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AULA 01: PANORAMA CAMBIAL BRASILEIRO EM 2013
AULA 01: PANORAMA CAMBIAL BRASILEIRO EM 2013
	
INTRODUÇÃO
Em 2008, o mundo foi surpreendido. As grandes potências mundiais entravam em crise econômica e financeira, arrastando países como Estados Unidos e Países Europeus num efeito dominó que, em algum momento, ameaçou contaminar os países denominados BRICs ou emergentes, entre os quais estão: Brasil, Índia, Rússia e China.
1-> o Brasil se viu dentro da crise, porém numa situação favorável. Hoje, continua atravessando esta situação mundial, mas sem maiores percalços. Em 2012, o crescimento econômico do país foi estimado em 1,5% do PIB, (metade do previsto globalmente, em torno de 3,0%.)
2-> O ponto essencial desta aula é: conhecer e analisar a realidade cambial brasileira a partir da crise  de 2008 até 2013 e, consequentemente, os reflexos econômicos para 2014 e os anos vindouros. Leia com atenção o texto, pois como o título diz, é um panorama atual.
ENTENDA A POLÍTICA CAMBIAL SEGUNDO O PROFESSOR RÔMULO DEL CARPIO*
*Autor da apostila de Teoria e Prática Cambial no curso de Gestão de Comércio Exterior da Universidade Estácio de Sá ( Rio de Janeiro, 2012)
O que é?: Um conjunto de medidas regulamentadoras destinadas a agilizar e modernizar o mercado cambial. Finalidade: Atender ao desenvolvimento do comércio exterior que caminha em paralelo com a política monetária. Caso Brasileiro: O responsável pela execução da política cambial é o Banco Central, em coordenação com o Ministério da Fazenda. Política monetária: Regula o nível da moeda ou da liquidez na economia, a fim de obter determinados objetivos, tais como o controle da inflação, melhora no balanço de pagamentos, determinado nível de emprego ou crescimento do PIB.
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE POLÍTICA CAMBIAL E MONETÁRIA?
Política cambial é um conjunto de medidas governamentais para incentivas e agilizar o comércio exterior brasileiro. Política monetária visa regular a economia como um todo, controlando a inflação, liquidez da economia e o crescimento do PIB.
1: Quando o assunto é o comércio entre países, devemos levar em conta as diferentes moedas com as quais a exportação e importação se processa entre os agentes participantes dos negócios internacionais.
2: Surge, então a necessidade do conceito da taxa de câmbio, definida como a medida de conversão da moeda nacional em divisas.
A TAXA CAMBIAL
Está relacionada aos preços dos produtos exportados e importados e, consequentemente, ao resultado da Balança Comercial e o Balanço de Pagamento do País.
Uma valorização do real tende a estimular as Importações e prejudicar as Exportações. São os efeitos do regime de câmbio flutuante adotado pelo Brasil, pois a taxa de câmbio é determinada pelo mercado, por meio da oferta e da demanda da moeda estrangeira. Uma desvalorização do real tende a estimular as exportações, pois os exportadores passarão a receber mais reais pela mesma quantidade de divisas obtidas pela venda externa. Do lado das importações a desvalorização implica que os importadores pagarão mais reais pela mesma quantidade de divisas que precisam remeter ao exterior.
A desvalorização do real frente às moedas conversíveis favorecem as Exportações e desestimulam as Importações. 
CÂMBIO FLUTUANTE - A vantagem do regime de câmbio flutuante é a utilização do critério do mercado na determinação do preço da moeda estrangeira e dessa forma não há necessidade da intervenção do Banco Central, a não ser em casos específicos.
Dessa forma, prossegue o Prof. Rômulo Del Carpio, a autoridade monetária pode direcionar os instrumentos de política monetária, principalmente a taxa de juros para outros objetivos. Como, por exemplo: Estimular o nível de atividades e de emprego. A rigor, mesmo dentro do regime flutuante, o Banco Central interfere indiretamente na determinação da taxa de câmbio. Como? Por meio de compra e venda de divisas no mercado, mantendo-a dentro dos níveis adequados. RISCOS: O risco do regime flutuante se torna muito volátil, sujeito às alterações do mercado financeiro nacional e internacional, inclusive a especulações.
O IMPACTO - As implicações de uma desvalorização ou valorização cambial vão muito além do comércio, chegando a ter impacto sobre a INFLAÇÃO.
A VALORIZAÇÃO CAMBIAL - Quando ocorre uma valorização do Real, os preços dos bens importados tendem a cair, aumentando, assim, a competição com os produtos nacionais, cujos preços devem ser mantidos em níveis competitivos, ou seja, a valorização cambial permite ancorar os preços internos e reduzir a taxa de INFLAÇÃO. Essa prática é denominada como âncora cambial e foi um instrumento bem-sucedido aplicado no Brasil para o controle da inflação após a implantação do Plano Real em 1994.
EFEITOS DA VALORIZAÇÃO CAMBIAL
Positivo: É a possibilidade de elevação dos índices de produtividade, devido ao incentivo à modernização do parque industrial, levando à redução dos custos de produção e consequentemente dos preços, beneficiando o mercado consumidor.
Negativo: Os exportadores também são prejudicados, porque, com a moeda nacional valorizada, os produtos ficam relativamente mais caros para o importador estrangeiro. Assim, com as importações apresentando crescimento maior que as exportações, surge a tendência de déficit na balança comercial, com a consequente saída de divisas do país. No entanto, a política de valorização cambial pode apresentar algumas desvantagens. Os setores que estiverem despreparados para a competição externa podem sofrer grande queda em suas vendas, com o consequente aumento de desemprego nesses setores.
EFEITOS DA DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL
Além de tornar os importados mais caros, muitos produtos deixaram de ser comprados, atingindo com mais ênfase os essenciais, como trigo e petróleo, e terão seus preços aumentados em reais, comprometendo o combate à inflação. Na mesma linha, diante da valorização do real, podemos pensar que a moeda brasileira tende a ficar conversível.
MOEDA BRASILEIRA CONVERSÍVEL - É POSSÍVEL?
Ainda existe um longo caminho para chegar a esse patamar, pelo menos numa primeira etapa, na América do Sul.
O que atualmente acontece é que o Real está sendo praticado com o mercado argentino, no ambiente bancário.
Porque? Porque os pagamentos das importações argentinas podem ser feitas em Reais diretamente do banqueiro do país vizinho ao banco brasileiro, eliminando a participação do dólar americano e consequentemente o contrato de câmbio no Brasil. 
Se o banco brasileiro tem agência naquele país, essa prática: Peso = Real fica favorecida, mais a rigor, qualquer banco argentino pode fazer a conversão, por força de um convênio para esta finalidade.
Atualmente, o Real é conversível nas fronteiras, dentro do chamado comércio formiga: Ciudad Del Este (Paraguai), Santana do Livramento (Argentina), Chuí (Uruguai), Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), Letícia (Venezuela), Iquitos (Peru), Tabatinga (Colômbia) e outros pontos fronteiriços. A moeda brasileira é aceita em espécie pelos comerciantes, normalmente localizados em zonas francas de fronteira.
O Real conversível seria ótimo para os exportadores e importadores brasileiros, pois não mais se dependeria das crises internacionais que afetam o dólar americano e o euro.
E os preços brasileiros de venda externa seriam elaborados com uma realidade brasileira financeira firme, assim como nas importações. As planilhas seriam feitas sem levar em conta as flutuações cambiais das moedas estrangeiras.
Seria também o fim definitivo do contrato de câmbio.
O REAL É UMA MOEDA CONVERSÍVEL? O Real não é uma moeda conversível, pois sua aceitação e circulação está limitada dentro das fronteiras brasileiras.
Ainda não... Esse é um objetivo ainda distante, embora o Brasil tenha um destaque no cenário mundial como um dos países em pleno desenvolvimento, alcançando  um grau de investimento suficiente para o mundo financeiro olhar o país como uma futura nação desenvolvida e o Real conversível.
No futuro... O Brasil se prepara para percorrer essaestrada, modernizando os seus controles aduaneiros, administrativos e cambiais, tanto é que existem projetos para reformular e simplificar os procedimentos do Sisbacen e um plano de ações que permita a reformulação da atividade econômica interna, como é o caso da nota fiscal eletrônica e a declaração digital das declarações anuais do imposto de renda, tanto para pessoa física como jurídica. Obviamente, existem gargalos a serem resolvidos, um deles é a estrutura tributária atual, considerada uma das mais pesadas do mundo e, portanto, altamente burocrática, ao ponto que muitas empresas deixam de lado o foco principal do seu negócio para se preocupar em atender aos complexos requerimentos tributários existentes no país. O ideal, e houve uma tentativa no ano 2003, seria criar o Imposto de Valor Agregado – IVA, uma espécie de imposto único com alíquota variável, nos moldes como é praticado em outros países, inclusive vizinhos.
A CRIAÇÃO DO IVA BRASILEIRO SERÁ A SOLUÇÃO PARA INCENTIVAR A ATIVIDADE ECONÔMICA
Outro ponto é a infraestrutura logística para escoar as mercadorias dentro do mercado interno e principalmente externo para embarque nos aeroportos, portos e pontos fronteiriços. Embora existam projetos em execução através do PAC, ainda há muito a fazer nesse rubro, inclusive no incentivo ao transporte ferroviário tanto para passageiros como carga.
Assim, menciona o autor Prof. Rômulo Del Carpio, dentro desse contexto, em Dezembro 2012, o IBGE divulgou o PIB do terceiro trimestre de 2012, com números modestos e ao mesmo tempo o Banco Central, através do Conselho de Política Monetária – Copom, determinou uma queda consecutiva dos juros básicos da economia (Selic).
Assim, os juros caíram mais uma vez, mesmo correndo risco de superaquecimento da produção e o Banco Central, como qualquer entidade similar no mundo, tem de ser conservador, ainda mais diante de sinais preocupantes de escassez de produtos e do engarrafamento em alguns pontos da infraestrutura logística.
Dentro desta análise, a questão das reservas cambiais, também conhecidas como reservas internacionais, é um ponto favorável no atual patamar em que a economia brasileira se encontra.
RESERVAS INTERNACIONAIS
As reservas internacionais são os depósitos em moeda estrangeira dos bancos centrais e autoridades monetárias. 
 São ativos dos bancos centrais mantidos em diferentes reservas, como o dólar americano, o euro ou o iene e que são utilizados no cumprimento dos seus compromissos financeiros, como a emissão de moeda, e para garantir as diversas reservas bancárias mantidas num banco central por governos ou instituições financeiras.
REGIME CAMBIAL FLUTUANTE
As reservas permitem que o Banco Central compre a moeda local emitida, negociando os seus ativos em moeda estrangeira. 
 As reservas dão aos bancos centrais um meio adicional para estabilizar a emissão de moedas para minimizar volatilidade e para proteger o sistema monetário de choques, como os que ocorrem quando especuladores compram e vendem moeda em um espaço curto de tempo.
GRANDES RESERVAS
Grandes reservas são quase sempre um sinal de que o país detentor é capaz de suportar turbulências econômicas. Um nível baixo ou em queda pode ser um indicativo de que uma corrida bancária  contra a moeda local é iminente ou de que um "calote" é provável, configurando uma crise monetária.
Os bancos centrais muitas vezes defendem que a manutenção de grandes reservas resulta num seguro contra a crise. Isto é verdade até o momento em que o Banco Central pode manter a sua moeda através da venda das reservas.
Os bancos centrais muitas vezes defendem que a manutenção de grandes reservas resulta num seguro contra a crise. Isto é verdade até o momento em que o Banco Central pode manter a sua moeda através da venda das reservas.
 Além disso, a manutenção de grandes reservas não significa necessariamente uma proteção contra a inflação, já que a política de grandes compras de moeda estrangeira para manter a moeda local barata pode iniciar ou alimentar um processo inflacionário.
A diferença existente entre o retorno da aplicação das reservas em instituições internacionais e o valor pago aos detentores da sua dívida interna gera um custo fiscal para o governo. Além disso, alguns governos sofrem perdas importantes por causa de problemas no gerenciamento das reservas que acabam redundando em custo fiscal.
O site do Banco Central informa que, em  Dezembro de 2012, as reservas internacionais acumuladas pelo país são de aproximadamente US$ 400 bilhões, número que significa uma posição confortável dentro do panorama da economia brasileira, fazendo que o país adotasse o chamado Fundo Soberano.
Fundo Soberano ou Fundo de Riqueza Soberana (em inglês, Sovereign Wealth Funds - SWF) é um instrumento financeiro adotado por alguns países que utilizam parte de suas reservas internacionais.
Os fundos soberanos administram as imensas reservas de divisas dos países exportadores de bens manufaturados que tiveram suas receitas multiplicadas de maneira formidável nos últimos anos.
Países que figuram a receita do Fundo Soberano:
CHINA - este criado em 2007 com aporte de 200 bilhões de dólares. Essa modalidade de investimento estatal está crescendo de forma considerável e vem sendo utilizada, na maioria das vezes, para adquirir participações em empresas estrangeiras, com objetivos financeiros e estratégicos.
Os países mais industrializados Alemanha, Canadá, EUA, França, Grã-Bretanha, Itália e Japão, reunidos no G7 pediram o estabelecimento de um código de boas práticas para estes fundos, a fim de fortalecer principalmente sua "transparência e previsibilidade". O Brasil criou seu Fundo Soberano em 2008.
Para Responder: qual é a vantagem de manter um Fundo Soberano?
* O Fundo Soberano é uma poupança extra para um determinado país, que pode ser aplicada no mercado internacional para obter um maior rendimento financeiro e utilizada em casos de necessidade ou crise econômica.
Segundo o Prof. Rômulo Del Carpio: Para o Fundo Monetário Internacional, o aumento em tamanho e em número desses fundos merece atenção reforçada, diante das consequências potenciais que poderão ter sobre os mercados financeiros e os investimentos, conclui.
ESTUDAR ANEXO: TEMAS DE DISCUSSÃO

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