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CCJ0034-WL-B-AMMA-04-Crimes Contra a Administração Pública - Praticados por Particular I

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DIREITO PENAL IV 
PROF.ª DANIELA DUQUE-ESTRADA 
SEMANA 2. AULA 4. 
Crimes contra a Administração Pública. 
Crimes Praticados por Funcionário Público. Parte I. 
 
Objetivos 
Ao final da aula o aluno será capaz de: 
● Identificar, nos casos concretos apresentados, os delitos contra a 
Administração Pública praticados por funcionário público e respectiva 
responsabilidade penal do agente. 
● Diferenciar, nos casos concretos apresentados, os delitos de Peculato furto, 
peculato culposo, peculato desvio, peculato mediante erro de outrem. 
● Diferenciar os crimes funcionais próprios e impróprios para fins de aplicação 
do preceito estabelecido no art. 30, do Código Penal. 
 
Estrutura de Conteúdo. 
Crimes em espécie praticados por funcionário público. Peculato e Concussão. 
Elementos do tipo. Sujeitos do delito. Consumação e Tentativa. Modalidades 
culposas. Figuras qualificadas, majoradas e privilegiadas. O concurso de 
pessoas e a incidência do art. 30, do Código Penal: comunicabilidade das 
circunstâncias pessoais. Questões controvertidas- entendimento dos Tribunais 
Superiores. 
 
I. Peculato 
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer 
outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, 
ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
§ 1º - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo 
a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja 
subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe 
proporciona a qualidade de funcionário. 
1.1. Elementos do tipo: as condutas dolosas previstas descrevem figuras 
especiais dos delitos de apropriação indébita (caput) e de furto (§1º), 
caracterizando-se, portanto, como delitos funcionais impróprios ou 
mistos. 
 Por outro lado, no caso da conduta culposa, o agente público, por 
meio da quebra do dever objetivo de cuidado, concorre para a prática de 
peculato doloso por outrem. 
1.2. Sujeitos do delito: configura-se como delito próprio, mas admite o 
concurso de pessoas, desde que o estranho à Administração Pública tenha 
conhecimento da condição do sujeito ativo. 
 No que concerne ao sujeito passivo, o Estado figura tanto como sujeito 
passivo indireto, quanto direto, na medida em que ocorre a lesão ao seu 
patrimônio moral e patrimonial. 
1.3. Figuras típicas 
A) Peculato Próprio 
► Peculato-apropriação: configura delito especial de apropriação indébita, 
caracterizada pela qualidade do sujeito ativo, pela lesão ao patrimônio público, 
bem como à moralidade administrativa – à função exercida pelo Estado 
presentado pelo agente público. 
►Peculato-desvio (malversação): neste caso, o funcionário dá destinação 
diversa a res, em benefício próprio ou de terceiro. O referido benefício pode ser 
material ou moral, bem como a vantagem não será, necessariamente, de 
cunho econômico. 
 Peculato de uso: Da mesma forma que no delito de furto, caracteriza-se 
quando o agente utiliza-se de bem infungível, sem o especial fim de agir de 
assenhoreamento definitivo e o restitui de forma completa e integral. No caso 
de uso de bem público, discute-se se o denominado peculato caracterizar-se-ia 
como mero ilícito administrativo. 
 Sobre o tema, vide decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande 
do Sul, in verbis: 
 Ementa: APELAÇÃO. ART. 312 DO CP. PEÇA DE VEÍCULO. 
PROPRIEDADE DA PREFEITURA MUNICIPAL. EMPRÉSTIMO E 
DEVOLUÇÃO. ANIMO DE APROPRIAÇÃO DEFINITIVA. AUSÊNCIA. 
Comprovado que a peça de propriedade da Prefeitura foi utilizada no veículo 
de forma transitória e logo devolvida, impositiva a absolvição, pois ausente o 
ânimo de apropriação definitiva, que caracteriza o delito do art. 312 do CP. A 
hipótese, coincidente com peculato de uso, não está tipificada no Código 
Penal, só podendo ser responsabilizados por fatos dessa natureza, os Prefeitos 
Municipais, em face do que dispõe o art. 1º , inc. II, do Dec. Lei 201. Recurso 
do Ministério Público improvido. (Apelação Crime Nº 70037611134, Quarta 
Câmara Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Gaspar Marques Batista, 
Julgado em 07/10/2010) 
 Ainda, vide decisão proferida pelo Tribunal Regional Federal da Terceira 
Região, in verbis: 
EMENTA. PENAL E PROCESSUAL PENAL. PRESCRIÇÃO DECLARADA NA 
SENTENÇA, À VISTA DA PENA APLICADA. INVIABILIDADE. PRESCRIÇÃO 
RECONHECIDA DE OFÍCIO PELO TRIBUNAL. PECULATO DE USO. 
DINHEIRO. BEM FUNGÍVEL. NÃO CONFIGURAÇÃO. SAQUES E 
TRANSFERÊNCIAS BANCÁRIAS. AUTORIZAÇÃO DO CORRENTISTA. 
AUSÊNCIA DE DOLO 
(...) Cuidando-se de dinheiro o bem subtraído, não há falar em peculato de uso, 
figura que pressupõe a infungibilidade do objeto material. Precedentes do 
Supremo Tribunal Federal.(TRF 3. ACR 2030 SP 2001.61.14.002030-0. 
Segunda Turma. Rel. Des. Nelton dos Santos. Julgado em 20/09/2011). 
 
B) Peculato Impróprio – peculato-furto. 
 Art.312, §1º, CP - Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora 
não tendo a posse do dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que 
seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe 
proporciona a qualidade de funcionário 
C) Peculato Culposo - Art.312, §2º, CP 
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 Segundo Guilherme de Souza NUCCI trata-se de participação culposa em 
crime doloso (Manual de Direito Penal.6.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais. 
pp 989) 
 
D) Peculato mediante erro de outrem. Art.313, caput, CP 
Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo, 
recebeu por erro de outrem: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 No delito em exame o terceiro, mediante uma falsa percepção da realidade, 
entrega dinheiro ou utilidade – qualquer vantagem ou lucro a funcionário 
público que não esteja autorizado a recebê-los e este dolosamente não informa 
o terceiro e nem a Administração Pública acerca do erro com o fim de 
assegurar a sua apropriação. 
 Pode ocorrer ainda a situação na qual o funcionário público seja competente 
para receber o valor, entretanto, o terceiro por erro, paga um valor a maior e o 
funcionário dolosamente, apropria-se da diferença. 
1.4. Reparação do dano: perdão judicial ou causa de diminuição de pena: 
§ 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o crime de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
§ 3º - No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à 
sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de 
metade a pena imposta. 
 anterior à sentença condenatória irrecorrível – extinção de punibilidade; 
 posterior à sentença condenatória irrecorrível – causa de diminuição de pena. 
 
1.5. Confronto entre o delito de peculato e os delitos falsificação de 
documento e uso de documento falso. 
 A partir da análise do caso concreto a concorrência entre a prática dos delitos 
de peculato e uso de documento falso pode ensejar as seguintes controvérsias: 
a)Incidência do conflito aparente de normas a ser solucionado pelo 
princípio da absorção. 
 Neste sentido, sendo caracterizado o delito de falso como crime meio para a 
prática do delito contra a Administração Pública, vide decisão proferida pelo 
Tribunal de Justiça de Minas Gerais: 
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. FALSIDADE IDEOLÓGICA. USO DE 
DOCUMENTO FALSO. PECULATO. PRELIMINAR DE NULIDADE DE 
SENTENÇA POR AUSÊNCIA DE APRECIAÇÃO DAS PROVAS. 
AFASTAMENTO. VÍCIO INEXISTENTE. SENTENÇA DEVIDAMENTE 
FUNDAMENTADA, EM CONFORMIDADE COM AS EXIGÊNCIAS LEGAIS. 
COMPROVAÇÃO DA MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVA DOS CRIMES 
PREVISTOSNO ARTIGO 299, 304 E 312. CONCURSO MATERIAL. CO-
AUTORIA. ABSORÇÃO DOS CRIMES DE FALSIDADE IDEOLÓGICA E USO 
DE DOCUMENTO FALSO PELO PECULATO. PRINCÍPIO DA CONSUNÇÃO. 
PRESENÇA DE CRIME CONTINUADO. PRELIMINAR REJEITADA. DADO 
PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO. 1. Trata-se de apelação com 
preliminar de nulidade por vício na sentença, vez que o magistrado não teria 
apreciado as provas carreadas aos autos quando de sua prolação. 2. 
Preliminar afastada, já que o magistrado fundamentou suas razões decidende 
do decreto absolutório, o fazendo declinando as provas que foram apreciadas, 
motivo pelo qual não há de se falar em nulidade 3. A materialidade e autoria 
delitiva dos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato 
restaram amplamente comprovadas, seja pelas notas fiscais acostadas, seja 
pela prova pericial ou testemunhal 4. Tratando-se de ato preparatório para a 
prática do crime de peculato, os crimes de falsidade ideológica e uso de 
documento falso são meros antefatos impuníveis, uma vez que o dolo dos 
agentes era de apropriação do dinheiro público, de que tinha posse em função 
do exercício do cargo. 5. As circunstâncias de tempo, modo, lugar, maneira de 
execução dos diversos delitos de peculato estão a ensejar o reconhecimento 
de continuidade delitiva e não concurso material de crimes. 6. A causa de 
aumento de pena prevista no artigo 71 do Código Penal variará conforme a 
quantidade de crimes perpetrados, de forma proporcional. 7. Presentes os 
requisitos concessivos de pena alternativa, inexiste razões para a manutenção 
da reprimenda privativa de liberdade. 7. Preliminar rejeitada. Recurso 
parcialmente provido nos termos do voto do Relator.(TJMG, Apelação Criminal 
n. 1.0460.04.015305-4/001. Sétima Câmara Criminal. Rel. Des. Marcílio 
Eustáquio Santos, julgado em: 13/01/2011). 
 
 
b) Caracterização do uso de documento falso como pós fato impunível. 
 Neste sentido já proferiu decisão o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. 
 Ementa: APELAÇÃO. PECULATO. DESVIO DE CESTAS BÁSICAS. USO 
DE DOCUMENTO FALSO. "POST FACTUM IMPUNÍVEL. Comprovado que o 
réu desviou bem público, em proveito próprio, utilizando documento falso para 
ocultar a manobra ilícita, está perfeitamente demonstrado o crime de peculato. 
O delito de uso de documento falso é "post factum impunível, uma vez 
praticado como acabamento da ação peculatária, devendo permanecer 
somente a condenação pelo crime do art. 312 do C. Penal. Recurso da defesa 
parcialmente provido. (Apelação Crime Nº 70030943559, Quarta Câmara 
Criminal, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Gaspar Marques Batista, Julgado 
em 08/10/2009) 
 
 
 
c) Incidência do concurso crimes (material ou formal imperfeito) e, 
conseqüente, cúmulo material de penas. 
 Neste sentido já se pronunciou o Supremo Tribunal Federal e o Superior 
Tribunal de Justiça face à pluralidade de bens jurídicos lesionados. 
 Ainda, sobre o tema cabe transcrever decisão proferida pelo Tribunal de 
Justiça do Rio de Janeiro: 
HABEAS CORPUS. Impetrante alega estar o paciente suportando 
constrangimento ilegal decorrente da decisão do Juiz da Vara de Execuções 
Penais que indeferiu o trabalho extramuros e a visitação periódica ao lar. O 
paciente foi condenado pelas práticas dos delitos de extorsão mediante 
sequestro, peculato e uso de documento falso. As penas foram unificadas no 
total de 35 anos e 02 meses de reclusão. O Juízo de primeiro grau esclareceu 
que o indeferimento dos pedidos se deu em virtude da incompatibilidade do 
benefício com os objetivos da pena, na forma do inciso III, do artigo 123 da Lei 
7.210/84 porque no momento ¿ prematura a visitação do lar e o trabalho 
extramuros, sendo necessária avaliação do comportamento do apenado 
durante tempo maior. O apenado ostenta histórico de fugas, o que demonstra, 
tendência a se comportar de modo incompatível com os benefícios do trabalho 
extramuros e da visitação periódica ao lar. CONHECE-SE DA DEMANDA, MAS 
DENEGA-SE ¿ ORDEM PLEITEADA (TJRJ. Habeas Corpus. Oitava Câmara 
Criminal. Rel. Des. Ronaldo Assed Machado, julgado em 10/05/2012) 
 
 Peculato Eletrônico: 
 Forma especial do delito de peculato e configura-se como 
delito de mera atividade. 
Inserção de dados falsos em sistema de informações 
Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados 
falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas 
informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de 
obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
 
II. Concussão. 
Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora 
da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa. 
2.1. Elementos do tipo: a conduta dolosa prevista descreve figura especial 
do delito de extorsão caracterizando-se, portanto, como delito funcional 
impróprio ou misto. 
 Diferencia-se do delito de corrupção passiva, art.317, do Código 
Penal, pois neste o núcleo do tipo descreve a conduta de “solicitar”, 
diferentemente do delito de concussão, no qual o agente “exige” para si ou 
para outrem a vantagem indevida, ou seja, impõe à vítima a prática de uma 
conduta que o beneficie e esta cede por “temor” a possíveis represálias. 
2.2.. Sujeitos do delito: configura-se como delito próprio, mas admite o 
concurso de pessoas, desde que o estranho à Administração Pública tenha 
conhecimento da condição do sujeito ativo. 
 Em relação à figura típica prevista no §1º (excesso de exação), somente 
pode ser sujeito ativo o funcionário encarregado da arrecadação. 
 No que concerne ao sujeito passivo, o Estado figura tanto como sujeito 
passivo indireto, quanto direto, na medida em que ocorre a lesão ao seu 
patrimônio moral e patrimonial. 
2.3.Consumação e Tentativa. 
 Configura-se como delito formal, logo consuma-se com a mera conduta de 
exigir, para si ou para outrem, mas em razão da função a vantagem indevida; 
caso esta ocorra, será caracterizada como mero exaurimento da conduta. 
2.4. Excesso de exação. 
§ 1º - Se o funcionário exige tributo ou contribuição social que sabe ou deveria 
saber indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou 
gravoso, que a lei não autoriza: 
Pena - reclusão, de três a oito anos, e multa. 
 O excesso de exação, compreendida esta como a exigência rigorosa de 
tributos (imposto, taxa ou contribuição de melhoria) ou contribuição social e 
perfaz-se mediante duas modalidades: exigência indevida do tributo ou 
contribuição social e cobrança vexatória ou gravosa não autorizada em lei 
(CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal. V.3. 8.ed. São Paulo:Saraiva, 
2010, pp 491). 
 ► Forma qualificada §2º 
§ 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu 
indevidamente para recolher aos cofres públicos: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
Obs. Caso o agente desvie a quantia após sua inclusão aos cofres públicos o 
delito será de peculato.