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Direito Administrativo II atualizado (2)

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Direito Administrativo II
Prof. M.e Josemar Branco
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Contrato – É todo acordo de vontade, firmado livremente pelas partes, para criar obrigações e direitos recíprocos. Em principio, todo contrato é negócio jurídico bilateral e cumulativo, ou seja, é realizado entre pessoas que se obrigam a prestação mútuas e equivalentes em vantagens e encargos.
OBS. Tem que existir liberalidade e capacidade jurídica das partes, requer objeto lícito e sua forma tem que ser prescrita ou não vedada em lei.
Típico do Direito Privado é utilizado no Direito Público, donde o CONTRATO ADMINISTRATIVO é espécie de contrato público 
CONTRATO
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1º LEX INTER PARTES - faz lei entre as partes
2º PACTA SUNT SERVANDA – há observância do pactuado
3º BOA-FÉ – artigo 422 do C C
4º LIBERALIDADE PARA CONTRATAR - dentro dos limites da função social do contrato (art. 421 CC)
OBS. No Direito Público a Administração Pública está sujeita a limitação de conteúdo e a requisitos formais rígidos, porém dispõe sempre de PRIVILÉGIOS Administrativos para fixação e alteração das cláusulas de interesse público e até mesmo para pôr fim ao contrato. É o que caracteriza e o distingue do contrato privado
PRINCIPIOS QUE REGEM OS CONTRATOS
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Conceito – É o ajuste que a Administração Pública, agindo nessa qualidade, firma com particular ou outra entidade administrativa para a consecução de objetivos de interesse público, nas condições estabelecidas pela própria Administração Pública.
OBS. A supremacia de poder da Adm Pública na relação jurídica é o que a destinge do contrato privado
CONTRATO ADMINISTRATIVO
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1º É SEMPRE CONSENSUAL - Pois consubstancia um acordo de vontades, e não um ato unilateral e impositivo.
2º É EM REGRA FORMAL – Pois se expressa por escrito e com requisitos especiais.
3º É ONEROSO – Pois é remunerado na forma convencionada.
4º É CUMULATIVO – Pois estabelece compensação recíprocas e equivalentes para as partes.
5º É INTUITU PERSONEA – Pois deve ser executado pelo próprio contratado, vedada em regra a substituição ou transferência do ajuste.
6º EXIGÊNCIA DE LICITAÇÃO PRÉVIA – Só dispensável em casos previstos em lei.
OBS. Há na legislação ambiental a exigência de obtenção de licença prévia ambiental. 
CARACTERISTICAS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
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Do privilégio da Administração Pública na relação contratual decorre a possibilidade de imposição das chamadas CLÁUSULAS EXORBITANTES de Direito Comum.
OBJETO DE CONTRATAR – são obras, serviços, compra, alienação, locação, fornecimento.
OBS. 1- Sempre no interesse e na finalidade da coletividade 
 2- O que tipifica o Contrato Administrativo é a participação da Administração, derrogando normas do Direito Privado e agindo “PUBLICAE UTILITATIS CAUSA” sob a égide do Direito Público. 
 
CONTRATO ADMINISTRATIVO
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CONTRATO DE NATUREZA SEMIPÚBLICA – São os que há igualdade entre a Administração e o particular (atípico).
CONTRATO DE NATUREZA PÚBLICA – Há a supremacia do interesse público (típico).
TIPOS DE CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
1º CONTRATO DE COLABORAÇÃO – É aquele em que o particular se obriga a prestar ou realizar algo para a Administração, como ocorre nos ajustes de obras, serviços e fornecimento (interesse da Administração).
2º CONTRATO DE ATRIBUIÇÃO – É o que a Administração confere determinadas vantagens ou certos direitos aos particulares, tal como uso de bem públicos (interesse do particular).
3º CONTRATO DE CONSÓCIO PÚBLICO – São os regidos pela Lei 11.107/2005
CONTRATO ADMINISTRATIVO
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Supremacia de poder e imposição das cláusulas exorbitantes (explicitas ou implícitas), que são as que excedem o direito comum para consignar uma vantagem ou restrição à Administração ou ao contratado. É a LA “MARQUE DU DROIT PUBLIC”.
SÃO PRERROGATIVAS ATRIBUIDAS AS CLÁUSULAS EXORBITANTES 
Ocupação do domínio público;
O poder expropriatório e a atribuição de arrecadar tributos;
Possibilidade de alteração e rescisão unilateral do contrato – cláusula implícita em prol do interesse público irrenunciável, porém sempre motivada, devendo atingir apenas as clausulas regulamentares ou de serviço, conservando o objeto do contrato. A unilateralidade de rescisão também é preceito de ordem pública decorrente do Principio da Continuidade do Serviço Público, podendo ocorrer por inadimplência do contrato ou por interesse público na cessação do contrato, respeitado sempre o contraditório, a ampla defesa, o devido processo legal e a justa causa;
PECULIARIDAE DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
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Equilíbrio econômico e financeiro – é a relação estabelecida inicialmente pelas partes entre os encargos do contratado e a retribuição da Administração para a justa remuneração do objeto do ajuste(tem que haver equilíbrio), sempre mantendo a equação inicial;
Revisão de preço e tarifas – é medida convencionada entre as partes contratantes para manter o equilíbrio financeiro, é conduta contratual prevista em lei para corrigir os efeitos da inflação(art. 55,III e 65, &8º\ Lei 8.666/93);
Inoponibilidade da exceção de contrato não cumprido “EXCEPTIO NON ADIMPLETI CONTRACTUS” - nos contratos Administrativos só se aplica em favor da Administração por inadimplência do contrato(Principio da Continuidade do Serviço Público), sendo devido a indenização dos prejuízos;
OBS. 1. Diferente do Direito Privado onde ambos podem invocar(art.476 CC);
 2. Exceção inadimplência prolongada(90 dias), prever a possibilidade(art.78,XV/Lei 8.666/93);
g) Controle do contrato – é poder implícito nos contratos Administrativos em prol do interesse público, devendo supervisionar, acompanhar e fiscalizar a devida execução ou nela intervir(arts.58,V e 80,II/Lei 8.666/93); 
 
 PRERROGATIVAS ATRIBUIDAS AS CLÁUSULAS EXORBITANTES
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h) Aplicação de penalidades contratuais – é prerrogativa da Administração Pública correlata ao controle do contrato, resultado do Principio da Autoexecutoriedade, dos atos Administrativos. É direito implícito da Administração Pública. 
OBS. Nos casos de cobranças resistidas pelo particular invoca-se o Poder Judiciário.
TIPOS DE PENALIDADES
1. Advertências
2. Multas
3. Rescisão unilateral do contrato
4. Suspensão provisória
5. Declaração de inidoneidade para licitar e contratar com a Administração Pública(arts. 86 a 88/Lei 8.666/93) 
 
 PRERROGATIVAS ATRIBUIDAS AS CLÁUSULAS EXORBITANTES
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 PRINCIPIO DA FINALIDADE;
PRINCIPIO DA VINCULAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO AO INTERESSE PÚBLICO;
PRINCIPIO DA PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE DA CLÁUSULA;
 PRINCIPIO DA ALTERABILIDADE DAS CLÁUSULAS REGULAMENTADORAS;
PRINCIPIO DA EXCEPCIONALIDADE DOS CONTRATOS;
OBS. A) Em regra os Contratos Administrativos são contratos de colaboração(onde o particular se obriga a prestar ou realizar algo para a Administração, exemplo ajuste de obras, serviços ou fornecimentos), sempre no interesse precípuo da Administração Pública. Sendo o contrato de atribuição uma exceção;
 B) As normas que regem os Contratos Administrativos são as do Direito Público(Lei 8.666/93), e supletivamente as do Direito Privado.
PRINCIPIOS QUE REGEM OS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
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É em regra TERMO, em livro próprio da repartição contratante, ou escritura pública, nos casos exigidos em Lei. O contrato verbal e exceção, pois necessita de registro dos negócios públicos(arts. 60 a 64 da Lei 8.666/93). Outros instrumentos são a Carta-Contrato; a Nota de Empenho de Despesa; a Autorização de Compra; a Ordem de Serviço(art. 62, &4º/Lei 8.666/93).
OBS. 1 Contrato Administrativo sem licitação é nulo, com as exceções autorizadas em Lei.
 2 Nos casos que exigem concorrência e tomada de preço é obrigatório o Termo de Contrato. 
INSTRUMENTO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
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CERTEZA
EXIGIBILIDADE
LIQUEDEZ
OBS. 1 Ver art. 585,II,CPC e art. 61, paragrafo único da Lei 8.666/93.
 2 A publicação resumida do Contrato e de seus aditamentos é obrigatória, sendo condição indispensável de sua eficácia(Principio da Publicidade), tem
que ter a noticia resumida, com indicação das partes, objeto e valor do ajuste(art. 5º, XXXIV “b”/CF e art. 63 da Lei 8.666/93)
REQUISITOS GENERICOS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
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 CONTEÚDO DO CONTRATO;
 EDITAL;
 PROJETO COM SUAS ESPECIFICAÇÕES;
 OS MEMORIAIS;
 OS CÁLCULOS;
 AS PLANILHAS;
 O CRONOGRAMA;
 DEMAIS ELEMENTOS PERTINENTES
 AS DISPOSIÇÕES DE LEIS, REGULAMENTOS
 CADERNOS DE ENCARGOS DA REPARTIÇÃO CONTRATANTE
 AS NOSMAS TECNICAS OFICIAIS AO SEU OBJETO
INTEGRAM O CONTRATO ADMINISTRATIVO
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Conteúdo do Contrato administrativo – é a vontade das partes expressa no momento de sua formalização. Devendo as cláusulas fixarem o objeto do ajuste, definir com precisão os direitos e obrigações, encargos e responsabilidade dos contratantes, tudo em conformidade com o edital e a proposta vencedora.
Obs. No caso de dispensa ou inexigibilidade de licitação do contrato deve ater-se ao despacho que autorizou sua realização e à proposta escolhida, devendo, ainda, mencionar o numero do processo que a autorizou(art. 61 da Lei 8.666/93). 
CONTRATO ADMINISTRATIVO
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CLÁUSULAS ESSENCIAIS OU NECESSARIAS – são as que definem o objeto e seus elementos característicos, estabelecem o regime de execução da obra ou serviço ou a modalidade de fornecimento; fixam preços e condições de pagamento; os critérios de reajustamento e de atualização monetária; marcam os prazos de inicio, execução, conclusão e entrega do objeto do contrato; indicam o crédito pelo qual correrá a despesa; apontam as garantias oferecidas; especificam os direitos e as responsabilidades das partes; estabelecem os casos de rescisão do contrato; discriminam o reconhecimento dos direitos da Administração em caso de rescisão Administrativa; prescrevem as condições de importação; fixam a vinculação ao edital ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do licitante vencedor; indicam a legislação aplicável à execução do contrato e aos casos omissos; estipulam a obrigação do contratado de manter, durante a execução, em compatibilidade com as obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na legislação( art. 55, I a XIII da Lei 8.666/93), bem como, eleição do foro da sede da Administração(exceção licitação internacional, Art. 32, & 6º da Lei 8.666/93) . 
CLÁUSULAS CONTRATUAIS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
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Obs. As cláusulas essenciais ou necessárias são as que fixam o objeto do ajuste e estabelecem as condições fundamentais para sua execução, a falta desta causa pena de nulidade, pois impossibilita de se definir o objeto e de se conhecer, com exatidão jurídica os direitos e obrigações de cada parte.
CLÁUSULA ACESSÓRIAS OU SECUNDÁRIAS – são as que complementam e esclarecem a vontade das partes, para melhor entendimento do avençado, não induz nulidade;
CLÁUSULA IMPLICITAS - são as que pela natureza dos Contratos Administrativos, consideram-se existentes mesmo que não escrita, exemplo: Rescisão unilateral do contrato por interesse público, a que autoriza a alteração unilateral por conveniência social, desde que mantido o equilíbrio financeiro , a que possibilita a redução ou ampliação do objeto do contrato, dentro dos limites da lei, a que faculta a assunção dos trabalhos paralisados, para evitar a descontinuidade do serviço público, etc.
CLÁUSULAS CONTRATUAIS DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
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São facultadas em leis para assegurar a execução do contrato.
MODALIDADES DE GARANTIAS CONTRATUAIS
Caução – em dinheiro ou títulos da divida pública(caução real);
Fiança Bancária – garantia fidejussória fornecida por um banco;
Seguro-garantia ou Performance Band – garantia oferecida por empresas seguradoras. Ex: metrô de SP
Seguro de pessoas e bens – para atender a contratos perigosos, com risco eminentes;
Compromisso de entrega de material, produto ou equipamento de fabricação ou produção de terceiro estranho ao contrato – ocorre no caso de grades contratos de fornecimento continuo, onde o fabricante se obriga documentalmente ao fornecimento do produto ajustado. 
 
GARANTIAS PARA EXECUÇÃO DO CONTRATO
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É cumprir suas cláusulas segundo a comum intenção das partes no momento de sua celebração. É cumpri-lo no seu objeto, nos seus prazos e nas suas condições.
Principal Direito da Administração – é o de exerce suas prerrogativas sem a intervenção do Poder Judiciário.
Principal Direito do Contratado – é o de receber o preço nos Contratos de Celebração(execução de obras, serviços e fornecimentos), na forma e no prazo convencionado, ou do mesmo modo, a prestação devida pela Administração nos Contratos de Atribuição(concessão de uso de bens públicos e outro dessa espécie). 
EXECUÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO
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A exigência de que os licitantes e contratados prestem garantias à Administração visando a assegurar o adequado adimplemento do contrato, ou, na hipótese de inexecução, facilitar o ressarcimento dos prejuízos sofridos pela Administração, constitui uma das características dos contratos administrativos.	A exigência de garantia dos licitantes integra a fase de habilitação do procedimento licitatório, especificamente a comprovação de qualificação econômico-financeira.
	A garantia prestada pelos contratados, quando o objeto da licitação for a celebração de contratos de obras, serviços e compras, é limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação e será prestada nas mesmas modalidades e critérios previstos para a garantia prestada pelos contratados.
	A garantia prestada pelos contratados, nas contratações de obras, serviços e compras, será exigida, em cada caso, a critério da autoridade competente, desde que prevista no instrumento convocatório.A garantia oferecida pelos contratados não excederá a 5% (cinco por cento) do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele. 
	
GARANTIAS PARA EXECUÇÃO DO CONTRATO
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Já para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto, envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite da garantia poderá ser elevado até 10% (dez por cento) do valor do contrato.
Nos casos de contratos que importem a entrega de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o valor desses bens.
GARANTIAS PARA EXECUÇÃO DO CONTRATO
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A lei prevê 03 (três) diferentes modalidades de garantia, ficando a critério do contratado optar por uma delas:
1. Caução em dinheiro ou títulos da dívida pública, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo Ministério da Fazenda;
2. Seguro-garantia ou Performance Band : A Lei define como o seguro que garante o fiel cumprimento das obrigações assumidas por empresas em licitações e contratos. Trata-se de garantia oferecida por empresa seguradora em que esta se obriga a completar às próprias custas o objeto do contrato ou a pagar à Administração o valor necessário para tanto, no caso de inexecução por parte do contratado. Ex: metrô de SP
3. Fiança bancária: Nessa modalidade, um banco se responsabiliza a pagar um determinado valor à Administração na hipótese de inadimplemento do contrato. O banco é obrigado a pagar até o limite do valor afiançado e não há benefício de ordem nessa espécie de fiança.
OBS.:A garantia prestada pelo contratado será liberada ou restituída após a execução do contrato e, quando em dinheiro, atualizada monetariamente.
GARANTIAS PARA EXECUÇÃO DO CONTRATO
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Terminada a execução do contrato, a Administração deve atestar que ele foi corretamente executado e que o seu objeto lhe foi entregue. 
Ao receber o objeto do contrato, a Administração está confirmando que foi executado o que tinha sido contratado. Isso não significa que, depois do recebimento, o contratado fique inteiramente
liberado da responsabilidade pelo objeto.
A regra geral é haver um recebimento provisório e um recebimento definitivo.
 
RECEBIMENTO DO OBJETO DO CONTRATO
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O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato.
	Essa responsabilidade, do tipo subjetiva (exige culpa ou dolo do contratado para sua caracterização), não será excluída ou reduzida pelo simples fato de a Administração haver procedido à fiscalização ou ao acompanhamento da execução do contrato.
	Na hipótese de ser o dano causado pelo só fato da obra, a responsabilidade da Administração Pública é do tipo objetiva, na modalidade do risco administrativo, independentemente de quem esteja executando a obra.
Diz-se que o dano foi causado pelo só fato da obra quando sua ocorrência deveu-se a fato natural ou imprevisível, sem que tenha havido culpa de alguém. São os danos causados pela própria natureza da obra, pela sua localização, extensão ou duração.
OBS. O contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato.
RESPONSABILIDADE PELOS ENCARGOS DE EXECUÇÃO
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A EXTINÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO é o término do vínculo obrigacional existente entre a Administração e o particular contratado.
A extinção pode ocorrer em virtude da conclusão do objeto do contrato ou término de seu prazo de duração. Pode, diversamente, a extinção decorrer de anulação ou de rescisão do contrato.
A EXTINÇÃO PELA CONCLUSÃO DO OBJETO do contrato (ex, término da obra), ou pelo término do prazo (ex., um contrato de fornecimento de merenda escolar pelo prazo de um ano) são a regra geral.
A ANULAÇÃO DO CONTRATO pode ser feita a qualquer tempo, pela autoridade administrativa ou pelo Poder Judiciário, sempre por motivo de ilegalidade.
A anulação pela Administração pode ser feita de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer escrito e devidamente fundamentado.
A anulação desfaz o vínculo entre a Administração e o contratado. A nulidade, regra geral, não implica o dever de indenização do contratado pela Administração. Deverá, entretanto, o contratado ser indenizado pelo que houver executado até a data em que a nulidade for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, se a nulidade não tiver ocorrido por motivo a ele imputável.
De qualquer forma será promovida a responsabilidade de quem houver dado causa à nulidade.
EXTINÇÃO DO CONTRATO
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A RESCISÃO DO CONTRATO implica sua extinção antes de concluído o seu objeto, ou antes de terminado o prazo de sua duração.
A rescisão pode se dar por culpa do contratado ou por culpa da Administração.
A rescisão por culpa da Administração somente pode ser feita na esfera judicial ou por acordo entre as partes.
A rescisão por culpa do contratado, assim como a decorrente de interesse público superveniente, ou de caos fortuito ou força maior, pode ser realizada unilateralmente pela Administração.
EXTINÇÃO DO CONTRATO
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Como regra geral, a duração dos contratos administrativos é limitada à vigência dos respectivos créditos orçamentários. Escapam a essa limitação apenas:
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a 60 (sessenta) meses. Esse prazo, em caráter excepcional, poderá ser prorrogado por até 12 (doze) meses, devendo essa prorrogação adicional ser devidamente justificada, sendo exigida, ainda, autorização da autoridade superior.
III - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.
 
	Em qualquer hipótese é vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.
PRORROGAÇÃO DO CONTRATO
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A Lei nº 8.666/93 em seu art. 57, § 1º, enumera taxativamente as situações que autorizam a prorrogação dos contratos.	Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
A prorrogação poderá referir-se aos prazos de início de etapas de execução, de conclusão e de entrega. A prorrogação é possível em razão de ocorrência de um dos seguintes motivos, devidamente autuados em processo:
I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmente as condições de execução do contrato;
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Administração;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta Lei;
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela Administração em documento contemporâneo à sua ocorrência;
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Administração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais aplicáveis aos responsáveis.
PRORROGAÇÃO DO CONTRATO
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Caracteriza inadimplemento do contrato administrativo o descumprimento total ou parcial de suas cláusulas por qualquer das partes, Administração ou contratado.
A inexecução ou execução imperfeita do contrato pode dar-se com culpa ou sem culpa de qualquer das partes, variando, em função desta ausência ou presença de culpa, as conseqüências para o inadimplente.
A inexecução sem culpa pressupõe a existência de uma causa justificadora do inadimplemento e libera o inadimplente de responsabilidade, em razão da aplicação da denominada Teoria da Imprevisão.
INEXECUÇÃO DO CONTRATO
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INEXECUÇÃO DO CONTRATO
INEXECUÇÃO CULPOSA
 
A inexecução culposa do contrato é caracterizada pelo descumprimento ou cumprimento irregular das cláusulas contratuais em razão de ação ou omissão culposa ou dolosa da Administração ou do contratado.
A inexecução culposa do contrato pelo contratado acarreta a aplicação das sanções legais e contratuais. Possibilitando, também, a rescisão unilateral do contrato pela Administração, da qual decorre a execução da garantia contratual para ressarcimento da Administração e pagamento automático dos valores das multas e indenizações a ela devidos, além da retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à Administração.
A inexecução por culpa da Administração possibilita ao contratado pleitear a rescisão judicial ou por acordo. O contratado será ressarcido dos prejuízos comprovados que houver sofrido, tendo ainda direito à devolução da garantia, aos pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão e ao pagamento do custo da desmobilização
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INEXECUÇÃO SEM CULPA
 
	A inexecução sem culpa pressupõe a existência de uma causa justificadora dom inadimplemento e libera o inadimplente de responsabilidade, em razão da aplicação da denominada Teoria da Imprevisão.
	Para que se caracterize uma causa justificadora de inadimplemento contratual é necessário que ocorra, após a celebração do ajuste, um evento imprevisível e extraordinário, que impeça, retarde ou torne insuportavelmente onerosa a execução do contrato como originalmente avençado.
 
INEXECUÇÃO DO CONTRATO
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TEORIA DA IMPREVISÃO
 
	Para que se caracterize uma causa justificadora de inadimplemento contratual é necessário que ocorra, após a sua celebração, um evento imprevisível e extraordinário, que impeça, retarde ou torne insuportavelmente onerosa a execução do contrato nas condições originalmente estipuladas.
	Ocorrendo uma
causa justificadora do inadimplemento do contrato, a parte fica liberada dos encargos originários e o contrato poderá ser revisto, para garantir o restabelecimento do seu equilíbrio econômico, ou rescindido.
	A Teoria da Imprevisão resulta da aplicação de uma antiga cláusula, que se entende implícita em qualquer contrato de execução prolongada, segundo a qual o vínculo obrigatório gerado pelo contrato somente subsiste enquanto inalterado o estado de fato vigente à época da estipulação.
Esta cláusula é conhecida com rebus sic stantibus.
A cláusula rebus sic stantibus desdobra-se em 05 (cinco) hipóteses: 1. Caso fortuito; 2. Força maior; 3. Fato do príncipe; 4. Fato da Administração e 5. Interferências imprevistas.
CAUSAS QUE JUSTIFICAM A INEXECUÇÃO DO CONTRATO
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FORÇA MAIOR E CASO FORTUITO
 
	Essas hipóteses referem-se a eventos imprevisíveis e inevitáveis que geram para o contratado excessiva onerosidade ou mesmo impossibilidade da normal execução do contrato.
	A ocorrência de caso fortuito ou força maior pode ensejar a revisão do contrato para restabelecimento de sua equação econômico-financeira original, sempre que não impossibilite sua execução, mas apenas a torne excessivamente onerosa.
Pode, alternativamente, acarretar a rescisão unilateral do contrato, pela Administração, ou sua rescisão judicial ou amigável.
	Força maior: decorre de eventos da natureza, como catástrofes, ciclones, tempestades, anormais.
	Caso fortuito: é resultado de um fato causado, de alguma forma, pela vontade humana, como é o clássico exemplo da greve.
Tais situações devem caracterizar-se pela imprevisibilidade, inevitabilidade e impossibilidade total do cumprimento das obrigações.
TEORIA DA IMPREVISÃO
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FATO DO PRÍNCIPE
 
	É toda determinação estatal geral, imprevisível, que impeça ou, o que é mais comum, onere substancialmente a execução do contrato, autorizando sua revisão, ou mesmo sua rescisão, na hipótese de tornar-se impossível o seu cumprimento.
	O fato do príncipe encontra-se expressamente mencionado no art. 65, II, “d”, da Lei nº 8.666 como situação ensejadora da revisão contratual para garantir a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
	 Exemplos: Do fato do príncipe seriam um significativo e imprevisível aumento de um imposto incidente sobre bens a que tenha o contratado se obrigado a fornecer ou até mesmo a edição de lei proibindo a importação de um bem que devesse ser fornecido pelo contratado à Administração.
TEORIA DA IMPREVISÃO
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FATO DA ADMINISTRAÇÃO
Ocorre causa justificadora de inadimplemento do contrato conhecida como fato da Administração toda vez que uma ação ou omissão do Poder Público, especificamente relacionada ao contrato, impede ou retarda sua execução. O fato da Administração pode ensejar a rescisão judicial ou amigável do contrato, ou, em alguns casos, a paralisação de sua execução pelo contratado até a normalização da situação. Assim, segundo o art. 78, incisos XIV, XV e XVI da Lei nº 8.666/93, constituem motivo para rescisão do contrato:
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;
 XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação; 
 XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no projeto.
TEORIA DA IMPREVISÃO
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INTERFERÊNCIAS IMPREVISTAS
 
	Constituem-se em elementos materiais que surgem durante a execução do contrato, dificultando extremamente sua execução e tornando sua execução insuportavelmente onerosa.
	A característica marcante das interferências imprevistas é que elas antecedem a celebração do contrato. Sua existência, entretanto, por ser absolutamente excepcional ou incomum, não foi prevista à época da celebração do ajuste.
	As interferências imprevistas não impedem a execução do contrato, mas sim a tornam sobremodo onerosa. Assim, sua ocorrência autoriza a revisão contratual, com base na disposição genérica do art. 65, II, “d”, da Lei nº 8.666, na parte em que alude à hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado.
Exemplos: Numa obra pública, o encontro de um terreno rochoso, e não arenoso como indicado pela Administração, na execução de uma obra pública, ou a passagem de canais ou dutos subterrâneos não revelados no projeto em execução.
TEORIA DA IMPREVISÃO
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Conceito
É o procedimento administrativo, de observância obrigatória pelas entidades governamentais, em que, observada a igualdade entre os participantes, deve ser selecionada a melhor proposta dentre as apresentadas pelos interessados em com elas travar determinadas relações de conteúdo patrimonial.
LICITAÇÃO
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As licitações destinam-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração. O art. 3º da Lei nº 8.666/93 enumera os princípios básicos que regem o procedimento administrativo de licitação. São os seguintes os princípios arrolados:
 
legalidade;
impessoalidade;
moralidade;
igualdade;
publicidade;
probidade administrativa;
vinculação ao instrumento convocatório;
julgamento objetivo.
 
PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
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Podemos perceber que a maior parte dos princípios citados no texto legal são princípios que interessam a toda atividade administrativa. 
Podemos apontar como especificamente voltados às licitações, e não à generalidade da atuação administrativa, essencialmente os princípios da VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO e o do JULGAMENTO OBJETIVO. 
A doutrina menciona ainda, como princípios implícitos específicos o da COMPETITIVIDADE, o do PROCEDIMENTO FORMAL, o do SIGILO DAS PROPOSTAS e o da ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA.
PRINCÍPIOS DA LICITAÇÃO
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	É o que impõe a vinculação da licitação às prescrições legais que a regem em todos os seus atos e fases. Essas prescrições decorrem não só da lei mas, também, do regulamento, do caderno de obrigações e até do próprio edital ou convite, que complementa as normas superiores, tendo em vista a licitação a que se refere (art. 4º, da Lei nº 8.666/93).
	Art. 4o   -  Todos quantos participem de licitação promovida pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm direito público subjetivo à fiel observância do pertinente procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
	A Lei 8.666/93 procurando dar maior transparência ao procedimento licitatório, permite a qualquer cidadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos trabalhos.
PROCEDIMENTO FORMAL
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	O objetivo evidente do princípio da publicidade, no que respeita às licitações, é permitir o acompanhamento e controle do procedimento não só pelos participantes como também, quiçá principalmente, pelos administrados em geral. 
	Estes podem sustar ou impugnar quaisquer atos lesivos à moralidade administrativa
ou ao patrimônio público, representar contra ilegalidades ou desvios de poder etc.
PUBLICIDADE DOS ATOS
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	O princípio da isonomia, ou igualdade, costuma, quando se trata de licitações, ser enunciado como igualdade entre os licitantes. Deve-se não apenas tratar isonomicamente todos os que participam da disputa, o que significa vedação a discriminações de qualquer espécie no julgamento das propostas.
	É também necessário que se enseje oportunidade de participar da licitação a quaisquer interessados que tenham condições de assegurar o futuro cumprimento do contrato a ser celebrado.
	Proíbe a existência de cláusulas ou condições nos atos de convocação (edital ou carta-convite) que comprometam, restrinjam ou frustrem o seu caráter competitivo e estabeleçam preferências ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou domicilio dos licitantes ou de qualquer outra circunstância impertinente ou irrelevante para o específico objeto do contrato.
IGUALDADE ENTRE OS LICITANTES

 
	A observância do sigilo das propostas até sua abertura é de tal importância que constitui crime sua violação, como consta do art. 94 da Lei nº 8.112/90.
	O agente público que devassar o sigilo de proposta apresentada em procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo, será apenado com detenção de 2 a 3 anos, e multa.
SIGILO NA APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS
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	A vinculação da Administração aos estritos termos do edital de convocação da licitação é exigência expressa do art. 41 da Lei nº 8.666/93. Esse artigo veda à administração o descumprimento das normas e condições do edital, ao qual se acha estritamente vinculada.	
	O edital é a lei interna da licitação, e, como tal, vincula aos seus termos tanto os licitantes como a Administração que o expediu.
	OBS. A Lei assegura a qualquer cidadão o direito de impugnar o edital de licitação por motivo de ilegalidade.
VINCULAÇÃO AO EDITAL

 
	É o que se baseia no critério indicado no edital e nos termos específicos das propostas. Objetiva-se, aqui, afastar o discricionarismo na escolha da proposta vencedora.
	No julgamento das propostas, a comissão levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas e princípios estabelecidos pela Lei.
	A noção de critério de julgamento vincula-se ao conceito de tipo de licitação. Os tipos de licitação, aplicáveis a todas as modalidades de licitação, exceto a modalidade concurso, estão previstos no § 1º do art. 45 da Lei nº 8.666/93.
JULGAMENTO OBJETIVO

 
	O princípio da moralidade, que é princípio informativo de toda a atuação da Administração, não apresenta maiores peculiaridades no tocante às licitações. Traduz-se na exigência de atuação ética dos agentes da Administração em todas as etapas do procedimento.
	Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
PROBIDADE E MORALIDADE ADMINISTRATIVA

 
	O princípio da adjudicação obrigatória ao vencedor impede que a Administração, concluído o procedimento licitatório, atribua seu objeto a outrem que não o legítimo vencedor. Esse princípio também veda que se abra nova licitação enquanto válida a adjudicação anterior. A adjudicação é ato final do procedimento de licitação.
	A adjudicação é um ato declaratório, que apenas garante ao vencedor que, quando a Administração for celebrar o contrato relativo ao objeto da licitação, ela o fará com o vencedor.
	É, todavia, possível que o contrato venha a não ser celebrado, por motivos como a anulação do procedimento, se houve ilegalidade, ou a revogação da licitação em decorrência de razões de interesse público supervenientes.
	A Administração deverá convocar regularmente o interessado para assinar o termo de contrato dentro do prazo e condições estabelecidos.
ADJUDICAÇÃO OBRIGATÓRIA AO VENCEDOR

	O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma vez, por igual período, quando solicitado pela parte durante o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito pela Administração.
	Caso o adjudicatório deixe de celebrar o contrato no prazo estabelecido, decairá de seu direito à contratação e ficará caracterizado o descumprimento total da obrigação assumida, sujeitando-o às penalidades estabelecidas.
	Quando o convocado não assinar o temo de contrato no prazo e condições estabelecidos, a Administração poderá convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado.
ADJUDICAÇÃO OBRIGATÓRIA AO VENCEDOR

 
	A regra geral em nosso ordenamento, determinado pela própria Constituição Federal, é a obrigatoriedade de licitação previamente à celebração de contrato administrativo que vise à realização de obra, à prestação de serviço, a compras, a alienações, a concessões e a permissões.
	Existem, entretanto, determinadas hipóteses em que, legitimamente, celebram-se tais contratos sem a realização de licitação. Essencialmente há duas situações distintas em que tal se verifica: impossibilidade de licitação ou sua dispensa.
OBRIGATORIEDADE DE LICITAÇÃO
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	Ocorre a inexigibilidade de licitação quando há impossibilidade jurídica de competição.
	Se licitação é uma disputa, para que ela seja possível forçosamente deve existir mais de uma pessoa (física ou jurídica) capaz de satisfazer seu objeto, ou seja, realizar a obra, prestar o serviço, fornecer a mercadoria etc.
	Em todos esses casos a licitação é inexigível em razão da impossibilidade jurídica de se instaurar competição entre eventuais interessados. A Lei nº 8.666/93 cuida das hipóteses de impossibilidade jurídica de licitação em seu art. 25, em seus três incisos. Sempre que inexistir viabilidade de competição, poderá efetivar-se a contratação direta.
	
INEXIBILIDADE DE LICITAÇÃO

É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
    
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
 
	A inexigibilidade de licitação deve ser expressamente motivada, com apontamento das causas que levaram a Administração a concluir pela impossibilidade jurídica de competição.
INEXIBILIDADE DE LICITAÇÃO

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	Podemos falar genericamente em dispensa de licitação para abranger todas as hipóteses em que, embora exista viabilidade jurídica de competição, a lei autoriza a celebração direta de contrato ou mesmo determina a não realização do procedimento licitatório.
	Nos casos em que a lei autoriza a não realização da licitação diz-se ser ela DISPENSÁVEL. Nestes casos a competição é possível, mas a Lei autoriza a Administração a, segundo critério seu de oportunidade e conveniência, ou seja, mediante ato administrativo discricionário, dispensar sua realização.
	Outras hipóteses há em que a própria Lei, diretamente, dispensa a realização da licitação. Nestas situações ocorre o que a Lei determinou LICITAÇÃO DISPENSADA. Não se procederá a esta porque a própria Lei afirmou que, embora fosse juridicamente
possível, está, a situação, dela DISPENSADA.
DISPENSA DE LICITAÇÃO
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	Ao lado das situações descritas como de licitação dispensável, a Lei relaciona outras em que a licitação, embora seja juridicamente possível, não será realizada porque a própria Lei, diretamente, dispensa sua realização.
	As hipóteses de licitação dispensada encontram-se no art. 17 da Lei nº 8.666/93. Como regra, as situações de licitação dispensada da Lei nº 8.666/93 referem-se à alienação de bens pela Administração. As alíneas do inciso primeiro do art. 17 trazem a lista taxativa de hipóteses de dispensa de licitação relativa a bens imóveis da Administração, enquanto as alíneas do inciso segundo do mesmo artigo enumeram os casos de licitação dispensada para a alienação de bens móveis.
	A alienação de bens imóveis da Administração Pública é subordinada à existência de interesse público devidamente justificado pela autoridade administrativa competente. A alienação depende de autorização legislativa para os órgãos da Administração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, inclusive para as empresas públicas e sociedades de economia mista, depende de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência.
LICITAÇÃO DISPENSADA

Seja qual for o bem imóvel, a licitação será dispensada nos seguintes casos:
dação em pagamento;
doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da Administração Pública, de qualquer esfera de governo;
permuta, por outro imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da Administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha;
A lei define investidura como a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros (fronteiriços) de área remanescente ou resultante de obra pública, área esta que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais).
venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo;
alienação, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis construídos e destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvido por órgãos ou entidades da administração pública;
OBS. procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição (essa hipótese de licitação dispensada, desde que atendidas as condições legais, não necessita de autorização legislativa).
 
LICITAÇÃO DISPENSADA

A Administração também poderá conceder título de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, dispensada licitação, quando o uso destinar-se:
 
a outro órgão ou entidade da Administração Pública, qualquer que seja a localização do imóvel;
a pessoa física que, nos termos de lei, regulamento ou ato normativo do órgão competente, haja implementado os requisitos mínimos de cultura e moradia sobre área rural situada na região da Amazônia Legal, superior à legalmente passível de legitimação de posse referida na alínea g do inciso I do caput deste artigo (ou seja, superior a 100 hectares), atendidos os limites de área definidos por ato normativo do Poder Executivo. Essa hipótese de licitação dispensada, desde que atendidas as condições legais, não necessita de autorização legislativa. A área a que se refere essa hipótese é limitada a 500 hectares, vedada a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite, e só se aplica a imóvel situado em zona rural, não sujeito a vedação, impedimento ou inconveniente a sua exploração mediante atividades agropecuárias.
 
	A alienação de bens móveis da Administração Pública também é subordinada à existência de interesse público devidamente justificado.
LICITAÇÃO DISPENSADA

A licitação para a alienação de bens móveis é dispensada nas seguintes situações:
	
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de outra forma de alienação;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da administração Pública;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
LICITAÇÃO DISPENSADA

 
As hipóteses de licitação dispensável encontram-se taxativamente (ou seja, não existe nenhuma outra) enumeradas no art. 24 da Lei nº 8.666/93. É a seguinte:
 
I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 15.000,00 (quinze mil reais) desde que não se refiram a parcelas de uma mesma oba ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente. Para obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedades de economia mista e empresas públicas, bem como por autarquia ou fundação qualificada como Agência Executiva, os limites sã o dobro, ou seja, até R$ 30.000,00 (trinta mil reais);
II - para outros serviços e compras de valor até R$ 8.000,00 (oito mil reais) e para alienações, nos casos previstos na Lei, desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez. Para serviços e compras contratados por consórcios públicos, sociedades de economia mista e empresas públicas, bem como por autarquia ou fundação qualificada como Agência Executiva, os limites são o dobro, ou seja, até R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais);  
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL

IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
Calamidade pública é a situação de perigo e de anormalidade social decorrente de fatos da natureza, tais como inundações devastadoras, vendavais destruidores, epidemias letais, secas assoladoras, etc. 
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior (a chamada licitação deserta) e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;
Temos licitação deserta quando a licitação é convocada e não aparece nenhum interessado. Nesse caso, torna-se dispensável a licitação, e a Administração pode contratar diretamente.   
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LICITAÇÃO DISPENSÁVEL

VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, observada a regra do art. 48, a segui comentada;
Nessa hipótese, diante da inabilitação de todos os licitantes ou da desclassificação de todas as propostas, a Administração poderá fixar aos licitantes o prazo de 08 (oito) dias úteis para a apresentação
de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das irregularidades apresentadas
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL

VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência da Lei nº 8./93, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado;
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; 
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente com base no preço do dia;
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL

XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins lucrativos;
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente vantajosas para o Poder Público;
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade. 
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem a Administração Pública, criados para esse fim específico;
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for indispensável para a vigência da garantia; 
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
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XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exigüidade dos prazos legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu valor não exceda R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de comissão instituída por decreto;
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Administração Pública, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. 
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
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XXI - Para a aquisição de bens destinados exclusivamente a pesquisa científica e tecnológica com recursos concedidos pela CAPES, FINEP, CNPq ou outras instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico. 
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica;
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. 
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas no contrato de gestão. 
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL
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XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou de exploração de criação protegida. 
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação. 
XXVII –Na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública.
LICITAÇÃO DISPENSÁVEL

 
Quando a licitação é convocada e não aparece nenhum interessado. Nesse caso, torna-se dispensável a licitação, e a administração pode contratar diretamente, desde que motivadamente demonstre existir prejuízo na realização de uma nova licitação e desde que sejam mantidas as condições constantes do instrumento convocatório. 
Não existe limite de valor do contrato para que se decida pela contratação direta em razão de licitação deserta. Basta que não apareçam interessados e que o contrato celebrado por contratação direta apresente as mesmas cláusulas da minuta de contrato que constava do edital da licitação que acabou sendo dispensada.
LICITAÇÃO DESERTA
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Quando aparecem interessados, mas nenhum é selecionado, em decorrência de inabilitação ou de desclassificação das propostas. A licitação fracassada não é hipótese de licitação dispensável. No caso de licitação fracassada, aplica-se o disposto no art. 48, § 3º, da Lei nº 8.666/93.
At. 48, § 3º - “Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem desclassificadas, a Administração poderá fixa aos licitantes o prazo de 08 (oito) dias úteis para a apresentação de nova documentação ou de ouras propostas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo para 03 (três) dias úteis”. 
LICITAÇÃO FRACASSADA

PROCEDIMENTO
 
O procedimento inicia-se na repartição interessada, com a abertura de processo administrativo em que a autoridade competente determina a realização da licitação, define seu objeto e indica os recursos hábeis para despesa. A ela se segue a fase externa, desenvolvendo-se na seguinte seqüência:
 a) audiência pública, 
 b) publicação do edital ou envio do convite de convocação,
 c) recebimento da documentação e propostas,
 d) habilitação, 
 e) julgamento das propostas, 
 f) homologação e adjudicação.
AS FASES DA LICITAÇÃO

AUDIÊNCIA PÚBLICA: A fim de ampliar o acesso a informações relativas ao contrato a ser firmado com a Administração, a Lei nº 8.666/93, em seu art. 39, estabelece a obrigatoriedade de realização de uma audiência pública prévia à publicação do edital nas licitações de valores mais elevados.
O dispositivo prevê a realização da audiência pública, com
antecedência mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para a publicação do edital, e divulgada com a antecedência mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, sempre que o valor estimado para uma licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou sucessivas for superior a R$ 150.000.000,00 (cento e cinqüenta milhões de reais).
OBS. O parágrafo único do art. 39 define como licitações simultâneas aquelas com objetos similares e com realização prevista para intervalos não superiores a trinta dias.
AS FASES DA LICITAÇÃO

EDITAL: É o instrumento por meio do qual a Administração torna pública a realização de uma licitação. É o meio utilizado para todas as modalidades de licitação, exceto a modalidade convite. É a lei interna da licitação. Ele deve fixar as condições de realização da licitação e vincula a administração e os proponentes.
O edital subordina administradores e administrados às regras que estabelece.
O edital é uma das espécies de instrumento convocatório. Não é utilizado na modalidade de convite, porque nesta o instrumento é a carta-convite.
AS FASES DA LICITAÇÃO

EDITAL
Segundo o art. 40, da Lei nº 8.6/93, o edital deverá conter as seguintes informações obrigatórias:
 I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara;
 II - prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto da licitação;
 III - sanções para o caso de inadimplemento;
 IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico;
 V - se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido;
 VI - condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das propostas;
 VII - critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros objetivos;
 VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às condições para atendimento das obrigações necessárias ao cumprimento de seu objeto;
       	
AS FASES DA LICITAÇÃO

 IX - condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações internacionais;
 X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º  do art. 48; 
 XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; 
 XII - (Vetado). 
 XIII - limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de obras ou serviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das demais parcelas, etapas ou tarefas;
  XIV - condições de pagamento, prevendo:
       	a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data final do período de adimplemento de cada parcela; 
       	b) cronograma de desembolso máximo por período, em conformidade com a disponibilidade de recursos financeiros;
       	c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data final do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo pagamento; 
       	d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de pagamentos;
       	e) exigência de seguros, quando for o caso;
 XV - instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei;
 XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;
 XVII - outras indicações específicas ou peculiares da licitação.
AS FASES DA LICITAÇÃO

ANTECEDÊNCIA MÍNIMA DO EDITAL
 
	Os prováveis interessados em licitar necessitam, evidentemente, de um prazo que permita a elaboração de suas propostas, o estudo e análise das condições da licitação, enfim, um tempo mínimo para que se preparem para participar da disputa.
	Os prazos mínimos variam conforme a modalidade de licitação, sendo maiores para as mais complexas e menores para as de menor vulto.
A antecedência mínima a ser observada encontra-se disciplinada no art. 21 da Lei nº 8.666/93 e, no caso da modalidade pregão, no art. 4º, V, da Lei nº 10.520/02 (apenas os prazos relativos às modalidades convite e pregão são contados em dias úteis).
	A partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos (prevalecendo a data que ocorrer mais tarde), o prazo mínimo a ser observado para o recebimento das propostas ou a realização do evento será de:
 
AS FASES DA LICITAÇÃO

PRAZOS
1) 45 (quarenta e cinco) dias para as modalidades:
a) concurso;
b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado contemplar o regime de empreitada integral ou quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço;
 
2) 30 (trinta) dias para as modalidades
a) concorrência, nos casos não especificados na letra “b” acima;
b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo melhor técnica ou técnica e preço;
 
3) 15 (quinze) dias para as modalidades:
a) tomada de preços, nos casos não especificados na letra “b” acima;
b) leilão.
 
4) 5 (cinco) dias úteis para a modalidade convite;
 
5) 8 (oito) dias úteis para a modalidade pregão, contados a partir da publicação do aviso.
 
ANTECEDÊNCIA MÍNIMA DO EDITAL

CARTA-CONVITE
 
É o instrumento convocatório utilizado para chamar os interessados a participar da licitação quando adotada a modalidade convite.
A carta-convite é enviada diretamente aos interessados e não precisa ser publicada, devendo, entretanto, ser fixada cópia em local apropriado.
AS FASES DA LICITAÇÃO

 
	As etapas de habilitação dos licitantes e julgamento das propostas são efetivadas por uma comissão, denominada comissão de licitação ou comissão julgadora.
	Os órgãos ou entidades administrativas poderão possuir comissões permanentes ou constituir comissões especiais. As comissões serão integradas por no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da administração responsáveis pela licitação.
	Os membros das comissões de licitação responderão solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, salvo se posição individual divergente estiver devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada a decisão.
COMISSÃO DE LICITAÇÃO

 
	É aquela em que se procede à verificação da documentação e de requisitos pessoais dos licitantes, habilitando-os ou inabilitando-os. É etapa relacionada às qualidades pessoais dos interessados em licitar. Como regra, ocorre previamente à análise das propostas. Nesses casos, o licitante inabilitado, na verdade, é excluído do procedimento e a proposta que havia formulado nem chega a ser conhecida.
	A habilitação tem a finalidade de garantir que o licitante, na hipótese de ser o vencedor do certame, tenha condições técnicas, financeiras e idoneidade para adequadamente cumprir o contrato objeto da licitação.
Somente poderá ser exigida dos interessados, para habilitação nas licitações, documentação relativa a:
a) habilitação jurídica;
b) qualificação técnica;
c) qualificação econômico-financeira;
d) regularidade fiscal;
e) cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7º da constituição Federal (restrições e proibições ao trabalho dos menores).
HABILITAÇÃO DOS LICITANTES

OBS. A documentação para habilitação poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos casos de convite, concurso, fornecimento de bens para pronta entrega e
leilão.
	Ultrapassada a fase de habilitação, o licitante não poderá mais desistir da proposta apresentada, salvo por motivo justo decorrente de fato superveniente e aceito pela comissão.
HABILITAÇÃO DOS LICITANTES

 
	É a fase em que a administração procede efetivamente à seleção daquela proposta que se afigura mais vantajosa para o futuro contrato.
	Consiste no confronto das ofertas, classificação das propostas e determinação do vencedor, ao qual deverá ser adjudicado o objeto da licitação. 
	Deverá sempre ser observado o critério de julgamento estabelecido no edital, critério este que se relaciona ao conceito de tipo de licitação.
	O julgamento, regra geral, é efetuado pela comissão de licitação.
	
JULGAMENTO DAS PROPOSTAS

Segundo o art. 43 da Lei nº 8.666/93, a licitação será processada e julgada com observância dos seguintes procedimentos:
	 
       	I - abertura dos envelopes contendo a documentação relativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação;
       	II - devolução dos envelopes fechados aos concorrentes inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde que não tenha havido recurso ou após sua denegação;
       	III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;
       	IV - verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis; 
       	V - julgamento e classificação das propostas de acordo com os critérios de avaliação constantes do edital;
       	VI - deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação do objeto da licitação.
 
	
JULGAMENTO DAS PROPOSTAS

O julgamento das propostas levará em consideração os critérios objetivos definidos no edital ou convite, sendo vedada:
	a) a utilização de qualquer elemento, critério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que possa, de qualquer forma, elidir o princípio da igualdade entre os licitantes;
	b) a consideração de qualquer oferta ou vantagem não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamentos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vantagem baseada nas ofertas dos demais licitantes.
	Não se admitirá proposta que apresente preços global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, incompatíveis com os preços dos insumos e salários de mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limites mínimos.
JULGAMENTO DAS PROPOSTAS

 
HOMOLOGAÇÃO 
 
É o ato pelo qual a autoridade competente a quem incumbir a deliberação final sobre o julgamento, homologa o resultado e adjudica o objeto da licitação ao vencedor.
Havendo irregularidade no julgamento, a autoridade superior não o homologará, devolvendo o processo à comissão para novo julgamento com correção da irregularidade apontada, se isto for possível. Caso não seja, a hipótese pode ser de anulação do procedimento, pelo menos desde a prática do ato viciado por ilegalidade.
 
ADJUDICAÇÃO 
 
É o ato pelo qual se atribui ao vencedor o objeto da licitação. A adjudicação apenas garante ao vencedor que, quando a Administração for celebrar o contrato relativo ao objeto da licitação, o fará com o vencedor. A adjudicação é o ato final do procedimento de licitação.
HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO DO VENCEDOR

 
	Os quatro tipos básicos de licitação, observando-se que eles não se aplicam à modalidade CONCURSO, estabelecidos nos incisos do § 1º do art. 45 da Lei n 8.666/93, são:
    
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;
II - a de melhor técnica;
III - a de técnica e preço.
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão de direito real de uso.
TIPOS DE LICITAÇÃO

	O tipo MENOR PREÇO deve ser a regra geral nas licitações para contratação de obras, serviços, compras, locações e fornecimento.	
	Os tipos de licitação MELHOR TÉCNICA OU TÉCNICA E PREÇO serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos executivos.
	Para a contratação de bens e serviços de informática, a Administração adotará, obrigatoriamente, o tipo de licitação TÉCNICA E PREÇO, mas é permitido outro tipo, desde que em casos especificados em decreto.
OBS. A nova modalidade de licitação denominada PREGÃO somente admite o tipo MENOR PREÇO.
TIPOS DE LICITAÇÃO

 
	A licitação, como todo ato administrativo, é suscetível de anulação e de revogação.
	A anulação de um ato do Poder Executivo pode ser feita pelo próprio Poder Executivo, mediante provocação ou de ofício, ou pelo Poder Judiciário, quando provocado.
	A revogação tira do mundo jurídico um ato válido que se tornou inoportuno ou inconveniente ao interesse público, conforme critério discricionário da Administração. A revogação de um ato do Poder Executivo somente pode ser feita pelo próprio Poder Executivo.
	A licitação é um procedimento administrativo, consubstanciando-se, portanto, numa seqüência encadeada de atos administrativos visando a um fim comum.
Se ocorrer ilegalidade na prática de algum ato do procedimento, esse ato deverá ser ANULADO, e sua anulação implica nulidade de todas as etapas posteriores do procedimento, dependentes ou conseqüentes daquele ato.
ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DA LICITAÇÃO

 
	É a invalidação da licitação ou do julgamento por motivo de ilegalidade. Anula-se o que é ilegítimo.
	A anulação da licitação, por basear-se em ilegalidade no seu procedimento, pode ser feita em qualquer fase e a qualquer tempo, antes da assinatura do contrato, desde que a Administração ou o Judiciário verifique e aponte a infringência à lei ou ao edital.
	A anulação opera efeitos EX TUNC, isto é, retroage às origens do ato anulado, porque, se este era ilegal, não produziu conseqüências jurídicas válidas, nem gerou direitos e obrigações entre as partes.
ANULAÇÃO

 
	A revogação da licitação assenta em motivos de oportunidade e conveniência administrativa. Por essa razão, ao contrário da anulação, que pode ser decretada pelo Judiciário, a revogação é privativa da Administração. São as conveniências do serviço que comandam a revogação e constituem a justa causa da decisão revocatória, que, por isso mesmo, precisa ser motivada, sob pena de se converter em ato arbitrário.
	A revogação da licitação opera efeitos EX NUNC, isto é, a partir da decisão revocatória, porque até então o ato ou procedimento revogado era eficaz e válido. Daí por que da revogação resulta para o Poder Público a obrigação de indenizar o adjudicatário prejudicado, que comprove haver sofrido prejuízos em sua decorrência.
REVOGAÇÃO

 
São cinco as modalidades de licitação constantes do art. 22 da Lei nº 8.666/93:
    
1 - Concorrência;
2 - Tomada de preços;
3 - Convite;
4 - Concurso;
5 - Leilão.
	A despeito desta determinação, constante da Lei nº 8.666/93, que é a lei de normas gerais sobre licitações e contratos públicos, a MP nº 2.026/2000 instituiu, somente para a União Federal, uma sexta modalidade de licitação denominada pregão, aplicável a contratos para aquisição de bens e serviços comuns. A Lei nº 10.520/2002, entretanto, expressamente estendeu o pregão a todas as esferas da federação, passando
ele a ser modalidade aplicável no âmbito da União, Estados, Municípios e Distrito Federal.
	As três primeiras modalidades enumeradas na Lei nº 8.666/93 – concorrência, tomada de preços e convite – são, as aplicáveis, por excelência, aos contratos de execução de obras públicas, prestação de serviços à Administração e compra de bens pela Administração.
 
MODALIDADES DE LICITAÇÃO

	A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar (art. 49, § 1, da Lei nº 8.666/93). Entretanto, a nulidade do contrato não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que este houve executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que a causa da nulidade não lhe seja imputável (ao contratado), promovendo-se a responsabilidade de quem deu causa à nulidade. 
	No caso de anulação do processo licitatório, fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.
ANULAÇÃO E REVOGAÇÃO DA LICITAÇÃO

 
	Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial da habilitação preliminar, comprovem possuir requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto.
	Presta-se à contratação de obras, serviços e compras, de qualquer valor. 
	Além disso, é a modalidade exigida para a celebração de contratos de concessão de serviços públicos, para os contratos de parceiras público-privadas, para a alienação de imóveis públicos, a concessão de direito real de uso e licitações internacionais.
	Uma das características da concorrência é possuir uma fase de habilitação preliminar, após a abertura do procedimento (publicação do resumo do edital).
CONCORRÊNCIA

 
	É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para o cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
	A habilitação, que é o próprio cadastramento, é prévia à abertura do procedimento. Entretanto, a fim de atender ao princípio da competitividade, os não previamente cadastrados têm garantida a possibilidade de se inscreverem até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, contanto que satisfaçam as condições de qualificação exigidas.
	A tomada de preços presta-se à celebração de contratos relativos a obras, serviços e compras de menor vulto do que os que exigem a concorrência. Mas o julgamento, assim como na concorrência, é realizado por uma comissão integrada por três membros.
	O que realmente distingue a tomada de preços é a existência da habilitação prévia à abertura do procedimento, mediante o cadastramento dos interessados nos registros cadastrais da Administração.
TOMADA DE PREÇOS

 
	É a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas.
	O instrumento de convocação utilizado na modalidade convite é a carta-convite, enviada diretamente aos interessados.
	No caso do convite não há edital e, por sua vez, não publicação em diário oficial, mas é necessário, além do envio da carta-convite aos interessados, a afixação de cópia do instrumento em local apropriado para que os demais cadastrados não originariamente convidados possam participar, habilitando-se 24 (vinte e quatro) horas antes do prazo para entrega das propostas.
CONVITE

	O convite é modalidade de licitação utilizada para as contratações de menor valor. Por isso o art. 51, § 1º, da Lei nº 8.666/93, estabelece o seguinte: “ No caso de convite, a Comissão de licitação, excepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e em face da exigüidade de pessoal disponível, poderá ser substituída por SERVIDOR formalmente designado pela autoridade competente”.
	É possível que a carta-convite, excepcionalmente, seja enviada a menos de 3 (três) interessados, desde que por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, seja impossível a obtenção do número mínimo de licitantes. Estas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.
CONVITE

	É a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
	O que determina a necessidade de realizar a licitação na modalidade concurso é a natureza do seu objeto, não o valor do contrato.
	O julgamento será feito por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não.
	O concurso deve ser precedido de regulamento próprio, a ser obtido pelos interessados no local indicado no edital, e que, em se tratando de projeto, o vencedor deverá autorizar a Administração a executá-lo quando julgar conveniente.
CONCURSO

 
	É a modalidade de licitação, entre quaisquer interessados, para a venda, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação, de:
 
1 - bens móveis inservíveis para a Administração;
2 - produtos legalmente apreendidos ou penhorados;
3 - bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento.
 
OBS. O leilão para a alienação de bens móveis da Administração está limitado a bens avaliados, isolada ou globalmente, em quantia não superior a R$ 650.000,00. Acima disso, deve ser utilizada a concorrência.
 
LEILÃO

 
	O pregão destina-se à aquisição de bens e serviços comuns, assim entendidos aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no mercado. O pregão pode ser utilizado para qualquer valor de contrato. No pregão, não se leva em consideração o vulto do contrato (valor da contratação), mas sim as características dos bens ou serviços, que devem ser comuns, ou seja, simples, ordinários, rotineiros. Por esse motivo, também, o tipo de licitação, no pregão, é sempre o de menor preço.	
	O Decreto nº 5.450/2005, em seu art. 4º, no âmbito federal, tornou obrigatória a utilização da modalidade pregão para aquisição de bens e serviços comuns pela União.
O Decreto nº 3.555/2000, enumerou uma série de bens e serviços comuns.
	Dentre os bens comuns constantes da lista, classificados em bens de consumo e bens permanentes, enumeramos: água mineral, combustíveis, gêneros alimentícios, material hospitalar e de limpeza, uniformes, veículos automóveis, gás, material de expediente, material hospitalar, medido e de laboratório, medicamentos, drogas e insumos, uniforme, mobiliário etc.
	Dentre os serviços classificados como comuns mencionamos: assinaturas de jornais e revistas, assistência hospitalar, médica e odontológica, serviços gráficos, serviços de jardinagem, de lavanderia, de limpeza e conservação, de manutenção de bens móveis e imóveis, de transporte, de vigilância e segurança ostensiva auxiliares, ascensoristas, auxiliar de escritório, copeiro, garçom, motorista, secretária, telefonista, serviços de confecção de uniformes, serviços de hotelaria etc.
PREGÃO

	O pregão é realizado mediante propostas e lances em sessão pública.
	O autor da oferta de valor mais baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez) por cento superiores a ela poderão fazer novos lances verbais e sucessivos, até a proclamação do vencedor, sempre pelo critério menor preço.
	Encerrada a etapa competitiva e ordenadas as ofertas, o pregoeiro procederá à abertura

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