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12 - ROMÂNICO 2015 2.pptx

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ROMÂNICO
Arte Românica 
O Românico assume a condição de paradigma, na medida em que podemos considerá-lo o primeiro estilo internacional da Idade Média, apesar das inúmeras variantes regionais que apresenta. Com efeito, na sequência dos renascimentos Carolíngio e Otoniano, o Românico impõe-se como a expressão consequente da Europa cristã no princípio do segundo milénio.
A renovação da expressão artística é simultaneamente causa e consequência de uma espiritualidade renovada, assente numa fé veemente e inspirada pelas peregrinações, de que o fenómeno dos Caminhos de Santiago é o exemplo mais eloquente. O sistema feudal e a religião constituíram o esteio que permitiu o extraordinário renascimento artístico na sociedade medieval.
No contexto de uma reflexão sobre a arte cristã românica, os mosteiros detêm uma inequívoca centralidade, na medida em que implicam estruturas arquitectónicas muito complexas, que correspondiam a uma tipologia definida pelas ordens religiosas, e foram os mais importantes núcleos culturais e artísticos deste período. O conjunto era constituído por várias dependências necessárias à oração/liturgia e à vida comunitária: a igreja, a sala capitular, o scriptorium, os dormitórios ou o claustro.
Os mosteiros funcionavam como um grande organismo vivo, em que a arte não era uma dimensão extrínseca, meramente decorativa ou casual. Os mosteiros não eram museus. Com efeito, eram lugares em que a arte era uma qualidade inerente à intimidade com Deus e ao recolhimento, uma condição natural na vida dos monges: a arquitectura, a organização funcional e simbólica dos espaços; a literatura e a ilustração (as iluminuras), em livros que nasciam nas suas oficinas e eram guardados nas suas bibliotecas; o canto gregoriano, modelo da relação profunda que pode existir entre a espiritualidade e as expressões literária e musical; a cuidada decoração pictórica e escultórica, da igreja ao claustro, com densidade simbólica e força expressiva, explorando os contrates de luz e possibilitando ambientes propícios à interioridade e ao ritmo da vida contemplativa.
No século XI é definido o ideal de catedral românica. Totalmente abobadada em pedra, revela um conjunto de soluções arquitectónicas que redimensionam o potencial criativo do arquiteto medieval que, nas palavras de Henri Focillon, "é mais ou menos geómetra, mecânico, escultor e pintor. Geómetra na interpretação da planta e na organização espacial, mecânico para solucionar os problemas de equilíbrio, escultor pela organização plástica dos volumes e pintor pelo tratamento da matéria e da luz". Com efeito, a catedral românica é formada pela articulação das várias partes que a compõem.
A planta é a estruturação gráfica da catedral no plano. Há o modelo de planta central (em cruz grega, octogonal ou circular), pouco utilizado, e o modelo dominante, de tipo basilical, em cruz latina (com três, cinco ou mesmo sete naves). Neste modelo, a nave principal, sempre orientada no sentido este-oeste, é mais alta e mais larga que as laterais; as naves são atravessadas pelo transepto; o cruzeiro, encimado pela torre lanterna (ou zimbório), corresponde ao cruzamento da nave principal (e naves laterais) com o transepto (normalmente composto por três naves). No alinhamento da nave principal, após o cruzeiro, situa-se a abside, com a capela-mor e o altar. Nas maiores catedrais (que correspondem a centros de peregrinação), com o objectivo de multiplicar as celebrações, foi criado o deambulatório, que é uma nave curvilínea que prolonga as naves laterais e contorna, em semicírculo, a abside e que contém três a cinco capelas radiantes absidiais. A instalação de altares secundários nestas capelas, permitia que mais peregrinos assistissem aos ofícios religiosos e reservava a capela-mor à comunidade clerical.
As igrejas que são centros de peregrinação possuem uma cripta, que é uma estrutura que se situa abaixo da cabeceira, onde se guardam e veneram os restos mortais ou relíquias dos santos.
Não nos detemos nos sistemas de cobertura e suporte, nem na descrição do alçado interno da nave principal. Porém, merece particular atenção a iluminação dos edifícios: devido ao equilíbrio de forças necessário à sustentação das abóbadas, as paredes das catedrais românicas são compactas e com poucas aberturas, pelo que a luz que se obtém no interior é, normalmente, rasante e difusa, propícia ao recolhimento. A torre lanterna e os janelões ou rosáceas, na fachada principal, asseguram a iluminação natural dos edifícios.
No que diz respeito à configuração e decoração no exterior: as igrejas românicas possuem uma interessante combinação de volumes; o seu efeito geral é de grande solidez, reforçado e robustecido pelos contrafortes, que intensificam a implantação do edifício no terreno.
Mas o Românico, enquanto paradigma estrutural da Europa cristã medieval, é um universo plural, que absorve intensamente as sensibilidades regionais e materializa-se em contextos artísticos verdadeiramente excepcionais, como são os casos das igrejas de Hildesheim (1033) ou Cerisy-la-Forêt (1085), da Catedral de Durham (1093) ou da Abadia de Santa Madalena de Vézelay (1120), da Igreja de Notre-Dame-la-Grande de Poitiers (1143), da Catedral de Pisa (1118) ou a Abadia de Santa Maria Laach (1156), entre tantos outros.
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Cerisy-la-Forêt (1085)
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ARQUITETURA ROMÂNICA
Saint Sernin, Toulouse
O quadrado central do cruzeiro é o módulo para toda a igreja
O intercolúnio da nave central corresponde a ½ quadrado do cruzeiro
Cada nave lateral é ¼ deste módulo
Todos os volumes no interior estão integrados
Prlongamento no comprimento da nave
Duplicação das naves laterais
Estrutura interna aparece como listras verticais nas fachadas
Deambulatório aberto para circulação processional
Capelas radiais conectadas ao deambulatório que circunda a ábside
Aberturas pequenas – interior sombrio
Ausência de clarestório escuresce também as abóbadas
Abóbada de berço na nave central e de arestas nas laterais
	Exterior:
Fachada com múltiplas arcadas e relevos em mármore
Uso de arcadas cegas
Friso horizontal contínuo
Articulação de faixas com ornamentação geométrica e vegetal
Torre inclinada do campanário
Batistério na frente da catedral
Interior:
 cúpula no cruzeiro
 transepto muito projetado
 estrutura de madeira da cobertura permanece aparente, como nas antigas construções paleocristãs
Catedral de Pisa
ARQUITETURA ROMÂNICA
ARQUITETURA ROMÂNICA
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Catedral de Durham
Nave muito longa, típica da arquitetura inglesa
Uso extensivo de abóbodas nervuradas – mais antigo exemplo
Nervuras criam continuidade entre pilares e abóbodas
Padrões abstratos nas colunas inspirados na artesania em metal da era mediaeval primitiva
Mais antigo indício dos arcos ogivais góticos
http://www.durhamcathedral.co.uk/ 
ARQUITETURA ROMÂNICA
Catedral de Durham (1093) 
Gislebertus, St.-Lazare, 
Autun
Juízo final: Cristo cercado pelos 4 evangelistas
À sua esquerda os condenados ao inferno; à sua direita aqueles que ascendem ao paraíso
No lintel os mortos se levantam, alguns puxados da terra por mão gigantes
Anjos e demônios competem por almas
Dois peregrinos no centro do lintel levam o emblema da cruz e a concha, indicando sua procedência de Santiago de Compostela
ESCULTURA ROMÂNICA
ESCULTURA ROMÂNICA
 cuidadosa graduação de escala
Distenção e distorção das proporções anatômicas
Quatro anjos nos cantos anunciam o fim do mundo
Figuras alongadas
Achatamento de volumes
Originalmente pintado em cores vibrantes
 escultor assinou seu nome abaixo dos pés de Cristo
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Wiligelmo, Adão e Eva, Catedral de Modena 
Mais 3D que outros relevos da época
Elementos narrativos
Figuras têm pouca relação como os arcos românicos abaixo delas
Figuras com grandes extremidades e corpos compactos
Tapeçaria de Bayeux
0,5m de altura e 77m de comprimento
Narrativa da batalha de hastings em 1066, em latim
William o conquistador
contra Harold, o rei da Inglaterra
Um evento histórico contado em detalhes
75 cenas
  
https://youtu.be/LtGoBZ4D4_E
Controvérsia sobre a fabricação: Francesa ou anglo-saxônica
Sem sombreamento
Fundo neutro
Organizada em registros
Comportamento dos personagens é natural
Padrão decorativo
Referência à coluna de Trajano
Exibido em um grande salão

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