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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS – UFAL FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL – FSSO CURSO SERVIÇO SOCIAL DISCIPLINA DESENVOLVIMENTO CAPITALISTA E QUESTÕES SOCIAIS MARIA LIDIANE DE LIMA SANTOS MARÍLIA BELO DA SILVA SELTOM WESLEY ALMEIDA GUEDES SHEYLA MARIA SANTOS DE BARROS TONY MACIEL VIDAL DANTOS DE SOUZA RESUMO MACEIÓ 2016 MARIA LIDIANE DE LIMA SANTOS MARÍLIA BELO DA SILVA SELTOM WESLEY ALMEIDA GUEDES SHEYLA MARIA SANTOS DE BARROS TONY MACIEL VIDAL DANTOS DE SOUZA RESUMO Projeto de pesquisa entregue como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina Metodologia Científica do curso de Serviço Social, da Universidade Federal de Alagoas. MACEIÓ 2016 A expressão “questão social” surge para dar conta do fenômeno mais evidente da historia da Europa Ocidental que experimentava os impactos da industrialização, iniciada na Inglaterra no último quartel do século XVIII: tratava-se do fenômeno do pauperismo. Com efeito, a pauperização absoluta massiva da população trabalhadora constituiu o aspecto mais imediato da instauração do capitalismo em seu estágio industrial. A designação desse pauperismo pela expressão “questão social” relaciona-se diretamente aos seus desdobramentos sócio políticos. Foi a partir da perspectiva efetiva de uma eversão da ordem burguesa que o pauperismo designou-se como “questão social”. A partir da segunda metade do século XIX, a expressão “questão social” deixa de ser usada indistintamente por críticos sociais de diferenciados lugares do espectro ideo-politico ela desliza lenta, mas nitidamente, para o vocabulário próprio do pensamento conservador. Entre os pensadores laicos, as manifestações imediatas da “questão social” (desigualdade, desemprego, fome, doenças etc.) são vistas como o desdobramento, na sociedade burguesa, de características inelimináveis de toda e qualquer ordem social, que podem, no máximo, ser objeto de uma intervenção política limitada, capaz de amenizá-las e reduzi-las através de um ideário reformista. O conhecimento rigoroso do “processo de produção do capital” Marx pode esclarecer com precisão a dinâmica da “questão social”, consistente em um complexo problemático muito amplo, irredutível à sua manifestação imediata do pauperismo. A análise marxiana fundada no caráter explorador do regime do capital permite, muito especialmente, situar com radicalidade histórica a “questão social”, isto é, distingui-la das expressões sociais derivadas da escassez nas sociedades que precederam a ordem burguesa. A “questão social”, nesta perspectiva teórica analítica, não tem a ver com o desdobramento de problemas sociais que a ordem burguesa herdou ou com traços invariáveis da sociedade humana; tem a ver exclusivamente, com a sociabilidade erguida sob comando do capital. Na sequência da Segunda Guerra Mundial, e no processo de reconstrução econômica e social que então teve curso, especialmente na Europa Ocidental, o capitalismo experimentou o que alguns economistas franceses denominaram de “as três décadas gloriosas” da reconstrução à transição dos anos sessenta aos setenta, mesmo sem erradicar as suas crises periódicas, o regime do capital viveu uma larga conjuntura de crescimento econômico. A conjunção “globalização” mais “neoliberalismo” veio para demonstrar aos ingênuos que o capital não tem nenhum “compromisso social” o seu esforço para romper com qualquer regulação política, extra-mercado, tem sido coroado de êxito.
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