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Direito das Obrigações (álvaro villaça) RESUMO

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Direito das Obrigações
Conhecidos como de crédito ou pessoais. Pertencem ao campo dos direitos patrimoniais, entretanto dependem do cumprimento de uma prestação devida pelo devedor ao credor, que se encontram vinculados em uma relação jurídica obrigacional.
O direito das obrigações está assentado, antes de qualquer coisa, no princípio da autonomia da vontade, pois, fixando normas gerais, inclusive dos contratos, deixa à vontade individual um campo enorme para sua manifestação. As pessoas devem ainda comportar-se com probidade e boa-fé, respeitando a função social do contrato, a parte mais fraca e a dignidade humana.
Segundo Washington de Barros Monteiro: obrigação é a relação jurídica, de caráter transitório, estabelecido entre devedor e credor e cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica, positiva ou negativa, devida pelo primeiro ao segundo, garantindo-lhe o adimplemento através de seu patrimônio.
Elementos constitutivos da obrigação:
Subjetivo: sujeito ativo e passivo
Objetivo: objeto da obrigação
Espiritual: o vinculo jurídico
Classificação das Obrigações:
Obrigações simples: um sujeito ativo, um passivo e um objeto.
Compostas/complexas: elementos no plural, se não for multiplicidade de objetos, será de sujeitos ou ainda ambos. 1)Cumulativas: todos os objetos devem ser prestados, ligados pelo conectivo “e”. 2)Alternativas: um ou outro objeto deve ser prestado; Há necessidade de escolha, que em regra é do devedor, porém, todos os objetos são citados no contrato.
Facultativa: trata-se de obrigação simples, apenas um objeto é citado no contrato, e pode o devedor facultar-se a prestar outro, caso ache conveniente, não o sendo obrigado a prestar outro do que o estipulado. Se eivada de algum vício, é nula a obrigação e a sua acessória. Caso que não acontece com a alternativa, que sempre terá uma eficaz. Extingue-se pelo perecimento do objeto principal. “O credor só pode exigir a prestação obrigatória, mas o devedor se desonera cumprindo a prestação facultativa”.
Obrigações com cláusula penal: é a multa, pena, cominação. Tem caráter acessório, acompanhando sempre um contrato principal.
Obrigações de meio: o devedor obriga-se a fornecer meios necessários para realização de um fim, sem responsabilizar-se pelo resultado: médico.
Obrigações de Resultado: enquanto o resultado não sobrevier, o devedor não terá cumprida sua obrigação. EX: contrato de transporte, médico cirurgião estético.
Obrigação de dar coisa certa: Entrega ou restituição. O credor não é obrigado a aceitar coisa diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa. CC. 313. (caso aceite, estaremos diante do instituto DAÇÃO EM PAGAMENTO – modalidade de extinção de obrigação)
A entrega acompanha os seus acessórios, salvo se resultar do título obrigacional ou das circunstâncias do caso.
Tradição: transferência dominial, entrega da coisa ou tradição solene em caso dos imóveis, que é o registro, matrícula, do titulo aquisitivo, no competente registro de imóveis.
Perecimento: COM CULPA do devedor, o credor tem o direito a receber o EQUIVALENTE mais perdas e danos. Aqui tanto ENTREGAR QUANTO RESTITUIR!
Deterioração: COM CULPA do devedor, o credor pode optar pelo equivalente em dinheiro e reclamar perdas e danos OU PODE ACEITAR NO ESTADO EM QUE SE ENCONTRE, recebendo indenização pelo prejuízo causado.
SEM CULPA: nenhuma indenização terá de pagar, voltado ao estado em que antes se encontrava, exaurindo a relação jurídica. Em caso de DETERIORAÇÃO, poderá o credor aceitar no estado em que se encontre, com abatimento no preço ou extinguir a obrigação (entrega). Se a obrigação for de restituir, o credor receberá a coisa tal qual se ache, sem direito a reclamar perdas e danos.
Princípio “RES PERIT DOMINO”, não ocorrendo culpa do devedor, A COISA PERECE PARA O DONO.
Dar coisa incerta:
Será indicada ao menos pelo gênero e quantidade, cabendo ao devedor a escolha, em regra, salvo estipulação ao contrário, não podendo então dar coisa pior nem ser obrigado a dar coisa melhor. 
Após a escolha da coisa, a obrigação será de dar coisa certa. Não cabendo ao devedor alegar deterioração ou perecimento, ainda que caso fortuito ou força maior, haja vista a coisa não era determinada e sim determinável.
Obrigação de fazer:
Alguém se compromete junto a outrem a fazer, a realizar, a prestar uma atividade lícita. Compromisso do devedor junto ao credor de prestar ato ou fato seu ou de terceiro.
Personalíssimas: dependem de qualidades individuais de quem se obriga (intuitu personae). 
Inadimplemento diante da recusa ou impossibilidade de cumprimento.
Recusa ao cumprimento da obrigação a ele só imposta ou só por ele exequível, incorre na obrigação de indenizar perdas e danos. Se for possível, pode o credor encarregar, à custa do devedor, com autorização judicial, terceiro para realizar a obrigação, que foi recusada ou retardada por esse devedor, ou, então, pedir o ressarcimento dos prejuízos.
Impossibilidade, sem culpa, resolve-se a obrigação, com culpa, resolve-se em perdas e danos.
Em caso de urgência, mesmo sem autorização judicial, o credor pode mandar executá-la e depois pedir a respectiva indenização.
Obrigação de não fazer:
O que se obriga a não fazer deve omitir-se nesse sentido, sob pena de inadimplemento obrigacional.
Inadimplemento: se o devedor pratica o ato, que se obrigara a não praticar, deixa de cumprir a obrigação, podendo o credor, com base no art 251caput, exigir o desfazimento do ato, sob pena de ser desfeito às expensas deste, devendo o culpado indenizar perdas e danos. Havendo urgência, poderá mandar desfazer independentemente de autorização judicial, e depois pedir perdas e danos.
OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA SILVIO VENOZA
Apresenta-se com vários objetos, sendo um só devido.
Fica cumprida com a execução de qualquer das prestações que formam seu objeto.
Em regra, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou, podendo ser do credor ou ainda por terceiro se assim convencionado. Enquanto não for efetivada a escolha, o credor não terá qualquer direito sobre os objetos, no sentido de obrigar a entregar esta ou aquela coisa. Somente quando a escolha é feita que o credor pode exigir o pagamento.
Não pode obrigar o credor a receber parte de um e parte de outro, pois se trata de indivisibilidade quanto ao objeto, se foi acertado que entregaria 2 sacas de milho ou 2 de café, não pode o devedor entregar 1 saca de cada nem o credor assim exigir, de acordo com o art. 252 CC.
Em caso de periodicidade, ou seja, pagamento parcelado, mês a mês, neste caso, o devedor pode optar em cada período pelo cumprimento da obrigação como entender. 
Se os credores não chegarem a um acordo, caberá decisão judicial. Do mesmo modo o terceiro.
Após a escolha feita, torna se obrigação simples, já que a obrigação concentra-se na prestação eleita.
Pode comunicar obrigação de dar, fazer e não fazer.
CULPA DO DEVEDOR, não pode cumprir nenhuma das obrigações, quando compete ao devedor a escolha, o devedor fica obrigado a pagar o valor do ÚLTIMO que se impossibilitou + PERDAS E DANOS.
SEM CULPA: não há indenização, e obrigação se EXTINGUE!
ESCOLHA COMPETE AO CREDOR, e HÁ CULPA DO DEVEDOR, e o perecimento for de ambas as prestações, terá o credor o direito de reclamar qualquer das duas, além de indenização por perdas e danos.
SE UMA PRESTAÇAO FOR SUBSISTENTE, mas a escolha é do CREDOR, poderá ele exigir a subsistente ou o valor da outra que se impossibilitou, com perdas e danos. No entanto, se a escolha couber ao devedor, caberá prestar a prestação que não se impossibilitou.
SENDO A OBRIGAÇÃO INDIVISIVEL CADA UM DOS DEVEDORES RESPONDE PELA DIVIDA TODA COMO NA SOLIDARIEDADE.
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS:
Tais obrigações pertencem à espécie das obrigações complexas ou compostas, com multiplicidade de objetos.
A obrigação será divisível quando o objeto de prestação é suscetível de cumprir-se fracionadamente, sendo indivisível, quando não puder ser cumprida parceladamente, sejaem razão da sua própria natureza, vontade da lei ou das partes, seja ainda, por perder consideravelmente seu valor ou sua utilidade.
Em principio, obrigações de não fazer são indivisíveis.
Havendo pluralidade de credores, pode qualquer deles exigir a divida toda de um devedor ou de todos. Já os devedores, podem pagar a todos os credores, ou se pagarem a um a dívida inteira, deverão exigir caução deste, ficando o credor que recebeu devedor dos demais credores. 
Se um dos credores perdoar a dívida, a obrigação não ficará extinta para os demais, mas estes só poderão exigir descontada a quota do credor remitente.
Se tratar de obrigação indivisível, por exemplo, um TOURO de 300 mil reais, havendo 3 credores e 1 perdoa a divida, os outros dois credores só poderão exigir o touro se indenizarem o devedor na quota que foi remitida, no caso 100 mil reais.
Sendo assim, os credores indenizam 100 mil ao devedor, e assim podem exigir o touro de 300 mil. 
O mesmo não ocorre em se tratando de obrigação divisível, pois havendo remissão por parte de um dos credores, os demais efetuam o desconto da parte remitida para poder cobrar a dívida.
- A culpa é meramente pessoal, respondendo por perdas e danos só o culpado, todos se houverem com culpa, todos responderão em partes iguais, e se somente um, este ficara responsável pela integralidade da indenização. (No entanto, terão que pagar o valor de suas quotas, tais quais como eram obrigados, quando se resolver em perdas e danos)
OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS:
- concorrem vários credores, vários devedores, ou vários credores e devedores, tendo cada credor o direito de exigir e cada devedor o dever de prestar, integralmente, as coisas que são objeto da prestação. Assim, existe solidariedade, quando, na mesma relação jurídica obrigacional, concorre pluralidade de credores e/ou devedores, cada credor com direito e cada devedor obrigado à divida toda, em solidariedade.
- Na solidariedade a indivisibilidade do objeto é condição de sua própria existência, seja ou não, naturalmente, divisível esse objeto.
- funda-se em uma relação jurídica subjetiva.
-convertendo a obrigação em perdas e danos, subsiste a solidariedade, continuando indivisível o objeto.
- cessa com a morte do credor, o crédito reparte-se entre os herdeiros, q não ocorre na indivisibilidade, pois não cessa com a morte do credor e não se reparte entre os sucessores o objeto por ser indivisível.
ATIVA: pluralidade de credores, cada um tem o direito de receber todo o crédito, no entanto, se um iniciar uma demanda cobrando do devedor, este que antes poderia pagar a qualquer um dos credores, terá que pagar tão somente a este para se resolver a obrigação.
- Nasce da vontade das partes.
- Os herdeiros de um dos credores solidários, de per si, só terão direito a exigir e receber a cota do crédito que lhes couber, a título de quinhão hereditário, salvo se for indivisível o objeto da prestação, então os herdeiros poderão agir em conjunto, com relação ao todo, correspondendo à cota do credor falecido.
PASSIVA: pluralidade de devedores.
O credor tem o direito a exigir e receber todo objeto da prestação de um dos devedores, de algum dos devedores, ou de todos os devedores, total ou parcialmente.
- se houver algum insolvente, a parte deste será dividida pelos demais, igualmente.
- intentada a demanda contra um devedor, não fica o credor inibido de acionar os demais devedores. 
-nasce da vontade das partes ou da lei.
Transmissão das obrigações:
Cessão de credito:
Negócio jurídico bilateral de credor para credor, pelo qual transfere o crédito juntamente com seus acessórios e garantias.
Cedente (cede o direito de crédito), cessionário (recebe) e cedido (devedor, não é necessária a concordância deste, já que não participa do negocio jurídico).
Todavia o devedor precisa ser notificado para que a cessão tenha eficácia.
Diferença da NOVAÇÃO: na novação se extingue uma obrigação e cria-se uma nova, já na cessão somente há alteração do polo ativo, não modificando a obrigação que permanece intacta, o mesmo ocorre com a sub-rogação, em que existe extinção de obrigação por meio de um pagamento.
É necessário que se cumpra os requisitos de validade do negocio jurídico, quais sejam, agente capaz, objeto licito, possível, determinado ou determinável e cumprida a forma especial quando prever a lei.
- pode ser total, parcial, gratuita ou onerosa.
*deverá celebrar-se mediante instrumento publico ou particular (lugar em que foi celebrado, qualificação das partes, data e objetivo negocial) para ser eficaz em relação a terceiros, em caso de imóveis escritura publica.
*o cessionário de credito hipotecário, tem ainda o direito de fazer averbar a cessão no registro de imóvel, para fazer valer contra terceiros e ilidir eventual boa-fé destes.
Proibições de cessão:
Convencional: as partes estabelecem clausulas proibitivas de cessão, devendo constar no titulo e não em doc. a parte, haja vista o cessionário deve ter ciência de tal clausula.
Legal: não podem ser cedidos direitos personalíssimos, assim como herança de vivo, venda de ascendente pra descendente. 
Espécies:
Convencional: as partes resolvem por si ceder o credito a outra que aceita.
Legal: trata-se mais de sucessão ou substituição.
Judicial: ato de adjudicação por ex.
*conhecimento do devedor deve ser por escrito para valer a sua ciência sobre a cessão. 
É possível ainda, que ocorram várias cessões de credito, (crime de estelionato) tendo como valida a que se completar com a tradição do titulo cedido.
Caso constar de escritura publica será priorizada a notificação.
Assunção de dívida:
Terceiro assume divida do devedor com o consentimento expresso do credor.
Quanto à participação do credor pode ser por expromissão ou delegação.
O silêncio do credor quando interpelado é tido como RECUSA. Quem cala não consente neste caso, somente em caso de credor hipotecário quando interpelado não impugnar em 30 dias seu silencio será considerado consentimento tácito.
*extinguem-se as garantias originarias a partir da assunção, salvo se estipulado ao contrario, o mesmo ocorre com as exceções;
Modalidades de EXTINÇÃO obrigacional:
Pagamento em consignação: (dinheiro)
Alternativa ao devedor quando por qualquer motivo não puder efetuar o pagamento ao credor, poderá assim o devedor efetuar o deposito judicial ou bancário com o escopo de liberar-se da obrigação para não sofrer as consequências da mora.
Será cabível quando: o credor se recusar a receber, não fornecer recibo de quitação, em divida quesível o credor não for receber no local estipulado, quando não se achar o credor por morar em lugar incerto e não sabido ou ainda de difícil acesso, se encontrar ausente, dúvida quanto à legitimidade, quando o credor estiver sofrendo execução coletiva de seus bens, credor incapaz.
Obs: há de seguir os requisitos de validade tendo em vista o objeto, as pessoas, o modo e tempo.
- despesas da consignação: serão pagas pelo perdedor da demanda. O devedor é o autor e o credor que impossibilitou o pagamento é o réu.
- quando se tratar de prestações periódicas, sendo consignada a primeira, pode o devedor continuar, no mesmo processo, independente de formalidades, desde que se realizem até 5 dias da data do vencimento, conforme art 892CPC.
Sub-rogação: Podemos dizer que a sub-rogação extingue a obrigação para o credor originário, já que para o devedor continua. A diferença é que ocorre a sub-rogação pessoal, passa a dever para credor diverso, por exemplo, o terceiro interessado – fiador que se vê obrigado a quitar a obrigação haja vista o devedor estar impossibilitado, neste caso, o fiador sub-roga-se no lugar do credor, passando a ter o direito de exigir a dívida como credor. Ou ainda, o avalista – coobrigado.
Obs: terceiro não interessado que paga em nome próprio tem direito a reembolso, tão somente, não se sub-rogando nos interesses do credor.
- O credor originário terá preferência, só em parte reembolsado, na cobrança da divida restante.
- legal:I - em favor do credor que paga a divida do devedor comum, neste caso há de ter dois credores, e um destes paga para o outro credor, e depois receber do devedor.
II – o adquirente de imóvel hipotecado ou terceiro paga para o credor hipotecário.
III – terceiro interessado que paga a divida que podia ou era obrigado no total ou em parte.
- convencional: decorre da vontade das partes, 
O credor pode receber de um terceiro e lhe transferir EXPRESSMENTE todos os direitos de credor, sendo neste caso, uma espécie de cessão de crédito. 
Também engloba neste campo, o terceiro que empresta o dinheiro para o devedor pagar a divida, neste caso também deverá ser expressa, onde o credor transfere todos os direitos para este terceiro.
 OBS: pode diminuir os direitos do sub-rogado, caso não admitido na legal.
Imputação ao pagamento
- determinação de qual divida se quer quitar.
Requisitos: 2 ou mais débitos do mesmo credor, que sejam da mesma natureza, dividas liquidas, certas e vencidas.
Se o devedor não imputar o pagamento, poderá o credor escolher, e aquele concordando não mais poderá reclamar, salvo se este agir com dolo que acarretará em anulabilidade.
Caso nem um nem outro impute o pagamento, será na forma do CC, primeiro as vencidas e sendo todas de mesma data, dar-se-á na mais onerosa.
Se as partes não estipularem o contrario, a imputação dar-se-á primeiramente nos juros vencidos.
Dação
Consiste na entrega pelo devedor, a titulo de pagamento, de uma outra coisa, que não a devida, ao credor, com aceitação deste.
- são aplicáveis as normas de contrato de compra e venda.
O alienante responde por evicção. Caso ocorrendo, restabelece-se a relação jurídica originária, ressalvados os direitos de terceiros.
Novação: Um novo título que substitui o anterior, que resta completamente extinto, quitado, ou seja, extinção de obrigação originaria por uma nova.
Pressupostos: obrigação primitiva, obrigação nova e animo de novar.
Espécies: 
Subjetiva: sujeitos são substituídos.
Objetiva: objeto
E mista.
Expromissão: trata-se da substituição do devedor sem que haja necessária concordância deste. Caso haja consentimento estaremos diante da DELEGAÇÃO.
- quando se tratar de expromissão e o devedor for insolvente, não caberá ação de regresso, salvo má-fé do devedor primitivo que ocultou e sabia da insolvência. *anula-se a novação.
Confusão
União na mesma pessoa, das qualidades de credor e devedor, o que imobiliza quando à exigência do crédito, pois teria de exigi-lo de si próprio. EX: o pai que deve para o filho e vem a falecer, o filho passa a dever para si mesmo. (causa mortis)
Pode ocorrer inter-vivos, por exemplo, nas servidões, o prédio serviente deve servir ao prédio dominante, pelo transito que deve suportar. Entretanto a servidão so existe se forem donos diferentes.
- pode ser total ou parcial (herança em que há mais de um herdeiro)
Remissão
Extingue a obrigação sem prejuízo de terceiro.
Há de haver o ânimo de perdoar + aceitação do perdão.
*remissão de garantia: penhor por ex, não extingue a divida e sim somente a garantia.
*codevedor: exaure a divida para o devedor, so podendo cobrar dos demais descontando a parte remitida.
Compensação
Quando duas pessoas forem ao mesmo tempo devedora e credora uma da outra, as duas obrigações extinguem-se ate onde se compensarem.
Pode ser legal, convencional, judicial (reconvenção é ação do réu contra o autor, proposta no mesmo feito em que está sendo demandado, visando receber deste o que lhe é devido para extinguir ou diminuir o que lhe é cobrado.
Requisitos: Líquidas, vencidas, fungíveis e recíprocas.
OBs: nas obrigações solidarias pode o devedor opor a compensação de um dos devedores sem que o mesmo seja prejudicado.
Inadimplemento obrigacional:
 O pagamento dos prejuízos está condicionado ao nexo causal.
Mora: quando o devedor não paga e o credor não recebe no tempo, modo e lugar convencionado. Pode ser purgada (subiste possibilidade de cumprimento).
Devedor: mora solvendi, debitóris. Regra geral: mora ex re, dado o vencimento da obrigação, automaticamente se torna exigível o crédito. 
A mora ex persona, com aviso do devedor para que cumpra a obrigação em determinado prazo, fixado nessa comunicação, é necessário que a obrigação não tenha termo final ou que seja imposta, expressamente, pela lei. EX: venda de terrenos oriundos de loteamento com pagamento em prestações, onde somente se considera rescindido o contrato após 30 dias em mora o devedor, devendo este ser interpelado pelo oficial de registro para que comece a contar os dias em mora, podendo ser purgada ou cancelado o contrato findo os 30 dias.
Credor: mora creditores, accipiendi. Quando este se recusa a receber ou não fornece quitação – é preciso dar mostras de que o devedor quis pagar. Se o devedor não agir com dolo se isenta da responsabilização pela conservação do objeto de pagamento, ficando o credor responsável por eventuais despesas. E ainda o credor é obrigado a receber mesmo havendo oscilação de preço e sendo no momento da entrega mais favorável ao devedor.
Inadimplemento absoluto: quando a obrigação não foi cumprida e não poderá sê-la, não mais subsiste possibilidade de recebê-la. 
Perdas e danos – lucros cessantes, dano emergente, danos morais
Dano emergente são os gastos relacionados ao advento, sendo aquilo que a vítima efetivamente perdeu, o lucro cessante é aquilo que ele razoavelmente deixou de lucrar. Os dois não podem ser presumidos. São danos DIRETOS.
INDIRETO: se tivesse comprado um bilhete teria ganhado na loteria.
- Culpa + nexo causal.
JUROS LEGAIS:
Compensatórios: estão previstos no contrato, as partes os fixam enquanto durar a convenção, caso não fixado será a que consta na lei. Resultam de uma utilização consentida de capital alheio. As partes combinam os juros pelo prazo do contrato.
Moratórios: decorrem do inadimplemento, podem ser fixados na avença – moratório convencional, sendo legais quando não fixados pelas partes decorrendo da lei. Aqui resulta de uma utilização não consentida de capital alheio. São devidos independentemente da alegação de prejuízo.
Caso os prejuízos causados forem maior e sendo provados, e não sendo estabelecida pena convencional, PODERÁ o juiz conceder indenização suplementar.
Clausula penal: pena convencional
É uma sanção de natureza econômica por retardamento ou inadimplemento obrigacional. Pode nascer com a própria obrigação como uma de suas clausulas ou ainda em ato posterior desde que venha a integrar a obrigação anterior.Sua natureza jurídica é acessória, sendo um reforço da obrigação principal. O seu valor não pode exceder o da obrigação principal. Segue o mesmo destino da principal, sendo assim uma nula outra também será.É necessário que seja escrita não podendo se dar verbalmente, ainda que assim seja a sua obrigação principal. Dispensa comprovação de culpa ou dano, sendo presumida por atraso ou inadimplemento.
Moratória: “alguma clausula especial” ou “somente a mora”. Visa garantir a execução sem retardamento ou ainda reforçar uma clausula. Aqui o credor exige a pena moratória como também o adimplemento da obrigação em conjunto.
Compensatória: inexecução completa de obrigação, reforçando toda a obrigação assumida. Constitui em alternativa ao credor que pode exigir o cumprimento da obrigação ou ser compensado pela pena.
Quando cumprida parte da obrigação o juiz DEVERÁ reduzir equitativamente a pena arbitrada.
Indenização complementar é devida somente se convencionada pela parte, havendo convenção a penalidade valerá como mínimo de indenização, devendo o credor comprovar o prejuízo excedente.
Clausula penal em obrigações divisíveis e indivisíveis:
Caso indivisível, e várias pessoas estão comprometidas, no entanto um, culposamente, retarda ou descumpre, todos incorrerão na pena, mas só do culpado pode ser exigido por inteiro, pois os demais codevedores só respondem pela parte de sua quota, restando exercer direito de regresso contra o causador do prejuízo. 
Casoa multa seja divisível, só poderá ser exigida do culpado e ainda conforme sua quota parte, mas o codevedores são obrigados pela sua quota parte da obrigação e o culpado sua quota parte da obrigação + a multa conforme sua QUOTA, cabendo direito de regresso dos codevedores e indenização por perdas e danos do credor em face do culpado.
Arras ou sinal:
Importância dada(tradição) com escopo de firmar a presunção de acordo final ou ainda assegurar o direito de arrependimento. É uma mostra exterior de que será cumprida a obrigação. Tem natureza acessória.
Confirmatórias: quando realizam a função de tornarem concretas as negociações iniciais, pois com a entrega do sinal, tornam-se estas, obrigatórias e definitivas. (regra geral). Devem ser restituídas ou computadas se do mesmo gênero da principal na execução do contrato. Em caso de inexecução contratual, se for por parte de quem deu as arras poderá a outra reter o sinal, se for por quem recebeu poderá quem as deu exigi-las + o equivalente acrescidos dos juros, correção monetária, conforme índices oficiais + honorários advocatícios. Pode haver indenização suplementar se provado que os prejuízos forem maiores, sendo as arras indenização iniciais.
Penitenciais: as partes contratam a possibilidade de arrependimento. Perde quem as deu e restitui em dobro quem as recebeu. Não há direito a indenização suplementar e sua função é unicamente indenizatória.
Inexecução – caso fortuito, força maior.
Caso fortuito: provindo da natureza sem interferência humana, ex: inundação de um rio, em consequência do que se arrasta uma ponte e impossibilita o devedor com seu caminhão transportar o objeto para entrega no dia certo, sendo este devedor exonerado da responsabilização de indenizar.
Força maior é fato de terceiro, atuação humana que impossibilita a prestação da obrigação.
Ambos são tratados como sinônimos na legislação, sendo característica a inevitabilidade.
Pode haver, no entanto, estipulação em que o devedor se responsabilize pelos casos fortuitos e força maior, cabendo neste caso a indenização. 
Em caso de mora ele também responderá, exceto se provar a isenção de culpa ou ainda que o dano sobreveria mesmo antes da mora.

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