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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DE ARAPIRACA CURSO DE PEDAGOGIA EDUCAÇÃO ESPECIAL PROF. RAFAEL BELO 
ORLANE FERNANDES SILVA 
BUENO, J.G.S. A produção social da identidade do anormal. In: FREITAS, Marcos C. de (Org.). História Social da Infância no Brasil. São Paulo: Ed.Cortez, 2003.
COLL, C.; MARCHESI, A.; PALÁCIOS, J. Desenvolvimento psicológico e educação: transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. In:______. Da Linguagem da deficiência às escolas inclusivas. Porto Alegre: Artmed, 2004. 
MAZZOTA, M. J. S. Educação Especial no Brasil: História e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996.
BRAGA, Sheila Mayzanyela R. Educação especial: As dificuldades encontradas no ambiente escolar. [S.l]: Só pedagogia, 2012. Disponível em: <http://www.pedagogia.com.br/artigos/asdificuldadesdainclusao/>. Acesso em: 16 jan. 2017. 
SOUSA, Roseli Ferreira de. Inclusão no Ensino Regular. [S. l]: Só pedagogia, 2010. Disponível em: <http:/www.pedagogia.com.br/artigos/ensinoregular/>. Acesso em: 16 jan. 2017. 
SANTOS, Mônica Pereira dos. Educação Inclusiva: redefinindo a educação especial. Florianópolis – SC: Revista ponto de vista, 2002. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/pontodevista/article/view/1402‎>. Acesso em: 16 jan. 2017. 
Educação inclusiva e rede regular de ensino: Uma prática possível?
Tematizar sobre a inclusão é sempre tarefa muito árdua, porém necessária, tendo em vista que não se trata apenas de discursar sobre o “incluir”, mas de traçar caminhos para autonomia, liberdade e compreensão da pessoa com deficiência em sua totalidade e diferença.
Por muitos anos as pessoas com deficiência não dispuseram de uma política que as englobasse nos sistemas gerais da sociedade. Em meados dos anos 60 essa realidade estava a um passo de ser modificada, através do incentivo a integração desses indivíduos na escola. Porém, a escola concebida para esses indivíduos se constituiu em uma especifica, restrita a este público, o que não culminava com a inserção social aparentemente difundida na época.
A concepção de inserção social por intermédio da inclusão escolar, obteve destaque em meados dos anos 90, devido a “Declaração de Salamanca” e o advento do “Educação para Todos” que visavam o rompimento de paradigmas educacionais segregacionistas e isolantes existentes na época, tais dispositivos legais tinham por finalidade reconhecer “legalmente” esses indivíduos como verdadeiros cidadãos. Esses projetos deram abertura para formulação de leis de seguridade educacional ao deficiente, definindo padrões para o oferecimento da educação e práticas pedagógicas concernentes com a realidade educacional vigente, sempre com o intuito de que deficientes e pessoas sem deficiência, pudessem compartilhassem do mesmo espaço escolar e porventura, desfrutassem dos mesmos métodos de aprendizagem por meio da matrícula preferencial nas redes de ensino regular. 
É certo que nestes 27 anos de abertura inclusiva ao deficiente, graças aos múltiplos diplomas legais, muitas conquistas foram objetivadas, mas o impasse em ofertar plenamente ou de conseguir ofertar uma educação igualitária ao deficiente nas escolas comuns é fato persistente. E por que é dificultoso a implementação desse ensino se há o amparo legal? São muitos os fatores. A existência de uma lei que norteia uma especificidade educacional, como o ensino ao deficiente, não é fator primordial para que a prática seja incontestável, embora a existência de uma lei como essa seja de grande relevância, porém não assegura. 
Outro fator para que esse tipo de educação seja incompleto, é que a própria lei de educação nacional, a LDB 9.394/96, direciona o foco do ensino para o aprendiz, e isto leva a concentração essencial nos alunos que possuem potencial considerável, desviando a atenção dos alunos que possui potencial, mas que precisam de um incentivo maior para o seu desenvolvimento, no caso o deficiente. Há também a pré – concepção de limitação do deficiente seja por parte do professor, dos pais, da sociedade, isso é uma realidade visível e que contribuiu para o fracasso da educação inclusiva.
São tantos os fatores que indicam as falhas nesse tipo de educação, mas será que a sua prática não pode ser de excelência e qualidade? Por óbvio que a resposta é afirmativa, no entanto, o primeiro passo para isso se tonar uma realidade, é a difusão do respeito à diversidade e o rompimento de concepções preconceituosas de que o deficiente não possui capacidade de execução de tarefas, ou observá-los sempre com olhar de lamento e compaixão, como também, o incentivo a qualificação e proporcionar a ampliação da visão de nós futuros educadores, nos libertando da prática reducionista de tentar sempre moldar o outro a nosso ver e lhe impor rótulos, para enxergar o outro com uma visão mais humanizada e potencializadora do desenvolvimento humano. Torna-se necessário ainda, incutir nos alunos e, portanto nos futuros cidadãos, a quebra da ideia de adaptação desses alunos ao mundo, mas que os deficientes possam participar e atuar nas decisões e transformações que o mundo tenha ou possa vir a ter com seu olhar e originalidade. 
Muitos são os problemas de ordem pedagógica, estrutural e social que limitam a existência do deficiente, são tão limitantes que a própria deficiência nem sempre os limita, mas as mudanças podem e devem ocorrem por incentivo do estado, da sociedade e dos próprios deficientes que tem o direito e devem lutar por uma educação genuinamente inclusiva. É uma nova época para o deficiente, época esta que indica melhorias qualitativas e seguridade dos direitos básicos a estes indivíduos e isto é um feito, a ser entendido, compartilhado e ampliado.

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