é feito anti-histaminico e corticoide de forma profilática, antes 
do soro. 
anti-histaminico: bloqueador H1 (prometazina, dextroclorfeniramina, 
difenidramina) e H2 (cimetidina, ranitidina). 
 
ESCORPIÕES: 
Preto (Bothriurus) é menos pior, e é o + comum aqui no RS. Tto 
semelhante à mordedura de lacraia. Às vezes há dor importante, 
sintomático (corticoide tópico + analgesia). 
 
Amarelos ou marrom avermelhado (tityus): são mais perigosos. Soro em 
casos moderados/ graves. Manifestações CV, com arritmias, EAP, IC, 
choque, etc. 
Solicitar ECG, RX tórax, Ecocardio, Glicemia, CPK-MB. 
Tto: alívio da dor c/ infiltração de lidocaína 2 % sem vasoconstritor, soro 
antiescorpiônico IV. 
Duvidas: CIT 08007213000. 
www. Cit.rs.gov.br 
INTOXICAÇÕES 
Prof. Pedro Copetti anotações + slides 
Responsáveis por morbidade e mortalidade significativas em nosso meio 
½ não é notificado. 
5-10% dos atendimentos em UE e > 5% da UTI. 
1/3 em < 10 anos de idade. 
 Sara Steffens – ATM 2018/2 
4 
 
92% sbs únicas e 85% não intencionais. 
Intox medic 4ª causa morte nos EUA. 
3 milhoes de intox agrotox por ano no mundo. 
OMS:40 mil novos casos de câncer/ano por agrotóxicos. 
CIT-RS, em 2005: 1º medicamentos; 2º agrotóxicos. 
Nº de atendimento vem subindo. 
Idade: 1-4 anos de idade= pico 
20-29 anos = outro pico (suicidio) 
Dados do BR: 
Incidência: medicamentos (27%), agrotox (7%) 
Mortalidade: Agrotox (35%), medicamentos (16%) 
 
Suspeitar quando: vítimas de TCE (n foi causado por intoxicação?), Coma, 
convulsão, acidose metab, Arritmia súbita, Colapso circulatório, Vitimas 
incêndio, Alteração repentina do estado mental. 
*Todo pct com alteração da consciência 
 
Manejo clínico: 
Etapa I: sinais vitais, suporte e reanimação. 
 ABCDE 
Etapa II: dx intoxicação= anamnese, ex fisici, ex laboratoriais, outras 
informações. 
 5 W: Who, What, When, Where, Why. 
Etapa III: tto intoxicação. 
 Normalmente se descobre agente nas etapas anteriores 
(principalmente c/ anamnese). 
Screening toxicológicos no HUSM: indicado para casos graves em q não se 
sabe o agente, múltiplos agentes, achados incompatíveis c/ história; 
Sangue e urina coletados e encaminhados para CIT-POA; 
Screening Drogas na Urina LATOX (CCS)(fone= 8941): 
 -Dosagem Butinilcolonesterase (intox por carbamato e 
organofosforados). 
Exames Quantitativos (dosagem tóxica x terapêutica) 
HUSM= anticonvulsivantes, digoxina, lítio. 
LATOX= paracetamol e AAS. 
 
Medidas gerais de descontaminação: 
1) Descontaminação cutânea: 
- Agentes corrosivos= lavar copiosamente com água ou SF (não aquecidos). 
- Pulverizadores (intox comum por agrotóxicos)= lavar. Lembrar que não 
necessariamente engoliu sb para q seja intoxicado. 
- Não tentar neutralizar reações. 
- Lavar olhos com mt água (15-20min). 
 
2) Remoção de Tóxicos ingeridos: 
1- Indução de vômitos*: técnica abandonada. 
2- Lavagem gástrica*: sem benefícios comprovados, feita em casos 
selecionados: Ingestão há < 1h ou agrotóxicos mt tóxicos em até 2-4h. 
Pct em DLE (encher fundo gástrico). Passagem sonda calibrosa e introduzir 
150-200 ml de SF ou água por vez e aspirar. Usar total de ~ 5L em adultos 
e 2L em crianças (tem que ser um grande volume!). Contraindicações: 
convulsões, agitação psicomotora ou ingestão de cáusticos. 
3- Carvão ativado*: SEM evidência científica. Atua por adsorção de sbs 
tóxicas. + eficaz se feito em até 1h após ingestão. 
Dose geral: 1g/Kg em todos > 6m idade (em menores não usar). 
Misturar em 250 ml de SF ou água (dose única), pela sonda. E dar catártico 
para eliminar logo o carvão ativado. Ex. hidróxido de Mg. 
 
* CI se alteração do estado Neurológico!!! 2 e 3 são mt usados, mas NÃO 
EXISTE COMPROVAÇÃO. 
 
Administração de antídotos / antagonistas: (PARTE + IMPORTANTE DA 
AULA): 
Antidoto (azul)= atua sobre o toxicante. 
 Metahemoglobinemias azul de metileno 
 Ferro  Deferoxamina (Desferal) 
Metais  Dimecaprol (BAL) 
Chumbo  TA cálcico 
Metanol e etilenoglicol  Etanol 
Opióides Naloxona (Narcan) 
Cianeto Hipossulfito de Sódio OU Nitrito de Sódio 
Metais  Penicilamina (Cuprimine) 
Cumarínicos  Vitamina k1 (Kanakion) 
 
Antagonista (vermelho)= ação oposta ao agente tóxico. 
 Paracetamol N-acetilcisteína (Fluimucil) 
Organofosforados e carbamatos  Atropina 
Liberação extra-piramidal  
Benzodiazepínicos  
Organofosforados  
 
 
NÃO trazem problemas: 
Sabão em pedra, Detergentes aniônicos, Espuma de banho, Creme de 
barbear, Velas, Massa de modelar, Canetas esferográficas, Tintas de 
caneta, Crayons de cera, Lápis de cor, Giz, Borracha, Baton, Pintura para 
olhos, Xampu, Cremes hidratantes, Pasta de dentes, Adoçantes, 
Termômetros, Graxa de sapato, Desumidificadores, Jornal. 
 
TTO necessário se GRANDE ingestão: 
Colônias e perfumes, Loção pós barba, Tinturas de cabelo, Desodorantes, 
Bronzeadores, Amaciantes de roupas, Contraceptivos orais. 
 
Maioria não traz grandes problemas, é muito frequente. Intoxicações + 
graves têm relação com tentativa de suicídio, drogas ilícitas, abuso de 
álcool. 
Várias condições simulam intoxicação exógena (TCE, AVC, IAM ...) 
Especialmente se tiver déficit neurológico= atentar. 
CIT!! Ajuda muito 
 
TRAUMA ORTOPÉDICO 
Prof. Tiango Ribeiro- 11/11/2016 
Até 85% dos atendidos em situações de 
trauma (HUSM). 
Acometimento do sistema músculo-
esquelético. 
1ª causa de morte entre 5-49 anos. 
30% morre 1º min; 50% 1ª hora; 
20% após. 
ATLS: surge p organizar atendimento. 
A- Via aérea: Obstrução de via aérea superior é o que + mata. + 
estabilização cervical. 
B- Respiração: ausculta, palpação e observação tórax. 
C- Circulação: FC, PA, analisar sinais de choque hipovolêmico (3ª causa 
morte). Tórax, abd, pelve= lesões que provocam grande sangramento. 
PELVE COM LESÃO EM LIVRO ABERTO= Disjunção/luxação da sínfise 
púbica, que lesa plexo venoso sacral. Com a lesão, aumenta a capacidade 
do local de acumular sangue, com até 5L. Fechar na urgência a pelve com 
lençol, apertando bem. Chamar ortopedista para fechamento imediato da 
pelve com fixador externo. 
Se mesmo fechando pelve não parar de sangrar faz-se laparotomia e 
enche de compressas no plexo venoso sacral (compressão mecânica do 
plexo sacral). 
D- Glasgow 
E- exposição, aquecimento, outras lesões (fraturas membro, dorso). 
FRATURA DE FÊMUR: pode haver sangramento de até 3L em cada. 
Transtrocanterianas, proximais, são as que + sangram, pois são 
extracapsulares. Da diáfise tb sangram muito. Fraturas do colo não 
sangram tanto, pois colo está dentro da capsula articular. 
 Sara Steffens – ATM 2018/2 
5 
 
 
Reposição Volêmica Relação 3:1: repor 300ml de solução cristaloide 
para cada 100ml de sangue perdido. Evita CIVD, quando indica-se 
transfusão de plaquetas (que raramente está disponível). 
 
FRATURAS EXPOSTAS 
Definição: quando há ruptura da pele e exposição do fragmento ósseo. 
Exposição do foco fraturário. 
Fratura Exposta Oculta: 
Quando há contato do meio externo com o Hematoma da fratura, pode 
ser considerada Fratura Externa. Ex: corte longe, da fratura, mas fazendo 
parte hematoma fraturário. 
1) Um indicativo de que houve contato do ferimento externo com fratura, 
ao comprimir ferimento, sai sangue COM GOTÍCULAS DE GORDURA 
(gordura da medular óssea). Indica fratura exposta. 
2) “Sondas e dedos em todos os orifícios”. Exceto sonda uretral se 
hematoma escrotal e SNG com sinal de fratura crânio. 
Também são fraturas expostas: 
Toque vag. em toda mulher= fratura ísquio e púbis. 
TR em M e H. lesão viscera oca e fratura sacro, que rompeu. 
3) Fratura exposta de mandíbula/maxila na cavidade oral. 
 
Classificação das Fraturas Expostas: 
GUSTILLO E ANDERSON 
Para verificar grau de lesão, exposição e gravidade= nortear tto/profilaxia 
ATB. 
G1: < 1 cm- ferimentos “limpos”. Mínima lesão partes mole e lesão óssea 
simples (1 traço de fratura). 
G2: > 1 cm e < 10 cm. Moderada contaminação e lesão óssea (2 traços de 
fratura, frat segmentar). 
G3: > 10 cm. São contaminadas, grave lesão partes moles e fraturas 
Multifragmentares, mts vezes fraturas cominutivas. 
 3A: cobertura cutânea possível. 
 3B: perda cutânea, requer reconstrução partes moles. 
 3C: lesão vascular que requer reparo 
Quanto ao tto: 
G1 e G2: profilaxia: 24-48h, até 72h (depende literatura). Cefazolina EV 
(cefalosporina 1- geração). 
G3: ATB terapia, cerca de 10 dias. Tto com esquema tríplice: Genta + 
cefalo 1ª + Metro (ou Pen G cristalina). 
No HUSM, o CCIH definiu uso de Clinda e Genta, no lugar do esquema 
tríplice. 
 
Todas as fraturas expostas devem ser operadas em até 4h (ou 6h). Caso 
ultrapasse= inclusive G1 e G2 faz-se tto pleno, não profilático). 
Em casos om grama/terraou outros focos de germes atípicos anaeróbicos, 
se associa Metro, mesmo em G1 e G2. 
 
Há vertente que preconiza que independente do grau, sempre se deve 
fazer ATB terapêutico (pq na prática é muito difícil operar em < 4h). 
 
Atendimento pré-hospitalar da Fratura Exposta: 
Sempre que não tiver ortopedia de urgência, antes de encaminhar: 
Imobilizar e curatizar e iniciar ATB EV. 
NPO 
Não tentar reduzir (não tentar colocar osso para dentro), só tentar alinhar 
para imobilizar. Imobilizar já ajuda na analgesia. 
Lavar ferida (não osso). 
Proteger osso com compressa úmida estéril sobre o osso, com compressa 
seca estéril. 
 
Profilaxia tétano: 
Se < 5 anos: nada 
5- 10 anos: reforço e tétanogamaglobulina. 
> 10 anos: vacina + tétanogamaglobulina. 
Gamaglob: dura 10 dias. 0 
Vacina demora 10-12 dias para agir. 
 
No HUSM: 
- Fechar ferimento, caso não tenha sido feito. 
- Não fazer Exploração digital do ferimento fora do bloco cirúrgico (nem 
com luva estéril). 
- Só reduzir fratura no Bloco. 
 
TRATAMENTO CIRURGICO DA FRATURA EXPOSTA: 
- Irrigação exaustiva, com muito SF (mínimo 10 L). 
- Debridamento: retirar tecido desvitalizado: osso, musculo (cor vinho 
escuro, perde contratilidade aos estímulos –beliscar com pinça, encostar 
com cautério em 5-, não sangra). 
- Controle danos: fixador externo= permite mobilidade articular e impede 
movimento dos fragmentos. Gera estabilidade, o que provoca menos 
edema, menos dor e menos infecção. 
OBB: nas 1ªs 4h em fraturas expostas G1 ou G2 até pode-se fazer tto 
definitivo (haste, placa), desde que não seja paciente crítico. G3 nunca são 
tratadas definitivamente na emergência. 
 
2- 4º dias: mt resposta imunológica, inflamatória= risco de CIRS. 
A partir do 5º dia, até 10º: menor resposta imune, melhor p operar. 
 
Osso sempre deve estar coberto nos ferimentos. Fazer retalho, enxerto ou 
puxar musculatura p/ fechar (musculo pode ficar exposto). 
 
LESÃO PÉLVICA 
Outra emergência ortopédica. 
Fechar pelve com lençol ou cinto e encaminhar. 
No HUSM: Bloco para colocar fixador externo e após coloca-se placa e 
parafuso. 
Se ainda assim não controlar= estancar com gaze e reoperar em ~3 dias. 
Se estável, pode-se fazer direto o tto definitivo em até 10 dias. 
A Tomografia define o tamanho e necessidade de cx (não o RX): 
Até 2 cm pode-se ttar conservadoramente a disjunção da sínfise púbica. 
Deitado sem sentar, por 1 mês. 
Na cx, geralmente basta fechar na frente, que a parte posterior fecha-se 
tb. 
Hemipelvectomia parcial= raramente sobrevive. 
 
LUXAÇÕES 
Tb são urgências. 
É a perda da articularidade. Há distensão de capsula articular, podendo 
levar a lesão de nervos. 
Reduzir imediatamente= alivia dor, diminuir risco de lesão neuro-vascular. 
 
CONTROLE DE DANOS 
É melhor salvar o pct com 10 cx do que mata-lo com 1 cx= cuidado ao fazer 
cx definitivas na urgência. 
Não acrescentar outro trauma ao já existente. 
 
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM NO TRAUMA 
Prof. Jesus - 22/11/2016 
Radiologia: somente paciente estável. 
 
IMAGENS NO TRAUMA: 
RX: cervical, tórax e bacia. 
TC crânio; coluna cervical, se suspeita. 
Fratura fêmur? RX de MMII. 
FAST: abdome. 
 
Ressonância Magnética: mesmo que tenha RNM, não é usada no trauma, 
pois demora, pode ter metal que desloca, como bala, p. ex. Caso pct se 
 Sara Steffens – ATM 2018/2 
6 
 
mexa, prejudica a imagem como um todo. Tem ótima acurácia, mas tempo 
longo e muitas restrições. RNM é o único método que não é utilizado no 
trauma. 
TC: TC serve para todo o corpo, até para extremidades (mas no trauma se 
faz RX p estas). TC demora segundos para ser feita; caso movimente 
alguma parte, prejudica somente aquela parte. 
 
1) ABDOME: 
Abdome agudo traumático: FAST ou TC. RX é perda de tempo. 
“Se cair na prova, qual tem maior acurácia...”- Jesus 
FAST: acurácia do US para liquido livre é a maior! FAST é melhor que TC. 
TC é fantástica para parênquima pulmonar e de órgãos sólidos. 
US NÃO serve para classificar lesão de víscera maciça, deve ser usada TC! 
 
FAST: ver líquido na cavidade abdominal. A quantidade determina 
gravidade. 
Analisa-se com o FAST: Saco pericárdico, goteira parieto-cólica D, E e 
Pelve. 
Ex de laudo: presença de grande quantidade de liquido livre, 
predominantemente na goteira parietocólica D. 
 
TOMOGRAFIA: SEMPRE FAZER COM CONTRASTE no TRAUMA! 
Contraste EV em 3 fases 
Tabelas p/ classificação de trauma hepático, esplênico, real e outros= são 
feitas para consultar, não precisa decorar. 
 
Laceração de reto: imagem serve para determinar p. ex, se: acima de 7 
cm= reto alto. 
 
Se suspeita de perfuração de víscera oca= não faz contraste VO mesmo 
assim, pois . Fazer contraste EV: ver espessamento de parede e arzinho do 
lado. 
Mesentério: cuidar! Se estiver intensificado, deve estar sangrando e vai 
levando ao choque aos poucos. 
 
2) TORAX: 
RX tem baixa acurácia para contusão, laceração pulmonar. Essas lesões são 
a ponta do iceberg, indicam trauma de alto impacto. 
Se a contusão é grande na fase inicial= muito cuidado= contusão “puxa 
liquido” e paciente vai piorar. 
 
RX tórax AP 
RX coluna perfil (lateral não é necessário, mas pode ser feito na rotina- 
Jesus faz-). 
RX de bacia AP 
US abd. 
E-FAST: estender FAST para tórax: ver perda do deslizamento pleural, 
técnica ainda pouco usada. 
 
RX TORAX: 
Pneumotórax 
Hemotórax 
Alargamento mediastino 
Fraturas costais: conceito de tórax instável muda de acordo com literatura. 
Hérnia diafragmática: base muito irregular. 
OBS: RX deitado é difícil ver mediastino. 
 
TRAUMA DE TÓRAX DE ALTO IMPACTO= RX COM CONTRASTE EV 
SEMPRE!!! Caso contrário, nem adianta fazer. Isso p não deixar passar 
lesão Mediastinal, risco de dissecção de aorta traumática (difícil de ver). 
 
Dissecção de aorta no trauma= costuma dissecar para baixo. 
 
E-FAST: ode ser usado para: pneumotórax, hemotórax, derrame e fratura 
costais (ruim de ver). 
 
TC TORAX: 
Pneumotórax: mesmo pequenos são vistos. 
Hemotórax 
Contusão parênquima: parece consolidação / Hemorragia alveolar: padrão 
vidro fosco/ Laceração: rasga pulmão. As 3 indicam que pct é 
potencialmente grave! Principalmente as 2 primeiras costumam estar 
associadas. 
Áreas de aspiração: bilateral, simétrica, pendente, geralmente sem vidro 
fosco associado (para diferenciar de contusão). 
Lesão CV 
Fraturas costais 
 
Laceração Traqueal: lembrar de olhar via aérea 
 
SINAIS DE GRAVIDADE: 
Laceração: corte 
Hematoma: bola, redondo. 
Pseudoaneurisma: bola de contraste em aso junto a lesão= embolização, 
bloco, ou não. 
Sangramento ativo: contraste no vaso e depois sai do vaso e espalha= 
bloco cx. 
 
3) COLUNAS 
RX é método inicial quando se quer definir se lesão grave; depois faz TC. 
TC tem sido mt usada. Nos traumas de transito e outros de alto impacto se 
faz direto TC. De preferência fazer Multi-slice, na single-slice se perde 
muito em sensibilidade. 
Perfil é a mais importante: ver coluna posterior e anterior. 
Frontal 
Desalinhamento, redução de espaço, desloc fragmentos, alinhamento dos 
processos, etc. 
 
Melhor plano p avaliar é o Sagital. Nunca avaliar só no axial. 
 
Achados RNM (avaliação + aprofundada): ver lesões de medula, nervos. 
 
4) BACIA 
RX é o padrão. 
TC só para pré-operatório, ver detalhes, ver lesão de bexiga (intra= cx; 
extraperitoneal= tto conservador) para ver deve ser feita a Fase tardia 
do contraste (bexiga cheia). 
 
Urinoma: um dos motivos de se fazer as 3 fases do contraste: diferenciar 
sanguex urina. Se for sangue pode não ser cx, mas se urina, é cx. 
 
5) EXTREMIDADES: 
Fraturas 
Angiotomo: para ver se tem acometimento de vaso. 
 
6) CRÂNIO: 
Fazer TC. 
Não se faz RX de crânio. Pode ter lesão com ausência de fratura e fratura 
tb pode não significar nada. 
TC: ver hemorragia, efeito massa, edema, pneumencéfalo, fratura. 
Sangue na fase aguda: é BRANCO! 
OBS: não confundir com 2 locais que calcificam: pineal e plexos coroides. 
Sangue: intra ou extra axial. 
 
6.1- Hemorragias Extra-axiais: anatomia da meninge= crânio é parede. 
Saliência é sutura entre ossos. 
A dura máter se fixa MUITO na sutura e não descola. 
Aracnoide não entra nos giro, passa reto. 
Pia-máter: é MUITO aderida ao cérebro (não separa) 
 
 Sara Steffens – ATM 2018/2 
7 
 
a. EPIDURAL= entre osso e dura-máter. Sempre BICONVEXO, NUNCA 
ULTRAPASSA SUTURA. Sangramento arterial. Geralmente desvia linha 
media, quando cresce, cresce muito e mata. Operar imediatamente, pois 
melhora MUITO com a cx na emergência (sai praticamente sem lesão). 
 
b. SUBDURAL= acompanha e fica côncavo-convexo, ultrapassa sutura. Na 
duvida, só ver sutura! Sangramento venoso, em idoso, sangramento lento, 
mal dá sintoma (alteração conduta, marcha, etc). 
Sangramento com o passar do tempo fica menos denso. Pct mts vezes 
chega bem depois (meses). Vai para cx, mas não resolve bem com a cx. 
 
OBS: Peculiaridade: hematoma junto à foice hemisférica e cresceu p um 
dos lados: é SUBDURAL (mesmo que seja meio convexo). 
 
c. SUBARACNOIDE: causa mais comum é trauma (era aneurisma). 
Subaracnoide: apagamento ventricular da base, bem sutil. 
Classificação FISHER: 
1: < 1mm de sangramento 
2: > 1 mm 
3: sangrou no parênquima/ ventrículo. 
 
 
6.1- Hemorragias Intra-axiais: 
Contusão: bola de sangue. Mts vezes lesão em contra-golpe. 
LESÃO AXONAL DIFUSA: por cisalhamento. Varias lesões hemorrágicas na 
transição. Glasgow mt baixo, TC só “apagada”, pelo edema. Único tto é 
manitol, mt grave. 
 
PNEUMOENCÉFALO: 
Discussão se trata ou não com ATB.

Continue navegando