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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” FACULDADE DE ENGENHARIA DE GURATINGUETÁ FÍSICA EXPERIMENTAL II RELATÓRIO 1 “MEDIDAS DE TENSÃO E CORRENTE” Camila Federice - 151321991 Fernanda Xampine - 151323143 Letícia Brazil -151321086 Thais Brandi - 151320901 Turma 222 Março de 2016 2 SUMÁRIO Página 1. Objetivos 3 2. Introdução teórica 3 3. Materiais utilizados 5 4. Procedimento experimental e coleta de dados 5 5. Análise de dados 8 6. Resultados principais e conclusões 10 7. Referências Bibliográficas 11 3 1. OBJETIVOS O objetivo deste experimento é montar um circuito elétrico e compreender a utilização de instrumentos específicos como o voltímetro, o amperímetro e o multímetro a fim de obter as tensões e as correntes direta e indiretamente neste circuito e determinar a resistência equivalente experimental. 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA O circuito elétrico é o conjunto de caminhos que permitem a passagem de corrente elétrica, no qual aparecem outros dispositivos, como os resistores, ligados a um gerador. A corrente elétrica pode ser definida como um fluxo ordenado de elétrons. Sabe-se que microscopicamente os elétrons se comportam de maneira caótica. Para organizar o fluxo de elétrons há a necessidade de uma fonte de tensão, também chamada de diferença de potencial. A tensão força os elétrons a se ordenarem no sentido de diminuição da energia e, por definição, o sentido da corrente elétrica é contrário ao sentido de movimento dos elétrons. Convencionou-se que a intensidade de corrente elétrica é representada pela letra i. A unidade de i no SI é o Ampére (A). Para representar a tensão elétrica utiliza-se a letra V, que é medida em Volts (V). Já para representar a resistência elétrica, utiliza-se R, que é medida no SI por Ohm (Ω). A tensão (V) e intensidade de corrente elétrica (i) se relacionam pela equação: Os resistores podem ser associados de duas formas diferentes: SÉRIE: 4 Na associação de resistores em série, dois ou mais resistores são ligados, de modo que só tenham em comum um único ponto par. Nesse tipo de ligação, a corrente percorrida por todos os resistores da associação é a mesma. Nesse tipo de associação, a resistência equivalente é sempre maior que qualquer das resistências individuais. Obtém-se a resistência equivalente através da equação: PARALELO: Na associação de resistores em paralelo, dois ou mais resistores são ligados de modo que todos estejam ligados ao mesmo nó. Neste tipo de associação, a corrente elétrica que percorre os resistores é diferente (1ª Lei de Kirschoff). Obtém-se a resistência equivalente através da equação: A tensão é medida com o Voltímetro e intensidade de corrente elétrica é medida com o Amperímetro. Cada um dos aparelhos tem sua peculiaridade e posição para serem montados no circuito. O Amperímetro deve ser ligado em série e o Voltímetro deve ser ligado em paralelo. As Leis de Kirchhoff são utilizadas em circuitos elétricos mais complexos, como por exemplo circuitos com mais de uma fonte de resistores que estão em série ou em paralelo. Elas são divididas em duas: De acordo a primeira lei de Kirchhoff, a lei dos nós, em qualquer nó a soma das correntes que o deixam é igual a soma das correntes que chegam até ele. A lei é uma 5 consequência da conservação da carga total existente no circuito, sendo uma configuração em que não há acumulação de carga nos nós. De acordo com a segunda lei de Kirchhoff, a lei das malhas, a soma algébrica das forças eletromotrizes (f.e.m) em qualquer malha é igual a soma algébrica das quedas de potencial ou dos produtos i×R contidos na malha. 3. MATERIAIS UTILIZADOS Neste experimento, fez-se uso do seguinte material: - 1 placa de Bornes para montar o circuito - Conjunto de fios condutores para fechar o circuito - 6 resistores comerciais - 1 fonte de tensão de corrente contínua - 1 voltímetro - 1 amperímetro - 1 multímetro 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL E COLETA DE DADOS Inicialmente interpretou-se cada material previamente colocado na bancada. Interpretou-se, através do código de cores, o valor nominal da resistência de cada resistor comercial da seguinte maneira: são três ou mais faixas pintadas no corpo do resistor sendo 6 que uma delas é adicional de cor dourada ou prateada, sempre, para findar a seqüência e representar o expoente de 10 deste número, ou seja, a tolerância, e o restante das faixas sugere o valor da unidade, da dezena, e assim por diante, do valor, cada qual com um número correspondente na tabela 1 disponibilizada no roteiro experimental. Tabela 2: Código de cores para resistores CORES DÍGITO Preto 0 Marrom 1 Vermelho 2 Laranja 3 Amarelo 4 Verde 5 Azul 6 Violeta 7 Cinza 8 Branco 9 Por exemplo, pode-se citar um dos resistores utilizados nesse experimento, de resistência 390Ω: 390 = 39 x 101 onde: Laranja é 3 Branco é 9 Marrom é a exponencial 1 Para efeito de confirmação dos resultados dessa interpretação, foi utilizado um multímetro para fornecer a resistência de cada resistor e como esperado, os erros de leitura foram consideráveis por conta da má calibração do instrumento, o manuseio por vezes, incorreto desse material, etc. 7 Em seguida montou-se o circuito elétrico, adicionando, na matriz de contato, os resistores e ligando cada um através do fio condutor. Fechou-se o circuito com a fonte de tensão, conforme o esquema proposto em laboratório, ilustrado na figura 1: Figura 1: Esquema do circuito montado Figura 2: Montagem finalizada do circuito 8 Ajustou-se o amperímetro analógico na escala “10”, abriu-se o circuito em dois terminais para conectar os dois pólos do amperímetro como ilustrado na figura A. Por fim, mediu-se a corrente elétrica deste e de outros ramos do circuito, em Ampères registrando os resultados obtidos na tabela 2. Tabela 2: Medidas da corrente elétrica com o amperímetro Ii 1 2 3 4 5 Valor lido [mA] 5,8 2,6 3,1 3,0 2,4 Na medição da voltagem em alguns pontos do circuito, também foi ajustada a escala para “5”, porém não se abriu o circuito e sim foi conectado cada pólo do voltímetro aos pontos desejados para efetuar as medições de forma paralela, como se vê na figura B. Os resultados foram organizados na tabela 3. Tabela 3: Medidas da tensão com o voltímetro Vi 1 2 3 Valor lido [V] 1,12 0,85 0,67 Valor calculado [V] 1,24 0,87 0,61 Figura 3: Medição com um voltímetro Figura 4: Medição com um amperímetro 5. ANÁLISE DE DADOS 9 Analisando os dados obtidos, é possível validar a Lei de Kirchoff, que expressa I1=I2+I3, sendo: I1=5,8 * 10 -3 A I2=2,6 * 10 -3 A I3=3,1 * 10 -3 A E como 5,8 * 10-3 = 2,6 * 10-3 + 3,1 * 10-3 5,8 * 10-3 A = 5,7 * 10-3 A Conclui-se que a sutil diferença na igualdade deve-se à desconsideração da resistência interna dos fios e dos instrumentos e a consideração destes como ideais. Sabe-se também que a fonte de força eletromotriz pode ter seu potencial calculado pela seguinte equação: E0= V1+ V2+ V3 Usando os dados coletados a respeito das tensões (Tabela 3), temosque E0= 1,12+ 0,85+0,68 E= 2,64 V E ainda, usando os valores calculados das tensões através da Lei de Ohm: E0= 1,24+0,87+0,61 E0= 2,72 V Novamente, a mínima diferença nos valores é atribuída a erros experimentais. 10 Através da Lei de Ohm (V= R*I) podemos contrapor as tensões medidas com o voltímetro e os resultados esperados, baseados nas leituras de corrente e resistência feitas. V1 = Re * I1, tal que Re é uma associação em paralelo dos resistores R1 e R2 e define-se Re = (R1 * R2) / (R1 + R2). Re = (470*390) / (470+390) Re = 213 Ω Logo V1 = 213 * 5,8 * 10 -3 = 1,24 V V2 = R3 * I1 Logo V2 = 150 * 5,8 * 10 -3 V2 = 0,87 V V3 = Re * I1, tal que Re é uma associação em série dos resistores R4 e R5 concomitantemente em paralelo com R6 e define-se Re = [(R4 + R5)*R6] / (R4 + R5 + R6). Re = [(120+82)*220] / (120+82+220) Re = 105,3 Ω Logo V3 = 105,3 * 5,8 * 10 -3 V3 = 0,61 V 6. RESULTADOS PRINCIPAIS E CONCLUSÕES 11 Neste primeiro contato com a montagem de circuitos em laboratório foi possível colocar em prática os conceitos teóricos explicitados principalmente pelas leis de Ohm e Kirchoff. No experimento, essas leis se confirmaram, apresentando variações muito pequenas em relação aos resultados esperados. Em geral, essas variações são atribuídas à desconsideração de resistências internas de alguns equipamentos e também a mau contato nos terminais dos fios. Na montagem, o grande desafio foi ligar corretamente o amperímetro (em série) e o voltímetro (em paralelo) já que a quantidade de fios utilizados no circuito era elevada. Para compreender melhor os alunos ilustraram diversos rascunhos do circuito com o objetivo de esquematizar a fios, resistores, fontes de força eletromotriz e resistores. Concluímos, portanto que foi possível verificar experimentalmente a validade das leis enunciadas e também houve um primeiro contato com a montagem de circuitos, as dificuldades que essa montagem apresenta e maneiras de perpassá-las. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Halliday, David & Resnick, Robert. Fundamentos da Física: Mecânica. 9ª edição. Rio de Janeiro: Jearl Walker, 2012. Volume 3.
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