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PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 1 @profateresacristinacruz CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 1. CONCEITO Conjunto de regras de observância da compatibilidade de leis e atos normativos com o texto constitucional para a proteção dos direitos fundamentais previstos na CRFB contra as investidas do Poder Público. 2. PRESSUPOSTOS 3. BLOCO DE CONSTITUCIONALIDADE 4. OBJETO DO CONTROLE 4.1. Atos Normativos São atos gerais e abstratos que inovam o ordenamento jurídico. São eles: Texto Constitucional (Art. 1º ao 250) ADCT Princípios Constitucionais Implícitos Tratados Internacionais sobre DH Aprovados com Status de Norma Constitucional Constituição Rígida (Formal) Supremacia Formal da Constituição Órgão Competente para a Realização do Controle LEI Ato Normativo Primário Emendas à Constituição Medidas Provisórias Decretos Legislativos Resoluções da CD, SF, CN, CNJ, CNMP e dos Tribunais Regimentos Internos dos Tribunais e de Órgãos Legislativos Atos do Poder Executivo com Força Normativa Tratados e Convenções Internacionais Atos Primários Editados por Pessoas Jurídicas de Direito Público Decisões Proferidas em Processos Administrativos Teresa Cristina Cruz Teresa Cristina Cruz Teresa Cristina Cruz PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 2 @profateresacristinacruz 5. SISTEMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE Relaciona-se ao Órgão que faz o controle. No Brasil, o sistema de controle é Jurisdicional, pois feito por órgãos do Poder Judiciário. 6. FORMAS DE CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 7. CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE 7.1. Origem Surge no Direito Norte-americano com o caso Marbury X Madison em 1803. 7.2. Legitimidade Pode ser realizado por qualquer juiz ou Tribunal. 7.3. Cláusula de Reserva de Plenário (Art. 97, CRFB e Art. 481, parágrafo único, CPC) A CRFB dispõe em seu art. 97 que “Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público”. Na mesma linha é a inteligência da Súmula Vinculante nº 10: “Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, Art. 97) a decisão de órgão fracionário de Tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo Político Jurídico Misto Tipos de Controle de Constitucionalidade Quanto ao Momento Preventivo Repressivo Quanto ao Órgão Competente Difuso Concentrado Quanto à Via Utilizada Ação Direta ou Principal De Exceção ou Incidental Teresa Cristina Cruz Teresa Cristina Cruz 949 PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 3 @profateresacristinacruz ou em parte.” Entretanto, excepcionalmente, os órgãos fracionários dos tribunais não submeterão ao plenário, ou ao órgão especial, a arguição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do Supremo Tribunal Federal sobre a questão (art. 949, parágrafo único, CPC NOVO) 7.4. Efeitos da Decisão Definitiva ATENÇÃO! O STF admite a modulação dos efeitos temporais também no controle difuso. 7.5. Ampliação dos Efeitos da Decisão do STF pelo Senado Federal (Art. 52, X, CRFB) Compete privativamente ao Senado Federal, por meio de resolução, suspender a execução de lei declarada inconstitucional pelo STF nos termos do que dispõe o art. 52, X da CRFB. Nesse caso, a norma declarada inconstitucional pelo STF com efeitos somente para as partes do processo, poderá receber efeitos erga omnes e ex nunc. ATENÇÃO! O STF é obrigado a comunicar sua decisão ao Senado (art. 178, RISTF), todavia, o ato do Senado é discricionário, pois é ato político. 8. CONTROLE CONCENTRADO 8.1. Histórico e Natureza Jurídica A ADI surge no direito brasileiro com a EC nº 16/65 no contexto da Constituição Republicana de 1946. Já a ADC surge com a EC nº 3/93, na égide da CRFB/88, enquanto a ADPF surge com a CRFB/88. Todas são ações do controle de constitucionalidade e traduzem um processo objetivo. 8.2. Base Constitucional e Legal As ações do controle concentrado, ADI/ADC/ADPF, têm previsão constitucional no art. 102, I, “a”, §§1º e 2º, enquanto a ADO está prevista no art. 103, §2º, e foram regulamentadas pelas leis 9.868/99 (ADI, ADO e ADC) e 9.882/99 (ADPF). Inter Partes Ex Tunc PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 4 @profateresacristinacruz 8.3. Ações do Controle Concentrado de Constitucionalidade 8.3.1. Ação Declaratória de Constitucionalidade – ADC Resolve as controvérsias judiciais relevantes existentes acerca da aplicação da lei FEDERAL, mediante a confirmação de sua constitucionalidade. 8.3.2. Ação Direta de Inconstitucionalidade – ADI Declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo FEDERAL ou ESTADUAL, tendo como parâmetro a CRFB/88, fazendo valer a supremacia constitucional, a unidade constitucional e os direitos e garantias fundamentais. 8.3.3. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF É ação de natureza subsidiária, foi criada para completar o Sistema do Controle de Constitucionalidade Brasileiro e protege os PRECEITOS FUNDAMENTAIS. Objeto bem mais amplo que o das demais ações. 8.4. Cabimento e Requisitos Essenciais OBS1: A discussão sobre Lei Municipal que afronta a CF/88 só chegará ao STF por meio de Recurso Extraordinário em sede de controle difuso e desde que verse sobre norma de repetição obrigatória. OBS 2: Ver Súmula 642, STF (Lei Distrital e competência legislativa estadual). ADC •Lei/AN FEDERAL •Requisito : controvérsia judicial relevante (ADC 8). ADI •Lei/AN FEDERAL ESTADUAL •Requisito: lei ou ato normativo contrário à CRFB/88 ADPF •Lei/AN FEDERAL ESTADUAL MUNICIPAL ANTERIORES CRFB/88 •ATOS DO PODER PÚBLICO •Requisito: lesão a preceito fundamental ADC ADPF ADI PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 5 @profateresacristinacruz 8.5. Legitimados Ativos (Art. 103, CRFB) OBS: * Partido Político COM Representação no Congresso Nacional A representação partidária é feita por meio do DIRETÓRIO NACIONAL (ADI 779 – AgR); Possui CNPJ e inscrição no TSE; A perda da representação no CN não prejudica o prosseguimento da ação. São legitimados universais, portanto, não precisam demonstrar pertinência temática, pois são considerados fundamentais para a defesa das instituições democráticas (ADI 1407 – MC). 8.5.1. Legitimados Universais ou Neutros São aqueles que não precisam demonstrar Pertinência Temática, ou seja, interesse de agir. Esses legitimados têm sempre interesse processual na propositura desta ação. 8.5.2. Legitimados Especiais ou Interessados Precisam demonstrar pertinência temática, que é pressuposto da legitimidade ativa. Por pertinência temática deve-se entender a “relação de congruência que necessariamente deve LEGITIMADOS UNIVERSAIS Presidente da República Mesas da CD e do SF Procurador Geral da República - PRG Conselho Federal OAB Partido Político com Representação no Congresso Nacional ESPECIAIS Confederação Sindical ou Entidade de Classe de ÂmbitoNacional* Mesas das Assembleias Legislativa ou Câmara Legislativa do DF* Governador PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 6 @profateresacristinacruz existir entre os objetivos estatutários ou as finalidades institucionais da entidade autora e o conteúdo material da norma questionada em sede de controle abstrato” (ADI 1.157 – MC) OBS: * Confederação Sindical ou Entidade de Classe de Âmbito Nacional Apenas a Confederação tem legitimidade, Federação e Sindicatos de âmbito nacional não possuem legitimidade; Têm CNPJ e inscrição no Ministério do Trabalho (Súmula 677, STF). Ver art. 535, CLT (Confederação é formada por pelo menos 3 federações); Ver art. 8º, Lei 9095 (Lei dos Partidos Políticos); Associação de Associação tem legitimidade ativa (STF – 2005), desde que na defesa de interesses de homogêneos; A CUT não tem legitimidade em virtude da sua defesa de interesses heterogêneos; 8.6. Legitimados Passivos No processo objetivo do controle de constitucionalidade não há legitimado passivo. As ações do controle concentrado são interpostas em face do próprio texto impugnado, mas deve ser informado à Autoridade Responsável pela elaboração da lei/ ato impugnado. 8.7. Intervenção de Terceiros (art. 7º, caput, L9868/99): NÃO é admitida 8.7.1. A Figura do “Amicus Curiae” (art. 7º, §2º) Natureza Jurídica: terceiro interessado (STF: é exceção à vedação da intervenção de terceiros). Relator: admite ou não o amicus curiae (não há direito subjetivo de ser aceito o pedido de ingresso); Decisão Irrecorrível; Requisitos: relevância da matéria e a representatividade dos postulantes; Possibilidade de Sustentação Oral; Admissível no Controle Difuso (art. 950, §3º, CPC NOVO). PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 7 @profateresacristinacruz OBS: O ingresso do Amicus Curiae no processo objetivo da ADI possibilita a participação dos diversos setores da sociedade nestes procedimentos de interpretação da constituição, nos moldes propostos por Peter Häberle na “Teoria da Sociedade Aberta dos Interpretes Constitucionais”. 8.8. Capacidade Postulatória O STF já decidiu que os legitimados dos incisos I a VII têm capacidade postulatória própria abstraída da própria CRFB/88. Os legitimados dos incisos VIII e IX precisam de advogado para apresentar a postulação junto ao STF. 8.9. Competência para Julgamento (Art. 102, I, a, §§1º e 2º, CRFB) As ações do controle concentrado de constitucionalidade que tenham como parâmetro a CRFB/88 têm processamento e julgamento perante o STF. 8.10. Medida Liminar (Art. 10 a 12, Lei 9868) As leis que regulamentam ADI/ADC/ADPF preveem a possibilidade de concessão de medida cautelar cujos efeitos serão, em regra: 8.11. Decisão Definitiva (Art. 22 a 28, Lei 9868) 8.11.1. Modulação dos Efeitos da Decisão Definitiva (Art. 27, Lei 9868) Se houver vontade de 2/3 dos membros do STF e fundamentos relevantes trazidos no art. 27 da Lei 9868/99, poderá a Corte dar outro efeito temporal para a decisão definitiva no Controle de Constitucionalidade, que poderão ser: Ex Nunc ou Pro Futuro. ERGA OMNES VINCULANTE EX TUNC (regra) ERGA OMNES VINCULANTE EX NUNC (regra, para ADI e ADPF) PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 8 @profateresacristinacruz 9. ASPECTOS IMPORTANTES DAS AÇÕES DO CONTROLE 10. PAPEL DO AGU E DO PGR NAS AÇÕES DO CONTROLE AGU ao atuar na defesa do texto impugnado, participa obrigatoriamente na ADI, todavia, o mesmo não acontece na ADO e ADC, nas quais não existem textos que devem ser defendidos. ATENÇÃO! Se 1) já houver decisão do STF no sentido da inconstitucionalidade da norma objeto da ADI em curso ou 2) se o interesse do autor da ação estiver em consonância com o da União, uma vez que a AGU representa a União judicial e extrajudicialmente. PGR participa de todas os processos objetivos que tramitam no STF, uma vez que atua na defesa da Ordem constitucional Brasileira. Na ADO, a lei dispensou sua manifestação quando for o autor da ação. 11. ASPECTOS GERAIS DA ADI 11.1. Espécies Não admitem DESISTÊNCIA Não admitem RECURSOS, salvo EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Não admitem AÇÃO RESCISÓRIA Não admitem PRESCRIÇÃO ou DECADÊNCIA Aplica-se o Princípio da FUNGIBILIDADE ADI e ADC são ações AMBIVALENTE ou DÚPLICES AGU Defesa do Texto Impugnado ("defensor legis") PGR Defesa da Ordem Constitucional ("custos constitucionisb") ADI GENÉRICA ADI POR OMISSÃO ADI INTERVENTIVA PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 9 @profateresacristinacruz 11.2. Não Podem Ser Objeto de ADI 11.3. Espécies de Inconstitucionalidade ATENÇÃO! Inconstitucionalidade por ARRASTAMENTO ou ATRAÇÃO ou REVERBERAÇÃO NORMATIVA: vários são os nomes dados pela doutrina e jurisprudência. Ocorre quando o STF declara a inconstitucionalidade de norma que não foi objeto do pedido principal na ADI, mas que tem relação de dependência. É uma verdadeira exceção ao PRINCÍPIO DA ADSTRIÇÃO AO PEDIDO. Norma Constitucional Origínária Ato Normativo Anterior a CRFB/88 Lei ou Ato Normativo Municipal que Contraria a CRFB/88 Lei do DF com Conteúdo Municipal Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho + Sentenças Normativas da Justiça do Trabalho Atos Normativos Secundários (Regulamentos ou Decretos Regulamentares) Súmulas, Inclusive as Vinculantes Atos Administrativos Projeto de LEI (PL)/ EMENDA (PEC) Ato Normativo Revogado ou de Eficácia Exaurida Lei Revogada ou que Perdeu Vigência após a Propositura da ADI Divergência Entre a Ementa da Lei e seu Conteúdo Atos Estatais de Efeitos Concretos Inconstitucionalidade Quanto à Conduta Ação Omissão Quanto à Norma Ofendida Formal ou Nomodinâmica Material ou Nomoestática Quanto à Extensão Total Parcial Quanto ao Momento Originária Superveniente (Não Recepção) Quanto ao Prisma de Apuração Direta ou Imediata Indireta ou Mediata PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 10 @profateresacristinacruz 12. ASPECTOS GERAIS DA ADO (ART. 103, §2º, CRFB E ART. 12-A AO 12-F, LEI 9868/99) Introduzida pela CF/88 para dar efetividade às normas constitucionais que dependem de complementação legislativa (normas de eficácia LIMITADA), combatendo a denominada síndrome de inefetividade das normas constitucionais. 12.1. Medida Liminar: SIM (Art. 11, §§1º, 2º da Lei 9.868/99) 12.1.1. Efeitos 12.2. Efeitos da Decisão Definitiva (Art. 103, §2º, CRFB) ATENÇÃO! As medidas administrativas deverão ser tomadas em 30 dias ou em prazo razoável a ser estipulado pelo STF. A lei 9.063/09, que acrescentou o processamento da ADO na lei 9.868, aperfeiçoou o Art.103,§2º da CRFB, que dispunha o prazo rígido de 30 dias para a adoção dessas medidas 12.3. ADO X Mandado de Injunção ADI POR OMISSÃO MANDADO DE INJUNÇÃO Hipótese de controle abstrato e concentrado (art. 103, §2º) Hipótese de controle concreto e difuso (art. 5º, LXXI) Declara a mora do órgão competente e exige a elaboração da norma regulamentadora da CF pelo Poder competente. Soluciona o caso concreto. Declara a mora do Poder Omissoe Implementa o direito ainda não regulamentado no caso concreto. Competência: STF Competência: STF, STJ, TSE, TJ Cabe LIMINAR NÃO cabe LIMINAR Efeitos: erga omnes Efeitos: inter partes Suspensão da aplicação da lei (omissão parcial) Suspensão de processos judiciais ou procedimentos adminsitrativos Declaratórios para o Poder Legislativo Mandamental para os Órgãos da Administração Pública Ex Tunc Erga Omnes PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 11 @profateresacristinacruz 13. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE INTERVENTIVA OU REPRESENTAÇÃO INTERVENTIVA (ART. 36, III, CRFB E LEI 12. 562/11) Será cabível quando lei ou ato normativo estadual violar Princípios Constitucionais “Sensíveis” previstos no art. 34, VII, CRFB. Será proposta EXCLUSIVAMENTE pelo procurador Geral da República. Apesar de estar prevista entre as ações de controle concentrado, a ADI interventiva “difere” das demais ações do controle, pois tem finalidade concreta, uma vez que analisa uma hipótese concreta de intervenção da União nos Estados. 13.1. Objeto Impugnação de ato estatal violador de quislquer dos “Princípios Constitucionais Sensíveis”, previstos no art. 34, VII da CRFB, com a finalidade do STF julgar procedente o pedido de intervenção federal e requisitar ao Presidente da República a sua decretação. É hipótese de intervenção obrigatória e vinculada do Presidente da República. ATENÇÃO! Seu objeto não é a declaração de inconstitucionalidade em tese de ato estatal, mas a solução do conflito federativo. ATENÇÃO! O STF não declara a nulidade do ato estatal, quem o faz é o Presidente da República no Decreto Interventivo. 14. ASPECTOS IMPORTANTES DA ADC (Art. 102, I, a, CRFB e Lei 9.868/99) A despeito da presunção de constitucionalidade das normas, esta presunção é relativa. Assim, a ADC visa a transformar esta presunção relativa de constitucionalidade das normas em absoluta. A ADC não pode ser usada como instrumento de consulta, razão pela qual é requisito essencial para sua propositura a demonstração de controvérsia judicial relevante. ATENÇÃO! A ADC é uma ADI “com sinal trocado” (Ambivalência ou Efeito Dúplice), por tanto, as linhas gerais são as mesmas. ATENÇÃO! Em sede de ADC, a medida cautelar consiste na suspensão dos processos em curso sobre a matéria por um prazo máximo de 180 dias. PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 12 @profateresacristinacruz 15. ASPECTOS IMPORTANTES DA ADPF (ART. 102, §1º, CRFB E LEI 9882/99) 15.1. Preceitos Fundamentais O STF e a doutrina, diuturnamente, vêm construindo o rol de preceitos fundamentais. Atualmente, podemos sintetizá-los da seguinte forma: ATENÇÃO! A ADPF deve ser usada em caráter subsidiário (Art. 4º, §1º, Lei 9882/99), uma vez que não será admitida enquanto houver qualquer outro meio igualmente eficaz dentre os processos objetivos de controle de constitucionalidade para combater a lesão. 16. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NO ÂMBITO ESTADUAL: ADI ESTADUAL OU REPRESENTAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE (ART. 125, §2º. CRFB) 16.1. Objeto 16.2. Legitimados (Art. 125, §2º, CRFB) A Constituição Federal deixou a cargo das constituições estaduais a disposição sobre os legitimados para a realização do Controle de constitucionalidade no âmbito estadual, vedou apenas que fosse atribuída legitimidade a um único órgão. Direitos e Garantias Fundamentais (Art. 5º, 6º, 14) Cláusulas Pétreas (Art. 60, §4º) Princípios Constitucionais Sensíveis (Art. 34, VII) Princípios Fundamentais do Estado Brasileiro (Art. 1º ao 4º) Normas Organizadoras e Estruturais do Estado e da Sociedade (Art. 18) EM FACE DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL Lei Distrital Lei Municipal Lei Estadual PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 13 @profateresacristinacruz 16.3. Órgão Julgador Nos termos do art. 125, §2º da CRFB e aplicando o Princípio da Simetria, será competência do Tribunal de Justiça local o processamento e julgamento da ADI Estadual ou Representação de Inconstitucionalidade. 16.4. Efeitos da Decisão 16.4.1. Norma de Repetição Facultativa 16.4.2. Norma de Repetição Obrigatória ADI ESTADUAL TJ DECISÃO EM SEDE DE ADI NÃO CABE RECURSO DEFINITIVA ADI ESTADUAL TJ DECISÃO EM SEDE DE ADI NORMA CONSTITUCIONAL DE REPETIÇÃO OBRIGATÓRIA CABE RECURSO EXTRAORDINÁRIO PARA O STF DECISÃO TERÁ EFEITOS ERGA OMNES PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 14 @profateresacristinacruz DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS EM ESPÉCIE (TÍTULO II DA CRFB) 2. DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS (ART. 5º) 3. DIREITO À VIDA (ART. 5º) 4. DIREITO À LIBERDADE Direitos Individuais e Coletivos Direitos Sociais Direitos de Nacionalidade Direitos Políticos Partidos Políticos Direito à VIDA Direito à LIBERDADE Direito à IGUALDADE Direito à SEGURANÇA Direito à PROPRIEDADE DIREITO À VIDA DIREITO DE EXISTIR Pena de Morte (Inc. , XLVII, a) Aborto (Art. 124, 126, 128, I e II, CPB) Eutanásia (Art. 121, §1º, CPB) DIREITO DE EXISTIR COM DIGNIDADE Vedação à Tortura, Tratamento Desumano, Degradante (Inc. III) Penas de Caráter perpétuo, Trabalhos Forçados, Cruéis (Inc. XLVII) Manutenção da Integridade Física (Inc. XLIX) LIBERDADE DE AÇÃO Inc. II LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO Inc. XV e LXI LIBERDADE DE PENSAMENTO Inc. IV e V LIBERDADE DE EXPRESSÃO Inc. IX LIBERDADE DE INFORMAÇÃO Inc. XIV e XXXIII LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA E CRENÇA Inc. VI a VIII LIBERDADE DE REUNIÃO Inc. XVI LIBERDADE DE ASSOCIAÇÃO Inc. XVII a XXI LIBERDADE DE OPÇÃO PROFISSIONAL Inc.XIII PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 15 @profateresacristinacruz 4.1. Liberdade de Ação (Art. 5º, II, CRFB) Ligado ao Princípio da Legalidade traduz-se na ideia de que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Importante lembrar que este princípio apresenta-se sob dois aspectos: 1) a legalidade para o particular, prevista no inciso II do art. 5º e a 2) legalidade para a Administração Pública, prevista no art. 37, caput, que restringe a ação do agente público à permissão legal. 4.2. Liberdade de Locomoção (Art. 5º, XV e LXI, CRFB) Consiste no livre trânsito no território brasileiro em tempo de paz. ATENÇÃO! Admite restrição durante os Estados de Exceção: Estado de Sítio (art. 139, I) e Defesa (art. 136, §3º, I). 4.3. Liberdade de Pensamento Consiste na livre manifestação do pensamento. 4.3.1. Vedação ao Anonimato Consiste na proibição de documentos apócrifos (sem assinatura), de forma a assegurar o direito de reposta e indenização no caso de dano. ATENÇÃO! A Denúncia (ou delação) Anônima é admitida no direito brasileiro, mas deve ser feita averiguação preliminar para a instauração de procedimento investigativo com base nela. 4.3.2. Marcha da Maconha O STF, em 2011, na ADPF 187, entendeu legítimo o movimento que consistiu em manifestação pela descriminalização da Maconha, acrescentandoque não poderia ser confundida com o ato de incitação à prática do crime (art. 286, CP) nem com a apologia de fato criminoso (art.287, CP). Contudo, foram estabelecidos parâmetros para sua realização (Min. Luiz Fux): a) Reunião deve ser pacífica; b) Proibição de incitação, incentivo, estímulo ao consumo de entorpecentes durante a manifestação; c) Proibição do consumo de entorpecente durante a manifestação; d) Proibição da participação de crianças e adolescente. PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 16 @profateresacristinacruz 4.4. Liberdade de Expressão É a liberdade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura (art. 220, §2º). 4.4.1 Classificação Indicativa É garantido ao Poder Público regular a realização de eventos e espetáculos públicos. 4.4.2. Lei de Imprensa (ADPF 130) Foi considerada não recepcionada pela nova ordem constitucional de 1988, por conter marcantemente aspectos de natureza não democrática. 4.4.3. Lei Eleitoral sobre o Humor (ADI 4451) Foi considerada constitucional pelo STF. 4.5. Liberdade de Informação (Art. 5º, XIV e XXXIII, CRFB) Trata-se do direito de informar e ser informado. Resguarda o sigilo da fonte no exercício profissional e garante o acesso a informações de interesse particular, desde que não sejam imprescindíveis à segurança do Estado e da sociedade. 4.6. Liberdade de Consciência e Crença (Art. 5º, VI a VIII, CRFB) Envolve não apenas a crença religiosa, mas também as convicções políticas ou filosóficas. 4.6.1. Desdobramentos: Ensino Religioso nas Escolas – a matrícula nessa disciplina é facultativa. Feriados Religiosos – em razão da laicidade do Estado Brasileiro, não se admitem novos feriados religiosos e os existentes são considerados de cunho histórico-cultural. Transfusão de Sangue nas Testemunhas de Jeová – em caso de urgência ou perigo iminente, ou se o paciente for menor de idade, não será configurado o crime de constrangimento ilegal do médico que realizar a transfusão de sangue em Testemunha de Jeová. Crucifixos em Repartições Públicas – têm natureza de símbolo cultural (CNJ). Guarda Sabática – consiste na guarda dos sábados pelos Adventistas do Sétimo Dia e Judeus. PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 17 @profateresacristinacruz ATENÇÃO! O STF já se manifestou no sentido de que a designação de outro dia para a realização de provas em concursos públicos e vestibulares (ENEM) viola o princípio da Isonomia, razão pela qual entendeu que a regra do confinamento é a melhor solução para o caso. Imunidade Religiosa – prevista no art. 150, VI, “b” da CRFB/88 proíbe a instituição de impostos sobre templos de qualquer natureza, proibindo que o Estado, por meio de seu poder de tributar, interfira e embarace o funcionamento. ATENÇÃO! Importante ressalvar que a Maçonaria não tem natureza de religião, mas de ideologia de vida, não fazendo jus à imunidade tributária. 4.7. Liberdade de Reunião (Art. 5º, XVI, CRFB) Deve ocorrer de forma pacífica, sem armas e em locais aberto ao público, carecendo apenas de prévia comunicação à Autoridade competente. ATENÇÃO! Admitida restrição durante o Estado de Sítio (art. 139, IV) e Defesa (art. 136, §1º, I, “a”). 4.8. Liberdade de Associação (Art. 5º, XVII a XXI, CRFB) Tem que objetivar fins lícitos e não admite aquela com finalidade paramilitar. Sua criação independe de autorização estatal e sua dissolução compulsória só pode ocorrer por decisão judicial com trânsito em julgado, quando da hipótese de finalidade ilícita. Entretanto, a suspensão das atividades poderá ocorrer por decisão judicial sem necessidade do trânsito em julgado. 4.9. Liberdade de Opção Profissional (Art. 5º XIV, CRFB) Norma constitucional de eficácia contida. É o que ocorre com o Exame de Ordem (direito) e o Exame de Suficiência (Contabilidade). PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 18 @profateresacristinacruz ATENÇÃO! Diploma de Jornalista: o STF (2009) derrubou a necessidade do requisito. Entretanto, a PEC nº33/2009 pretende exigir novamente o diploma para o exercício da atividade. ATENÇÃO! Profissão de Músico: o STF entendeu que a profissão de músico, que encontra garantia na manifestação da liberdade de expressão artística, não exige inscrição no conselho de fiscalização, salvo se houver potencial lesivo na atividade. 5. DIREITO À IGUALDADE (Art. 5º, CAPUT, I) 5.1. Igualdade Formal A norma jurídica não pode estabelecer distinções não previstas na Constituição. A lei deve ser aplicada igualmente para todos. 5.2. Igualdade Material A verdadeira igualdade é aquela que trata os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades (ARISTÓTELES). Importante destacar que Celso Antonio Bandeira de Melo afirma que o “dogma da igualdade só pode existir se houver uma pertinência lógica entre a distinção inserida na lei e o tratamento distintivo dela consequente” (art.37, VIII, CRFB/88). 5.3. Ações Afirmativas São medidas de COMPENSAÇÃO com objetivo de oferecer uma igualdade de oportunidades àqueles que sofreram alguma espécie de restrição, seja devido à marginalização social ou de hipossuficiência. ATENÇÃO! As Cotas Raciais, a Declaração de Constitucionalidade da lei Maria da Penha, a Indicação de Ministros do STF (indicação de uma mulher e um negro) são exemplos de ações afirmativas. IGUALDADE FORMAL IGUALDADE MATERIAL PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 19 @profateresacristinacruz 6. DIREITO À SEGURANÇA (ART. 5º, XXXVI, CRFB) Confere estabilidade às relações jurídicas constituídas. Manifesta-se por meio das seguintes garantias: 7. DIREITO À PROPRIEDADE (ART.5º, XXII A XXXI, CRFB) O direito de propriedade encontra-se condicionado pela função social da propriedade (art.182, §2º, e 186 da CRFB). Tal direito não é absoluto, bem como os demais, pois a propriedade pode ser desapropriada (Art. 5º, XXIV, 182, §4º, III, 184, 185, I e II), requisitada, objeto de limitação e servidão administrativa. ATENÇÃO! Direito de Herança: é direito garantido pela constituição, mas regulamentado por normas de direito privado (Direito Civil). Ressalve-se que a constituição também garantiu que a sucessão dos bens do de cujus (falecido) seguirá as leis brasileiras, salvo se a lei pessoal do falecido (estrangeira) não lhe seja mais favorável. ATENÇÃO! Direito de Propriedade Intelectual: envolve a propriedade industrial (Lei 9.279/96) e os direitos do autor (Lei 9.10/98). 8. DIREITO À VIDA PRIVADA E INTIMIDADE (ART.5º, X A XII) VIDA PRIVADA: diz respeito às relações interpessoais do indivíduo, à vida em família, no trabalho. É menos secreta que a intimidade. DIREITO ADQUIRIDO •É a garantia segundo a qual um direito, cumprida as condições para o seu exercício, incorpora-se ao patrimônio de seu titular. ATO JURÍDICO PERFEITO •É a garantia que preserva os atos ou negócios jurídicos decorrente de manifestações legítimas de vontade de quem os editou. COISA JULGADA •É a garantia que torna inquestionável, imutável, um decisão judicial contra a qual não caiba mais recurso. VIDA PRIVADA INTIMIDADE PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 20 @profateresacristinacruz INTIMIDADE: nas palavras de DIRLEY DA CUNHA JR., é a vida secreta ou exclusivaque alguém reserva para si, sem nenhuma repercussão social, nem mesmo junto a sua família, aos seus amigos e ao seu trabalho. 8.1. Inviolabilidade do domicílio (art.5º, XI) Importante conhecer os conceitos de CASA e DIA, trazidos pelo texto constitucional, de modo a facilitar a compreensão da inviolabilidade. CASA é qualquer compartimento privado não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. Já DIA deve ser entendido como o período compreendido entre 6h e 18h. Exceções à inviolabilidade do domicílio: 8.2. Inviolabilidade de correspondência e Comunicações (art.5º,XII) ATENÇÃO! Pode ser restringido durante o Estado de Sítio e Defesa (art. 136, §1º, I, “b” e “c”, art. 139, III). ATENÇÃO! A) SIGILO BANCÁRIO (DADOS): julgado mais recente do STF (RE 389.808 de 2010) decidiu que a quebra do sigilo bancário é considerado Cláusula de Reserva de Jurisdição, só podendo ser determinada por autoridade judiciária ou CPI em sua competência extraordinária atribuída pelo art. 58, §3º, CRFB. B) SIGILO FISCAL (DADOS): a LC nº104/2001 permite a divulgação pela Fazenda Pública por solicitação de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, bastando a comprovação da instauração de regular processo administrativo. Entretanto, conforme entendimento no STF no RE 389.808, a tendência é o STF afirmar a necessidade de autorização judicial ou a requisição de CPI. C) SIGILO DAS COMUNICAÇÕES TELEFÔNICAS: consiste na conversa telefônica e carece de decisão judicial, Cláusula de Reserva de Jurisdição, nos termos da Constituição, cuja regulamentação consta na Lei 9.296/96 (Lei da Interceptação Telefônica). Flagrante Delito Desastre Socorro Determinação Judicial PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 21 @profateresacristinacruz REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS HC MS INDIVIDUAL MS COLETIVO MI HD AP Base Constitucional e Legal Art.5º, LXVIII, CRFB e Arts. 647 a 667 CPP e Regimento Interno dos Tribunais Art.5º, LXIX, CRFB e Lei 12.016/2009 Art.5º, LXX, CRFB e Lei 12.016/2009 Art.5º, LXXI, CRFB Art.5º, LXXII, CRFB e Lei 9.507/1997 Art.5º, LXXIII, CRFB e Lei 4.717/1965 Objeto (se ocorrer...) Violação do direito à liberdade de locomoção. Violação a direito líquido e certo, individual ou coletivo, não amparado por HC ou HD, lesado ou ameaçado de lesão por ato de autoridade Violação a direito líquido e certo, individual ou coletivo, não amparado por HC ou HD, lesado ou ameaçado de lesão por ato de autoridade Violação de liberdades constitucionais, relativas à nacionalidade, soberania e cidadania, frustradas pela falta de norma regulamentadora Violação ao acesso ou retificação ou anotação de informações pessoais em bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. Ato ou contrato administrativo ilegal e lesivo ao patrimônio público, meio ambiente, patrimônio histórico e cultural Competência Juiz, TJ, JF, Turmas Recursais, TRF, Tribunais Superiores, STF, Juiz, TJ, JF, TRF, Tribunais Superiores, STF Juiz, TJ, JF, TRF, Tribunais Superiores, STF STF, STJ, TSE, (Juiz, TJ) (Juiz, TJ), JF, TRF, STJ, TSE, STF Juiz Est. 1º Grau (regra) Juiz Fed. (interesse União) Legitimidade Ativa Qualquer pessoa - (se jurídica, só em favor de pessoa física). Pessoas Fís./Jur.; órgãos públicos, dotados de capacidade processual; universalidades reconhecidas por lei (condomínio, massa falida); autoridades Partido Político com representação no Congresso Nacional (Diretório Nacional); Organização Sindical (Confederação); Entidades de Classe de âmbito Nacional; Associações constituídas há pelo menos 1 ano. Qualquer pessoa (física ou jurídica). Coletivo: mesmos do MS coletivo. Qualquer pessoa física ou jurídica. Se falecido o titular do direito, o STF tem admitido que o Cônjuge, /companheiro, Ascendente, Descendente, Irmão (Direito personalíssimo) possam impetrar o writ. Cidadão (pessoa física, eleitor) ATENÇÃO, estende-se aos Portugueses, se houver reciprocidade. Legitimidade Passiva Qualquer pessoa (autoridade pública ou não) Pessoa jurídica de direito público a que pertence a autoridade apontada como coatora. Pessoa jurídica de direito público a que pertence a autoridade apontada como coatora. Órgão ou Entidade responsável pela elaboração da norma faltante Entidades governamentais (Adm. direta e indireta); entidades de caráter público. Autor do ato; Quem contribuiu para a ação ou omissão; Os beneficiários diretos do ato. Requisito (s) Essencial (is) XXXXXXX Prova pré-constituída Prova pré-constituída Ausência da Norma Regulam. relacionada aos direitos de nacionalidade, soberania, cidadania. Negativa ou silêncio Administrativo após Requerimento do interessado. Comprovação da cidadania por meio do título de eleitor. PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 22 @profateresacristinacruz DIREITOS POLÍTICOS DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS Sugrágio Universal Capacidade Eleitoral Ativa Capacidade Eleitoral Passiva Iniciativa Popular De Lei Consultas Populares Plebiscito Referendo Ação Popular NEGATIVOS Inelegibilidades Absoluta (Art.14, §4º) Inalistáveis Estrangeiros Conscritos Analfabetos Relativas (Art.14, §§ 4ºao9º) Em Razão da Função Exercida (Art.14, §§5º,6º) Em Razão do Parentesco (Art.14, §7º) Previstas em Lei Complementar (Art.14, §9º) Hipóteses de Perda e Suspensão Perda Cancelamento da Naturalização por sentença transitada em julgado Recusa de Cumprir Obrigação à todos Imposta Suspensão Condenação Criminal com Trânsito em Julgado Improbidade Administrativa PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 23 @profateresacristinacruz PODER LEGISLATIVO 1. ESTATUTO DOS CONGRESSISTAS OU IMUNIDADES PARLAMENTARES (ART.53, CRFB) 2. DAS REUNIÕES (ART. 57, CRFB) 3. COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO – CPI (ART. 58, §3º, CRFB) 3.1. Conceito São verdadeiras representações do direito das minorias. Desempenham papel fiscalizatório, por meio de sua função investigativa. 3.2. Requisitos para Instalação IMUNIDADES Material Opinião, Palavras e Votos caput Formal Prerrogativa de Foro §1º Quanto à Prisão §2º Quanto ao Processo §3º ao §5º LEGISLATURA (4 ANOS) Sessão Legislativa I Sessão Legislativa II Sessão Legislativa III Sessão Legislativa IV Sessão Prepa- ratória* Período Legislativo I Período Legislativo II Período Legislativo I Período Legislativo II Período Legislativo I Período Legislativo II Período Legislativo I Período Legislativo II Início: 1º/02 Início: 02/02 Término: 17/07 Início: 1º/08 Término: 22/12 Início: 02/02 Término: 17/07 Início: 1º/08 Término: 22/12 Início: 02/02 Término: 17/07 Início: 1º/08 Término: 22/12 Início: 02/02Término: 17/07 Início: 1º/08 Término: 22/12 Requerimento de 1/3 dos seus membros Apuração de fato determinado Prazo certo PREPARATÓRIO OAB DIREITO CONSTITUCIONAL Profa. Teresa Cristina Cruz 24 @profateresacristinacruz 3.3. Poderes e Vedações A CRFB conferiu às CPI’s poderes de investigação próprios das autoridades judiciais e outros previstos no regimento das respectivas Casas legislativas. Entretanto, alguns poderes são próprios das autoridades judiciais, não sendo possível a realização pela CPI sem autorização judicial, são as chamadas Cláusulas de Reserva de Jurisdição. CPI PODE NÃO PODE Prender em flagrante Determinar prisão preventiva ou temporária Quebrar sigilo bancário, fiscal e telefônico Determinar interceptação telefônica Determinar condução coercitiva Determinar arresto, sequestro, impedimento ou hipoteca de bens do investigado Realizar oitiva de testemunhas e investigados Impedir que o investigado saia da comarca ou do país Determinar perícia Obstaculizar o trabalho do advogado Determinar busca e apreensão domiciliar Quebrar o segredo de justiça
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