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MANOBRAS CIRÚRGICAS FUNDAMENTAIS CIRURGIA • Kheirurgia (grego) >Chirurgia (latim) • Kheir = mão e ergon = trabalho “ato de tratar com as mãos utilizando-se instrumentos adequados, após uma completa avaliação do paciente e planejamento detalhado do caso cirúrgico” (Hipocrates 460 ~360 a.C) Principios e Fundamentos Recepção Identificação Queixas Anamnese + Exame Físico + imagens + Exam Laboratoriais Necessidade X Oportunidade Planejamento (técnica utilizada) Tratamento cirúrgico Tratamento Pós Operatório Exame clinico Exame Clinico Manobras Cirúrgicas Fundamentais Introdução • Manobras que visam a realização de um procedimento cirúrgico, de forma ordenada e sistematizada, levando ao menor trauma cirúrgico, no menor tempo possível. Manobras cirúrgicas fundamentais • Diérese • Do grego diaierisis = divisão • Manobras que visam acesso ao objetivo cirúrgico. • Romper a integridade tecidual. Princípios • Conservar a maior quantidade de tecidos • Dissecção > localizar e individualizar um órgão • Evitar dissecções extensas Manobras Cirúrgicas Fundamentais M A N O B R A S D E D I E R E S E Incisão / Osteotomia / Odontosecção rompem a integridade tecidual Divulsão (sindesmotomia, descolamento muco periostal divulsão dos tecidos moles) interrompem a integridade tecidual Incisões • Romper a integridade tecidual. • Técnica específica. Incisões • Romper a integridade tecidual. • Técnica específica. • Conhecimento anatômico. Incisões • Romper a integridade tecidual. • Técnica específica. • Conhecimento anatômico. • Instrumental adequado. Incisões • Romper a integridade tecidual. • Técnica específica. • Conhecimento anatômico. • Instrumental adequado. • Expor amplamente o campo operatório • (incisão menor não cicatriza mais rápido!) Incisões • Romper a integridade tecidual. • Técnica específica. • Conhecimento anatômico. • Instrumental adequado. • Expor amplamente o campo operatório • (incisão menor não cicatriza mais rápido!) • “Tão grande quando necessária e tão pequena quanto possível” Qualidade das incisões • Únicas. Qualidade das incisões • Únicas. • Proporcionar acesso adequado. Qualidade das incisões • Únicas. • Proporcionar acesso adequado. • Extensível. Qualidade das incisões • Únicas. • Proporcionar acesso adequado. • Extensível. • Manter irrigação do retalho. Qualidade das incisões • Únicas. • Proporcionar acesso adequado. • Extensível. • Manter irrigação do retalho. • Apoiada sobre tecido ósseo sadio, nos casos dos retalhos mucoperiostais. Planos teciduais Incisões Intra Orais • Pele (Derme e epiderme) • Tecido cel subcutâneo • Aponeurose • Tec Muscular • Periosteo • osso Incisões Extra Orais • Mucosa • Periosteo • Osso Instrumentais • Bisturi. • Tesouras. • Bisturi eletrônico. • Laser cirúrgico Instrumentais • Bisturi • Cabo Bard Parker nº 3 Lamina 11, 12, 15 e 15C Empunhadura Empunhadura • Planejamento • Corte firme e continuo • Muco-periostal (incisão intra oral) • Estruturas nobres • Apoio em osso sadio Incisão • Tipos de Incisões • Intra orais Intra orais • Neümann Neümann (triangular) • Neümann modificada = trapezoidal (Peter – Novac) Base ampla X maior que Y Ideal X= 2.Y Requisitos básicos Neümann modificada - trapezoidal Partch. • Partch (semi-lunar). • Wasmund. • Ochinbein. Winter. • Envelope Retilínea Retilínea Retilínea Retilínea Diérese • Divulsão. Divulsão - instrumental Tesouras Divulsão • Interromper a integridade dos tecidos. • Sindesmotomia. • Descolamento muco periostal. • Divulsão por planos. Sindesmotomia • Romper os ligamentos dento- gengivais, com o objetivo de expor o colo cirúrgico do elemento dentário a ser extraído, para a adaptação e aplicação de força através de fórceps. Sindesmotomia Descolamento muco periostal • Descolar, em um único plano, mucosa e periósteo, dando possibilidade de afastamento e de visualização do campo operatório. Descolamento muco periostal Divulsão por planos • Separação dos tecidos, plano a plano, para acesso a um objetivo cirúrgico, possibilitando a aproximação dos mesmos no momento da sutura. Incisões Extra- orais Divulsão por planos Pele (Derme e epiderme) Tecido cel subcutâneo Aponeurose Tec Muscular Periosteo osso Divulsão por planos Manobras Fundamentais • Diérese. • Exérese. Exérese Manobras de remoção, retirada de um órgão ou de parte dele. • Ostectomia – remoção de fragmento • Osteotomia – desgaste • Curetagem • Avulsão – • Odontosecção • Tecidos moles –biopsia incisional/excisional Exérese • Ostectomia. – Remoção de tecido ósseo, com finalidade de diagnóstico ou para acesso cirúrgico a seu objetivo. Osteotomia/Ostectomia Ostectomia Ostectomia www.youtube.com/watch?v=lMXnITEAcyU Exérese • Ostectomia. • Avulsão. – É a retirada total ou parcial de um órgão com o uso de força mecânica. O exemplo mais indicado é a exodontia. Exérese Exérese Odontosecção Exérese • Ostectomia. • Avulsão. • Curetagem. – Manobra pela qual se removem do campo operatório formações estranhas, patológicas ou não ou ainda aquelas decorrentes do ato cirúrgico. Curetagem Biopsia Biopsia PLACA DE EVA PORTA AGULHA Mayo-Hegar Fio de sutura (algodão ou seda preta) numero 3.0 ou 4.0 – 3 envelopes TESOURA RETA (para cortar fio) CABO DE BISTURI LAMINA - 15 ou 15C Pinça de Adson Manobras Fundamentais • Diérese. • Exérese. • Hemostasia. Hemostasia. Hemos (Haima) = sangue e stasis= fazer parar • Manobras que visam interromper a perda de sangue pela ferida cirúrgica. • É colocada separadamente por finalidade didática mas deve ser realizada durante todo o ato cirúrgico. Hemostasia. • Hemostasia é um conjunto de manobras manuais ou instrumentais para deter ou prevenir uma hemorragia ou impedir a circulação de sangue em determinado local em um período de tempo. • A remoção de sangue derramado durante a cirurgia pode ser realizada por aspiração ou pela secagem com gaze, realizada manualmente ou com instrumental. Métodos de hemostasia • Físicos. – Tamponamento - Gaze – Compressão > Manobra de Chompret.) Tamponamento • Hemostasia temporária, realizada no trans e no pós operatório. • É obrigatório após todos os passos cirúrgicos ou quando a ferida ficará exposta, sem ser manuseada. • É realizado com gaze. Métodos de hemostasia • Físicos. – Tamponamento. – Eletrocoagulação. Métodos de hemostasia • Físicos. – Tamponamento. – Pinçamento. Pinçamento. • Manobra de hemostasia definitiva de pequenos vasos, podendo ser associada a eletrocoagulação. • No caso de ser utilizada isoladamente, deve-se aguardar de 8 a 10 minutos para a formação do trombo plaquetário na luz do vaso rompido. São utilizadas as pinças hemostáticas. Eletrocoagulação • Utilizada para hemostasia temporária de pequenos vasos sangüíneos, comsaída constante de sangue. • Utiliza-se de bisturi eletrônico. Métodos de hemostasia • Físicos. – Tamponamento. – Eletrocoagulação. – Pinçamento. – Ligadura. Ligadura • Manobra hemostática definitiva que consiste na obliteração da luz de um vaso sangüíneo através de sutura com fios não reabsorvíveis. Utilizada em vasos de maior calibre como a artéria facial. Ligadura. Métodos de hemostasia • Físicos. • Químicos. – Hemostáticos locais. Substâncias químicas que atuarão localmente para hemostasia do campo operatório. Hemostáticos locais •Fibrina. –Extraído principalmente de bovinos, é um dos fatores da coagulação e aceleram a formação de um coágulo na área afetada. Hemostáticos locais •Fibrina. •Esponjas. –Tem como característica se expandir em contato com fluidos, realizando um tamponamento da região. Hemostáticos locais •Fibrina. •Esponjas. •Cera. –Tem como função tamponar a área hemorrágica. É um fator que pode levar a infecção do sítio operatório. Hemostáticos locais •Fibrina. •Esponjas. •Cera. •Nitrato de prata. –Material que causa deposição de prata nos vasos lesados, diminuindo o fluxo sangüíneo. Métodos de hemostasia • Físicos. • Químicos. – Hemostáticos locais. – Hemostáticos de ação central. •Medicamentos administrados para o paciente com fatores vasoativos ou auxiliares do fatores de coagulação, com o objetivo de diminuir a hemorragia. Manobras Fundamentais • Diérese. • Exérese. • Hemostasia. • Síntese. Síntese • Manobras que reposicionam os tecidos e os mantém estabilizados, para permitir o processo de reparação tecidual. Tipos de síntese • Suturas. – Técnica operatória que consiste no reposicionamento e estabilização dos bordos da ferida cirúrgica, para permitir o processo de reparação. Escolha do material de síntese • Propriedades dos fios de sutura. – Físicas •Configuração –monofilamentada –multifilamentada. Escolha do material de síntese • Propriedades dos fios de sutura. – Físicas •Configuração •Capilaridade – Capacidade de absorção de fluidos. Escolha do material de síntese • Propriedades dos fios de sutura. – Físicas •Configuração •Capilaridade •Aderência bacteriana. Escolha do material de síntese • Propriedades dos fios de sutura. – Físicas •Configuração •Capilaridade •Aderência bacteriana. •Calibre do fio. Escolha do material de síntese • Propriedades dos fios de sutura. – Físicas •Configuração •Capilaridade •Aderência bacteriana. •Calibre do fio. •Força tênsil. – Resistência à tração. Escolha do material de síntese • Propriedades dos fios de sutura. – Físicas •Configuração •Capilaridade •Aderência bacteriana. •Calibre do fio. •Força tênsil. •Força do nó – Força necessária para desfazer o nó. Escolha do material de síntese • Propriedades dos fios de sutura. – Físicas •Elasticidade – Capacidade de retornar à forma e tamanho original após tração. Escolha do material de síntese • Propriedades dos fios de sutura. – Físicas •Elasticidade • Plasticidade –Manter-se sob nova forma após tração. Escolha do material de síntese • Propriedades dos fios de sutura. – Físicas •Elasticidade • Plasticidade •Memória – Relacionada a elasticidade e a plasticidade após ter sido dado o nó –Alta memória: Nylon® e polipropileno – Baixa memória: Seda e algodão. Escolha do material de síntese • Propriedades dos fios de sutura. – Físicas – Características de manuseio • Pliabilidade – facilidade de nó e dobra do fio (melhor manuseio) Escolha do material de síntese • Propriedades dos fios de sutura. – Físicas – Características de manuseio • Pliabilidade • Coeficiente de atrito – capacidade de deslizar sobre os tecidos e sobre ele próprio. Tipos de fios de sutura • Não absorvíveis • Biológicos • Algodão Derivado da celulose baixa reação celular multifilamentodo trançado Tipos de fios de sutura • Não absorvíveis – Biológicos •Algodão •Seda Origem animal Baixa reação tecidual multifilamento torcido ou trançado Tipos de fios de sutura • Não absorvíveis – Biológicos – Sintéticos • Nylon Derivado das poliamidas multi ou monofilamento baixa capilaridade boa elasticidade pouca reação tecidual Tipos de fios de sutura • Não absorvíveis – Biológicos – Sintéticos • Nylon • Dácron Derivado do poliéster monofilamento baixa capilaridade Simples ou revestido com teflon (baixo coeficiente de atrito) Tipos de fios de sutura • Não absorvíveis – Biológicos – Sintéticos • Nylon • Dácron • Prolene Derivado das poliefrinas pouca aderencia bacteriana indicado para feridas contaminadas monofilamento boa elasticidade Tipos de fios de sutura • Não absorvíveis – Biológicos – Sintéticos • Nylon • Dácron • Prolene • Metálicos aço inoxidavel fácil esterilização mono ou multifilamentos alta força tênsil Tipos de fios de sutura • Não absorvíveis • Absorvíveis – Naturais • Categute submucosa de intestino de carneiro ou boi natureza protéica- reação de corpo estranho Grande variação na força tênsil monofilamento absorvido por fagocitose em 9 a 14 dias Tipos de fios de sutura • Não absorvíveis • Absorvíveis – Naturais – Sintéticos • Ácido poliglicólico (Dexon®) Multifilamento trançado Reabsorvido por hidrólise em 40-60 dias Tipos de fios de sutura • Não absorvíveis • Absorvíveis – Naturais – Sintéticos • Ácido poliglicólico (Dexon®) • Poliglactina 910 (Vycril ®) Semelhante ao Ácido poliglicólico Trançado Hidrólise em 60 a 90 dias após 15 dias não oferece resistência tênsil Tipos de fios de sutura • Não absorvíveis • Absorvíveis – Naturais – Sintéticos • Ácido poliglicólico (Dexon®) • Poliglactina 910 (Vycril ®) • Polidioxanone e Poligliconato monofilamentados com resistência maior que os anteriores. Possuem menor retenção bacteriana e um tempo de absorção maior. Agulhas de sutura • Classificação – Traumáticas • Pontas cortantes • utilizadas em tecidos resistentes • diferença entre o diâmetro da agulha e do fio – Atraumáticas • pontas perfurantes • Tecidos delicados • fios montados Tipos de agulha • Forma da agulha Tipos de agulha • Forma da agulha • Ponta ativa • sessão transversal Características do material de síntese • Material do fio espessura do fio comprimento do fio Espessura dos fios • É medida em milímetros e expressa em quantidade de zeros. • Em ordem decrescente de espessura temos os fios no. 2, 1, 0, 2-0, 3-0, 4-0, 5-0 ... Até 12-0. Características do material de síntese Forma da agulha Sessão transversal comprimento Características do material de síntese Características gerais Conclusões • Manobras fundamentais são a base da técnica cirúrgica. Conclusões • Manobras fundamentais são a base da técnica cirúrgica. • São necessários profundos conhecimentos de anatomia. Conclusões • Manobras fundamentais são a base da técnica cirúrgica. • São necessários profundos conhecimentos de anatomia. • Treinamento exaustivo das técnicas melhora a performance do cirurgião e melhora o prognóstico do paciente.
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