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Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral ODONTOLOGIA / UNIVALE MANUAL DE DENTÍSTICA I Profa. Ms. Maria das Graças Oliveira Cabral Coordenadora Odontologia: Profa. Erika de Aguiar Miranda Coelho 2015/1 1 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Apresentação A Dentística é uma especialidade da Odontologia que exige do futuro profissional, a capacidade de aliar teoria e prática. Seguindo esta linha de pensamento, o treinamento laboratorial torna-se indispensável, pois somente através de uma habilidade manual exaustivamente desenvolvida é que se vai chegar a resultados de excelência em todas as atividades de Dentística a serem realizadas no cliente. Este treinamento preliminar é dado pelas Disciplinas de Dentística I e II, onde os trabalhos são realizados em manequins, no ambiente laboratorial. Neste Manual de Aulas Práticas, o aluno vai encontrar situações variadas e próximas da realidade a ser encarada, posteriormente, no atendimento clinico ao cliente. Este manual tem por objetivo trabalhar os conteúdos teóricos da Dentística I, trazendo-os a luz da prática. Ele é indispensável e deve estar com o aluno em todas as aulas práticas. Mas salienta-se que a parte teórica, deve sempre ser a principal guia destas atividades e por isso a participação efetiva nestas aulas teóricas é imprescindível. As atividades práticas serão realizadas em manequins, preferencialmente com equipamentos de baixa rotação e instrumentos manuais. Eventualmente poderão ser complementadas com o uso de equipamento de alta velocidade, simulando as condições clínicas e propiciando ao aluno evoluir em sua prática. Pretende-se com estas atividades que os alunos, em uma participação efetiva e consciente, cheguem a uma condição de trabalho, que vai de encontro as necessidades futuras do curso. As normas que serão apresentadas neste Manual, embora rígidas, são imprescindíveis para o bom andamento das atividades práticas. Lembrem-se que as aulas práticas são desenvolvidas com um grande número de alunos presentes e por isso devem seguir a risca o cronograma, não havendo espaço para concessões individuais que por certo iriam prejudicar o andamento do grupo. A elaboração deste Manual é um sonho a muito perseguido por toda a Equipe e só foi possível com a colaboração de todos os professores da Equipe de Dentística, os que neste semestre estão no quadro de professores das disciplinas de Dentística I e II e os que são lotados nelas a medida que os semestres vão mudando. Sem a presença incentivadora e o conhecimento de cada um deles, nos mais diversos momentos destas atividades, nada disto seria possível. Sejam, portanto, bem vindos e mãos a obra, , Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral EQUIPE DE DENTÍSTICA I e II: Profa. Profa. Kíssila Zacché Lopes de Andrade/ Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral/ Profa. Maria Elizete Marques Pereira Gobira/ Profa. Maria José de Souza Santiago/ Profa. Andréa do Valle SUMÁRIO 2 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral 1.Plano de ensino / Normas da disciplina e de Biossegurança.......................06 2.Lista de Instrumentais...................................................................................09 3.Instrumentais para Odontologia....................................................................10 3.1.Instrumentos Exploratórios/Auxiliares .......................................................10 3.2.Instrumentos para Restauração.................................................................12 3.3.Instrumentos Cortantes Manuais e Rotatórios...........................................15 3.3.1.Instrumentos Cortantes Manuais.............................................................15 3.3.2.Instrumentos Rotatórios...........................................................................16 3.3.2.1. Equipamentos......................................................................................17 3.3.2.2. Instrumentos Rotatórios de Corte – Brocas ou Fresas........................19 3.3.2.3. Instrumentos Rotatórios de Desgaste .................................................22 4. A importância de se trabalhar com Ergonomia..............................................25 4.1. Formas de Preensão dos Instrumentos Manuais.......................................25 4.2. Posições de apoio e visão dos dentes a serem tratados............................26 4.2.1.Hemiarco inferior esquerdo.......................................................................27 4.2.2.Hemiarco inferior direito............................................................................27 4.2.3.Hemiarco superior direito..........................................................................28 4.2.4.Hemiarco superior esquerdo.....................................................................29 4.2.5.Acesso palatino ao arco antero superior...................................................29 4.2.6. Acesso vestibular ao arco antero superior...............................................30 4.3.Dicas Importantes.........................................................................................31 5. Nomenclatura..................................................................................................33 5.1.Definição.......................................................................................................33 5.2.Nomenclatura descritiva dos elementos e Notação dentária........................33 5.2.1.Nomenclatura descritiva.............................................................................33 5.2.2.Nomenclatura numérica ou Notação..........................................................33 5.3.Faces e Planos dentais.................................................................................34 5.4.Cavidades: Classificação e Partes constituintes...........................................36 5.4.1.Classificação..............................................................................................36 5.4.2.Cavidades: Partes constituintes.................................................................41 5.4.2.1.Paredes...................................................................................................42 5.4.2.2.Ângulos...................................................................................................42 6.Principios gerais dos preparos cavitários.........................................................44 6.1.Princípios gerais atuais dos preparos cavitários para amalgama.................45 7.Preparos de cavidades para amálgama ..........................................................49 7.1.Preparo de cavidade de classe I no 37.........................................................49 7.2.Preparo de cavidade de classe I no 34.........................................................52 7.3.Preparo de cavidade de classe I composta no 26........................................53 7.4.Preparo de cavidade de classe I composta no 47........................................56 7.5. Preparo de classe II tipo "slot horizontal" na distal do dente 35..................56 7.6. Preparo de Classe II tipo “slot vertical” na mesial no 35..............................58 7.7. Preparo de cavidade de classe II (MO) no 36.............................................61 7.8.Preparo de cavidades de classe II (MOD) no dente 25................................66 7.9.Preparo de cavidade de classe V na vestibular do 36 .................................66 8.Isolamento do Campo Operatório....................................................................69 8.1.Introdução.....................................................................................................69 8.2.Isolamento Absoluto......................................................................................698.2.1. Instrumental/material.................................................................................70 8.2.1.1.Caracterísiticas dos Instrumentais..........................................................71 8.2.2.Técnicas para colocação do isolamento Absoluto.....................................74 8.2.3.Protocolo Clínico – Região posterior..........................................................75 8.2.4.Protocolo clínico – Região anterior............................................................76 8.2.5.Protocolo clínico – Lesões subgengivais...................................................76 8.3. Isolamento Relativo.....................................................................................76 8.3.1.Instrumental/material...............................................................................76 3 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral 8.3.2. Protocolo clínico – Tradicional................................................................76 8.3.3.Protocolo clínico – Combinado................................................................79 9.Proteção do Complexo Dentino Pulpar .........................................................80 9.1.Estruturas Dentais.......................................................................................80 9.1.1.Esmalte.....................................................................................................80 9.1.2.Dentina......................................................................................................81 9.1.3.Polpa.........................................................................................................82 9.2. Causas das agressões do Complexo Dentino Pulpar.................................82 9.2.1.Lesão de cárie dentária.............................................................................82 9.2.2.Preparo de cavidades................................................................................83 9.2.3.Trauma Oclusal.........................................................................................84 9.2.4.Materiais Odontológicos............................................................................84 9.2.4.1.Materiais para limpeza das cavidades....................................................85 9.2.4.1.1.Agentes não desmineralizantes...........................................................85 9.2.4.1.2.Agentes desmineralizantes..................................................................87 9.2.4.2.Agentes protetores..................................................................................87 9.3. Profundidade da cavidade............................................................................88 9.4.Proteção pulpar indireta para amalgama – Clinica/FACS.............................89 9.4.1.Materiais protetores e cimentos.................................................................90 9.4.1.1.Verniz Cavitário......................................................................................90 9.4.1.2.Cimento de Hidróxido de cálcio..............................................................91 9.4.1.3.Cimentos Odontológicos de uso na Dentística.......................................93 9.4.1.3.1.Cimento de Oxido de Zinco e Eugenol................................................94 9.4.1.3.2. Cimento de Ionômero de Vidro – CIV.................................................96 10. Restaurações em amalgama ......................................................................103 10.1. Material.....................................................................................................103 10.2.Propriedades..............................................................................................104 10.3. Protocolo para restauração.......................................................................106 10.3.1.Trituração.................................................................................................106 10.3.2. Condensação e Brunidura pré-escultura................................................107 10.3.3. Escultura..................................................................................................107 10.3.4. Brunidura ................................................................................................107 10.3.5. Acabamento e Polimento........................................................................ 107 10.4.Instrumental/material ..................................................................................108 10.4.1.Restauração amalgama classe I simples oclusal ....................................108 10.4.2.Restauração amalgama classe I composta e complexa...........................110 10.4.3.Restauração amalgama classe II composta e complexa .........................111 11.Acabamento e polimento das restaurações de amálgama ............................113 11.1.Instrumental/material ..................................................................................113 11.2. Acabamento- Protocolo clínico....................................................................114 11.3. Polimento . Protocolo Clínico.......................................................................114 12. Preparos cavitários para Resina composta....................................................116 12.1.Preparo cavitário Classe III...........................................................................116 12.1.1. Classe III - Acesso Extritamente proximal Dente 11.................................116 12.1.2. Classe III - Acesso Vestibular Mesial- Dente 12.......................................117 12.1.3. Classe III - Acesso Palatino Distal - Dente 12..........................................118 12.2. Preparo cavitário Classe IV ........................................................................118 12.3. Preparo cavitário Classe V..........................................................................118 13. Selamento de cicatrículas e fissuras..............................................................121 13.1.Fatores a combinar......................................................................................121 13.2.Tipos............................................................................................................121 13.2.1. Selante resinoso......................................................................................121 13.2.2. Selante ionomérico .................................................................................121 13.3. Materiais e Instrumentos necessários......................................................121 13.4. Técnicas de selamento de cicatrículas e fissuras....................................122 4 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral 13.4.1. Técnica não invasiva ............................................................................122 13.4.1.1.Protocolo Clínico - Selante Resinoso Quimio......................................122 13.4.1.2. Protocolo Clínico - Selante Resinoso Foto..........................................122 1. PLANO DE ENSINO – PONTOS DE DESTAQUE 5 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Todas as disciplinas que fazem parte da Matriz Curricular do curso de odontologia, tem em seu Plano de Ensino, a base para desenvolver todas as atividades teóricas/práticas. Estes Planos de Ensino, estão a disposição do aluno a qualquer hora que solicita-lo ao professor responsável. Estes planos são elaborados, de acordo com o Projeto Pedagógico do curso de Odontologia cujo Objetivo Geral é “Formar cirurgião dentista com perfil generalista, humanista, crítico e reflexivo, dotado de conhecimentos, competências e habilidades gerais e específicas, a partir de conteúdos essenciais que contemplem as áreas de ciências biológicas e da saúde, ciências humanas e ciências sociais e odontológicas, aptos a atenderas necessidades relacionadas à saúde bucal da comunidade local, regional e nacional.” *PPC Odontologia – 2012. Este Objetivo Geral busca permitir que o Egresso do curso de Odontologia seja “...capacitado a atuar nos processos saúde-doença em seus diferentes níveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde, na perspectiva da integralidade da assistência. Pautando-se em princípios éticos e legais, com senso de responsabilidade social, empreendedorismo, liderança, capacidade de tomada de decisões e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde bucal da população.”* PPC Odontologia - 2012 Com base neste objetivos, as disciplinas de Dentística I e Dentística II apresentam como Ementas: Dentística I – Ementa : Estudo dos princípios básicos de preparos cavitários para amálgama, convencionais e modernos, estudo dos instrumentais utilizados para confecção e restauração destes preparos, emprego dos materiais dentários forradores para proteção do complexo dentino - pulpar e amálgama dental, desenvolvimento de trabalhos laboratoriais de preparos cavitários, isolamento absoluto e relativo, restaurações de amálgama em dentes de acrílico montados em manequins, bem como polimento destas restaurações. Dentística II – Ementa : Estudo dos princípios básicos de preparos cavitários convencionais e modernos para restaurações plásticas, estudo dos instrumentais utilizados para confecção e restauração destes preparos, emprego de selantes e cimentos ionoméricos; desenvolvimento de trabalhos laboratoriais de preparos cavitários, restaurações de resina fotopolimerizável em dentes de acrílico montados em manequins, bem como polimento destas restaurações. As Ementas propostas são efetivadas ao longo do curso em conteúdos teóricos e práticos que são colocados em um Cronograma das Disciplinas que é entregue ao aluno no primeiro dia de aula e deve ser seguido pelo aluno e diariamente consultado, uma vez que todas as atividades da disciplina são nele apresentadas, divididas por Dia da Semana/ Hora Inicial/ Hora-Aula/Tema/ Turma/ Natureza da aula (se Prática ou Teórica) e Professor. Também estão no cronograma as datas e conteúdos de todas as avaliações propostas, bem como o nome dos professores fiscais. IMPORTANTE: Salientamos ser muito difícil conseguir professores fiscais 6 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral para as avaliações, uma vez que as turmas são grandes. Por esta razão pedimos que as datas previamente marcadas das avaliações sejam respeitadas, evitando os pedidos de mudanças de datas. Este Cronograma eventualmente pode sofrer alterações por motivos outros que surgem no decorrer do semestre, mas a profa. Responsável de Disciplina se incumbirá de avisar aos alunos com a antecedência necessária para não causar transtornos ao andamento das atividades. NORMAS Todos os professores do curso são subordinados as NORMAS/REGRAS DA INSTITUIÇÃO e não podem de forma alguma burla-las sob pena de sofrerem advertências de estâncias superiores. Por esta razão destacamos aqui alguns tópicos do Manual do Aluno, manual este que é entregue a cada aluno no ato da matrícula ou no início do semestre letivo e que descreve as Normas da Instituição. Então vamos a eles: …9.1. Freqüência A freqüência é obrigatória, sendo reprovado, independentemente dos resultados obtidos, o aluno que não apresentar freqüência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) em cada disciplina. OBS: Isto equivale dizer que o aluno só pode ter 25% de faltas em todas as aulas, sejam elas teóricas ou práticas. No caso da Dentísitca I temos: - TEORIA - 40 horas/aulas – destas o aluno só pode ter 10 faltas, ou seja, só pode faltar a 05 dias de aula ( 2h/a - 02 presenças por dia de aula teórica) - PRÁTICA - 40 horas/aulas - destas o aluno só pode ter 10 faltas, ou seja, só pode faltar a 05 dias de aula ( 2h/a - 02 presenças por dia de aula prática) FREQUÊNCIA DOS ALUNOS DEPENDENTES Estes alunos são dispensados de assistirem as aulas teóricas, mas não são dispensados das aulas práticas, portanto a regra acima vale também para este alunos, a saber: Na Dentísitca I temos: - PRÁTICA - 40 horas/aulas - destas o aluno só pode ter 10 faltas, ou seja, só pode faltar a 05 dias de aula ( 2h/a - 02 presenças por dia de aula prática) O aluno em dependência deve estar particularmente atento ao Cronograma da disciplina, no tocante aos dias das Avaliações teóricas e práticas para não perder nenhuma avaliação. Apesar de não ser obrigatória sua presença nas aulas teóricas, sugerimos que se possível compareça também a estas aulas, pois as mesmas lhe ajudarão nas avaliações e melhorarão seu conhecimento. ATENÇÃO: Os atestados médicos apresentados para justificar as faltas e aboná-las, têm um prazo de validade, ou seja, ele não vale por tempo indeterminado. Favor se informar junto ao DRA quanto a estes prazos. 9.3. Segunda Chamada de Prova: O aluno que deixar de fazer as provas pode requerer uma segunda chamada, mediante requerimento junto à DRA. JUSTIFICATIVA DOCUMENTO A SER APRESENTADO PRAZO PARA DAR ENTRADA NO REQUERIMENTO 7 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Doença, acidente, ato cirúrgico, problemas na gravidez ou parto Atestado médico com o no do registro professional e o CID 3 (três) dias úteis, após a aplicação da 1a prova Prorrogação da jornada de trabalho Atestado da empresa que trabalha 3 (três) dias úteis, após a aplicação da 1a prova Motivos diversos Comprovante de pagamento de taxa administrativa 2 (dois) dias úteis, após a aplicação da 1a prova O requerimento de Segunda Chamada de Prova, será encaminhado para análise da coordenação de curso. Os casos justificados, mas não relacionados acima, serão decididos pelo Colegiado de Curso. IMPORTANTE. Caso você perca alguma avaliação, teórica ou prática, atenção ao prazo para apresentar este atestado (VIDE QUADRO ACIMA).Se você não puder estar presente nos prazos acima para fazer seu requerimento. Basta solicitar a um colega que o faça por você. Caso estes prazos não sejam respeitados, você NÃO poderá fazer a prova de segunda chamada. Seu pedido será indeferido pelo professor e o Colegiado de Curso só analisa casos considerados muito especiais e nem sempre o resultado é c que o aluno deseja, pois as análises são muito criteriosas e levam em conta vários pontos muito específicos. NORMAS DO FUNCIONAMENTO DO LABORATÓRIO- BIOSSEGURANÇA As Normas impostas pela COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA dizem respeito as atividades desenvolvidas nos laboratórios/Clínicas da UNIVALE e são seguidas a risca nas disciplinas de Dentística I e II. Alguns destaques importantes: 1. Só permanecerá no laboratório, sem qualquer chance para argumentação, o aluno que portar os EPIs completos a saber, Jaleco branco (Manga Longa com o Logo da UNIVALE conforme solicitado pela Instituição) / Máscara / Gorro / Luvas/ Óculos de proteção. 2. Não será permitido no laboratório o uso de shorts (homens e mulheres) , saias curtas, blusas com decotes exagerados (mulheres), camisetas muito cavadas (homens) e sandálias havaianas ou similares. 3. O cabelo longo deve estar sempre preso para melhor se acomodar ao gorro. 4. Para a atividade prática, remover brincos exagerados, colares, pulseiras, anéis, alianças, relógios, enfim qualquer tipo de acessório. HORÁRIO O laboratório tem um horário de chegada e de saída para cada grupo que deve ser respeitado para não prejudicar o andamento da disciplina. DENTÍSTICA I – Se matutino primeira turma – Entrada as 07:00 hs Se matutino segundaturma – Entrada as 09:00 hs Se vespertino primeira turma – Entrada as 13:00 hs Se vespertino segunda turma – Entrada as 15:00 hs 8 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral DENTÍSTICA II – Se matutino primeira turma – Entrada as 07:00 hs Se matutino segunda turma – Entrada as 09:20 hs Se vespertino primeira turma – Entrada as 13:00 hs Se vespertino segunda turma – Entrada as 15:20 hs Este horário terá uma tolerância de no máximo 15 minutos , após o que a entrada do aluno NÃO será mais permitida. Esta medida se faz necessária para que o aluno que chega no horário não seja penalizado pelos atraso dos demais colegas, OBS: Não será permitido que aluno de um grupo assista aula em outro grupo, salvo análises feitas anteriormente pelos professores da disciplina. ATENÇÃO: Pedimos aos representantes de turma, muito critério na divisão dos grupos, pois os professores se reservam ao direito de solicitar à Coordenação uma redistribuição, caso um grupo esteja com um volume muito maior de alunos, prejudicando o andamento das atividades, pois piora relação professor/aluno. O aluno que anda de acordo com a s Normas do curso e da disciplina não encontrará nenhum empecilho para desenvolver as atividades propostas. Estas normas embora pareçam severas a princípio; se tornaram necessárias para um maior proveito das atividades desenvolvidas na prática. IMPORTANTE: Este Manual deve estar com o aluno em todas as aulas práticas, pois nele estão todas as atividades a serem executadas em aula. Não será permitida no Laboratório, a permanência do aluno que não portar seu Manual. 2.LISTA DE INSTRUMENTAIS Já entregue a vocês por email ou via Portal do Aluno. “TODOS OS MATERIAIS LISTADOS SÃO INDISPENSÁVEIS” Os alunos que não apresentarem os materiais necessários no dia da respectiva aula prática, estarão impossibilitados da realização da mesma. 3.INSTRUMENTAIS PARA ODONTOLOGIA Os Instrumentos Odontológicos estão cada vez mais ergonômicos e desenvolvidos para que a execução dos trabalhos ocorra de forma correta e 9 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral facilitada ao profissional, equipe e cliente. Seria impossível listar em um único capítulo todos os instrumentais utilizados na Odontologia. Portanto vamos focar naqueles instrumentais necessários a prática da disciplina de Dentística, ou seja, instrumentais necessários para o diagnóstico, preparo cavitário e confecção das restaurações efetuadas na dita disciplina. Para fins didáticos vamos dividi-los em: Instrumentos Exploratórios / Auxiliares - que não promovem o corte da estrutura dentaria, apenas auxiliam durante o preparo, permitindo e melhorando a capacidade de visualização, acesso e diagnóstico. Ex: Espelho Clínico (Odontoscopio), Pinça Clínica, Sonda Exploradora, Sonda Milimetrada, Escovas de polimento, Fio dental, Espátula no. 01(de inserção), Pinça muller, Instrumentais para restauração, etc... Instrumentos para Restauração – São instrumentos utilizados para restaurarmos os dentes e são os mais variados na tentativa de auxiliar o CD. Instrumentos Cortantes manuais e rotatórios – responsáveis direta ou indiretamente pela remoção da estrutura dental. Instrumentos para Isolamento do campo operatório – Usados para o controle da salivação do paciente. 3.1.INSTRUMENTOS EXPLORATÓRIOS/ AUXILIARES São utilizados para diagnóstico, visualização e acesso à estrutura dentária e auxiliam durante o preparo e a restuaração. São também conhecidos como Instrumentais Clínicos. São eles: ESPELHO CLÌNICO ou ODONTOSCÓPIO – É dos mais utilizados e possibilita visualização indireta em áreas de difícil acesso com visão direta e favorece a postura de trabalho do CD iluminando a área observada através da reflexão da luz do refletor e afastam tecidos moles (bochechas e língua) melhorando o acesso ao campo operatório. O espelho mais utilizado é o de no. 05 e de reflexão frontal (ou plano) (front surface mirrors) que evitam a formação de imagem dupla.(Figura 01) Figura 01 – Espelho clínico de vidro e plano- Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M. PINÇA CLÍNICA – Responsável pela preensão e deslocamento dos mais diversos objetos como algodão, gaze, matrizes, etc..(Figura 02). Figura 02 – Pinça clínica- Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M SONDA EXPLORADORA – Instrumento táctil que empregado de forma delicada e sem pressão permite 10 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral observar irregularidades na superfície , além de amolecimento da dentina e desadaptação das restaurações. Ajuda também no acabamento dos sulcos das restaurações e colocação de corantes na estratificação de resinas compostas.(Figura 03) Figura 03 – Sonda Exploradora- Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M. SONDA MILIMETRADA – Empregada no diagnóstico periodontal permitindo a detecção de bolsas, mas podemos usar suas marcações para medirmos características dos dentes como profundidade da cavidade, distância intercuspídea, etc.. (Figura 04) Figura 04 – Sonda Milimetrada- Fonte: MASIOLI, M.A. e cols. PINÇA MULLER E PAPEL ARTICULAR – A pinça Muller é o instrumento usado na preensão do papel articular para marcarmos os contatos oclusais. (Figura 05) Figura 05 – Pinça Muller e Papel Articular- Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M. TAÇA DE BORRACHA E ESCOVA DE ROBSON – Usadas na limpeza da estrutura dentária para facilitar o diagnóstico e a confecção do preparo e restauração. A taça se utiliza em superfícies lisas enquanto as escovas em superfície de cicatrículas e fissuras. Usar preferencialmente com uma pasta profilática ou com movimentos intermitentes. (Figura 06) Figura 06 – Taças e escovas- Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M FIO DENTAL – Auxilia no diagnóstico de cáries interproximais ao ser 11 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral utilizado na limpeza das áreas interproximais dos dentes. PLACA DE VIDRO – Serve para a manipulação dos materiais odontológicos do tipo cimentos. ESPÁTULA DE MANIPULAÇÃO NO. 24 – Espátula metálica que serve para manipular a maioria dos cimentos. (Figura 07A) ESPÁTULA DE INSERÇÃO – Serve para inserir na cavidade os materiais manipulados na placa de vidro, além de auxiliar na inserção do fio afastador. (Figura 07B) Figura 07 – Espátula no. 24 (A) e no. 01(B) - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M POTE DAPPEN – Potes de vidro onde são acondicionados os materiais em sua maioria os líquidos, para o trabalho em odontologia. (Figura 08) Figura 08 – Potes Dappen - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M 3.2. INSTRUMENTOS PARA RESTAURAÇÃO Compreende os instrumentais e materiais usados nas restaurações. Alguns são específicos para um tipo de material restaurador, mas outros podem ser usados em associação a várias técnicas e materiais. Abordaremos aqui apenas os principais em uma visão generalizada e outros instrumentais serão apresentados ao longo do curso CONDENSADORES – Podem ser para amálgama ou para resina composta. Os para amálgama devem possuir a ponta plana para realmente condensar/comprimir o material na cavidade. Quanto menor o diâmetro maior a pressão de condensação exercida. Já os condensadores para resina composta segundo Baratieri1 apenas acomodam a resina ou seja, não condensam, e são mais arredondados que os de amálgama. (Figura 09). Figura 09 – Condensadores para amálgama e resina composta - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M BRUNIDORES – Usados na brunidura, etapa que visa dar brilho e lisura superficial às restaurações de amálgama antes e após a escultura e podem também ser usados na acomodação e escultura de restaurações de resina. 12Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 10 – Brunidor para amálgama e resina composta - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M ESCULPIDORES – Utilizados para esculpir, evidenciar a anatomia dos sulcos e fossetas nas restaurações, principalmente de amálgama. Estes instrumentais devem ter um corte preciso e preferencialmente trabalhamos com o Hollemback 3s. (Figura 11). Podemos também usar o Clevdent (Guia de Cego) que tem também a função de evidenciar a anatomia dos sulcos e fossetas nas restaurações e ao mesmo tempo conferir lisura superficial. Figura 11 – Esculpidor Hollemback 3s - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M PORTA-AMÁLGAMA – Usado para levar as porções de amálgama trituradas na cavidade para então condensarmos. Podem ser metálicos ou de plástico. (Figura 12) Figura 12 – Condensadores para amálgama e resina composta - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M MATRIZES - São dispositivos metálicos, que tem por finalidade proteger as paredes proximais dos dentes vizinhos durante a execução de um preparo cavitário; e na restauração substituir as paredes ausentes da cavidade, manter e dar forma ao amálgama durante sua condensação, possibilitando assim a restauração dos caracteres anatômicos da coroa dental. Estas matrizes podem ser adaptadas aos dentes com o uso do Porta- matriz (Figura 13) ou podem ser adaptadas individualmente (Figura 14). Objetivos: Fornecer proteção ao dente vizinho; Substituir as paredes faltantes da cavidade permitindo assim a condensação do amálgama; Dar forma correta à relação de contato; Proporcionar ligeiro afastamento da gengiva e dique de borracha durante a restauração; 13 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Permitir a condensação do amálgama na cavidade sem que ocorra extravasamento de material para a região gengival e consequentemente venha a provocar danos aos tecidos de suporte. Temos matrizes: Universais – que podem ser usadas em todos os tipos de dentes. Utilizam porta-matriz e matriz de aço Individuais – são executadas para um único dente e podem ser: Em “T”/ Rebitada/Soldada/ Hollemback/ Automatrix Figura 13 Porta Matriz e Matrizes - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M Figura 14 – Matriz individual rebitada - Fonte: Arquivo pessoal da autora CUNHAS – São pequenos dispositivos geralmente confeccionados em madeira(Figura 15 A), que são inseridas na região proximal para: Permitir correto ajuste da matriz na região cervical; Promover discreto afastamento dos dentes para compensar a espessura da lâmina / matriz; Evitar extravasamento do amálgama no momento da condensação. Existe uma pinça própria para facilitar a adaptação da cunha na proximal (Figura 15 B). A) B) Figura 15- Cunhas e pinça - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M A utilização destas matrizes e cunhas devem seguir algumas dicas importantes: Cunha preferencialmente pela ameia lingual levemente abaixo da parede cervical, pressionando a matriz contra o dente Cunha acima da cervical = matriz empurrada para o interior da caixa e degrau 14 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Cunha muito abaixo da cervival= escoamento do material e excesso cervical de material (overhang) Figura 16 – Matriz universal – Fonte: Google/images 3.3.INSTRUMENTOS CORTANTES MANUAIS E ROTATÓRIOS Sendo o esmalte dental estrutura de grande dureza para que possamos trabalhar nele é necessário que utilizemos instrumentais resistentes, com alto poder de corte e eficiência para serem utilizados no esmalte e também na dentina. Estes instrumentos podem ser agrupados em Instrumentos Manuais e Instrumentos Rotatórios. Além destes temos ainda os Instrumentos Alternativos que serão abordados ao final do capítulo. 3.3.1.INSTRUMENTOS CORTANTES MANUAIS – Segundo Mondelli3 são instrumentos usados para cortar, clivar e planificar a estrutura dentária, ou complementar a ação dos instrumentos rotatórios, durante o preparo das cavidades. De acordo com Masiolli2, estes instrumentos foram desenvolvidos para suprir os requisitos de preparo cavitário para restaurações amálgama. Com a evolução dos materiais resinosos, parte destes instrumentos caiu em desuso. Mas ainda utilizamos a Cureta, a Enxada, o Machado, o Formador de ângulo e o Recortador de Margem Gengival. Estes instrumentos são formados por: CABO Que pode ser : Liso, Octa ou sextavado, estriado INTERMEDIÁRIO Que pode ser : Reto, Mono Angulado, Bi ou Tri angulado PONTA ATIVA Que pode ser de vários formatos, para acessos diferentes nas cavidades. Além disto estes instrumentos podem ser Duplos ou Simples. Apresentam também uma área lisa onde se encontra uma inscrição com 3 ou 4 números que dizem respeito a largura, comprimento, angulação da lâmina e numeração da série de fabricação. (Figura 17) Figura 17 – Numeração dos cortantes manuais – Fonte: Google/images As características acima citadas, a exceção da que se refere aos números 15 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral marcados no cabo, estão presentes em todos os instrumentais usados na Odontologia e não só aos Cortantes Manuais. CINZÉIS E ENXADAS – Instrumentos manuais que possuem na extremidade uma lâmina de metal resistente em bisel, sendo utilizados para planificar e clivar o esmalte e dentina. Na Dentística trabalharemos com: ENXADA Usadas para alisar as paredes internas (de fundo) das cavidades. Sua numeração é 8-9 cuja função é. (Figura 18) MACHADO – São usados para clivar e planificar as paredes circundantes das cavidades. Sua numeração é 14-15. (Figura 18) FORMADORES DE ÂNGULO – São usados para avivar os ângulos internos diedros e triedros das cavidades que receberão principalmente restaurações de amálgama, melhorando assim a retenção do material. Sua numeração é 18-19. (Figura 10) RECORTADORES DE MARGEM GENGIVAL – São usados para arredondar o ângulo axio-pulpar, planificar o ângulo cavo superficial e trabalhar a parede gengival dos preparos cavitários. Apresenta-se em vários tamanhos com numerações que variam do 26 ao 28. (Figura 18) CURETA OU ESCAVADOR DUPLO OU COLHER DE DENTINA – Instrumento escavador utilizado para a remoção de dentina cariada. Apresenta uma lâmina ligeiramente curva e com a extremidade arredondada e em vários tamanhos. (Figura 19) Figura 18 – Cortantes Manuais – Fonte: Google/images Figura 19 – Escavdor de dentina - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M Para que o corte seja efetivo estes instrumentais precisam estar afiados. A afiação será melhor explicada na disciplina de Periodontia. 3.3.2.INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS São aqueles que realizam a remoção da estrutura dentária por meio da ação mecânica da ponta ativa que gira com velocidade controlada2. São projetados em diferentes tamanhos, formas e tipos para adaptação a diferentes equipamentos. (Figura 20) 16 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 20 – Turbinas de Alta e Baixa Rotação – Fonte: Google/images 3.3.2.1.EQUIPAMENTOS – Os mais utilizados são: Turbinas de alta velocidade (100.000 a 450.000 rpm) - também conhecidas como canetas de Alta Rotação/ sigla AR, que apresentam grande poder de corte e são empregadas na rápida redução (corte) da estrutura dentária e determinação da forma de contorno do preparo cavitário. Possuem a cabeça onde será acoplada a broca ligeiramente angulada para permitir o trabalho na cavidade oral. Ao girarem em alta velocidade geram calor e devem ser SEMPRE USADAS COM REFRIGERAÇÃO, uma vez que o calorpode levar a mortificação pulpar. Por isso apresentam saídas de spray ar-água direcionadas a ponta ativa da broca. Podem ter a cabeça reduzida e luz de fibra ótica acoplada para facilitar a visualização. Figura 21 – Turbinas de Alta Rotação Sistema Push Botton– Fonte: Google/images Apresentam o sistema Push Botton (Figura 21) dispositivo de biossegurança que serve para remoção e colocação da broca por pressão feita com o polegar na extremidade oposta à de inserção da broca e que visa dispensar o uso do saca-brocas (Figura 22) que por sua vez é um mecanismo manual de remoção da broca que favorece a proliferação de MO se não for devidamente desinfetado pelo profissional. Figura 22 – Saca Brocas– Fonte: Google/images 17 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Nestas turbinas são acopladas as brocas de alta rotação (AR) também conhecidas como FG da sigla americana “Friction Guard”, pois na verdade se fixam a turbina através da fricção. Motores de Baixa Velocidade - BR (500 a 20.000 rpm) – São usados na remoção de dentina cariada, em preparos que requerem um mínimo de extensão; no acabamento destes preparos após o uso da turbina de AR; em polimentos; profilaxias; confecção e acabamento de próteses dentre outros2. Tem um poder de corte bem mais baixo que a AR. Seu motor chamado de micromotor possui uma extremidade intercambiável onde se acoplam as outras peças componentes do conjunto, a saber, o contra-ângulo (CA) convencional, onde se acoplam as brocas de baixa rotação, a peça reta ou peça de mão onde se acoplam as brocas de haste longa usadas no acabamento de peças protéticas e o contra-ângulo redutor onde se acoplam as brocas de alta rotação (FG ou AR) para funcionarem em baixa rotação.(Figura 23 A, B, C) Caso você possua o contra-ângulo convencional e queira usar uma broca de alta rotação nele, você deve usar um adaptador para brocas de AR(alta rotação) que irá transformar sua broca de AR(alta rotação) em uma broca de BR(baixa rotação). A manutenção destes motores é primordial e deve ser feita com uma escova para remoção de resíduos para não causar entupimentos e com uma lubrificação executada sempre após o encerramento das atividades e com óleos finos para impedir o desgaste dos rolamentos das canetas. A) B) C) Figura 23 A) Micromotor ; B) Contra ângulo convencional; C) Peça de Mão - Fonte: Google/images A) B) Figura 24 A) Contra ângulo redutor ; B) Adaptador de brocas - Fonte: Google/images 18 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral No contra-ângulo convencional são acopladas as brocas de baixa rotação que possuem um encaixe na haste e são fixadas por uma chaveta na cabeça do mesmo. Na peça reta são acopladas brocas de haste longa fixadas internamente através de um giro horário que fecha a broca e um anti-horário que solta a broca. 3.3.2.2.INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS DE CORTE – BROCAS OU FRESAS – Podem ser de aço ou de Carboneto de Tungstênio (Carbide) e se dividem em três partes: Haste, Intermediário e Ponta ativa. (Figura 25). Figura 25 – Partes constituintes das brocas - - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M A Haste é a parte que se conecta a turbina e identifica se é para: Peça de mão (PM) – quando é longa e lisa Para Contra-ângulo (CA / BR) – quando é curta e com encaixe (Figura 26 A) Para turbinas de Alta Rotação (AR / FG) – quando tem menor diâmetro e é lisa (Figura 26 B) A) B) Figura 26 – A) Extremidade da haste com encaixe das brocas de BR - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M – B) Extremidade da haste de uma broca de AR – Fonte: Google/Images O Intermediário une a ponta ativa a haste. A Ponta Ativa é a parte onde estão as lâminas de corte do instrumento e apresenta forma e materiais diversos os quais estão diretamente relacionados com a sua utilização. Quanto aos materiais podem ser de AÇO (liga ferro-carbono) que são brocas mais empregadas para remoção de dentina cariada e acabamento de preparos com baixa rotação e podem ser de CARBIDE (carboneto de tungstênio) que são mais resistentes que as de aço, sendo portanto as preferidas para realização dos preparos cavitários tanto em AR e quanto em BR. As brocas podem também ter pontas ativas lisas ou picotadas(Figura 27), com extremidades planas ou arredondadas (Figura 28 A e B). 19 Broca para Peça de mão Broca para Contra-ângulo Broca para Turbina AR Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 27 – Pontas ativas Picotadas e Lisas – Fonte: Google/Images Figura 28 – A) Ponta ativa de extremidade plana e B) de extremidade arredondada – Fonte: Google/Images Podem também apresentar de 8 a 36 lâminas, onde quanto maior a quantidade de lâminas menor será o corte da broca, promovendo uma superfície mais lisa e polida. Ou seja, brocas para acabamento/polimento tem sempre um maior número de lâminas que as brocas para preparos cavitários (Figura 29). Figura 29 – Broca multilaminada para acabamento – 36 lâminas – Fonte: Google/Images Há inúmeros formatos e tamanhos de pontas ativas e as mais utilizadas são as seguintes: ESFÉRICAS – Com seu alto poder de penetração, são utilizadas para abertura de cavidades e remoção de tecido cariado, além da confecção de retenções adicionais. (Figura 30) Estas brocas se situam nas numerações correspondentes aos números da série 00 a 10 e a medida que esta numeração aumenta significa que o diâmetro da ponta ativa da broca aumenta também. As mais usadas na Univale são as de número ½ , 01, 02, 04, 06 e 08. (Figura 31) Figura 30 – Broca esférica – Fonte: Google/Images 20 Ponta ativa Picotada Ponta ativa Lisa Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 31 – Série de brocas esféricas – Fonte: Google/Images CILÍNDRICAS – Utilizadas na confecção propriamente dita do preparo cavitário e por terem corte na extremidade e nas laterais preparam simultaneamente a parede de fundo aplainando-a e as paredes circundantes deixando-as paralelas. Por terem a extremidade plana confeccionam ângulos internos bem avivados (Figura 32). Estas brocas se situam nas numerações correspondentes aos números da série 50 e a medida que esta numeração aumenta significa que o diâmetro da ponta ativa da broca aumenta também. As mais usadas na Univale são as de número 56. Figura 32 – Broca Cilíndrica – Google/Images Figura 33 – Série de brocas cilíndricas – Fonte: Google/Images CONE INVERTIDO – Utilizadas para confecção de retenções adicionais, planificar paredes pulpares e avivar ângulos internos da cavidade quando necessário. (Figura 34) Estas brocas se situam nas numerações correspondentes aos números da série 30 e a medida que esta numeração aumenta significa que o diâmetro da ponta ativa da broca aumenta também. As mais usadas na Univale são as de número 33 ½. Usamos também a broca cone invertido longa de número 245. (Figura 35) Esta broca é usada em substituição a broca cilíndrica 56, pois a mesma trabalha paredes circundantes e de fundo de forma semelhante a da broca 56, com o único diferencial que é fornecer ângulos internos arredondados. Figura 34 – Broca Cone Invertido – Google / Images 21 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 35 – Série de broca cone invertido – Fonte: Google/Images TRONCO CÔNICAS – São brocas que nos fornecem paredes circundantes expulsivas e também confeccionamcanaletas e sulcos retentivos. Estas brocas se situam nas numerações correspondentes aos números da série 160 (lisas) e 700 (picotadas) e a medida que esta numeração aumenta significa que o diâmetro da ponta ativa da broca aumenta também. As mais usadas na Univale são as lisas de número 169 e 169L.(Figura 36) Figura 36 – Série de broca tronco cônica – Fonte: Google/Images 3.3.2.3.INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS DE DESGASTE – ABRASIVOS AGLUTINADOS E ABRASIVOS DE REVESTIMENTO ABRASIVOS AGLUTINADOS – São compostos de pequenas partículas abrasivas fixadas com uma substância aglutinante a haste metálica. São as pontas diamantadas, pedras e borrachas montadas. PONTAS DIAMANTADAS – São indicadas para reduzir(cortar) a estrutura dentária, para dar acabamento às paredes cavitárias e remover excessos grosseiros das restaurações. Seguem os mesmos formatos das brocas de aço/carbide, mas os números de série são diferentes apresentando sempre 04 números. Além disso as camadas de diamante depositadas na superfície do metal tem diferentes granulometrias que são a grossa, média, fina e extra fina. Para distingui-las temos cores diferentes e o acréscimo das letra F-Vermelha (fina), FF – Amarela (extra fina) , sem letra – Branca (média) e G - Verde (grossa). (Figura 37) Figura 37 – Granulometria das pontas diamantadas – Fonte: Google/Images 22 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Normalmente para trabalho com preparos cavitários utilizamos as de granulação média, como por exemplo a 3216, Se decidirmos usar uma de diamante fino escolhe-se a 3216F, se extra fino 3216FF e se grosso a 3216G. Figura 38 – Séries das pontas diamantadas – Fonte: Catálogo KG Sorensen® Preferencialmente devemos utilizá-las em refrigeração para evitar o aumento da temperatura. PEDRAS MONTADAS – As de Alta rotação e contra-ângulo são utilizadas diretamente na cavidade oral para acabamento e polimento iniciais. Já as de peça de mão são usadas para acabamento em próteses removíveis por exemplo. (Figura 39) Figura 39 – Pedra montada Shofu – Fonte: Google/Images BORRACHAS MONTADAS – São borrachas com abrasividade com granulometria que varia de grossa a extrafina. São usadas no polimento de amálgama, resinas compostas, acrílicas e de porcelana.(Figura 40). Suas cores variam com o seu emprego eo formato basicamente são: forma de chama, roda ou taça. Figura 40 – Borracha abrasiva – Fonte: Google/Images 23 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral ABRASIVOS DE REVESTIMENTO – São compostos de uma fina camada de abrasivo cimentada sobre uma base flexível. São os discos abrasivos e as tiras de lixa. (Figura 41) A) B) Figura 41 – A) Disco abrasivo e B) tira de lixa – Fonte: Google/Images Para adaptação dos discos precisamos dos Mandris que são dispositivos que apresentam um parafuso ou dispositivos de encaixe em sua extremidade onde serão acoplados os discos. (Figura 42) Figura 42 – Borracha abrasiva – Fonte: MASIOLI, M.A. e cols. 3.4.DIVISÃO DIDÁTICA DA MESA CLÍNICA PARA AMALGAMA EXAME CLÍNICO: Espelho , Sonda, Colher de Dentina e Pinça para algodão ANESTESIA: Seringa Carpule, Agulhas descartáveis e Anestésico – Tópico e injetável PREPARO CAVITÁRIO: Canetas de AR e BR, Brocas de AR e BR e Cortantes Manuais – Enxada, Machado, Formador de Angulo, Recortador de Margem Gengival, ISOLAMENTO ABSOLUTO: Ver no capítulo referente a Isolamento do Campo Operatório MATERIAL FORRADOR: Placa de vidro, Espátula de manipulação no. 24, Espatula de inserção no. 01, Potes Dappen, Microbrush e Porta Dycal MATERIAL RESTAURADOR AMALGAMA: Porta amalgama/ Condensadores Ward nos. 01, 02 e 03/ Brunidores nos. 29, 33 e Hollemback no. 06 / Esculpidores Hollemback no 3S , Clevdent ou Guia de Cego, Discóide-Cleóide/ Matriz, Porta matriz e cunha BIBLIOGRAFIA 1. Baratieri LN, Júnior SM. Odontologia restauradora - Fundamentos e técnicas – São Paulo, Santos – 1a Edição - 2010 – 1(3):49-69 2. Masioli, M.A. e cols – Odontologia Restauradora de A a Z – Capítulo 3 – Florianópolis, SC, Editora Ponto –1a Edição – 2012 – (1): 20-43 3. Mondelli, J. -– Dentística Operatória – - 1a. Edição – 2006 – (3):25-45 24 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral 4. A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR COM ERGONOMIA Nós profissionais da Odontologia estamos sujeitos a uma série de doenças ocupacionais devido principalmente a postura que adotamos ao atender clientes. A maioria destas doenças está relacionada a desordens musculoesqueléticas que afetam a nossa coluna cervical, ombros, braços, punho, tórax. Com o avanço tecnológico muita coisa foi introduzida para minimizar este impacto em nossa saúde a começar dos instrumentais que são cada vez mais ergonômicos, passando pela cadeira odontológica que hoje assume posições cada vez mais confortáveis para o profissional, cliente e equipe. Por esta razão os conceitos de Ergonomia, do grego ergo – trabalho e normos – lei2 devem estar presentes em todas as atividades de rotina que executamos em nosso consultório. Segundo Masioli2 a International Organization for Standartization (ISO) e a Federação Dentária internacional (FDI) estabeleceram um gráfico em forma de relógio que sistematiza as principais posições que o CD pode adotar em relação ao paciente de 8h a 12h. (Figura 01) Figura 01 – Esquema de posicionamento do dentista em relação ao paciente – Fonte: MASIOLI, M.A. e cols. Masioli2 ainda sugere algumas regras básicas de Ergonomia para favorecer o trabalho do CD e dentre elas destacamos: Trabalhar com o corpo na vertical, sem curvar o tronco e sem elevar os membros superiores Manter os instrumentos de trabalho em uma área de alcance Evitar movimentos bruscos de arranque Evitar posturas estáticas por tempo prolongado (acima de 20 segundos) Sentar no mocho com as coxas paralelas, formando um ângulo entre coxa e perna de 900 a 1100 mantendo os pés apoiados no chão Esticar as pernas ao longo do dia para evitar varizes Praticar atividades físicas Fazer alongamentos básicos antes de iniciar um atendimento. 4.1. FORMAS DE PREENSÃO DOS INSTRUMENTOS MANUAIS 25 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral A - Dentes inferiores - forma de caneta modificada (Figura 02 ). Figura 02 – Forma de caneta modificada.- Fonte: Aráujo MAM e cols1 B - Dentes superiores do lado esquerdo - caneta modificada e invertida (Figura 03 ). Figura 03 – Forma de caneta modificada e invertida. Fonte: Aráujo MAM e cols1 C - Dentes superiores do lado direito - dígito palmar (Figura 04). Figura 04 – Preensão dígito palmar. Fonte: Aráujo MAM e cols1 4.2. POSIÇÕES DE APOIO E VISÃO DOS DENTES A SEREM TRATADOS A obtenção de um correto ponto de apoio é fundamental para a precisão dos trabalhos. Sempre que possível devemos optar por um apoio nos dentes próximos ao local no qual estamos realizando a intervenção. Nos dentes anteriores, temos a possibilidade de visualizar diretamente as superfícies a serem tratadas. Contudo, em algumas regiões, isso se torna bastante difícil, senão impossível, razão pela qual lançamos mão da visão indireta, através da imagem refletida em um espelho bucal (Figura 05) 26 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 05 – Utilização da visão direta e indireta. - Fonte: Aráujo MAM e cols1 Segundo Masioli2 algumas posições de trabalho são indicadas ao CD no momento do procedimento paraque o mesmo possa trabalhar da forma mais ergonômica possível. 4.2.1. HEMIARCO INFERIOR ESQUERDO Em trabalhos nesta região, o plano oclusal do paciente (ou do manequim no laboratório) deve formar um ângulo de 450 com o solo, ligeiramente inclinado para o lado direito. Desta forma o CD trabalhará na posição 12 horas com visão direta e apoio suficiente2.(Figura 06) Caso queira trabalhar na face vestibular deste hemiarco a posição do CD permanece inalterada. O que muda é a inclinação da cabeça do paciente que é mais inclinada para a direita. (Figura 07) . Figura 06 – Acesso oclusal Hemiarco Inferior Esquerdo – MASIOLI, M.A. e cols2 Figura 07 – Acesso vestibular Hemiarco Inferior Esquerdo – MASIOLI, M.A. e cols2 4.2.2. HEMIARCO INFERIOR DIREITO Em trabalhos nesta região, o plano oclusal do paciente (ou do manequim no 27 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral laboratório) deve ficar paralelo ao solo. Desta forma o CD trabalhará na posição 08 ou 09 horas lateralmente ao paciente conseguindo uma visão direta e apoio suficiente2.(Figura 08) Caso queira trabalhar na face vestibular deste hemiarco a posição do CD permanece inalterada. O que muda é a inclinação da cabeça do paciente que é mais inclinada para a esquerda e o plano oclusal que forma um ângulo de 450 com o solo2. (Figura 09) Figura 08 – Acesso oclusal Hemiarco Inferior Direito – MASIOLI, M.A. e cols2 Figura 09 – Acesso vestibular Hemiarco Inferior Direito – MASIOLI, M.A. e cols2 4.2.3.HEMIARCO SUPERIOR DIREITO Em trabalhos nesta região, o plano oclusal do paciente (ou do manequim no laboratório) deve formar um ângulo de 900 com o solo. Desta forma o CD trabalhará na posição 12 horas com visão indireta e auxiliado por um espelho bucal2. O apoio vem do posicionamento dos dedos médio, anular e mínimo nas faces vestibulares do dente que está sendo preparado2.(Figura 10) Caso queira trabalhar na face vestibular deste hemiarco o CD assume a posição de 08 ou 09 horas com a cabeça do paciente inclinada para a esquerda e o plano oclusal formando um ângulo de 450 com o solo2. (Figura 11) Figura 10 – Acesso oclusal Hemiarco Superior Direito – MASIOLI, M.A. e cols2 28 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 11 – Acesso vestibular Hemiarco Superior Direito – MASIOLI, M.A. e cols2 4.2.4. HEMIARCO SUPERIOR ESQUERDO Masioli sugere as mesmas posições adotadas para os preparos e restaurações da região superior direita, mas afirma que o apoio é alcançado pelo posicionamento dos dedos na face oclusal ou palatina dos dentes próximos ao que está sendo preparado2. (Figura 12) Caso queira trabalhar na face vestibular deste hemiarco a posição do CD permanece inalterada exigindo apenas que a cabeça do paciente incline-se para a direita2. (Figura 13) Figura 12 – Acesso oclusal Hemiarco Superior Esquerdo – MASIOLI, M.A. e cols2 Figura 13 – Acesso vestibular Hemiarco Superior Esquerdo – MASIOLI, M.A. e cols2 4.2.5. ACESSO PALATINO AO ARCO ANTEROSUPERIOR 29 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Em trabalhos na face palatina de dentes anteriores superiores, o plano oclusal do paciente (ou do manequim no laboratório) deve estar paralelo ao solo2. Desta forma o CD trabalhará na posição 12 horas com visão indireta e auxiliado por um espelho bucal2.(Figura 14) Caso queira trabalhar na palatina de dentes mais afastados da linha média a cabeça do paciente inclina-se para o lado oposto2. (Figura 15 e 16) Figura 14 – Acesso palatino Hemiarco Anterosuperior, próximo a linha média – MASIOLI, M.A. e cols2 Figura 15 – Acesso palatino Hemiarco Anterosuperior, esquerda – MASIOLI, M.A. e cols2 30 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 16 – Acesso palatino Hemiarco Anterosuperior, direita – MASIOLI, M.A. e cols2 4.2.6. ACESSO VESTIBULAR AO ARCO ANTEROSUPERIOR Em trabalhos na face vestibular de dentes anteriores superiores, o plano oclusal do paciente (ou do manequim no laboratório) deve estar paralelo ao solo2. Desta forma o CD trabalhará na posição 12 horas com visão direta2. (Figura 17). Caso queira trabalhar na palatina de dentes mais afastados da linha média a cabeça do paciente inclina-se para o lado oposto2. (Figura 18 e 19) Figura 17 – Acesso vestibular Hemiarco Anterosuperior, próximo a linha média – MASIOLI, M.A. e cols2 Figura 18 – Acesso vestibular Hemiarco Anterosuperior, esquerdo – MASIOLI, M.A. e cols2 Figura 19 – Acesso vestibular Hemiarco Anterosuperior, direito – MASIOLI, M.A. e cols2 4.3. DICAS IMPORTANTES - O uso do espelho para o afastamento da musculatura jugal facilita o preparo na face vestibular dos dentes inferiores. Além disso a saliva impede que ele fique embaçado. O ponto de apoio é feito nos dentes adjacentes (Figura 20). 31 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 20 – Afastamento da musculatura jugal. - Fonte: Aráujo MAM e cols1 O uso do espelho para o afastamento da musculatura da língua facilita o preparo na face lingual. O ponto de apoio é feito nos dentes adjacentes (Figura 21). Figura 21 – Afastamento da língua. Fonte: Aráujo MAM e cols1 No lado esquerdo da arcada superior, o uso do espelho clínico melhora a iluminação do local de trabalho e possibilita a visão indireta, além de propiciar o afastamento da musculatura jugal. O ponto de apoio é realizado na mesma arcada, no lado oposto (Figura 22). 32 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 22 – Trabalho no lado esquerdo do cliente – Fonte: Aráujo MAM e cols1 Bibliografia 1.Araújo, MAM. e Cols – Manual de Dentística I – UNESP – 2010/pdf 2. Masioli, M.A. e cols – Odontologia Restauradora de A a Z – Florianópolis, SC, Editora Ponto –1a Edição – 2012 – (2):45-57 3.Mooney, B. Operatória Dental. Buenos Aires: Panamericana, 3.ed., 1999. 1176p. 5.NOMENCLATURA E CLASSIFICAÇÃO DE CAVIDADES 5.1. DEFINIÇÃO – De acordo com Masioli3 , Nomenclatura é um conjunto de termos que se refere a um vocabulário próprio de determinada área do saber, segundo regras e metodologias predefinidas.. 5.2.NOMENCLATURA DESCRITIVA DOS ELEMENTOS E NOTAÇÃO DENTÁRIA – Para se classificar corretamente um preparo é necessário antes de tudo determinar a que dente se refere este preparo dentro da cavidade bucal. Para tanto temos os sistemas de Nomenclatura Descritiva e Nomenclatura Numérica ou Notação Dentária. 5.2.1.NOMENCLATURA DESCRITIVA3 - O elemento dental pode ser identificado de acordo com sua classe, tipo, conjunto, arcada e posição. Classe Incisivos Caninos Pré-molares Molares Tipo Incisivos Centrais Laterais Pré- Molares Primeiro Segundo Molares Primeiro Segundo Terceiro Conjunto Permanentes 33 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Decíduos Arcada Superior Inferior Posição Direito Esquerdo 5.2.2. NOMENCLATURA NUMÉRICA OU NOTAÇÃO DENTÁRIA2 – Neste sistema os dentes podem ser classificados como o Sistema Internacional e o Sistema Americano. O Sistema Americano atribui os números de forma sequencial aos dentes permanentes e letras aos dentes decíduos. Nos permanentes os números vão de 1 a 32 sendo que o número 1 é o Terceiro Molar Superior Direito e seguindo o sentido horário o dente 32 fica sendo o Terceiro Molar Inferior Direito. Nos decíduos vai de A a T e a letra A corresponde ao Segundo Molar Decíduo Superior Direito e a letra T fica sendo o Segundo Molar Decíduo Inferior Direito. Nesta disciplina adotaremos o Sistema Internacional que trabalha com dois dígitos, onde o primeiro dígitovaria de 1 a 8 e refere-se ao conjunto, à arcada e à posição. De 1 a 4 para dentes permanentes e de 5 a 8 para dentes decíduos assim representados: PERMANENTES Hemiarco superior direito 1 Hemiarco superior esquerdo 2 4 Hemiarco inferior direito 3 Hemiarco inferior esquerdo DECÍDUOS Hemiarco superior direito 5 Hemiarco superior esquerdo 6 8 Hemiarco inferior direito 7 Hemiarco inferior esquerdo Já o segundo dígito refere-se a qual classe e tipo e nos permanentes vai de 1 a 8 e nos decíduos de 1 a 5. PERMANENTES 34 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral 18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28 48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38 DECÍDUOS 55 54 53 52 51 61 62 63 64 65 85 84 83 82 81 71 72 73 74 75 5.3. Faces e Planos Dentais – A coroa dos elementos dentais se divide em faces as quais denominamos: Vestibular (voltada para o vestíbulo bucal ou bochecha) Lingual ou Palatina (voltada para a língua nos inferiores ou para o palato nos superiores) Temos ainda as faces proximais que estão em contato com os dentes adjacentes que são as faces Mesial ( que se localiza mais em direção a linha média) e a Distal ( que se localiza mais distante) Para finalizar as faces Oclusal (nos dentes posteriores) ou Incisal ( nos dentes anteriores) que são voltadas para os dentes do arco oposto.(Figura 01) Figura 01 – Faces do elemento dental - Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M.1 A estas faces devemos acrescentar ainda a região Cervical ou Gengival que corresponde a interseção da porção coronária com a radicular. O órgão dentário pode também ser dividido em três planos: Horizontal: atravessa perpendicularmente o eixo longitudinal do dente; (Figura 02) Figura 02 – Plano Horizontal- Fonte: MONDELLI, J. et al4 35 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Mésio-distal: acompanha o sentido do eixo longitudinal, atravessa de mesial para distal, dividindo o dente em vestibular e lingual (ou palatino, nos superiores). (Figura 03) Figura 03 – Plano Mésio Distal - Fonte: MONDELLI, J. et al4 Vestibulo-lingual: acompanha o sentido do eixo longitudinal, atravessa de vestibular para lingual, dividindo o dente em mesial e distal. (Figura 04) Figura 04 – Plano Vestíbulo-lingual - Fonte: MONDELLI, J. et al4 5.4.CAVIDADES: CLASSIFICAÇÃO E PARTES CONSTITUINTES 5.4.1. CLASSIFICAÇÃO Em Odontologia CAVIDADE é o termo empregado para definir a lesão ou a condição do dente, causada pela destruição de tecido duro. De acordo com o Grupo Brasileiro de Professores de Dentística – GBPD 2, uma cavidade pode ser classificada quanto: A) Quanto a sua finalidade: B) Quanto a forma e extensão da cavidade C) Quanto ao número de faces envolvidas D) Quanto as faces envolvidas E) Quanto a classificação de Black A) Em relação a sua finalidade, uma cavidade pode ser: TERAPÊUTICA: cavidade resultante da total remoção da cárie, em condições de receber material restaurador direto individual, visando sua reconstrução morfológica, funcional e estética. Ex: Rest. Amalgama. (Figura 05) 36 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 05 – Cavidade terapêutica - Fonte: Aula GBPD4 PROTÉTICA: cavidade com ou sem lesão de cárie, cujo objetivo é servir de suporte de uma peça protética (Figura 06) . Figura 06 – Cavidade Protética – Fonte: Arquivo pessoal da autora B) De acordo com Masioli3 quanto a forma e extensão da cavidade podem ser: Intracoronárias (Inlay) – São todas as cavidades confinadas no interior da coroa dentária, como uma caixa entre as cúspides, sem no entanto envolve- las. Extracoronárias parciais (Onlay) – São cavidades que apresentam cobertura de cúspides e/ou outras faces do dente. Extracoronárias totais – São preparos em que todas as faces do dente (axial e oclusal ou incisal) são preparadas para serem recobertas pelo material restaurador.(Figura 07) Figura 07 – Cavidade Intracoronária e Extracoronária parcial - Fonte: MONDELLI, J. et al4 C) De acordo com Mondelli4 a cavidade preparada em um dente pode ser denominada de acordo com o número de faces em que ocorrem: SIMPLES – Uma só face envolvida (Figura 08) Figura 08 – Cavidade Simples - Fonte: MONDELLI, J. et al4 COMPOSTA – Duas faces envolvidas (Figura 09) 37 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 09 – Cavidade Composta - Fonte: MONDELLI, J. et al4 COMPLEXA – Três ou mais faces envolvidas (Figura 10) Figura 10 – Cavidade Complexa - Fonte: MONDELLI, J. et al4 D) Ao serem classificadas quanto as faces envolvidas levam o nome da face onde é feito o preparo.(Figura 11) CAVIDADE LINGUAL – L -: cavidade preparada na face lingual CAVIDADE OCLUSAL- O - : cavidade preparada na face oclusal CAVIDADE MÉSIO-OCLUSAL – MO - : cavidade que se estende da face oclusal à face mesial CAVIDADE MESIO-OCLUSODISTAL – MOD-: cavidade que se estende às faces mesial, oclusal e distal CAVIDADE MESIO-OCLUSODISTOVESTIBULAR- MODV-: cavidade que se estende às faces mesial, oclusal, distal e vestibular Figura 11 – Cavidade terapêutica - Fonte: Aula GBPD2 E) Quanto a CLASSIFICAÇÃO ARTIFICIAL DE BLACK - Segundo Masioli3 G.V. Black em 1908, propôs um sistema de nomenclatura e classificação de cavidades que permitiu unificar a terminologia odontológica, sistema ao qual denominamos Classificação Artificial de BLACK. Este sistema reúne as cavidades em classes que requerem técnicas semelhantes de instrumentação e restauração2. CLASSE I – cavidades ou lesões em regiões de má coalescência de esmalte, cicatrículas e fissuras na face oclusal de molares e pré-molares; 2/3 oclusais das faces vestibulares, linguais ou palatinas de todos os molares; face 38 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral palatina/lingual de todos os incisivos e caninos na região de cíngulo.(Figura 12) Figura 12 – Cavidade Classe I - Fonte: MONDELLI, J. et al4 CLASSE II – cavidades ou lesões envolvendo faces proximais dos pré- molares e molares.(Figura 13) . Figura 13 – Cavidade Classe II - Fonte: MONDELLI, J. et al4 CLASSE III – cavidades ou lesões envolvendo as faces proximais dos incisivos e caninos, sem envolvimento do ângulo incisal.(Figura 14) Figura 14– Cavidade Classe III - Fonte: MONDELLI, J. et al4 CLASSE IV – cavidades ou lesões envolvendo faces proximais dos incisivos e caninos com envolvimento do ângulo incisal.(Figura 15) 39 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 15 – Cavidade Classe IV - Fonte: MONDELLI, J. et al4 CLASSE V – cavidades envolvendo o terço gengival nas faces vestibular e lingual de todos os dentes.(Figura 16) Figura 16 – Cavidade Classe V - Fonte: MONDELLI, J. et al4 Esta classificação é utilizada até os dias atuais, mas sofreu complementações para se adequar as filosofias de preparos cada vez mais conservadores. Dentre estas complementações temos: CLASSE VI – Proposta por Howard e Simon, que inclui cavidades atípicas preparadas em bordas incisais e pontas de cúspides.(Figura 17) Figura 17 – Cavidade Classe VI de Howard e Simon - Fonte: MONDELLI, J. et al4 Além da criação da Classe VI, houve uma alteração na arquitetura das cavidades propostas por Black como as que se pode ver a seguir, também 40 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral chamadas dePREPAROS MODERNOS São preparos conservadores, restritos na maioria das vezes, unicamente a remoção do tecido cariado, trabalhando com brocas de diâmetro reduzido e com extremidade arredondada, como por exemplo as brocas 329 AR, 330 AR, Esférica 02 AR, 1148 AR.(Figura 18) Geralmente são usados nos preparos para restaurações adesivas diretas. Preparo em Ponto Preparo em Risco Preparo “Olho de Cobra” Preparo “Shot Gun” Preparo em Túnel Figura 18 – A,B,C,D,E – in www;google.com./ images 5.4.2. CAVIDADES: PARTES CONSTITUINTES 41 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Todo procedimento restaurador tem de obrigatoriamente passar pela confecção de um preparo cavitário (Cavidade) com a finalidade de remover o tecido cariado e/ou preparar o dente para receber o material restaurador de escolha do profissional. Estas cavidades dentárias são constituídas por Paredes e Ângulos. (Figura 19) Figura 19 – Paredes e Ângulos- Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M.1 5.4.2.1.PAREDES: Circundantes – paredes laterais de uma cavidade que recebem o nome da face à qual correspondem ou da qual estão mais próximas.(Figura 20) De fundo – correspondem ao assoalho da cavidade e podem ser chamadas de Axial quando são paralelas ao longo eixo do dente ou Pulpar quando perpendiculares ao longo eixo do dente. p c a Figura 20 – Paredes circundantes e de fundo - Fonte: MONDELLI, J. et al4 5.4.2.2.ÂNGULOS: São formados pela união das paredes de uma cavidade e denominados de acordo com a combinação dos nomes destas paredes. (Figura 21) Figura 21 – Paredes e Ângulos- Fonte: BARATIERI, L.N.e JÚNIOR, S.M.1 Podem ser: 42 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral DIEDROS – Quando são formados pela união de duas paredes da cavidade e podem ser subdivididos em: (Figura 22) Diedros de Primeiro Grupo – Encontro de duas paredes circundantes. Diedros de Segundo Grupo – Encontro de uma parede circundante com uma de fundo Diedros de Terceiro Grupo – Encontro de duas paredes de fundo entre si. Figura 22 – Ângulos Diedros de 1º. , 2º. e 3º. grupos - Fonte: MONDELLI, J. et al4 TRIEDROS – Formados pelo encontro de três paredes.(Figura 23 e 24) Figura 23 – Ângulos Triedro Incisal - Fonte: MONDELLI, J. et al4 Figura 24 – Ângulos Triedro AGL - Fonte: MONDELLI, J. et al4 T CAVO SUPERFICIAL – É formado pela junção das paredes da cavidade com a superfície externa do dente. Também chamado de Margem, pois é o limite da cavidade. (Figura 25) 43 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral Figura 25 – Ângulos Cavo Superficial - Fonte: MONDELLI, J. et al4 BIBLIOGRAFIA 1. Baratieri LN, Júnior SM. Odontologia restauradora - Fundamentos e técnicas – São Paulo, Santos – 1a Edição - 2010 – 1(1):01-15 2. Grupo Brasileiro de Professores de Dentística - GBPD – Nomenclatura e Classificação de Cavidades - Aula em Power Point disponibilizada aos membros do grupo - 2004 3. Masioli, M.A. e cols – Odontologia Restauradora de A a Z – Capítulo 3 – Florianópolis, SC, Editora Ponto –1a Edição – 2012 – (3): 45-58 4. Mondelli, J. -– Dentística Operatória – Capítulo 1 - 1a. Edição – 2006 – (1) :1-23 6. PRINCÍPIOS GERAIS DOS PREPAROS CAVITÁRIOS Um preparo cavitário busca melhorar a integração dente/material restaurador e para que sua execução seja eficaz o CD deve observar algumas normas e filosofias. Pensando nisto a mais de um século, Black apresentou a Odontologia, sua filosofia de trabalho, mas os princípios preconizados por Black foram criados em 1908 e naquela época o material de eleição para as chamadas restaurações diretas era o amálgama odontológico, um material não adesivo, que necessita que o preparo cavitário assuma determinadas características para que o mesmo possa permanecer na cavidade. Além disto os conceitos que se tinham naquela época sobre a cárie, não passavam pela atual filosofia preventiva. A filosofia da época era a de “Extensão para a prevenção”, ou seja, segundo Baratieri1 não se considerava possível controlar de forma não restauradora, o desenvolvimento das lesões de cárie e a mesma era tratada como a doença e não apenas um sinal dela e a única maneira de cura-la era removendo as lesões. Esta observação aliada ao fato de que os locais mais frequentemente atingidos pelas cáries eram as regiões de cicatrículas e fissuras foi a base da proposta de Black para a “Extensão para a prevenção” onde as margens das cavidades deviam sempre ser estendidas englobando cicatrículas e fissuras, independente se a cárie houvesse atingido estas regiões. Por esta razão os preparos se tornavam extensos com sacrifício desnecessário da estrutura dental sadia. Seguindo os preceitos de Black o preparo cavitário tinha caráter mecânico e para ser executado devia-se seguir uma sequência lógica de procedimentos a qual ele denominava TEMPOS OPERATÓRIOS, a saber: Forma de Contorno: Área ou superfície do dente a ser incluída no preparo cavitário Forma de resistência: Características da cavidade para que as estruturas remanescentes e a restauração sejam capazes de resistir as forças mastigatórias Forma de retenção: Forma dada a cavidade para que a mesma possa reter a restauração Forma de conveniência: etapa que visa proporcionar acesso adequado à 44 Manual de Dentística I / Univale – Profa. Maria das Graças Oliveira Cabral cavidade, possibilitando boa instrumentação e inserção do material restaurador Remoção da dentina cariada: Etapa que busca a remoção de toda dentina cariada que esteja no preparo, mesmo após a execução das fases anteriores do preparo Acabamento das paredes de esmalte: Procura remover as irregularidades e os prismas de esmalte não suportados pela dentina. Nesta fase se busca alisar as paredes da cavidade preferencialmente com os cortantes manuais. Limpeza da cavidade: remoção de qualquer remanescente do preparo cavitário, deixando a cavidade apta a receber o material restaurador. Felizmente com o avanço da chamada Odontologia Preventiva e da Odontologia Adesiva, o modelo proposto por Black tem dado lugar a preparos mais conservadores, que se atem única e exclusivamente a remoção do tecido cariado ou muitas vezes nem se remove a lesão, como por exemplo, no caso de algumas lesões de cárie em superfície lisa que podem ser controladas de forma não invasiva. Segundo Baratieri1 ao se pensar hoje em preparo cavitário o CD deve ter em mente a importância da máxima conservação de estrutura dental sadia e principalmente o bom senso. Cada caso é um caso e deve ser analisado de forma criteriosa e individualizada, levando-se em conta o tamanho da lesão, a cooperação do paciente e sua higiene bucal, o material restaurador a ser utilizado, enfim tudo deve ser passível de análise pelo profissional para que então ele possa escolher a melhor conduta. Algo também a ser considerado é a saúde periodontal do paciente e a relação que o preparo cavitário terá com o periodonto, com o espaço biológico – que vem a ser o conjunto formado pela inserção conjuntiva e pelo epitélio juncional, Por esta razão a margem cervical dos preparos cavitários deve deter toda a atenção do CD, principalmente nos chamados preparos subgengivais. IMPORTANTE: Uma vez que o espaço biológico é invadido o próprio organismo se encarrega de reabsorver
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