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TGP- auto tutela

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Aluno: Raphael Ferreira Mansur
Disciplina: Teoria Geral do Processo
4º período/ UFF- Macaé
 A Auto Tutela é proibida por lei, sua exceção é a auto tutela consentida onde o estado permitiu que em algumas situações que o cidadão pudesse fazer valer o seu direito sem precisar utilizar o poder judiciário para tal. No art.1210, parágrafo 1º do Código Civil: “O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse”. 
 Sendo assim, a auto tutela somente é amparada por lei em dois casos: a legítima defesa no caso de turbação e o desforço imediato no caso do esbulho. Nos dois casos se aplica o art. 188, do Código Civil, no qual se instrui não constituírem atos ilícitos os que são praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um direito (exemplo: “O médico cirurgião que, ao realizar um procedimento, precisa realizar uma divisão dos tecidos que possibilita o acesso à região a ser operada, também não pode ser processado por lesão corporal, pois é um ato legítimo e necessário, portanto, legal”.).
 Seus requisitos são os mesmos da legítima defesa: a)subsequente, logo tem que ser realizada após o ato originário; b) atual, usada naquele momento caso contrario se torna vingança c) proporcionalidade, ou seja ser proporcional ao ato realizado anteriormente pelo terceiro (se for desferido um soco a legitima defesa deve ser realizada através de outro soco e não de uma pedrada por exemplo) ou responderá o possuidor pelo excesso cometido. Este tipo de defesa privada é uma exceção admitida pela lei, mas só em favor de quem a usa com moderação e através dos meios necessários para se defender de injusta agressão.
 O possuidor deve agir com suas próprias forças, embora possa ser auxiliado em algumas situações. O possuidor sempre tem que estar à frente da ação, pois são ações pessoais indelegáveis. Logo em qualquer um dos casos, esbulho ou turbação a relação deve ser imediata, na turbação, durante ela e no esbulho, logo após ter sido efetuado. A força pessoal exercida extemporaneamente tem caráter de vingança privada. Além disso, a resposta tardia e configurada como delito no art. 345 do CP: exercício arbitrário das próprias razões.

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