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Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 1 Aula 03 Administração Geral Anvisa Recursos Materiais Professor: Vinicius Ribeiro Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 2 Olá pessoal, vamos seguindo? Quero divulgar minhas redes sociais. Dá uma passadinha lá: Professor Vinicius Ribeiro @professorviniciusribeiro Tópicos da Aula Recursos Materiais .......................................................................... 02 Questões .................................................................................. 29 Vale a Pena Estudar de Novo ........................................................... 44 Exercícios Trabalhados .................................................................... 46 Gabarito .......................................................................................... 57 Noções de Recursos Materiais Vamos iniciar falando de logística. Logística é um conjunto de atividades que envolvem transporte, distribuição, suprimento, gestão de materiais, gestão da cadeia de suprimento, etc. Assim como vários conceitos e técnicas, essa palavra foi tomada emprestada das operações militares. Nos períodos de guerra, o efetivo abastecimento dos exércitos era fundamental para garantir o alcance da estratégia militar. De forma resumida, pode-se considerar logística como a organização do fluxo de materiais, a partir do fornecedor até o cliente final, o consumidor de determinado produto. Dentro de todas as operações que farão com que Aula 03 Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 3 determinado produto seja entregue ao cliente no momento certo, no local certo e na condição pré-determinada, destacamos as funções de compras, planejamento e controle da produção e distribuição. Fundamental, em todo esse processo, é um bom fluxo de informações e o foco no atendimento às necessidades dos clientes. É importante destacar que a logística empresarial foi considerada, por muito tempo, um centro gerador de custos e problemas. Esse setor da empresa só aparecia quando algo dava errado. Hoje o entendimento é bem diferente, pelo menos na teoria. Na verdade, a logística vem sendo considerada estratégica para as organizações, sendo um centro gerador de resultados. Entrando na esfera pública, é fato que as operações realizadas na Administração Pública diferem-se daquelas realizadas no setor empresarial. De cara, uma diferença salta aos olhos: nas empresas, a área de logística, como pode ser inferido do que falamos, é fundamental para a maximização dos lucros; por outro lado, na esfera pública, a área de logística deve contribuir para o bom reconhecimento da população quanto aos serviços prestados, visto que são os cidadãos que pagam os tributos necessários à manutenção do serviço público, sendo fundamental a transparência nos processos executados. A logística aplicada ao serviço público visa ao provimento do abastecimento de materiais no lugar certo, na hora certa, na quantidade e especificações certas, considerando que o planejamento das atividades deve estar alinhado aos parâmetros legais atuais. Devido aos avanços da tecnologia, diversas ferramentas vêm contribuindo para a melhor gestão dos serviços. Nesse sentido, o Pregão Eletrônico é um exemplo de inovação que reduz significativamente o tempo nas operações de aquisição, além de trazer ganhos e contribuir para a transparência nos procedimentos realizados. Outro ponto é o uso de indicadores de gestão para a implementação de gerenciamento dos processos logísticos na organização pública. Com os indicadores padronizados, é possível medir o desempenho da organização no quesito logístico. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 4 Um exemplo desses indicadores é o tempo acordado de entrega de uma carga e o tempo efetivamente gasto. Essa comparação nos gera uma análise de cumprimento de metas e acordos. Há de se considerar, também, a existência de empresas especializadas em logística, são os operadores logísticos, sendo uma interessante escolha para as organizações, no caso de opção pela terceirização. É comum que atividades de suporte sejam terceirizadas, para que o órgão público ou a empresa privada concentre seus esforços no seu negócio (core business). No contexto das contratações, uma vez “transferidas” para terceiros, foi preciso regulamentar tais serviços. Assim, nasce a Lei nº 8.666/93 (Lei de Licitações e Contratos). Assim, as execuções de determinadas atividades passam a ser indiretas, ou seja, não são realizadas pela própria Administração Pública. A obrigação de licitar, na verdade, não advém da lei de 1993. Na verdade, a nossa Carta Magna de 1988 já havia fixado, como compulsório (obrigatório), a contratação de obras, serviços, compras e alienações (transferência de domínio de bens a terceiros), ressalvados os casos especificados na legislação (Lei 8.666/93). Os casos da ressalva são: inexigibilidade e dispensas. Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management) Supply Chain Management (gerenciamento da cadeia de suprimentos) é um conceito evoluído sobre logística. Se antes a logística era uma visão que se preocupava com a entrega de produtos aos clientes, com a chegada de insumos na empresa e com a armazenagem de matéria prima e estoque, a SCM possui um conceito mais amplo. A SCM representa uma visão ampla e integrada não só da empresa, mas de todos os atores envolvidos no processo: clientes, fornecedores, intermediários, transportadoras. Dentro da própria empresa, o conceito também é ampliado. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 5 Assim, com essa visão, os processos são vistos de forma integrada: recebimento de matéria-prima, estocagem, produção, armazenagem, vendas, distribuição aos clientes, pós-venda. Vejamos alguns conceitos importantes: Cluster: cadeia de relações entre as organizações (fornecedores, clientes e empresa) que estejam próximas fisicamente e que tenham interesses em comum. Com o cluster, empresas obtêm vantagens competitivas. Pode ter como finalidade a produção, o comércio ou a prestação de serviços. Arranjo Produtivo Local: aglomerações de empresas que estejam localizadas em um mesmo território, com determinada especialização produtiva, que tenham certo vínculo de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre si e com outras entidades locais (governo, associações empresariais, instituição de apoio ao crédito e à pesquisa). O APL pode ser tido comoum cluster. Entretanto, ele está focado exclusivamente na produção. Efeito Chicote: aumento da variabilidade da demanda ao longo da cadeia de suprimentos. Ex.: o consumidor de final de papel higiênico possui uma demanda uniforme. Entretanto, ao longo da cadeia, quando falamos de matérias-primas, a demanda possui maior variabilidade, não é tão uniforme como a demanda pelo produto final. Redes Keiretsu: redes são estabelecidas quando as empresas concretizam relacionamentos duradouros, confiáveis entre si. Normalmente, uma empresa fica no centro da rede, como a Toyota e suas conexões com mais de 150 empresas de fornecimento de peças. No caso de uma rede keiretsu, comum no Japão, há interesse de participação compartilhado, há acionistas em comum. Modalidades de Transporte Transportar possui um conceito simples. Trata-se da condução de algo (pessoa ou carga) de um lugar para outro. Para a realidade em estudo, estamos falando da movimentação do produto acabado (produto final) da empresa até o cliente. Vejamos abaixo as modalidades de transporte. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 6 Vejamos cada um em separado. Rodoviário: esse transporte, que se desenvolve pelas rodovias, é o mais utilizado no país. A predominância desse modal chega a ser excessiva no país. A subutilização de outros modais (aquaviário e ferroviário) encarece o transporte brasileiro, além de deteriorar com mais rapidez as estradas no país. Uma das grandes vantagens do modal rodoviário é a flexibilidade para chegar até o cliente, já que uma ferrovia, por exemplo, não possui tamanha abrangência. Podemos dizer que praticamente só o transporte rodoviário consegue fazer o transporte porta a porta (da empresa até o fornecedor), sem a necessidade de auxílio de outro tipo de transporte. A grande desvantagem do transporte rodoviário é a baixa capacidade de transporte, já que as carretas possuem espaços limitados para poderem trafegar nas rodovias. Com uma quantidade menor de carga por transporte, a consequência é o encarecimento do frete (pagamento pelo transporte). O transporte rodoviário destina-se à movimentação de cargas menores com prazos de entrega relativamente pequenos (maiores apenas do que os prazos no transporte aéreo). Ferroviário: o grande problema desse transporte no Brasil e na América do Sul é o tamanho diferenciado das bitolas (largura de via férrea). Por razões Transporte Rodoviário Transporte Ferroviário Transporte Aquaviário Transporte Aeroviário Transporte Intermodal Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 7 históricas (guerras), as ferrovias no continente sul americano foram construídas com bitolas de tamanhos diferentes, o que impede o transporte integrado. Com isso, a baldeação (passagem do material de um veículo para o outro) faz-se necessária, encarecendo e retardando o transporte. Os vagões dos trens, pela sua grande capacidade, barateiam o custo por quilômetro de transporte do material. Esse é um transporte inflexível, já que seu traçado é limitado, impedindo, na maioria das vezes, o transporte porta a porta. Normalmente, esse transporte necessita do auxílio do transporte rodoviário. O modal ferroviário caracteriza-se pelos prazos maiores de entrega da mercadoria. Aquaviário: esse é um transporte que se subdivide em fluvial (pelos rios), lacustre (pelos lagos) e marítimo (pelo mar). O transporte chamado de hidroviário (fluvial ou lacustre) é realizado dentro do país. O transporte marítimo, por sua vez, subdivide-se em cabotagem (transporte dentro da costa brasileira, entre portos nacionais) e transporte internacional (importação e exportação). As hidrovias brasileiras e o transporte de cabotagem enfrentam um problema parecido com as ferrovias. Historicamente, esses dois modais não tiveram o investimento necessário para que o transporte ocorresse com mais frequência. Por essa simples razão, esses modais são mais caros do que deveriam ser. O transporte aquaviário utiliza cargas com grandes volumes e o tempo de entrega é o mais longo de todos. Aeroviário: esse é o transporte mais caro, porém com o menor prazo de entrega existente. É muito utilizado para transporte de cargas valiosas ou perecíveis ou para entregas de emergência. A capacidade de carga também é limitada, assim como no transporte rodoviário. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 8 Intermodal: trata-se do transporte que utiliza mais de um modal, como o rodoviário + o ferroviário ou o aquaviário + o rodoviário. Existe um conceito parecido com a intermodalidade que é a multimodalidade. A diferença entre os dois é a seguinte: no transporte intermodal, para cada modalidade utilizada é emitido um documento; no transporte multimodal, independentemente do número de modalidades, emite-se apenas um documento para acompanhar a carga. Compras O setor de compras, elo com o ambiente externo (fornecedores), de uma empresa possui fundamental importância, já que é por meio dessa área que a empresa é abastecida de matéria-prima, de máquinas, de equipamentos, de materiais em geral. Para a empresa manter-se em funcionamento, é preciso que as compras sejam feitas com determinada regularidade (periodicidade). Para Chiavenato, compras “envolve todo o processo de localização de fornecedores e fontes de suprimento, aquisição de materiais por meio de negociações de preço e condições de pagamento, bem como o acompanhamento do processo (follow-up) junto aos fornecedores escolhidos e o recebimento do material comprado para controlar e garantir o fornecimento dentro das especificações solicitadas.” É importante dizer que o setor de compras já foi visto outrora apenas como um centro gerador de custo. Hoje em dia, essa visão foi alterada. A área em questão passa a ser enxergada como um centro de lucro, uma vez que a boa administração do setor rende economias/vantagens para a organização. Vejamos uma estrutura básica (comum às empresas) de um departamento responsável pelo suprimento organizacional: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 9 Dentro das diferentes realidades que a empresa vivencia, existe uma decisão, quando falamos em suprimento, que qualquer organização precisa tomar. Descentralizar ou centralizar? Vejamos, inicialmente, a figura com as vantagens de cada um. •Maiores vantagens (descontos) - compras em quantidades elevadas •Qualidade uniforme dos materiais comprados •Compradores Especializados •Procedimentos de compra padronizados Centralização •Maior conhecimento dos fornecedores locais •Melhor atendimento de necessidades específicas •Agilidade no processo de compras Descentralização Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORGCurso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 10 Primeiro, é preciso deixar claro que não há uma regra. Centralizar ou descentralizar as compras dentro de uma organização depende da realidade de cada um. Centralização: a função de compras é concentrada em um único setor, por isso ele consegue comprar em quantidades elevadas (reúne todas as compras de material de escritório, por exemplo). Essa concentração permite a padronização dos procedimentos e das especificações dos materiais que serão adquiridos. Descentralização: a pouca flexibilidade de um órgão centralizado pode levar a uma dispersão das compras, quando a empresa possui unidades em diferentes regiões geográficas. Isso permite um contato mais próximo do comprador com o seu fornecedor, gerando um atendimento mais qualificado. Uma opção intermediária seria, juntamente com a criação de setores locais para compras, manter um órgão central para gerenciar esses setores. Independente da centralização ou não do processo, o procedimento de compras segue um determinado roteiro. É o chamado ciclo de compras. Vejamos a ordem de funcionamento: 1. Análise das ordens de compras: quando um setor necessita adquirir um material, ele elabora um documento chamado “ordem de compra”, que é encaminhado para o setor de compras para análise e prosseguimento. Esse documento deve conter as especificações dos produtos e suas quantidades. Nessa análise, caso haja um histórico de compra semelhante, essa base de dados deverá ser aproveitada; 2. Pesquisa e seleção de fornecedores: principalmente em compras novas, o setor de compras precisa detectar os melhores fornecedores para aqueles produtos. A ajuda da área requisitante, que possui o conhecimento técnico do material requerido, é essencial. Em compras habituais, o comprador pode fazer uso de um cadastro prévio de fornecedores. Tendo uma gama de fornecedores aptos, o setor de compras irá compará-los para selecionar o melhor, tendo em vista o preço, as condições de Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 11 pagamento e entrega, etc.; 3. Negociação com os fornecedores: a simples seleção de um fornecedor não esgota o processo. O comprador precisa barganhar, precisa negociar a melhor condição de compra possível, a fim de gerar economias à empresa. É preciso entender que o fornecedor sempre trabalha com uma margem, ou seja, suas condições iniciais sempre podem ser flexibilizadas em favor da organização compradora; 4. Acompanhamento do pedido (follow-up): negociada a comercialização, o fornecedora passa a ser responsável por preparar o pedido para posterior entrega do material. E o setor de compras, o que faz neste momento? Nada? Muito pelo contrário. O comprador, agora, deve acompanhar esse pedido para garantir que os materiais cheguem na empresa na especificação correta, no momento exato e no local combinado. Para que o setor de compras possa realizar esse follow-up do pedido, ele precisa manter contato pessoal (às vezes diário) com o fornecedor para verificar o andamento daquilo que foi pedido. Esse monitoramento pode detectar falhas no processo e evitar futuros problemas para a empresa. Alguns fornecedores disponibilizam sistemas integrados que permitem que o comprador acompanhe o seu pedido pela internet ou receba mensagens automáticas na caixa de e-mail (ou via SMS para o celular) com o andamento do processo; 5. Controle e recebimento: após todo o processo acima descrito, é chegada a hora do “famoso” material ingressar na empresa compradora. No ato do recebimento do pedido, é preciso que o comprador verifique se as condições acordadas foram cumpridas. Isso deve ser realizado independentemente do follow-up realizado. Somente após o atesto de que tudo está ok é que o setor de compras irá autorizar a entrada dos produtos no armazém/almoxarifado. O recebimento fará também com que o setor de compras autorize o departamento financeiro a realizar o pagamento devido ao fornecedor. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 12 Materiais e Estoque Dentro das várias atividades da logística está a gestão dos materiais e estoque. É importante mencionar que estoque é custo, ou seja, enquanto determinado produto está em um armazém, ele está gerando custos, como a energia do local, o aluguel do armazém, etc. Assim, controlar o nível de estoques é fundamental e estratégico para as empresas. Afinal, tempo é dinheiro, como já sabemos, não é? Por outro lado, a falta de um produto pode sair mais caro ainda. Por exemplo: imaginemos que determinado produto seja essencial para a fabricação de outro produto. Se esse produto intermediário falta, o produto final não será produzido e a empresa pode perder vendas, outros produtos intermediários podem deteriorar-se, etc. Assim, a gestão de estoque deve ponderar a quantidade de estoques e a necessidade de se estocar produtos intermediários. Vejamos as vantagens de estoques altos: Permite economia de escala nas compras e transporte; Proteção contra aumento de preços; Proteção contra incertezas de demanda e tempo de atendimento Quando falamos em estoque, devemos considerar que não estamos falando somente do produto final, o produto processado, a matéria acabada. Temos alguns outros tipos de material que são estocados. Vejamos: Matéria em Processamento (Acabamento): produtos em fase de fabricação. Matéria-Prima: conjunto de itens que compõe um produto acabado. Matéria Semi-Acabada: produto que é comercializado em seu formato pré acabado, como é comum na indústria do couro, com a venda do couro wet blue ao invés de vender o couro acabado em determinadas comercializações. Vamos aprender alguns conceitos que são utilizados nessa matéria. Depreciação: perda de valor de um bem em função do desgaste pelo uso Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 13 (variável), pela ação do tempo e pela obsolescência (fixa). Inventário Físico: contagem física dos itens estocados, podendo ser periódico ou rotativo: o Periódico: semestralmente ou ao final do exercício, por exemplo. Todos os itens de uma só vez. É preciso “parar” a empresa. o Rotativo: contagem permanente, fazendo com que todos os itens sejam contados ao longo do ano fiscal. Cada grupo de itens é contado em momentos diferentes. Não é preciso “parar” a empresa. Fases do Inventário: o Levantamento: coleta de dados. o Arrolamento: momento do registro das quantidades e características levantadas. o Tombamento: registro geral de documentos. o Avaliação: unidade de valor é atribuída ao patrimônio inventariado. 1) (ESAF DNIT 2013) Entende-se por tombamento de bens: a) o ato de incluir um bem em uma lista de plaquetas metálicas. b) o registro de um bem permanente no sistema de controle patrimonial. c) processo realizado pelo almoxarifado como fim de transferir a responsabilidade de guarda dos bens. d) processo por meio do qual é verificado se os materiais se encontram onde deveriam estar guardados. e) processo de derrubada do registro de patrimônio de bens. Fases do Inventário: o Levantamento: coleta de dados. o Arrolamento: momento do registro das quantidades e características levantadas. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 14 o Tombamento: registro geral de documentos. o Avaliação: unidade de valor é atribuída ao patrimônio inventariado. Gabarito: B Acurácia dos Controles: mede a porcentagem dos itens com registros exatos. Nível de Serviço: mostra a eficácia que a gestão de estoque demonstra com relação aos seus clientes (externos ou internos). Giro de Estoque: índice que mostra quantas vezes o estoque se renovou. Cobertura de Estoques: estoque médio suficiente para cobrir a demanda média. Tempo de Reposição: tempo entre a elaboração da requisição de determinado produto até a chegada e liberação dessa mercadoria na fábrica. Lote de Compra: quantidade de produto constante no pedido de compra. Lote Econômico de Compra (LEC): é o balanceamento econômico que confronta custo de manter estoques com o custo de aquisição de material. A ideia é igualar (melhor combinação) o custo de manutenção do estoque com o custo de se adquirir esse material. Lead-Time: é a soma do tempo de processamento de um pedido, da busca pelo fornecimento e da produção de itens e do transporte dos itens dentro da cadeia de suprimento. Estoque de segurança: quantidade de estoque que é mantida além da demanda esperada. Estoque máximo: é um número que retrata o máximo possível que uma empresa pode manter de estoque. A fórmula para calculá-lo é: est máx = est mín + lote de compra. Estoque mínimo: é o número mínimo de produto que a empresa deve ter no seu armazém. A fórmula para calculá-lo é: est mín = estoque reserva + (demanda x tempo de reposição). É um conceito bastante parecido com o estoque de segurança. Entretanto, o estoque mínimo tende a ser menor do que o de segurança. O estoque de segurança constitui uma reserva adicional. O estoque mínimo, Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 15 caso atingido, acende o alerta para a falta de material. Sistema de revisão periódica: trata-se de um sistema de análise de demanda para a reposição de estoque. Estipulam-se períodos fixos para a compra. De acordo com a demanda, estipula-se o pedido, sendo este variável. Fórmula de ponto de reposição ou de pedido: trata-se de um cálculo que precisamos fazer para calcular o exato ponto de reposição. Considere que temos um consumo mensal de 20 unidades de um item. Além disso, o prazo de recebimento desse produto quando ele é adquirido é de 2 meses. Como segurança, a empresa adota o estoque de 5 unidades. Nesse caso, temos: C - Consumo mensal: 20 unidades. E. Seg - Estoque de segurança: 5 unidades. TR - Tempo de reposição: 2 meses. PP - Ponto de reposição ou ponto de pedido ou ponto de ressuprimento: ? Aqui, aplicamos a seguinte fórmula: PP = (C x TR) + E. Seg Assim, temos: PP = (20 x 2) + 5 = 45 unidades. Máximos e Mínimos: em contraposição ao sistema de revisão periódica, tem- se esse sistema de máximos e mínimos. Como ele funciona? Nesse sistema, as quantidades são fixas. Ele é utilizado quando não se tem uma informação precisa sobre o consumo ou quando existe muita sazonalidade nesse consumo. Nesses casos, os períodos de reposição são variáveis. Pode ocorrer uma reposição em 3 semanas e outra em 6 semanas, a depender do consumo. Nesse sistema, é preciso: Estipular um consumo do item Fixar o período máximo de consumo Calcular o ponto de pedido em função do tempo de reposição pelo fornecedor Calcular estoque mínimo e estoque máximo (em função da capacidade do armazém, por exemplo) Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 16 Calcular o lote de compra Diagrama de Pareto ou Gráfico de Pareto ou Princípio de Pareto é o famoso “80 20”. Trata-se de gráfico de barras elaborado com base nos dados, coletados na Folha de Verificação, sobre as várias causas de um problema ou vários problemas inter-relacionados. A função desse gráfico é a priorização de problemas, separando os muitos problemas triviais dos poucos vitais. Nos poucos problemas vitais deverão ser concentrados todo foco e atenção, pois respondem por 80% dos resultados indesejáveis. Vilfredo Pareto, no final do século XIX descobriu que 20% da população detinham 80% de toda riqueza de um país. Parece que não mudou muito, não é? Essa premissa do 80 20 é totalmente aplicável nas empresas, sendo aceitas pequenas variações estatísticas: 20% dos itens estocados respondem por 80% do valor total em estoque; 20% dos clientes respondem por 80% do faturamento total do negócio; 20% dos problemas respondem por 80% de todos os resultados indesejáveis da empresa. Essas análises são fundamentais para que as empresas priorizem seus trabalhos. Por qual motivo eu vou empreender esforços para clientes que só me rendem 20% do meu lucro. Será que não seria mais interessante eu, como empresário, aumentar o foco nos clientes que me rendem 80%, afinal, são eles que pagam o meu salário? Parece prudente, não é? Vamos fazer uma simulação da análise de problemas na venda de um produto sob a égide do princípio de Pareto: Problemas Nº de Ocorrências por Mês Atraso nas entregas de produto 60 Produtos com defeito 10 Estoque insuficiente 70 Pós venda deficiente 03 Produtos com especificação errada 07 Concorrência 12 Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 17 Agora vamos ordenar os problemas de acordo com as ocorrências e criar uma coluna com as ocorrências acumuladas (somando as linhas acima): Problemas Nº de Ocorrências por Mês Ocorrências Acumuladas Estoque insuficiente 70 70 Atraso nas entregas de produto 60 130 Concorrência 12 142 Produtos com defeito 10 152 Produtos com especificação errada 7 159 Pós venda deficiente 3 162 Por fim, vamos colocar os valores percentuais das ocorrências acumuladas em relação ao total de ocorrências, evidenciando os problemas que são responsáveis por 80% das minhas ocorrências: Problemas Nº de Ocorrências por Mês Ocorrências Acumuladas Em Relação ao Total Estoque insuficiente 70 70 43,21% Atraso nas entregas de produto 60 130 80,25% Concorrência 12 142 87,65% Produtos com defeito 10 152 93,83% Produtos com especificação errada 7 159 98,15% Pós venda deficiente 3 162 100,00% Veja que essa relação nos dá a tônica do que fazer: aumentar o nível de produção para evitar a insuficiência de estoque e controlarmelhor a entrega dos produtos. Olhando “mais de perto” essas causas, eu terei condições de combater melhor. Com certeza, atuando nesse sentido, uma nova relação de ocorrências feita tempos depois nos trará uma nova configuração, com diferentes participações Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 18 relativas e novas atuações mais focadas. Vejam que isso nos diz que o diagrama de Pareto deve ser feito continuamente. Princípio do Menor Esforço: tempos depois, em meados do século XX, George Zipf acabou reelaborando o Princípio, adotando-o no tocante ao esforço. Segundo ele, as pessoas tendiam a minimizar seus esforços de maneira que cerca de 20% de recursos levariam a 80% do resultado. Análise ABC: separa-se itens em ordem de importância (valor financeiro), sendo o grupo A o mais importante, o B um pouco menos, e o C menos ainda. Com essa separação, é possível diferenciar o tratamento de cada grupo, dispensando mais atenção ao grupo A. A chamada curva ABC é baseada no raciocínio do Diagrama de Pareto, o 80 20. Vejamos: Classificação XYZ: O raciocínio é análogo ao ABC. No entanto, os critérios são diferentes: X: materiais que possuem similares Y: material que possui similar, mas a sua falta atrapalha a qualidade dos serviços. Z: material sem similares, cuja falta é crítica. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 19 MRP (Manufacturing Resources Planning): o planejamento de recursos materiais permite um controle eficaz para o dimensionamento de estoques em situações de demandas independentes. A partir de um plano de fabricação de determinado produto para um determinado período, são calculados os itens que compõem o produto final: matérias-primas, embalagens, etc. Deve ser considerado o estoque de cada item para que se obtenha a quantidade correta a ser comprada. O Planejamento das Necessidades de Materiais (Manufacturing Requirements Planning - MRP) é um sistema criado na década de 60 que estabelece, por meio do computador, relações entre as seguintes atividades: Previsão de vendas Planejamento da produção Programação da produção/materiais Compras Contabilidade de custos Controle da produção O MRP também permite que sejam incluídos o cadastro de materiais, a lista de materiais, emissão e controle de ordens de pedido, rotinas do processo produtivo e saldos de estoque. Primeiramente, é preciso prever as vendas. A partir daquilo que foi previsto, entra em cena o programa mestre de produção, que é a programação de produção para atender à previsão. A partir da lista de materiais (bill of materials – BOM) que compõem o produto, são estabelecidos a relação entre a quantidade do produto e de cada material componente. A partir dessa relação, multiplica-se essa relação pelo que foi programado para o produto. Assim, se eu preciso produzir 100 unidades do produto e são necessários 3 unidades do material x para cada produto, eu precisarei de 300 unidades desse material. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 20 Na lista de materiais, é preciso sempre considerar uma porcentagem de refugo/estoque de segurança. Além disso, assim como os produtos, é preciso verificar o estoque desses materiais. O MRP ou MRP I surgiu da necessidade de se planejar a demanda dependente (materiais em face dos produtos). O MRP II (Manufacturing Resources Planning – Planejamento dos Recursos de Produção) é uma evolução do primeiro, a partir do desenvolvimento da tecnologia, tornou-se possível envolver insumos, como os equipamentos, as instalações, o pessoal, áreas de estocagem, etc. A última evolução do conceito veio com a ERP (Enterprise Resorce Planning). No ERP está inserida a abrangência dos recursos empresariais. O CRP (Planejamento das Necessidades de Capacidade) “trabalha” junto com o MRP. Agora eu não estou mais preocupado com a relação dos insumos e materiais com o produto. Considerando que eu tenha os ingredientes para fazer meu bolo, eu preciso saber também como será feito esse bolo a partir da mão- de-obra existente. É aí que entra o CRP. Avaliação de Estoques Os métodos abaixo objetivam o controle dos estoques. Cada um deles adotam um critério específico. Vejamos. Custo Específico: utilizado para avaliar estoques com alto valor, como automóveis, obras de arte, imóveis. PEPS: é o famoso primeiro que entra, primeiro que sai. Em inglês, temos o FIFO (first in, first out). Esse método é muito comum em supermercados, para Previsão de Vendas Estoque de Produtos Acabados Programação de produção Lista de materiais Necessidades de materiaisx - = = Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 21 evitar o vencimento de produtos. À medida que novos produtos chegam nas prateleiras, eles são colocados no fundo para que o consumidor pegue o produto mais antigo, aquele que chegou primeiro, evitando-se o vencimento ou o desgaste de produtos. UEPS: outra sigla, que representa o último que entra é o primeiro a sair. Em inglês, temos o LIFO (last in, first out). Esse método pode ser facilmente reconhecido na despensa das nossas casas. Q uando comprar um produto, colocamos ele na frente dos demais que lá já estavam. Custo Médio (Móvel): forma de calcular o estoque que tira uma média dos valores de todos os produtos estocados. À medida que novos itens vão entrando, novas médias são calculadas, daí o nome de custo móvel. Custo Médio Ponderado: nesse método, que é parecido com o custo médio, são estabelecidos pesos maiores para os períodos mais recentes. Integração Integração Vertical: estratégia de compra de empresas dentro da cadeia de suprimentos para obter vantagem competitiva. Há dois tipos: Integração à montante: compra de fornecedores, como a coca-cola comprando empresas dedicadas à confecção de embalagens. Integração à jusante: compra de clientes, como um atacadista comprando um supermercado. Integração Horizontal: compra de concorrentes também para obter vantagem competitiva. Planejamento e Controle da Produção O planejamento e controle da produção é uma função essencial nas indústrias. Também conhecido pela sigla PCP, essa área deve se preocupar com todos os aspectos que envolvem a produção, englobando o gerenciamento de materiais, Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 22 a programação para o funcionamento das máquinas, a programação de trabalho do pessoal envolvido e a coordenação das atividades com os fornecedores e os clientes, sejam eles internos (dentroda empresa) ou externos. Essa é uma área-chave da empresa, já que lida com tempo, com custo e com a fabricação dos produtos que serão vendidos posteriormente. Uma boa gestão do setor, com otimização de processos e bom fluxo de comunicação na equipe, traz redução de custos além de satisfazer os clientes. O PCP é uma área em constante transformação, já que ela precisa ter uma visão sistêmica, considerando sempre as necessidades do cliente, que sempre se alteram. Além do cliente, exerce forte influência no planejamento e controle da produção os sistemas de informação, a tecnologia da informação. Nos dias atuais, é condição sine quan non (indispensável) para o sucesso do PCP a utilização de um bom software para efetuar os cálculos e gerir de maneira eficaz a produção em uma empresa. A tecnologia deve ser vista como uma grande aliada do PCP. Devemos imaginar que a fabricação de um produto envolve uma série de processos, uma série de unidades dentro da empresa. Dentro desse contexto, poderíamos imaginar uma linha de produção dividida em 4 unidades diferentes. A boa gestão dessas unidades passa pela correta comunicação entre elas. Imaginando que tudo começa na unidade 1, passando pela 2, depois pela 3 e encerrando-se na 4, o que ocorreria se o produto resultante da unidade 2 não ficasse pronto no momento ideal? A programação da produção se atrasaria, pois a unidade 3 ficaria parada o tempo que durar o atraso, fazendo com que o produto final na unidade 4 fique pronto fora do tempo. Se temos um cliente que tem um tempo exato para receber uma produção, esse atraso pode ser catastrófico. Como entregar panetones para uma rede de supermercados após o Natal? Teria algum sentido? E o quentão em agosto? Venderia? Dentro do PCP, temos algumas formas de se produzir. Vejamos: Controle empurrado: a unidade anterior “empurra” a produção para a unidade posterior, seguindo a programação da produção. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 23 Controle puxado: a unidade posterior requisita (puxa) a unidade anterior para que esta produza. Arranjo Físico/Layout Vejamos o que são esses arranjos físicos, também conhecidos como layouts. Quando pensamos em uma instalação física em que ocorre uma operação produtiva, o layout é o modo de disposição física dos recursos existentes (máquinas, materiais de escritório, departamentos, pessoas, etc). Quando uma empresa decide o seu leiaute, ela deve sempre ter em mente a sua estratégia, deve saber as atividades que agregam valor e as que não agregam. Com essas informações, ela pode fazer as suas escolhas de arranjo. A ideia é sempre otimizar tempo e custo. São 4 os tipos de arranjo (3 clássicos e 1 híbrido): Clássico Posicional: típico em situações de baixo volume, mas alta variedade. O fluxo é intermitente. O produto é fixo no ambiente, pois ele é muito grande. Processo (funcional): volumes maiores que o posicional, com variedades relativamente altas. Fluxo menos intermitente. Recursos similares são mantidos juntos. Produto: volumes altos e pouca variedade. O fluxo é contínuo. É bastante especializado e com baixo custo, já que há pouca variedade. Híbrido Celular: volumes menores que o arranjo por produto, mas maiores que o arranjo por processo. A variedade é relativamente baixa. Fluxo mais contínuo. As máquinas são dedicadas a um grupo exclusivo. Pode ser caro na instalação, mas é bastante flexível e típico para produção em massa. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 24 2) (ESAF DNIT 2013) São considerados tipos básicos de arranjo físico, exceto: a) Arranjo por posição fixa. b) Arranjo por posição móvel. c) Arranjo por processo. d) Arranjo por produto. e) Arranjo celular. O arranjo posicional é fixo, não sendo tipo básico um arranjo posicional móvel. Gabarito: B Gestão da capacidade produtiva de longo prazo Vamos começar definindo capacidade. No nosso contexto, vamos utilizar novamente Slack: “é o máximo nível de atividade de valor adicionado em determinado período de tempo, que o processo pode realizar sob condições normais de operação”. Em geral, associamos a capacidade a algo parado, estático. Quanto de água cabe naquela garrafa? Quantos pacotes cabem no caminhão? E por aí vai. No entanto, é preciso conhecer a capacidade de processamento. E aí, entra em cena a variável “tempo”. Em quanto tempo eu consigo encher a minha piscina? Qual é a minha capacidade de produção por hora, considerando o número de empregados que tenho? Restrição da Capacidade Nem sempre eu consigo operar na minha capacidade mais alta. Não é todo dia que minha sala de cinema fica lotada (segundas e terças não lotam); nem todos Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 25 os voos vão cheios (fora de temporada, cai a procura). Assim, a demanda pode limitar a minha capacidade. Por outro lado, pode ser caro eu ficar produzindo determinados bens sem a certeza de venda. Em determinados casos, é preciso adotar a produção puxada. Assim que o cliente pede, eu fabrico o seu pedido. Produtos personalizados funcionam dessa maneira. Isso é restrição também. Em outra medida, eu posso ser conservador e prever um nível de produção tal para que não haja excesso de produto. No entanto, pode haver uma guinada na economia (a esperança é última que morre!!!) e eu ter demanda demais e funcionários de menos para fabricar todos os pedidos. Isso é restrição. Por fim, eu posso ter a limitação de uma máquina que estraga. Ela pode causar desde danos pequenos (pequenos atrasos) até danos maiores (parar a produção), a depender da importância desse equipamento na produção como um todo. O Componente Longo Prazo Quando eu gerencio a minha capacidade, é essencial que eu pense, além do curto e médio prazo, em um prazo mais longo. É preciso mirar o futuro. Quanto eu posso produzir em 2015? Quantas vagas de hotel eu vou precisar para as Olimpíadas de 2016? Com certeza a rede hoteleira deve fazer esse estudo para aproveitar essa janela de oportunidade que será o principal evento esportivo mundial. Nesse sentido, eu preciso alinhar a minha produção, o meu departamento de produção aos anseios da empresa. Onde a empresa pretende estar daqui a 5 anos? Qual é a visão e a missão da organização? Em outras palavras, gestão estratégica e gestão da capacidade precisam andar juntas. Nível Ótimo de Capacidade É preciso, portanto, definir o tamanho das instalações da empresa. Para cada tamanho da instalação, a empresa terá determinado nível de atividade de produção. Esse nível varia de mercado para mercado. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 26 De qualquer forma, existe um nível mínimo em que a empresa precisaoperar. Abaixo disso, o custo médio de produção para cada unidade começa a subir, uma vez que os custos fixos passam a ser cobertos por um número menor de unidades fabricadas. Vejamos alguns conceitos importantes: Custo de aquisição ou de produção: valor de entrada do produto na fábrica. Custo de aquisição de materiais: valor pago ao fornecedor - os impostos recuperáveis + os valores incorridos pela empresa para deixar o bem em condições de uso. Custo de produção: custo de aquisição + gastos incorridos na produção. Exemplos de custos de produção: matéria-prima consumida, energia elétrica da fábrica, salários da fábrica, depreciação da fábrica, seguro da fábrica. Custos diretos: custos diretamente relacionados, facilmente identificados a determinado objeto. Exemplo: matéria-prima consumida, salário do operário. Custos indiretos: custos que não podem ser identificados com um objeto específico, sendo comuns a dois ou mais objetos (devendo ser rateados). Exemplos: depreciação, manutenção, aluguel, seguro. Custo fixo: são constantes dentro de determinada capacidade de instalação. Assim, a cada aumento na produção, não há aumento desses custos. Custo variável: acompanham a variação da produção. Vejamos os gráficos abaixo. Valor $ Custos Fixos Exemplo: Aluguel Quantidade Produzida Valor $ Quantidade Produzida Custos Variáveis Exemplo: Materiais Diretos Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 27 Alteração da Capacidade Às vezes, é preciso alterar o curso daquilo que foi planejado. Há momentos em que uma nova capacidade precisa ser adotada. A definição do momento dessa mudança é essencial. Existem duas possíveis estratégias para isso: Sistemas Flexíveis de Manufatura Os chamados “flexible manufacturing systems” – FMC (sistemas flexíveis de manufatura) têm o papel de agregar tecnologias em um único sistema. O que se faz é centralizar em um computador o controle de estações de trabalho semi-independentes. Vejamos as partes componentes de um FMS: Estações de trabalho: centros de trabalho, máquinas-ferramentas. Instalações de carga e descarga: movimentação para a estação ou da estação. Instalações de transporte e manuseio de materiais: movimentação de peças entre estações de trabalho Sistema central de controle por computador: coordena as atividades do sistema. • introdução de capacidade para que sempre tenha capacidade suficiente para o atendimento da demanda prevista Capacidade antecipada à demanda • introdução de capacidade para que a demanda seja sempre igual ou maior do que a capacidade Capacidade acompanha a demanda Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 28 Matriz Produto-Processo A matriz produto-processo representa a relação do produto com diferentes aspectos da empresa. Fonte: Questão Cesgranrio Petrobrás Os três quadrados dentro do gráfico demonstram três tipos de serviço. O Quadrado acima são os serviços profissionais, que estão incluídos as consultorias, bancos para pessoa jurídica, serviços médicos, assistências técnicas, etc. Nesse quadro, temos muita variedade e baixo volume. No quadro do meio, temos a loja de serviços, em que temos os bancos para as pessoas físicas, os restaurantes, os hotéis e o varejo em geral. A variedade e o volume são medianos. No quadro abaixo, que são os serviços em massa, temos: transporte urbano, cartões de crédito e comunicações. O volume é alto e a variedade é baixa. Elementos de Contabilidade A administração do patrimônio (ou do ativo imobilizado/fixo) da empresa é tarefa de suma importância no ambiente organizacional. E o que faz parte do patrimônio da empresa? Basicamente, tudo o que ela não tem intenção de vender, como os equipamentos de escritório, as máquinas utilizadas na fabricação, as instalações físicas, etc. Podemos citar três premissas que se encaixam em um patrimônio: Não ter como destino ser vendido Ser permanente, ainda que relativamente Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 29 Ser usado na operação do negócio da empresa Diferente do patrimônio são as matérias primas, os produtos em processamento e os produtos acabados. Esses são sim destinados à venda presente ou futura. Destinação do Material Os materiais podem ser classificados da seguinte maneira: Recuperável: quando for possível recuperar, no máximo, 50% do seu valor de mercado. Ocioso: quando não estiver sendo aproveitado, embora esteja em perfeitas condições de uso. Irrecuperável: em face da perda das características ou por razões de inviabilidade econômica de recuperação, esse material deixa de ser destinado para o fim destinado anteriormente. Antieconômico: de manutenção cara (onerosa) ou rendimento baixo em face desgaste. Questões Essa é uma matéria com uma grande quantidade de conceitos. Alguns desses, eu definirei na própria resolução da questão. 3) (ESAF DNIT 2013) A administração de recursos materiais engloba uma sequência de operações. Assinale a opção que não representa uma etapa do ciclo de administração de materiais. a) Movimentação interna. b) Compra. c) Armazenamento. d) Identificação de fornecedor. e) Alienação. A alienação ou vendas é atividade da área comercial/vendas. A administração de recursos materiais preocupa-se com requisição de material, identificação de fornecedor, compra, estocagem, movimentação interna. Gabarito: E Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 30 4) (ESAF DNIT 2013) Assinale a opção que não representa um dos objetivos da classificação de materiais. a) Catalogação. b) Avaliação. c) Padronização. d) Codificação. e) Especificação. A classificação dos materiais existentes na organização tem o propósito de especificar corretamente o item. Uma vez especificado com a devida padronização, o material necessita ganhar identificação única, ou seja, ele precisa ser catalogado, devendo receber um código único (codificação). Tudo isso facilita as futuras movimentações internas do material. A avaliação entre em outra seara. Ela relaciona-se com análise, qualidade, atendimento ao cliente, etc. Gabarito: B 5) (ESAF DNIT 2013) Assinale a opção incorreta. a) O porta-paletes convencional é uma estrutura de armazenagem empregada quando é necessária a seletividade das operações de carregamento. b) Um dos princípios gerais do Arranjo físico é a mínima distância, que significa reduzir ao mínimo as distâncias para evitar esforços inúteis. c) O transporte multimodal é aquele em que utiliza uma ou mais modalidades de transporte, desde a origem até o destino, regido por um único contrato.d) A conferência qualitativa do material recebido é feita por meio da confrontação das informações constantes no pedido, na autorização de fornecimento e na nota fiscal. e) Inventário é todo o material que está disponível para ser requisitado e utilizado no processo produtivo. Vejamos as assertivas. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 31 a) um porta-paletes é uma estrutura que permite armazenar determinado produto de maneira que a sua movimentação não acarreta a movimentação de outros materiais. Esse é o conceito de seletividade. b) os arranjos são pensados para isso: diminuir distâncias, evitar esforços sem sentido, diminuir custos, agilizar processos. c) no transporte multimodal, independentemente do número de modalidades, emite-se apenas um documento para acompanhar a carga. d) essa é a nossa resposta. Quando faço a comparação entre o material recebido e a nota, eu estou fazendo uma conferência quantitativa apenas. e) essa assertiva ficou dúbia ou mal redigida. Essa foi a razão da anulação da questão. Eu posso ter um inventário como a atividade de conferência de materiais como também inventário (físico) sendo sinônimo de material. Gabarito: X 6) (ESAF DNIT 2013) Considere um setor de compras e os responsáveis pelas compras. Analise as opções abaixo e selecione aquela que representa um atributo do perfil do comprador. a) Um comprador deve ser preparado, mas não é preciso que seu conhecimento esteja no mesmo nível do fornecedor. b) Todo comprador deve perseguir uma compra que resulte em economia de recurso financeiro, independentemente das políticas organizacionais. c) O comprador deve orientar seu comportamento nos mais altos níveis em concorrências, discussões de preços e finalização da compra. d) A ética negocial é definida pelos negociadores e não pelas organizações. e) O sigilo das negociações é opcional, podendo o negociador revelar as ofertas feitas por concorrentes para obter melhor preço do fornecedor. Vejamos. a) é fundamental que ele alcance o nível do fornecedor para não sair perdendo na negociação. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 32 b) as políticas organizacionais precisam ser respeitadas, funcionando como diretrizes na negociação. c) essa é a nossa resposta. d) as organizações que definem a ética negocial, ou seja, o limite que o negociador deve respeitar. e) o sigilo não é questão de escolha. Gabarito: C 7) (ESAF DNIT 2013) Com relação ao recebimento de materiais, pode- se afirmar: a) o recebimento não precisa ser padronizado, mas deve ser orientado por um check list de atividades de recebimento. b) o recebimento de material é iniciado pela conferência da mercadoria com a nota fiscal. c) no recebimento, a mercadoria deve ser conferida após o descarregamento do veículo transportador. d) a atividade de recebimento abrange a recepção, a entrada física e a entrada no sistema de estoque. e) a conferência do pedido de compra pode ser feita após o recebimento de mercadoria. Vejamos. a) a padronização é fundamental. b) primeiro ocorre a entrada do material. c) primeiro confere, depois descarrega. Já imaginaram descarregar uma cegonha inteira de carros e depois constatar que há erro? d) essa é a nossa resposta. O material entra na empresa, é recepcionado após conferências e entra no sistema. e) se a empresa só conferir depois, ela corre o risco de não estar recebendo aquilo que comprara. Gabarito: D Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 33 8) (ESAF CVM 2010) Entendida como sendo a guarda, localização, segurança e preservação do material adquirido, uma boa armazenagem deve observar os seguintes cuidados, exceto: a) os materiais estocados há mais tempo devem ser fornecidos em primeiro lugar, a fim de evitar o envelhecimento do estoque. b) os materiais devem ser estocados de modo a possibilitar uma fácil inspeção e um rápido inventário. c) os materiais que possuem grande movimentação devem ser estocados em lugar de fácil acesso e próximo das áreas de expedição. d) os materiais da mesma classe devem ser concentrados em locais adjacentes, a fim de facilitar a movimentação e o inventário. e) os materiais inoxidáveis e pesados, por não estarem sujeitos às condições climáticas, devem ser estocados em contato direto com o piso. Vejamos item por item: a) envelhecimento, perdimento, vencimento... Podemos aplicar isso em casa, colocando no fundo da dispensa os novos produtos e utilizando os antigos primeiro. b) isso mesmo. Na estocagem, é preciso considerar que os materiais serão contados em uma determinada frequências e haverá inspeções periódicas. c) se eu uso gravata todo dia, minhas gravatas devem ficar em um local de fácil acesso. Por outro lado, eu uso boné uma vez por mês. Assim, meus bonés não precisam ficar em um local de fácil acesso. d) Isso mesmo. Mesma classe deve ficar perto, adjacente, vizinho, contínuo. e) essa é a nossa resposta. Esse tipo de material inoxidável requer condições climáticas específicas para preservar o material e os demais produtos. Não pode haver contato direto com o piso. Gabarito: E 9) (FCC CNMP 2015) Sobre gestão de estoques, é INCORRETO afirmar: a) Estoque máximo é igual à soma do estoque mínimo e do lote de compra, podendo este ser lote econômico ou não. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 34 b) A definição do estoque de segurança considera a projeção estimada da demanda, o tempo de fornecimento e o nível de serviço. c) Lote Econômico é a quantidade de compra ou fabricação capaz de equilibrar os custos de reposição e de manutenção de estoques. d) Tempo de Reposição é o tempo total transcorrido desde a identificação da necessidade de reposição do estoque até a colocação do material em disponibilidade para a área cliente. e) De acordo com a classificação ABC, a Classe C representa o grupo com pequena porcentagem de itens responsáveis por grande porcentagem do valor global. O conceito equivocado é o da letra é, já que a definição apresentada reflete a Classe A. Gabarito: E 10) (FCC TJ-AP 2014) Um componente específico para manutenção dos computadores é consumido na ordem de 20 unidades por mês. Foi identificado que este item impacta diretamente no nível do serviço prestado ao cliente, portanto, o administrador de recursos materiais determinou que seu estoque de segurança fosse o dobro do seu consumo mensal. Sabendo que o tempo de reposição deste item é de 30 dias, seu ponto de ressuprimento será de, em unidades, a) 20. b) 40 c) 80. d) 30. e) 60. Vamos lá. Se eu tenho que manter um estoque de segurança de 40 e meu consumo mensal é de 20 unidades, eu preciso pedir produto quando meu estoque chegara 60 unidades. Por quê? Imagine que eu tenho 60 unidades e faço o pedido. O pedido demora um mês para chegar. Ao final desse mês, antes da chegada do produto, eu terei 60 – 20 Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 35 = 40 unidades do produto, ou seja, o meu estoque de segurança. Assim, é quando eu atingir 60 unidades que eu devo pedir mais produto para seguir a minha política de manter 40 unidades no estoque. Gabarito: E 11) (FCC TRE-RR 2015) As funções da Administração de Materiais são consideradas como a a) estrutura de um sistema para solucionar problemas por meio do uso de um conjunto específico de técnicas, um corpo de conhecimento e pessoas especializadas. b) atividade que planeja as compras empresariais. c) atividade que executa a entrega do produto ao cliente final. d) sequência estruturada de atividades que, por meio de ações físicas, comportamentais e/ou informações, permitem a agregação de valor a uma ou mais entradas, transformando-as em uma ou mais saídas. e) sequência de operações que se inicia na identificação do fornecedor, na compra do bem, seu recebimento, transporte interno e acondicionamento, seu transporte durante o processo produtivo/uso, na armazenagem como produto acabado e na sua distribuição ao consumidor final. A administração de materiais é uma atividade complexa, representando uma sequência de operações que vai desde a identificação do fornecedor até a distribuição do produto ao consumidor final. Gabarito: E 12) (FCC TRT 2ª 2014) No almoxarifado de uma empresa prestadora de serviços, um determinado item de estoque é consumido na razão de 100 unidades por mês e o seu tempo de reposição é de 3 meses. Sabendo que o estoque mínimo é de 1 mês do seu consumo, o ponto de pedido será, em unidades: a) 150. b) 500. c) 300. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 36 d) 200. e) 400. Vamos lá. Se eu consumo 100 unidades por mês e meu estoque mínimo é de 100 unidades (1 mês de consumo), eu preciso ter 400 unidades para efetuar o pedido, que demora 3 meses para chegar. Assim, quando eu atingir 400 unidades, eu faço o pedido. Passado 1 mês, eu consumi 100 unidades, ficando com 300 unidades. Passado mais 1 mês, eu consumi 200 unidades, ficando com 200 unidades. Passado o último mês, eu consumi 300 unidades, ficando com 100 unidades, o estoque mínimo determinado. Gabarito: E 13) (FCC MPE-RS 2008) Constitui uma das características do inventário rotativo: a) periodicidade de contagem de cada tipo de material é flexível e independente do código de inventário. b) a contagem é realizada a cada três meses para todo o estoque, com o almoxarifado aberto. c) intervalo de contagem é fixo, sem necessidade de classificação do material. d) a contagem é realizada ao final da cada exercício fiscal, com o almoxarifado de portas fechadas. e) a contagem é contínua e diferenciada para cada tipo de material. O inventário rotativo caracteriza-se pela contagem dos itens de forma contínua (permanente). A contagem é feita por grupos ou tipos de material. Cada grupo ou tipo é contado em momento diferente, não necessitando “parar” a empresa para isso. Gabarito: E 14) (FCC MPE-SE 2009) No processo de avaliação de estoque, quando a saída do estoque é feita pelo preço do último lote a entrar no almoxarifado o método de avaliação utilizado denomina-se Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 37 a) custo ajustado. b) UEPS ou LIFO. c) PEPS ou FIFO. d) custo médio. e) custo de reposição. Último que entra e primeiro a sair é o UEPS, cuja sigla em inglês é LIFO. Custo Ajustado: custo ajustado por algum fator, como inflação ou índices. Custo de Reposição: valor de mercado de determinado item de estoque; custo para repor o item. Gabarito: B 15) (FCC MPE-SE 2009) A organização Alfa tem os seguintes dados de administração de materiais: Material Cartucho de tinta para impressora Estoque reserva 10 unidades Consumo médio do material 10 unidades por dia Tempo de espera médio, em dias, para reposição do material 7 dias Lote de compra 200 unidades O estoque máximo ideal a ser mantido, em unidades, para o material especificado é a) 900. b) 700. c) 280. d) 270. e) 170. Para definirmos o estoque máximo, precisamos conhecer o estoque mínimo. Vejamos: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 38 est mín = estoque de reserva (10) + [demanda (10) x tempo de rep. (7)] = 10 + 70 = 80 est máx = est mín (80) + lote de compra (200) = 280 Gabarito: C 16) (FGV CAERN 2010) A gestão de estoques constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles se utilizam, bem manuseados e bem controlados. Existem vários indicadores de produtividade na análise e controle dos estoques, sendo os mais usuais: inventário físico, acurácia dos controles, nível de serviço, giro de estoque e cobertura dos estoques. A relação existente entre o consumo do estoque (ou custo dos produtos vendidos) e seu saldo contábil médio corresponde ao (à) a) inventário permanente. b) cobertura de estoque. c) acurácia dos controles. d) giro dos estoques. e) inventário periódico. Essa relação é demonstrada pelo giro de estoques. Gabarito: D 17) (FGV SENADO TÉCNICO 2008) O termo Verticalização é utilizado na administração de materiais e significa: (A) a posição que a área de materiais tem na hierarquia da organização. (B) a possibilidade que a empresa tem, junto a terceiros e Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 39 fornecedores, de alterar as especificações dos materiais de que necessita para produção ou consumo interno. (C) a possibilidade que a empresa tem, junto a terceiros e fornecedores, de identificar o padrão de qualidade dos materiais de que necessita para produção ou consumo interno e de exigir um padrão de qualidade superior. (D) a estratégia que prevê que a empresa produzirá internamente tudo o que puder ou, ao menos, tentará produzir, para uso nos produtos finais. (E) a estratégia que prevê a compra do maior número de itens que necessita para o produto final ou de material de uso ou consumo de um mesmo fornecedor. A verticalização é uma estratégia de passar a produzir tudo o que for possível, eliminando fornecedores e intermediários. Um exemplo seria a Ford, que já chegou a produzir o aço, o vidro, os pneus e etc. dos automóveis.A organização passa a ser independente de terceiros. No entanto, esse tipo de ação requer altos investimentos, aumentando a estrutura da empresa. Horizontalização é o processo inverso, ou seja, a empresa irá focar no seu core business (apenas no seu negócio), terceirizando atividades meio. Gabarito: D 18) (CESGRANRIO BACEN 2010) Após o término do inventário físico dos itens em estoque, deve-se calcular um índice representativo da acurácia dos controles de movimentação de materiais da empresa. Considerando que foram inventariados 10.000 itens e encontrados 1.200 itens com divergências, o índice de acurácia desse estoque é de a) 12,0% b) 13,6% c) 76,0% d) 88,0% e) 94,0% Acurácia também guarda relação com aquilo que deu certo. No caso, o índice de Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 40 acurácia seria 100% caso nenhuma divergência fosse encontrada no inventário. Uma vez que 8.800 itens não tinham divergência (10.000 – 1.200), temos que o índice é de 88,0%. Gabarito: D 19) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2010) Ao longo dos últimos anos, o conceito e a importância da função logística evoluíram continuamente, fazendo com que, hoje, ela seja considerada uma função vital para a competitividade das empresas. Para garantir eficiência e eficácia, as empresas passaram a se preocupar não só com as relações binárias com fornecedores e clientes, mas também com os principais atores de sua Cadeia de Suprimentos. Com relação às melhores práticas de gestão da Cadeia de Suprimentos, analise as afirmativas a seguir. I - O efeito chicote é resultado da colaboração acentuada entre empresas da mesma Cadeia de Suprimentos. II - Através da colaboração, as empresas compartilham informações estratégicas, com o objetivo de maximizar a lucratividade global da Cadeia de Suprimentos. III - O posicionamento de uma empresa em um cluster ou arranjo produtivo local acelera o processo de integração logística. IV - Para reduzir o custo total logístico, as empresas devem buscar minimizar, isoladamente, o custo de cada função logística. Estão corretas APENAS as afirmativas a) I e II. b) I e IV. c) II e III. d) I, II e III. e) II, III e IV. Vejamos item por item. I) Não é isso a definição do efeito chicote, que tem relação com a variabilidade de demanda ao longo da cadeia de suprimentos. Item errado. Efeito Chicote: aumento da variabilidade da demanda ao longo da cadeia de Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 41 suprimentos. Ex.: o consumidor de final de papel higiênico possui uma demanda uniforme. Entretanto, ao longo da cadeia, quando falamos de matérias-primas, a demanda possui maior variabilidade, não é tão uniforme como a demanda pelo produto final. II) A colaboração é fundamental quando falamos em SCM. É preciso que clientes, empresa e fornecedores se ajudem para que todo o fluxo (de materiais e informação) seja otimizado. Item certo. III) Tantos os clusters como os APLs geram essa integração. Item certo. IV) A logística, no conceito moderno da palavra, deve ser enxergada como algo integrado. Ações isoladas vão de encontro (contra) essa acepção. Item errado. Gabarito: C 20) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2011) Sabe-se que a política de reposição de estoque adotada para um item é o sistema de revisão periódica. O consumo médio diário é de 20 unidades, e pode ser considerado estável. O lead-time de entrega do fornecedor é de 5 dias. Se o saldo atual em estoque é de 200 unidades, o nível máximo de estoque é de 300 unidades, e a próxima revisão ocorre dentro de 3 dias, qual deve ser o tamanho, em unidades, do próximo lote de fornecimento? a) 100 b) 150 c) 160 d) 200 e) 240 Para resolver essa questão, devemos utilizar a fórmula do estoque máximo, muito cobrada em concursos. Vamos lá. Estoque Máximo (300) = Estoque mínimo + Lote de Compra Vamos conhecer o estoque mínimo para resolver a questão. Tendo em vista que estamos a 3 dias da próxima revisão, 60 unidades serão consumidas: 20 x3. Com o estoque atual de 200 unidades, teremos, em três dias: 200 – 60 = 140. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 42 Voltando para a fórmula do estoque máximo: 300 = 140 + Lote de Compras LC = 160 Gabarito: C 21) (CESGRANRIO PETROBRÁS 2011) O consumo de determinado item de estoque foi acompanhado durante 6 meses, de acordo com a tabela a seguir. Para prever a demanda do sétimo mês, o analista decidiu usar, isoladamente, 3 métodos: 1 - média móvel simples para 4 períodos; 2 - média móvel simples para 3 períodos; e 3 - média móvel ponderada para 3 períodos, assumindo-se os pesos 0,5 para o período mais recente, 0,3 para o período anterior e 0,2 para o período restante. Se a demanda real do sétimo mês foi 200 unidades conclui-se que o a) método 1 forneceu uma previsão com menor erro absoluto que o método 2. b) método 2 forneceu uma previsão com menor erro absoluto que o método 3. c) maior erro absoluto foi obtido pelo método 2. d) menor erro absoluto foi obtido pelo método 1. e) menor erro absoluto foi obtido pelo método 3. Vejamos qual o valor em cada método: 1) Aqui, basta fazer a média dos 4 períodos mais recentes. Assim, temos: Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG Curso de Administração Geral (Técnico Administrativo) – ANVISA Aula 03 – Recursos Materiais Prof. Vinicius Ribeiro www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Vinicius Ribeiro 43 (300+400+200+100)/4 = 250 2) Mesma coisa, utilizando apenas os 3 últimos meses. Assim, temos: (400+200+100)/3 = 233,33 3) O parâmetro também são os 3 últimos períodos, porém há ponderações (pesos). Para conhecermos o valor, devemos multiplicar o consumo pelo seu peso e somar os 3 períodos: (0,2x400)+(0,3x200)+(0,5*100) = 190 Levando-se em conta que a demanda do sétimo mês foi de 200, podemos concluir que o método 3 obteve o menor erro absoluto, com apenas 10 unidades a menos de consumo. Gabarito: E 22) (CESGRANRIO IBGE 2010) Analise as afirmações sobre as estratégias de rede de suprimentos. I - A integração vertical a montante é associada ao desenvolvimento de habilidades, produção de bens e serviços que antes eram adquiridos de terceiros. II - A integração vertical busca maior controle sobre o fornecimento de insumos e matérias primas ou sobre a distribuição dos produtos aos clientes. III - As redes Keiretsu são uma estratégia japonesa para aumentar o número de fornecedores e baixar os preços dos insumos e matérias primas. IV - As redes Keiretsu têm como base relacionamentos de longo prazo. Estão corretas as afirmações a) I e III, apenas. b) II e IV, apenas. c) I, II e III, apenas d) I, II e IV, apenas. e) I, II, III e IV. Vejamos cada item: I) Exatamente. É a compra de fornecedores. É passar a produzir o que o seu fornecedor fazia. Concurseiros Unidos Maior RATEIO da Internet WWW.CONCURSEIROSUNIDOS.ORG
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