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NCPC - Jurisdição

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JURISDIÇÃO (“juris dictio”- dizer o direito)
JURISDIÇÃO é a atividade dos órgãos estatais tendentes a atuar e formular praticamente a regra jurídica que, de acordo com o ordenamento jurídico vigente, regula a situação fática efetivamente ocorrida.
A Jurisdição é monopólio estatal e é exercida pelos Juízes e tribunais.
Acionada a jurisdição, o Juiz CONHECE da demanda, DECIDE questões incidentais ocorridas no curso do processo, e AGE, praticando ou determinando que as partes pratiquem os atos processuais necessários para que a prestação jurisdicional seja efetivada.
A Jurisdição é ao mesmo tempo:
UM PODER: decorrente da manifestação da própria soberania nacional exercida pelos órgãos estatais competentes (Juizes e Tribunais);
UMA FUNÇÃO: uma vez que indica o encargo que tem os órgãos estatais de promover a realização do Direito, através do processo;
UMA ATIVIDADE: posto que expressa a movimentação do Juiz no processo, exercendo este o poder e cumprindo a função que lhe compete (artigo 2º do NCPC) – Princípio da Iniciativa e o artigo 262 do CPC (Princípio do Impulso Oficial).
 
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO SEGUNDO A LIÇÃO DO PROFESSSOR GIUSEPPE CHIOVENDA
SUBSTITUTIVIDADE
Significa que os Juízes agem em substituição às partes, que não podem fazer justiça pelas próprias mãos (artigo 345 do CP) que capitula o crime de exercício arbitrário das próprias razões.
Assim, as partes só podem agir, ou seja, provocar o exercício da Jurisdição, cabendo ao Judiciário a prestação da Tutela Jurisdicional.
A Jurisdição é inerte (artigo 2º NCPC), somente atuando mediante provocação. Acionada a Jurisdição, a relação jurídica processual desenvolve-se mediante impulso oficial.
ESCOPO DE ATUAÇÃO DO DIREITO
O Estado, ao conceder a Jurisdição, quis garantir que as Normas de Direito Substancial, inseridas na Ordem Jurídica, efetivamente conduzam ao resultado pretendido: “a paz social”.
OUTRAS CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO
LIDE
De acordo com o jurista italiano Francesco Carnelutti, lide ¨é o conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida”.
A função jurisdicional se exerce em função de uma lide que a parte interessada leva ao conhecimento do Estado-Juiz.
A existência de uma Lide “’é que leva o indivíduo a buscar a prestação da Tutela Jurisdicional, ou seja, dirigir-se ao Juiz e pedir a solução do conflito.
INÉRCIA
Os órgãos jurisdicionais são inertes. O melhor é esclarecer que o Estado intervenha somente quando necessário, do contrário, poderia haver discórdia e desavenças onde estas antes não existiam. Artigo 2º do NCPC.
Assim, é sempre uma Lide que motiva a instauração do processo. O titular de uma pretensão (Civil, Penal, Trabalhista, Tributária, Previdenciária), dirige-se ao Judiciário, requerendo que seja proferido um julgamento que, eliminando a resistência, solucione a lide.
EXCEÇÕES
Regra Geral: A Jurisdição é inerte. Essa posição, no entanto, sofre exceções, conforme pode-se verificar dos seguintes exemplos:
1º - Artigo 878 da CLT: 
A Execução da Sentença, eis que a demanda trabalhista foi julgada procedente) poderá ser determinada pelo magistrado de ofício (“ex officio”, isto é independentemente de provocação da parte interessada) para que se efetive a cobrança judicial da dívida. Diferentemente do que ocorre na esfera Civil.
2º - Artigo 73 da Lei de Falência e Recuperação Judicial (Lei nº 11.101/2005):
A Recuperação Judicial das Empresas é um “favor legal” concedido ao devedor comerciante que encontra dificuldades para continuar seu negócio.
O Juiz, em face de irregularidades praticadas pelo devedor comerciante pode, independentemente de provocação, decretar a falência da empresa.
 
3º - Artigo 531 do CPP (que trata das Convenções praticadas nos crimes culposos contra a vida).
As contravenções (dirigir embriagado, por exemplo) penais praticadas juntamente com os crimes culposos contra a vida (atropelamento, colisão de veículos, da qual resultou morte) acarretam o agravamento da pena, determinado de ofício pelo Magistrado.
4º - Artigo 105 do LEP (Lei das Execuções Penais)
Proferida a condenação penal, o Juiz determinará, de ofício a expedição de carta de guia para o cumprimento da Execução da pena.
DEFINITIVIDADE
Somente os atos jurisdicionais tem capacidade de se tornar imutáveis, não podendo ser revistos ou modificados. A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada (artigo 5º, inciso XXXVI, CF).
Lembre-se que a coisa julgada diz respeito a imutabilidade dos efeitos da sentença (artigo 502, NCPC).
Em razão da imutabilidade dos efeitos de uma Sentença, nem as partes podem repropor a mesma lide em Juízo, nem os Juízes e Tribunais podem voltar a decidir a respeito.
SIMILARIDADES E DIFERENÇAS ENTRE
LEGISLAÇÃO, JURISDIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO
LEGISLAÇÃO: é composta por preceitos de ordem genérica e abstrata postos a observância da coletividade.
A marca característica da Legislação é a REVOGALIBILIDADE. A Legislação, lembre-se, cria o Direito e este pode ser REFORMULADO.
JURISDIÇÃO: trata-se de atividade secundária, que se exerce em substituição das partes em litígio. 
O Juiz de Direito não cria a Norma, mas a extrai do Ordenamento Jurídico.
A marca característica da Jurisdição é a IMUTABILIDADE.
A Coisa Julgada só se forma quando decorre o prazo para Recurso.
ADMINISTRAÇÃO: O Estado cumpre a lei mas: a) com o escopo de atuação da lei aplicável; b) é o próprio Estado quem atua, sem a necessidade de substituição; c) não são atos revestidos de definitividade. Trata-se de atividade Primária.
A Administração exerce auto tutela, cuidando, portanto, do próprio interesse. A administração delibera, decide e julga quanto a sua própria atividade.
 
PRINCÍPIOS INERENTES À JURISDIÇÃO
Princípio da investidura
Somente será exercida a Jurisdição por quem esteja legalmente investido na autoridade de Juiz de Direito.
O Juiz aposentado, por exemplo, não tem Jurisdição e, por isso mesmo, deve passar os autos ao seu substituto legal.
 
Princípio da aderência ao território 
Trata-se da manifestação primeiramente da soberania nacional (os tribunais superiores: STF (Supremo Tribunal Federal), STJ (Superior Tribunal de Justiça), TST (Tribunal Superior do Trabalho), TSE (Tribunal Superior Militar) exercem jurisdição sobre todo território nacional mas os 3 últimos tratam da chamada Justiça Especializada.
Os Tribunais de Justiça exercem jurisdição a nível do território do Estado membro.
( Carta Precatória (artigo 237): é uma forma de comunicação que ocorre entre juízos diferentes;
( Carta Rogatória (artigo 237): forma de comunicação entre Estados soberanos, tramita perante o Ministério da Justiça e por via diplomática; 
( Carta de Ordem (artigo 237): forma de comunicação entre órgãos jurisdicionais de categorias diversas (tribunal/juiz).
Artigo 1º: a jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional (artigo 237 Código de Processo Civil). 
Princípio da Indelegabilidade (artigos 237 e 972 do CPC)
O Magistrado, no exercício da função jurisdicional, não o faz em nome próprio e muito menos defendendo direito próprio, ele o faz como órgão do Estado, investido em função pública. 
O Estado lhe atribuiu o exercício da jurisdição, de acordo com critérios próprios de trabalho, para solucionar determinadas lides (o magistrado está investido de jurisdição para resolver determinadas lides: civil, penal, família e sucessões, registros públicos, etc).
Assim, o magistrado nãopode inverter os critérios de distribuição da atividade jurisdicional e entregar a resolução da Lide a outro Juiz.
Princípio da Inevitabilidade 
A situação das partes perante o Juiz é de sujeição, principalmente a do Réu que não pode ignorar o poder estatal e nem pode evitar o processo.
Princípio da Indeclinabilidade
Esse princípio possui assento constitucional e garante o acesso de todos os jurisdicionados ao Poder Judiciário, o qual não pode deixar de atender quem lhe deduzir uma lide e lhe pedir solução.
Esse princípio defluí do ordenamento processual amplamente considerado. Fundamenta-se na possibilidade que tem os cidadãos de livre acesso ao judiciário, na medida em que este poder é o responsável pelo exercício da jurisdição.
Princípio do juiz natural ou da Inafastabilidade – artigo 5º, inciso XXXV, CF.
Fundamento-se no inciso XXXV, do artigo 5º da Constituição Federal.
Ninguém pode ser privado de julgamento por juiz independente e imparcial, indicado de acordo com as normas legais.
Não se admite tribunal de exceção (Nuremberg) – inciso XXXVII, artigo 5º CF.
O juiz não pode deixar de decidir, alegando lacuna ou obscuridade da lei (artigos 140, CPC e 4º LINCCB).
 Espécies de Jurisdição
Jurisdição Penal – versa sobre lides natureza penal. Seu instrumento é o Código de Processo Penal, além do Código Penal e da legislação extravagante.
 
Jurisdição Civil - refere-se às lides de natureza civil.
Seu objeto é a composição dos conflitos de interesse de natureza não penal, regulados pelo direito público ou privado, que envolvam pessoas físicas ou jurídicas.
A Jurisdição também pode ser:
Contenciosa:
Diz respeito a existência de uma lide (conflito, contenda, briga) que será resolvida mediante o exercício da atividade jurisdicional. O conflito de interesses será resolvido mediante a prolação de uma Sentença, artigo 203, § 1º, CPC.
O autor promove a ação (petição inicial) em face do juiz. Presentes os requisitos da petição inicial (artigo 319 do CPC) bem como as condições de ação, o juiz determina a expedição de mandado de citação (artigo 238 do CPC) e oferecida defesa (contestação) por parte do Réu estará formada a relação jurídica processual.
A relação jurídica processual que era angular (Autor( Juiz) tornou-se triangular (Autor, Juiz e Réu). A ação é proposta em face do Juiz, mas contra o réu.
A Sentença tem por objetivo resolver o conflito de interesses (lide) submetido a apreciação do Poder Judiciário;
Exemplo: ações em geral: despejo, inventário, cobrança, sustação de protesto, mandado de segurança, divórcio litigioso, etc.
Voluntária ou Graciosa ou Administrativa:
Nessa modalidade, não há lide, antes, pelo contrário, ocorre um acordo de vontades.
Inexistem partes mas sim interessados. Estes, de comum acordo, direcionam uma petição ao magistrado, expondo seu desejo. A atividade judicial, em geral, limitar-se-á a homologar o acordo de vontades.
Exemplos: ação de retificação de nome; separação consensual (amigável); divórcio consensual; ação para suprimento do consentimento para o casamento; ação de nomeação e remoção de tutores; ação onde se pretende autorização judicial para venda de bens de menores (alvará); ação para suprimento de consentimento para casamento. Abertura de Testamentos, etc.
 
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