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Anomalias dentarias e do complexo maxilomandibular

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Anomalias dentárias e do complexo maxilomandibular
Disciplina – Radiologia Odontológica
Prof. José Rivaldo Lino
Anomalias
Dentárias 
Hipoplasiantes
 * Agenesias dentárias
 - Anodontia
 - Hipodontia ou Anodontia parcial
 * Hipoplasias de esmalte
 - Adquirida
 - Congênita
 - Hereditárias
 * Hipoplasias Dentinárias
 - Dentinogênese imperfeita
 - Displasia dentinária
 * Odontodisplasia regional
 * Microdontia
Classificações
Agenesias dentárias
É a ausência completa de formação de um ou mais órgão dentário.
Anomalias dentárias hipoplasiantes
Anodontia
 É a ausência completa de todos os dentes decíduos e ou permanentes.
Quase sempre está relacionada com displasia ectodérmica .
Anomalias dentárias hipoplasiantes
Displasia ectodérmica
Doença hereditária de caráter recessiva ligada ao sexo . 
Extremamente rara.
Comprometimento de todos os tecidos de origem ectodérmica.
Ausência de glândulas sudoríparas; pele seca , fina e lisa.
Temperatura corporal aumentada.
Unhas defeituosas.
Calvície precoce.
Íris defeituosa.
Anodontia total ou parcial ( hipodontia) ; quando a anodontia for parcial podemos ter hiperplasia gengival.
Hipodontia ou anodontia parcial
É a ausência de um ou mais dentes em pessoas normais desde que comprovadas radiograficamente .
Oligodontia – múltiplas ausências dentárias associadas à anomalias crânio-faciais.
Frequência
 - 3º molares – 25% da população.
Excetuando os terceiros molares o dente que possui maior número de hipodontia varia de população para população.
 
População
1º denteausente
2º dente ausente
3º dente ausente
Europeus
2º PM inferior
2º PM superior
IL superior
Japoneses
IL superior
2º PM inferior
IL inferior
Americanos
IL superior
2º PMinf/sup
IL inferior
Brasil
2º PM inferior
2º PM superior
IL superior
Etiologia
 Predominantemente hereditária.
Mas não devemos descartar a possibilidade de uma anodontia parcial ser resultante de :
 - Mutação genética
 - Por interações com fatores ambientais como traumatismos 
 - Infecção local 
 - Radiação
 - Evolução filogenética
Hipoplasia de esmalte
A formação do esmalte dentário ocorre em três fases:
 - Produção
 - Deposição de matriz orgânica
 - Maturação.
 Tipos
 -Adquirida
 -Congênita
 -Hereditária
Aspectos clínicos são extremamente variáveis, dependendo da intensidade e duração do fator causal.
Formas
- manchas
- irregularidades de superfícies
- sulcos
- fissuras
- fóssulas
- ausência completa de esmalte em grandes áreas da coroa.
Hipoplasia de esmalte adquirida
Aspecto clínico quanto a cor:
- branco
- amarelado
- acastanhado ao enegrecido
Podem ser opacos e brilhantes.
2/3 das hipoplasias adquiridas ocorre no período de até 10 meses de vida.( ICS e II, ILI, e 1º M( exceto cúspide ML)
1/3 ocorre do 11º ao 34º mês de vida. ( ILS e PM) 
Apenas 2% ocorrem entre 35º e 80º mês. ( 2º M )
Locais
 
Sistêmicas 
Causas 
Locais
 - Infecção periapical do dente decíduo, podem ser amarelo ou acastanhado, liso ou irregular e são denominados dentes de Turner.
 -Trauma – intrusão do decíduo que leva a lesar o germe .
Sistêmicas 
- Hipovitaminose A e C
- Doenças exantemáticas- sarampo ,varicela , rubéola e escarlatina
- Hipocalcemia – carência de vitamina D , disfunções da paratireóide, pacientes portadores de raquitismo.
- Intoxicações
Fluorose é um exemplo de hipoplasia de esmalte adquirida
Hipoplasia de esmalte congênita
Ocorrem principalmente em pacientes portadores de sífilis congênita, como parte da tríade de Hurtchinson
A- surdez e labirintite
B- queratite intersticial
C- dentes de Hutchinson – incisivos em forma de barril ( chave de fenda) e molares em forma de amora.
Causas – Treponema paladium
Dentes acometidos 
ICS – mais afetados
ICI,ILI, ILS e C
Molares em forma de amora ou Moon
Também conhecida como amelogênese imperfeita hereditária.
É transmitida geneticamente com caráter autossômico dominante , recessivo ou ligado ao sexo.
Pode afetar tanto dentição decídua como permanente; em suas fases de formação.
Tipos:
Hipoplásico
Hipomineralizado
Hipomaduro
Diagnóstico definitivo – deve ser estabelecido associando-se histórico familiar, exame clínico e radiográfico, inclusive dos germes dentários, visando uma correção estética e funcional precoce e o aconselhamento genéticos dos portadores..
Hipoplasia de esmalte hereditária
Hipoplásico
A formação da matriz orgânica é deficiente, sem presença de prismas, ficando, ficando o esmalte organizado em camadas superpostas com padrão semelhante ao do cemento.
 Apesar de duro , espessura é fina com coloração parda-amarelada e perda do ponto de contato.
Na maioria das vezes o esmalte não possui imagem radiográfica.
Em alguns casos há formação de uma tênue linha radiopaca sobre a dentina.
Amelogênese imperfeita hereditária
Hipomineralizado
Temos formação normal da matriz , mas sua mineralização é deficiente, com isto os prismas ficam irregulares e friáveis e são ausentes nas áreas periféricas.
Coloração – branco opaca ( tipo giz)
Espessura normal mas sofre atrição acentuada após erupção do dente, soltando-se facilmente , inclusive pela ação de instrumentos manuais.
Radiograficamente o esmalte perde o contraste com dentina assumindo a mesma densidade e perda de contorno nas proximais es estas de divergentes tornam-se paralelas ou convergentes entre si. 
Em casos mais severos o esmalte não chega a ser visualizado na radiografia e em alguns casos fica com aspecto de carcomido.
 
Amelogênese imperfeita hereditária
Hipomaduro
Não ocorre a maturação do esmalte, deixando os cristais de apatita incompletos e os prismas sem bainha interprismáticas.
O esmalte é facilmente perfurado e lascado por uma sonda exploradora pressionada manualmente .
Cor – varia do branco ao acastanhado
Textura – de firme e caseosa e de superfície lisa , rugosa a sulcada.
Radiograficamente – densidade semelhante a dentina.
Amelogênese imperfeita hereditária
Dentingênese imperfeita
Displasia dentinária
Hipoplasias dentinárias
Hipoplasias dentinárias
Dentinogênese imperfeita
É uma alteração hereditária autossômica dominante, que afeta exclusivamente a formação da matriz dentinária nos dentes decíduos e / ou permanentes.
Canalículos dentinários - são em menor número, maiores e de maior calibre e ausente em algumas áreas.
Dentina- é pouco resistente, pois seu conteúdo aquoso é 60%maior que o normal e apresenta grandes áreas sem mineralização.
O defeito de formação encontra-se na composição da substância da matriz dentinária, impedindo uma composição adequada dos sais .
Exame clínico :
 Esmalte – normal, mas fratura-se normalmente após erupção pois não tem suporte para aguentar as forças mastigatórias.
 Cor- acinzentada, amarelada ou azulada; mas sempre acompanhada de uma translucidez opalescente.
A junção amelodentinária é plana facilitando ainda mais o deslocamento do esmalte.
Sinais radiográficos: são pactogonomônicos
Obliteração total ou parcial de câmara pulpar e canal radicular por dentina secundária irregular estimulada pela atrição acentuada, raizes dentais curtas e rombas e fraturas radiculares. Apresenta ainda constrição do terço cervical do dente dando ao dente um aspecto bulboso além da diminuição da densidade dentinária e apresenta periodonto nomal.
 
Dentinogêse imperfeita pode estar associada a osteogênese imperfeita
É um distúrbio hereditário , raro, caracterizado pela formação irregular de dentina acompanhada por morfologia pulpar modificada.
Tipos:
Tipo I – quando ocorre na porção radicular
Tipo II – quando se inicia na porção coronária da dentina
Provavelmente estão relacionados com alteração na atividade da bainha de Hertwig ou ainda com focos múltiplos de degenerações na papila dentária.
Dentição : podem
acometer as duas dentições.
 - Apresentam-se clinicamente normais, sem alterações tanto em forma quanto coloração.
 - Após a erupção em geral apresentam grande mobilidade , podendo ser acompanhados de esfoliação precoce após pequenos traumas pois as raizes são muito curtas
Radiograficamente os dentes apresentam raízes anômalas , muito curtas e cônicas.
Displasia dentinária
Tipo I
Os dentes decíduos e permanentes apresentam câmara pulpar e canal radicular obliterados, mesmo antes da erupção. Nos permanentes em alguns casos a câmara pulpar pode estar presente com forma de meia lua.
Tipo II
Os dentes decíduos apresentam câmara pulpar e canais radiculares calcificados.
Os dentes permanentes após erupcionados podem apresentar câmara pulpar muito grande e com forma de chama, contendo em seu interior massas radiopacas ( nódulos pulpares ) 
Achados radiográficos ligados a displasia : lesões periapicais.
Displasia dentinária
Odontodisplasia regional ou odontogênese imperfeita
Também conhecida com dentes fantasmas, normalmente os dentes acometidos pertencem a mesma região, afetando decíduos e permanentes, predominantemente incisivos e caninos superiores.
Queixas principais dos portadores:
 - Retardo ou ausência de erupção dos dentes afetados.
 - Tumefação dolorosa provocada por abcesso dento-alveolar.
Diagnóstico – quase sempre exame radiográfico.
Os dentes pode apresentar forma irregulares e mineralização defeituosa com acentuada diminuição da densidade dos tecidos duros e grande alargamento da câmara pulpar.
Etiologia – desconhecida, alterações vasculares no germe dental ou comprometimento virótico do epitélio odontogênico. 
Microdontia
Também conhecido como nanismo dentário – ocorre quando há uma diminuição do tamanho normal do dente ou parte dele.
Pode ser 
 - Localizada – ocorre em um ou alguns dentes, uni ou bilateral, afetando-os total o parcialmente.
A maior frequencia de microdontia localizada se dá em dentes cuja a prevalência de anodontia parcial é alta.
 - É comum encontrarmos hipodontia de incisivo lateral de um lado e microdontia do lado oposto.
Generalizada- todos os dentes estão reduzidos em seu tamanho.
Pacientes portadores de hipopituitarismo ( baixa produção de hormônio de crescimento ) , síndrome de Down .
Podem ser também de carater herditário.
Anomalias dentárias heterotópicas
Vestíbulo e linguo-versão
Giroversão
Transposição dentária
Transmigração dentária
Dilaceração dentária
Dens in dente ( dente invaginado)
Dentes não irrompidos.
Também conhecidas como lábio-versão e palato-versão.
Ocorre quando o dente erupciona ou desloca-se para a vestibular ou lingual ( palatina) do processo alveolar.
Dentição – mais comum na dentição permanente.
Causas : falta de espaço na arcada dentária,
 ação mecânica de vícios ( chupetas, dedo)
 tamanho desproporcional entre dentes e maxilares.
Vestíbulo e linguo-versão
Giroversão
É a rotação do dente em torno do seu longo eixo, completa ou incompleta, com um giro que varia de 90º a 180º , de modo que as faces livres, Vestibular e Lingual fiquem voltados para as interproximais.
Ocorrência – predominantemente prés - molares inferiores por ter erupção tardia e ser frequente a perda dos primeiros molares permanentes precocemente.
Transposição dentária
É a erupção do dente fora do seu local habitual , mas dentro do arco dentário.
Não é comum.
Normalmente entre caninos e prés molares superiores, invertendo suas posições no arco dentário.
Normalmente pode implicar numa aparência de falta de estética e maloclusão.
Causa : a mais comum é a falta de espaço para uma erupção normal.
Transmigração dentária
Ocorre o deslocamento do dente durante sua fase de morfodiferenciação, bem como durante sua erupção.
Se dá para uma área anatômica fora do processo alveolar.
Locais :
Molares superiores – abóboda palatina
Molares inferiores – corpo e ângulo da mandíbula e as vezes próximos aos côndilos.
Caninos superiores – palato, fossas caninas, seios maxilares e mais raramente nas fossas nasais.
Casos raros citados pela literatura: região de órbita, osso esfenóide , e outras regiões distantes do arco dentário.
Radiografias indicadas: panorâmicas, oclusais e extrabucais com angulagens variáveis.
Dilaceração dentária
São anomalias que ocorrem durante a rizogênese do dente. Qual obstáculo encontrado pelo dente durante seu processo eruptivo pode levar a dilaceração.
Níveis de dilaceração:
 - cervical, média e apical.
Podem ser simples ou duplas ( baioneta)
Dente invaginado ou “dens in dente”
Tem sua origem a partir de uma invaginação do epitélio odontogênico na superfície lingual e ou palatina de um dente durante a odontogênese.
Ocorrência : principalmente nos dentes anteriores ( laterais ), à frente do cíngulo, podendo ser uni ou bilateral e raramente em dentes posteriores.
Está presente em 2 a 5%da população.
Exame indicado – radiográfico.
Classificação segundo BASKAR – coronário e radicular.
OEHLERS – 
Tipo1
Tipo 2
Tipo 3
Classificação tipo OEHLERS
Tipo 1
Pequena invaginação revestida por esmalte confinada à coroa dental, não estendendo-se além da junção amelo-cementária
Classificação tipo OEHLERS
Tipo 2
Invaginação moderada revestida por esmalte com invaginação da raiz, com ou sem comunicação pulpar.
Tipo 3
Invaginação acentuada revestida por esmalte que se comunica com a polpa através de um forame apical ou lateral.
Classificação tipo OEHLERS
Dentes não irrompidos
Denominações : inclusos, impactados, retidos e encravados entre outros.
Retidos : são aqueles que, por falta de força eruptiva , não conseguem erupcionar.
Impactados : são aqueles impossibilitados de erupcionar devido a uma existência de barreira física em sua vida de erupção.
Anquilose dentária
Anomalias 
maxilares
É a falta de fusão dos processos palatinos entre si ou destes com o processo fronto nasal.
Pode ser : uni ou bilateral, lado direito ou esquerdo
Sexo: tanto masculino quanto feminino.
Etiologia : não está bem determinada, mas tem predileção por filhos de pais fissurados, portanto hereditariedade é um fator importante.
Fenda Palatina
Macrognatia
É uma anomalia em que o desenvolvimento de um ou mais ossos que compõem os maxilares ultrapassa o normal e há aumento de volume.
 É uma condição rara, frequentemente ligada a hereditariedade.
Micrognatia
É decorrente da alteração de desenvolvimentodas cabeças da mandíbula, dando um maxilar de tamanho menor que o normal.
Pode ser congênita ou adquirida.
Pode ocorrer isoladamente quando é causada por um gene autossômico dominante com ascendência familiar e também podem estar presentes em várias síndromes.
Noel
Rosa
NOEL ROSA
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Defeitos ósseo localizados
Exostoses : toro palatino
 toro mandibular
Cavidades Ósseas idiopáticas
 cavidade óssea de Stafne
Torus
São excrescências ósseas que ocorrem na superfície perióstica da maxila ou mandíbula.
Podem ocorrer em qualquer lugar da maxila e mandíbula e em qualquer idade, mas em maxila possuem predileção pela linha mediana do palato por isto é chamado torus palatinus.
Torus mandibularis normalmente ocorre na região lingual de prés molares inferiores.
Corte Histológico apresenta tecido normal e denso, outras vezes uma área central de medulas e trabéculas ósseas com uma camada periférica de osso cortical.
Etiologia – acredita-se que seja de fundo genético.
Clinicamente – são elevações planas , globulada sou fusiformes, recobertas por mucosa normal e duras a palpação.
Aspecto radiográfico- apresentam radiopacidade superior à normal.

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