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29/10/2016 1 João Pessoa-PB Dosagem Microbiológica de Antibióticos UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA DISCIPLINA: CONTROLE MICROBIOLÓGICO DE QUALIDADE Profa. Dra. Elisana A. Moura Pires 9000-8000 a.c. INTRODUÇÃO Penicillium notatum ANTIBIÓTICOS INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO MÉTODOS MICROBIOLÓGICOS MAIS UTILIZADOS o Método da diluição em série o Macrodiluição o Microdiluição o Método turbidimétrico o Método de difusão em ágar 9000-8000 a.c. INTRODUÇÃO 29/10/2016 2 9000-8000 a.c. INTRODUÇÃO ATCC FIOCRUZ DILUIÇÃO EM SÉRIE - MACRODILUIÇÃO Resposta:“tudo ou nada” (1 a 10 mL) MIC MIC MO teste DILUIÇÃO EM SÉRIE - MICRODILUIÇÃO Resposta:“tudo ou nada” (0,1a 0,2mL) • Reprodutível; • Dispersão do MO DILUIÇÃO EM SÉRIE Potência Testa-se concomitantementepadrão e amostra: P = CIMA CIMP Para maior precisão, ensaia-se concentrações intermediárias entre o tubo com concentração inibitória mínima e o imediatamente anterior. X 100 DILUIÇÃO EM SÉRIE Vantagens o Mais sensível a baixas concentrações que outros métodos o Fornece a CIM ativa da substância analisada Desvantagens o A precisão está relacionada ao intervalo de concentração utilizada o Há interferência de soluções turvas ou coradas o Contaminações grosseiras MENOS USADO QUE O TURBIDIMÉTRICO E DE DIFUSÃO EM AGAR 9000-8000 a.c. MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Considerações gerais o Relacion a o tamanho d a zona de inibiç ão com a dose d a substância ensaiada. o O método emprega meio de cultura sólido inoculado, distribuído em placas, em sistema d e bicamad a, através do qual a substância teste se difunde. 29/10/2016 3 MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Preparo das placas Ágar Papel de filtro 21 mL Ágar inoculado (47 ºC) 4 mL MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Preparo das placas MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Antibiótico Microrganismo Meio de cultura a ser usado (conforme 3. Meios de cultura). Volume (mL) de meio a ser aplicado nas camadas. Volume de inóculo mL/100 ml Temperatura de incubação das placas ºC Base Superfície Base Superfície Amoxilina Micrococcus luteus (ATCC- 9341) 11 11 21 4 0,5 32 a 35 Ampicílina Micrococcus luteus (ATCC - 9341) 11 11 21 4 0,5 32 a 35 Anfomicina Micrococcus flavus resistente à neomicina (ATCC - 14452) 2 1 21 4 0,5 36 a 38 Bacitracina Micrococcus luteus (ATCC - 7468) 2 1 21 4 0,3 32 a 35 Bacitracina Micrococcus luteus (ATCC - 10240) 2 1 21 4 0,3 32 a 35 9000-8000 a.c. MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Método - Testes preliminares A partir de parâmetros especificados em ensaios anteriores e referentes a determinação da potência de antibióticos descritos pela Farm. Bras. IV, USP e FDA, são realizados testes preliminares para padronizar as condições a serem utilizadas verificando parâmetros como: Microrganismo Meio de cultura Solução diluente Concentração do inóculo Concentração do fármaco MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Cultura de manutenção: Repique deve ser feito a cada 7 dias Conservação: refrigerador a - 4 ºC MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Repique do microrganismo para utilização no doseamento 35 ± 2 ºC 20-24 h Sol. fisiológica 35 ± 2 ºC 20-24 h + 25% transmitância 580 nm 29/10/2016 4 MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR o Utilizando placas de Petri, em capela de fluxo laminar, transfere-se 21,0 mL de meio para cada placa (camada base). o Após a solidificação desta camada, adiciona-se 4,0 mL de meio inoculado. Assim que esta camada se solidificar, distribuir os cilindros ou templates de aço inoxidável. o Com auxílio de pipetador automático transfere-se as alíquotas de padrões e amostras, 200 µL, para cada orifício. P1 P3 P2 A1 A2 A3 As placas d evem ser incubadas a 35ºC ± 2ºC e após 16-18 horas medem-se os diâmetros dos halos de inibição com auxílio de um paquímetro. MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Delineamento para ensaio do tipo quantitativo: P1 P2 A1 A2 P A1 P1 P3 P2 A1 A2 A3 A5 A2 A4 A3 5 X 1 3 X 3 2 X 2 MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR E. coli S. luteus o Diâmetro do halo é função d a concentração da substância; o Relaç ão linear : diâmetro do halo (mm) X log da concentração B. subtilis MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR o Técnicas utilizadas para difusão em ágar: o Técnica de cilindros em placas o Técnica de template ou moldes de aço o Técnica de orifícios ou poçinhos o Técnica de disco ou papel o Técnica de gotas ou depósito em superfície MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR – CILINDROS EM PLACA o Cilindros de vidro, porcelana, aço inoxidável, alumínio etc. o Diâmetro interno: 6,0 mm ± 0,1 mm o Diâmetro externo: 8,0 mm ± 0,1 mm o Altura: 10,0 mm ± 0,1 mm 29/10/2016 5 MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR - TEMPLATE OU MOLDES DE AÇO o São moldes de aço inoxidável com orifícios nos quais são colocados as soluções padrão e amostra o É o mesmo princípio da técnica cilindros em placa, porém o manuseio é mais prático MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR - ORIFÍCIOS OU POÇINHOS o São perfurados pequenos poços no meio de cultura através de instrumento adequado de maneira que forme um cilindro embutido no meiosólido o Os halos podem ser irregulares se o instrumento que servirá para a construção dos orifícios não for padronizado MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR - DISCO DE PAPEL o Discos de papel com 8 mm de diâmetro; o 60 µL; o Solução P e A com pipeta ou imersão por tempo pré definido; o Os discos podem ser colocados manualmente com auxílio de pinça estéril sobre a superfície do meio; o Amostra com alta concentração de solvente orgânico. MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR - GOTAS OU DEPÓSITO EM SUPERFÍCIE o Adiciona-se 2 a 3 µL da solução P e A na superfície do ágar com microsseringa o Permite automação o Pouco utilizado o A superfície do gel deve estar seca MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Vantagens o Em todas as técnicas deste método as amostras não precisam estar estéreis o As técnicas de cilindro e de orifício mostram-se mais sensíveis à pequenas concentrações que a de disco o Técnica de disco é mais simples, rápida e de melhor precisão, além de permitir o ensaio com altas concentrações de solvente orgânico Desvantagens o As técnicas de cilindro e de orifício são mais trabalhosas e necessitam de cuidados extremos no manuseio das placas MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Produto em análise: Cefalexina. Forma farmacêutica: Drágeas Método empregado: Difusão em ágar Microrganismo teste: Micrococcus luteus Solução diluente: Tampão fosfato de potássio pH 6,0 Meios de cultura – Camada base - Ágar Muller Hinton Camada semeada - Ágar Muller Hinton Volume do inóculo: 0,2 mL Concentrações finais: 8, 16 e 32 l/mL Temperatura de incubação: 35-37 °C Tempo de incubação: 18 horas 29/10/2016 6 MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR 10mg do padrão primário ou o equivalente em relação ao peso médio BV 100mL [100µg/mL] BV 10mL BV 10mL BV 10mL [32µg/mL][8µg/mL] [16µg/mL] 0,8mL 1,6mL 3,2mL Preparo das soluções padrão e amostra MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Cálculo dos resultados P1 (8um/mL) P2 (16um/mL) P3 (32um/mL) A1 (8um/mL) A2 (16um/mL) A3 (32um/mL) I 14,0 15,5 16,4 13,2 15,2 17,0 II 13,0 15,3 16,6 13,3 15,0 16,3 III 13,0 15,2 16,4 13,2 15,0 16,0 IV 13,2 15,4 16,6 13,1 15,3 16,4 V 13,0 15,0 16,6 13,2 15,2 16,2 VI 13,2 15,4 16,2 13,2 15,1 16,6 Soma 79,4 91,8 98,8 79,2 90,8 98,5 Média 13,23 15,30 16,47 13,20 15,13 16,42 MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR P Potência D iâ m e tr o d o h a lo MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Cálculo dos resultados M = F/b Diferença da potência Pot =Antilog M x 100 E = ¼[(A3+P3)-(A1+P1)] b = E/I Aumento/Dose I = log R Proporção das doses F = 1/3[(A1+A2+A3)-(P1+P2+P3)] MÉTODO DIFUSÃO EM ÁGAR Cálculo dos resultados I = log R (R=2) I = log 2 I = 0,301 E = ¼[(A3+P3)-(A1+P1)] E = ¼[(32,88-26,43)] E = 1,6125 F = 1/3[(A1+A2+A3)-(P1+P2+P3)] F = 1/3[(44,75-45,00)] F = -0,0833 b = E/I b = 1,6125/0,301 b = 5,3571 M = F/b M = -0,0833/5,3571 M = -0,01556 Pot = Antilog M x 100 Pot = Antilog - 0,01556 x 100 Pot = 96,49% MÉTODO TURBIDIMÉTRICO o Baseia-se na inibição ou no crescimento microbiano medido através da turbidez (transmitância ou absorvância) da suspensão de microrganismos adequados/sensíveis ao composto contido em um meio com o antibiótico ou fator de crescimento. o A resposta do microrganismo é função direta da concentraçãoda substância. 29/10/2016 7 ANTIBIÓTICO MÉTODO TURBIDIMÉTRICO Padronização do microrganismo para utilização no doseamento Sol. fisiológica 35 ± 2 ºC 20-24 h + 25% transmitância 580 nm MÉTODO TURBIDIMÉTRICO Triplicata Progressão geométrica MÉTODO TURBIDIMÉTRICO 35 ºC ( 2 ºC) 3 a 4 horas λ = 530 nm 0,5 mL de formaldeído 12% • Agitação MÉTODO TURBIDIMÉTRICO P Calcula-se a potência através de métodos estatísticos Potência 29/10/2016 8 MÉTODO TURBIDIMÉTRICO Vantagens o Mais rápido; Meio líquido. Desvantagens o Há interferência d e soluções turvas ou coradas (padrão e amostra não devem precipitar em contato com o meio) o Padrão e amostra devem ser solúveis em águ a ou em solventes miscíveis em concentração tal que não interfira no crescimento o Há necessidade de equipamento específico o Contaminações grosseiras ANTIBIÓTICO FATOR DE CRESCIMENTO Doseamento Microbiológico Ref erência
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