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O que é a ciência para Walras

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O que é a ciência?
Júlia Conde Oliveira
Walras inicia o seu texto querendo definir o que é a ciência, o seu caráter, o seu objetivo. Mas para se ter essa definição, é preciso primeiramente definir o que é a Economia Política. Primeiro Walras cita Adam Smith e sua concepção sobre o que é Economia Política, porém ele diz que é uma definição incompleta. Logo depois cita Jean-Baptiste Say, mas diz que é inexata. Walras está em busca da verdadeira ciência natural e para isso ele vai dizer o que é ciência, arte e a moral.
Primeiramente, Walras a ciência observa, explica os fatos que podem ser naturais que é a ciência pura / científica (independente da vontade humana) e os fatos humanitários que se subdividem em industriais e morais (propriedade). Essa moral é uma relação entre as pessoas, qual vai ser o papel de cada uma, qual será sua posição na sociedade. Ele julga a ciência, a arte e a moral, como, respectivamente, verdadeiro, útil, e a justiça. 
A riqueza relaciona-se com a escassez, e este por último tem uma utilidade e um limite quantitativo. Uma coisa só tem utilidade se tiver uma finalidade qualquer que possam suprir uma necessidade / satisfação. Mas certos objetos, certas coisas são limitados, tem um prazo. Como por exemplo, o ar, que é bastante útil porém é limitado. Walras disse: “Isso quer dizer que a raridade é a relação entre a utilidade e a quantidade, ou a utilidade contida na unidade de quantidade.” (pg. 20). Com isso Walras, faz uma relação: a indústria diz respeito apenas a riqueza social. 
Nos fatos naturais, que é entre coisas e coisas, existe nele um valor de troca, uma grandeza avaliável, como por exemplo dinheiro e jóias (coisas / coisas), o valor aumenta a escassez, como dito anteriormente, e não a sua riqueza. Já nos fatos humanitários industriais, o que é estudado é a própria indústria, como o próprio nome diz. E nos fatos humanitários morais é a propriedade. 
Existia uma necessidade de definir riqueza pelo seu valor de troca para que a economia política pura pudesse restringir a teoria da riqueza social. Walras critica o uso da linguagem da ciência econômica para explicação. Ele vai utilizar / defender a linguagem das matemáticas, que diz que é um método racional que “constroem a priori todos os andaimes de seus teoremas e de suas demonstrações.” (pg. 24).
“A Economia Política Pura deve tomar da experiência tipos de troca, de oferta [...]. Desses tipos reais deve abstrair, por definição, tipos ideais e raciocinar sobre estes últimos[...]. Teremos assim, em um mercado ideal, preços ideias[...]. “ (pg. 24)
Bibliografia:
WALRAS, L. Compêndio dos Elementos de Economia Política Pura. São Paulo, Nova Cultural, (1874-77) 1996.

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