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CONSTITUCIONAL.Material de Aula

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PREPARATÓRIO OAB 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
Profa. Teresa Cristina Cruz 
 
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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
1. CONCEITO 
Conjunto de regras de observância da compatibilidade de leis e atos normativos com o texto 
constitucional para a proteção dos direitos fundamentais previstos na CRFB contra as investidas do 
Poder Público. 
 
2. PRESSUPOSTOS 
 
 
 
 
 
3. BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
 
4. OBJETO DO CONTROLE 
 
 
 
 
4.1. Atos Normativos 
São atos gerais e abstratos que inovam o ordenamento jurídico. São eles: 
Texto 
Constitucional 
(Art. 1º ao 250) 
ADCT 
Princípios 
Constitucionais 
Implícitos 
Tratados Internacionais 
sobre DH Aprovados com 
Status de Norma 
Constitucional 
Constituição Rígida 
(Formal) 
Supremacia 
Formal da 
Constituição 
Órgão Competente 
para a Realização do 
Controle 
LEI 
Ato Normativo 
Primário 
Emendas à 
Constituição 
Medidas 
Provisórias 
Decretos 
Legislativos 
Resoluções da CD, 
SF, CN, CNJ, CNMP 
e dos Tribunais 
Regimentos Internos 
dos Tribunais e de 
Órgãos Legislativos 
Atos do Poder 
Executivo com 
Força Normativa 
Tratados e 
Convenções 
Internacionais 
Atos Primários 
Editados por 
Pessoas Jurídicas 
de Direito Público 
Decisões 
Proferidas em 
Processos 
Administrativos 
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5. SISTEMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
Relaciona-se ao Órgão que faz o controle. No Brasil, o sistema de controle é Jurisdicional, pois 
feito por órgãos do Poder Judiciário. 
 
 
 
 
6. FORMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
 
 
7. CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE 
7.1. Origem 
Surge no Direito Norte-americano com o caso Marbury X Madison em 1803. 
 
7.2. Legitimidade 
Pode ser realizado por qualquer juiz ou Tribunal. 
 
7.3. Cláusula de Reserva de Plenário (Art. 97, CRFB e Art. 481, parágrafo único, CPC) 
A CRFB dispõe em seu art. 97 que “Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros 
ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público”. Na mesma linha é a 
inteligência da Súmula Vinculante nº 10: “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, Art. 
97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo 
Político Jurídico Misto 
Tipos de Controle de 
Constitucionalidade 
Quanto ao 
Momento 
Preventivo Repressivo 
Quanto ao Órgão 
Competente 
Difuso Concentrado 
Quanto à Via 
Utilizada 
Ação Direta 
ou Principal 
De Exceção 
ou Incidental 
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ou em parte.” Entretanto, excepcionalmente, os órgãos fracionários dos tribunais não 
submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a arguição de inconstitucionalidade, quando já 
houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão 
(art. 949, parágrafo único, CPC NOVO) 
 
7.4. Efeitos da Decisão Definitiva 
 
 
 
ATENÇÃO! O STF admite a modulação dos efeitos temporais também no controle difuso. 
 
7.5. Ampliação dos Efeitos da Decisão do STF pelo Senado Federal (Art. 52, X, CRFB) 
Compete privativamente ao Senado Federal, por meio de resolução, suspender a execução de 
lei declarada inconstitucional pelo STF nos termos do que dispõe o art. 52, X da CRFB. Nesse 
caso, a norma declarada inconstitucional pelo STF com efeitos somente para as partes do 
processo, poderá receber efeitos erga omnes e ex nunc. 
 
ATENÇÃO! O STF é obrigado a comunicar sua decisão ao Senado (art. 178, RISTF), todavia, o 
ato do Senado é discricionário, pois é ato político. 
 
8. CONTROLE CONCENTRADO 
8.1. Histórico e Natureza Jurídica 
A ADI surge no direito brasileiro com a EC nº 16/65 no contexto da Constituição Republicana 
de 1946. Já a ADC surge com a EC nº 3/93, na égide da CRFB/88, enquanto a ADPF surge com 
a CRFB/88. Todas são ações do controle de constitucionalidade e traduzem um processo 
objetivo. 
 
8.2. Base Constitucional e Legal 
As ações do controle concentrado, ADI/ADC/ADPF, têm previsão constitucional no art. 102, I, 
“a”, §§1º e 2º, enquanto a ADO está prevista no art. 103, §2º, e foram regulamentadas pelas 
leis 9.868/99 (ADI, ADO e ADC) e 9.882/99 (ADPF). 
 
Inter Partes Ex Tunc 
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8.3. Ações do Controle Concentrado de Constitucionalidade 
 
 
 
8.3.1. Ação Declaratória de Constitucionalidade – ADC 
Resolve as controvérsias judiciais relevantes existentes acerca da aplicação da lei FEDERAL, 
mediante a confirmação de sua constitucionalidade. 
 
8.3.2. Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI 
Declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo FEDERAL ou ESTADUAL, tendo 
como parâmetro a CRFB/88, fazendo valer a supremacia constitucional, a unidade 
constitucional e os direitos e garantias fundamentais. 
 
8.3.3. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF 
É ação de natureza subsidiária, foi criada para completar o Sistema do Controle de 
Constitucionalidade Brasileiro e protege os PRECEITOS FUNDAMENTAIS. Objeto bem mais 
amplo que o das demais ações. 
 
8.4. Cabimento e Requisitos Essenciais 
 
OBS1: A discussão sobre Lei Municipal que afronta a CF/88 só chegará ao STF por meio de 
Recurso Extraordinário em sede de controle difuso e desde que verse sobre norma de 
repetição obrigatória. 
 
OBS 2: Ver Súmula 642, STF (Lei Distrital e competência legislativa estadual). 
ADC 
•Lei/AN FEDERAL 
 
•Requisito : 
controvérsia judicial 
relevante (ADC 8). 
ADI 
•Lei/AN FEDERAL 
ESTADUAL 
 
•Requisito: lei ou ato 
normativo contrário à 
CRFB/88 
ADPF 
•Lei/AN FEDERAL ESTADUAL 
MUNICIPAL ANTERIORES 
CRFB/88 
•ATOS DO PODER PÚBLICO 
•Requisito: lesão a preceito 
fundamental 
ADC ADPF ADI 
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8.5. Legitimados Ativos (Art. 103, CRFB) 
 
OBS: * Partido Político COM Representação no Congresso Nacional 
 A representação partidária é feita por meio do DIRETÓRIO NACIONAL (ADI 779 – AgR); 
 Possui CNPJ e inscrição no TSE; 
 A perda da representação no CN não prejudica o prosseguimento da ação. 
 São legitimados universais, portanto, não precisam demonstrar pertinência temática, pois 
são considerados fundamentais para a defesa das instituições democráticas (ADI 1407 – MC). 
 
8.5.1. Legitimados Universais ou Neutros 
São aqueles que não precisam demonstrar Pertinência Temática, ou seja, interesse de agir. 
Esses legitimados têm sempre interesse processual na propositura desta ação. 
 
8.5.2. Legitimados Especiais ou Interessados 
Precisam demonstrar pertinência temática, que é pressuposto da legitimidade ativa. Por 
pertinência temática deve-se entender a “relação de congruência que necessariamente deve 
LEGITIMADOS 
UNIVERSAIS 
Presidente da República 
Mesas da CD e do SF 
Procurador Geral da República - PRG 
Conselho Federal OAB 
Partido Político com Representação no 
Congresso Nacional 
ESPECIAIS 
Confederação Sindical ou Entidade de Classe 
de ÂmbitoNacional* 
Mesas das Assembleias Legislativa ou Câmara 
Legislativa do DF* 
Governador 
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existir entre os objetivos estatutários ou as finalidades institucionais da entidade autora e o 
conteúdo material da norma questionada em sede de controle abstrato” (ADI 1.157 – MC) 
 
OBS: * Confederação Sindical ou Entidade de Classe de Âmbito Nacional 
 Apenas a Confederação tem legitimidade, Federação e Sindicatos de âmbito nacional não 
possuem legitimidade; 
 Têm CNPJ e inscrição no Ministério do Trabalho (Súmula 677, STF). 
 Ver art. 535, CLT (Confederação é formada por pelo menos 3 federações); 
 Ver art. 8º, Lei 9095 (Lei dos Partidos Políticos); 
 Associação de Associação tem legitimidade ativa (STF – 2005), desde que na defesa de 
interesses de homogêneos; 
 A CUT não tem legitimidade em virtude da sua defesa de interesses heterogêneos; 
 
8.6. Legitimados Passivos 
No processo objetivo do controle de constitucionalidade não há legitimado passivo. As ações 
do controle concentrado são interpostas em face do próprio texto impugnado, mas deve ser 
informado à Autoridade Responsável pela elaboração da lei/ ato impugnado. 
 
8.7. Intervenção de Terceiros (art. 7º, caput, L9868/99): NÃO é admitida 
8.7.1. A Figura do “Amicus Curiae” (art. 7º, §2º) 
 Natureza Jurídica: terceiro interessado (STF: é exceção à vedação da intervenção de 
terceiros). 
 Relator: admite ou não o amicus curiae (não há direito subjetivo de ser aceito o 
pedido de ingresso); 
 Decisão Irrecorrível; 
 Requisitos: relevância da matéria e a representatividade dos postulantes; 
 Possibilidade de Sustentação Oral; 
 Admissível no Controle Difuso (art. 950, §3º, CPC NOVO). 
 
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OBS: O ingresso do Amicus Curiae no processo objetivo da ADI possibilita a participação dos 
diversos setores da sociedade nestes procedimentos de interpretação da constituição, nos 
moldes propostos por Peter Häberle na “Teoria da Sociedade Aberta dos Interpretes 
Constitucionais”. 
 
8.8. Capacidade Postulatória 
O STF já decidiu que os legitimados dos incisos I a VII têm capacidade postulatória própria 
abstraída da própria CRFB/88. Os legitimados dos incisos VIII e IX precisam de advogado para 
apresentar a postulação junto ao STF. 
 
8.9. Competência para Julgamento (Art. 102, I, a, §§1º e 2º, CRFB) 
As ações do controle concentrado de constitucionalidade que tenham como parâmetro a 
CRFB/88 têm processamento e julgamento perante o STF. 
 
8.10. Medida Liminar (Art. 10 a 12, Lei 9868) 
As leis que regulamentam ADI/ADC/ADPF preveem a possibilidade de concessão de medida 
cautelar cujos efeitos serão, em regra: 
 
8.11. Decisão Definitiva (Art. 22 a 28, Lei 9868) 
 
 
 
 
8.11.1. Modulação dos Efeitos da Decisão Definitiva (Art. 27, Lei 9868) 
Se houver vontade de 2/3 dos membros do STF e fundamentos relevantes trazidos no art. 27 
da Lei 9868/99, poderá a Corte dar outro efeito temporal para a decisão definitiva no 
Controle de Constitucionalidade, que poderão ser: Ex Nunc ou Pro Futuro. 
 
ERGA OMNES VINCULANTE EX TUNC (regra) 
ERGA OMNES VINCULANTE 
 EX NUNC 
(regra, para ADI e ADPF) 
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9. ASPECTOS IMPORTANTES DAS AÇÕES DO CONTROLE 
 
10. PAPEL DO AGU E DO PGR NAS AÇÕES DO CONTROLE 
 
 
 
 
 
 
AGU ao atuar na defesa do texto impugnado, participa obrigatoriamente na ADI, todavia, o mesmo 
não acontece na ADO e ADC, nas quais não existem textos que devem ser defendidos. 
 
ATENÇÃO! Se 1) já houver decisão do STF no sentido da inconstitucionalidade da norma objeto 
da ADI em curso ou 2) se o interesse do autor da ação estiver em consonância com o da União, uma 
vez que a AGU representa a União judicial e extrajudicialmente. 
 
PGR participa de todas os processos objetivos que tramitam no STF, uma vez que atua na defesa da 
Ordem constitucional Brasileira. Na ADO, a lei dispensou sua manifestação quando for o autor da 
ação. 
 
11. ASPECTOS GERAIS DA ADI 
11.1. Espécies 
 
 
Não admitem 
DESISTÊNCIA 
Não admitem RECURSOS, salvo 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Não admitem AÇÃO 
RESCISÓRIA 
Não admitem 
PRESCRIÇÃO ou 
DECADÊNCIA 
Aplica-se o Princípio da 
FUNGIBILIDADE 
ADI e ADC são ações 
AMBIVALENTE ou DÚPLICES 
AGU 
Defesa do Texto Impugnado 
("defensor legis") 
PGR 
Defesa da Ordem Constitucional 
("custos constitucionisb") 
ADI GENÉRICA 
ADI POR 
OMISSÃO 
ADI 
INTERVENTIVA 
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11.2. Não Podem Ser Objeto de ADI 
 
11.3. Espécies de Inconstitucionalidade 
 
 
ATENÇÃO! Inconstitucionalidade por ARRASTAMENTO ou ATRAÇÃO ou REVERBERAÇÃO 
NORMATIVA: vários são os nomes dados pela doutrina e jurisprudência. Ocorre quando o STF 
declara a inconstitucionalidade de norma que não foi objeto do pedido principal na ADI, mas 
que tem relação de dependência. É uma verdadeira exceção ao PRINCÍPIO DA ADSTRIÇÃO AO 
PEDIDO. 
 
 
Norma 
Constitucional 
Origínária 
Ato Normativo 
Anterior a 
CRFB/88 
Lei ou Ato Normativo 
Municipal que Contraria 
a CRFB/88 
Lei do DF com 
Conteúdo 
Municipal 
Acordo ou Convenção 
Coletiva de Trabalho + 
Sentenças Normativas da 
Justiça do Trabalho 
Atos Normativos 
Secundários 
(Regulamentos ou 
Decretos 
Regulamentares) 
Súmulas, 
Inclusive as 
Vinculantes 
Atos 
Administrativos 
Projeto de LEI 
(PL)/ EMENDA 
(PEC) 
Ato Normativo 
Revogado ou de 
Eficácia 
Exaurida 
Lei Revogada ou 
que Perdeu 
Vigência após a 
Propositura da 
ADI 
Divergência 
Entre a Ementa 
da Lei e seu 
Conteúdo 
Atos Estatais 
de Efeitos 
Concretos 
Inconstitucionalidade 
Quanto à 
Conduta 
Ação 
Omissão 
Quanto à 
Norma 
Ofendida 
Formal ou 
Nomodinâmica 
Material ou 
Nomoestática 
Quanto à 
Extensão 
Total 
Parcial 
Quanto ao 
Momento 
Originária 
Superveniente 
(Não 
Recepção) 
Quanto ao 
Prisma de 
Apuração 
Direta ou 
Imediata 
Indireta ou 
Mediata 
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12. ASPECTOS GERAIS DA ADO (ART. 103, §2º, CRFB E ART. 12-A AO 12-F, LEI 
9868/99) 
Introduzida pela CF/88 para dar efetividade às normas constitucionais que dependem de 
complementação legislativa (normas de eficácia LIMITADA), combatendo a denominada 
síndrome de inefetividade das normas constitucionais. 
 
12.1. Medida Liminar: SIM (Art. 11, §§1º, 2º da Lei 9.868/99) 
12.1.1. Efeitos 
 
12.2. Efeitos da Decisão Definitiva (Art. 103, §2º, CRFB) 
 
ATENÇÃO! As medidas administrativas deverão ser tomadas em 30 dias ou em prazo 
razoável a ser estipulado pelo STF. A lei 9.063/09, que acrescentou o processamento da ADO 
na lei 9.868, aperfeiçoou o Art.103,§2º da CRFB, que dispunha o prazo rígido de 30 dias para a 
adoção dessas medidas 
 
12.3. ADO X Mandado de Injunção 
ADI POR OMISSÃO MANDADO DE INJUNÇÃO 
Hipótese de controle abstrato e concentrado 
(art. 103, §2º) 
Hipótese de controle concreto e difuso (art. 
5º, LXXI) 
Declara a mora do órgão competente e exige a 
elaboração da norma regulamentadora da CF 
pelo Poder competente. 
Soluciona o caso concreto. Declara a mora do 
Poder Omissoe Implementa o direito ainda 
não regulamentado no caso concreto. 
Competência: STF Competência: STF, STJ, TSE, TJ 
Cabe LIMINAR NÃO cabe LIMINAR 
Efeitos: erga omnes Efeitos: inter partes 
Suspensão da aplicação da lei (omissão 
parcial) 
Suspensão de processos judiciais ou 
procedimentos adminsitrativos 
Declaratórios para o 
Poder Legislativo 
Mandamental para 
os Órgãos da 
Administração 
Pública 
Ex Tunc Erga Omnes 
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13. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA OU 
REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA (ART. 36, III, CRFB E LEI 12. 562/11) 
Será cabível quando lei ou ato normativo estadual violar Princípios Constitucionais 
“Sensíveis” previstos no art. 34, VII, CRFB. Será proposta EXCLUSIVAMENTE pelo procurador 
Geral da República. Apesar de estar prevista entre as ações de controle concentrado, a ADI 
interventiva “difere” das demais ações do controle, pois tem finalidade concreta, uma vez que 
analisa uma hipótese concreta de intervenção da União nos Estados. 
 
13.1. Objeto 
Impugnação de ato estatal violador de quislquer dos “Princípios Constitucionais Sensíveis”, 
previstos no art. 34, VII da CRFB, com a finalidade do STF julgar procedente o pedido de 
intervenção federal e requisitar ao Presidente da República a sua decretação. É hipótese de 
intervenção obrigatória e vinculada do Presidente da República. 
 
ATENÇÃO! Seu objeto não é a declaração de inconstitucionalidade em tese de ato estatal, mas 
a solução do conflito federativo. 
 
ATENÇÃO! O STF não declara a nulidade do ato estatal, quem o faz é o Presidente da 
República no Decreto Interventivo. 
 
14. ASPECTOS IMPORTANTES DA ADC (Art. 102, I, a, CRFB e Lei 9.868/99) 
A despeito da presunção de constitucionalidade das normas, esta presunção é relativa. Assim, 
a ADC visa a transformar esta presunção relativa de constitucionalidade das normas em 
absoluta. A ADC não pode ser usada como instrumento de consulta, razão pela qual é requisito 
essencial para sua propositura a demonstração de controvérsia judicial relevante. 
 
ATENÇÃO! A ADC é uma ADI “com sinal trocado” (Ambivalência ou Efeito Dúplice), por tanto, 
as linhas gerais são as mesmas. 
 
ATENÇÃO! Em sede de ADC, a medida cautelar consiste na suspensão dos processos em curso 
sobre a matéria por um prazo máximo de 180 dias. 
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15. ASPECTOS IMPORTANTES DA ADPF (ART. 102, §1º, CRFB E LEI 9882/99) 
15.1. Preceitos Fundamentais 
O STF e a doutrina, diuturnamente, vêm construindo o rol de preceitos fundamentais. 
Atualmente, podemos sintetizá-los da seguinte forma: 
 
ATENÇÃO! A ADPF deve ser usada em caráter subsidiário (Art. 4º, §1º, Lei 9882/99), uma 
vez que não será admitida enquanto houver qualquer outro meio igualmente eficaz dentre os 
processos objetivos de controle de constitucionalidade para combater a lesão. 
 
16. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO ÂMBITO ESTADUAL: ADI ESTADUAL 
OU REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE (ART. 125, §2º. CRFB) 
16.1. Objeto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16.2. Legitimados (Art. 125, §2º, CRFB) 
A Constituição Federal deixou a cargo das constituições estaduais a disposição sobre os 
legitimados para a realização do Controle de constitucionalidade no âmbito estadual, vedou 
apenas que fosse atribuída legitimidade a um único órgão. 
 
Direitos e 
Garantias 
Fundamentais 
(Art. 5º, 6º, 14) 
Cláusulas 
Pétreas 
(Art. 60, §4º) 
Princípios 
Constitucionais 
Sensíveis 
(Art. 34, VII) 
Princípios 
Fundamentais do 
Estado Brasileiro 
(Art. 1º ao 4º) 
Normas Organizadoras e 
Estruturais do Estado e da 
Sociedade 
(Art. 18) 
EM FACE DA 
CONSTITUIÇÃO 
ESTADUAL 
Lei 
Distrital 
Lei 
Municipal 
Lei 
Estadual 
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16.3. Órgão Julgador 
Nos termos do art. 125, §2º da CRFB e aplicando o Princípio da Simetria, será competência do 
Tribunal de Justiça local o processamento e julgamento da ADI Estadual ou Representação de 
Inconstitucionalidade. 
 
16.4. Efeitos da Decisão 
16.4.1. Norma de Repetição Facultativa 
 
16.4.2. Norma de Repetição Obrigatória 
 
 
ADI 
ESTADUAL 
TJ 
DECISÃO EM 
SEDE DE ADI 
NÃO CABE 
RECURSO 
DEFINITIVA 
ADI 
ESTADUAL 
TJ 
DECISÃO 
EM SEDE DE 
ADI 
NORMA 
CONSTITUCIONAL 
DE REPETIÇÃO 
OBRIGATÓRIA 
CABE RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO 
PARA O STF 
DECISÃO TERÁ 
EFEITOS ERGA 
OMNES 
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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE 
1. DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE (TÍTULO II DA CRFB) 
 
2. DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS (ART. 5º) 
 
3. DIREITO À VIDA (ART. 5º) 
 
 
4. DIREITO À LIBERDADE 
Direitos 
Individuais e 
Coletivos 
Direitos Sociais 
Direitos de 
Nacionalidade 
Direitos Políticos Partidos Políticos 
Direito à VIDA 
Direito à 
LIBERDADE 
Direito à 
IGUALDADE 
Direito à 
SEGURANÇA 
Direito à 
PROPRIEDADE 
DIREITO À VIDA 
DIREITO DE EXISTIR 
Pena de Morte 
 (Inc. , XLVII, a) 
Aborto 
 (Art. 124, 126, 128, I e II, CPB) 
Eutanásia 
(Art. 121, §1º, CPB) 
DIREITO DE EXISTIR 
COM DIGNIDADE 
Vedação à Tortura, Tratamento 
Desumano, Degradante 
(Inc. III) 
Penas de Caráter perpétuo, 
Trabalhos Forçados, Cruéis 
(Inc. XLVII) 
Manutenção da Integridade Física 
(Inc. XLIX) 
LIBERDADE DE 
AÇÃO 
Inc. II 
LIBERDADE DE 
LOCOMOÇÃO 
Inc. XV e LXI 
LIBERDADE DE 
PENSAMENTO 
Inc. IV e V 
LIBERDADE DE 
EXPRESSÃO 
Inc. IX 
LIBERDADE DE 
INFORMAÇÃO 
Inc. XIV e XXXIII 
LIBERDADE DE 
CONSCIÊNCIA E CRENÇA 
Inc. VI a VIII 
LIBERDADE DE 
REUNIÃO 
Inc. XVI 
LIBERDADE DE 
ASSOCIAÇÃO 
Inc. XVII a XXI 
LIBERDADE DE 
OPÇÃO 
PROFISSIONAL 
Inc.XIII 
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4.1. Liberdade de Ação (Art. 5º, II, CRFB) 
Ligado ao Princípio da Legalidade traduz-se na ideia de que “ninguém será obrigado a fazer ou 
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Importante lembrar que este princípio 
apresenta-se sob dois aspectos: 1) a legalidade para o particular, prevista no inciso II do art. 
5º e a 2) legalidade para a Administração Pública, prevista no art. 37, caput, que restringe a 
ação do agente público à permissão legal. 
 
4.2. Liberdade de Locomoção (Art. 5º, XV e LXI, CRFB) 
Consiste no livre trânsito no território brasileiro em tempo de paz. 
 
ATENÇÃO! Admite restrição durante os Estados de Exceção: Estado de Sítio (art. 139, I) e 
Defesa (art. 136, §3º, I). 
 
4.3. Liberdade de Pensamento 
Consiste na livre manifestação do pensamento. 
 
4.3.1. Vedação ao Anonimato 
Consiste na proibição de documentos apócrifos (sem assinatura), de forma a assegurar o 
direito de reposta e indenização no caso de dano. 
 
ATENÇÃO! A Denúncia (ou delação) Anônima é admitida no direito brasileiro, mas deve ser 
feita averiguação preliminar para a instauração de procedimento investigativo com base nela. 
 
4.3.2. Marcha da Maconha 
O STF, em 2011, na ADPF 187, entendeu legítimo o movimento que consistiu em manifestação 
pela descriminalização da Maconha, acrescentandoque não poderia ser confundida com o ato 
de incitação à prática do crime (art. 286, CP) nem com a apologia de fato criminoso (art.287, 
CP). Contudo, foram estabelecidos parâmetros para sua realização (Min. Luiz Fux): a) Reunião 
deve ser pacífica; b) Proibição de incitação, incentivo, estímulo ao consumo de entorpecentes 
durante a manifestação; c) Proibição do consumo de entorpecente durante a manifestação; d) 
Proibição da participação de crianças e adolescente. 
 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
Profa. Teresa Cristina Cruz 
 
16 
@profateresacristinacruz 
4.4. Liberdade de Expressão 
É a liberdade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura (art. 
220, §2º). 
4.4.1 Classificação Indicativa 
É garantido ao Poder Público regular a realização de eventos e espetáculos públicos. 
 
4.4.2. Lei de Imprensa (ADPF 130) 
Foi considerada não recepcionada pela nova ordem constitucional de 1988, por conter 
marcantemente aspectos de natureza não democrática. 
 
4.4.3. Lei Eleitoral sobre o Humor (ADI 4451) 
Foi considerada constitucional pelo STF. 
 
4.5. Liberdade de Informação (Art. 5º, XIV e XXXIII, CRFB) 
Trata-se do direito de informar e ser informado. Resguarda o sigilo da fonte no exercício 
profissional e garante o acesso a informações de interesse particular, desde que não sejam 
imprescindíveis à segurança do Estado e da sociedade. 
 
4.6. Liberdade de Consciência e Crença (Art. 5º, VI a VIII, CRFB) 
Envolve não apenas a crença religiosa, mas também as convicções políticas ou filosóficas. 
4.6.1. Desdobramentos: 
 Ensino Religioso nas Escolas – a matrícula nessa disciplina é facultativa. 
 Feriados Religiosos – em razão da laicidade do Estado Brasileiro, não se admitem novos 
feriados religiosos e os existentes são considerados de cunho histórico-cultural. 
 Transfusão de Sangue nas Testemunhas de Jeová – em caso de urgência ou perigo 
iminente, ou se o paciente for menor de idade, não será configurado o crime de 
constrangimento ilegal do médico que realizar a transfusão de sangue em Testemunha de 
Jeová. 
 Crucifixos em Repartições Públicas – têm natureza de símbolo cultural (CNJ). 
 Guarda Sabática – consiste na guarda dos sábados pelos Adventistas do Sétimo Dia e 
Judeus. 
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17 
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ATENÇÃO! O STF já se manifestou no sentido de que a designação de outro dia para a 
realização de provas em concursos públicos e vestibulares (ENEM) viola o princípio da 
Isonomia, razão pela qual entendeu que a regra do confinamento é a melhor solução para o 
caso. 
 
 Imunidade Religiosa – prevista no art. 150, VI, “b” da CRFB/88 proíbe a instituição de 
impostos sobre templos de qualquer natureza, proibindo que o Estado, por meio de seu poder 
de tributar, interfira e embarace o funcionamento. 
 
ATENÇÃO! Importante ressalvar que a Maçonaria não tem natureza de religião, mas de 
ideologia de vida, não fazendo jus à imunidade tributária. 
 
4.7. Liberdade de Reunião (Art. 5º, XVI, CRFB) 
Deve ocorrer de forma pacífica, sem armas e em locais aberto ao público, carecendo apenas de 
prévia comunicação à Autoridade competente. 
 
ATENÇÃO! Admitida restrição durante o Estado de Sítio (art. 139, IV) e Defesa (art. 136, §1º, I, 
“a”). 
 
4.8. Liberdade de Associação (Art. 5º, XVII a XXI, CRFB) 
Tem que objetivar fins lícitos e não admite aquela com finalidade paramilitar. Sua criação 
independe de autorização estatal e sua dissolução compulsória só pode ocorrer por decisão 
judicial com trânsito em julgado, quando da hipótese de finalidade ilícita. Entretanto, a 
suspensão das atividades poderá ocorrer por decisão judicial sem necessidade do trânsito em 
julgado. 
 
4.9. Liberdade de Opção Profissional (Art. 5º XIV, CRFB) 
Norma constitucional de eficácia contida. É o que ocorre com o Exame de Ordem (direito) e o 
Exame de Suficiência (Contabilidade). 
 
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18 
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ATENÇÃO! Diploma de Jornalista: o STF (2009) derrubou a necessidade do requisito. 
Entretanto, a PEC nº33/2009 pretende exigir novamente o diploma para o exercício da 
atividade. 
 
ATENÇÃO! Profissão de Músico: o STF entendeu que a profissão de músico, que encontra 
garantia na manifestação da liberdade de expressão artística, não exige inscrição no conselho 
de fiscalização, salvo se houver potencial lesivo na atividade. 
 
5. DIREITO À IGUALDADE (Art. 5º, CAPUT, I) 
 
 
 
 
5.1. Igualdade Formal 
A norma jurídica não pode estabelecer distinções não previstas na Constituição. A lei deve ser 
aplicada igualmente para todos. 
 
5.2. Igualdade Material 
A verdadeira igualdade é aquela que trata os iguais de forma igual e os desiguais de forma 
desigual, na medida de suas desigualdades (ARISTÓTELES). Importante destacar que Celso 
Antonio Bandeira de Melo afirma que o “dogma da igualdade só pode existir se houver uma 
pertinência lógica entre a distinção inserida na lei e o tratamento distintivo dela consequente” 
(art.37, VIII, CRFB/88). 
 
5.3. Ações Afirmativas 
São medidas de COMPENSAÇÃO com objetivo de oferecer uma igualdade de oportunidades 
àqueles que sofreram alguma espécie de restrição, seja devido à marginalização social ou de 
hipossuficiência. 
 
ATENÇÃO! As Cotas Raciais, a Declaração de Constitucionalidade da lei Maria da Penha, a 
Indicação de Ministros do STF (indicação de uma mulher e um negro) são exemplos de ações 
afirmativas. 
IGUALDADE FORMAL IGUALDADE MATERIAL 
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@profateresacristinacruz 
 
6. DIREITO À SEGURANÇA (ART. 5º, XXXVI, CRFB) 
Confere estabilidade às relações jurídicas constituídas. Manifesta-se por meio das seguintes 
garantias: 
 
 
7. DIREITO À PROPRIEDADE (ART.5º, XXII A XXXI, CRFB) 
O direito de propriedade encontra-se condicionado pela função social da propriedade 
(art.182, §2º, e 186 da CRFB). Tal direito não é absoluto, bem como os demais, pois a 
propriedade pode ser desapropriada (Art. 5º, XXIV, 182, §4º, III, 184, 185, I e II), 
requisitada, objeto de limitação e servidão administrativa. 
 
ATENÇÃO! Direito de Herança: é direito garantido pela constituição, mas regulamentado 
por normas de direito privado (Direito Civil). Ressalve-se que a constituição também garantiu 
que a sucessão dos bens do de cujus (falecido) seguirá as leis brasileiras, salvo se a lei pessoal 
do falecido (estrangeira) não lhe seja mais favorável. 
 
ATENÇÃO! Direito de Propriedade Intelectual: envolve a propriedade industrial (Lei 
9.279/96) e os direitos do autor (Lei 9.10/98). 
 
8. DIREITO À VIDA PRIVADA E INTIMIDADE (ART.5º, X A XII) 
 
 
 
 
VIDA PRIVADA: diz respeito às relações interpessoais do indivíduo, à vida em família, no 
trabalho. É menos secreta que a intimidade. 
DIREITO ADQUIRIDO 
•É a garantia segundo a qual 
um direito, cumprida as 
condições para o seu 
exercício, incorpora-se ao 
patrimônio de seu titular. 
ATO JURÍDICO PERFEITO 
•É a garantia que preserva os 
atos ou negócios jurídicos 
decorrente de manifestações 
legítimas de vontade de quem 
os editou. 
COISA JULGADA 
•É a garantia que torna 
inquestionável, imutável, um 
decisão judicial contra a qual 
não caiba mais recurso. 
VIDA PRIVADA INTIMIDADE 
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INTIMIDADE: nas palavras de DIRLEY DA CUNHA JR., é a vida secreta ou exclusivaque 
alguém reserva para si, sem nenhuma repercussão social, nem mesmo junto a sua família, aos 
seus amigos e ao seu trabalho. 
 
8.1. Inviolabilidade do domicílio (art.5º, XI) 
Importante conhecer os conceitos de CASA e DIA, trazidos pelo texto constitucional, de modo 
a facilitar a compreensão da inviolabilidade. CASA é qualquer compartimento privado não 
aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. Já DIA deve ser entendido como 
o período compreendido entre 6h e 18h. Exceções à inviolabilidade do domicílio: 
 
8.2. Inviolabilidade de correspondência e Comunicações (art.5º,XII) 
 
ATENÇÃO! Pode ser restringido durante o Estado de Sítio e Defesa (art. 136, §1º, I, “b” e “c”, 
art. 139, III). 
 
ATENÇÃO! 
A) SIGILO BANCÁRIO (DADOS): julgado mais recente do STF (RE 389.808 de 2010) decidiu 
que a quebra do sigilo bancário é considerado Cláusula de Reserva de Jurisdição, só podendo 
ser determinada por autoridade judiciária ou CPI em sua competência extraordinária 
atribuída pelo art. 58, §3º, CRFB. 
 B) SIGILO FISCAL (DADOS): a LC nº104/2001 permite a divulgação pela Fazenda Pública 
por solicitação de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, bastando 
a comprovação da instauração de regular processo administrativo. Entretanto, conforme 
entendimento no STF no RE 389.808, a tendência é o STF afirmar a necessidade de 
autorização judicial ou a requisição de CPI. 
C) SIGILO DAS COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS: consiste na conversa telefônica e carece de 
decisão judicial, Cláusula de Reserva de Jurisdição, nos termos da Constituição, cuja 
regulamentação consta na Lei 9.296/96 (Lei da Interceptação Telefônica). 
 
Flagrante 
Delito 
Desastre Socorro 
Determinação 
Judicial 
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REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
 HC MS INDIVIDUAL MS COLETIVO MI HD AP 
Base 
Constitucional 
e Legal 
Art.5º, LXVIII, CRFB e 
Arts. 647 a 667 CPP e 
Regimento Interno dos 
Tribunais 
Art.5º, LXIX, CRFB e 
Lei 12.016/2009 
Art.5º, LXX, CRFB e 
Lei 12.016/2009 
Art.5º, LXXI, CRFB Art.5º, LXXII, CRFB e 
Lei 9.507/1997 
Art.5º, LXXIII, CRFB e Lei 
4.717/1965 
 
Objeto (se 
ocorrer...) Violação do direito à 
liberdade de locomoção. 
Violação a direito líquido e 
certo, individual ou 
coletivo, não amparado 
por HC ou HD, lesado ou 
ameaçado de lesão por ato 
de autoridade 
Violação a direito líquido e 
certo, individual ou coletivo, 
não amparado por HC ou HD, 
lesado ou ameaçado de lesão 
por ato de autoridade 
Violação de liberdades 
constitucionais, relativas à 
nacionalidade, soberania e 
cidadania, frustradas pela 
falta de norma 
regulamentadora 
Violação ao acesso ou retificação 
ou anotação de informações 
pessoais em bancos de dados de 
entidades governamentais ou de 
caráter público. 
Ato ou contrato 
administrativo ilegal e 
lesivo ao patrimônio 
público, meio ambiente, 
patrimônio histórico e 
cultural 
 
Competência 
Juiz, TJ, JF, Turmas 
Recursais, TRF, Tribunais 
Superiores, STF, 
Juiz, TJ, JF, TRF, Tribunais 
Superiores, STF 
Juiz, TJ, JF, TRF, Tribunais 
Superiores, STF 
STF, STJ, TSE, (Juiz, TJ) (Juiz, TJ), JF, TRF, STJ, TSE, STF Juiz Est. 1º Grau (regra) 
Juiz Fed. (interesse 
União) 
 
 
Legitimidade 
Ativa 
Qualquer pessoa - (se 
jurídica, só em favor de 
pessoa física). 
Pessoas Fís./Jur.; órgãos 
públicos, dotados de 
capacidade processual; 
universalidades 
reconhecidas por lei 
(condomínio, massa 
falida); autoridades 
Partido Político com 
representação no Congresso 
Nacional (Diretório Nacional); 
Organização Sindical 
(Confederação); Entidades de 
Classe de âmbito Nacional; 
Associações constituídas há 
pelo menos 1 ano. 
Qualquer pessoa (física ou 
jurídica). 
 
Coletivo: mesmos do MS 
coletivo. 
Qualquer pessoa física ou 
jurídica. 
Se falecido o titular do direito, o 
STF tem admitido que o Cônjuge, 
/companheiro, Ascendente, 
Descendente, Irmão (Direito 
personalíssimo) possam 
impetrar o writ. 
Cidadão 
(pessoa física, eleitor) 
 
ATENÇÃO, estende-se aos 
Portugueses, se houver 
reciprocidade. 
 
Legitimidade 
Passiva 
Qualquer pessoa 
(autoridade pública ou 
não) 
Pessoa jurídica de direito 
público a que pertence a 
autoridade apontada como 
coatora. 
Pessoa jurídica de direito 
público a que pertence a 
autoridade apontada como 
coatora. 
Órgão ou Entidade 
responsável pela elaboração 
da norma faltante 
Entidades governamentais (Adm. 
direta e indireta); entidades de 
caráter público. 
Autor do ato; Quem 
contribuiu para a ação ou 
omissão; Os beneficiários 
diretos do ato. 
 
Requisito (s) 
Essencial (is) 
 
XXXXXXX 
 
Prova pré-constituída 
 
Prova pré-constituída 
Ausência da Norma Regulam. 
relacionada aos direitos de 
nacionalidade, soberania, 
cidadania. 
Negativa ou silêncio 
Administrativo após 
Requerimento do interessado. 
Comprovação da 
cidadania por meio do 
título de eleitor. 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
Profa. Teresa Cristina Cruz 
 
22 
@profateresacristinacruz 
DIREITOS POLÍTICOS 
 
DIREITOS POLÍTICOS 
POSITIVOS 
Sugrágio 
Universal 
Capacidade 
Eleitoral Ativa 
Capacidade 
Eleitoral 
Passiva 
Iniciativa 
Popular 
De Lei 
Consultas 
Populares 
Plebiscito 
Referendo 
Ação Popular 
NEGATIVOS 
Inelegibilidades 
Absoluta 
(Art.14, §4º) 
Inalistáveis 
Estrangeiros 
Conscritos 
Analfabetos 
Relativas 
(Art.14, §§ 
4ºao9º) 
Em Razão da 
Função 
Exercida 
(Art.14, 
§§5º,6º) 
Em Razão do 
Parentesco 
(Art.14, §7º) 
Previstas em 
Lei 
Complementar 
(Art.14, §9º) 
Hipóteses de 
Perda e 
Suspensão 
Perda 
Cancelamento da 
Naturalização 
por sentença 
transitada em 
julgado 
Recusa de 
Cumprir 
Obrigação à 
todos Imposta 
Suspensão 
Condenação 
Criminal com 
Trânsito em 
Julgado 
Improbidade 
Administrativa 
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23 
@profateresacristinacruz 
PODER LEGISLATIVO 
1. ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS OU IMUNIDADES PARLAMENTARES (ART.53, CRFB) 
 
 
 
 
2. DAS REUNIÕES (ART. 57, CRFB) 
 
 
3. COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO – CPI (ART. 58, §3º, CRFB) 
3.1. Conceito 
São verdadeiras representações do direito das minorias. Desempenham papel fiscalizatório, 
por meio de sua função investigativa. 
 
3.2. Requisitos para Instalação 
 
 
IMUNIDADES 
Material 
Opinião, 
Palavras e 
Votos 
caput 
Formal 
Prerrogativa 
de Foro 
§1º 
Quanto à 
Prisão 
§2º 
Quanto ao 
Processo 
§3º ao §5º 
LEGISLATURA 
(4 ANOS) 
Sessão Legislativa 
I 
Sessão Legislativa 
II 
Sessão Legislativa 
III 
Sessão Legislativa 
IV 
Sessão 
Prepa-
ratória* 
Período 
Legislativo 
I 
Período 
Legislativo 
II 
Período 
Legislativo 
I 
Período 
Legislativo 
II 
Período 
Legislativo 
I 
Período 
Legislativo 
II 
Período 
Legislativo 
I 
Período 
Legislativo 
II 
 
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17/07 
 
Início: 
1º/08 
 
Término: 
22/12 
Requerimento de 
1/3 dos seus 
membros 
Apuração de fato 
determinado 
Prazo certo 
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DIREITO CONSTITUCIONAL 
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24 
@profateresacristinacruz 
3.3. Poderes e Vedações 
A CRFB conferiu às CPI’s poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e outros 
previstos no regimento das respectivas Casas legislativas. Entretanto, alguns poderes são 
próprios das autoridades judiciais, não sendo possível a realização pela CPI sem autorização 
judicial, são as chamadas Cláusulas de Reserva de Jurisdição. 
 
CPI 
PODE NÃO PODE 
 Prender em flagrante  Determinar prisão preventiva ou temporária 
 Quebrar sigilo bancário, fiscal e telefônico  Determinar interceptação telefônica 
 Determinar condução coercitiva  Determinar arresto, sequestro, impedimento ou 
hipoteca de bens do investigado 
 Realizar oitiva de testemunhas e investigados  Impedir que o investigado saia da comarca ou do 
país 
 Determinar perícia  Obstaculizar o trabalho do advogado 
 Determinar busca e apreensão domiciliar 
 Quebrar o segredo de justiça

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