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Compostagem: Adubo Orgânico para Agricultura

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Responsabilidade Social e Meio Ambiente 
Aine Cristina M. de Oliveira 
 
 
COMPOSTAGEM 
 
Muitos agricultores aproveitam como adubo orgânico os restos de 
animais e vegetais encontrados, isso porque a agricultura e a pecuária 
produzem enormes quantidades de resíduos, tais como, dejetos de animais, 
restos de culturas, palhas e resíduos agroindustriais, os quais em alguns casos 
provocam sérios problemas de poluição ambiental. Muitos desses dejetos e 
resíduos são perdidos por não serem coletados e reciclados, ou por serem 
destruídos pela ação de queimadas (OLIVEIRA; LIMA; CAJAZEIRA, 2004). 
A parte orgânica do solo é composta pela matéria orgânica e pelo 
produto de sua decomposição, o, húmus. Todo material vegetal e animal 
depositado no solo na forma de folhas, galhos, frutos e detritos de animais é 
denominado matéria orgânica. Essa matéria fornece alimento para os 
microrganismos benéficos do solo, como as bactérias e fungos (SEKIYA, 
2014). 
 A matéria orgânica que não sofreu um processo chamado de 
decomposição ainda não serve para ser utilizada como adubo, ou seja, ainda 
não consegue disponibilizar no solo os nutrientes que a planta precisa. Além da 
decomposição a matéria orgânica também tem que sofrer um processo 
denominado mineralização, que é o resultado do processo de decomposição 
microbiana. Durante a decomposição os elementos químicos que antes se 
encontravam na forma orgânica são convertidos para forma mineral (SEKIYA, 
2014). 
 A matéria orgânica só consegue contribuir para melhoria da fertilidade 
do solo após sofrer um processo de decomposição e mineralização, essa etapa 
é chamada de húmus. Húmus é o principal responsável pelo aspecto fofo do 
solo, ele consegue melhorar a estrutura do solo dificultando a compactação. 
Todos os adubos orgânicos são formados pela decomposição da matéria 
orgânica o que varia é o tipo de material e o processo de produção utilizado 
(SEKIYA, 2014). 
 A compostagem é um processo de decomposição aeróbica, durante o 
qual há um desprendimento de gás carbônico, água e energia decorrente da 
ação dos microrganismos. O produto final desse processo é o composto 
“Húmus”, que por sua vez é constituído de partes de resíduos orgânicos 
resistente a decomposição, produtos decompostos e microrganismos mortes e 
vivos. O autor cita ainda que o composto é um fertilizante orgânico homogêneo 
com cheiro característico, cor escura, estável, solto e pronto para ser usado em 
qualquer cultura sem causar dano. 
 O composto pode ser obtido a partir de várias misturas, por exemplo, 
mistura de restos de alimentos, folhas, frutos, estercos, palhadas entre outros. 
E pode ser produzidos por pequenos, médios e grandes agricultores 
(ABBOUD, 2013). 
 A produção de compostos exige manutenção e temperatura acima de 
40º graus por vários dias. O fornecimento das condições corretas para o 
crescimento microbiológico aeróbico leva a rápida liberação de energia na 
forma de calor, e os sistemas de compostagem podem comumente alcançar 
temperaturas de 70º graus por curtos períodos de tempo. Essa temperatura 
elevada garante a destruição de patógenos e de sementes indesejadas e leva 
a uma produção mais rápida do produto final (MIHELCIC e ZIMMERMAN, 
2015). 
 Compostagem elaboração de composto que consiste na fermentação de 
uma mistura de restos orgânicos, vegetais, animais e minerais, com finalidade 
de se obter um produto homogêneo rico em húmus e microrganismos e quando 
incorporada ao solo melhora sua estrutura e fertilização (VIANA, 2014). 
 A compostagem tem vários objetivos: reduzir a massa de resíduos a ser 
gerenciada; reduzir o potencial de poluição; destruir quaisquer patógenos e 
produzir um produto que possa ser comercializado ou usado pela comunidade 
local. 
 A realização correta da compostagem domestica não permite atingir 
temperaturas adequadas necessárias para tratamento eficiente e pode criar 
problemas de odor, além de atrair animais (MIHELCIC e ZIMMERMAN, 2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ABBOUD, Antonio Carlos de Souza. INTRODUÇÃO À AGRONOMIA. Rio de 
Janeiro, 2013. 
 
SEKIYA, Roselaine Faraldo Myr. COMPOSIÇÃO DE PLANTAS 
ORGANAMENTAIS EM JARDINS. São Paulo, 2014. 
 
MIHELCIC, James R.; ZIMMERMAN, Julie Beth. ENGENHARIA AMBIENTAL: 
FUNDAMENTOS, SUSTENTABILIDADE E PROJETO. Rio de Janeiro, 2015. 
 
OLIVEIRA, Francisco Nelsieudes Sombra; LIMA, Hermínio José Moreira; 
CAJAZEIRA, João Paulo. USO DA COMPOSTAGEM EM SISTEMAS 
AGRÍCOLAS ORGÂNICOS. Fortaleza – CE, 2004. 
 
VIANA, Viviane Japiassú. CULTIVO DE PLANTAS ORNAMENTAIS. São 
Paulo, 2014.

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