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Câncer de Ovário e Tuba Uterina

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Universidade anhembi morumbi
David MATOS
Layla Pareta
Luccas da SILVA
Mayara Alves
Millene Santos
Rita Chagas
Vanusa COURA
Câncer de Ovário e TUBA UTERINA
São Paulo
2013
�
David MATOS
Layla Pareta
Luccas da SILVA
Mayara Alves
Millene Santos
Rita Chagas
Vanusa COURA
Câncer de Ovário e TUBA UTERINA
Trabalho apresentado como exigência parcial para a disciplina Fisioterapia Uroginecológica e Obstétricia do curso de Fisioterapia da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação da Prof.ª Luciana Caglione Martins.
São Paulo
2013
�
Sumário
2Introdução	�
3Neoplasias Ovarianas	�
4Sintomas	�
4Diagnóstico	�
4Marcadores Tumorais	�
5Ultrassonografia	�
6Rastreamento do Câncer de Ovário	�
7Prevenção	�
8Tratamento	�
8Intervenção da Fisioterapia	�
8BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA	�
8Proporcionar alívio da dor	�
8Recursos Terapêuticos	�
9Carcinoma de Trompa do Falópio	�
10fISIOPatologia	�
11Diagnóstico	�
11Sinais e Sintomas	�
12Tratamento	�
12Caso clínico	�
13Resultados e discussão	�
13Conclusão do Caso Clinico	�
14Conclusão	�
14Referências	�
�
Introdução
O câncer de ovário é a neoplasia ginecológica mais letal e a sobrevida global é inferior a 40% em cinco anos. Isto ocorre principalmente porque a maioria das pacientes apresenta estágios avançados no momento do diagnóstico. Nestes casos as opções terapêuticas - citorredução e quimioterapia - são apenas parcialmente efetivas. Quando diagnosticado precocemente, por outro lado, a sobrevida em cinco anos é superior a 90% e a cirurgia geralmente é o único tratamento necessário. No entanto, em função da baixa prevalência do câncer de ovário na população, mesmo testes muito específicos produzem altas taxas de resultados falso-positivos e aumento de intervenções cirúrgicas para abordar massas anexiais assintomáticas. Com base nestes fatos, é essencial a busca de métodos e estratégias para se detectar estes tumores em estádios iniciais e ao mesmo tempo evitar intervenções desnecessárias. 
Dentro dos carcinomas do aparelho genital feminino, a localização mais rara é sem dúvida, câncer da trompa. De fato até a metade do século passado foi uma entidade nosológica completamente desconhecida. A localização primitiva do carcinoma da trompa foi inclusive negada por autores de renome da época como Courty em 1881 e Schroder em 1889. O primeiro relato data de 1847, porém o primeiro caso publicado ocorreu em 1888, por Orthmann. 
Palavras-chave: Neoplasias ovarianas/diagnóstico; Neoplasias trompa; Marcadores biológicos de tumor; Antígeno Ca-125
Neoplasias Ovarianas
Os ovários são as glândulas de produção dos hormônios femininos. As mulheres têm dois ovários, um de cada lado da pelve, ligados ao útero pelas trompas. Sua função é produzir o estrogênio e a progesterona que regem, entre outras coisas, o ciclo menstrual da mulher, e produzir e armazenar os óvulos. Os óvulos são liberados dos ovários a cada ciclo menstrual normal e se encaminham para o útero pelas trompas. O óvulo, fertilizado pelo espermatozoide, se fixa na parede interna do útero e se desenvolve num bebê. 
O câncer de ovário é a sexta neoplasia maligna mais frequente e a quarta causa de morte por câncer em mulheres. Para 2004 eram esperados 25580 novos casos, com 16090 óbitos. Os dados de prevalência acumulada ao longo da vida, desde o nascimento até 85 anos de idade, mostram que a probabilidade de ocorrência do câncer de ovário é de 1,5%%. A sobrevida global é apenas 3040% em cinco anos. Isto ocorre em parte porque a maioria das pacientes tem a doença diagnosticada em estágios avançados, situação em que as opções de tratamento são restritas a cirurgia citorredutora e a quimioterapia baseada nos derivados da platina. Estas modalidades terapêuticas são apenas parcialmente efetivas e, consequentemente, a maioria das pacientes apresentará recorrência e óbito em função da doença.
Pouco frequente, o câncer de ovário é o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura. Cerca de 3/4 dos cânceres desse órgão apresentam-se em estágio avançado no momento do diagnóstico. A maioria dos tumores de ovário são carcinomas epiteliais (câncer que se inicia nas células da superfície do órgão), o mais comum, ou tumor maligno de células germinativas (que dão origem aos espermatozoides e aos ovócitos - chamados erroneamente de óvulos).
Os fatores de prognóstico, definidos pela correlação com a sobrevida, em geral refletem a extensão da doença (estádio), a biologia intrínseca do tumor (tipo e grau histológico) e a capacidade da paciente tolerar o tratamento para a doença. Assim como estes fatores pré-tratamento, outros que podem ter impacto na sobrevida incluem o tipo de tratamento recebido (citorredução ótima, quimioterapia baseada em derivados da platina) e o efeito da terapêutica sobre o tumor (ex. resposta completa) ou sobre a paciente (ex. mielossupressão). 
Entre estes fatores de prognóstico, o estadiamento da FIGO é considerado o mais importante. A sobrevida em cinco anos é de 95% para os casos de tumor localizado no ovário, 72% para os casos com implantação regional e 31% para os casos com tumor disseminado. No entanto, no momento do diagnóstico, 29% dos casos apresentam-se com tumor restrito aos ovários, 6% com tumores disseminados regionalmente e 59% com disseminação à distância.
A elevada mortalidade e a pequena proporção de casos de câncer de ovário diagnosticados em estádios iniciais tornam a busca por meios de identificação precoce desta doença essencial. Os critérios básicos para o rastreamento de uma doença são: elevada morbidade e mortalidade, o entendimento da história natural da doença, a elevada prevalência de doença pré-clínica na população, a existência de teste confortável e conveniente, com custo acessível, fácil de realizar, sem efeitos colaterais, e com elevada sensibilidade e especificidade. A etiologia do câncer de ovário parece ser multifatorial, incluindo fatores reprodutivos, familiares e pessoais. Existem evidências consistentes a respeito do efeito protetor da multiparidade e do uso de contraceptivos orais, independente do subtipo histológico. A história de câncer de ovário em parentes de primeiro grau é considerada o principal fator de risco, embora apenas 5% das mulheres com a doença apresentem fatores genéticos identificáveis. Considerando-se os aspectos epidemiológicos do câncer de ovário e o estágio atual do conhecimento sobre esta doença, apenas o primeiro critério essencial para a proposição de rastreamento populacional pode ser considerado completamente satisfeito.
Sintomas
Na fase inicial, o câncer de ovário não causa sintomas específicos. À medida que o tumor cresce, pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas; náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante. Outros sintomas, apesar de menos comuns, também podem surgir, como necessidade frequente de urinar e sangramento vaginal. A maioria desses sintomas não significa que a mulher tem tumor de ovário, mas serve de alerta para que ela procure um médico.
Diagnóstico 
Diante de algum sintoma suspeito, o médico poderá pedir exame de sangue específico e uma ultrassonografia transvaginal. Baseado nos resultados desses testes poderá ser indicado biópsia (feita por laparoscopia ou laparotomia) do tecido ovariano ou por marcadores tumorais.
Marcadores Tumorais
Marcadores tumorais são substâncias que podem ser detectadas e quantificadas no sangue ou em outros fluidos orgânicos de pacientes portadores de neoplasias. Diversas categorias de marcadores têm sido investigadas para o diagnóstico precoce dos tumores ovarianos, entre as quais merecem destaque: as sialomucinas epiteliais; proteases com seus inibidores complementares e produtos de clivagem; citosinas, receptores e reagentes de fase aguda; hormônios, fatores promotores e inibidoresde crescimento; citoqueratinas; lípides e lipoproteínas; proteínas oncofetais; auto-anticorpos; e mais recentemente os perfis proteômicos. 
O CA 125 é marcador mais conhecido e utilizado na condução clínica de pacientes com tumores epiteliais de ovário. Este marcador tem sido estudado para o rastreamento de mulheres assintomáticas, no diagnóstico diferencial de mulheres com massas pélvicas, no monitoramento de resposta ao tratamento adjuvante e na detecção precoce de recorrência do tumor após tratamento. A sensibilidade varia entre 24 e 97% e depende principalmente do estádio e do tipo histológico do tumor. Para o estádio I a sensibilidade está entre 27 e 66%, para o estádio II entre 65 e 100%, para o estádio III entre 87 e 90% e para o estádio IV em torno de 94%. A especificidade varia entre 71 e 100%, podendo ser comprometida por uma série de eventos fisiológicos (ex. menstruação), por diversas condições benignas (ex. endometriose), e por outras neoplasias. 
Mais recentemente, a extração do RNA mensageiro e a síntese do DNA complementar a partir de tumores e de tecido normal têm sido utilizadas para localizar genes super expressos e identificar uma variedade de marcadores, incluindo prostática e a osteopontina. 
Ultrassonografia 
A ultrassonografia é método naturalmente associado aos marcadores tumorais, tanto nas tentativas de rastreamento como para o diagnóstico diferencial dos tumores ovarianos. Na presença de aumento do volume ovariano, as características ultrassonográficas podem ser associadas ao risco de malignidade. Em série de 1017 tumores, 0,3% dos cistos uniloculares, 8% dos cistos multiloculares e 39% dos tumores predominantemente sólidos eram malignos.
A experiência com a ultrassonografia transvaginal como método inicial para o rastreamento do câncer de ovário é, no entanto, limitada. Utilizando-se oito cm3 como valores máximos do volume ovariano foram identificados 33 (2,5%) exames anormais em 1300 mulheres na pós-menopausa, destas 27 foram submetidas à laparotomia com a identificação de apenas dois tumores malignos primários do ovário e 14 cistadenomas 20. Em outro estudo com 3220 mulheres assintomáticas também na pós-menopausa, houve indicação de 44 laparotomias exploradoras com a identificação de três casos de tumores primários do ovário dos quais dois no estagio IA.
Existem ainda alguns estudos em pacientes com risco elevado para câncer de ovário. Em estudo observacional de 10 anos no qual se avaliaram mulheres com risco para câncer de ovário familiar, foram identificados 104 exames positivos em 4231 realizados (2,5%). Dentre estes, 11 casos de tumor maligno do ovário sendo sete iniciais, incluindo quatro de malignidade limítrofe. Estas mulheres foram submetidas à avaliação ultrassonográfica anual. Como resultado, 180 mulheres (1,2%) foram submetidas à cirurgia por anormalidade persistente à ultrassonografia. Dentre estas 17 apresentaram tumor maligno primário do ovário e as demais apresentaram massas ovarianas benignas. Nove tumores foram classificados no estagio IA, dois IC, um IIA, dois IIC e três no estagio III.
Rastreamento do Câncer de Ovário
Além da falta de bons métodos de rastreamento, grande problema das propostas de rastreamento para o câncer de ovário é o impacto causado pelos resultados falso-positivos. O impacto "social" do valor preditivo positivo depende da necessidade de utilização de procedimentos invasivos no caso de resultados positivos do rastreamento. Considerando-se a prevalência média de 50 por 100000 mulheres após a menopausa e um exame com especificidade de 95%, o valor preditivo positivo é de apenas 1%, ou seja, seriam necessários 100 procedimentos invasivos (laparoscopia ou laparotomia) para se detectar um caso de tumor de ovário. 
A mortalidade e morbidade decorrentes do câncer de ovário atualmente e a expectativa de mudança de panorama caso a proporção de diagnósticos precoces aumente têm motivado esforços na busca e aprimoramento de métodos de rastreamento. Mesmo considerando as limitações epidemiológicas esperadas, grandes ensaios estão em andamento atualmente.
A prevalência destas lesões após os 55 anos é cerca de 21,2%, sendo 15,7% cistos simples e 5,5% cistos complexos. A remoção cirúrgica de cistos ovarianos benignos parece ter pouco impacto na incidência futura de câncer de ovário. Uma minoria destas massas é maligna. No entanto sua presença é sempre motivo para preocupação. Nestes casos devem-se procurar metodologias que permitam reduzir ao máximo as intervenções desnecessárias sem deixar de realizar o diagnóstico precoce dos tumores malignos. A combinação de características clínicas, ultrassonográficas e a dosagem de CA 125 são os métodos recomendados para tal finalidade. A intervenção cirúrgica é recomendada nos casos de pacientes com história de câncer de ovário, mama ou cólon em parentes de primeiro grau, avaliação ultrassonográfica no qual se encontrou "massa complexa" ou que apresentem CA 125 com níveis superiores a 35 U/mL. Uma massa anexial é considerada complexa quando apresenta cápsula espessa, septos espessos, vegetações ou componentes sólidos.
Quando há indicação cirúrgica e não há evidencias claras de malignidade, a via considerada como preferencial é a laparoscópica. A anexectomia e exame anatomopatológico intraoperatória são formalmente indicados. Apesar do aprimoramento dos métodos de diagnóstico pré-operatório e intraoperatória, continuam sendo relatados casos de massas anexais abordadas por laparoscopia e que subsequentemente se revelaram malignas. Entre quatro e seis massas anexiais em cada 1000 casos com aparência intraoperatória totalmente benigna, são na verdade tumores malignos. Devem ser ressaltados ainda dois pontos: o primeiro é que o atraso em realizar o tratamento definitivo em caso de tumores malignos pode piorar o prognóstico e, segundo que, embora não sendo consenso, a ruptura intraoperatória de tumores malignos tem efeito negativo sobre o seu prognóstico. A ruptura implica em tratamento mais agressivo com indicação obrigatória de quimioterapia adjuvante. 
Estes aspectos considerados em conjunto nos levam a preconizar anexectomia total em pacientes submetidas à laparoscopia por massas ovarianas após a menopausa, independentemente da característica macroscópica. Pelos mesmos motivos a avaliação histopatológica intraoperatória é obrigatória em pacientes submetidas à anexectomia laparoscópica por massas ovarianas. O exame de congelação é o método mais adequado para a avaliação intraoperatória na maioria dos casos, apresentando concordância com o exame em parafina em 92% dos casos.
Prevenção
As mulheres devem estar atentas aos fatores de risco e consultar regularmente o seu médico, principalmente aquelas acima de 50 anos. Fatores hormonais, ambientais e genéticos estão relacionados com o aparecimento do câncer de ovário. História familiar é o fator de risco isolado mais importante. Cerca de 10% dos casos apresentam componente genético ou familiar, e 90% são esporádicos, isto é, sem fator de risco conhecido.
Ter tido câncer de mama, útero ou colorretal ou nunca ter engravidado também aumenta o risco de ter câncer de ovário. Alguns estudos sugerem que a ingestão do hormônio estrogênio (sem progesterona) por 10 anos ou mais pode aumentar a chance de a mulher vir a ter esse tipo de tumor.
A presença de cistos no ovário, bastante comum, não deve ser motivo para pânico. O perigo só existe quando eles são maiores que 10 cm e possuem áreas sólidas e líquidas. Nesse caso, quando detectado o cisto, a cirurgia é o tratamento indicado.
O exame preventivo ginecológico (Papanicolau) não detecta o câncer de ovário, já que é específico para detectar o câncer do colo do útero.
Tratamento 
Diversas modalidades terapêuticas podem ser oferecidas (cirurgia, radioterapia e quimioterapia). A escolha vai depender principalmente do tipo histológico do tumor, do estágio, da idade e das condições clínicas da paciente e de se o tumor é inicial ou recorrente. 
Se a doença for detectadano início - especialmente nas mulheres mais jovens - é possível remover somente o ovário afetado. 
Intervenção da Fisioterapia 
Neste caso, o principal objetivo é proporcionar uma boa qualidade de vida para estes pacientes, sendo cada vez mais necessário o envolvimento ativo de uma equipe multidisciplinar. Por multidisciplinar entende-se uma equipe composta por médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e nutricionistas. Esses profissionais devem trabalhar de modo integrado e cumprir objetivos que norteiem a assistência, ou seja, a avaliação das situações, o alívio da dor e do sofrimento, a eliminação dos padrões anormais dos comportamentos, a melhora das atividades e a educação dos cuidadores. 
Diferentemente da medicina, a intervenção da fisioterapia na área de Oncologia não pode ser medida pelo índice de sobrevivência ou pelo desaparecimento dos sintomas, mas sim pelo grau de independência funcional alcançada pelo paciente (ou seja, o quanto você consegue fazer coisas sozinho).
BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA
Proporcionar alívio da dor
Reduzir a necessidade de medicamento como analgésicos. A combinação de métodos farmacológicos com não farmacológicos para controle da dor proporciona efeito analgésico melhor do que o uso isolado do medicamento ou de meios físicos. O tipo de dor que estes pacientes apresentam, na grande maioria das vezes, é classificado como dor crônica.
A dor por afecção do sistema locomotor (mais comumente chamada de Lombalgia) pode durar semanas e é a causa mais comum de incapacidades. 	Os resultados positivos da fisioterapia em pacientes com câncer se dão com relação à recuperação físico-funcional. Eles advêm da aplicação sistematizada de recursos terapêuticos diversos com o foco sempre voltado para o controle dos sintomas imediatos referidos pelo paciente; A maximização das habilidades funcionais remanescentes; A importância da orientação dos familiares e acompanhantes.
Recursos Terapêuticos
Termoterapia: pode ser realizada com adição ou subtração de temperatura, com adição de calor, como a hidroterapia, e/ou crioterapia como subtração de temperatura através do gelo.
Eletroterapia: consiste em aplicação de corrente elétrica com fins terapêuticos.
Acupuntura: é um método terapêutico amplamente utilizado para promover a estimulação mecânica de estruturas dérmicas, subdérmicas e musculares.
Massagem: é um excelente método de tratamento para pacientes com edema, estase linfática e dor miofascial.
Carcinoma de Trompa do Falópio
Dentro dos carcinomas do aparelho genital feminino, a localização mais rara é sem dúvida, câncer da trompa. De fato até a metade do século passado foi uma entidade nosológica completamente desconhecida. A localização primitiva do carcinoma da trompa foi inclusive negada por autores de renome da época como Courty em 1881 e Schroder em 1889. O primeiro relato data de 1847, porém o primeiro caso publicado ocorreu em 1888, por Orthmann. Até agora foram publicados aproximadamente 1500 casos de carcinoma da trompa.
As trompas uterinas são órgãos ocos, musculares e simétricos, cuja luz é revestida por uma membrana mucosa, que fazem a ligação entre a cavidade endometrial e o interior do abdômen. Apesar de ser um órgão de passagem, representa na fisiologia da fecundação um papel de muita importância, uma vez que é nela que acontece habitualmente a fecundação.
As trompas são constituídas por três capas ou túnicas que são as camadas serosa, muscular e mucosa, repetindo a constituição do útero. Temos na trompa uma ausência completa de glândulas, apesar de em cortes histológicos, especialmente da porção ampular, existir uma abundância de pregas mucosas de aspecto arborescente, pseudo-adenóico. A irrigação sanguínea da trompa está assegurada pelas artérias uterina e ovariana. As veias seguindo um trajeto paralelo ás artérias vão desembocar nas útero-ováricas. Especial atenção deve-se dedicar a circulação linfática das trompas, uma vez que a extensão das operações radicais por carcinoma do órgão está relacionada à via pela qual se faz a disseminação linfática. Por analogia com o que acontece com o útero, são descritas três redes que nascem nas três túnicas do órgão formando coletores no mesossalpinge com os do fundo do útero e os do ovário indo desembocar nos gânglios justa-aórtico lombar. As redes conhecidas são: o pedículo interno ou útero-ovárico, o pedículo médio ou ilíaco, o pedículo interno (este encontrado em apenas 15% dos casos segue para os linfonodos hipogástricos). 
A incidência do carcinoma da trompa conhecida é de um caso para cada 1.000, entre todos os casos ginecológicos abdominais. Em 20% a 30% dos casos pode ser encontrado de forma bilateral, possivelmente pela origem multicêntrica do tumor. A neoplasia permanece restrito ás tubas geralmente e mesmo o endométrio da região fúndica uterina mantém-se livre de comprometimento.
fISIOPatologia
A maioria dos casos de carcinoma tubário é encontrada como achado clínico inesperado, e não raro o cirurgião se depara com esta situação na mesa de operações. Nos estágios precoces, as alterações consistem no crescimento da trompa determinado pelo tumor localizado na mucosa de sua luz. O edema pode ser confundido com uma reação inflamatória. Frequentemente o hematossalpinge ou derrame sanguinolento na luz das trompas acompanha o carcinoma. Na maioria dos casos a lesão acontece na região ampolar. Pode sugerir também um caso de prenhez ectópica. Nos casos avançados, ocorre invasão da serosa que pode ser confundida com tuberculose tubária, devido à lesão de aspecto papilífero e granulomatoso. Nesta ocasião pode ser confundido com câncer de ovário. A maioria dos canceres da trompa são adenocarcinomas serosos de configuração papilar, porém também foram identificados adenocarcinomas de outras naturezas. Temos ainda os carcinomas escamosos, carcinomas de células transicionais, sarcomas e coriocarcinomas. A obstrução das trompas na região das fímbrias e da junção útero-tubária por tumor ou inflamação é responsável pelo aparecimento da hidrossalpinge. Por ser extremamente rara deve ser distinguida do carcinoma do ovário. Alguns critérios são usados para este procedimento: O maior volume do tumor deve estar na trompa; o comprometimento mucoso deve ser predominantemente papilar; quando a parede tubária é afetada deve haver uma transição entre o epitélio tubário benigno e maligno; no caso de metástases endometriais ou ovarianas, estas devem conter menos tumor que a trompa ou apenas implantes superficiais.
A ausência de invasão do espaço linfovascular, é considerada como fator determinante de sobrevida. A frequência de um segundo tumor nas pacientes com carcinoma de trompa é 15% maior. O exame patológico de trompas removidas por outros motivos que não o carcinoma pode apresentar áreas de proliferação e atípicas de ordem celular que se assemelham aos carcinomas in situ encontrados em outros órgãos. O significado disto é controvertido. Em um estudo de 124 pacientes submetidas à salpingectomia, verificou-se que quase 20% das pacientes apresentavam lesões tubárias proliferativas sugerindo que estas lesões poderiam ser precursoras do câncer da trompa. A disseminação do carcinoma tubário, assim como a do câncer ovariano, se dá por expansão direta, comprometendo o peritônio dos ovários, do útero e dos intestinos.
Diagnóstico
Sinais e Sintomas
Curso do carcinoma da tuba é semelhante ao do ovário. Tem início insidioso, sintomas vagos e, na maioria das vezes, cursa de modo assintomático nos estágios iniciais. Apenas em cerca de 10% dos casos o diagnóstico prévio ocorreu. A tríade diagnóstica clássica para o câncer da trompa é a secreção vaginal, sangramento vaginal irregular e a massa pélvica. O sangramento vaginal, ou a metrorragia, é o sintoma mais comum de carcinoma tubário estando presente em taxas acima de 50% nas pacientes portadoras desta patologia. Apresenta característica semelhante ao da pós-menopausa.Nas mulheres jovens perda sanguínea anormal é encontrada sob a forma de sangramento intermenstrual ou como secreção. Este sangramento vaginal é resultado da passagem de sangue acumulado no interior da trompa para a cavidade endometrial e dai para o colo uterino. O segundo sintoma mais frequente de câncer tubário é a dor. É uma dor tipo cólica causada pela distensão da parede tubária e do estímulo dos movimentos peristálticos. A sensação de peso e a pressão pélvica são causadas por um tumor avançado de grande volume. A síndrome de hydrops tube profluens tem sido considerada manifestação específica de carcinoma tubário. Este sinal, entretanto mostrou-se muito raro, uma vez que existe frequentemente uma obstrução tubária proximal e distal. A síndrome é caracterizada por um episódio agudo de dor abdominal baixa tipo cólica, seguida de uma secreção vaginal intensa e alívio da dor. Além da massa pélvica, ascite também pode ser encontrada. A ascite maciça ocorre na doença avançada. O derrame pleural indica a disseminação transdiafragmática de células malignas. Pode ocorrer adenopatia inguinal e subclavicular em casos de câncer intraperitoneal disseminado. As provas laboratoriais são inespecíficas. A citologia vaginal normal foi considerada útil no diagnóstico, mas em grandes séries de estudos ela não foi sensível nem específica. O CA-125 pode estar elevado no pós-operatório. Isto, entretanto é mais frequente em associação com o câncer de ovário. Os estudos de imagem, que incluem a tomografia computadorizada, e a ultrassonografia não são capazes de distinguir fielmente massa tubária de ovarianas ou cânceres tubários das doenças inflamatórias ou dos endometriomas da trompa. Contudo, uma massa cística fusiforme ou em forma de salsicha, com projeções luminais é bastante sugestiva de carcinoma primário da trompa. A histerossalpingografia é atualmente desaconselhada, para evitar a lavagem de células malignas da trompa para a cavidade peritoneal. A laparoscopia tem indicação sempre que o exame pélvico seja duvidoso e algum exame de imagem mostre alteração que necessite esclarecimento. Na impossibilidade de realiza-la, a laparotomia pode ser indicada.
Tratamento
O tratamento segue em geral os princípios do câncer do ovário. O acesso primário deve ser cirúrgico.
A cirurgia adequada consiste na histerectomia total com anexectomia bilateral, omentectomia.
A quimioterapia parece ter melhorado a sobrevida das pacientes, sobretudo esquemas contendo cisplatina.
Após a quimioterapia deve ser realizada uma laparotomia para reavaliação da cavidade abdominal e determinar o uso ou não de quimioterapia de segunda linha. 
Caso clínico
S.S.S., 28 anos, primípara, primigesta, com queixa de dores em baixo ventre e cólicas há dois anos e massa pélvica de provável origem ovariana. A massa pélvica só foi descoberta após um emagrecimento rápido, quando foi possível visualizar o aumento do volume abdominal. Foi internada no dia 03/03/10 na Maternidade Carmela Dutra para realização de laparotomia para retirada de massa pélvica de provável origem ovariana. Durante a cirurgia, foram encontrados dois tumores de ovário e foi realizada a histerectomia com anexectomia bilateral.
A paciente foi atendida pela fisioterapia três vezes durante o período de internação. Sendo uma vez no pré e duas no pós-operatório (no primeiro e quarto PO). O objetivo dos atendimentos foi prevenir complicações respiratórias e circulatórias e permitir um retorno o mais breve possível à função.
No pré-operatório foram dadas orientações sobre trocas de decúbito, exercícios metabólicos e de expansão pulmonar e deambulação precoce. Esse contato ocorreu poucas horas antes de o paciente ir para a cirurgia, que teve 8 horas de duração, e na qual foram encontrados dois tumores de ovário.
No primeiro dia de pós-operatório a paciente apresentava-se estável, referindo dor abdominal, desconforto na coluna e fraqueza. Durante o atendimento foram realizados exercícios metabólicos, de expansão pulmonar, trocas de decúbito massoterapia em cervical, torácica e lombar e dadas orientações quanto à deambulação precoce.
No quarto dia de pós-operatório, foi realizada deambulação com correção de postura antálgica, exercícios respiratórios em decúbito dorsal (DD) e na posição sentada. Paciente teve alta sem nenhuma complicação.
Resultados e discussão
A paciente afirmou ter iniciado os exercícios metabólicos e respiratórios logo após a cirurgia e no primeiro dia de pós-operatório. Mostrou-se disposta a realizar os exercícios propostos e não teve dificuldade em fazê-los. Baracho, (2002) afirma que é altamente eficiente proporcionar pelo menos uma avaliação e tratamento preparatório antes da operação, pois nesse momento as pacientes, aprendem mais depressa e, posteriormente, lembram-se mais das orientações e praticam os exercícios com maior facilidade. De acordo com Leguisamo et al, as complicações pulmonares pós-operatórias são uma fonte significativa de mortalidade e morbidade.
E para reduzir essas taxas, é importante identificar os pacientes em risco de complicações pulmonares pós-operatórias, otimizando a terapêutica. Alguns fatores que predispõem às complicações respiratórias no pós-operatório podem ser minimizados por adequada avaliação e manejo pré-operatório, incluindo o uso de fisioterapia respiratória.
A massoterapia promoveu alívio imediato do desconforto muscular sentido pela paciente após o prolongado tempo cirúrgico. Essa técnica atua reduzindo a dor, promovendo a melhora da circulação e oxigenação, e redução das tensões da musculatura.
Andrade e cols. classificam que pacientes submetidas à cirurgia de grande porte (como a laparotomia), encontram-se no grupo de médio risco para ocorrência de trombose venosa profunda (TVP) e tromboembolismo pulmonar. A redução do tempo de imobilidade desses pacientes, através de exercícios metabólicos e deambulação precoce, reduzem significativamente esse risco.
A paciente não teve nenhuma complicação de origem respiratória ou pulmonar e teve alta no quarto dia de pós-operatório com independência funcional (era capaz de deambular, realizar atividades de autocuidados e outras atividades leves, sozinha).
Conclusão do Caso Clinico
A fisioterapia no manejo e pré e pós-operatório da paciente submetida à laparotomia por câncer de ovário mostrou-se efetivo, devolvendo rapidamente à paciente sua funcionalidade e prevenindo complicações. A disposição e o interesse na paciente tiveram suma importância para a obtenção de tais resultados.
São necessários mais estudos acerca desse assunto para que se possam estabelecer condutas e a eficácia das mesmas.
Conclusão
As publicações atuais não dão apoio à recomendação rotineira de rastreamento em nível populacional para o câncer de ovário até o momento. No entanto, em que pesem as características epidemiológicas desfavoráveis, a elevada mortalidade e morbidade que acompanha esta doença é motivo suficiente para insistir na busca de métodos mais sensíveis e específicos para tal finalidade.
Quando se considera pessoas de alto risco, como aquelas têm parente de primeiro grau com câncer de ovário, há indícios fortes que a utilização anual de ultrassonografia transvaginal e dosagem seriada de CA 125 com cálculo de risco para o câncer de ovários pode levar à identificação de casos mais precocemente havendo, portanto, mais benefícios que risco em aplicar o rastreamento.
Câncer da trompa de Falópio apresenta-se como um dos tumores mais raros do aparelho genital feminino. Não existe uma idade precisa para o seu aparecimento. Há uma frequência de bilateralidade em aproximadamente 26% dos casos. A disseminação mais comum é por extensão direta às estruturas peritoneais. A metrorragia, leucorréia, e a dor, são sintomas encontrados. O diagnóstico é difícil, sendo na maioria dos casos realizado no ato operatório. O tratamento segue as normas gerais para o tratamento do câncer do ovário.
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