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CCJ0015-WL-D-PP-Aula-04-Guido Cavalcanti

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Civil IV
Posse
Prof. Guido Cavalcanti
Classificação da posse
• 1- Posse direta e posse indireta
• A clássica distinção entre posse direta e indireta surge do 
desdobramento da posse plena, podendo haver desdobramentos 
sucessivos.
• O proprietário ou titular de outro direito real pode usar e gozar a 
coisa objeto de seu direito, direta e pessoalmente, mediante o 
exercício de todos os poderes que informam o seu direito e, nesse 
caso, nele confundem as posses diretas e indiretas.
• Pode ser, entretanto, que por negócio jurídico, transfira a outrem o 
direito de usar a coisa: ex: dar em comodato. Nestes casos, a posse 
se dissocia: o titular do direito real fica com a posse indireta (ou 
mediata), enquanto que o terceiro fica com a posse direta (ou 
imediata). Observe o desdobramento.
• observe:
• Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, 
temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a 
indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender 
a sua posse contra o indireto.
• Ex., o proprietário exerce a posse indireta. O locatário exerce a posse 
direta, quando da concessão do locador. Uma não anula a outra.
• Isso gera uma consequência forte: o possuidor direto e o indireto podem 
invocar a proteção possessória contra terceiro.
• Os desdobramentos podem ser sucessivos. O possuidor direito pode fazer 
novos desdobramentos, se disso não for proibido.
•
• 2- Posse exclusiva, composse e posses paralelas
• Exclusiva é a posse de um único possuidor. É aquela em 
que uma única pessoa, física ou jurídica, tem, sobre a 
mesma coisa, posse plena, direta ou indireta. A 
exclusiva plena é a posse em que o possuidor exerce de 
fato os poderes inerentes à propriedade, como se sua 
fosse. Isso se contrapõe ao conceito de:
• Composse: a situação pela qual duas ou mais pessoas 
exercem, simultaneamente, poderes possessórios 
sobre a mesma coisa.
• observe:
• Art. 1.199. Se duas ou mais pessoas possuírem coisa 
indivisa, poderá cada uma exercer sobre ela atos 
possessórios, contanto que não excluam os dos outros 
compossuidores.
•
• É o que sucede com adquirentes de coisa comum, com 
marido e mulher em regime de comunhão de bens ou 
com coerdeiros antes da partilha. Como a posse é a 
exteriorização do domínio, admite-se a composse em 
todos os casos em que ocorre o condomínio.
• Qualquer um dos compossuidores pode valer-se do interdito 
possessório ou da legítima defesa para impedir que outro 
compossuidor exerça uma posse exclusiva sobre qualquer fração da 
comunhão.
• Podem também os compossuidores, também, estabelecer uma 
divisão de fato para utilização pacífica do direito de cada um, 
surgindo, assim, a composse pro diviso. Neste caso, há um acordo 
vai haver utilização sobre parte definida. Permanecerá pro 
indiviso se todos exercerem, ao mesmo tempo e sobre a totalidade 
da coisa, os poderes de fato.
• Mesmo na modalidade acima, todos continuam tendo direito de 
ação contra terceiros.
• Não confundir composse com posses paralelas, 
também denominada posses múltiplas, em que ocorre 
concorrência ou sobreposição de posses (existência de 
posses de natureza diversa sobre a mesma coisa)
•
• 3- Posse Justa e injusta.
• Segundo o artigo 1.200
• Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, 
clandestina ou precária.
• Posse justa é aquela isenta de vícios, por ter sido adquirida por 
algum modo previsto em lei.
• Injusta: é a posse que foi adquirida viciosamente, por violência ou 
clandestinidade. É violenta a posse de alguém que toma o objeto, 
despojando-o à força. É clandestina quando usa de artifícios para se 
ocultar. Quando está isenta desses elementos, chamamos de posse 
mansa e pacífica.
• Observar que essa violência pode ser física ou moral. É indiferente 
que a violência tenha sido praticada sobre a própria pessoa do 
espoliado, ou sobre aqueles que exerciam a posse em nome deste. 
Que o esbulhador pratique por si mesmo ou por intermédio de 
outros.
• Precária: quando o agente se nega a devolver a coisa 
que legitimamente tinha recebido. p.ex., aquele que se 
recusa a devolver o carro alugado.
• No código essas figuras são equiparadas, na defesa 
patrimonial: roubo (violência). furto (clandestinidade) 
e apropriação indébita (precariedade)
• Observe que o artigo 1.200 não é exaustivo. Podem 
haver casos onde os tipos se misturam: (entrou 
pacificamente sem procurar ocultar invasão, também 
esbulhou)
• * importante: os vícios que maculam a posse são 
ligados ao momento da sua aquisição. Essa 
classificação de justa ou injusta, leva em conta o 
momento da aquisição. Isso quer dizer que ele pode 
mudar sua configuração com o passar do tempo:
• Art. 1.208. Não induzem posse os atos de mera 
permissão ou tolerância assim como não autorizam a 
sua aquisição os atos violentos, ou clandestinos, senão 
depois de cessar a violência ou a clandestinidade.
• * importante: ainda que viciada, a posse injusta não deixa de ser 
posse. E ela sempre é interpretada em face de alguém, ou seja: a 
posse pode ser injusta diante de fulano, mas ser justa diante de 
sicrano. 
• Observe: diante de um furto, a posse é injusta diante do verdadeiro 
dono, mas poderá ser justa em relação a um terceiro que não tenha 
posse alguma. Então, até mesmo o esbulhador tem direito de 
proteger a posse diante de um terceiro.
• A violência e clandestinidade podem cessar. Chamamos isso de 
convalescimento dos vícios. Enquanto não findam, existe apenas 
detenção. Cessados, surge a posse, porém injusta, em relação a 
quem perdeu. Pode-se dar como exemplo o esbulhador que não 
oculta mais o ocorrido.
• 4- Posse de boa-fe e posse de má-fé
• A boa-fé vai ser um importante elemento de estudos 
quando analisamos a posse, já que o tipo de 
comportamento que o sujeito teve diante do fato vai 
ser relevante. p.ex., se o sujeito estava de boa fé, nada 
mais justo que o direito de percepção dos frutos.
• observe:
• Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o 
vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa
• Decorre da consciência. Funda-se em dados psicológicos, 
que por vezes estava em desacordo com a realidade 
material, mas o sujeito disso não sabia. Ao contrário, se ele 
tinha conhecimento da situação que maculava sua 
situação, chamamos de posse de má-fé.
• A culpa, a negligência ou a falta de diligência comum são 
enfocadas, pois, como excludentes da boa-fé, por ter 
demonstrado o autor pouco apreço pelo bem jurídico. 
Encontramos o conceito de boa-fé através da análise do 
comportamento esperando de um humano ético, diligente 
e preocupado em não gerar prejuízos alheios.
• O Código Civil estabelece a presunção de boa fé quando:
• Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a 
presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando 
a lei expressamente não admite esta presunção.
• Justo título é todo ato formalmente adequado a transferir o 
domínio ou o direito real de que trata, mas que deixa de 
produzir tal efeito em virtude de não ser o transmitente 
senhor da coisa ou do direito. É o que seria hábil se não 
contivesse um vício.
• Trata-se de uma mera presunção iuris tantum, já que 
admite prova em contrário.
• Art. 1.202. A posse de boa-fé só perde este caráter no caso 
e desde o momento em que as circunstâncias façam 
presumir que o possuidor não ignora que possui 
indevidamente.
• No que respeita aos frutos, benfeitorias e acessões, não se 
há de investigar apenaas se a posse foi adquirida com boa 
ou má-fé, mas se no momento da colheita daqueles, ou da 
realização destas, a boa-fé persistia.
• 5- Posse nova e posse velha
• Posse nova é a de menos de ano e dia. Posse 
velha é a de ano e dia ou mais.
• Isso nasce um pouco do Direito Processuale um 
pouco do Direito Material. Observemos em 
primeiro lugar o direito Civil:
• Art. 1.211. Quando mais de uma pessoa se disser 
possuidora, manter-se-á provisoriamente a que 
tiver a coisa, se não estiver manifesto que a 
obteve de alguma das outras por modo vicioso.
• e agora o Código de processo Civil:
• Art. 924. Regem o procedimento de manutenção e de reintegração 
de posse as normas da seção seguinte, quando intentado dentro de 
ano e dia da turbação ou do esbulho; passado esse prazo, será 
ordinário, não perdendo, contudo, o caráter possessório.
•
• Para se saber se a ação é de força nova ou velha, leva-se em conta o 
tempo decorrido desde a ocorrência da turbação ou do esbulho. Se 
o turbado ou esbulhado reagiu logo, intentando a ação dentro do 
prazo de ano e dia, poderá pleitear a concessão da liminar. Passado 
esse prazo, será procedimento ordinário, sem direito a liminar, 
sendo a ação de força velha.
• 6- Posse "ad interdicta" e posse "ad usucapionem“
• A "ad interdicta" é a que pode ser defendida pelos 
interditos, (pelas ações possessória), mas não conduz à 
usucapião, já que, p.ex., o locatário, não usa com 
animo de dono.
• Já a posse "ad usucapionem" defere ao titular a 
aquisição do domínio. Isso será discutido com mais 
profundidade quando estudarmos o instituto da 
usucapião.

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