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Curso HEG 2011 - Aula 5

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Aula 6 - Revolução Comercial e 
burguesia mercantil 
1 
 
A Revolução Comercial da Baixa 
Idade Média e o surgimento da 
burguesia mercantil. 
Bibliografia: 
O: Dobb (1983), cap 3; Polanyi (1980), cap. 5. 
A: Hodgett (1975), cap. 5. 
C: Abu-Lughod (1989), cap. 3. 
AULA 5 
Aula 6 - Revolução Comercial e 
burguesia mercantil 
2 
1. Organização das cidades medievais - I 
• As cidades surgem nas frestas da economia feudal. 
– (“...eram ilhas não feudais em um mundo feudal”, Rosenberg 
& Birdzell, p.88). 
• As cidades podem ter diferentes origens, e sua 
relação com o poder feudal varia muito. 
• Para o sr. feudal, são importantes como fonte de 
tributos, facilidade de obtenção e comercialização 
produtos, etc. 
• Situações extremas: 
– O senhor pode comprar / reter terras na cidade e virar 
burguês. 
– As cidades podem ter cartas que garantem a sua autonomia 
em relação à ordem feudal. 
• As cidades começam como organizações 
essencialmente igualitárias → Economia Mercantil 
Simples ou “Pequeno Modo de Produção”. 
Aula 6 - Revolução Comercial e 
burguesia mercantil 
3 
1. Organização das cidades medievais - II 
• Organização da atividade econômica urbana em grêmios ou 
guildas; internamente, cada oficina tem estrutura linear: 
aprendiz →jornaleiro → mestre. 
• Atividade das guildas estritamente regulamentada dentro da 
cidade, mas com liberdade para comerciar com “os outros”: 
– A) Outras cidades / países / regiões. 
– B) Campo circundante (esquema de monopólio / monopsônio). 
• Existência de um grupo de pessoas que obtém lucros 
maiores graças ao comércio externo → início de um 
processo de diferenciação (surgimento de um patriciado 
vinculado ao comércio exterior / atacadista). 
• Esse processo leva a uma concentração de poder político na 
cidade nas mãos das guildas estritamente comerciais. 
Aula 6 - Revolução Comercial e 
burguesia mercantil 
4 
1. Organização das cidades medievais - III 
• Observação geral: em grande parte a vida econômica das 
cidades pode ser entendida a partir de uma separação entre 
um “nós” e um “eles”. As regras de jogo são essencialmente 
diferentes: entre “nós”, jogo limpo com regras bem definidas; 
com “eles”, vale tudo. 
“A separação crescentemente estrita entre o comércio local e 
o de exportação foi a reação da vida urbana à ameaça do 
capital móvel de desintegrar as instituições da cidade. A 
cidade medieval típica não tentou evitar o perigo diminuindo 
o abismo entre o mercado local controlável e as incertezas 
de um comércio a longa distância incontrolável, mas, ao 
contrário, enfrentou o perigo reforçando com o máximo rigor 
aquela política de exclusão e proteção que era o rationale de 
sua existência” (Polanyi, p. 78) 
Aula 6 - Revolução Comercial e 
burguesia mercantil 
5 
2. A Revolução Comercial e os Estados-cidades 
• A Revolução Comercial começa com atividades de 
comércio de longa distância ao nível das cidades. 
– Veja-se que nem na Itália nem nos Países Baixos há rei 
ou Estado forte. 
• Mediterrâneo volta a ser aberto ao comércio 
europeu. 
• Criação de uma rede-urbana integrada (o que o 
Braudel denomina a “primeira economia-mundo”). 
– Pode se considerar que está localizada no quadrilátero 
cujos vértices são Lisboa – Alexandria – Novgorod – 
Bergen. 
 
Aula 6 - Revolução Comercial e 
burguesia mercantil 
6 
3. Comércio exterior, fonte dos grandes lucros - I 
• Bens comercializados são basicamente bens de luxo 
(seda, porcelana, especiarias para o Ocidente, peles, 
tecidos, objetos de metal para o Oriente), mas 
também há bens a granel; a importância destes 
aumenta à medida que o comércio cresce. 
• Itália do Norte é a região mais desenvolvida nesse 
comércio pioneiro. 
– Rota Comercial mais importante liga Itália (especialmente 
Gênova e Veneza) com Levante (Veneza tem relação 
especial com Bizâncio), mas também há comércio de 
cereais e outros alimentos de Itália para o Oeste. 
– O Caminho da Seda vincula Itália com a China. 
Aula 6 - Revolução Comercial e 
burguesia mercantil 
7 
3. Comércio exterior, fonte dos grandes lucros- II 
• Férias da Champanha no século XIII 
representam a ligação entre os dois grandes 
pólos comerciais (perdem importância com 
abertura de rotas marítimas regulares). 
• Também se desenvolve o comercio no 
Atlântico Norte e no Báltico. 
– Brugges e depois Antuérpia aparecem como centros 
comerciais mais importantes. 
– Surgimento da Hansa. 
Aula 6 - Revolução Comercial e 
burguesia mercantil 
8 
4. Diferentes tipos de comércio - I 
• Polanyi considera a existência de três tipos de 
comércio: local, interno e externo. 
– O local e o externo seriam os tipos básicos, o interno 
seria um desenvolvimento posterior. 
• O comércio externo (longa distância) origina-se do 
contacto entre povos diferentes: troca (se é 
bilateral), pirataria ou algo intermediário. 
– Este tipo de atividade já se encontra presente em tribos 
primitivas. 
– “...boa parte do comércio naqueles tempos [começo da 
Rev. Comercial, RGF] consistia na exploração de alguma 
vantagem política ou em pilhagem quase declarada” 
(Dobb, p.65). 
– Surge da inexistência de alguns tipos de bens em 
algumas regiões → aspecto de complementariedade. 
– É em essência um comércio não concorrencial. 
 
Aula 6 - Revolução Comercial e 
burguesia mercantil 
9 
4. Diferentes tipos de comércio - II 
• O comércio local também é complementar (basicamente 
entre cidade e campo) 
– Envolve trocas de bens de necessidades diárias por produtos 
artesanais 
“...os mercados locais são essencialmente mercados de vizinhança ... 
em nenhum lugar revelam indícios de reduzir o sistema econômico 
vigente aos seus padrões” (Polanyi, p. 77). 
– Nesse sentido, as cidades são criadoras do mercado, são suas 
protetoras, e são uma maneira de limitá-lo. 
•Obs: nesse esquema, o “imperialismo” da cidade em relação ao campo 
não é necessário, mas pode ocorrer se algum dos lados consegue impor 
sua força. 
• O comércio interno (nacional) é uma novidade que surge 
com a criação dos estados nacionais, estendendo ao 
âmbito do país a política que era das cidades. 
– Todavia, este é o primeiro tipo de comércio no qual a concorrência 
passa a ser o critério fundamental 
 
Aula 6 - Revolução Comercial e 
burguesia mercantil 
10 
5. Revolução Comercial e Tecnologia 
• A Revolução Comercial pôde ocorrer graças à introdução 
de avanços tecnológicos na navegação. 
• Todavia, tanto nesse momento quanto mais tarde, não há 
uma grande vinculação entre os avanços científicos e as 
novas tecnologias. 
• Há avanços tecnológicos “puxados” pela expansão do 
comércio, e outros que o antecedem: 
“Uma vez que a direção e a forma dos elos causais entre tecnologia e 
crescimento econômico não precisam ter sido idênticos em todos 
os períodos históricos e em todos os casos de invenção, se o 
crescimento econômico engendra a mudança tecnológica ou é 
causado por ela torna-se uma questão que precisa ser investigada 
repetidamente em circunstâncias diferentes” (Rosenberg & Birdzell, 
p. 99) 
• O caso da China sugere que não são suficientes os 
avanços científicos e tecnológicos sem ter uma estrutura 
institucional que permita mudanças.

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