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DIREITO PROCESSUAL CIVIL I. Aula nº 15. 
Professor: Rodolfo Kronemberg Hartmann / www.rodolfohartmann.com.br 
 
TEMA: INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL E RESOLUÇÃO LIMINAR 
DO MÉRITO. 
 
INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL. 
O indeferimento da petição inicial se dá por motivos de vícios 
processuais elencados no art. 295 do CPC, que não podem ser sanados por 
meio de emenda (art. 284, CPC). Há exceção, na hipótese do reconhecimento 
liminar da prescrição ou da decadência (art. 295, inciso IV, CPC). O termo é 
empregado quando ainda não ocorreu a citação do demandado. Nada impede, 
outrossim, que as matérias que motivam o indeferimento sejam reconhecidas 
ulteriormente no processo, por ocasião do julgamento conforme o estado do 
processo. 
 
É importante consignar que parte considerável da doutrina entende que 
nem todas as causas de indeferimento da petição inicial se encontram no art. 
295 do CPC. Para Nelson Nery Júnior e Rosa Maria Nery a ausência ou 
insuficiência do preparo implicaria, por força do art. 257 do CPC, no 
cancelamento da distribuição, o que equivaleria ao indeferimento da petição 
inicial. De acordo com os mesmos: “o ato judicial que determina o 
cancelamento da distribuição equivale ao indeferimento da petição inicial, 
configurando-se como sentença (CPC 162 par. 1º). É impugnável pelo recurso 
de apelação (CPC 513)”. 
 
 
RESOLUÇÃO LIMINAR DO MÉRITO. 
A possibilidade da resolução liminar de mérito foi introduzida 
recentemente no CPC, por meio da inclusão do art. 285-A. Trata-se, em 
realidade, de inspiração de prática corriqueira no âmbito dos Juizados 
Especiais Federais, cuja competência foi criada pela Lei nº 10.259/01 sem, 
contudo, terem sido criados, por lei federal, novos juízos que pudessem dar 
conta da quantidade de processos que os mesmos passaram a atrair. Vale 
dizer que esta prática é autorizada até mesmo pelo Supremo Tribunal Federal, 
que já foi por diversas vezes instado a se manifestar em razão da interposição 
de recurso de extraordinário. 
 
 O art. 285-A permite que o magistrado profira uma sentença logo no 
início do processo resolvendo o mérito na forma do art. 269, inciso I, CPC, 
antes mesmo da citação do demandado. Não se confunde com o indeferimento 
da petição inicial (art. 295, CPC), pois esta apenas reconhece vícios 
processuais insanáveis, com a exceção da prescrição e da decadência (art. 
269, inciso IV, CPC). 
 
 Por se tratar de uma novidade de grande envergadura, o legislador 
tentou restringir a sua aplicação a situações muito bem delineadas. O texto 
normativo é no seguinte sentido: “Quando a matéria controvertida for 
unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total 
improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e 
proferida sentença reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada”. 
 
 
Síntese extraída da obra: HARTMANN, Rodolfo Kronemberg. Curso de 
Direito Processual Civil, Vol. I. Teoria Geral do Processo. Niterói: Impetus, 
2012.

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