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CÂNCER GÁSTRICO

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Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.7-19, jul-dez 2008. Página 7 
 
CÂNCER GÁSTRICO: A IMPORTÂNCIA DA TERAPIA NUTRICIONAL 
 
ROBERTA XAVIER MENDONÇA¹; LUIZ CLAUDIO GAGLIARDO²*; RICARDO LAINO 
RIBEIRO² 
 
1 Acadêmica de Nutrição (Escola de Ciências da Saúde, Unigranrio); 2 Docente do Curso de Nutrição (Escola de Ciências da Saúde, 
Unigranrio);* luiznutrj@yahoo.com.br, Rua Professor José de Souza Herdy, 1160. CEP 25071-200, Duque de Caxias, RJ. 
 
 
RESUMO 
 
Apesar do declínio verificado em algumas regiões do país, o câncer gástrico ainda representa importantes 
índices de morbidade e mortalidade. O surgimento deste tumor pode ser de origem infecciosa, genética ou 
ambiental, sendo a dieta um dos principais fatores de risco para o surgimento do câncer gástrico. Os 
tratamentos utilizados nesses pacientes são muitos agressivos, causando um alto efeito colateral, sabe-se que 
a desnutrição energético-protéico está presente na grande maioria dos pacientes, tornando importante a 
terapia nutricional no pré-operatório e no pós operatório a fim de diminuir ou reverter os efeitos colaterais 
por conseqüência ao tratamento, diminuindo o tempo de internação e dos riscos de algumas complicações 
pós-operatória. 
 
Palavras-chave: Câncer, estômago, terapia nutricional, desnutrição. 
 
STOMACH CANCER: THE IMPORT OF NUTRITION THERAPY 
 
ABSTRACT 
 
Although the decline verified in some regions of the country, the gastric cancer still represents important 
indices of morbidity and mortality. The sprouting of this tumor can be of infectious, genetic or ambient 
origin, being diet one of the main factors of risk for the sprouting of the gastric cancer. The treatments used 
in these patients are many aggressive ones, causing one high collateral effect, know that the malnutrition 
energy-protein is present in the great majority of the patients, becoming important the nutrition therapy in the 
daily pay-operation and the one after-operation in order to diminish or to revert the collateral effect for 
consequence to the treatment, being diminished the time of internment and the risks of some complications 
postoperative. 
 
Keywords: Cancer, stomach, nutrition therapy, malnutrition. 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
O câncer de estômago ainda é um dos 
principais tipos de neoplasias malignas detectada 
mundialmente, em termos de incidência e 
mortalidade (WAITZBERG, 2004). Segundo o 
Instituto Nacional do Câncer (INCA) em todo o 
mundo, o câncer de estômago é a quarta causa de 
mortalidade. No Brasil, o câncer de estômago, 
apesar do declínio verificado em algumas regiões, 
ainda apresenta índices importantes como causa 
de morbidade e mortalidade (MELLO; 
CORREIA, 1999). 
À medida que o indivíduo envelhece, 
aumenta a chance de ocorrer e desenvolver algum 
tipo de câncer, uma vez que mais da metade de 
todos os casos de tumores malignos são 
diagnosticados em pessoas com mais de 65 anos. 
O adenocarcinoma gástrico é principalmente 
diagnosticado em indivíduos do sexo masculino 
maior que 70 anos (TONETO et al., 2004). 
Dentre os fatores etiopatogênicos de importância 
para o surgimento das neoplasias de estômago, 
deve-se ressaltar os infecciosos (Helicobacter 
pylori), os genéticos e os ambientais 
(MISZPUTEN, 2007; CUPPARI, 2005). 
A desnutrição no câncer conhecida como 
caquexia tem como manifestações clínicas 
anorexia, perda tecidual, atrofia da musculatura 
esquelética, miopatia, perda rápida de tecido 
gorduroso, atrofia de órgãos viscerais e energia 
(WAITZBERG, 2001). A origem da desnutrição é 
multifatorial, advinda de anorexia decorrente de 
fatores anoréticos produzido pelo tumor ou 
hospedeiro, dor/ou obstrução do trato 
gastrointestinal. A própria agressão da terapêutica 
anticancerosa: cirurgia, quimioterapia e 
radioterapia conduzem à anorexia (CUPPARI, 
2005). 
Diversas modalidades terapêuticas são 
indicadas para o tratamento do câncer gástrico, 
sendo a cirurgia o tratamento base e a radioterapia 
e quimioterapia sendo mais utilizadas 
principalmente nos casos avançados, como 
 
 
 
 
 
Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.7-19, jul-dez 2008. Página 8 
 
tratamentos paliativos. A intervenção cirúrgica 
poderá ser de médio porte (gastrectomia parcial) 
ou de grande porte (gastrectomia total) 
(WAITZBERG, 2004; PAPINI-BERTO et al., 
2002; SOUZA; FERREIRA, 2004; MISZPUTEN, 
2007). 
No pré-operatório, como preparo dos 
pacientes desnutridos e candidatos à intervenção 
cirúrgica, especialmente a de grande porte, 
estudos têm mostrado que os melhores resultados 
são atingidos se o suporte nutricional for aplicado 
por um período mínimo de sete dias. Assim a 
utilização do suporte nutricional no pré-operatório 
não visa, evidentemente a recuperação total do 
estado nutricional do paciente, pois se levaria 
mais tempo, mas sim o fortalecimento do sistema 
imunológico e a recuperação dos múltiplos 
órgãos, e isso pode ser conseguido na maioria das 
vezes, num período compreendido entre 7 e 15 
dias (TEIXEIRA- NETO, 2003; NASCIMENTO 
et al., 2006; CORREIA; SILVA, 2005). 
Ressalta-se que os efeitos clínicos da 
desnutrição se manifestam por dificuldade de 
cicatrização, maior risco de infecção e toxicidade 
do tratamento, maior demanda de cuidados e 
custos hospitalares, diminuição da resposta ao 
tratamento, da qualidade de vida e sobrevida, 
quando comparados com pacientes com um 
adequado estado nutricional (OLIVEIRA, 2007). 
Este trabalho tem como objetivo descrever 
como são os tratamentos para portadores de 
câncer gástrico, demonstrando quais são as vias 
para terapia nutricional e a importância desta 
terapia no pré e pós-operatório. 
 
METODOLOGIA 
 
O trabalho consiste em uma revisão de 
literatura, incluindo publicações nacionais e 
internacionais dos últimos doze anos, em base de 
dados (Scielo, Bireme), livros de nutrição clínica 
e publicações de órgãos oficiais. 
 
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
FISIOPATOLOGIA 
 
O câncer pode ser considerado como uma 
doença das células corporais. O seu 
desenvolvimento envolve o dano ao DNA das 
células; este dano se acumula com o decorrer do 
tempo. Quando essas células danificadas escapam 
dos mecanismos apropriados para proteger o 
organismo do crescimento e disseminação de tais 
células, a neoplasia se estabelece (MAHAN; 
ESCOTT-STUMP, 2005). 
As células malignas diferenciam-se das 
células normais, pois sofrem vários tipos de 
alterações como: o processo de multiplicação 
descontroladas; alterações morfológicas variáveis; 
podem ter vida por tempo indeterminada; têm 
pouca capacidade de adesão as células este 
processo conhecido como metástase, que é 
quando as células se desprende do tumor primário 
e atinge outros tecidos através da corrente 
sanguínea ou linfáticas, dando origem a novos 
tumores (BEVILACQUA, 1998). 
O processo de carcinogênese envolve 
várias etapas, sendo elas: iniciação, promoção e 
progressão do tumor. A etapa de iniciação 
corresponde à fase inicial de todo o processo de 
alteração da estrutura celular; na etapa de 
promoção, ocorrem mudanças na expressão do 
genoma, aumentando a proliferação celular; já na 
fase de progressão do tumor, ocorrem alterações 
genéticas multiplicas de formas irreversíveis com 
proliferação descontroladas, que resultará no 
aparecimento de um tumor (GOMES-
CARNEIRO; RIBEIRO-PINTO; 
PAUMGARTTEN, 1997). 
Segundo Rohde (2005), mais de 95% dos 
tumores malignos de estômago são 
adenocarcinomas. Os tumores gástricos são difícil 
de diagnosticar, pornão apresentar sintomas 
específicos, sendo que os sintomas normalmente 
aparecem quando o tumor já está em um estagio 
avançado. Esses sintomas são normalmente perda 
de peso rápida, dor epigástrica, anorexia e 
vômitos. Existem alguns sinais que indicam 
quando o tumor já está avançado como a palpação 
de linfonodos supraclavicular, massa palpável no 
exame retal, implantação tumoral na região 
umbilical, ascite, icterícia, massa hepática ou 
massa pélvica. 
 
FATORES DE RISCO 
 
Atualmente existem inúmeros fatores de 
risco, que aumentam a probabilidade para o 
câncer de estômago. Esses fatores estão divididos 
em dois grupos os constitucionais ou intrínsecos e 
os ambientais ou extrínsecos. Os fatores 
constitucionais estão relacionados aos aspectos 
hereditários e os ambientais estão relacionados a 
hábitos de vida, dieta, exposição à substância 
tóxica, drogas, radiação, agentes infecciosos e 
parasitários, sendo a dieta o fator de risco 
ambiental mais relevante (BEVILACQUA, 1998; 
GOMES-CARNEIRO; RIBEIRO-PINTO; 
PAUMGARTTEN, 1997; VASCONCELOS, 
2007; TEIXEIRA; NOGUEIRA, 2003; 
FIGUEREDO; SILVA, 2001). 
 
 
 
 
 
Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.7-19, jul-dez 2008. Página 9 
 
A relação do câncer com dieta está sendo 
alvo de vários estudos, pois a dieta é um dos mais 
importantes fatores de risco para o câncer 
gástrico. Alguns estudos mostram que alimentos 
com alta concentração de nitratos e nitritos como: 
alimentos defumados, fritura; alimentos 
conservados pelo sal ou em forma de pickles; 
cloreto de sódio (sal), e os alimentos mal 
conservados possuem um alto poder 
carcinogênico. Existem alguns autores que estão 
correlacionando o potencial carcinogênico de 
alimentos ricos em carboidratos simples 
(ABREU, 1997; VASCONCELOS, 2007; 
RESENDE; MATTOS; KOIFMAN, 2006; 
TEIXEIRA; NOGUEIRA, 2003). 
Com a mucosa gástrica lesionada, o 
estômago fica mais suscetível à ação de 
carcinógenos químicos e assim, começa-se o 
estágio inicial de gastrite crônica, que quando não 
tratada, e associada ao alto consumo de nitratos e 
nitritos, substância que dentro do estômago 
formam as nitrosaminas, que apresenta potente 
atividade carcinogênica na mucosa gástrica, 
podendo evoluir para a iniciação de um 
carcinoma. A má conservação dos alimentos 
influência, de modo que, os alimentos perdem as 
sua propriedade protetora para o câncer gástrico 
(ABREU, 1997; RESENDE; MATTOS; 
KOIFMAN, 2006). 
O álcool também vem sendo mencionado 
por diversos autores como um fator de risco que 
contribui diretamente para o câncer gástrico, pois 
o álcool lesa a mucosa gástrica e age 
potencializando a ação do tabaco (TEIXEIRA; 
NOGUEIRA, 2003). 
O estado de hipocloridria ou acloridria, por 
uso de medicamentos ou por outros motivos, faz 
com que o pH do estômago fique propício a 
formação de colônias e sobrevida de 
microorganismo, facilitando assim a infecção 
pelo Helicobacter pylori, que promove um 
processo inflamatório crônico na mucosa, levando 
à gastrite atrófica, como conseqüência focos de 
metaplasia, evoluindo para displasia, precedendo 
o aparecimento das neoplasias. (GOMES-
CARNEIRO; RIBEIRO-PINTO; 
PAUMGARTTEN, 1997; MISZPUTEN, 2007). 
 
FATORES PROTETORES 
 
Atualmente existem várias pesquisas que 
correlacionam o papel dos alimentos e o efeito na 
etiologia do câncer. Estudos indicam que a dieta 
rica em legumes frescos e frutas, principalmente 
as fontes de vitamina C, estão relacionadas com a 
diminuição do risco de câncer gástrico 
(TEIXEIRA; NOGUEIRA, 2003). 
Para manter um padrão saudável e prevenir 
qualquer tipo de enfermidades é necessário à 
prática de exercícios físicos sob a orientação de 
um profissional capacitado, limitar o consumo de 
bebidas alcoólicas e de alimentos gordurosos, e 
preferir alimentos de origem vegetal 
(FIGUEREDO; SILVA, 2001). 
Os compostos fenólicos e hidroxilados 
(fenóis, polifenóis e flavonas) foram um dos 
primeiros a serem reconhecidos como agentes 
quimiopreventivos vegetais. A vitamina C e os 
polifenóis (encontrados em alguns chás) inibiram 
a formação de nitrosaminas em estudo com 
voluntários humanos (VASCONCELOS, 2007). 
As frutas, verduras e legumes são ricos em 
fibras e antioxidantes, onde um bom exemplo e a 
vitamina C (um nutriente hidrossolúvel envolvido 
em múltiplas funções biológicas em que as fibras 
contidas nesses alimentos retardam a fome e de 
certa forma diminui a quantidade de gorduras e 
carboidratos que poderia ter sido ingerido), sendo 
um poderoso antioxidante, reduzindo a carga de 
agentes oxidantes associados ao surgimento de 
câncer, as funções mais importantes que ela 
exerce na proteção contra o câncer gástrico, e que 
ela atua ajudando o processo que bloqueia a 
formação das nitrosaminas, estimula o sistema 
imune e inibe o efeito cancerígeno das 
aflatoxinas, encontradas em alguns alimentos 
contaminados por fungos do gênero aspergillus 
(FIGUEREDO; SILVA, 2001; CERQUEIRA; 
MEDEIROS; AUGUSTO, 2007) 
Os antioxidantes inibem a lipooxigenase 
que está envolvida no processo de inflamação do 
tumor, sendo importantes inibidores da promoção 
do tumor; os constituintes vegetais como: 
quercetina, vitamina E, flavonóis e curcumina, 
suprimem a reação inflamatória; os vegetais 
crucíferos (couve, repolho e brócolis) e seus 
semelhantes também possuem compostos 
importantes na prevenção do câncer, são 
compostos por glucosinolatos, que são complexos 
de gicose com um isotiocianato aril (ITC), 
descobriu-se que vários ITCs bloqueiam os 
efeitos carcinogênicos de diferentes tipos 
estruturais de carcinogênicos; os vegetais allium 
(alho, cebola, alho-poró, cebolinhas, cebolinhas 
verdes e chalotas), são agentes flavorizantes 
muito presentes na culinária, o alho parece 
proteger contra o câncer de colorretal, mas ainda 
está em estudos (VASCONCELOS, 2007). 
Uma dieta equilibrada rica em fibras, 
vitaminas e proteínas, ao longo do tempo vêm 
favorecendo na prevenção ao câncer, auxiliando 
juntamente ao tratamento clínico, o retrocesso ou 
o estacionamento do estágio carcinogênico 
(FIGUEREDO; SILVA, 2001). 
 
 
 
 
 
Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.7-19, jul-dez 2008. Página 10 
 
TRATAMENTOS 
 
Existem diversas modalidades terapêuticas 
utilizadas no tratamento do câncer gástrico, mas 
quando se pensa em cura, o procedimento 
utilizado é a cirurgia, a quimioterapia e a 
radioterapia que são modalidades utilizadas no 
tratamento paliativo, principalmente em casos 
avançados (MISZPUTEN, 2007). 
 
QUIMIOTERAPIA 
 
A quimioterapia é um tipo de tratamento 
que utiliza compostos químicos, chamados 
quimioterápicos, no tratamento de doenças 
causadas por agentes biológicos, sendo que esses 
medicamentos têm a finalidade de diminuir ou 
impedir o crescimento e a divisão das células 
cancerosas. Atualmente, com o avanço dos 
estudos, o uso na prática clínica dos compostos 
químicos está menos tóxico e mais ativo. A 
finalidade do tratamento quimioterápico é atuar 
em células cancerosas cuja sua principal 
característica é a rápida divisão, mas durante o 
tratamento várias células saudáveis, 
principalmente as da boca e do trato digestório 
também são atingidas, pois também apresentam a 
mesma característica de divisão rápida das 
células, mas ao contrário das células neoplásicas 
ás células normais apresentam um tempo de 
recuperação previsível, por isso a quimioterapia 
pode ser aplicadarepetidamente, respeitando o 
intervalo de tempo necessário para recuperação 
das células (VASCONCELOS, 2007; CUPPARI, 
2005). 
Os pacientes submetidos ao tratamento de 
quimioterapia podem apresentar graves efeitos 
colaterais como: anorexia; náuseas; vômitos; 
diarréias ou obstipação; inflamações e úlceras 
bucais (mucosite); alterações no gosto dos 
alimentos e infecções. A tabela 1 mostra os 
efeitos colaterais mais comuns e a intervenção 
para diminuição desses efeitos 
(VASCONCELOS, 2007; WAITZBERG, 2004). 
As drogas mais utilizadas para o tratamento de 
quimioterapia gastrintestinal são: cisplatina, 
dacarbazina, doxorrubicina, 5-fluorouracil e 
irinotecan, que normalmente causam náuseas, 
vômitos e diarréia, esses são os efeitos colaterais 
mais comuns causados por esse tipo de drogas 
(CUPPARI, 2005 ). 
 
 
Tabela 1. Efeitos colaterais do tratamento e problemas comuns ao câncer. 
Efeitos Intervenção 
Perda de dentes, cáries Servir os alimentos em temperatura ambiente; preferir 
os fluídos e fazer higiene oral após qualquer alimentação. 
Xerostomia Aumentar a quantidade de líquidos e usar alimentos macios e 
úmidos, cortar os alimentos em pedaços pequenos, usar cubos de 
 gelos ou picolés, purês e molhos em geral a base de carne. 
Sangramentos orais Modificar a textura dos alimentos, usar menor quantidade de 
sal e outros condimentos, evitar sucos ácidos, aumentar o 
fracionamento e diminuir o volume, usar suplementos concentrados 
 e preferir gelados. 
Digeusia Enfatizar aroma e cor dos alimentos, evitar repetições de alimentos, 
Alimentos ácidos estimulam a capacidade de recuperar a sensibi- 
lidade ao sabor (limonada), suplementos com café e hortelã. 
Perda de Peso Aumentar o fracionamento e diminuir o volume, usar 
suplementos concentrados com alto valor energético. 
Diarréia Usar fibras solúvel, aumentar líquido, potássio e sódio, usar 
Alimentos frios. 
Aversão à carne 
 Vermelha 
Substituir por derivados, ovos, soja, aves e peixes. 
Náuseas Pedaços de gelo, bebida carbonatadas, alimentos secos, excluir 
Gordura da dieta. 
Fonte: WAITZBERG, 2004. 
 
 
 
Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.1-9, jul-dez 2008 Página 11 
 
RADIOTERAPIA 
 
Na radioterapia o procedimento utilizado é 
a radiação que atua destruindo ou impedindo o 
aumento das células neoplásicas. Essas radiações 
não são vista e durante a aplicação o paciente não 
sente nada, a radioterapia é um tratamento que 
pode ser usada em combinação com a 
quimioterapia ou com outros recursos no 
tratamento para o câncer gástrico 
(VASCONCELOS, 2007). 
Dependendo da dose do tratamento, da 
parte do corpo tratado, da extensão da área 
irradiada, do tipo de irradiação e aparelho 
utilizado, a reação radioterápica é diferente em 
cada paciente. Células saudáveis localizadas 
próximas ao tumor também são irradiadas, 
ocasionando efeitos adversos, que depende da 
dose da radiação e da porção do corpo que está 
sendo tratada. Os efeitos indesejáveis mais 
freqüentes são o cansaço, a perda de apetite e as 
reações da pele, que normalmente aparecem na 
terceira semana de aplicação e desaparecem 
poucas semanas após o término do tratamento. A 
radioterapia aplicada na região da pélvis e 
abdômen pode causar diarréia, náuseas, vômitos, 
inflamação do intestino ou no reto e fístulas no 
estômago e intestino. Os efeitos em longo prazo 
podem incluir estreitamento intestinal, inflamação 
crônica do intestino e dificuldades de absorção 
(VASCONCELOS, 2007). 
 
CIRURIGIAS 
 
A cirurgia se faz necessário para pacientes 
com carcinoma gástrico, pois o procedimento 
ainda continua sendo o tratamento base. O 
procedimento cirúrgico realizado é a 
gastrectomia, que consiste na retirada total ou 
parcial do estômago, refazendo o trânsito 
gastrointestinal através de anastomose com o 
duodeno (Billroth I ou gastroduodenostomia), 
após a retirada da porção distal do estômago 
conforme mostra a figura 1 ou com o jejuno 
(Billroth II ou gastrojejunostomia), ilustrada pela 
figura 2, após a retirada de dois terços ou mais do 
estômago (PAPINI-BERTO, et al., 2002; 
SOUZA; FERREIRA, 2004; WAITZBERG, 
2004). 
Realizada a gastrectomia (Billroth I ou 
Billroth II), ocorrem alterações nas funções do 
estômago e intestino, prejudicando o processo de 
digestão e absorção de nutrientes. Vários 
trabalhos estão questionando a qualidade de vida 
em relação ao estado nutricional dos pacientes 
gastrectomizados, pois as diversas deficiências 
nutricionais como a anemia megaloblástica que 
pode variar de cinco a dez anos para aparecer 
(SOUZA; FERREIRA, 2004). 
 
 
Figura 1 - Técnica de Billroth I 
Fonte: www.gastrokir-ullevaal.com 
 
 
 
Figura 2 - Técnica de Billroth II 
Fonte: www.hopkins-gi.nts.jhu.edu 
 
Os sinais e sintomas freqüentemente 
observados em relação ao estado nutricional em 
pacientes gastrectomizados são: anemia 
megaloblástica, anorexia, desnutrição protéico-
energética (DPE), diarréia, perda de peso e 
síndrome de dumping (KAMIJI; OLIVEIRA, 
2003; SOUZA; FERREIRA, 2004). 
Ao longo prazo os pacientes 
gastrectomizados podem cursar com anemia, 
podendo ser anemia ferropriva e/ou 
megaloblástica, sendo a anemia ferropriva 
caracterizada pela deficiência de ferro, cursando 
com micrositose e hipocromia das células é 
freqüentemente encontrada nos pacientes que 
passaram por este procedimento, sendo os fatores 
conhecidos que resulta este tipo de anemia: má 
absorção de ferro devido à gastrectomia (ocorre 
uma passagem rápida do alimento para o 
intestino), ingestão deficiente de ferro e aumento 
das necessidades de ferro no organismo, outro 
fator que deve ser considerado e que com a 
gastrectomia ocorre à diminuição (parcial ou 
total) na produção de ácido clorídrico, pois esse 
ácido que favorece a absorção do ferro mantendo-
o na forma ferrosa, que é mais bem absorvido 
(PAPINI-BERTO, et al., 2002; SOUZA; 
FERREIRA, 2004). 
Já a anemia megaloblástica, caracterizada 
pela deficiência de fator intrínseco, que é 
produzido na mucosa gástrica é fundamental para 
 
 
 
 
 
Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.7-19, jul-dez 2008. Página 12 
 
absorção da vitamina B12 no íleo terminal, 
cursando com macrocitose celular, levando à 
neuropatia progressiva, afetando nervos sensoriais 
a médio e longo prazo (SOUZA; FERREIRA, 
2004). 
Vários autores estão demonstrando que os 
pacientes evitam a realimentação no pós-
operatório, a fim de evitar os sintomas após a 
alimentação, os sintomas normalmente 
apresentados são: plenitude e distensão gástrica 
(pela diminuição da capacidade de 
armazenamento do estômago), diarréia, dor 
abdominal, sudorese, taquicardia e hipoglicemia. 
Com a anorexia os pacientes perdem de 25% a 
30% do seu peso corpóreo (SOUZA; FERREIRA, 
2004). 
De acordo com Souza e Ferreira (2004) e 
Waitzberg (2004), a síndrome de dumping é um 
fator muito importante que pode agravar o estado 
nutricional dos pacientes gastrectomizados, pois a 
presença de sinais e sintomas como: sensação de 
desconforto abdominal, fraqueza, tremores, 
sudoreses, taquicardia, palidez e vertigem, podem 
levar o paciente ao temor de se alimentar. Esta 
síndrome ocorre normalmente quando se perde 
parte ou todas as funções do estômago, podendo 
ser dividida em dois estágio em relação ao tempo 
decorrido da alimentação, sendo o primeiro 
estágio precoce que ocorre em até 30 minutos 
após ingestão alimentar e o segundoestágio tardio 
que ocorre de uma a três horas após a ingestão 
alimentar. O estágio precoce é caracterizado 
basicamente como resultado da passagem rápida 
do conteúdo alimentar para o intestino delgado, 
acarretando em seqüestro do fluido intraluminal, 
diminuindo o volume plasmático, ocasionando 
hipotensão, taquicardia e distensão abdominal, e 
por conseqüência pode levar a dor e diarréia. O 
estágio tardio é caracterizado pela 
hiperinsulinemia e hiperglicemia que 
conseqüentemente causa um efeito “rebote” de 
hipoglicemia, pois com o rápido esvaziamento 
gástrico a glicose é rapidamente absorvida e alta 
quantidade de insulina é liberada, e num intervalo 
de até três horas ocorre a hipoglicemia. 
Com o rápido esvaziamento gástrico é 
comum que os pacientes submetidos à cirurgia 
gástrica curse com quadros de diarréia, pois as 
alterações no funcionamento da vesícula biliar 
com aumento da excreção de sais biliares, má 
absorção de proteínas ou lipídeos e o aumento do 
crescimento bacteriano como conseqüência da 
diminuição da secreção gástrica, são fatores que 
contribuem para um quadro de diarréia (SOUZA; 
FERREIRA, 2004). 
 
 
SUPORTE NUTRICIONAL 
 
Após a avaliação nutricional no paciente, o 
mesmo deve receber orientações dietética 
individualizada, com o objetivo de estabelecer um 
plano terapêutico nutricional, visando a 
recuperação e reabilitação dos pacientes. A 
alimentação deve ser balanceada visando o aporte 
de todos os macronutrientes e micronutrientes, a 
consistência, fracionamento e volume devem ser 
ajustados conforme a aceitação do paciente 
(VASCONCELOS, 2007). 
 A via oral deverá ser sempre estimulada 
e preferencialmente utilizada, no entanto em 
pacientes cujas necessidades nutricionais não 
possam ser alcançadas por esta via deve-se optar 
por suplementos nutricionais, que podem ser 
ingerido ou administrado por sonda 
(WAITZBERG, 2001). 
O suporte nutricional pode ser feito por 
três vias, sendo ele por via oral, enteral e 
parenteral, cada método têm suas indicações 
precisas e adequadas, optando sempre pela via 
fisiológica (GUIMARÃES et al., 2002). 
 
SUPLEMENTAÇÃO ORAL 
 
A via oral é a preferencial para pacientes 
que possam utilizá-la, o uso do suplemento 
nutricional oral é indicado para pacientes 
incapazes de suprir as necessidades nutricionais 
exclusivamente por alimentos, mesmo seguindo 
as orientações nutricionais. A suplementação oral 
é o método mais simples e menos invasivo no 
aumento do aporte nutricional. Os suplementos 
alimentares devem fornecer quantidades 
adequadas de todos os nutrientes: proteína, 
energia, vitaminas e minerais, com a finalidade de 
reforçar as necessidades nutricionais do paciente. 
Os benefícios sugeridos do suplemento oral é o 
aumento do apetite, ganho de peso, diminuição da 
toxicidade gastrointestinal, melhora do estado de 
atividade, melhora da resposta imunológica e 
aumento da ingestão de proteínas e energia. 
Existem no mercado vários tipos de 
suplementação completa, um dos problemas da 
suplementação oral e o alto custo e o incomodo 
gerado pela monotonia do sabor, que diminui a 
aceitação do paciente (SCHUEREN, 2005; 
OLIVEIRA, 2007). 
 Existe hoje no mercado 
suplementos alimentares específicos para 
pacientes com câncer acrescido de ácido 
eicosapentaenóico (EPA), trata-se de um ácido 
graxo essencial poliinsaturado de cadeia longa 
que pertence a família dos ácidos graxos ômega-
3, alguns estudos sugere que este composto reduz 
 
 
 
 
 
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o efeito debilitante relacionado ao câncer, 
melhora a função imune, interrompe ou reverte a 
perda de peso, modula a resposta na fase aguda 
e/ou prolonga a sobrevidade de alguns pacientes. 
Para obter os benefícios propostos são necessário 
a ingestão de 2,2g de EPA por dia, as 
propriedades antiinflamatórias do EPA foram 
correlacionada com a diminuição de produção de 
citocinas pró-inflamatória e aos efeitos da 
resposta da proteína de fase aguda. Porém os 
resultados encontrados não são considerados para 
toda a população de pacientes com câncer, 
havendo a necessidade de maiores pesquisas para 
confirmação desses achados e identificar os 
grupos distintos de câncer que poderão utilizar o 
EPA como um aliado na recuperação e/ou 
tratamento desses pacientes (SCHUEREN, 2005; 
OLIVEIRA, 2007). 
 
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL 
 
A terapia nutricional enteral é indicada 
quando os pacientes não conseguem alcançar o 
aporte calórico exclusivamente pela via oral, ou 
seja, o paciente não está ingerindo a dois terços da 
recomendação nutricional diárias, pelo motivo de 
estar incapacitado ou habilidade limitada de 
comer, por disfagia, obstrução do trato 
gastrintestinal superior, obstrução parcial do trato 
gastrintestinal inferior ou patologia do sistema 
nervoso central. Preferir sempre a nutrição enteral 
para pacientes que estão com o trato 
gastrintestinal funcionante (SCHUEREN, 2005; 
OLIVEIRA, 2007; VASCONCELOS, 2007). 
 A nutrição enteral pode ser 
parcial ou total, onde à parcial é utilizada como 
suplementação da ingestão insuficiente pela via 
oral e a nutrição enteral total é utilizada nos casos 
em que os pacientes estão impossibilitados de se 
alimentar pela via oral. Foi demonstrado que a 
nutrição enteral domiciliar é um método seguro e 
eficaz (SCHUEREN, 2005). 
 A nutrição enteral promove o aporte 
nutricional ao trato gastrointestinal através de 
sondas em posições pré ou pós- pilórica. As 
sondas que podem ser utilizadas são: sondas 
nasoentéricas onde a sonda é inserida pelo nariz e 
posicionada posterior ao piloro no intestino 
delgado; jejunostomia ou gastrostomia que são 
técnicas não cirúrgicas para o posicionamento da 
sonda diretamente no estômago ou no jejuno, as 
sondas são guiadas endoscópicamente para dentro 
do estomago ou jejuno e tragas para fora através 
da parede abdominal permitindo a via de acesso 
para alimentação enteral, dependendo do tipo de 
alteração do trato digestivo, com o suporte 
nutricional enteral os nutrientes podem ser 
administrado em bolo por seringa, gotejamento ou 
bombas de forma intermitente (administração de 4 
a 6 refeições ao longo do dia) ou contínua 
(administração da dieta programada normalmente 
18 a 24 horas por dia), aumentando o período de 
absorção mesmo em pacientes com capacidade 
absortiva limitada (GUIMARÃES et al, 2002; 
OLIVEIRA, 2007; MAHAN; ESCOTT-STUMP, 
2005; VASCONCELOS, 2007). 
Estudos têm demonstrado que a nutrição 
enteral em pacientes com câncer promove 
aumento do apetite, maior ingestão de proteínas e 
energia, melhora do estado nutricional, redução 
da toxicidade do trato gastrointestinal pela 
quimioterapia, melhora da resposta ao tratamento 
e da função imune, melhora da qualidade de vida, 
diminuição de custos (SCHUEREN, 2005). 
O tipo de dieta a ser administrada depende 
das necessidades nutricionais de cada paciente, a 
mais indicada é a polimérica, pois a maioria dos 
pacientes se beneficiam com esse tipo de fórmula, 
mas para administrar a fórmula adequada é 
necessário observar o estado funcional do trato 
gastrointestinal; características físicas das formula 
como osmolalidade, teor de fibras, densidade 
calórica e viscosidade; proporções de 
macronutrientes; capacidade de digestão e 
absorção; necessidades metabólicas específicas; 
contribuição da alimentação para necessidades ou 
restrição de fluidos e eletrólitos e custo - 
benefícios(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005). 
Para reduzir os risco de aspiração da dieta 
pela vias aéreas, que é principal preocupação nos 
pacientes que estão recebendo nutrição enteral, 
deve-se posicionar o paciente com a cabeça e os 
ombros em nível superior ao tórax durante e 
imediatamente após a passagem da dieta. Existem 
vários tipos de complicações com a nutrição 
enteral, podendo ser: problemas no acesso, 
problemas de administração, complicações 
gastrointestinais ou complicações metabólicas 
(MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005). 
 
TERAPIANUTRICIONAL PARENTERAL 
 
Deve ser bem avaliada a indicação para 
terapia nutricional parenteral e administrada 
quando o trato gastrintestinal não está funcionante 
não permitindo receber uma dieta oral ou enteral, 
tornando a via parenteral à única opção, está via 
infunde os nutrientes diretamente na circulação, 
evitando problemas como baixa ingestão ou 
absorção pelo trato gastrointestinal, e como 
inconveniência necessita de cateterização de veia 
central ou periféricas, trazendo consigo todos os 
riscos e complicações deste procedimento 
 
 
 
 
 
Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.7-19, jul-dez 2008. Página 14 
 
(GUIMARÃES et al., 2002; OLIVEIRA, 2007; 
VASCONCELOS, 2007). 
Quando se opta em infundir a nutrição 
parenteral nos pacientes é necessário escolher os 
acessos central ou periférico. O acesso central 
refere-se à localização da ponta do cateter em 
uma grande veia com alto fluxo sangüíneo como, 
por exemplo, a veia jugular interna; sendo esta a 
nutrição parenteral total (NPT), o acesso 
periférico refere-se à localização da ponta do 
cateter em uma pequena veia, sendo geralmente 
no braço, a nutrição parenteral periférica (NPP), 
normalmente não é utilizada por ser uma terapia 
de curta duração, mostrando um impacto mínimo 
no estado nutricional dos pacientes (MAHAN; 
ESCOTT-STUMP, 2005). 
A NPT consegue melhorar ou reverter 
medidas nutricionais importantes como peso 
corpóreo, gordura corporal total e também repõem 
as reservas de minerais específicos, elementos 
traço e vitaminas mesmo em pacientes sob o 
tratamento de quimioterapia, mas não consegue 
reverter a perda de nitrogênio corporal ou 
alteração no metabolismo protéico ou lipólise 
(GUIMARÃES et al., 2002) 
A transição de nutrição parenteral para 
nutrição enteral, depende de cuidados e atenções 
especiais, o desmame deve ser gradual, pois a 
interrupção imediata leva uma queda acentuada 
do peso corpóreo, gordura e eletrólitos. 
Dependendo do estado geral do paciente a 
nutrição parenteral pode ser administrada em 
combinação com outros tipos de suporte 
nutricional (GUIMARÃES et al., 2002; 
SCHUEREN, 2005). 
 
TERAPIA NUTRICIONAL 
 
Sabe-se que a desnutrição pode afetar 
adversamente a evolução clínica dos pacientes 
hospitalizados, aumentando o tempo de 
permanência hospitalar a incidência de infecções 
e complicações pós-operatórias e a mortalidade. A 
detectação da desnutrição protéico-energética é 
muito importante, pois ela está associada ao 
retardo da cicatrização de feridas (SENA et al., 
1999). 
Estudos recentes têm procurado avaliar o 
estado nutricional de pacientes cirúrgico, para 
buscar respaldo científico nas condutas adotadas. 
Em cirurgia digestiva, os principais pontos a 
serem considerados é o suporte nutricional pré-
operatório diminuindo assim o tempo de jejum do 
paciente e a liberação precoce da dieta no pós-
operatório (NASCIMENTO et al., 2006; 
CORREIA; SILVA, 2005). 
 
PRÉ-OPERATÓRIO 
 
Atualmente o procedimento de deixar o 
paciente em jejum prolongado desde a noite que 
antecede a operação, está sendo questionadas, e 
em alguns hospitais novas condutas já estão sendo 
adotadas. O jejum prolongado é tido como tempo 
fundamental para que na aplicação da anestesia o 
estômago esteja completamente vazio evitando 
assim o risco de aspiração pulmonar, pois quando 
o volume gástrico estiver superior a 200 mililitros 
podem ocorrer complicações da anestesia como: 
regurgitação passiva e aspiração pulmonar 
(NASCIMENTO et al., 2006; CORREIA; 
SILVA, 2005). 
Entretanto no ponto de vista metabólico 
esse tempo de jejum utilizado é muito longo, 
sendo um potencial agravante da resposta 
orgânica ao estresse, levando a depleção do 
estoque do nitrogênio, e causando desconforto a 
vários pacientes. Está resposta orgânica ao 
estresse é um fenômeno fisiológico, desencadeado 
por múltiplos estímulos que atingem o hipotálamo 
e estimulam o sistema nervoso simpático e a 
medula supra-renal a liberarem substâncias 
desencadeadoras da resposta, no intuito de manter 
a homeostase corporal, entretanto na presença de 
estímulos prolongados e de alta intensidade esta 
resposta ao estresse é intensificada, aumentando a 
morbimortalidade (NASCIMENTO et al., 2006; 
CORREIA; SILVA, 2005). 
Para os pacientes com câncer, este jejum 
prolongado é mais agravante, pois a maioria dos 
pacientes estão em estado de risco nutricional, 
muitos com desnutrição severa e por 
conseqüência estão com as reservas metabólicas 
esgotadas. Estudos mostram que pacientes que 
receberam oferta de nutrientes (especificamente 
carboidratos) de duas a quatro horas antes da 
cirurgia, isto é no pré-operatório imediato, têm 
como benefícios: à diminuição da resposta 
orgânica ao estresse, diminuição das perdas de 
nitrogênio, diminuição da resistência à insulina 
diminuindo assim o tempo de internação, 
diminuição da sede e fome, melhora do bem estar, 
redução da ansiedade e estresse, menor números 
de vômitos e não causa aumento de estase gástrica 
(NASCIMENTO, et al., 2006; CORREIA; 
SILVA, 2005). 
Para os pacientes desnutridos e que são 
candidatos a passar pelo procedimento de cirurgia 
é necessário que ocorra uma intervenção 
nutricional de sete a dez dias antes da operação, 
em todos os pacientes que possam esperar esses 
dias para operar sem agravar o quadro clinico, 
essa intervenção deve ser pela via que melhor 
adaptação ao paciente, sendo oral, enteral ou 
 
 
 
 
 
Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.7-19, jul-dez 2008. Página 15 
 
parenteral. As terapias nutricionais no pré-
operatório têm como principais objetivos: 
minimizar os efeitos do jejum; garantir o 
fornecimento de energia; prevenir deficiências 
especificas de nutrientes; recuperar ou estabilizar 
o estado nutricional; aumentar o potencial da 
resposta orgânica favorável a terapia 
antineoplásica; acelerar a recuperação dos efeitos 
colaterais da terapia antineoplásica: cirurgica, 
quimioterápica e radioterápica; melhorar a 
qualidade de vida com a manutenção das 
atividades diárias (WAITZBERG, 2004). 
 
PÓS-OPERATÓRIO 
 
Atualmente a técnica ainda muito utilizada 
para o retorno da dieta nos pacientes submetidos a 
cirurgias gastrointestinais, baseia-se apenas em 
um protocolo, o retorno de peristaltismo, que é 
caracterizada clinicamente pelo aparecimento dos 
ruídos hidro-aéreos e eliminação de gases, 
prolongando o jejum pós-operatório de dois a 
cinco dias, está prática médica baseia-se que o 
repouso intestinal é importante para garantir a 
cicatrização de anastomose digestiva 
(NASCIMENTO et al., 2006; CORREIA; 
SILVA, 2005). 
Mas esse tipo de conduta está sendo 
contrariado pelas novas literaturas, que vêm 
analisando os estudos que mostram os benefícios 
da realimentação precoce num intervalo de no 
máximo 48 horas no pós-operatório para 
pacientes que passaram por cirurgias de ressecçãogástrica, os benefícios deste procedimento são: 
melhora da cicatrização e do fluxo esplâncnico; 
estimula a motilidade intestinal, diminuindo a 
estase; diminui a incidência de complicações 
infecciosas; diminuição de custo; diminuição de 
tempo de internação e diminuição da 
morbimortalidade (NASCIMENTO et al., 2006; 
CORREIA; SILVA, 2005). 
O suporte nutricional enteral precoce no 
pós-operatório é indicada inicialmente por ser 
uma via segura e bem tolerada. As dietas devem 
ser administrada de acordo com a aceitação de 
cada paciente, começando por volumes pequenos 
e fracionamento aumentado, dando preferência no 
início da terapia as dietas isotônicas, até a 
adaptação intestinal, após tolerado evoluir com 
dietas mais concentradas como as elementares 
(WAITZBERG, 2004). 
Para prevenir algumas complicações que 
podem ocorrer na realimentação por via oral em 
pacientes gastrectomizados é necessário sempre 
respeitar a tolerância do paciente e ter alguns 
cuidados como: na fase inicial, as refeições 
devem ser em volume diminuído e fracionamento 
aumentado para melhor tolerância; evitar 
alimentos que fermentam e de altas concentrações 
de carboidratos simples; utilizar moderada 
quantidade de gordura da dieta, dando sempre 
preferência a monosaturadas ou polinsaturadas; 
preferir proteínas de alto valor biológico; em caso 
de utilização de suplementos observar a 
osmolaridade da dieta; após o segundo ou terceiro 
mês pós-opertório iniciar suplementação com 
vitamina B12 intramuscular afim de evitar a 
anemia perniciosa; se necessário, prescrever 
suplementação de vitaminas do complexo B ou D, 
cálcio e ferro, para evitar deficiências desses 
micronutrientes; ingerir líquidos 30 a 60 minutos 
antes ou após a refeição não exceder de 100 a 
200ml de cada vez, evitando a síndrome de 
dumping; em casos de diarréia ingerir no mínimo 
de 1.200ml de líquido por dia; comer devagar e 
mastigar bem os alimentos; não fumar e nem 
ingerir bebidas alcoólicas (WAITZBERG, 2004). 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Sabe-se que os mecanismos que levam a 
desnutrição no paciente com câncer gástrico é 
multifatorial, e que a taxa de morbimortalidade 
com pacientes desnutridos continua muito alta, 
por isso a terapia nutricional se faz necessária em 
todas as fases do tratamento, a fim de minimizar 
os efeitos colaterais causados pelo tratamento no 
paciente. 
É importante fazer uma avaliação no 
paciente e detectar a desnutrição protéico-
energética o mais rápido possível, para iniciar o 
tratamento e reverter o quadro desse indivíduo 
sem causar maiores danos a sua saúde. A terapia 
nutricional pré-operatória de sete a dez dias antes 
da operação e necessária em todos os pacientes 
que estiverem num quadro de desnutrição e serão 
submetidos à cirurgia de grande porte. O suporte 
nutricional deverá ser por via enteral ou parenteral 
quando a via oral não estiver suprindo as 
necessidades. A terapia nutricional no pós-
operatório imediato, administrada no máximo em 
48 horas após a operação e importante para 
reduzir o tempo de jejum, pois quanto mais 
prolongado for este tempo, mais agrava o estado 
nutricional dos pacientes, e conseqüentemente 
aumenta o tempo de internação. 
 
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Recebido em / Received: 2009-02-10 
Aceito em / Accepted: 2009-03-25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 1 
 
Questionário aplicado aos nutricionistas responsáveis pelas UANs estudadas (Adaptado de SENAC, 2001) 
 
1- As áreas sujas e limpas em sua cozinha ocupam diferentes espaços? 
 Sim Não 
2- Em sua cozinha há cruzamento de produtos das áreas sujas com os das áreas limpas? 
 Sim Não 
3- Os pisos, as paredes e o teto são de materiais impermeáveis, para que possam resistir as repetidas lavagens? 
 Sim Não 
4-Os pisos, as paredes e o teto são de cores claras, mantidos em bom estado de conservação e de limpeza? 
 Sim Não 
5- Os pisos são antiderrapantes, resistentes a impactos e aos materiais de higienização? 
 Sim Não 
6- As paredes são azuleijadas a altura mínima de 2 metros e protegidas contra impactos de carrinhos por meio de canos 
galvanizados e cantoneiras? 
 Sim Não 
7- As portas e as janelas são de superfície lisa, capaz de permitir fácil limpeza, além de apresentarem bom estado de 
conservação e estarem ajustadas aos batentes? 
 Sim Não 
8- A câmara ou deposito de lixo permanece fechado, devidamente protegido contra a entrada de insetos, ratos, gatos, etc? 
 Sim Não 
9- A iluminação e ventilação nas áreas de produção são adequadas? 
 Sim Não 
10- As instalações sanitárias são separadas por sexo? 
 Sim Não 
11- A localização é adequada, sem comunicação com as áreas de fabricação, de manipulação de estoque? 
 Sim Não 
12- As portas possuem sistema de fechamento automático? 
 Sim Não 
13- As aberturas possuem proteções que impedem a entrada de insetos? 
 Sim Não 
14- Possui pia com sabão bactericida ou sabão liquido e sanificante, papel toalha ou ar quente para a secagem das mãos, e 
cestas para descarte do papel? 
 Sim Não 
15- Os armários são individuais, mantidos conservados e limpos? 
 Sim Não 
16- Os vasos sanitários e chuveiros atendem à proporção mínima de 1 para cada 20 colaboradores? 
 Sim Não 
17- A água é proveniente da rede pública? 
 Sim Não 
18- Se procedente de outra fonte, recebe tratamento adequado, ou possui boa qualidade além de ser atestada? 
 Sim Não 
19- Ocorre desperdício de água por vazamento em tubulações ou torneiras? 
 Sim Não 
20-O gelo utilizado nos alimentos é proveniente de água potável? 
 Sim Não 
21- As caixas d’água e cisternas são mantidas tampadas adequadamente, sem rachaduras e infiltrações, sem risco de 
contaminação por enxurradas ou outras fontes? 
 Sim Não 
22- Os reservatórios d’água encontram-se em boas condições de higiene, livres de resíduos depositados no interior ou na 
superfície? 
 Sim Não 
23- Existe um programa de limpeza dos reservatórios d’água? 
 Sim Não 
24- O teor de cloro na água é monitorizado e registrado? 
 Sim Não 
25- Ocorrem analises microbiológicas após a higienização dos reservatórios? 
 Sim Não 
26- A Planilha de monitorização e laudos de analises são mantidos arquivados por 2 anos? 
 Sim Não 
 
 
 
 
 
 
Saúde & Amb. Rev., Duque de Caxias, v.3, n.2, p.7-19, jul-dez 2008. Página 19 
 
27- As aberturas que se comunicam com o exterior das instalações possuem proteção contra a entrada de pragas? 
 Sim Não 
28- Os ralos são sifonados, com fechamento apropriado ou com tela de proteção? 
 Sim Não 
29- Existem molas ou outros dispositivos para fechamento automático das portas em sua cozinha? 
 Sim Não 
30- As embalagens externas das mercadorias (caixas de madeira, caixas de papelão) são removidas na recepção? 
 Sim Não 
31- O sistema de esgoto está funcionando adequadamente? 
 Sim Não 
32- Existe programa de controle químico de pragas? 
 Sim Não 
33- Existe acumulo de resíduos de alimentos ou entulhos próximo as áreas de produção ou estocagem de alimentos? 
 Sim Não 
34- Os produtos químicos usados no combate às pragas tem registro no Ministério da Saúde? 
 Sim Não 
35- Os produtos químicos são aplicados por pessoa treinada ou por empresa contratada? 
 Sim Não 
36- Ocorre troca de função ou dispensa quando apresenta algum tipo de ferimento ou problema de saúde? 
 Sim Não 
37- Apresenta-se limpo, com barba feita, cabelos cortados e protegidos? 
 Sim Não 
38- As unhas são mantidas curtas, limpas e livres de esmaltes? 
 Sim Não 
39- Manipula dinheiro na unidade de produção? 
 Sim Não 
40- Fuma durante a manipulação dos alimentos? 
 Sim Não 
41- Executa ato físico que possa contaminar o alimento, como coçar-se? 
 Sim Não 
42- Realiza a higiene das mãos sempre que: 
 Chega ao trabalho? 
 Sim Não 
 Inicia um novo serviço? 
 Sim Não 
 Troca de atividade? 
 Sim Não 
 Utiliza o sanitário, tosse, espirra, ou assoa o nariz? 
 Sim Não 
 Recolhe lixo ou outros resíduos? 
 Sim Não 
 Toca em sacarias, caixas, garrafas e sapatos? 
 Sim Não 
 Manuseia alimentos prontos para o consumo? 
 Sim Não

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